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ESTUDO DIRIGIDO PROTOCOLO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM

SAÚDE
1) Qual é o papel fundamental do enfermeiro na implementação de protocolos de saúde na
atenção primária?
A Portaria n 2.488/11 (PNAB) estabelece que cabe ao enfermeiro realizar consultas de
enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações, observadas
as disposições legais da profissão e conforme os protocolos, ou outras normativas
técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

2) Descrever os objetivos do Protocolo de Saúde da População Privada de Liberdade, e os


eixos.
1- Prestar assistência integral resolutiva, contínua e de qualidade. 2- Contribuir para o
controle/redução dos agravos mais frequentes. 3- Definir e implementar ações e
serviços consoantes com os princípios e diretrizes do SUS. 4- Proporcionar o
estabelecimento de parcerias por meio do desenvolvimento de ações intersetoriais. 5-
Garantir o reconhecimento da saúde como um direito da cidadania.

3) Qual são os objetivos para desenvolver protocolos de saúde específicos para a


população LGBTQIA+?
Objetivo Geral: Promover a saúde integral da população LGBT, combatendo a
discriminação e o preconceito institucional e contribuindo para a redução das
iniquidades e para a consolidação do SUS como sistema universal, integral e
equânime.

4) Quais são os objetivos para a criação de protocolos de saúde específicos para a


população masculina?
Promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da
realidade singular masculina nos seus diversos contextos sócio-culturais e
político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e
organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios.

5) Quais são os principais desafios na implementação de protocolos de saúde em


ambientes prisionais?
Fatores negativos para saúde no sistema penitenciário -Superlotação -Insalubridade
-Má alimentação -Pouca ventilação -Falta de investimentos -Violência (maus tratos e
tortura) -Uso de drogas -Falta de higiene -Fatores estruturais.

6) Por que é importante incluir abordagens de redução de danos nos protocolos de saúde
para a população em situação de rua?
A inclusão de abordagens de redução de danos nos protocolos de saúde para a
população em situação de rua é crucial devido à complexidade dos desafios
enfrentados por esse grupo. Essas abordagens reconhecem a realidade do uso de
substâncias e buscam minimizar os danos associados, em vez de insistir na
abstinência imediata. Isso permite uma abordagem mais holística, respeitando a
autonomia dos indivíduos e facilitando o acesso aos serviços de saúde, ao mesmo
tempo em que previne riscos à saúde, promove a prevenção de doenças e reduz o
estigma associado ao uso de substâncias e à situação de rua. Em resumo, a redução
de danos proporciona uma abordagem mais sensível e eficaz para melhorar a saúde e
o bem-estar dessa população vulnerável.

7) Quais são os componentes nos protocolos de saúde para a população LGBTQIA+?


• promover o respeito à população LGBT e o reconhecimento da identidade de gênero
e orientação sexual em todos os serviços do SUS, e particularmente, evitar
constrangimentos no uso de banheiros e nas internações, respeitando o nome social
nos prontuários, nas chamadas na sala de espera e nas relações interpessoais
estabelecidas dentro dos serviços e sua inclusão em todos os cadastros e
formulários do Sistema de Saúde; • atuar na prevenção, promoção e recuperação da
saúde mental da população LGBT por meio de estratégias embasadas nas
Resoluções nº 01/1999 e nº 1/2018 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), e
pautadas na despatologização das identidades de gênero e orientações sexuais,
inclusive adotando estratégias para reduzir o estigma relacionado a diagnósticos no
caso das populações de travestis e transexuais; • desenvolver estratégias de
prevenção a tentativas de autoextermínio e automutilação da população LGBT, em
especial a população bissexual, transexual e travesti; • garantir o recorte de
orientação sexual e identidade de gênero na política de saúde da pessoa privada de
liberdade e no sistema socioeducativo • garantir o recorte de orientação sexual e
identidade de gênero nas políticas de saúde das demais populações em situação de
maior vulnerabilidade, como a população em situação de rua, campos, águas e
florestas, dentre outras; e • garantia do recorte de identidade de gênero e orientação
sexual em instituições de acolhimento de crianças e adolescentes, casas transitórias,
instituições de longa permanência para idosas e idosos (ILPI’s), albergues, dentre
outras.

8) Quais são as contribuições do enfermeiro para a promoção da saúde na atenção primária


por meio dos protocolos?
O enfermeiro possui, então, um papel fundamental dentro da atenção primária, pois
nesse contexto deve identificar os problemas de saúde e fatores de risco da
população, monitorar as evoluções clínicas dos pacientes, participar e realizar ações
voltadas para educação em saúde, realização e acompanhar tratamentos.

9) O que deve ser abordado nos protocolos de saúde do homem?


Os protocolos de saúde do homem devem abranger uma variedade de áreas para
garantir uma abordagem abrangente. Isso inclui check-ups regulares, prevenção de
doenças cardiovasculares, rastreamento e tratamento do câncer de próstata,
cuidados urogenitais, prevenção de DSTs, saúde mental, estilos de vida saudáveis,
prevenção de lesões, saúde sexual e reprodutiva, educação sobre autocuidado,
aconselhamento sobre estresse e promoção da saúde sexual. Esses protocolos
buscam fornecer diretrizes abrangentes para a manutenção da saúde dos homens,
incentivando a prevenção, o autocuidado e a busca por ajuda quando necessário.

10) Quais são os objetivos do Protocolo de Saúde da População em Situação de Rua?


Promover a equidade e oferecer um acesso integral à saúde para essa população, por
meio de um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas.

11) Qual é a importância da triagem de saúde na população privada de liberdade?


A triagem de saúde na população privada de liberdade é crucial para identificar e
tratar condições médicas, prevenir a propagação de doenças infecciosas em
ambientes prisionais e gerenciar questões de saúde mental. Essa prática visa garantir
tratamento adequado aos detentos, controlar surtos de doenças e promover a saúde
geral.

12) Como o enfermeiro pode envolver ativamente os pacientes na gestão de sua própria
saúde na atenção primária?

13) Quais são os atributos para o atendimento ao usuário na Atenção Primária à


Saúde.
A Atenção Primária à Saúde tem como atributos essenciais a atenção no
primeiro contato, a longitudinalidade, a integralidade e a coordenação, e como
atributos derivados a orientação familiar e comunitária e a competência
cultural.

14) Fale sobre a “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: Paternidade
responsável”.

O envolvimento dos homens em tarefas de cuidado e na paternidade : • reduz a


ocorrência de violências contra pessoas próximas, • contribui para a saúde das
mulheres e para uma gestação saudável, • reduz a transmissão de infecção
sexualmente transmissíveis, • contribui para a formação de crianças com atitudes
equitativas, através da relação entre pais e filhos baseada no afeto

15) Fale sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no Sistema Prisional.
1 .Respeito aos direitos humanos e à justiça social.
2. Integralidade da atenção à saúde da população privada de liberdade no conjunto de
ações de promoção, proteção, prevenção, assistência, recuperação e vigilância em
saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção.

16) Descrever de acordo com a Portaria nº 2.488/2011, os princípios e diretrizes da Política


de Atenção Básica.
A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes:

I - ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a


programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais
com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das
coletividades que constituem aquele território sempre em consonância com o
princípio da eqüidade;

II - possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e


resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de
atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização
pela atenção às suas necessidades de saúde; o estabelecimento de mecanismos que
assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização e
funcionamento do serviço de saúde, que parte do princípio de que a unidade de
saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, de
modo universal e sem diferenciações excludentes. O serviço de saúde deve se
organizar para assumir sua função central de acolher, escutar e oferecer uma
resposta positiva, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da
população e/ou de minorar danos e sofrimentos desta, ou ainda se responsabilizar
pela resposta, ainda que esta seja ofertada em outros pontos de atenção da rede. A
proximidade e a capacidade de acolhimento, vinculação, responsabilização e
resolutividade são fundamentais para a efetivação da atenção básica como contato e
porta de entrada preferencial da rede de atenção;

III - adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização


entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de
saúde e a longitudinalidade do cuidado. A adscrição dos usuários é um processo de
vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo
de ser referência para o seu cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste na construção
de relações de afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador da saúde,
permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilização pela saúde,
construído ao longo do tempo, além de carregar, em si, um potencial terapêutico. A
longitudinalidade do cuidado pressupõe a continuidade da relação clínica, com
construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do
tempo e de modo permanente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde
e de outros elementos na vida dos usuários, ajustando condutas quando necessário,
evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia decorrentes do
desconhecimento das histórias de vida e da coordenação do cuidado;

IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações


programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde,
prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo das
diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação
da autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprofissional,
interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e
coordenando-o no conjunto da rede de atenção. A presença de diferentes formações
profissionais assim como um alto grau de articulação entre os profissionais é
essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas também tenha
lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de
competência profissionais específicos vão enriquecendo o campo comum de
competências ampliando assim a capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa
organização pressupõe o deslocamento do processo de trabalho centrado em
procedimentos, profissionais para um processo centrado no usuário, onde o cuidado
do usuário é o imperativo ético-político que organiza a intervenção técnico-científica;
e

V - estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e


capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do
território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na
organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no
usuário e no exercício do controle social

17) Qual é a composição profissional da Equipe de Saúde Da Família?


Composição mínima: 1 enfermeiro, 1 médico,2 técnicos ou auxiliares de 1 a 6 agentes
comunitários.
Composição máxima: 1 enfermeiro, 1 médico,2 técnicos ou auxiliares de 1 a 6
agentes comunitários, 1 agente de endemias, 1 auxiliar bocal, 1 médico dentista, 1
psicóloga, 1 fisioterapeuta.

18) Em relação à Atenção à Saúde do Homem prevê ações relacionadas com a Saúde
Sexual e Reprodutiva dessa população, descreva quais são elas.

​ Sensibilização e Atração:
● Realizar ações ampliadas em diferentes espaços comunitários.
● Reconfigurar as estruturas da Estratégia Saúde da Família (ESF),
capacitando a equipe de saúde.
● Desenvolver campanhas visuais e educativas, direcionadas a
homens, mulheres e profissionais de saúde.
​ Diversidade:
● Contextualizar estratégias considerando idade, condição
socioeconômica, local de moradia, diversidade regional,
raça/etnia, orientação sexual e identidades de gênero.
​ Linhas de Ação:
● Incluir os homens nos programas de saúde sexual e reprodutiva,
abordando temas como contracepção, pré-natal e cuidados
familiares.
● Promover a articulação entre os diferentes níveis de atenção à
saúde, garantindo continuidade no atendimento.
● Apoiar ações de promoção de saúde para facilitar o acesso da
população masculina aos serviços de saúde.

19) Realizar uma síntese sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade.
A PNAISP oferece ações de promoção da saúde e prevenção de agravos no sistema
prisional, em todo o itinerário carcerário para toda a população privada de liberdade,
e também para os profissionais destes serviços penais, familiares e outras pessoas
relacionadas ao sistema, como voluntários .

20) Fale sobre a abordagem de "saúde dentro das prisões"nos protocolos de saúde?
Realizar atenção à saúde aos indivíduos adultos presos na UBS prisional ou de
referência municipal, quando indicado ou necessário, na cela e/ou nos demais
espaços prisionais.

21) Como os protocolos de saúde podem contribuir para a reinserção social das pessoas
privadas de liberdade após a liberação?
Ao garantir o acesso a serviços de saúde mental, cuidados médicos adequados,
programas de prevenção e tratamento de vícios, educação em saúde, apoio à
continuidade do tratamento e programas de reabilitação física, esses protocolos
abordam as necessidades holísticas dos indivíduos. Além disso, promovem a
estabilidade emocional e física contribuindo significativamente para uma
reintegração bem-sucedida na sociedade.

22) O que significa uma abordagem "centrada na pessoa" nos protocolos de saúde para a
população em situação de rua?
Cuidado Centrado na Pessoa: aponta para o desenvolvimento de ações de
cuidado de forma singularizada, que auxilie as pessoas a desenvolverem os
conhecimentos, aptidões, competências e a confiança necessária para gerir e
tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado de saúde
de forma mais efetiva.

23) Qual é a importância da integração de serviços sociais e de saúde nos protocolos para
a população em situação de rua?
Importante que as equipes de saúde saibam que o cuidado com e para a população
em situação de rua não se restringe aos serviços de saúde, e
que a potência, a resolutividade e a eficiência do cuidado estão diretamente
relacionadas a essas articulações.

24) Como os protocolos de saúde podem abordar as barreiras de acesso enfrentadas pela
população em situação de rua?
Examinar a eficácia das estratégias inovadoras, identificando lacunas e
propondo abordagens inovadoras para garantir uma cobertura mais
abrangente e inclusiva.

25) Como os protocolos de saúde LGBTQIA+ podem contribuir para a redução das
disparidades de saúde?
A população LGBTQIAPN+ enfrenta desafios específicos em relação à saúde devido a
uma série de fatores, incluindo estigma, discriminação e falta de compreensão por
parte dos profissionais de saúde. Este protocolo destina-se a orientar os
profissionais de saúde na prestação de cuidados integrais, respeitosos e
culturalmente sensíveis à comunidade LGBTQIA+, registrando e abordando suas
necessidades únicas.

26) Por que é fundamental incluir a educação sobre saúde sexual nos protocolos de saúde
LGBTQIA+?
Por que um dos objetivos específicos da Política LGBT se refere à prevenção
de cânceres ginecológicos, além de diminuir doenças sexualmente
transmissíveis.

27) Por que a promoção da saúde mental é um componente crucial nos protocolos de
saúde do homem?
Ela previne problemas de saúde mental, melhora a qualidade de vida, reduz o
estigma associado a questões psicológicas, otimiza o desempenho em
diversas áreas, contribui para a prevenção do suicídio.

28) Como os protocolos de saúde do homem podem contribuir para a prevenção de


doenças?
Ao estabelecerem diretrizes para exames regulares, estes protocolos visam
identificar precocemente condições como câncer de próstata e testicular,
aumentando assim as chances de tratamento bem-sucedido. Além disso, ao
desenvolverem estratégias educativas, fornecem informações essenciais
sobre hábitos alimentares, exercícios físicos e os impactos do tabagismo e do
consumo excessivo de álcool.

29) Qual é a importância da educação sobre saúde sexual nos protocolos de saúde do
homem?
Porque os homens apresentam maior vulnerabilidades específicas que contribuem
para maior suscetibilidade à infecção de IST/Aids

30) Por que a avaliação contínua é essencial no papel do enfermeiro nos protocolos de
saúde na atenção primária?
​O processo de avaliação, portanto, permite que o enfermeiro dimensione em
que grau os objetivos e metas foram atingidos; meça o impacto das ações na
saúde da população; monitore eventos de saúde; identifique problemas
espacialmente localizados; detecte aspectos positivos e negativos dos
serviços; obtenha elementos que possam subsidiar o planejamento e a
tomada de decisão; e oriente a distribuição de recursos humanos, materiais e
financeiros.

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