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Professora Natale Souza

Sistema de Saúde Acesso somente para


totalmente quem poderia
excludente! contribuir de alguma
forma!

O Estado não era diretamente


responsável por fornecer condições de
acesso ao sistema de saúde!
O SUS conforma modelo público de
prestação de serviços e ações de saúde em
âmbito nacional, incorporando novos
instrumentos gerenciais, técnicos e de
democratização da gestão (BRASIL, 2011).

O SUS não é sucessor do INAMPS e nem do


SUDS, trata-se de um sistema completamente
moldado de acordo com os anseios e
necessidades sociais.
O Sistema Único de Saúde faz parte das ações definidas na Constituição como de
“relevância pública”.

As competências decorrentes dessa relevância pública envolvem o exercício de


um poder regulador, de arbitragem e de intervenção executiva por parte das
esferas do Poder Público e, por consequência, de suas agências de prestação de
serviços. (BRASIL, 2012)

É atribuído ao Estado a regulamentação, a fiscalização e o controle das ações e


dos serviços de saúde, independente da execução direta do mesmo.
POR QUE
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE?

Segue a mesma doutrina e os mesmos princípios


organizativos em todo o território nacional, sob a
responsabilidade das três esferas autônomas de
governo federal, estadual e municipal.

É UM SISTEMA
1. (IBFC/EBSERH) Sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), assinale a
alternativa correta.

A) O SUS é o sucessor do Instituto Nacional de Assistência Médica da


Previdência Social (INAMPS)
B) É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento
dos serviços e ações de saúde estabelecida pela Constituição de 1988
C) O SUS é o sucessor do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde
(SUDS)
(IBFC/EBSERH) Sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), assinale a
alternativa correta.

D) O SUS não segue a mesma doutrina e os mesmos princípios


organizativos em todo o território nacional, ou seja, existem diferenças
dentre as regiões brasileiras
E) O SUS é um serviço ou uma instituição com finalidade distinta.
1. gestão compartilhada nos âmbitos federal, estadual e municipal,
com direção única em cada esfera de governo;

A partir dessas três teses, houve o estabelecimento de princípios e diretrizes do


Sistema Único de Saúde (SUS), que constituem as bases para o funcionamento e
organização do sistema no país.
UNIVERSALIDADE

❑ Saúde é direito de cidadania e dever do Governo:


municipal, estadual e federal.

❑ É a garantia de atenção à saúde por parte do


sistema, a todo e qualquer cidadão.

EQUIDADE
❖ É um princípio de justiça social porque
busca diminuir desigualdades.

❖ Isto significa tratar desigualmente os desiguais,


investindo mais onde a carência é maior
INTEGRALIDADE

✓ É a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e


contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e
coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de
complexidade de assistência.

❑ A hierarquização deve, além de proceder à divisão de


HIERARQUIZAÇÃO E níveis de atenção, garantir formas de acesso a serviços
DA REGIONALIZAÇÃO que componham toda a complexidade requerida para o
caso, no limite dos recursos disponíveis numa dada região.
• Descentralizar é redistribuir poder e
DESCENTRALIZAÇÃO E
responsabilidades entre os três níveis de
COMANDO ÚNICO
governo;

• Quanto mais perto estiver a decisão, maior a


chance de acerto;

• No SUS a responsabilidade pela saúde deve ser


descentralizada até o município.
PARTICIPAÇÃO
POPULAR
RESOLUBILIDADE
(SOLUÇÃO DE PROBLEMAS)

❖ É a exigência de que, quando um indivíduo busca o


atendimento ou quando surge um problema de impacto
coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja
capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua
competência.
2. (GUALIMP/Prefeitura de Quissamã – RJ) O Sistema Único de Saúde (SUS) é
uma conquista da sociedade brasileira e foi criado com o firme propósito de
promover a justiça social e superar as desigualdades na assistência à saúde da
população, tornando obrigatório e gratuito o atendimento a todos os
indivíduos.
Representa um dos princípios doutrinários que norteiam a atuação do SUS:

A) Equidade.
B) Centralização administrativa.
C) Impessoalidade.
D) Presunção de legitimidade
3. (FGV-TCE-SE) A redistribuição das responsabilidades quanto às ações e
serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que
quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de
acerto, está relacionada ao seguinte princípio do SUS:

(A) regionalização;
(B) integralidade;
(C) descentralização;
(D) hierarquização;
(E) universalidade
1988 – criação do SUS na Constituição

1990 Regulamentação e Implementação do SUS


através das Leis:
8.080/90

8.142/90
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

A chamada “Constituição Cidadã” foi


um marco fundamental na redefinição
das prioridades da política do Estado na
área da saúde pública.

✓ A Constituição Federal de 1988 define o conceito de saúde,


incorporando novas dimensões.

✓ Para se ter saúde, é preciso ter acesso a um conjunto de fatores, como


alimentação, moradia, emprego, lazer, educação etc.
A Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
Essa lei regula em todo o território nacional as ações e os
serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em
caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou
jurídicas de direito público ou privado (BRASIL, 1990).
Da organização, da direção e da gestão do SUS;

Da definição das competências e das atribuições das três


A Lei n. 8.080/90 trata:

esferas de governo;

Do funcionamento e da participação complementar dos


serviços privados de assistência à saúde;

Da política de recursos humanos;

Dos recursos financeiros, da gestão financeira, do


planejamento e do orçamento.
A lei 8.080/90, dedicou um capítulo para tratar
sobre a organização do Sistema de Saúde. O
capitulo III, da Lei 8.080/90, compreendido entre
os artigos 8º ao 14-B, trata da Organização, da
Direção e da Gestão no SUS.

Além disso, a Lei 8.080/90, trata da


distribuição intergovernamental de funções em
seus artigos 15, 16,17 e 18.
4. (FEPESE/Prefeitura de Bombinhas – SC) Na Legislação do Sistema Único de
Saúde, a lei que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências é a:
A) Lei Orgânica dos Municípios.
B) Norma Operacional Básica - SUS 1/96.
C) Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990.
D) Lei nº 8142 de 28 de dezembro de 1990.
E) Regulamentação do Programa de Saúde da Família.
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar
da iniciativa privada, serão organizados

DE FORMA REGIONALIZADA e

https://ares.unasus.gov.br
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo
com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em
cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:

No âmbito da UNIÃO Pelo Ministério da Saúde;

No âmbito dos
Pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
ESTADOS e do DISTRITO
equivalente; e
FEDERAL

Pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão


No âmbito dos MUNICIPÍOS
equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em
conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.

§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos


intermunicipais

O princípio da DIREÇÃO ÚNICA, e

Os respectivos atos constitutivos disporão sobre


sua observância.
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-
se em distritos de forma a integrar e articular

RECURSOS
voltadas para a cobertura total
TÉCNICAS e
das ações de saúde.
PRÁTICAS
5. (CONSULPLAN/Câmara de Belo Horizonte – MG) Sobre a atual organização
institucional do Sistema Único de Saúde afirma-se corretamente:

a) A direção do SUS sendo única é exercida somente pelo Ministério da Saúde.


b) A assistência à saúde pelo SUS oferecida à população brasileira é
previdenciária.
c) A participação popular ocorre através das comissões de intergestores tripartite
e bipartite.
d) A nível municipal e com a finalidade de cobertura total das ações de saúde
para a população, o SUS poder organizar-se em distritos.
❑ A distribuição de funções delegou à União o financiamento e a formulação da
política nacional de saúde, além da coordenação das ações intergovernamentais.

❑ Coube à União a normatização, coordenação e avaliação do sistema em caráter


nacional, como também a cooperação técnica e financeira aos Estados, Municípios
e ao Distrito Federal.

❑ À União compete, ainda, normatizar as relações existentes no SUS e estabelecer o


Sistema Nacional de Auditoria – SNA;
❑ Coube à União a normatização, coordenação e avaliação do sistema em caráter
nacional, como também a cooperação técnica e financeira aos Estados, Municípios
e ao Distrito Federal.

❑ Cabe aos Estados e ao Distrito Federal a coordenação, o acompanhamento e a


avaliação do sistema em seu território, o apoio técnico e financeiro aos Municípios
e a execução de ações de saúde em caráter supletivo àqueles.

❑ Além disso, os Estados participam da execução, em caráter suplementar, de uma


série de atividades precípuas da União e dos Municípios
LEI N. 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990

A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990,


dispõe sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e
sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área de saúde, entre
outras providências.

Também instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada esfera de


governo (BRASIL, 1990). O SUS conta em cada esfera de governo com as
seguintes instâncias colegiadas de participação da sociedade:

❑ A Conferência de Saúde e
❑ O Conselho de Saúde.
CONSELHO DE SAÚDE

Caráter permanente e deliberativo,


órgão colegiado composto por:

✓ Representantes do governo;
✓ prestadores de serviço;
Atua na formulação de estratégias e no controle ✓ profissionais de saúde; e
da execução da política de saúde na instância ✓ usuários
correspondente, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão
homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
CONFERÊNCIA DE SAÚDE
❑ Nos artigos 2º e 3º, a Norma trata do “Fundo Nacional de Saúde” (FNS),
e informa como e onde os recursos desse fundo serão aplicados.

❑ O artigo 2º estabelece que só podem ser utilizados para financiar:


despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos
e entidades, da administração direta e indireta; investimentos
previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e
aprovados pelo Congresso Nacional; investimentos previstos no Plano
Quinquenal do Ministério da Saúde; e a cobertura das ações e
serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados
e Distrito Federal.
6. (Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ/Prefeitura de Rio de Janeiro – RJ) Em
relação à participação da comunidade, a Lei nº 8.142/90 estabelece que:
A) os Conselhos de Saúde terão representação de usuários, prestadores de
serviços, profissionais de saúde e gestores, na proporção de 25% para cada
segmento
B) a Conferência de Saúde é uma instância colegiada, que deverá se reunir a
cada quatro anos para avaliar a situação de saúde
C) o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, enquanto composto por
gestores, não poderá ter representação no Conselho Nacional de Saúde
D) as Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde das outras esferas de
governo terão seu regimento subordinado à Conferência Nacional de Saúde.

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