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O PAPEL DA ESTRATÉGIA DA SAÚDE

DA FAMÍLIA: conceitos e diretrizes

Andressa Silvestre – Enfermeira Residente


Sarah Silva – Enfermeira Residente
➢ Doenças
•Castigo ou Provação
➢ Curandeirismo
•Físicos e cirurgiões-barbeiros.
➢ Padres Jesuítas
•Santas Casas de Misericórdia
▪ Chegada da Família Real ao Brasil em 1808.
▪ Política médica.
▪ Intervenção na condição de vida e de
saúde da população.
▪ Vigiar/controlar o aparecimento de
epidemias
▪ Ações de combate a doenças transmissíveis.
▪ Era bacteriológica.
▪ Teoria da Unicausalidade
▪ Avanço da bacteriologia.
▪ Medicina higienista.
▪ Planejamento das cidades (saneamento).
▪ Doenças de destaque: cólera, peste bubônica, febre amarela, varíola,
tuberculose, hanseníase e febre tifoide.
▪ Medidas Jurídicas Impositivas
▪ Notificação de doença.
▪ Vacinação obrigatória (Oswaldo Cruz).
▪ Vigilância sanitária (modelo campanhista)
➢Assistência médico-previdenciária
▪ Órgãos especializados: tuberculose, hanseníase e doenças venéreas.
▪ Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados.
▪ Em 1923, foi celebrado o convênio entre o Brasil e a Fundação
Rockefeller e promulgada a Lei Eloy Chaves → considerada o marco
do início da Previdência Social no Brasil e que criou as Caixas de
Aposentadorias e Pensões (CAP).
▪ 1953 – Criação do Ministério da Saúde
▪ 1982 – Criação do Conselho Nacional de Administração da Saúde Previdenciária
▪ 1983 – Implementação da política de Ações Integradas de Saúde

▪ 1986 – 8ª Conferência Nacional de Saúde


▪ 1987/89 – Criação do SUDS
▪ 1988 – CF
▪ 1990 – Lei 8.080 e 8.142
▪ 1991/92/93/96 – Norma Operacional Básica do SUS
▪ 1994 – Criação do Programa Saúde da Família
▪ 2001/02 – Norma Operacional de Assistência a Saúde no SUS
▪ 2006 – Divulgação do Pacto pela Saúde
▪ 2011 – Publicação de Decreto 7.508
▪ PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017
▪ Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a
revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária


para expansão e consolidação da Atenção Básica.
➢Princípios:
▪Universalidade;
▪Equidade;
▪Integralidade.
➢Diretrizes:
▪Regionalização e Hierarquização;
▪Territorialização;
▪População Adscrita;
▪Cuidado centrado na pessoa;
▪Resolutividade;
▪Longitudinalidade do cuidado;
▪Coordenação do cuidado; Ordenação da rede; e
▪Participação da comunidade.
▪ É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e
capilaridade, próxima da vida das pessoas.
▪ Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de
entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde.
▪ Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do
vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da
responsabilização, da humanização, da equidade e da participação
social.
▪ Considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural,
buscando produzir a atenção integral.
Conjunto de ações de saúde individuais, familiares e
coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção,
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos,
cuidados paliativos e vigilância em saúde desenvolvida por
meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada,
realizada com equipe multiprofissional e dirigida à
população em território definido, sobre as quais as equipes
assumem responsabilidade sanitária.
▪ Equipe de Saúde da Família (eSF)
▪ Equipe de Atenção Primária (eAP)
▪ Equipe da Saúde Bucal (eSB)
▪ Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB)
▪ Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS)
▪ Equipes de Atenção Básica para Populações Específicas:
‒ Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR)
‒ Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF).
‒ Equipe de Consultório na Rua (eCR).
‒ Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP).
▪ Foi iniciada em junho de 1991, com a implantação do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS).
▪ Em 1994, por iniciativa do MS, foram formadas as primeiras Equipes do
Programa de Saúde da Família (PSF), incorporando e ampliando a atuação
dos agentes comunitários de saúde.
▪ A Estratégia de Saúde da família (ESF) se consolidou em 2006.
Política de saúde que incorpora e reafirma princípios básicos do SUS para
AB, destacando-se:
▪Universalidade
▪Equidade
▪Integralidade
▪Participação da comunidade.
▪ 1. Manter atualizado o cadastramento ▪ 6. Promoção e desenvolvimento de ações
das famílias e dos indivíduos e utilizar, intersetoriais buscando parcerias e
de forma sistemática, os dados para a integrando projetos sociais e setores afins;
análise da situação de saúde;
▪ 7. Valorização dos diversos saberes e
▪ 2. Territorialização; práticas na perspectiva de uma abordagem
integral e resolutiva;
▪ 3. Diagnóstico, programação e
implementação das atividades segundo ▪ 8. Promoção e estímulo à participação da
critérios de risco à saúde; comunidade no controle social, no
planejamento, na execução e na avaliação
▪ 4. Prática do cuidado familiar ampliado,
das ações; e
efetivada por meio do conhecimento da
estrutura e da funcionalidade das ▪ 9. Acompanhamento e avaliação sistemática
famílias; das ações implementadas, visando à
readequação do processo de trabalho.
▪ 5. Trabalho interdisciplinar e em equipe,
integrando áreas técnicas e profissionais
de diferentes formações;
▪ Prestar atendimento de bom nível.
▪ Evitar internações desnecessárias.
▪ Melhorar o impacto nos indicadores de saúde.
▪ Maior resolubilidade dos problemas de saúde em sua comunidade.
▪ Melhorar a qualidade de vida da população por ela assistida.
▪ Satisfação de usuário e profissionais.
▪ Prestar atenção integral e Identificar as
necessidades/vulnerabilidades em todos os ciclos de vida
▪ Articular com os dispositivos de apoio da Rede inter e intrasetorial
▪ Cada categoria profissional possui atribuições específicas de acordo
com seus órgãos de classe, mas também desenvolvem ações que são
comuns a todos os membros da equipe, como por exemplo, ações
preventivas e de promoção da qualidade de vida da população.
▪ Olhar integral para o cuidado e processo de trabalho
▪ Acolinemnto
▪ Vínculo
▪ 1 médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e
comunidade.
▪ 1 enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família.
▪ 1 auxiliar ou técnico de enfermagem.
▪ Agentes comunitários de saúde.
▪ Pode-se acrescentar a esta composição, como parte da equipe
multiprofissional ACE e os profissionais de saúde bucal:
▪1 cirurgião dentista (preferencialmente especialista em saúde da
família),
▪1 auxiliar ou técnico em saúde bucal
E com o gerente, os profissionais
conseguem trabalhar de forma contínua

A administração da unidade
ficava a cargo principalmente
de enfermeiros e/ou médicos, o
que prejudicava os
atendimentos.
▪ Conhecer e divulgar, junto aos demais profissionais, as diretrizes e
normas que incidem sobre a AB em âmbito nacional, estadual,
municipal e Distrito Federal, com ênfase na Política Nacional de
Atenção Básica, de modo a orientar a organização do processo de
trabalho na UBS.
▪ Participar e orientar o processo de territorialização, diagnóstico
situacional, planejamento e programação das equipes, avaliando
resultados e propondo estratégias para o alcance de metas de
saúde, junto aos demais profissionais.
▪ Acompanhar, orientar e monitorar os processos de trabalho das
equipes que atuam na AB sob sua gerência, contribuindo para
implementação de políticas, estratégias e programas de saúde, bem
como para a mediação de conflitos e resolução de problemas.
▪ Potencializar a utilização de recursos físicos, tecnológicos e
equipamentos existentes na UBS, apoiando os processos de cuidado
a partir da orientação à equipe sobre a correta utilização desses
recursos.
▪ Qualificar a gestão da infraestrutura e dos insumos (manutenção,
logística dos materiais, ambiência da UBS), zelando pelo bom uso
dos recursos e evitando o desabastecimento.
▪ Representar o serviço sob sua gerência em todas as instâncias
necessárias e articular com demais atores da gestão e do território
com vistas à qualificação do trabalho e da atenção à saúde realizada
na UBS.
▪ Conhecer a RAS, participar e fomentar a participação dos
profissionais na organização dos fluxos de usuários, com base em
protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, apoiando a referência
e contrarreferência entre equipes que atuam na AB e nos diferentes
pontos de atenção, com garantia de encaminhamentos
responsáveis.
▪ Conhecer a rede de serviços e equipamentos sociais do território, e
estimular a atuação intersetorial, com atenção diferenciada para as
vulnerabilidades existentes no território.
▪ Identificar as necessidades de formação/qualificação dos
profissionais em conjunto com a equipe, visando melhorias no
processo de trabalho, na qualidade e resolutividade da atenção, e
promover a Educação Permanente, seja mobilizando saberes na
própria UBS, ou com parceiros.
▪ Desenvolver gestão participativa e estimular a participação dos
profissionais e usuários em instâncias de controle social.
▪ Tomar as providências cabíveis no menor prazo possível quanto a
ocorrências que interfiram no funcionamento da unidade.
▪ Exercer outras atribuições que lhe sejam designadas pelo gestor
municipal ou do Distrito Federal, de acordo com suas
competências.
A Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019 instituiu o Programa
Previne Brasil, que estabelece novo modelo de financiamento de custeio
da Atenção Primária à Saúde no âmbito do SUS, por meio da alteração da
Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017.

▪ O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite e com


detalhamento apresentado pelo Plano Municipal de Saúde garantido
nos instrumentos conforme especificado no Plano Nacional, Estadual
e Municipal de gestão do SUS.
▪ O financiamento federal de custeio da Atenção Primária à Saúde
(APS) será constituído por:
▪I - capitação ponderada
▪II - pagamento por desempenho
▪III - incentivo para ações estratégicas

▪ O cálculo para a definição dos incentivos financeiros da capitação


ponderada deverá considerar:
▪ I - a população cadastrada na eSF e eAP no SISAB.
▪ II - a vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na
eSF e na eAP.
▪ III - o perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada na
eSF e na eAP.
▪ IV - classificação geográfica definida pelo IBGE.
▪ Infraestrutura
▪ Processo de Trabalho
▪ Articulação e Integração com os outros pontos da Rede
▪ Gestão do Trabalho
▪ Qualificar a gestão
▪ Melhor organização do Processo de Trabalho
▪ Avanço na informatização
▪ Ampliar a descentralização dos serviços
▪ Ampliar a oferta de procedimentos
▪ Ampliar oferta de consultas por agendamento e demanda espontânea.
▪ Universalizar oferta de ações essenciais nas UBS (imunização, pre-natal, puericultura
etc).
▪ Ampliar a disponibilização de insumos para o cuidado

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