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A Lei 8.

080/90 instituiu o Sistema Único de Saúde

• Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

• Integralidade de assistência;

• Equidade;

• Descentralização político-administrativa com direção única em cada esfera de


governo;

• Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da união dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à
saúde da população;

• Participação da comunidade;

• Regionalização e hierarquização.

A Lei 8.080/90 trata:

(a) da organização, da direção e da gestão do SUS;

(b) das competências e atribuições das três esferas de governo;

(c) do funcionamento e da participação complementar dos serviços privados de


assistência à saúde;

(d) da política de recursos humanos;

(e) dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento.

Regulamenta a rede particular também.

Princípios e diretrizes do SUS

As responsabilidades de cada uma das esferas do governo

A estrutura e a governança do SUS

A participação complementar da esfera privada

Para fazer isso a lei 8080 estabelece normas, deveres e obrigações para o Estado em
suas várias esferas e para a iniciativa privada que deve atuar de forma complementar ao
serviço público.

É importante compreender a abrangência da lei, seu âmbito nacional, que ela dispõe não
apenas de regulamentação para a saúde corretiva como se poderia imaginar, mas que
norteia vários aspectos da saúde preventiva e chega também ao cunho social.
Aspectos gerais da lei e com base em seus principais artigos.

A lei regula os serviços de saúde em todo o território nacional, em caráter permanente


ou eventual, na esfera pública e privada.

Ela determina que a saúde seja um direito fundamental do ser humano e estabelece a
obrigatoriedade do estado em fornecê-la.

A saúde não se limita ao tratamento médico, mas também compreende fatores como a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.

O SUS é definido como “O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos
e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e
indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”.

A saúde, portanto, tem como fatores determinantes não apenas para regular os serviços
de saúde, mas para integrar itens como alimentação, moradia, meio ambiente,
saneamento básico, condições de trabalho e renda, meios de transporte e até o lazer, já
que entende que a saúde pública não se limita aos serviços providos por médicos e
enfermeiros, mas pela promoção do bem-estar físico, mental e social.

A legislação do SUS atualizada estabelece também quais são os objetivos da saúde


brasileira e define atribuições para que se possam ser atingidas: a saber:

A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;

A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômicos e


sociais, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;

A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação


da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades
preventivas;

Neste artigo da lei 8080 do SUS é possível se entender porque a lei 8080 existe e para
quê ela serve. Ele é uma espécie de missão da legislação do SUS atualizada. Observe
que cabe ao sistema de saúde identificar e divulgar os fatores condicionantes e
determinantes de saúde, ou seja, identificar quais são os problemas, quais são os
desafios para a saúde e tornar isso algo conhecido de todos.

Em seguida a lei diz que é preciso formular políticas, ou seja, criar condições, para que
esses problemas sejam resolvidos, além de executar ações condizentes com essas
políticas.

Isso reforça o conceito de um sistema que não se limita ao tratar de doenças já


contraídas, mas na prevenção de doenças e na promoção da qualidade de vida.

A lei do SUS também define onde e como o sistema atua. Execução de ações:
· De vigilância sanitária;

· De vigilância epidemiológica;

· De saúde do trabalhador;

· De assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.

Na prática fica claro no resumo da Lei 8.080 do SUS que a mesma não regula apenas o
funcionamento de hospitais e postos de saúde, mas que trabalha também com todos os
itens necessários para a prevenção de problemas de saúde e a promoção de uma melhor
qualidade de vida.

Por vigilância também se deve observar a necessidade de fiscalização e observação


constante de fatores permanentes ou transitórios que possam vir a colocar a saúde da
população em risco. Como diz o texto da lei do SUS, esses fatores podem ser de
vigilância sanitária, epidemiológica e até das condições do trabalho. É função da saúde
também realizar a fiscalização de fatores individuais ou coletivos que coloquem em
risco as condições de saúde e executar ações para corrigir os problemas encontrados.

O artigo sexto ainda inclui informações sobre a participação do SUS:

· Na formulação da política e na execução de serviços de saneamento básico;

· Na ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;

· Na vigilância nutricional e na orientação alimentar;

· Na colaboração na proteção do meio ambiente, bem como no ambiente de trabalho;

Sistema Único de Assistência Social – SUAS

LOAS 8742

SUAS 12435

Lei orgânica da assistência Social LOAS 1993.

Constituição Federal de 1988

NOB tipificação

Seguridade social

Focalização nos serviços

O SUAS é um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo que tem


por função a gestão do conteúdo específico da assistência social no campo da proteção
social brasileira que:
consolida o modo de gestão compartilhada, o co-financiamento e a cooperação técnica
entre os três entes federativos que, de modo articulado e complementar, operam a
proteção social não contributiva de seguridade social no campo da assistência social.
estabelece a divisão de responsabilidades entre os entes federativos (federal, estadual,
Distrito Federal e municipal) para instalar, regular, manter e expandir as ações de
assistência social como dever de E fundamenta-se nos compromissos da PNAS/2004;
orienta-se pela unidade de propósitos, principalmente quanto ao alcance de direitos
pelos usuários;

Regula em todo o território nacional a hierarquia, os vínculos e as responsabilidades do


sistema cidadão de serviços, benefícios, programas, projetos e ações de assistência
social, de caráter permanente e eventual, sob critério universal e lógica de ação em rede
hierarquizada de âmbito municipal, distrital, estadual e federal;

A assistência social tem por objetivos: I - a proteção social, que visa à garantia da vida,
à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a) a proteção à
família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; b) o amparo às crianças e
aos adolescentes carentes; c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; d) a
habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à
vida comunitária; e e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa
com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família;

Concelho federal de assistência social pode mudar a PNAS.

Ministério da cidadania coordena a PNAS fundo nacional de assistência social e


normatiza e padronizar o emprego e a divulgação da identidade visual do SUAS.

CNAS composto por 9GOV e 9SC.

A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema
descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social
(Suas), com os seguintes objetivos: I - consolidar a gestão compartilhada, o
cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo
articulado, operam a proteção social não contributiva; II - integrar a rede pública e
privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do
art. 6o -C; III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização,
regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; IV - definir os níveis
de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; V - implementar a gestão
do trabalho e a educação permanente na assistência social; VI - estabelecer a gestão
integrada de serviços e benefícios; e VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a
garantia de direitos.

§ 4o Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para
acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta
orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais,
distrital e municipais, de acordo com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos,
respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei
específica.” (NR) “Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um
salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco)
anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem
de tê-la provida por sua família.

A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: I - proteção social


básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que
visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento
de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários; II - proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos
que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e
comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a
proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de
direitos. Parágrafo único. “A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das
proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e
vulnerabilidade social e seus agravos no território.”

As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de


Referência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de
assistência social de que trata o art. 3o desta Lei. § 1o O Cras é a unidade pública
municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de
vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no
seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos
socioassistenciais de proteção social básica às famílias. § 2o O Creas é a unidade
pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à prestação
de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou
social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções
especializadas da proteção social especial. § 3o Os Cras e os Creas são unidades
públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem interface com as demais
políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e
benefícios da assistência social.”

Em razão disto, o Governo do Estado, criou o Programa Família Paranaense que tem
como objetivo promover a autonomia e o protagonismo das famílias em maior situação
de vulnerabilidade social e risco em todo o Estado, por meio da articulação e
consolidação de uma rede integrada de proteção que promova ações intersetoriais
planejadas de acordo com a necessidade de cada família e das especificidades do
território onde elas vivem.

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