Você está na página 1de 41

Atenção básica e promoção da saúde /

Estratégia Saúde da Família (ESF) /


Núcleo de Apoio à Saúde da Família
(NASF)

Prof.: Me. Celso Lourenço


ATENÇÃO BÁSICA
O QUE É A ATENÇÃO BÁSICA?

Um conjunto de ações de saúde,


no âmbito individual e coletivo.
Promoção e
Diagnóstico Redução de
a proteção
danos
da saúde Tratamento
Manutenção
Prevenção Reabilitação
da saúde
de agravos
OBJETIVO

Desenvolver uma atenção integral que impacte


na situação de saúde e autonomia das pessoas
e nos determinantes e condicionantes de saúde
das coletividades.
DESENVOLVIMENTO

Práticas de cuidado e gestão, democráticas e


participativas

Trabalho em equipe

Práticas dirigidas a populações de territórios


definidos
Utiliza tecnologias de cuidado complexas e
variadas  manejo de demandas e
necessidades
Alto grau de descentralização e capilaridade,
próxima da vida das pessoas
DESENVOLVIMENTO
PRINCÍPIOS

Universalidade Acessibilidade Vínculo

Continuidade do Integralidade da Responsabilizaçã


cuidado atenção o

Participação
Humanização Equidade
social
FUNDAMENTOS E DIRETRIZES

I. Ter território adstrito sobre o mesmo  permitir o planejamento, a


programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e
intersetoriais.

II. Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de


qualidade e resolutivos  acolhendo os usuários e promovendo a
vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades
de saúde.
FUNDAMENTOS E DIRETRIZES

III. A d s c r e v e r o s u s u á r i o s e d e s e n v o l v e r r e l a ç õ e s d e v í n c u l o e
responsabilização entre as equipes e a população adscrita 
garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do
cuidado.

IV. Coordenar a integralidade em seus vários aspectos  trabalhando de


forma multiprofissional, realizando a gestão do cuidado integral do
usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção.
FUNDAMENTOS E DIRETRIZES

V. Estimular a participação dos usuários  como forma de ampliar sua


autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das
pessoas e coletividades do território.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

Visa à reorganização da atenção básica no País, de


acordo com os preceitos do Sistema Único de
Saúde.

Maior potencial de:


• Aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da
atenção básica;
• Ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde
das pessoas e coletividades;
• Propiciar uma importante relação custo-efetividade.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

Equipe de Saúde da Família composta por, no mínimo:

a) Médico generalista ou especialista em Saúde da Família ou médico


de Família e Comunidade;
b) Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
c) Auxiliar ou técnico de enfermagem;
d) Agentes comunitários de saúde;
e) Profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou
especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em saúde
bucal.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

Características

100% da população coberta por ACS / 1 ACS


para 750 pessoas / 12 ACS por equipe de SF

Cada equipe deve cobrir no máximo 4.000


pessoas / 3.000 pessoas é a média
recomendada

Cada profissional em apenas 1 eSF / médico até


2 eSF
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
(NASF)

Art. 1º Criar os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF com o objetivo


de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica,
bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde
da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e
regionalização a partir da atenção básica.
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
(NASF)

Art. 2º Estabelecer que os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF


constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de
conhecimento, atuem em parceria com os profissionais das Equipes
Saúde da Família – ESF [...].

§ 1º Os NASF não se constituem em porta de entrada do sistema, e


devem atuar de forma integrada à rede de serviços de saúde, a partir das
demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes Saúde da
Família.
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
(NASF)
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
(NASF)
Poderão compor os NASF 1, 2 e 3 as seguintes ocupações do
Código Brasileiro de Ocupações - CBO:
• Médico Acupunturista;
• Assistente Social;
• Profissional/Professor de Educação Física;
• Farmacêutico;
• Fisioterapeuta;
• Fonoaudiólogo;
• Médico Ginecologista/Obstetra;
• Médico Homeopata;
• Nutricionista;
• Médico Pediatra;
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
(NASF)
Poderão compor os NASF 1, 2 e 3 as seguintes ocupações
do Código Brasileiro de Ocupações - CBO:
• Psicólogo;
• Médico Psiquiatra;
• Terapeuta Ocupacional;
• Médico Geriatra;
• Médico Internista (clinica médica);
• Médico do Trabalho;
• Médico Veterinário;
• Profissional com formação em arte e educação (arte educador);
• Profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na
área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou
graduado diretamente em uma dessas áreas.
PROMOÇÃO DA SAÚDE

Promoção da Saúde

“Processo que confere à população os meios para


assegurar um maior controle e melhoria de sua
própria saúde, não se limitando a ações de
responsabilidade do setor saúde” (WHO, 1992).
PROMOÇÃO DA SAÚDE
PROMOÇÃO DA SAÚDE

Objetivo Geral

Promover a qualidade de vida e reduzir


vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados
aos seus determinantes e condicionantes –
modos de viver, condições de trabalho,
habitação, ambiente, educação, lazer, cultura,
acesso a bens e serviços essenciais.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - DIRETRIZES
Reconhecer na Promoção da Saúde uma parte fundamental da busca
da equidade, da melhoria da qualidade de vida e de saúde.

Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o


desenvolvimento integral das ações de Promoção da Saúde.

Fortalecer a participação social como fundamental na consecução de


resultados de Promoção da Saúde, em especial a equidade e o
empoderamento individual e comunitário.
PROMOÇÃO DA SAÚDE - DIRETRIZES
Promover mudanças na cultura organizacional, com vistas à adoção
de práticas horizontais de gestão e estabelecimento de redes de
cooperação intersetoriais.

Incentivar a pesquisa em Promoção da Saúde, avaliando eficiência,


eficácia, efetividade e segurança das ações prestadas.

Divulgar e informar das iniciativas voltadas para a Promoção da


Saúde para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS,
considerando metodologias participativas e o saber popular e
tradicional.
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS

Definida como arranjos organizativos de ações e serviços de


saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas
por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão,
buscam garantir a integralidade do cuidado.
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS
REGIÕES DE SAÚDE
São espaços geográficos contínuos constituídos por
agrupamento de municípios limítrofes

Delimitadas a partir de identidades culturais, econômicas e


sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de ações e serviços
de saúde (Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011).
REGIÕES DE SAÚDE
Critérios que delimitaram as Regiões de Saúde no Ceará:

- Malha viária
- Proximidade dos municípios
- Deslocamento da população aos serviços de saúde
- Capacidade máxima dos serviços de saúde, existente nos
municípios
- Sentimento de pertencimento e interdependência
- Disposição política para pactuação
REGIÕES DE SAÚDE

Diretrizes de organização das Regiões

Organização da atenção primária em cada município, cuja


estratégia é a Estratégia Saúde da Família – eSF e os
Hospitais de Pequeno Porte – HPP;
REGIÕES DE SAÚDE

Diretrizes de organização das Regiões

Organização da atenção secundária, ou seja, dos serviços


ambulatoriais e hospitalares especializados de média
complexidade, pactuados entre o Estado e o conjunto de
municípios;
REGIÕES DE SAÚDE
Diretrizes de organização das Regiões

A atenção terciária é constituída por serviços ambulatoriais e


hospitalares especializados de alta complexidade e alto custo.
As macrorregiões são formadas por um conjunto de regiões que
convergem para os polos terciários de Fortaleza, Sobral, Sertão
Central, Litoral Leste/Jaguaribe e Cariri.
REGIÕES DE SAÚDE
TERRITORIALIZAÇÃO
Território no campo da saúde

O território “caracteriza-se por uma população específica vivendo


em tempo e espaço determinados, com problemas de saúde
definidos, mas quase sempre com condicionantes e
determinantes que emergem de um plano mais geral” (SANTOS;
RIGOTTO, 2011).
TERRITORIALIZAÇÃO

Permite:

• Mapear a área de atuação das equipes;


• Identificar grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
vulnerabilidades;
• Identificar potências de vida e modos locais de proteção e
produção de saúde.

Possibilita atuar de acordo com as necessidades locais de


saúde.
TERRITORIALIZAÇÃO

Período 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa 5ª Etapa


Imersão no Imersão Mobilização Sistematizaçã Realização de
município e comunitária nos o das oficinas oficinas de
cenário de territórios / / planejamento
práticas Execução de Planejamento participativo /
Fase
oficinas de da quinta Avaliação dos
territorializaç etapa elementos
ão vivenciados e
condensados

(ESP – CE)
AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Níveis de Caráter
intervenção das ações

Sujeitos
das ações
AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Acompanha
mento das
Cuidado
condicionali
nutricional
Programas dades do
para grupos
de Programa
Vigilância específicos
suplementa Bolsa
alimentar e (diabéticos,
Incentivo, ção de Família
nutricional - hipertensos,
apoio e micronutrien
SISVAN risco
proteção ao tes (ferro,
nutricional,
AM ácido fólico
etc.)
e vit. A)
REFERÊNCIAS
• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA.
Política Nacional de Atenção Básica. Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 110 p. : il. – (Série E. Legislação em
Saúde).

• BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. Atenção Primária e Promoção da Saúde.


Brasília : CONASS, 2007. 232 p. (Coleção Progestores – Para en.tender a gestão do SUS, 8).

• BRASIL. PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 Estabelece diretrizes para a organização da Rede
de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em:
<http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2011/img/07_jan_portaria4279_301210.pdf>. Acesso em: 08 ago 2017.

• ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ. RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE. Tutorial de Territorialização.


Fortaleza: ESP-CE. 16p.

• MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.

Você também pode gostar