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SUS RESUMO DO RESUMO

1. objetivo do SUS é garantir o acesso integral, universal e igualitário à saúde.

2. ⁠dever do Estado (união, estados e municipios) em relação à saúde não exclui a


responsabilidade de outras entidades e indivíduos em contribuir para a promoção da saúde
e o bem-estar da população.

3. ⁠a Lei define a saúde como um direito fundamental do ser humano.

4. ⁠ são princípios do SUS:

Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.

Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e


serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos
os níveis de complexidade do sistema.

Equidade, garantindo que todos tenham acesso aos serviços de saúde, sem discriminação
ou privilégios.

Descentralização, com direção única em cada esfera de governo, visando a integralidade


das ações de saúde.

Participação da comunidade, envolvendo a sociedade na formulação das políticas de


saúde e no controle social das ações e serviços de saúde.

Intersetorialidade, promovendo a integração das políticas de saúde com outras políticas


públicas que impactam a saúde da população.

5. São Diretrizes do SUS: *Organização dos serviços de saúde de forma hierarquizada, com
a definição de níveis de complexidade.

Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde, visando garantir o acesso


da população a todos os níveis de assistência.

Resolutividade, com capacidade de solucionar a maior parte dos problemas de saúde no


nível de atenção primária.

Humanização do atendimento, com acolhimento e respeito aos usuários dos serviços de


saúde.

Participação da comunidade na gestão, controle e avaliação das ações e serviços de


saúde.

Desenvolvimento de políticas de recursos humanos que garantam a qualificação e a


valorização dos profissionais de saúde.

Financiamento adequado e suficiente para garantir a sustentabilidade do sistema de


saúde.

Esses princípios e diretrizes orientam a organização e o funcionamento do SUS, visando


garantir o acesso universal, integral e equitativo aos serviços de saúde, promovendo a
qualidade de vida e o bem-estar da população brasileira.
5. São campos de atuação do SUS: o Art. 6º da Lei Nº 8.080 de 1990, estão incluídas no
campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) as seguintes ações e serviços:

Execução de ações de vigilância sanitária.

Execução de ações de vigilância epidemiológica.

Execução de ações de saúde do trabalhador.

Execução de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.

Participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico.

Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde.

Vigilância nutricional e orientação alimentar.

Colaboração na proteção do meio ambiente, incluindo o do trabalho.

Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros


insumos de interesse para a saúde e participação na sua produção.

Controle e fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde.

Fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano.

Participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de


substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.

Incremento do desenvolvimento científico e tecnológico em sua área de atuação.

Formulação e execução da política de sangue e seus derivados.

Essas ações e serviços abrangem diversas áreas da saúde e refletem a abrangência e a


complexidade das atividades desenvolvidas pelo SUS para promover a saúde e o bem-estar
da população brasileira.

6. Como é constituida a Comissão Permanente de Integração? A Lei Nº 8.080 de 1990


prevê a criação de Comissões Permanentes de Integração entre os serviços de saúde e as
instituições de ensino profissional e superior com a finalidade de propor prioridades,
métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do
Sistema Único de Saúde (SUS) na esfera correspondente, bem como em relação à
pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições. Essas comissões são
constituídas por representantes dos serviços de saúde e das instituições de ensino
profissional e superior, e têm como objetivo promover a integração e a articulação entre a
formação acadêmica e a prática profissional no âmbito do SUS.

Dessa forma, buscam garantir a qualificação dos profissionais de saúde, o


desenvolvimento de pesquisas e a melhoria contínua da atenção à saúde prestada à
população.

7. CONASS e CONASEMS: o que são, quem representam e de que tratam?

O CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o CONASEMS (Conselho


Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) são entidades representativas dos entes
estaduais e municipais, respectivamente, para tratar de questões relacionadas à saúde.
CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde):

Representa os Secretários de Saúde dos Estados e do Distrito Federal.

Tem como objetivo discutir e deliberar sobre temas de interesse da saúde em âmbito
estadual e nacional.

Trata de questões como políticas de saúde, gestão do SUS, financiamento da saúde,


planejamento e organização dos serviços de saúde nos estados, entre outros assuntos.

CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde):

Representa os Secretários de Saúde dos municípios brasileiros.

Tem como finalidade discutir e deliberar sobre temas relacionados à saúde em âmbito
municipal e nacional.

Trata de assuntos como organização da atenção básica, gestão dos serviços de saúde nos
municípios, participação comunitária, financiamento da saúde municipal, entre outros
temas.

Esses conselhos desempenham um papel fundamental na articulação e na representação


dos interesses dos gestores de saúde em âmbito estadual e municipal, contribuindo para
a formulação de políticas e ações que visam a melhoria do sistema de saúde no Brasil.

8. Quais são as atribuições administrativas da União, estados e Municípios na Lei do SUS?

De acordo com a Lei Nº 8.080 de 1990, as atribuições administrativas da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
são as seguintes:

Atribuições Comuns:

Definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e fiscalização das ações e


serviços de saúde.

Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados à saúde.

Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das


condições ambientais.

Organização e coordenação do sistema de informação de saúde.

Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros


de custos da assistência à saúde.

Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para


promoção da saúde do trabalhador.

Participação na formulação e execução da política de saneamento básico e colaboração


na proteção e recuperação do meio ambiente.

Elaboração e atualização periódica do plano de saúde.

Participação na formulação e execução da política de formação e desenvolvimento de


recursos humanos para a saúde.
Elaboração da proposta orçamentária do SUS de acordo com o plano de saúde.

Atribuições Específicas da União:

Coordenação do SUS em nível nacional.

Realização de operações externas de interesse da saúde.

Implementação do Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados.

Proposição de convênios internacionais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente.

Elaboração de normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde.

Realização de pesquisas e estudos na área de saúde.

Definição de instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de


polícia sanitária.

Fomento, coordenação e execução de programas e projetos estratégicos e de atendimento


emergencial.

Atribuições Específicas dos Estados e Municípios:

Promoção da descentralização dos serviços e ações de saúde.

Acompanhamento, controle e avaliação das redes hierarquizadas do SUS.

Prestação de apoio técnico e financeiro aos municípios.

Coordenação e execução suplementar de ações e serviços de saúde.

Essas atribuições visam garantir a efetivação do direito à saúde, a promoção da


integralidade da atenção e a melhoria das condições de vida da população, conforme os
princípios e diretrizes do SUS.

9.

O Subsistema de Saúde Indígena tem como base os Distritos Sanitários Especiais


Indígenas, que são unidades de saúde responsáveis por atender as necessidades de saúde
das comunidades indígenas em seus territórios.

Descentralização, Hierarquização e Regionalização:

Assim como o SUS, o Subsistema de Saúde Indígena é descentralizado, hierarquizado e


regionalizado, buscando garantir o acesso das populações indígenas aos serviços de
saúde em diferentes níveis de atenção.

Papel dos Municípios:


Os Municípios têm um papel importante no contexto do Subsistema de Saúde Indígena,
principalmente nas regiões onde residem as populações indígenas.

Cabe aos Municípios promover a integração e o atendimento necessário das populações


indígenas em todos os níveis de atenção à saúde, sem discriminações.

Os Municípios devem garantir o acesso das populações indígenas aos serviços de saúde
locais, regionais e de centros especializados, de acordo com suas necessidades
específicas.

10. A Lei nº 10.424/2002 estabelece, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o


atendimento domiciliar e a internação domiciliar como modalidades de assistência à
saúde. Essas modalidades visam proporcionar cuidados integrais aos pacientes em seu
próprio domicílio, quando necessário. Vejamos como é exercido esse atendimento e
internação domiciliar de acordo com a legislação:

Atendimento Domiciliar:

O atendimento domiciliar inclui procedimentos médicos, de enfermagem,


fisioterapêuticos, psicológicos, assistência social, entre outros necessários ao cuidado
integral dos pacientes em casa.

As equipes multidisciplinares atuam nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e


reabilitadora, garantindo um cuidado abrangente e personalizado.

O atendimento domiciliar só pode ser realizado por indicação médica, com a concordância
expressa do paciente e de sua família.

Internação Domiciliar:

A internação domiciliar permite que pacientes que necessitam de cuidados mais


intensivos possam ser atendidos em casa, evitando a hospitalização.

Assim como no atendimento domiciliar, a internação domiciliar é realizada por equipes


multidisciplinares que prestam os cuidados necessários no domicílio do paciente.

A internação domiciliar também requer indicação médica e a concordância do paciente e


de sua família.

O atendimento e a internação domiciliar são exercidos por equipes especializadas, que


realizam visitas regulares aos pacientes, monitoram sua condição de saúde, administram
medicamentos, realizam procedimentos terapêuticos, oferecem suporte emocional e
social, entre outras atividades necessárias para garantir a qualidade do cuidado prestado.

Essas modalidades de assistência domiciliar têm como objetivo principal proporcionar um


cuidado mais humanizado, confortável e eficaz aos pacientes, contribuindo para a sua
reabilitação e bem-estar no ambiente familiar..
11. A quem compete a fiscalização do serviço privado de saúde e como é feito?

A fiscalização do serviço privado de saúde no Brasil é de responsabilidade das três esferas


de governo: União, Estados e Municípios. Cada uma dessas esferas possui competências
específicas relacionadas à fiscalização dos serviços de saúde privados.

Competência da União:

A União é responsável por elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único
de Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de assistência à saúde.

Além disso, a União controla e fiscaliza procedimentos, produtos e substâncias de


interesse para a saúde, garantindo a qualidade e segurança dos serviços prestados.

Competência dos Estados e Municípios:

Os Estados e Municípios têm a atribuição de controlar e fiscalizar os serviços de saúde em


seus territórios, incluindo os serviços privados de saúde.

Eles podem estabelecer normas complementares e realizar ações de fiscalização para


garantir o cumprimento das legislações sanitárias e de saúde em vigor.

A fiscalização do serviço privado de saúde é realizada por meio de inspeções, vistorias,


auditorias e análises documentais, com o objetivo de verificar o cumprimento das normas
e regulamentos estabelecidos para o funcionamento desses estabelecimentos. Caso
sejam identificadas irregularidades, as autoridades competentes podem aplicar sanções,
como advertências, multas, interdições temporárias ou até mesmo o fechamento do
estabelecimento, visando garantir a qualidade e segurança dos serviços de saúde
prestados à população.

12. Como o a Lei versa sobre o atendimento de parto e pós-parto?

A Lei nº 11.108/2005, que altera a Lei nº 8.080/1990, estabelece diretrizes sobre o


acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato no Sistema
Único de Saúde (SUS). Vejamos como a lei versa sobre esses aspectos:

Acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato:

Os serviços de saúde do SUS, sejam da rede própria ou conveniada, são obrigados a


permitir a presença de 1 (um) acompanhante junto à parturiente durante todo o período de
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Essa medida visa garantir o apoio emocional e a assistência à parturiente durante o


processo de parto, contribuindo para uma experiência mais humanizada e acolhedora.
Direitos da parturiente:

A lei assegura à parturiente o direito de ter um acompanhante de sua escolha durante o


trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, respeitando sua autonomia e dignidade.

Além disso, os hospitais são obrigados a manter em local visível um aviso informando
sobre esse direito, garantindo que as parturientes tenham conhecimento de sua
prerrogativa de ter um acompanhante presente.

Essas medidas visam promover um ambiente mais acolhedor e humanizado para as


parturientes, reconhecendo a importância do apoio emocional durante o processo de
parto e pós-parto imediato. O acompanhamento durante esses momentos contribui para
o bem-estar da mulher, fortalece o vínculo familiar e respeita os direitos e a dignidade das
parturientes atendidas pelo SUS.

13. Como a lei trata da questão da assistência terapêutica e quem é responsável por tal
gestão?

A Lei nº 12.401/2011, que altera a Lei nº 8.080/1990, aborda a questão da assistência


terapêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Vejamos como a lei trata dessa
questão e quem é responsável pela gestão da assistência terapêutica:

Assistência Terapêutica Integral:

A assistência terapêutica integral consiste na dispensação de medicamentos e produtos


de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes
terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou agravo à saúde a ser tratado.

Além da dispensação de medicamentos, a assistência terapêutica inclui a oferta de


procedimentos terapêuticos em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, conforme
tabelas elaboradas pelo gestor federal do SUS.

Responsabilidade pela Gestão:

A gestão da assistência terapêutica no SUS é de responsabilidade dos gestores do sistema


em diferentes esferas: suplementares para o estado.

A nível municipal, a gestão é de responsabilidade dos gestores municipais do SUS, que


estabelecem as relações de medicamentos suplementares para o município.

Dessa forma, a assistência terapêutica no SUS é gerida de forma integrada entre as


diferentes esferas de gestão do sistema, garantindo o acesso da população a
medicamentos e procedimentos terapêuticos necessários para o tratamento de doenças e
agravos à saúde. A definição das diretrizes terapêuticas e a responsabilidade pela
dispensação dos medicamentos são pactuadas entre os gestores do SUS em âmbito
federal, estadual e municipal.

14. O que, pela Lei, é vedado na gestão do SUS?

Pela Lei nº 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), algumas práticas são
vedadas na gestão do SUS. Vejamos o que é vedado de acordo com a legislação:

Pagamento, ressarcimento ou reembolso de medicamentos, produtos e procedimentos


clínicos ou cirúrgicos experimentais:
É vedado o pagamento, ressarcimento ou reembolso de medicamentos, produtos e
procedimentos clínicos ou cirúrgicos experimentais no âmbito do SUS.

Essa restrição visa garantir a segurança e eficácia dos tratamentos oferecidos à população,
evitando a utilização de práticas não reconhecidas ou com eficácia não comprovada.

Dispensação, pagamento, ressarcimento ou reembolso de medicamentos e produtos sem


registro na Anvisa:

É vedada a dispensação, pagamento, ressarcimento ou reembolso de medicamentos e


produtos, nacionais ou importados, que não possuam registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).

Essa medida visa assegurar a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos e


produtos de saúde disponibilizados no SUS, protegendo a saúde da população.

Essas restrições têm o objetivo de garantir a qualidade, segurança e eficácia dos serviços
de saúde oferecidos no âmbito do SUS, protegendo os direitos e a saúde dos usuários do
sistema. Ao proibir o pagamento por tratamentos experimentais e a dispensação de
medicamentos sem registro na Anvisa, a legislação busca assegurar que os recursos
públicos sejam utilizados de forma adequada e que a população receba assistência de
saúde baseada em evidências científicas e padrões de qualidade reconhecidos.

15. Cargos de chefia, direção e assessoramento no SUS, como a lei dispõe sobre isso?

A Lei nº 8.080/1990 estabelece disposições sobre os cargos de chefia, direção e


assessoramento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Vejamos como a lei dispõe
sobre esses cargos: Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento no SUS só
podem ser exercidos em regime de tempo integral. Isso significa que os servidores que
ocupam esses cargos devem dedicar-se exclusivamente às atividades relacionadas à
gestão e direção do SUS, sem acumulação com outras atividades remuneradas. A lei não
impede a acumulação de cargos.

16. Como é composto o orçamento da seguridade social e de outras fontes o SUS pode
dispor?

O orçamento da seguridade social destina recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS) de


acordo com a receita estimada, garantindo os recursos necessários para a realização das
finalidades do sistema de saúde. Além disso, o SUS pode dispor de recursos provenientes
de outras fontes. Vamos detalhar como é composto o orçamento da seguridade social e as
outras fontes de recursos que o SUS pode utilizar:

de saúde.

A proposta orçamentária é elaborada pela direção nacional do SUS, com a participação


dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, considerando as metas e
prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O SUS pode dispor de
recursos provenientes de outras fontes, tais como: Serviços que possam ser prestados
sem prejuízo da assistência à saúde. Ajuda, contribuições, doações e donativos.
Alienações patrimoniais e rendimentos de capital. Taxas, multas, emolumentos e preços
públicos arrecadados no âmbito do SUS. Rendas eventuais, inclusive comerciais e
industriais.
Gestão dos Recursos: Os recursos financeiros do Orçamento da Seguridade Social, bem
como os provenientes de outras fontes, são administrados pelo Ministério da Saúde, por
meio do Fundo Nacional de Saúde, na esfera federal. As receitas geradas no âmbito do SUS
são creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela direção do SUS na
esfera de poder onde foram arrecadadas. Essa estrutura de financiamento garante a
sustentabilidade e a autonomia financeira do SUS, possibilitando a realização das ações e
serviços de saúde necessários para atender às demandas da população de forma eficaz e
equitativa.

17. A lei 7.508 versa sobre o que? A Lei nº 7.508, de 28 de junho de 1986, dispõe sobre a
organização do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo as diretrizes para a sua
implementação, bem como as competências das esferas de governo na área da saúde.
Essa lei complementa a Lei nº 8.080/1990, que trata das condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde no âmbito do SUS. A Lei nº 7.508/1986 aborda diversos
aspectos relacionados à organização e funcionamento do SUS, incluindo: A regionalização
da saúde e a hierarquização dos serviços de saúde. A definição das competências das
diferentes esferas de governo (federal, estadual e municipal) no âmbito do SUS. A
participação da comunidade na gestão do sistema de saúde. A articulação interfederativa
para garantir a integralidade das ações e serviços de saúde. A criação das Comissões
Intergestores Tripartite e Bipartite para a pactuação e a gestão das políticas de saúde.

18. Como deve ser a regionalização e hierarquização dos serviços de saúde?

A regionalização e hierarquização dos serviços de saúde são princípios fundamentais do


Sistema Único de Saúde (SUS) e são essenciais para garantir o acesso universal, integral e
equitativo aos serviços de saúde. Vamos detalhar como deve ser a regionalização e
hierarquização dos serviços de saúde de acordo com a legislação vigente. A regionalização
da saúde consiste na divisão do território em regiões de saúde, de forma a organizar e
articular a prestação de serviços de saúde de maneira integrada e hierarquizada. Cada
região de saúde deve ser constituída por um conjunto de municípios que se articulam para
garantir o acesso da população aos serviços de saúde de forma adequada e eficiente. A
regionalização visa promover a descentralização das ações e serviços de saúde, garantindo
a integralidade da assistência e a resolutividade das demandas de saúde da população.

A hierarquização dos serviços de saúde consiste na organização dos estabelecimentos de


saúde em diferentes níveis de complexidade, de acordo com a capacidade de resolução
dos problemas de saúde. A hierarquização geralmente segue a seguinte estrutura: atenção
primária (postos de saúde, unidades básicas de saúde), atenção secundária (hospitais de
média complexidade) e atenção terciária (hospitais de alta complexidade e centros de
referência). Os serviços de saúde devem ser organizados de forma a garantir o acesso da
população aos diferentes níveis de atenção, de acordo com a gravidade e complexidade
dos casos. Esses princípios de regionalização e hierarquização dos serviços de saúde
visam garantir a organização eficiente e eficaz do sistema de saúde, promovendo a
integralidade da assistência, a equidade no acesso e a resolutividade das ações e serviços
prestados à população.
19. E a Lei 8.142 versa sobre o que? A Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe
sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.

A Lei nº 8.142/1990 aborda diversos aspectos relacionados à participação da comunidade


na gestão do SUS, incluindo: A participação da comunidade na formulação das políticas
de saúde e no controle social sobre as ações e serviços de saúde. A criação dos Conselhos
de Saúde em todas as esferas de governo (federal, estadual, municipal e do Distrito
Federal) como instâncias colegiadas de participação popular. A definição das
competências dos Conselhos de Saúde e a forma de sua composição e funcionamento. A
garantia da transparência e da publicidade das informações relacionadas à gestão do SUS.

Essa lei é fundamental para fortalecer a participação da sociedade na gestão do SUS,


garantindo a democratização das decisões e a fiscalização das ações e políticas de saúde.
A Lei nº 8.142/1990 contribui para a consolidação dos princípios do SUS, como a
universalidade, integralidade e equidade no acesso aos serviços de saúde.

2-. De que forma se dá a participação da comunidade e como são compostos os Conselhos


de Saúde? A participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) se
dá por meio dos Conselhos de Saúde, que são instâncias colegiadas compostas por
representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários do
sistema. Os Conselhos de Saúde têm como principal objetivo promover a participação
social na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, bem como no
controle social sobre as ações e serviços de saúde.

A composição dos Conselhos de Saúde segue algumas diretrizes básicas, conforme


estabelecido na Lei nº 8.142/1990 e na Lei nº 8.080/1990. Em linhas gerais, os Conselhos
de Saúde são compostos por representantes dos seguintes segmentos:

Governo: Representantes do poder público, indicados pelos gestores das diferentes


esferas de governo (federal, estadual, municipal e do Distrito Federal).

Prestadores de Serviços: Representantes de instituições prestadoras de serviços de saúde,


como hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros.

Profissionais de Saúde: Representantes de categorias profissionais da área da saúde,


como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos, entre outros.

Usuários: Representantes de organizações da sociedade civil, associações de bairro,


movimentos sociais, conselhos de saúde locais, entre outros, que atuam em defesa dos
direitos dos usuários do SUS.

A participação da comunidade nos Conselhos de Saúde é fundamental para garantir a


transparência, a democracia e a efetiva participação popular na gestão do SUS. Por meio
dos Conselhos, os cidadãos têm a oportunidade de contribuir com a formulação de
políticas de saúde, fiscalizar a aplicação dos recursos públicos na área da saúde e
acompanhar a prestação de serviços à população, promovendo a melhoria contínua do
sistema de saúde.
21. De que forma se dá a transparência e da publicidade das informações relacionadas à
gestão do SUS?

A transparência e a publicidade das informações relacionadas à gestão do Sistema Único


de Saúde (SUS) são fundamentais para garantir a participação da sociedade na fiscalização
e no controle social sobre as ações e políticas de saúde. Diversos mecanismos e
instrumentos são utilizados para promover a transparência e a publicidade das
informações no âmbito do SUS, tais como:

Portais de Transparência: Os órgãos responsáveis pela gestão do SUS disponibilizam


portais de transparência na internet, nos quais são divulgadas informações sobre
orçamento, receitas, despesas, contratos, convênios, indicadores de saúde, entre outros
dados relevantes para a população.

Relatórios de Gestão: Os gestores do SUS são obrigados a elaborar e divulgar relatórios de


gestão que apresentem informações detalhadas sobre as ações realizadas, os resultados
alcançados, os recursos aplicados e a situação da saúde da população atendida.

Auditorias e Fiscalizações: São realizadas auditorias e fiscalizações periódicas nos


serviços de saúde, com o objetivo de verificar a regularidade, a eficiência e a qualidade dos
serviços prestados, bem como o uso adequado dos recursos públicos.

Conselhos de Saúde: Os Conselhos de Saúde desempenham um papel fundamental na


fiscalização e no controle social sobre as ações e políticas de saúde, promovendo a
transparência e a participação da comunidade na gestão do SUS.

22. No que se refere ao SUS qual o significado das siglas PNAB, RAS, APS e AB e como essas
estruturas são formadas e qual as suas atribuições?

PNAB: Plano Nacional de Assistência Básica. O PNAB é um instrumento de planejamento


que estabelece as diretrizes e as metas para a organização da Atenção Básica à Saúde no
Brasil, com o objetivo de garantir o acesso universal, integral e equitativo aos serviços de
saúde.

RAS: Rede de Atenção à Saúde. A RAS é uma estratégia de organização dos serviços de
saúde que visa integrar diferentes níveis de atenção (primária, secundária e terciária) e
estabelecer fluxos de referência e contrarreferência entre eles, com o propósito de garantir
uma assistência contínua e resolutiva aos usuários.

APS: Atenção Primária à Saúde. A APS é considerada a porta de entrada preferencial do


usuário no sistema de saúde, sendo responsável pela resolução da maioria dos problemas
de saúde da população, pela promoção da saúde e pela prevenção de doenças.

AB: Atenção Básica. A AB é o nível de atenção mais próximo da comunidade, sendo


composta pelas unidades básicas de saúde, equipes de saúde da família, equipes de
saúde bucal, entre outros serviços e profissionais que atuam na promoção, prevenção,
tratamento e reabilitação da saúde.

As estruturas PNAB, RAS, APS e AB são formadas por meio da articulação entre os
diferentes gestores do SUS (federal, estadual e municipal) e dos diversos atores envolvidos
na prestação de serviços de saúde. Suas atribuições são as seguintes:
PNAB: Estabelecer as diretrizes e metas para a organização da Atenção Básica à Saúde,
definindo os princípios, as diretrizes e as estratégias para a sua implementação em todo o
território nacional.

RAS: Integrar os diferentes pontos de atenção à saúde, promovendo a continuidade do


cuidado, a resolutividade e a eficiência na prestação de serviços, por meio da organização
de redes de serviços articulados e hierarquizados.

APS: Ser a porta de entrada preferencial do usuário no sistema de saúde, promovendo a


longitudinalidade do cuidado, a integralidade da assistência, a resolutividade e a
coordenação do cuidado.

AB: Desempenhar um papel central na organização da Atenção Básica à Saúde, atuando


na promoção da saúde, na prevenção de doenças, no diagnóstico e tratamento de agravos
comuns, na reabilitação e na educação em saúde da população.

23. Essas estruturas existem em que esferas da Federação?

As estruturas PNAB, RAS, APS e AB existem e atuam em todas as esferas da Federação no


Brasil, ou seja, nos níveis federal, estadual e municipal. Cada esfera desempenha um papel
específico na organização e na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme suas
competências e responsabilidades definidas pela legislação vigente.

Esfera Federal: No âmbito federal, o Ministério da Saúde é o órgão responsável por formular
políticas, diretrizes e normas gerais para o SUS, incluindo o Plano Nacional de Assistência
Básica (PNAB) e a coordenação da Rede de Atenção à Saúde (RAS). A atenção primária à
saúde (APS) e a atenção básica (AB) são estruturadas e reguladas em nível nacional, com
a definição de diretrizes e estratégias para sua implementação em todo o país.

Esfera Estadual: Nos estados, as Secretarias Estaduais de Saúde têm a responsabilidade


de articular e coordenar a implementação das políticas de saúde, incluindo a organização
da APS e da AB no âmbito estadual. Cabe aos estados a integração dos serviços de saúde
em redes regionais e a garantia da prestação de serviços de qualidade à população.

Esfera Municipal: Nos municípios, as Secretarias Municipais de Saúde são responsáveis


pela gestão e execução das ações e serviços de saúde, incluindo a organização da APS e
da AB no âmbito local. A atenção primária à saúde é desenvolvida principalmente por meio
das unidades básicas de saúde, equipes de saúde da família, equipes de saúde bucal e
outros serviços de atenção básica.

Portanto, as estruturas PNAB, RAS, APS e AB são implementadas e operacionalizadas de


forma integrada e articulada em todas as esferas da Federação, com a participação e a
colaboração dos gestores e dos profissionais de saúde em nível federal, estadual e
municipal para garantir a efetividade e a qualidade dos serviços de saúde prestados à
população,

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