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FAB

2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

ÉTICA: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL. ......................................................................................... 1


PSICOLOGIA CLÍNICA E DESENVOLVIMENTO: APLICAÇÃO NAS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
(INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA E IDOSO). ............................................................................................ 97
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 98
FREUD ............................................................................................................................................. 134
ROGERS ........................................................................................................................................... 145

05
SKINNER E WATSON. ...................................................................................................................... 152

6:
:5
QUESTÕES SOBRE DESENVOLVIMENTO......................................................................................... 160

12
3
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS .................................................................................. 173

02
/2
SIMULADO ....................................................................................................................................... 201

05
2/
GABARITO E COMENTÁRIOS .......................................................................................................... 206

-2
TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS ....................................................................................... 214

om
l.c
QUESTÕES DE TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS .............................................................. 234

ai
gm
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS ................................................................................. 250
e@
QUESTÕES LEGALLE DE TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTARÁPICAS ............................................. 283
ci
pe

QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS DE TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTARÁPICAS ......... 288


es
na

FREUD, SIGMUND. ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER. RIO DEJANEIRO: ED. IMAGO, 1976. PG: 13-
ia

87. (EDIÇÃO STANDARD BRASILEIRA DAS OBRAS PSICOLÓGICAS COMPLETAS DE SIGMUND


ul

FREUD, V. XVIII). ........................................................................................................................... 303


-j
5

QUESTÕES INÉDITAS DE “ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER” ..................................................... 357


-3
37

QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS ............................................................................... 363


.4
17

RECORDAR, REPETIR E ELABORAR. (1914) V. XII IN: EDIÇÃO STANDARD BRASILEIRA DAS OBRAS
.3
46

PSICOLÓGICAS COMPLETAS DE SIGMUND FREUD. RIO DE JANEIRO: IMAGO, 1996. ......................377


-1
e
ad
dr

Ética: Código de Ética Profissional.


An
de
o
ed

Código de Ética: Resolução CFP Nº 010/05


ev
Az

Vamos direito ao Código de Ética dos Psicólogos. Recomendo várias


na

leituras atenciosas e muito marcador de texto. Esse tópico está presente em


lia
Ju

quase 100% dos concursos de psicologia. Sublinharei os pontos principais do


texto e colocarei minhas anotações em vermelho.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO (Resolução CFP n° 10/2005)


Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca
atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela
existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada
profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.
Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados
1
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quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela


sociedade, procura fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca
da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e
suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código
de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim,
a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.

05
O código de ética prevê todas as situações em que deverá ser

6:
:5
aplicado? Não. Por isso constitui-se como princípios que

12
fundamentarão a conduta profissional.

3
02
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de

/2
05
sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-

2/
se em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano

-2
e seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais,

om
tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-

l.c
ai
culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma

gm
profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de
e@
normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-
ci
pe

se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética
es

que nos orienta.


na
ia

Dois pontos importantes: todo código de ética é


ul
-j

determinado historicamente e o nosso foi influenciado pela


5
-3

Declaração Universal dos Direitos Humanos.


37

A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo


.4
17

no Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do


.3

país e ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e


46
-1

profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade,


e

sentida pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evolução


ad
dr

do contexto institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulgação


An

da denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela


de

decorrentes.
o
ed

Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi


ev

construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão,


Az

suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O


na
lia

processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação direta
Ju

dos psicólogos e aberto à sociedade.


Ô drama do CFP, essa é dispensável.
Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se
mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem
seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:
Eis a lista dos pressupostos que nortearam a construção do
nosso código de ética que todo candidato deve saber.
a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem

2
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orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades


profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas
demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.
b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e
interseções relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as
relações que estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários
ou beneficiários dos seus serviços.
c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a

05
crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes

6:
:5
multiprofissionais.

12
d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não

3
02
em suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se

/2
05
restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.

2/
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a

-2
expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade

om
as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua

l.c
ai
formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o

gm
fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.
e@
Vou destacar as utopias os objetivos:
ci
pe

a. a) delinear para a sociedade as responsabilidades


es

e deveres do psicólogo
na
ia

b. b) oferecer diretrizes para a sua formação


ul
-j

c. c) balizar os julgamentos das suas ações


5
-3

d. d) contribuir para o fortalecimento e ampliação


37

do significado social da profissão


.4
17
.3

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
46
-1

I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade,


e

da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores


ad
dr

que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.


An

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das


de

pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas


o
ed

de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.


ev

Atente para a expressão “contribuirá para a eliminação”.


Az

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e


na
lia

historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.


Ju

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo


aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da
Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da
população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços
e aos padrões éticos da profissão.
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

3
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Aqui não tem escolha, em situações que o psicólogo presencie a


degradação da psicologia, deve agir obrigatoriamente.
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e
os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios
deste Código.
Uma dica: decore o VII. Cai na literalidade na maioria das
bancas em que trabalhei,

05
6:
:5
DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO

12
Agora começa a parte boa!

3
02
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:

/2
05
a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;

2/
b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para

-2
as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;

om
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho

l.c
ai
dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios,

gm
conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência
e@
psicológica, na ética e na legislação profissional;
ci
pe

A legislação profissional inclui não só a elaborada para os


es

profissionais de psicologia como a existente para o contexto de


na
ia

trabalho do psicólogo (Exemplo, Código de Ética do Poder


ul
-j

Executivo para psicólogos servidores do poder executivo).


5
-3

d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou


37

de emergência, sem visar benefício pessoal;


.4
17

O que isso realmente significa na prática? Significa que o


.3

psicólogo deve se apresentar para o trabalho em situações de


46
-1

calamidade pública ou de emergência, mesmo que seja sem


e

remuneração. Esse preceito está de acordo com o humanismo


ad
dr

da Declaração Universal dos Direitos Humanos.


An

e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos


de

do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;


o
ed

Nada de preços ou condições exorbitantes.


ev

f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


Az

informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo


na
lia

profissional;
Ju

Esse “a quem de direito” é o usuário do serviço e/ou seu


responsável.
g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação
de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para
a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a
partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que
solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;

4
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i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo,


guarda e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam
feitas conforme os princípios deste Código;
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais,
respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar
com estes, salvo impedimento por motivo relevante;
k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os

05
assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações

6:
:5
necessárias à continuidade do trabalho;

12
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal

3
02
ou irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste

/2
05
Código ou da legislação profissional.

2/
-2
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

om
O Artigo 1° e o 2° devem ser relidos até a exaustão. Apesar de

l.c
ai
parecerem longos, são de “bom senso” da prática profissional e

gm
fáceis de serem identificados em qualquer prova.
e@
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem
ci
pe

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou


es

opressão;
na
ia

b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas,


ul
-j

religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito,


5
-3

quando do exercício de suas funções profissionais;


37

c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas


.4
17

psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de


.3

violência;
46
-1

d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou


e

favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer


ad
dr

outra atividade profissional;


An

e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou


de

contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços


o
ed

profissionais;
ev

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de


Az

atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não


na
lia

estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;


Ju

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica;


h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas
psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha
vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos
objetivos do serviço prestado;
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus

5
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vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a


qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da
avaliação;
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando
benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com
a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo
que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes

05
de informações privilegiadas;

6:
:5
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;

12
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens

3
02
outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim

/2
05
como intermediar transações financeiras;

2/
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de

-2
serviços;

om
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar

l.c
ai
resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma

gm
a expor pessoas, grupos ou organizações.
e@
Mas Alyson, não podemos realizar diagnóstico? Isso é culpa do
ci
pe

tal do Ato Médico? Não. Veja bem, não podemos realizar


es

diagnóstico que exponha pessoas, grupos ou organizações.


na
ia
ul
-j

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma


5
-3

organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as


37

práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste


.4
17

Código.
.3

Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a


46
-1

prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.


e
ad
dr

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:


An

a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as


de

condições do usuário ou beneficiário;


o
ed

b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o


ev

comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser


Az

realizado;
na
lia

c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do


Ju

valor acordado.

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá


que:
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários
dos serviços atingidos pela mesma.

6
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Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:


a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados
demandas que extrapolem seu campo de atuação;
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o
serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o
sigilo.

05
Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que

6:
:5
estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:

12
Olho no lance! Essas 4 condições são vitais para o seu concurso!

3
02
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;

/2
05
Não é a pedido do paciente se o serviço ainda estiver em curso.

2/
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,

-2
quando dará imediata ciência ao profissional;

om
Ocorre a intervenção, mas o psicólogo que intervir deve dar

l.c
ai
imediata ciência ao profissional anterior de sua atuação. Sendo

gm
assim, ele não pede autorização, mas comunica a atuação.
e@
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
ci
pe

interrupção voluntária e definitiva do serviço;


es

Quando informado pelo paciente ou por psicólogo anterior que


na
ia

o vínculo de atendimento não existe mais.


ul
-j

d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer


5
-3

parte da metodologia adotada.


37
.4
17

Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou


.3

interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus


46
-1

responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:


e

Ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento


ad
dr

de criança, adolescente ou interdito. Isso não significa que seja


An

necessariamente um dos pais. Pode ser a avó ou, como expresso


de

no parágrafo seguinte, o Juiz da Infância e Adolescência, por


o
ed

exemplo.
ev

§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá


Az

ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;


na
lia

§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem


Ju

necessários para garantir a proteção integral do atendido.

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger,


por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências


decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais

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deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá


decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o
psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente
necessárias.

Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto neste Código.

05
E comunicará apenas o necessário.

6:
:5
12
Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe

3
02
multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias

/2
05
para o cumprimento dos objetivos do trabalho.

2/
Novamente, comunicará apenas o necessário.

-2
om
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser

l.c
ai
comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem

gm
medidas em seu benefício.
e@
Novamente, comunicará apenas o necessário.
ci
pe
es

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática


na
ia

psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional


ul
-j

vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.


5
-3
37

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer


.4
17

motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.
.3

§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar


46
-1

todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior


e

utilização pelo psicólogo substituto.


ad
dr

§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo


An

responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a


de

destinação dos arquivos confidenciais.


o
ed
ev

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


Az

para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:


na
lia

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela


Ju

divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,


organizações e comunidades envolvidas;
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos,
mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas
em legislação específica e respeitando os princípios deste Código;
c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo
interesse manifesto destes;
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados

8
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das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o


desejarem.

SE LIGA AI:
Segundo a Resolução CNS n° 466/12 (Projetos de pesquisa envolvendo
seres humanos deverão atender a esta Resolução):
II.23 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE - documento no
qual é explicitado o consentimento livre e esclarecido do participante e/ou de

05
seu responsável legal, de forma escrita, devendo conter todas as informações

6:
:5
necessárias, em linguagem clara e objetiva, de fácil entendimento, para o mais

12
completo esclarecimento sobre a pesquisa a qual se propõe participar;

3
02
II.24 - Termo de Assentimento - documento elaborado em linguagem acessível

/2
05
para os menores ou para os legalmente incapazes, por meio do qual, após os

2/
participantes da pesquisa serem devidamente esclarecidos, explicitarão sua

-2
anuência em participar da pesquisa, sem prejuízo do consentimento de seus

om
responsáveis legais.

l.c
ai
[...]

gm
IV.8 - Nos casos em que seja inviável a obtenção do Termo de Consentimento
e@
Livre e Esclarecido ou que esta obtenção signifique riscos substanciais à
ci
pe

privacidade e confidencialidade dos dados do participante ou aos vínculos de


es

confiança entre pesquisador e pesquisado, a dispensa do TCLE deve ser


na
ia

justificadamente solicitada pelo pesquisador responsável ao Sistema


ul
-j

CEP/CONEP, para apreciação, sem prejuízo do posterior processo de


5
-3

esclarecimento.
37

CEP = COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA


.4
17

CONEP = COMISSÃO NACIONAL DE ÉTICA EM PESQUISA


.3

Para saber mais, consulte:


46
-1

http://www.conselho.saude.gov.br/Web_comissoes/conep/aquivos/resolucoes
e

/resolucoes.htm
ad
dr
An

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,


de

orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas


o
ed

neste Código.
ev
Az

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a


na
lia

leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o


Ju

exercício ilegal da profissão.

Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação,


zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a
respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


meios, individual ou coletivamente:

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a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;


b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que
possua;
c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a
técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela
profissão;
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e) Não fará previsão taxativa de resultados;

05
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;

6:
:5
g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras

12
categorias profissionais;

3
02
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

/2
05
2/
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

-2
om
Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração

l.c
ai
disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos

gm
legais ou regimentais:
e@
a) Advertência;
ci
pe

b) Multa;
es

c) Censura pública;
na
ia

d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad


ul
-j

referendum do Conselho Federal de Psicologia;


5
-3

e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho


37

Federal de Psicologia.
.4
17
.3

Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão


46
-1

resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho


e

Federal de Psicologia.
ad
dr
An

Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência


de

quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.


o
ed
ev

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de


Az

Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos


na
lia

Regionais de Psicologia.
Ju

Leu todo o nosso código de ética? Leia de novo. O que tenho para te falar
não é animador: decore o código de ética. Você precisa saber das definições aqui
utilizadas. O código é pequeno, mesmo assim, devo fazer algumas considerações
esquematizadas para você não mais esquecer.
Pontos Principais

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Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

“Visar benefício próprio”. Quando a questão vier referindo-se ao nosso


código, observe se a situação apresentada sustenta algum caso que vise
benefício próprio (prolongamento das sessões, empréstimos pessoais, estipular
o preço após o início dos trabalhos, porcentagem recebida por
encaminhamento, etc.). Caso isso ocorra, ficará fácil identificar o erro inferido.
Para garantir que o psicólogo vá seguir os preceitos éticos explicitados,

05
a garantia que o próprio Código Oferece é a capacidade que nós temos de

6:
:5
recusar-nos a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão

12
competente.

3
02
Além disso, podemos intervir no trabalho de outros profissionais nas

/2
05
seguintes situações:

2/
a. a) A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;

-2
b. b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;

om
c. c) Quando o trabalho do outro profissional estiver

l.c
ai
encerrado;

gm
d. d) Quando for a metodologia adotada.
e@
Outro ponto importante é que, no atendimento de crianças,
ci
pe

adolescentes ou interditos, ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o


es

atendimento. De que forma ocorre essa autorização? Bom, a legislação vigente


na
ia

não fala nada específico sobre isso, e, como você deve saber, a autorização
ul
-j

verbal acaba sendo suficiente.


5
-3

O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo apenas na situação em


37

que busque o menor prejuízo. E, mesmo assim, deverá apenas prestar as


.4
17

informações estritamente necessárias (isso vale para a quase totalidade dos


.3

processos de comunicação oficiais do psicólogo).


46
-1

O que fazer com os arquivos confidenciais? Essa é fácil, atente para os


e

dois casos: em caso de demissão ou exoneração do psicólogo, seu material deve


ad
dr

ser passado para quem o vier a substituir ou deve lacrar o material para posterior
An

utilização; em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo informará


de

a extinção ao Conselho Regional de Psicologia, que ficará responsável pela


o
ed

destinação do material.
ev

Na hora de fazer propaganda, o psicólogo deve informar seu nome


Az

completo, número de registro e CRP. Além disso:


na
lia

a. a) Poderá divulgar qualificação profissional e


Ju

qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas


que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
b. b) Não poderá divulgar o preço, divulgar expectativa de
resultados (de forma taxativa), se promover em detrimento de
outros profissionais e nem fará sensacionalismo sobre sua
atividade profissional.
E, por fim, a lista das penalidades aplicadas:
a) Advertência;

11
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.
Observe que o código de ética não estipula os casos em que as
penalidades são aplicáveis. Isso ocorre por meio de outras legislações, julgados,

05
posicionamentos e pelo julgamento através de comissão de ética para cada caso

6:
:5
apresentado.

12
3
02
/2
05
2/
-2
om
l.c
ai
Questões sobre Ética

gm
e@
ci
pe
es
na
ia

1. AOCP – Prefeitura de Juiz de Fora – Psicólogo – 2016


ul
-j

Segundo a apresentação do Código de Ética Profissional do Psicólogo, um


5
-3

Código de Ética serviria para


37

(A) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de


.4
17

modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas


.3

consequências no exercício profissional.


46
-1

(B) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis,


e

desenvolvendo senso crítico com relação à profissão.


ad
dr

(C) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, com
An

interesse de produção de conhecimento necessário ao estabelecimento da


de

profissão.
o
ed

(D) formalizar a fiscalização da profissão, configurando-se como poder de polícia


ev

e punindo irregularidades.
Az

(E) normatizar a atuação do psicólogo, que por sua vez passa a normatizar as
na
lia

demandas para a psicologia. 



Ju

2. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Novo Hamburgo - RS - Psicólogo


De acordo com o Código de Ética, nos casos em que ocorrer a extinção do serviço
de Psicologia, o psicólogo deverá
A encaminhar os prontuários psicológicos aos seus respectivos interessados.
B informar ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação
dos arquivos confidenciais.
C repassar todo o material ao psicólogo que vier substituí-lo.
D acrar o material para posterior utilização pelo profissional substituto.

12
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

E guardar por, no mínimo, 5 anos o material, prazo que poderá ser ampliado nos
casos previstos em lei, por determinação judicial.

3. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG - Psicólogo


Em relação ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a alternativa
correta.
A É permitido ao psicólogo induzir a convicções políticas, filosóficas, morais,
ideológicas, religiosas ou de orientação sexual, quando julgar benéfico para a

05
pessoa atendida.

6:
:5
B Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo deve levar em conta a

12
justa retribuição aos serviços prestados e a tabela de valores do CFP, sem

3
02
considerar as condições do usuário.

/2
05
C O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que haja

2/
prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços

-2
atingidos pela mesma.

om
D No atendimento a crianças e adolescentes, deve ser comunicado aos

l.c
ai
responsáveis tudo o que foi falado durante os atendimentos.

gm
E Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o
e@
psicólogo registrará o máximo de informações compartilhadas pela pessoa
ci
pe

atendida, visando ao seu maior benefício.


es
na
ia

4. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Novo Hamburgo - RS - Psicólogo


ul
-j

Sobre o Código de Ética do psicólogo e os princípios de confidencialidade e sigilo


5
-3

profissional, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s)


37

correta(s).
.4
17

I. A confidencialidade garante sigilo profissional às pessoas, grupos ou


.3

organizações em que o psicólogo exercer a profissão.


46
-1

II. Em situações em que se configure conflitos entre a exigência de


e

confidencialidade e os princípios do Código, o psicólogo poderá decidir sobre a


ad
dr

quebra de sigilo profissional.


An

III. Caso requisitado a depor em juízo, o psicólogo não deve prestar informações,
de

mantendo a confidencialidade e sigilo do caso, visando ao menor prejuízo.


o
ed

A Apenas I.
ev

B Apenas II.
Az

C Apenas III.
na
lia

D Apenas I e II.
Ju

E Apenas II e III.

5. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFPB - Psicólogo


Em caso de o profissional psicólogo não poder, por motivos justificáveis,
continuar o serviço que assumiu inicialmente, ele deve
A encerrar o serviço e deixar que o próprio paciente procure por outro psicólogo,
sem oferecer auxílio, para não interferir na escolha dele.
B encaminhar o serviço para um profissional de sua confiança obrigatoriamente.

13
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

C sugerir o serviço de outro psicólogo e fornecer ao substituto as informações


necessárias à continuidade do trabalho.
D sugerir o serviço de outro psicólogo e não fornecer informações sobre o trabalho
prestado, por uma questão de ética.
E encerrar o serviço e solicitar que o cliente reinicie o trabalho com outro
profissional.

6. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFFS - Psicólogo

05
São possíveis penalidades por transgressões dos preceitos do Código de Ética do

6:
:5
Psicólogo, EXCETO

12
A multa.

3
02
B advertência.

/2
05
C censura pública.

2/
D cassação do exercício profissional.

-2
E suspensão do exercício profissional por até 20 (vinte) dias.

om
l.c
ai
7. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG - Psicólogo

gm
A atuação cotidiana do psicólogo deve ser pautada na ética profissional. Nesse
e@
sentido, assinale a alternativa que está de acordo com Código de Ética do
ci
pe

Psicólogo.
es

A Mesmo que não esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente, o psicólogo


na
ia

não deve se negar a assumir responsabilidades profissionais, caso esteja


ul
-j

realizando trabalho em equipe multidisciplinar.


5
-3

B O psicólogo não deve fornecer informações concernentes ao seu objetivo


37

profissional, tampouco aos resultados decorrentes da prestação de serviços


.4
17

psicológicos.
.3

C Ao encaminhar o usuário do serviço público para um serviço particular, o


46
-1

psicólogo pode receber porcentagem.


e

D É permitido ao psicólogo realizar diagnósticos e divulgar procedimentos de


ad
dr

serviços psicológicos em meios de comunicação, com a finalidade de socializar os


An

conhecimentos da ciência psicológica.


de

E O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam


o
ed

sendo efetuados por outro profissional, quando se tratar de trabalho


ev

multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.


Az
na
lia

8. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFFS - Psicólogo


Ju

Em relação aos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do


Psicólogo (Resolução CFP nº 010/05), analise as assertivas e assinale a alternativa
que aponta as corretas.
I. O psicólogo realizará atuação com responsabilidade, buscando o
aprimoramento profissional contínuo para contribuir no desenvolvimento da
Psicologia.
II. O psicólogo analisará crítica e historicamente o indivíduo, buscando adaptá-lo
a quaisquer necessidades das instituições ou do bairro em que vive.

14
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

III. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da


dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, nas cidades com Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) acima de 7 (sete).
IV. O psicólogo promoverá a universalização do acesso da população referente ao
conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e ao código de ética da
profissão.
A Apenas I e III.
B Apenas II e III.

05
C Apenas I e IV.

6:
:5
D Apenas III e IV

12
E Apenas I, II e IV.

3
02
/2
05
9. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Organizacional -

2/
2014

-2
Sobre o tema “Ética e responsabilidade social na organização”, assinale a

om
alternativa correta.

l.c
ai
(A) É a atuação responsável dos membros da organização, de suas atividades e

gm
compromissos com a sociedade em geral.
e@
(B) É a forma como cada colaborador realiza suas atividades de trabalho.
ci
pe

(C) É a sociedade que se configura como fator determinante na organização.


es

(D) É a responsabilidade da organização em entregar seus produtos.


na
ia

(E) Define-se pela forma como as organizações atendem seus clientes.


ul
-j
5
-3

10. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015


37

A inserção do psicólogo em uma equipe multiprofissional de uma instituição tem


.4
17

repercussões éticas importantes. O psicólogo


.3

(A) não poderá em nenhuma circunstância compartilhar informações de


46
-1

pacientes atendidos.
e

(B) compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço


ad
dr

prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações.


An

(C) encaminhará a profissionais ou entidades habilitadas e qualificadas as


de

demandas da área da saúde que chegar até ele.


o
ed

(D) não pode registrar a informação, mas pode compartilhar verbalmente.


ev

(E) só compartilhará se tiver solicitação médica.


Az
na
lia

11. INSTITUTO AOCP – Prefeitura de Juiz de Fora – Psicólogo – 2016


Ju

Segundo a apresentação do Código de Ética Profissional do Psicólogo, um


Código de Ética serviria para
(A) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de
modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas
consequências no exercício profissional. 

(B) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis,
desenvolvendo senso crítico com relação à profissão. 

(C) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, com

15
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

interesse de produção de conhecimento necessário ao estabelecimento da


profissão. 

(D) formalizar a fiscalização da profissão, configurando-se como poder de polícia
e punindo irregularidades. 

(E) normatizar a atuação do psicólogo, que por sua vez passa a normatizar as
demandas para a psicologia. 


12. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014

05
Considerando o Art. 15 do Código de Ética Profissional do Psicólogo, sobre a

6:
:5
interrupção do trabalho do psicólogo por qualquer motivo, assinale a alternativa

12
correta.

3
02
(A) Quando o trabalho for interrompido por extinção do serviço, cabe ao

/2
05
psicólogo dar destino aos arquivos confidenciais, guardando-os em casa por 10

2/
-2
anos.

om
(B) Em caso de demissão, o psicólogo responsável deverá entregar os arquivos

l.c
confidenciais ao Conselho Regional de Psicologia.

ai
(C) Quando exonerado, o psicólogo deverá entregar os arquivos confidenciais à
gm
e@
instituição, para serem incinerados.
ci

(D) Em caso de demissão, o psicólogo responsável deve passar os arquivos


pe

confidenciais ao seu chefe imediato.


es
na

(E) Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o


ia

material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização


ul
-j

pelo psicólogo substituto.


5
-3
37

13. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUJM-UFMT - Psicólogo Hospitalar - 2014


.4
17

Considerando a importância do sigilo profissional, segundo o Código de Ética


.3
46

Profissional do Psicólogo (Conselho Federal de Psicologia), assinale a alternativa


-1

INCORRETA.
e
ad

(A) É dever do psicólogo dar à pessoa atendida ou, no caso de incapacidade desta,
dr

a quem de direito, informações concernentes ao trabalho a ser realizado.


An

(B) É dever transmitir, a quem de direito, informações que sirvam de subsídios às


de

decisões que envolvam a pessoa atendida.


o
ed

(C) É dever garantir condições ambientais adequadas de segurança e privacidade.


ev
Az

(D) Em caso de demissão ou exoneração o psicólogo deverá passar seu material ao


na

substituto.
lia

(E) Em caso de extinção do serviço, o material ficará guardado e sob a


Ju

responsabilidade do último psicólogo que atuou nele.

14. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014


Assinale a alternativa que corresponde à função do Código de Ética Profissional
do Psicólogo.
(A) Estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva
categoria profissional e pela sociedade.
(B) Responsabilizar o Conselho de Classe (CRP) por ações e suas consequências no

16
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

exercício profissional.
(C) Normatizar a natureza técnica do trabalho.
(D) Servir como um conjunto fixo de normas e ser imutável no tempo.
(E) Afastar-se de um instrumento de reflexão valorizando as normas
preestabelecidas.

15. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014


Considerando o Capítulo intitulado “Das Responsabilidades do Psicólogo”

05
segundo o Código de Ética Profissional vigente, assinale a alternativa INCORRETA.

6:
:5
(A) É dever fundamental do psicólogo prestar serviços profissionais em situações

12
de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal.

3
02
(B) É vetado ao psicólogo induzir a convicções políticas, filosóficas, morais,

/2
05
ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito,

2/
quando do exercício de suas funções profissionais.

-2
(C) O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará

om
para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das

l.c
ai
atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

gm
(D) Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, orientar
e@
e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas no Código
ci
pe

de Ética Profissional.
es

(E) O psicólogo poderá utilizar o preço do serviço como forma de propaganda,


na
ia

atingindo as classes menos favorecidas.


ul
-j
5
-3

16. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFPEL - Psicólogo Hospitalar - 2015


37

Ao psicólogo, é vedado
.4
17

(A) prestar serviços profissionais em situação de calamidade pública ou de


.3

emergência, sem visar benefício pessoal.


46
-1

(B) estabelecer, com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo
e

com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do


ad
dr

serviço prestado.
An

(C) levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou


de

irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes do código de ética ou


o
ed

da legislação profissional.
ev

(D) estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do


Az

usuário ou beneficiário de serviços de psicologia.


na
lia

(E) fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


Ju

informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo


profissional.

17. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFPEL - Psicólogo Hospitalar - 2015


O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios,
individual ou coletivamente,
(A) informará apenas seu primeiro nome, o CRP e seu número de registro.
(B) fará referências apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua.

17
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(C) fará previsão taxativa de resultados.


(D) utilizará o preço do serviço como forma de propaganda.
(E) fará autopromoção em detrimento de outros profissionais.

18. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015


São deveres fundamentais dos psicólogos, EXCETO
(A) assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as
quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente.

05
(B) prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e

6:
:5
apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e

12
técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência

3
02
psicológica, na ética e na legislação profissional.

/2
05
(C) prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de

2/
emergência, sem visar benefício pessoal.

-2
(D) informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de

om
serviços psicológicos, transmitindo todas as informações para a tomada de

l.c
ai
decisões, que afetem o usuário ou beneficiário.

gm
(E) sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
e@
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu
ci
pe

inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à


es

continuidade do trabalho.
na
ia
ul
-j

19. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015


5
-3

O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam


37

sendo efetuados por outro profissional, na seguinte situação:


.4
17

(A) por ordem médica.


.3

(B) em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,


46
-1

quando dará imediata ciência ao profissional.


e

(C) quando informado expressamente pelo juiz.


ad
dr

(D) quando se tratar de trabalho internacional e a intervenção fizer parte da


An

metodologia adotada.
de

(E) quando for procurado para prestar serviço, pois as pessoas são livres para
o
ed

escolher por qual profissional querem ser atendidas.


ev
Az

20. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


na
lia

A ética que se funda no reconhecimento do sujeito da diferença, no


Ju

reconhecimento da singularidade do sujeito, difere da ética do bem supremo. O


que se encontra em pauta é a concepção do sujeito como diferença e
singularidade. Essa postura ética pode ser uma conduta do clínico no trabalho
hospitalar. O enunciado refere-se ao construto teórico
(A) da fenomenologia.
(B) do existencialismo.
(C) da psicanálise.
(D) do humanismo.

18
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(E) da visão holística do ser.

21. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HC-UFG - Psicólogo Hospitalar - 2015


Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender
demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de
normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus
pares e com a sociedade como um todo. A prática da psicologia é norteada pelo
código de ética profissional, no qual constam, no Art. 1° e 2°, respectivamente,

05
seus deveres fundamentais e o que lhe é vedado. Assinale a alternativa que

6:
:5
caracteriza o que é vedado ao psicólogo.

12
(A) Emitir documentos devem que contenham fundamentação e qualidade

3
02
técnico-científica

/2
05
(B) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, religiosas, de orientação

2/
sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções

-2
profissionais.

om
(C) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,

l.c
ai
informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo

gm
profissional.
e@
(D) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
ci
pe

justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu


es

inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à


na
ia

continuidade do trabalho.
ul
-j

(E) Não receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de


5
-3

serviços.
37
.4
17

22. UFG – 2014 – UEAP - Psicólogo


.3

O Código de Ética Profissional do Psicólogo (CFP, 2007) estabelece que


46
-1

(A) é dever fundamental do psicólogo informar, a quem de direito, os resultados


e

decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for


ad
dr

necessário para a tomada de decisões que afetam o usuário ou beneficiário.


An

(B) poderá o psicólogo usar de seu direito de reivindicação e liberdade de


de

expressão, participando de greves ou paralisações, desde que sejam previstos no


o
ed

contrato ou no edital de concurso que o selecionou, ou definido por seu sindicato.


ev

(C) é dever fundamental do psicólogo compartilhar somente informações


Az

relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial


na
lia

das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de


Ju

preservar o sigilo.
(D) registrará, o psicólogo, nos documentos que embasam as atividades em equipe
multiprofissional, todas as informações que possam contribuir com os objetivos
institucionais e o planejamento do trabalho em grupo.

23. IBFC - SSA-HMDCC - Psicologia Hospitalar – 2015


O artigo 21 do Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP nº
010/2005) mostra, em forma progressiva, as penalidades para o profissional que

19
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

transgredir o código. Assinale a alternativa que mostra corretamente essa


progressão, de acordo com o Código:
A Multa; Advertência; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por
até 30 dias; Cassação do exercício profissional.
B Advertência; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por
até 30 dias; Cassação do exercício profissional.
C Multa; Advertência; Suspensão do exercício profissional, por até 30 dias;
Cassação do exercício profissional; Censura pública.

05
D Advertência; Censura pública; Multa; Suspensão do exercício profissional, por

6:
:5
até 30 dias; Cassação do exercício profissional.

12
3
02
24. IBFC - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO) - 2017

/2
05
As transgressões dos preceitos descritos no atual Código de Ética do Psicólogo

2/
constituem infração disciplinar, e são previstas na legislação vigente a aplicação

-2
de sanções e ou penalidades em casos de comprovação de tais transgressões.

om
Assinale a alternativa que não corresponde a uma penalidade descrita no atual

l.c
ai
Código de Ética do Psicólogo diante de uma infração disciplinar cometida pelo

gm
profissional.
e@
A Cassação do exercício profissional
ci
pe

B Multa
es

C Censura pública
na
ia

D Suspensão do exercício profissional por até um ano


ul
-j

E Advertência
5
-3
37

25. IBFC - SSA-HMDCC - Psicologia Hospitalar – 2015


.4
17

O Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP nº 010/2005)


.3

estabelece o que é proibido aos psicólogos. Todas as alternativas mostram essas


46
-1

proibições, EXCETO:
e

A Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,


ad
dr

discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;


An

B Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de


de

orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas


o
ed

funções profissionais;
ev

C Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e


Az

apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e


na
lia

técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na


Ju

legislação profissional;
D Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência;

26. IBFC - HEMOMINAS - Psicólogo Clínico – 2013


O atual Código de Ética do Psicólogo, o terceiro da categoria em vigor desde agosto
de 2005, auxilia o profissional a estabelecer uma relação de sua profissão com a

20
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

sociedade, bem como com seus pares. Tal código pautou-se pelo princípio geral
de se tornar:
A Um instrumento de reflexão para nortear a prática do profissional psicólogo.
B Um conjunto fixo de normas que devem ser seguidas pelo profissional para que
possa efetuar seu trabalho de maneira adequada.
C Uma ferramenta que indica como o profissional deve proceder em cada situação
peculiar a cada área de atuação.
D Um instrumento capaz apenas de julgar as ações do profissional quando não age

05
de acordo com a ética, cabendo às resoluções do Conselho federal de Psicologia o

6:
:5
papel de estabelecer os princípios fundamentais e as responsabilidades do

12
psicólogo.

3
02
/2
05
27. IBFC - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO) – 2017

2/
Em relação à intervenção de um profissional psicólogo na prestação de serviços

-2
psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, analise as

om
afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.

l.c
ai
I. A intervenção pode acontecer em caso de emergência ou risco ao beneficiário

gm
ou usuário do serviço, quando o profissional que realizou o atendimento dará
e@
imediata ciência ao profissional responsável pelo caso.
ci
pe

II. Um psicólogo nunca poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


es

estejam sendo efetuados por outro profissional.


na
ia

III. A intervenção pode acontecer quando informado, expressamente, por


ul
-j

qualquer uma das partes, da interrupção voluntária e definitiva do serviço.


5
-3

Assinale a alternativa correta:


37

A Somente I está correta


.4
17

B Somente II está correta


.3

C Somente I e III estão corretas


46
-1

D Todas estão corretas


e

E Todas estão incorretas


ad
dr
An

28. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar - 2013


de

O atual Código de Ética do Psicólogo está dividido em três grandes partes, sendo
o
ed

elas: Princípios Fundamentais, Das Responsabilidades do Psicólogo, e Disposições


ev

Gerais. Nas disposições gerais estão caracterizadas como serão aplicadas as


Az

penalidades no caso de transgressões dos preceitos éticos deste Código, e as


na
lia

penalidades que podem ser aplicadas. Assinale a alternativa que não se caracteriza
Ju

como uma penalidade a uma infração disciplinar:


A Censura pública.
B Multa.
C Prestação de serviços comunitários.
D Advertência.

29. IBFC - SEPLAG-MG – Psicologia - 2013


Ainda o Código de Ética do Psicólogo, orienta os cuidados e atenção do profissional

21
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

quando fizer uso de instrumentos de avaliação psicológica, tais como:


A Testes, desenhos, relatos, devem ficar em pasta de acesso exclusivo do
psicólogo.
B Deve ir para registro no prontuário somente o resultado final da avaliação.
C Tanto a análise como a interpretação que o profissional fez como resultado da
aplicação dos instrumentos, devem ser registrados no prontuário.
D Resultado, análise e interpretação, obtidos através de instrumentos de avaliação
psicológica, não devem ser objeto de registros no prontuário do paciente, mas em

05
arquivo pessoal do psicólogo.

6:
:5
12
30. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2013

3
02
Em 2012 comemorou-se os 50 anos da regulamentação da Profissão de Psicólogo

/2
05
no Brasil. Após sua regulamentação em 1962, a Psicologia necessitou de um

2/
Código de Ética a fim de reger a atuação do profissional. Após alterações realizadas

-2
nestes 50 anos, o atual Código de Ética do Psicólogo:

om
I. é o terceiro da profissão de psicólogo no Brasil.

l.c
ai
II. é o segundo elaborado, com alterações após o primeiro criado em 1967.

gm
III. é o quarto código elaborado pela classe.
e@
x. foi elaborado e entrou em vigor em 1987.
ci
pe

y. entrou em vigor em agosto de 2005.


es

z. entrou em vigor a partir de 2003.


na
ia

i. tem como missão primordial normatizar a natureza técnica do trabalho.


ul
-j

ii. pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se de um instrumento de reflexão.


5
-3

iii. trata-se de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo.


37

Assinale a alternativa que indique a opção correta de cada um dos três conjuntos
.4
17

de afirmações:
.3

A I; y; ii.
46
-1

B I; x; iii.
e

C III; y; i.
ad
dr

D II; z; ii.
An
de

31. IBFC - SES-PR – Psicólogo – 2016


o
ed

Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender


ev

demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de


Az

normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus
na
lia

pares e com a sociedade como um todo. Dessa forma, a profissão de psicólogo no


Ju

Brasil conta com um Código de Ética, cuja última versão não condiz com a
alternativa:
A O Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se de um
conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo nos seus diferentes contextos
de atuação.
B O Código valoriza os princípios fundamentais como grandes eixos que devem
orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades
profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas

22
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.


C A missão primordial do Código é a de assegurar, dentro de valores relevantes
para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que
fortaleça o reconhecimento social da categoria.
D A formulação do Código de Ética, o terceiro da profissão no Brasil, respondeu
ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao estágio de
desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e profissional.

05
32. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2013

6:
:5
O Artigo nono do Código de Ética do Psicólogo afirma que “É dever do psicólogo

12
respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a

3
02
intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício

/2
05
profissional”. Com relação ao sigilo profissional previsto no Código de Ética do

2/
Psicólogo em vigor, julgue as afirmações abaixo como verdadeira (V) ou falsa (F):

-2
( ) O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo em situações específicas.

om
( ) O psicólogo não deverá fazer nenhum tipo de registro que envolva informação

l.c
ai
acerca das pessoas atendidas nos documentos compartilhados por uma equipe

gm
multiprofissional.
e@
( ) No atendimento a crianças, deve ser compartilhado com os pais ou responsáveis
ci
pe

todas as informações e dados produzidos durante os atendimentos.


es

A sequência correta, de cima para baixo das afirmações é:


na
ia

A F; F; V.
ul
-j

B F; F; F.
5
-3

C V; V; F.
37

D V; F; F.
.4
17
.3

33. IBFC - SEPLAG-MG – Psicologia – 2013


46
-1

Em conformidade com o art. 6º, do Código de Ética Profissional dos Psicólogos -


e

as questões relativas ao sigilo profissional mostram-se relevantes quando da


ad
dr

inserção deste profissional numa equipe multidisciplinar. O psicólogo pode


An

compartilhar, segundo o código, somente informações relevantes que qualificam


de

o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,


o
ed

assinalando a responsabilidade de quem as recebeu de preservar o sigilo, e aponta


ev

a definição sobre o termo confidencialidade como:


Az

A Confidencialidade deve ser entendida como o resguardo das informações dadas


na
lia

em confiança pelo cliente e a proteção contra a revelação não autorizada.


Ju

B Confidencialidade deve ser entendida como a limitação de acesso a informações


de uma dada pessoa, ao acesso à sua pessoa, à sua intimidade, aos seus segredos.
C Confidencialidade é a liberdade que a pessoa tem de não ser observada, por
quem ser que seja, sem sua expressa autorização.
D Confidencialidade estabelece o direito da não interferência na vida privada,
pessoal ou familiar do cliente, conforme expresso no art. 12 da Declaração
Universal dos Direitos Humanos.

23
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

34. IBFC - MGS – Psicólogo - 2016


Num serviço público (fictício) de atenção básica a saúde, havia alta demanda por
atendimento psicológico. Um dos usuários reclamou para o psicólogo da
dificuldade em trazer o filho para atendimento, por ser mais distante de sua casa.
O psicólogo então sugeriu ao pai do paciente um atendimento em sua clínica
particular, cobrando honorários de acordo com o poder aquisitivo da família. A
respeito da conduta do profissional, é correto afirmar que:
A Atendeu às demandas da família, e fortaleceu o vínculo paciente/terapeuta.

05
B A solicitação de atendimento partiu do pai, então seguiu parâmetros éticos.

6:
:5
C Respeita as especificidades do contexto sociocultural desta família.

12
D Fere o código de ética profissional.

3
02
/2
05
35. IBFC - MGS – Psicologia – 2015

2/
O Código de Ética do Psicólogo, em seu artigo 2°, discrimina as ações que são

-2
vedadas ao profissional de psicologia exercerem na sua prática profissional.

om
Dentre as ações vedadas por este código constam:

l.c
ai
I. Ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação,

gm
exploração, violência, crueldade ou opressão;
e@
II. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais
ci
pe

esteja capacitado pessoal, teórico e tecnicamente;


es

III. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de


na
ia

orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas


ul
-j

funções profissionais;
5
-3

IV. Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


37

informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo


.4
17

profissional;
.3

Indique a afirmativa correta:


46
-1

A I e II estão corretas.
e

B I e III estão corretas.


ad
dr

C II e III estão corretas.


An

D II e IV estão corretas.
de
o
ed

36. VUNESP - TJ-SP - Psicólogo Judiciário – 2017


ev

Ao atender uma adolescente, um psicólogo vem a saber que a paciente vem


Az

sofrendo sucessivos maus-tratos. Alertando-a de que comunicará o fato à


na
lia

autoridade competente, a paciente lhe diz que só relatou os fatos porque ele lhe
Ju

havia assegurado sigilo. Nessas circunstâncias, de acordo com o Código de Ética,


o psicólogo deverá
a) passar a informação para outro colega fazer a denúncia.
b) fazer a denúncia de maus-tratos ao Conselho Tutelar.
c) convencer a adolescente a fazer ela mesma a denúncia.
d) resolver o dilema ético sob a perspectiva do menor prejuízo.
e) honrar a palavra empenhada e manter o sigilo sobre os fatos.

24
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

37. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015


De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo (2005), é vedado a este
profissional:
a) receber ou oferecer remuneração por encaminhamento de serviços.
b) emitir documentos com informações baseadas em entrevistas.
c) delatar às instâncias competentes o exercício irregular da profissão.
d) divulgar informações contidas no Código de Ética Profissional da categoria.
e) depor em juízo com base em atendimento prestado.

05
6:
:5
38. VUNESP - Prefeitura de São José dos Campos – SP - Analista em Saúde –

12
Psicólogo - 2105

3
02
Um jovem de dezesseis anos comparece sozinho a um serviço de atendimento em

/2
05
saúde mental para solicitar atendimento psicológico. O psicólogo desse serviço

2/
a) poderá atender o jovem sem autorização porque este procura espontaneamente

-2
o serviço de saúde.

om
b) poderá atender o jovem se conseguir uma autorização de pelo menos um de

l.c
ai
seus responsáveis legais.

gm
c) poderá atender o jovem desde que consiga autorização de todos os seus
e@
responsáveis legais.
ci
pe

d) deverá comunicar o atendimento às autoridades competentes mesmo obtendo


es

autorização dos responsáveis.


na
ia

e) poderá atender o jovem desde que seus responsáveis legais compareçam a todas
ul
-j

as sessões.
5
-3
37

39. VUNESP - MPE-ES - Agente Técnico – Psicólogo – 2013


.4
17

De acordo com o Código de Ética do Psicólogo, os arquivos relacionados aos


.3

atendimentos prestados por um psicólogo demitido de um serviço de Psicologia


46
-1

deverão ser
e

a) encaminhados ao Conselho Regional de Psicologia.


ad
dr

b) destruídos pelo psicólogo demitido.


An

c) levados pelo psicólogo demitido.


de

d) lacrados e deixados para o psicólogo substituto.


o
ed

e) encaminhados à alta administração da instituição.


ev
Az

40. FAURGS – HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – Psicólogo


na
lia

Hospitalar – 2007
Ju

No que se refere ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale as


afirmações abaixo com V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A missão primordial de um código de ética profissional não é normatizar a
natureza técnica do trabalho, mas assegurar, dentro de valores relevantes para a
sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o
reconhecimento social daquela categoria.
( ) É dever do psicólogo informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da
prestação de serviços psicológicos, transmitindo todas as informações daí

25
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

decorrentes que afetem o usuário ou beneficiário.


( ) É vedado ao psicólogo praticar ou ser conivente com quaisquer atos que
caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou
opressão.
( ) É dever do psicólogo zelar para que a comercialização, a aquisição, a doação, o
empréstimo, a guarda e a forma de divulgação do material privativo do psicólogo
sejam feitos conforme os princípios do código de ética profissional.
( ) Não é dever do psicólogo levar ao conhecimento das instâncias competentes o

05
exercício ilegal ou irregular da profissão, as transgressões a princípios e diretrizes

6:
:5
do código de ética ou da legislação profissional.

12
( ) O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos,

3
02
compartilhará todas as informações necessárias para qualificar o serviço

/2
05
prestado, sendo de responsabilidade de quem as receber preservar o sigilo em

2/
relação ao caráter confidencial das comunicações prestadas.

-2
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

om
(A) V–V–F–V–V–F.

l.c
ai
(B) V–F–V–V–F–F.

gm
(C) V–F–F–V–V–F.
e@
(D) F–V– V–F–V–V.
ci
pe

(E) F–F–V–F–F–V.
es
na
ia

41. IDECAN – Município da Matias Cardoso/MG – Psicólogo – 2012


ul
-j

Quanto ao Código de Ética do Psicólogo, assinale a alternativa INCORRETA em


5
-3

relação ao que é vedado na atuação desse profissional.


37

A) Receber remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços.


.4
17

B) Participar de greves ou paralisações de qualquer tipo.


.3

C) Prolongar, sem necessidade, a prestação de serviços profissionais.


46
-1

D) Induzir qualquer pessoa a recorrer a seus serviços.


e

E) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de


ad
dr

orientação sexual, quando do exercício de suas funções profissionais.


An
de

42. IDECAN – Município de Luisburgo/MG – Psicólogo – 2014


o
ed

O Conselho Federal de Psicologia, no uso de suas atribuições, em 2005, publicou a


ev

terceira versão do Código de Ética da profissão de psicólogo, no Brasil, com vistas


Az

a responder ao contexto organizativo desses profissionais ao momento do país e


na
lia

ao estágio de desenvolvimento da psicologia enquanto campo científico e


Ju

profissional. Este Código de Ética é fruto da necessidade percebida pela categoria


e suas entidades representativas, de atender à evolução do contexto institucional-
legal do país, marcadamente a partir da promulgação da Constituição Federal de
1988. Considerando as informações acerca do regimento de conduta ética do
psicólogo, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Tende a funcionar como um dispositivo de reflexão e orientação sobre as mais
diversas formas de interação social.
( ) A conduta profissional visa assegurar à sociedade e aos próprios profissionais

26
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

psicólogos qualidade e seriedade à assistência prestada em diversos espaços de


intervenção.
( ) A reflexão e a conduta ética exigem uma compreensão integradora dos
indicadores de disfunções e transtornos, muitas vezes inesperados em um
determinado contexto e associados com angústia e inadequação substancial no
funcionamento.
( ) Mediante disfunções comportamentais e emocionais, propicia um
entendimento etiológico das mesmas fundamentalmente biológico e expressado

05
social e mentalmente.

6:
:5
( ) Orienta a realização de processos psicodiagnósticos para identificação

12
etiológica de disfunções, independente de aspectos socioculturais e biológicos, a

3
02
fim de evitar estereótipos e preconceitos sobre os mesmos.

/2
05
A sequência está correta em

2/
A) F, F, V, V, V. B) F, V, F, V, F. C) V, F, F, V, F. D) V, F, V, F, V.

-2
E) V, V, V, F, F.

om
l.c
ai
43. IDECAN – Município de Itaguara/MG – Psicólogo – 2014

gm
As transformações histórico-culturais e sociais vêm exigindo, proporcionalmente,
e@
reformulações nas doutrinas tradicionais a respeito dos relacionamentos
ci
pe

familiares de maneira geral, sobretudo entre aqueles que exercem as funções de


es

pais e mães com seus filhos. É possível entender, por exemplo, que tais
na
ia

transformações revelam novos problemas em decorrência da maior presença da


ul
-j

escola e dos meios de comunicação, principalmente a tecnologia, na vida


5
-3

cotidiana dos filhos. Diante das referidas considerações, é possível afirmar que se
37

é verdade que as grandes reformas necessárias ao nosso país não são questões
.4
17

apenas éticas, mas também políticas, o inverso não é menos verdade: não são só
.3

políticas, são questões éticas que desafiam o nosso sentido ético.


46
-1

Sobre a ética na contemporaneidade, assinale a alternativa correta.


e

A) O bem e o mal existem apenas nas consciências individuais, mas também


ad
dr

nas próprias estruturas institucionalizadas de um sistema.


An

B) A ética contemporânea preocupa-se, assim como as tendências


de

fundamentais da moral, com o julgamento do sistema sociocultural.


o
ed

C) A ética contemporânea aprendeu a preocupar-se, ao contrário das


ev

tendências positivistas da moral, com o julgamento do sistema econômico como


Az

um todo.
na
lia

D) A crítica atual continua a insistir na injustiça que reside no fato de só alguns


Ju

possuírem os meios da riqueza, e a crítica à propriedade continua reduzida aos


meios de produção e exorta a ideia de que “toda propriedade é um roubo”.

44. IDECAN – Município de Duque de Caxias/RJ – Psicólogo – 2014


A Resolução CFP nº 010/2005 aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo.
O art. 2º do Código Ética veda ao profissional de psicologia ações inadequadas e
que não deverão ser praticadas pelos psicólogos em atuação.
São ações vedadas ao psicólogo, EXCETO:

27
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A) Praticar ou ser inconveniente com quaisquer atos que caracterizem


negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão.
B) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento, bem como utilizar práticas
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência.
C) Acumpliar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o
exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade
profissional.

05
D) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou

6:
:5
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes do código de ética ou

12
da legislação profissional.

3
02
E) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos

/2
05
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do

2/
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.

-2
om
45. IDECAN – Município de Apiacá/ES – Psicólogo – 2014

l.c
ai
A Resolução CFP nº 010/2005 aprovou o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

gm
São princípios fundamentais do referido código, em vigor, EXCETO:
e@
A) Zelar para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando
ci
pe

situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.


es

B) Contribuir para promover a universalização do acesso da população às


na
ia

informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões


ul
-j

éticos da profissão.
5
-3

C) Atuar com responsabilidade, por meio de contínuo aprimoramento


37

profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo


.4
17

científico de conhecimento e de prática.


.3

D) Basear o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da


46
-1

igualdade e da integralidade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a


e

Constituição da República Federativa do Brasil.


ad
dr

E) Trabalhar visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das


An

coletividades e contribuir para a eliminação de quaisquer formas de negligência,


de

discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.


o
ed
ev

46. IDECAN – Pancas/ES – Psicólogo – 2014


Az

A Resolução CFP nº 010/05 aprovou o Código de Ética Profissional do Psicólogo,


na
lia

em vigor. Do art. 1º ao art. 20 são tratadas as responsabilidades do psicólogo.


Ju

O art. 2º veda ao psicólogo, EXCETO:


A) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que
possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas.
B) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com
o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço
prestado.
C) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando o benefício

28
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha


qualquer tipo de vínculo profissional.
D) Participar de greves ou paralisações, mesmo que as atividades de emergência
não sejam interrompidas e com a prévia comunicação da paralisação aos usuários
ou beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.
E) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.

05
6:
:5
47. IDECAN – HC-UFPE – Psicólogo Organizacional – 2014

12
Toda profissão se define a partir de um corpo de práticas que busca atender

3
02
demandas sociais, norteadas por elevados padrões e normas. Os códigos de ética

/2
05
expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina a

2/
direção das relações entre os indivíduos.

-2
Acerca dos princípios gerais do código de ética profissional, analise.

om
I. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a

l.c
ai
crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e equipes

gm
multiprofissionais.
e@
II. Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e
ci
pe

formas de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme o


es

princípio deste código.


na
ia

III. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo, e não em


ul
-j

suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
5
-3

restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.


37

Esta(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)


.4
17

A) I, II e III. B) I, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) II e


.3

III, apenas.
46
-1
e

48. IDECAN – HC-UFPE – Psicólogo Organizacional – 2014


ad
dr

O art. 21 do Código de Ética Profissional do Psicólogo dispõe que as transgressões


An

dos preceitos deste código constituem infração disciplinar com aplicação de


de

penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais.


o
ed

Com base no referido artigo, acerca das penalidades aplicáveis, assinale a


ev

alternativa INCORRETA.
Az

A) Multa.
na
lia

B) Advertência.
Ju

C) Censura pública.
D) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia.
E) Suspensão do exercício profissional ao promover publicamente seus serviços
por quaisquer meios: individual ou coletivamente.

49. IDECAN – Prefeitura Municipal de Baependi/MG – Psicólogo – 2015


A respeito da ética profissional, Krüguer (2011, p. 782) afirma que “condutas éticas

29
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Professor Alyson Barros

e morais estendem-se aos diversos tipos e níveis de relacionamento dos quais


psicólogos participam. Espera-se que psicólogos venham agir segundo princípios
éticos e normas morais no desempenho de todos os papéis profissionais que lhes
são legalmente atribuídos, visando o bem de pessoas, casais, organizações e
grupos atendidos. Condutas assim orientadas contribuem no sentido do
reconhecimento da psicologia como ciência e como profissão, aumentando, dessa
forma, a probabilidade de sua eficácia social”. Considerando o exposto, analise as
afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

05
( ) A legislação é um dos fundamentos da Ética Profissional, embora esta não se

6:
:5
reduza inteiramente às leis, pois de sua composição também participam conceitos

12
e teorias filosóficas, bem como normas de conduta estabelecidas por costumes

3
02
profissionais.

/2
05
( ) Em princípio, deve haver plena coerência entre a legislação e a ética

2/
profissional. Em situações objetivas, os atos de psicólogos são avaliados tanto sob

-2
o ponto de vista da competência e dos resultados obtidos no exercício profissional

om
quanto na perspectiva da adequação das condutas por eles praticadas às leis e às

l.c
ai
prescrições do Código de Ética Profissional.

gm
( ) A palavra “ética” designa um sistema prescritivo de normas de ação social
e@
coletivamente endossado, havendo a crença compartilhada de que essas normas
ci
pe

são desejáveis, sendo os atos humanos praticados que estejam em consonância


es

com essas prescrições, avaliados como bons e corretos, merecendo aprovação e


na
ia

até mesmo reconhecimento social.


ul
-j

( ) Na perspectiva psicológica, teorias éticas e prescrições morais habitam a


5
-3

cognição, nela sendo configuradas como crenças ou sistemas de crenças,


37

conforme o pensamento de cada um. Quanto mais elaborado ou sofisticado for o


.4
17

pensamento, mais consistente tende a ser o conjunto de crenças sobre nossos


.3

deveres e obrigações.
46
-1

A sequência está correta em


e

A) F, F, F, F. B) F, F, V, F. C) V, V, F, V. D) V, V, V, V.
ad
dr
An

50. IDECAN – Prefeitura Municipal de Liberdade/MG – Psicólogo – 2015


de

“Há duas vertentes teóricas na Ética: a que tem seu fundamento nas ideias de
o
ed

dever e de obrigação; e, a que se baseia na responsabilidade social. A primeira é a


ev

da deontologia, ao passo que a segunda visão é referida como teleológica. A


Az

linguagem própria da Ética deontológica assemelha-se a das leis: em ambas, a


na
lia

linguagem se caracteriza pela natureza normativa, baseada no postulado de que o


Ju

mérito da conduta depende de sua coerência com o que é prescrito como correto,
ou seja, justo e ético. Há, neste caso, a primazia do princípio, tal como se encontra
na Crítica da Razão Prática de Immanuel Kant (1724 – 1804). Algo distinto
fundamenta a visão teleológica: nesta, o ponto de vista adotado é o de que na
avaliação da qualidade ética de uma conduta devem ser considerados
prioritariamente os resultados por ela produzidos. Isto não quer dizer que no
direcionamento teleológico os princípios não venham a ser considerados, até
mesmo porque uma posição ética que ignore a importância de princípios éticos

30
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

fundamentais não teria uma resolução teórica viável. No caso da Ética teleológica,
valorizam-se mais os efeitos objetivos de ações empreendidas do que os
princípios fundadores.” (Kruger, 2011.)
Considerando o trecho anterior, é correto afirmar que o código de ética
profissional do psicólogo é formulado
A) segundo uma perspectiva teleológica, a qual pauta-se em uma tendência
internacional adotada no processo de elaboração de códigos éticos de conduta
profissional.

05
B) em conformidade com uma perspectiva deontológica, a qual pauta-se em uma

6:
:5
tendência internacional adotada no processo de elaboração de códigos éticos de

12
conduta profissional.

3
02
C) para que a responsabilidade social relativa à obrigatoriedade de contribuir no

/2
05
atendimento aos interesses e às necessidades das pessoas, grupos e organizações

2/
atendidas, respeitando seus direitos, e sejam contemplados de forma teleológica

-2
explícita.

om
D) para reduzir os códigos éticos normativos de procedimentos profissionais

l.c
ai
daqueles que podem ser considerados rigorosamente éticos, uma vez que não se

gm
originam dedutivamente de uma específica teoria ética, mas mais precisamente
e@
por uma teoria da moral profissional.
ci
pe
es

51. QUADRIX - VII Concurso de Provas e Títulos - CFP I PSICOLOGIA


na
ia

ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO – 2012


ul
-j

Uma das questões centrais da atuação profissional do psicólogo no campo


5
-3

das organizações se define pelas implicações éticas da realização do seu


37

trabalho. Algumas de suas ações no contexto das empresas ferem direta ou


.4
17

indiretamente o Código de Ética Profissional do psicólogo. Dentre elas, pode-


.3

se citar:
46
-1

(A) O tecnicismo e a crença na neutralidade da atuação do psicólogo.


e

(B) Uma visão estratégica da atuação profissional do psicólogo nas empresas.


ad
dr

(C) O diálogo multidisciplinar com os vários atores organizacionais.


An

(D) A compreensão de que a atuação profissional do psicólogo envolve vários


de

âmbitos de análise e intervenção.


o
ed

(E) A consciência de que a atuação profissional do psicólogo tem limites de


ev

ação.
Az
na
lia

52. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Ju

Sabe-se que, em muitos processos de Destituição do Poder Familiar, os


argumentos utilizados contra as famílias de origem consistem em comparações
entre esses núcleos familiares e “pais” e “mães” idealizados, sem que se
problematizem as condições sociais e políticas articuladas às alegadas dinâmicas
de negligência, risco ou abandono da criança. Nesses processos são usualmente
solicitados estudos técnicos sobre a dinâmica familiar. Na produção desses
documentos cabe ao psicólogo atentar para os seguintes Princípios Fundamentais
previstos no Código de Ética Profissional do Psicólogo:

31
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

I. Basear o trabalho no respeito, promoção da liberdade, da dignidade, da


igualdade e da integridade do ser humano que embasam a Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
II. Trabalhar visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
coletividades, contribuindo para eliminação de quaisquer formas de negligência,
exploração, violência, crueldade e opressão.
III. Atuar com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a
realidade política, econômica, social e cultural.

05
IV. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais

6:
:5
esteja capacitado pessoal, política, teórica e tecnicamente.

12
Assinale se:


3
02
(A) somente I está correta.


/2
05
(B) somente I e II estão corretas.

2/
(C) somente II e III estão corretas.

-2
(D) somente I, II e III estão corretas.

om
l.c
(E) somente I, II e IV.

ai
gm
53. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014
e@
Em considerando uma situação hipotética na qual o paciente diz em atendimento
ci
pe

clínico que costuma agredir o seu filho como forma de educá-lo, o psicólogo, de
es
na

acordo com o código de ética e as leis jurídicas,


ia

(A) deve quebrar o sigilo somente mediante determinação judicial.


ul
-j

(B) deve manter o sigilo, podendo quebrá-lo somente em situação de violência


5
-3

física ou sexual.
37

(C) pode quebrar o sigilo baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
.4
17

(D) deve quebrar o sigilo em qualquer situação que envolva maus-tratos à criança
.3
46

e ao adolescente.
-1

(E) não pode quebrar o sigilo em nenhuma hipótese.


e
ad
dr

54. FGV – AL/BH – 2014


An

Um psicólogo soube que uma empresa estava contratando estagiários de


de

diferentes cursos de graduação para fazer aplicações de inventários de


o
ed

personalidade. Os estagiários trabalhavam supervisionados por uma psicóloga,


ev

que organizava um período inicial de treinamento, durante o qual aprendiam a


Az
na

utilizar diferentes técnicas.


lia

A empresa funcionava terceirizada, prestando serviços e consultoria para várias


Ju

outras empresas, com bastante sucesso.


A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. O psicólogo comunicou a situação ao Conselho Federal de Psicologia.
II. O psicólogo resolveu não tomar nenhuma medida, uma vez que a psicóloga
parecia cuidadosa e treinava os estagiários para realizar os procedimentos.
III. O psicólogo enviou uma carta à empresa, explicando que a psicóloga estava
ferindo o Código de Ética Profissional do psicólogo.
Assinale:

32
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

55. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


Segundo o Código de Ética do Psicólogo, assinale a afirmativa que indica o

05
procedimento correto.

6:
:5
(A) Em caso de condenação por ato indevido, o Código prevê a suspensão do

12
direito de exercício por 50 dias.

3
02
(B) Um psicóloga resolveu dar início ao atendimento e formação de outros

/2
05
profissionais segundo uma técnica ainda não regularizada no Brasil. O psicólogo,

2/
considerando a seriedade de seu trabalho e o custo do investimento, resolve dar

-2
continuidade a seu trabalho.

om
(C) Um psicólogo atuou em uma Instituição de internação de menores durante

l.c
ai
dois anos e, por entrar em conflito com seu superior, foi demitido. Considerando

gm
a demissão uma afronta a seu trabalho, resolve destruir todo o material arquivado.
e@
(D) Cabe ao psicólogo avaliar as situações em que é necessário quebrar o sigilo
ci
pe

profissional.
es

(E) Um grupo de profissionais, com o objetivo de angariar mais clientes, fizeram


na
ia

importante investimento em propaganda, investiu em propaganda, cobrando


ul
-j

preços abaixo do mercado e enfatizando esse aspecto em cartazes e panfletos


5
-3

distribuídos.
37
.4
17

56. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


.3

De acordo com o Código de Ética de Psicologia, indique a conduta adequada


46
-1

(A) Após a entrevista de triagem, é permitido ao psicólogo sugerir o


e

encaminhamento de paciente para outra instituição em que trabalhe, desde que


ad
dr

de comum acordo com o paciente.


An

(B) Um psicólogo iniciou o trabalho, acertando um valor que considerou justo e


de

que acordou com o paciente. Ao ter mais detalhes sobre a situação financeira do
o
ed

paciente, decidiu cobrar mais pelas sessões de que o previamente acordado.


ev

(C) Durante uma grave dos funcionários, profissionais de psicologia decidiram


Az

manter atendimentos emergenciais e avisar aos outros pacientes da interrupção


na
lia

do atendimento por um determinado período.


Ju

(D) Numa situação emergencial, os psicólogos convocados para ajudar os


moradores que perdem suas casas, se recusaram a trabalhar ou disseram que só
trabalhariam se fosse pago um adicional pelos serviços prestados.
(E) Um psicólogo foi solicitado gerente de uma empresa a administrar um curso
de capacitação para funcionários administrativos que iriam aplicar testes em um
processo seletivo.

57. FCC - TRT 12° Região – Psicologia – 2013

33
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Acerca do Código de Ética Profissional do Psicólogo, é INCORRETO afirmar que o


psicólogo
(A) contribuirá para promover a universalização do acesso da população às
informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões
éticos da profissão.
(B) zelará para que o exercício profissional seja efetuado com austeridade, mesmo
quando levado a tolerar e aceitar situações em que a Psicologia esteja sendo
aviltada.

05
(C) atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento

6:
:5
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo

12
científico de conhecimento e de prática.

3
02
(D) trabalhará visando a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das

/2
05
coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,

2/
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

-2
(E) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a

om
realidade política, econômica, social e cultural.

l.c
ai
gm
58. FCC - TRT 18ª Região – Psicologia - 2013
e@
Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo, é vedado ao psicólogo
ci
pe

prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam


es

resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações


na
ia

(A) divulgadas.
ul
-j

(B) negociadas.
5
-3

(C) limitadas.
37

(D) polêmicas.
.4
17

(E) privilegiadas.
.3
46
-1

59. FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Psicologia


e

O art. 4° do Código de Ética Profissional do Psicólogo informa que, ao fixar a


ad
dr

remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: levará em conta a justa retribuição


An

aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário; estipulará o valor


de

de acordo com as características da atividade e o comunicará ao usuário ou


o
ed

beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado e assegurará a qualidade


ev

dos serviços oferecidos


Az

a) respeitando os valores aplicados pelo mercado de saúde.


na
lia

b) por meio do valor acordado.


Ju

c) respeitando as tabelas de valores indicadas pelo Conselho Regional de


Psicologia do qual faz parte.
d) respeitando a média dos valores estabelecidos pelas tabelas de valores
indicadas pelo Conselho Regional de Psicologia do qual faz parte.
e) independentemente do valor acordado.

60. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia


Como psicólogo contratado pelo Tribunal Regional do Trabalho você precisa

34
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

avaliar se um servidor, após ter alta do Hospital em que estava internado, poderá
retornar ou não às suas atividades profissionais de imediato. Como parte do que
precisa levantar para proceder a esta avaliação, o psicólogo/você necessita
conversar com outros profissionais da saúde, envolvidos no tratamento deste
servidor. Para atuar de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo
(Art. 6°, inciso b), no relacionamento com profissionais não psicólogos, deve-se
compartilhar
a) todas as informações fornecidas pelo paciente e sua família, desde que

05
garantidos critérios de confidencialidade à família do paciente, por todos os

6:
:5
membros da equipe multidisciplinar.

12
b) todas as informações colhidas com os demais profissionais, já que se encontram

3
02
envolvidos no processo de cura do servidor e compõem uma equipe

/2
05
multidisciplinar no Setor de trabalho hospitalar.

2/
c) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pelo

-2
paciente e relativas ao momento do adoecimento, procedimento usual, nestes

om
casos.

l.c
ai
d) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pela

gm
família do paciente e relativas às experiências anteriores ao episódio da
e@
hospitalização.
ci
pe

e) somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,


es

resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a


na
ia

responsabilidade, de quem receber, de preservar o sigilo.


ul
-j
5
-3

61. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia


37

Um psicólogo está envolvido em um trabalho multiprofissional em que a


.4
17

intervenção faz parte da metodologia adotada. Segundo o Código de Ética


.3

Profissional do Psicólogo (Art. 7°, inciso d), ele poderá intervir


46
-1

a) em casos que não se trate de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do


e

serviço.
ad
dr

b) sem pedido do profissional responsável pelo serviço.


An

c) na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro


de

profissional.
o
ed

d) quando não for informado da interrupção voluntária e definitiva do serviço, por


ev

parte do paciente.
Az

e) quando não for informado de interrupção temporária do serviço, por qualquer


na
lia

uma das partes.


Ju

62. FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Psicologia
Para atuar de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo (Princípios
Fundamentais - item I), o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na
promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser
humano, apoiado nos valores que embasam
a) o Estatuto do Idoso e do Cidadão.
b) o Código Civil Brasileiro.

35
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

c) o Código Penal Brasileiro Revisado.


d) o Código de Ética Universal das categorias especializadas.
e) a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

63. FUNRIO – INSS – Psicologia (Prova Cancelada) – 2013


A responsabilidade profissional do psicólogo diz respeito a
A) envolver-se com organizações que favoreçam o exercício da profissão.
B) permitir que as relações de poder, no contexto em que atua, sirvam de recurso

05
à prática de atendimento psicológico.

6:
:5
C) fornecer informações, a quem de direito, sobre seu paciente, transmitindo o

12
que for necessário à tomada de decisões sobre o caso.

3
02
D) utilizar o conhecimento de práticas psicológicas como recurso de

/2
05
favorecimento social.

2/
E) levar o paciente a encarar novas práticas e formas de enfrentamento de seus

-2
conflitos.

om
l.c
ai
64. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

gm
Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética
e@
Profissional do Psicólogo.
ci
pe

A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a


es

coletividade
na
ia

B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e espirituais


ul
-j

seguidos pelo paciente


5
-3

C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade social,


37

econômica e cultural do paciente


.4
17

D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional


.3

E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao


46
-1

conhecimento da ciência psicológica por público leigo


e
ad
dr

65. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


An

Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações disciplinares


de

decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional do


o
ed

Psicólogo.
ev

A censura individual
Az

B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias


na
lia

C repreensão aplicada por escrito


Ju

D advertência
E demissão

66. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a
opção correta.
A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de atender
aos interesses sociais da população.

36
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve


desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos
dessas relações sobre as suas atividades profissionais.
C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas psicológicas
que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-
científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do serviço
prestado.

05
E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer

6:
:5
meios, de modo individual ou coletivo.

12
3
02
67. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015

/2
05
Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo,

2/
assinale a opção correta.

-2
A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser

om
comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam

l.c
ai
promovidas medidas em benefício daqueles.

gm
B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia,
e@
por iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.
ci
pe

C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos pelo


es

CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.


na
ia

D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de Psicologia


ul
-j

deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.


5
-3

E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e orientar


37

os estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código, assim
.4
17

como exigir deles a observância desses princípios.


.3
46
-1

68. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


e

Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.


ad
dr

O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo decidir


An

pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios fundamentais


de

do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca do menor


o
ed

prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.


ev
Az

69. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


na
lia

A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do


Ju

psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:


advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício
profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.

70. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,
julgue os itens subsecutivos.
Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial, o

37
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,


individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.

71. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a
qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.

72. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

05
No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o profissional

6:
:5
deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são necessários para a

12
tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.

3
02
/2
05
73. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

2/
Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo dispõe

-2
do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços

om
psicológicos.

l.c
ai
gm
74. CESPE – DEPEN - 2013
e@
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens seguintes.
ci
pe

No exercício de sua profissão, o psicólogo pode ser responsabilizado individual ou


es

coletivamente por suas ações e pelas consequências advindas dessas ações.


na
ia

( ) Certo ( ) Errado
ul
-j
5
-3

75. CESPE – DEPEN - 2013


37

O conjunto fixo e normativo da atuação e das técnicas que regem a práxis do


.4
17

psicólogo, conforme especificado no código de ética, é pautado nas


.3

responsabilidades e no compromisso que o profissional tem consigo mesmo e com


46
-1

a sociedade.
e

( ) Certo ( ) Errado
ad
dr
An

76. CESPE – DEPEN - 2013


de

O código de ética estabelece um conjunto de padrões e condutas esperadas no que


o
ed

tange à prática profissional, exigindo sempre uma reflexão crítica e contínua do


ev

exercício da profissão pelo psicólogo.


Az

( ) Certo ( ) Errado
na
lia
Ju

77. CESPE – DEPEN - 2013


A normatização de técnicas é um objetivo fundamental do código de ética
profissional advindo da necessidade de assegurar práticas éticas pautadas nos
direitos fundamentais do indivíduo.
( ) Certo ( ) Errado

78. CESPE – DEPEN - 2013


O código de ética considera valores e demandas sociais, sendo norteado por

38
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

padrões éticos que garantem vínculos adequados entre os profissionais e entre o


profissional e a sociedade de modo geral.
( ) Certo ( ) Errado

79. CESPE – DEPEN - 2013


O Código de Ética do Profissional do Psicólogo prevê exceções para a quebra de
sigilo profissional, devendo o profissional embasar sua decisão para mantê-lo na
busca do maior benefício para as partes envolvidas.

05
( ) Certo ( ) Errado

6:
:5
12
80. CESPE – DEPEN - 2013

3
02
A missão fundamental de um código de ética profissional é normatizar a natureza

/2
05
técnica do trabalho, assegurando, assim, um padrão de conduta dos profissionais

2/
que fortaleça o reconhecimento social da categoria.

-2
( ) Certo ( ) Errado

om
l.c
ai
81. CESPE – DEPEN - 2013

gm
O Código de Ética Profissional do Psicólogo aproxima-se mais de um instrumento
e@
de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo.
ci
pe

( ) Certo ( ) Errado
es
na
ia

82. CESPE – DEPEN - 2013


ul
-j

João Gregório, graduado em psicologia há um ano, tem afinidade com a psicologia


5
-3

clínica e planeja iniciar uma pós-graduação lato sensu nessa área de


37

conhecimento. Seu cartão pessoal apresenta as seguintes informações: “João


.4
17

Gregório Matias Júnior; psicólogo clínico; atendimento a famílias e casais; faça


.3

uma visita; apenas R$ 30,00 a sessão; conflitos? depressão? pânico? Ligue já e


46
-1

marque sua consulta; telefone de contato 30XX513”.


e

Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens a seguir,


ad
dr

acerca da promoção pública dos serviços de psicologia.


An

O cartão pessoal referido deixa evidente qual o público-alvo de João. Esse é um


de

aspecto relevante, pois, de acordo com o código de ética, deve-se propor apenas
o
ed

atividades privativas do psicólogo.


ev

( ) Certo ( ) Errado
Az
na
lia

83. CESPE – DEPEN - 2013


Ju

Na promoção pública de serviços de psicologia, é vedado ao psicólogo utilizar o


preço da sessão como forma de propaganda.
( ) Certo ( ) Errado

84. O cartão pessoal de João atende aos requisitos previstos no código de ética
do profissional de psicologia, visto que as informações disponibilizadas por João
divulgam práticas reconhecidas e regulamentadas pela profissão.
( ) Certo ( ) Errado

39
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

85. CESPE – DEPEN - 2013


De acordo com o código de ética, é facultado ao profissional prestar informações,
no cartão pessoal, quanto ao registro no conselho ou órgão de classe.
( ) Certo ( ) Errado

86. CESPE – DEPEN - 2013


O cartão de João está em conformidade com o padrão especificado no código de

05
ética, pois apresenta os títulos e as qualificações de João.

6:
:5
( ) Certo ( ) Errado

12
3
02
87. CESPE – SESA – EC - 2013

/2
05
Assinale a opção correta referente ao Código de Ética Profissional dos Psicólogos.

2/
A) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional

-2
dos Psicólogos a promoção de saúde e de qualidade de vida dos indivíduos e das

om
coletividades, devendo o psicólogo ser neutro em quaisquer formas de violência e

l.c
ai
de discriminação.

gm
B) O profissional da psicologia deverá atuar com responsabilidade social e
e@
econômica, estando a par dos contextos históricos e sociais. Cabe ao profissional
ci
pe

ainda a análise crítica das realidades social, cultural e individual na tomada de


es

decisão.
na
ia

C) O psicólogo deverá atuar com responsabilidade no desenvolvimento da


ul
-j

psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.


5
-3

D) O profissional da psicologia deverá promover a universalização do acesso da


37

população às informações e aos serviços, não cabendo sua contribuição no que


.4
17

tange ao conhecimento das especificidades da ciência psicológica.


.3

E) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional


46
-1

dos Psicólogos o trabalho fundamentado no respeito e na promoção da liberdade,


e

da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores


ad
dr

que embasam o artigo 5° da Constituição Federal.


An
de

88. CESPE – Telebrás – 2013


o
ed

Acerca da ética do psicólogo organizacional, julgue os itens de 106 a 110.


ev

Ao ingressar em determinada organização, o psicólogo deve compatibilizar


Az

princípios e regras da ética profissional com missão, filosofia, políticas, normas e


na
lia

práticas da empresa em que atua.


Ju

( ) Certo ( ) Errado

89. CESPE – Telebrás – 2013


O psicólogo deve estar capacitado pessoal, teórica e tecnicamente para assumir
suas responsabilidades profissionais.
( ) Certo ( ) Errado

90. CESPE – Telebrás – 2013

40
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

O compartilhamento de informações relevantes com profissionais que não sejam


psicólogos, mas atuem na gestão da organização, é dever do psicólogo no exercício
do trabalho.
( ) Certo ( ) Errado

91. CESPE – Telebrás – 2013


A censura pública é a penalidade que pode ser aplicada ao profissional psicólogo
que disseminar a base científica que fundamenta a profissão.

05
( ) Certo ( ) Errado

6:
:5
12
92. CESPE – Telebrás – 2013

3
02
O psicólogo é impedido de intervir na prestação de serviços psicológicos que

/2
05
estejam sendo efetuados por outro profissional, mesmo que este profissional aja

2/
contra a ética profissional.

-2
( ) Certo ( ) Errado

om
l.c
ai
93. CESPE – UNIPAMPA – 2013

gm
Considerando a atuação de um psicólogo em equipe multidisciplinar de saúde de
e@
um órgão público e as normas éticas e de rotina que devem ser seguidas pelos
ci
pe

profissionais que trabalham nesse mesmo órgão, julgue os itens subsequentes.


es

Caso o psicólogo seja requisitado a depor em juízo, deverá conduzir seu


na
ia

depoimento estritamente de acordo com as normas éticas institucionais.


ul
-j

( ) Certo ( ) Errado
5
-3
37

94. CESPE – UNIPAMPA – 2013


.4
17

Ao testemunhar que um colega da mesma equipe, de outra especialidade, age de


.3

modo negligente e discriminativo em relação a um paciente em atendimento, o


46
-1

psicólogo não deve se manifestar sobre o ocorrido e dedicar-se à execução de suas


e

atividades, a não ser que a denúncia desse tipo de fato esteja prevista nas normas
ad
dr

éticas do órgão.
An

( ) Certo ( ) Errado
de
o
ed

95. CESPE – UNIPAMPA – 2013


ev

O psicólogo não deve disponibilizar para outros profissionais da equipe de saúde,


Az

que não sejam também psicólogos, quaisquer informações obtidas por ele sobre o
na
lia

paciente.
Ju

( ) Certo ( ) Errado

96. CESPE – UNIPAMPA – 2013


Ao reconhecer limitações pessoais para progredir no atendimento a um paciente,
havendo na equipe um colega com chances reconhecidas de evoluir com o
trabalho, o psicólogo deve fazer o encaminhamento a esse colega sem juntar
informações sobre o atendimento já realizado, de modo que o novo atendimento
possa ser iniciado isento de influências ou opiniões.

41
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

( ) Certo ( ) Errado

97. CESPE – UNIPAMPA – 2013


Ao receber um paciente encaminhado por um colega de outra área, que solicitou
urgência no atendimento, é facultado ao psicólogo oferecer ao paciente a
possibilidade de atendimento
em um serviço particular onde esse psicólogo também atua, com o objetivo de que
o atendimento seja mais rápido.

05
( ) Certo ( ) Errado

6:
:5
12
3
02
98. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

/2
05
Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em acompanhamento

2/
psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de passividade exacerbada

-2
nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início do tratamento, ansiosa e

om
com dependência significativa de sua mãe. Ao longo do seu desenvolvimento,

l.c
ai
apresentou outras queixas, tais como alteração repentina de humor, agressividade,

gm
insegurança e angústia. As manifestações clínicas mais recentes relatadas pela
e@
jovem foram dificuldade na tomada de decisões e na iniciação de projetos
ci
pe

pessoais, sentimentos de desamparo ao estar sozinha e preocupação exacerbada


es

com a possibilidade de deixar de receber cuidado e apoio das pessoas que


na
ia

considera em seu rol de amizade.


ul
-j

Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz do disposto


5
-3

no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens teóricas da


37

psicologia.
.4
17

53 Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o
.3

psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —, dada


46
-1

a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do Psicólogo.


e
ad
dr

99. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


An

Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de qualidade


de

de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão de pessoas


o
ed

da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de assédio moral do
ev

responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que o referido


Az

funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações prolongadas e
na
lia

repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos, inclusive na


Ju

presença da equipe de trabalho.


Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes, acerca
da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo
organizacional.
O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder
existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica, conforme
os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam contrários
aos interesses da empresa.

42
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

100. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de qualidade
de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão de pessoas
da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de assédio moral do
responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que o referido
funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações prolongadas e
repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos, inclusive na

05
presença da equipe de trabalho.

6:
:5
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes, acerca

12
da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo

3
02
organizacional.

/2
05
Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele deverá

2/
repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo outro

-2
profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os arquivos

om
lacrados à direção da empresa.

l.c
ai
gm
101. FGV – MP/BA – Psicólogo – 2017
e@
Mario é psicólogo do Ministério Público (MP) e, nas horas vagas, presta serviço a
ci
pe

uma organização onde atende clinicamente crianças vítimas de violência. Depois


es

que faz as avaliações no MP, costuma encaminhar os casos de violência para tal
na
ia

organização onde ele poderá atendê-los e, assim, a seu ver, promover a saúde
ul
-j

mental das crianças e de seus familiares. De acordo com o Código de Ética


5
-3

Profissional do Psicólogo, Mario:


37

(A) não comete infração ética se o atendimento que realiza na organização for
.4
17

voluntário e não remunerado;


.3

(B) não comete infração ética se atua como profissional de saúde na organização
46
-1

para onde encaminha os casos;


e

(C) não comete infração ética nos casos em que ele já realizou a avaliação e concluiu
ad
dr

seu trabalho no MP;


An

(D) comete infração ética se visa benefício próprio ao desviar para a organização as
de

pessoas que avalia no MP;


o
ed

(E) comete infração ética ao desviar para atendimento clínico pessoas que o
ev

procuram por assistência jurídica.


Az
na
lia

102. FGV – MP/AL – Psicólogo – 2018


Ju

Ludmila, psicóloga concursada do Ministério Público do Alagoas, foi designada para


intervir com uma família em determinado procedimento administrativo
institucional.
A partir das intervenções efetuadas, a psicóloga teve acesso a informações que não
têm relação com o procedimento.
Em obediência ao Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução 010/2005),
assinale a opção que indica como Ludmila deve agir.
(A) Ela deve informar somente os dados que sejam relevantes para o procedimento,

43
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

não revelando o que não tiver relação com o motivo da intervenção com a família.
(B) Ela deve apresentar todas as informações a que tiver acesso para o promotor
responsável que definirá o que pode ser útil no procedimento.
(C) Ela deve condicionar o sigilo sobre as informações coletadas à adesão da pessoa
entrevistada a processo terapêutico.
(D) Ela não deve reportar nenhum dos dados coletados na entrevista, justificando
seu sigilo pela previsão expressa de dispositivos do Código de Ética.
(E) Ela deve buscar supervisão com seu superior técnico, que assumirá a

05
responsabilidade pelas informações que estiverem contidas no relatório.

6:
:5
12
103. Marinha – Psicólogo – 2012

3
02
De acordo com o código de ética do psicólogo (Resolução CFP no. 010/05), na

/2
05
realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de

2/
conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, o psicólogo deverá:

-2
(A) avaliar os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela avaliação

om
de resultados, salvaguardando apenas o profissional.

l.c
ai
(B) garantir o caráter voluntário da participação dos envolvidos,

gm
mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em
e@
legislação específica e respeitando aos princípios deste código.
ci
pe

(C) informar que o anonimato das pessoas, grupos ou organizações envolvidas


es

dependerá da gravidade dos resultados obtidos.


na
ia

(D) garantir o acesso das pessoas, grupos ou organizações a todas as informações


ul
-j

colhidas apenas durante o transcorrer do desenvolvimento da pesquisa ou do


5
-3

estudo.
37

(E) utilizar os meios de registro e as observações das pesquisas


.4
17

independentemente da autorização das pessoas, grupos ou organizações.


.3
46
-1

104. Marinha – Psicólogo – 2019


e

De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólog


ad
dr

o, é correto afirmar que:


An

(A) ao psicólogo é vedado fornecer, mesmo a quem de direito, os resultados


de

decorrentes da prestação de serviços psicológicos.


o
ed

(B) ao psicólogo é facultado utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a


ev

utilização de práticas psicológicas como instrumento de castigo ou punição.


Az

(C) em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo responsável


na
lia

informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação


Ju

dos arquivos confidenciais.


(D) no atendimento à criança e ao adolescente, deve ser comunicado aos
responsáveis o máximo de informações para se promoverem medidas em seu
benefício.
(E) nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissíonal, o
psicólogo registrará todas as informações do atendimento, mesmo que não
estejam relacionadas ao cumprimento do objetivo do trabalho.

44
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Questões Comentadas e Gabaritadas

1. AOCP – Prefeitura de Juiz de Fora – Psicólogo – 2016

05
Segundo a apresentação do Código de Ética Profissional do Psicólogo, um

6:
:5
Código de Ética serviria para

12
(A) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de

3
02
modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências

/2
05
no exercício profissional.

2/
(B) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis,

-2
desenvolvendo senso crítico com relação à profissão.

om
(C) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, com

l.c
ai
interesse de produção de conhecimento necessário ao estabelecimento da

gm
profissão.
e@
(D) formalizar a fiscalização da profissão, configurando-se como poder de polícia
ci
pe

e punindo irregularidades. 

es

(E) normatizar a atuação do psicólogo, que por sua vez passa a normatizar as
na
ia

demandas para a psicologia.


ul
-j

Gabarito: A
5
-3

Comentários: Eita que essa foi copiada e colada! O Código de Ética serve para
37

fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo


.4
17

a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências no


.3
46

exercício profissional. 
NÃO desenvolve senso crítico (vide o caso do CFP e dos
-1

CRPs que não servem para nada de útil). Não tem como objetivo a produção de
e
ad

conhecimento (deixe o pessoal engravatado da academia fazer isso). Formalizar a


dr

fiscalização? De onde?
An
de

2. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Novo Hamburgo - RS - Psicólogo


o
ed

De acordo com o Código de Ética, nos casos em que ocorrer a extinção do serviço
ev

de Psicologia, o psicólogo deverá


Az
na

A encaminhar os prontuários psicológicos aos seus respectivos interessados.


lia

B informar ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação


Ju

dos arquivos confidenciais.


C repassar todo o material ao psicólogo que vier substituí-lo.
D acrar o material para posterior utilização pelo profissional substituto.
E guardar por, no mínimo, 5 anos o material, prazo que poderá ser ampliado nos
casos previstos em lei, por determinação judicial.
Gabarito: B
Comentários: § 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá
repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para

45
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

posterior utilização pelo psicólogo substituto.


§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável
informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos
arquivos confidenciais.

3. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG - Psicólogo


Em relação ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a alternativa
correta.

05
A É permitido ao psicólogo induzir a convicções políticas, filosóficas, morais,

6:
:5
ideológicas, religiosas ou de orientação sexual, quando julgar benéfico para a

12
pessoa atendida.

3
02
B Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo deve levar em conta a justa

/2
05
retribuição aos serviços prestados e a tabela de valores do CFP, sem considerar as

2/
condições do usuário.

-2
C O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que haja

om
prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços

l.c
ai
atingidos pela mesma.

gm
D No atendimento a crianças e adolescentes, deve ser comunicado aos
e@
responsáveis tudo o que foi falado durante os atendimentos.
ci
pe

E Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o


es

psicólogo registrará o máximo de informações compartilhadas pela pessoa


na
ia

atendida, visando ao seu maior benefício.


ul
-j

Gabarito: C
5
-3

Comentários: Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações,


37

garantirá que: a) As atividades de emergência não sejam interrompidas; b) Haja


.4
17

prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços


.3

atingidos pela mesma.


46
-1
e

4. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Novo Hamburgo - RS - Psicólogo


ad
dr

Sobre o Código de Ética do psicólogo e os princípios de confidencialidade e sigilo


An

profissional, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s)


de

correta(s).
o
ed

I. A confidencialidade garante sigilo profissional às pessoas, grupos ou


ev

organizações em que o psicólogo exercer a profissão.


Az

II. Em situações em que se configure conflitos entre a exigência de


na
lia

confidencialidade e os princípios do Código, o psicólogo poderá decidir sobre a


Ju

quebra de sigilo profissional.


III. Caso requisitado a depor em juízo, o psicólogo não deve prestar informações,
mantendo a confidencialidade e sigilo do caso, visando ao menor prejuízo.
A Apenas I.
B Apenas II.
C Apenas III.
D Apenas I e II.
E Apenas II e III.

46
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Gabarito: D
Comentários: Art 11. Quando requisitado a depor em juízo, o
psicólogo poderá prestar informações, considerando o previsto neste Código.

5. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFPB - Psicólogo


Em caso de o profissional psicólogo não poder, por motivos justificáveis, continuar
o serviço que assumiu inicialmente, ele deve
A encerrar o serviço e deixar que o próprio paciente procure por outro psicólogo,

05
sem oferecer auxílio, para não interferir na escolha dele.

6:
:5
B encaminhar o serviço para um profissional de sua confiança obrigatoriamente.

12
C sugerir o serviço de outro psicólogo e fornecer ao substituto as informações

3
02
necessárias à continuidade do trabalho.

/2
05
D sugerir o serviço de outro psicólogo e não fornecer informações sobre o trabalho

2/
prestado, por uma questão de ética.

-2
E encerrar o serviço e solicitar que o cliente reinicie o trabalho com outro

om
profissional.

l.c
ai
Gabarito: C

gm
Comentários: k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
e@
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu
ci
pe

inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à


es

continuidade do trabalho;
na
ia
ul
-j

6. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFFS - Psicólogo


5
-3

São possíveis penalidades por transgressões dos preceitos do Código de Ética do


37

Psicólogo, EXCETO
.4
17

A multa.
.3

B advertência.
46
-1

C censura pública.
e

D cassação do exercício profissional.


ad
dr

E suspensão do exercício profissional por até 20 (vinte) dias.


An

Gabarito: E
de

Comentários: Suspensão por 30 dias.


o
ed
ev

7. INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Betim - MG - Psicólogo


Az

A atuação cotidiana do psicólogo deve ser pautada na ética profissional. Nesse


na
lia

sentido, assinale a alternativa que está de acordo com Código de Ética do


Ju

Psicólogo.
A Mesmo que não esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente, o psicólogo
não deve se negar a assumir responsabilidades profissionais, caso esteja
realizando trabalho em equipe multidisciplinar.
B O psicólogo não deve fornecer informações concernentes ao seu objetivo
profissional, tampouco aos resultados decorrentes da prestação de serviços
psicológicos.
C Ao encaminhar o usuário do serviço público para um serviço particular, o

47
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

psicólogo pode receber porcentagem.


D É permitido ao psicólogo realizar diagnósticos e divulgar procedimentos de
serviços psicológicos em meios de comunicação, com a finalidade de socializar os
conhecimentos da ciência psicológica.
E O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam
sendo efetuados por outro profissional, quando se tratar de trabalho
multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.
Gabarito: E

05
Comentários: Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços

6:
:5
psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes

12
situações: a) A pedido do profissional responsável pelo serviço; b) Em caso de

3
02
emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço, quando dará imediata

/2
05
ciência ao profissional; c) Quando informado expressamente, por qualquer uma

2/
das partes, da interrupção voluntária e definitiva do serviço; d) Quando se tratar

-2
de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.

om
l.c
ai
8. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFFS - Psicólogo

gm
Em relação aos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do
e@
Psicólogo (Resolução CFP nº 010/05), analise as assertivas e assinale a alternativa
ci
pe

que aponta as corretas.


es

I. O psicólogo realizará atuação com responsabilidade, buscando o


na
ia

aprimoramento profissional contínuo para contribuir no desenvolvimento da


ul
-j

Psicologia.
5
-3

II. O psicólogo analisará crítica e historicamente o indivíduo, buscando adaptá-lo


37

a quaisquer necessidades das instituições ou do bairro em que vive.


.4
17

III. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da


.3

dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, nas cidades com Índice


46
-1

de Desenvolvimento Humano (IDH) acima de 7 (sete).


e

IV. O psicólogo promoverá a universalização do acesso da população referente ao


ad
dr

conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e ao código de ética da


An

profissão.
de

A Apenas I e III.
o
ed

B Apenas II e III.
ev

C Apenas I e IV.
Az

D Apenas III e IV
na
lia

E Apenas I, II e IV.
Ju

Gabarito: C
Comentários: III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando
crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

9. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Organizacional -

48
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

2014
Sobre o tema “Ética e responsabilidade social na organização”, assinale a
alternativa correta.
(A) É a atuação responsável dos membros da organização, de suas atividades e
compromissos com a sociedade em geral.
(B) É a forma como cada colaborador realiza suas atividades de trabalho.
(C) É a sociedade que se configura como fator determinante na organização.
(D) É a responsabilidade da organização em entregar seus produtos.

05
(E) Define-se pela forma como as organizações atendem seus clientes.

6:
:5
Gabarito: A

12
Comentários: É a ética dos membros da organização. Isso não está no Código de

3
02
Ética, é preciso pensar um pouco.

/2
05
2/
10. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015

-2
A inserção do psicólogo em uma equipe multiprofissional de uma instituição tem

om
repercussões éticas importantes. O psicólogo

l.c
ai
(A) não poderá em nenhuma circunstância compartilhar informações de

gm
pacientes atendidos.
e@
(B) compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço
ci
pe

prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações.


es

(C) encaminhará a profissionais ou entidades habilitadas e qualificadas as


na
ia

demandas da área da saúde que chegar até ele.


ul
-j

(D) não pode registrar a informação, mas pode compartilhar verbalmente.


5
-3

(E) só compartilhará se tiver solicitação médica.


37

Gabarito: B
.4
17

Comentários: compartilhará somente informações relevantes


.3
46
-1

11. INSTITUTO AOCP – Prefeitura de Juiz de Fora – Psicólogo – 2016


e

Segundo a apresentação do Código de Ética Profissional do Psicólogo, um


ad
dr

Código de Ética serviria para


An

(A) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de


de

modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências


o
ed

no exercício profissional. 

ev

(B) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis,


Az
na

desenvolvendo senso crítico com relação à profissão. 



lia

(C) fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, com
Ju

interesse de produção de conhecimento necessário ao estabelecimento da


profissão. 

(D) formalizar a fiscalização da profissão, configurando-se como poder de polícia
e punindo irregularidades. 

(E) normatizar a atuação do psicólogo, que por sua vez passa a normatizar as
demandas para a psicologia. 

Gabarito: A
Comentários: Eita que essa foi copiada e colada! O Código de Ética serve para

49
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo


a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências no
exercício profissional. 
NÃO desenvolve senso crítico (vide o caso do CFP e dos
CRPs que não servem para nada de útil). Não tem como objetivo a produção de
conhecimento (deixe o pessoal engravatado da academia fazer isso). Formalizar a
fiscalização? De onde?

12. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014

05
Considerando o Art. 15 do Código de Ética Profissional do Psicólogo, sobre a

6:
:5
interrupção do trabalho do psicólogo por qualquer motivo, assinale a alternativa

12
correta.

3
02
(F) Quando o trabalho for interrompido por extinção do serviço, cabe ao

/2
05
psicólogo dar destino aos arquivos confidenciais, guardando-os em casa por 10

2/
anos.

-2
(G) Em caso de demissão, o psicólogo responsável deverá entregar os arquivos

om
l.c
confidenciais ao Conselho Regional de Psicologia.

ai
(H) Quando exonerado, o psicólogo deverá entregar os arquivos confidenciais à
gm
instituição, para serem incinerados.
e@
(I) Em caso de demissão, o psicólogo responsável deve passar os arquivos
ci
pe

confidenciais ao seu chefe imediato.


es

(J) Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o


na
ia

material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização


ul
-j

pelo psicólogo substituto.


5
-3

Gabarito: E
37

Comentários: § 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá


.4
17

repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para


.3

posterior utilização pelo psicólogo substituto.


46
-1
e

13. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUJM-UFMT - Psicólogo Hospitalar - 2014


ad
dr

Considerando a importância do sigilo profissional, segundo o Código de Ética


An

Profissional do Psicólogo (Conselho Federal de Psicologia), assinale a alternativa


de

INCORRETA.
o
ed

(A) É dever do psicólogo dar à pessoa atendida ou, no caso de incapacidade desta,
ev

a quem de direito, informações concernentes ao trabalho a ser realizado.


Az

(B) É dever transmitir, a quem de direito, informações que sirvam de subsídios às


na
lia

decisões que envolvam a pessoa atendida.


Ju

(C) É dever garantir condições ambientais adequadas de segurança e privacidade.


(D) Em caso de demissão ou exoneração o psicólogo deverá passar seu material ao
substituto.
(E) Em caso de extinção do serviço, o material ficará guardado e sob a
responsabilidade do último psicólogo que atuou nele.
Gabarito: E
Comentários: § 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo
responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a

50
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

destinação dos arquivos confidenciais.

14. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014


Assinale a alternativa que corresponde à função do Código de Ética Profissional do
Psicólogo.
(A) Estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva
categoria profissional e pela sociedade.
(B) Responsabilizar o Conselho de Classe (CRP) por ações e suas consequências no

05
exercício profissional.

6:
:5
(C) Normatizar a natureza técnica do trabalho.

12
(D) Servir como um conjunto fixo de normas e ser imutável no tempo.

3
02
(E) Afastar-se de um instrumento de reflexão valorizando as normas

/2
05
preestabelecidas.

2/
Gabarito: A

-2
Comentários: Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados

om
quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela

l.c
ai
sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da

gm
sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas
e@
conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código de
ci
pe

ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de


es

assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas


na
ia

desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social


ul
-j

daquela categoria.
5
-3
37

15. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014


.4
17

Considerando o Capítulo intitulado “Das Responsabilidades do Psicólogo” segundo


.3

o Código de Ética Profissional vigente, assinale a alternativa INCORRETA.


46
-1

(A) É dever fundamental do psicólogo prestar serviços profissionais em situações


e

de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal.


ad
dr

(B) É vetado ao psicólogo induzir a convicções políticas, filosóficas, morais,


An

ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito,


de

quando do exercício de suas funções profissionais.


o
ed

(C) O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará


ev

para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das


Az

atribuições, da base científica e do papel social da profissão.


na
lia

(D) Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, orientar


Ju

e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas no Código


de Ética Profissional.
(E) O psicólogo poderá utilizar o preço do serviço como forma de propaganda,
atingindo as classes menos favorecidas.
Gabarito: E
Comentários: d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;

16. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFPEL - Psicólogo Hospitalar - 2015

51
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Ao psicólogo, é vedado
(A) prestar serviços profissionais em situação de calamidade pública ou de
emergência, sem visar benefício pessoal.
(B) estabelecer, com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo
com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do
serviço prestado.
(C) levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes do código de ética ou

05
da legislação profissional.

6:
:5
(D) estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do

12
usuário ou beneficiário de serviços de psicologia.

3
02
(E) fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,

/2
05
informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo

2/
profissional.

-2
Gabarito: B

om
Comentários: j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que

l.c
ai
tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos

gm
objetivos do serviço prestado;
e@
ci
pe

17. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFPEL - Psicólogo Hospitalar - 2015


es

O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios,


na
ia

individual ou coletivamente,
ul
-j

(A) informará apenas seu primeiro nome, o CRP e seu número de registro.
5
-3

(B) fará referências apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua.


37

(C) fará previsão taxativa de resultados.


.4
17

(D) utilizará o preço do serviço como forma de propaganda.


.3

(E) fará autopromoção em detrimento de outros profissionais.


46
-1

Gabarito: B
e

Comentários: Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por


ad
dr

quaisquer meios, individual ou coletivamente: a) Informará o seu nome completo,


An

o CRP e seu número de registro; b) Fará referência apenas a títulos ou


de

qualificações profissionais que possua; c) Divulgará somente qualificações,


o
ed

atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou


ev

regulamentadas pela profissão; d) Não utilizará o preço do serviço como forma de


Az

propaganda; e) Não fará previsão taxativa de resultados; f) Não fará auto-


na
lia

promoção em detrimento de outros profissionais; g) Não proporá atividades que


Ju

sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais; h) Não fará


divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

18. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015


São deveres fundamentais dos psicólogos, EXCETO
(A) assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as
quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente.
(B) prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e

52
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e


técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência
psicológica, na ética e na legislação profissional.
(C) prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de
emergência, sem visar benefício pessoal.
(D) informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
serviços psicológicos, transmitindo todas as informações para a tomada de
decisões, que afetem o usuário ou beneficiário.

05
(E) sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis,

6:
:5
não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente,

12
fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do

3
02
trabalho.

/2
05
Gabarito: D

2/
Comentários: g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da

-2
prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário

om
para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;

l.c
ai
gm
19. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015
e@
O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam
ci
pe

sendo efetuados por outro profissional, na seguinte situação:


es

(A) por ordem médica.


na
ia

(B) em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,


ul
-j

quando dará imediata ciência ao profissional.


5
-3

(C) quando informado expressamente pelo juiz.


37

(D) quando se tratar de trabalho internacional e a intervenção fizer parte da


.4
17

metodologia adotada.
.3

(E) quando for procurado para prestar serviço, pois as pessoas são livres para
46
-1

escolher por qual profissional querem ser atendidas.


e

Gabarito: B
ad
dr

Comentários: Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços


An

psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes
de

situações: a) A pedido do profissional responsável pelo serviço; b) Em caso de


o
ed

emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço, quando dará imediata


ev

ciência ao profissional; c) Quando informado expressamente, por qualquer uma


Az

das partes, da interrupção voluntária e definitiva do serviço; d) Quando se tratar


na
lia

de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.


Ju

53
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

20. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


A ética que se funda no reconhecimento do sujeito da diferença, no
reconhecimento da singularidade do sujeito, difere da ética do bem supremo. O
que se encontra em pauta é a concepção do sujeito como diferença e singularidade.
Essa postura ética pode ser uma conduta do clínico no trabalho hospitalar. O
enunciado refere-se ao construto teórico
(A) da fenomenologia.
(B) do existencialismo.

05
(C) da psicanálise.

6:
:5
(D) do humanismo.

12
(E) da visão holística do ser.

3
02
Gabarito: C

/2
05
Comentários: Essa ética individualista, diante das alternativas apresentadas, é a

2/
da psicanálise. Ela singulariza o ser.

-2
om
21. INSTITUTO AOCP - EBSERH - HC-UFG - Psicólogo Hospitalar - 2015

l.c
ai
Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender

gm
demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de
e@
normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus
ci
pe

pares e com a sociedade como um todo. A prática da psicologia é norteada pelo


es

código de ética profissional, no qual constam, no Art. 1° e 2°, respectivamente,


na
ia

seus deveres fundamentais e o que lhe é vedado. Assinale a alternativa que


ul
-j

caracteriza o que é vedado ao psicólogo.


5
-3

(A) Emitir documentos devem que contenham fundamentação e qualidade


37

técnico-científica
.4
17

(B) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, religiosas, de orientação


.3

sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções


46
-1

profissionais.
e

(C) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


ad
dr

informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo


An

profissional.
de

(D) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis,
o
ed

não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente,


ev

fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do


Az

trabalho.
na
lia

(E) Não receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de


Ju

serviços.
Gabarito: B
Comentários: b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas,
religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do
exercício de suas funções profissionais;

22. UFG – 2014 – UEAP - Psicólogo


O Código de Ética Profissional do Psicólogo (CFP, 2007) estabelece que

54
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(A) é dever fundamental do psicólogo informar, a quem de direito, os resultados


decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for
necessário para a tomada de decisões que afetam o usuário ou beneficiário.
(B) poderá o psicólogo usar de seu direito de reivindicação e liberdade de
expressão, participando de greves ou paralisações, desde que sejam previstos no
contrato ou no edital de concurso que o selecionou, ou definido por seu sindicato.
(C) é dever fundamental do psicólogo compartilhar somente informações
relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial

05
das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de

6:
:5
preservar o sigilo.

12
(D) registrará, o psicólogo, nos documentos que embasam as atividades em equipe

3
02
multiprofissional, todas as informações que possam contribuir com os objetivos

/2
05
institucionais e o planejamento do trabalho em grupo.

2/
Gabarito: A

-2
Comentários: g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da

om
prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário

l.c
ai
para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;

gm
e@
23. IBFC - SSA-HMDCC - Psicologia Hospitalar – 2015
ci
pe

O artigo 21 do Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP nº


es

010/2005) mostra, em forma progressiva, as penalidades para o profissional que


na
ia

transgredir o código. Assinale a alternativa que mostra corretamente essa


ul
-j

progressão, de acordo com o Código:


5
-3

A Multa; Advertência; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por


37

até 30 dias; Cassação do exercício profissional.


.4
17

B Advertência; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por


.3

até 30 dias; Cassação do exercício profissional.


46
-1

C Multa; Advertência; Suspensão do exercício profissional, por até 30 dias;


e

Cassação do exercício profissional; Censura pública.


ad
dr

D Advertência; Censura pública; Multa; Suspensão do exercício profissional, por


An

até 30 dias; Cassação do exercício profissional.


de

Gabarito: B
o
ed

Comentários: Tem de ser da mais simples (advertência), passando por multa,


ev

censura, suspensão e chegando até a mais grave (cassação do exercício


Az

profissional).
na
lia
Ju

24. IBFC - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO) - 2017


As transgressões dos preceitos descritos no atual Código de Ética do Psicólogo
constituem infração disciplinar, e são previstas na legislação vigente a aplicação
de sanções e ou penalidades em casos de comprovação de tais transgressões.
Assinale a alternativa que não corresponde a uma penalidade descrita no atual
Código de Ética do Psicólogo diante de uma infração disciplinar cometida pelo
profissional.
A Cassação do exercício profissional

55
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

B Multa
C Censura pública
D Suspensão do exercício profissional por até um ano
E Advertência
Gabarito: D
Comentários: Percebeu que a IBFC pode fazer questões na pedindo algo errado?
Atente para isso. A suspensão é por até 30 dias.

05
25. IBFC - SSA-HMDCC - Psicologia Hospitalar – 2015

6:
:5
O Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP nº 010/2005) estabelece

12
o que é proibido aos psicólogos. Todas as alternativas mostram essas proibições,

3
02
EXCETO:

/2
05
A Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,

2/
discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;

-2
B Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de

om
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas

l.c
ai
funções profissionais;

gm
C Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e
e@
apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e
ci
pe

técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na


es

legislação profissional;
na
ia

D Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas


ul
-j

psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de


5
-3

violência;
37

Gabarito: C
.4
17

Comentários: Queremos as vedações. A IBFC é cheia das pegadinhas. O que está


.3

na letra C é dever fundamental do psicólogo. Veja:


46
-1

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:


e

c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e


ad
dr

apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e


An

técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na


de

legislação profissional;
o
ed
ev

26. IBFC - HEMOMINAS - Psicólogo Clínico – 2013


Az

O atual Código de Ética do Psicólogo, o terceiro da categoria em vigor desde agosto


na
lia

de 2005, auxilia o profissional a estabelecer uma relação de sua profissão com a


Ju

sociedade, bem como com seus pares. Tal código pautou-se pelo princípio geral de
se tornar:
A Um instrumento de reflexão para nortear a prática do profissional psicólogo.
B Um conjunto fixo de normas que devem ser seguidas pelo profissional para que
possa efetuar seu trabalho de maneira adequada.
C Uma ferramenta que indica como o profissional deve proceder em cada situação
peculiar a cada área de atuação.
D Um instrumento capaz apenas de julgar as ações do profissional quando não age

56
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

de acordo com a ética, cabendo às resoluções do Conselho federal de Psicologia o


papel de estabelecer os princípios fundamentais e as responsabilidades do
psicólogo.
Gabarito: A
Comentários: Da introdução do Código de Ética Profissional, temos: Este Código
de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento
de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo.
Para tanto, na sua construção buscou-se: [...]

05
6:
:5
27. IBFC - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO) – 2017

12
Em relação à intervenção de um profissional psicólogo na prestação de serviços

3
02
psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, analise as

/2
05
afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.

2/
I. A intervenção pode acontecer em caso de emergência ou risco ao beneficiário

-2
ou usuário do serviço, quando o profissional que realizou o atendimento dará

om
imediata ciência ao profissional responsável pelo caso.

l.c
ai
II. Um psicólogo nunca poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que

gm
estejam sendo efetuados por outro profissional.
e@
III. A intervenção pode acontecer quando informado, expressamente, por
ci
pe

qualquer uma das partes, da interrupção voluntária e definitiva do serviço.


es

Assinale a alternativa correta:


na
ia

A Somente I está correta


ul
-j

B Somente II está correta


5
-3

C Somente I e III estão corretas


37

D Todas estão corretas


.4
17

E Todas estão incorretas


.3

Gabarito: C
46
-1

Comentários: Temos aquelas 4 situações que estudamos em que o psicólogo pode


e

intervir no trabalho de outro profissional. A II é, portanto, a única errada.


ad
dr
An

28. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar - 2013


de

O atual Código de Ética do Psicólogo está dividido em três grandes partes, sendo
o
ed

elas: Princípios Fundamentais, Das Responsabilidades do Psicólogo, e Disposições


ev

Gerais. Nas disposições gerais estão caracterizadas como serão aplicadas as


Az

penalidades no caso de transgressões dos preceitos éticos deste Código, e as


na
lia

penalidades que podem ser aplicadas. Assinale a alternativa que não se caracteriza
Ju

como uma penalidade a uma infração disciplinar:


A Censura pública.
B Multa.
C Prestação de serviços comunitários.
D Advertência.
Gabarito: C
Comentários: Prestação de Serviços Comunitários? Seria até útil, mas não está no
Código de Ética Profissional.

57
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

29. IBFC - SEPLAG-MG – Psicologia - 2013


Ainda o Código de Ética do Psicólogo, orienta os cuidados e atenção do profissional
quando fizer uso de instrumentos de avaliação psicológica, tais como:
A Testes, desenhos, relatos, devem ficar em pasta de acesso exclusivo do psicólogo.
B Deve ir para registro no prontuário somente o resultado final da avaliação.
C Tanto a análise como a interpretação que o profissional fez como resultado da
aplicação dos instrumentos, devem ser registrados no prontuário.

05
D Resultado, análise e interpretação, obtidos através de instrumentos de avaliação

6:
:5
psicológica, não devem ser objeto de registros no prontuário do paciente, mas em

12
arquivo pessoal do psicólogo.

3
02
Gabarito: C

/2
05
Comentários: Sentiu que a questão não tem nada a ver com o Código de Ética, não

2/
é? Mesmo eles garantindo que sim, quero que entenda que é mera fumaça ninja.

-2
A IBFC sempre faz isso (ainda hoje). Considere o prontuário. O que deve estar lá?

om
O que for relevante e puder ser compartilhado da análise, interpretação e resultado

l.c
ai
da avaliação psicológica. Lembre-se que prontuário é o documento coletivo da

gm
equipe.
e@
ci
pe

30. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2013


es

Em 2012 comemorou-se os 50 anos da regulamentação da Profissão de Psicólogo


na
ia

no Brasil. Após sua regulamentação em 1962, a Psicologia necessitou de um Código


ul
-j

de Ética a fim de reger a atuação do profissional. Após alterações realizadas nestes


5
-3

50 anos, o atual Código de Ética do Psicólogo:


37

I. é o terceiro da profissão de psicólogo no Brasil.


.4
17

II. é o segundo elaborado, com alterações após o primeiro criado em 1967.


.3

III. é o quarto código elaborado pela classe.


46
-1

x. foi elaborado e entrou em vigor em 1987.


e

y. entrou em vigor em agosto de 2005.


ad
dr

z. entrou em vigor a partir de 2003.


An

i. tem como missão primordial normatizar a natureza técnica do trabalho.


de

ii. pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se de um instrumento de reflexão.


o
ed

iii. trata-se de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo.


ev

Assinale a alternativa que indique a opção correta de cada um dos três conjuntos
Az

de afirmações:
na
lia

A I; y; ii.
Ju

B I; x; iii.
C III; y; i.
D II; z; ii.
Gabarito: A
Comentários: O atual é o terceiro. Entrou em vigor em 2005.
A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo
no Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país
e ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e

58
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade, sentida


pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evolução do contexto
institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulgação da denominada
Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes. [...] Este Código
de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento
de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo.

31. IBFC - SES-PR – Psicólogo – 2016

05
Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender

6:
:5
demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de

12
normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus

3
02
pares e com a sociedade como um todo. Dessa forma, a profissão de psicólogo no

/2
05
Brasil conta com um Código de Ética, cuja última versão não condiz com a

2/
alternativa:

-2
A O Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se de um conjunto

om
de normas a serem seguidas pelo psicólogo nos seus diferentes contextos de

l.c
ai
atuação.

gm
B O Código valoriza os princípios fundamentais como grandes eixos que devem
e@
orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades
ci
pe

profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas


es

demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.


na
ia

C A missão primordial do Código é a de assegurar, dentro de valores relevantes


ul
-j

para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que


5
-3

fortaleça o reconhecimento social da categoria.


37

D A formulação do Código de Ética, o terceiro da profissão no Brasil, respondeu ao


.4
17

contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao estágio de


.3

desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e profissional.


46
-1

Gabarito: A
e

Comentários: Cuidado, a IBFC pede a questão errada!


ad
dr

Ah, sobre a questão, você sabe: este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral
An

de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de


de

normas a serem seguidas pelo psicólogo.


o
ed
ev

32. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2013


Az

O Artigo nono do Código de Ética do Psicólogo afirma que “É dever do psicólogo


na
lia

respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a


Ju

intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício


profissional”. Com relação ao sigilo profissional previsto no Código de Ética do
Psicólogo em vigor, julgue as afirmações abaixo como verdadeira (V) ou falsa (F):
( ) O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo em situações específicas.
( ) O psicólogo não deverá fazer nenhum tipo de registro que envolva informação
acerca das pessoas atendidas nos documentos compartilhados por uma equipe
multiprofissional.
( ) No atendimento a crianças, deve ser compartilhado com os pais ou responsáveis

59
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

todas as informações e dados produzidos durante os atendimentos.


A sequência correta, de cima para baixo das afirmações é:
A F; F; V.
B F; F; F.
C V; V; F.
D V; F; F.
Gabarito: D
Comentários: O psicólogo deve registrar o essencial. Deve compartilhar apenas o

05
essencial.

6:
:5
12
33. IBFC - SEPLAG-MG – Psicologia – 2013

3
02
Em conformidade com o art. 6º, do Código de Ética Profissional dos Psicólogos - as

/2
05
questões relativas ao sigilo profissional mostram-se relevantes quando da inserção

2/
deste profissional numa equipe multidisciplinar. O psicólogo pode compartilhar,

-2
segundo o código, somente informações relevantes que qualificam o serviço

om
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a

l.c
ai
responsabilidade de quem as recebeu de preservar o sigilo, e aponta a definição

gm
sobre o termo confidencialidade como:
e@
A Confidencialidade deve ser entendida como o resguardo das informações dadas
ci
pe

em confiança pelo cliente e a proteção contra a revelação não autorizada.


es

B Confidencialidade deve ser entendida como a limitação de acesso a informações


na
ia

de uma dada pessoa, ao acesso à sua pessoa, à sua intimidade, aos seus segredos.
ul
-j

C Confidencialidade é a liberdade que a pessoa tem de não ser observada, por


5
-3

quem ser que seja, sem sua expressa autorização.


37

D Confidencialidade estabelece o direito da não interferência na vida privada,


.4
17

pessoal ou familiar do cliente, conforme expresso no art. 12 da Declaração


.3

Universal dos Direitos Humanos.


46
-1

Gabarito: A
e

Comentários: As outras 3 assertivas são absurdas.


ad
dr
An

34. IBFC - MGS – Psicólogo - 2016


de

Num serviço público (fictício) de atenção básica a saúde, havia alta demanda por
o
ed

atendimento psicológico. Um dos usuários reclamou para o psicólogo da


ev

dificuldade em trazer o filho para atendimento, por ser mais distante de sua casa.
Az

O psicólogo então sugeriu ao pai do paciente um atendimento em sua clínica


na
lia

particular, cobrando honorários de acordo com o poder aquisitivo da família. A


Ju

respeito da conduta do profissional, é correto afirmar que:


A Atendeu às demandas da família, e fortaleceu o vínculo paciente/terapeuta.
B A solicitação de atendimento partiu do pai, então seguiu parâmetros éticos.
C Respeita as especificidades do contexto sociocultural desta família.
D Fere o código de ética profissional.
Gabarito: D
Comentários: Ih, triou para a própria clínica. Olha o golpe!!! Ui.

60
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

35. IBFC - MGS – Psicologia – 2015


O Código de Ética do Psicólogo, em seu artigo 2°, discrimina as ações que são
vedadas ao profissional de psicologia exercerem na sua prática profissional.
Dentre as ações vedadas por este código constam:
I. Ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade ou opressão;
II. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais
esteja capacitado pessoal, teórico e tecnicamente;

05
III. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de

6:
:5
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas

12
funções profissionais;

3
02
IV. Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações

/2
05
concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional;

2/
Indique a afirmativa correta:

-2
A I e II estão corretas.

om
B I e III estão corretas.

l.c
ai
C II e III estão corretas.

gm
D II e IV estão corretas.
e@
Gabarito: B
ci
pe

Comentários: Olha a malandragem da IBFC:


es

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:


na
ia

b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais


ul
-j

esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;


5
-3

f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações


37

concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional;


.4
17
.3

36. VUNESP - TJ-SP - Psicólogo Judiciário – 2017


46
-1

Ao atender uma adolescente, um psicólogo vem a saber que a paciente vem


e

sofrendo sucessivos maus-tratos. Alertando-a de que comunicará o fato à


ad
dr

autoridade competente, a paciente lhe diz que só relatou os fatos porque ele lhe
An

havia assegurado sigilo. Nessas circunstâncias, de acordo com o Código de Ética,


de

o psicólogo deverá
o
ed

a) passar a informação para outro colega fazer a denúncia.


ev

b) fazer a denúncia de maus-tratos ao Conselho Tutelar.


Az

c) convencer a adolescente a fazer ela mesma a denúncia.


na
lia

d) resolver o dilema ético sob a perspectiva do menor prejuízo.


Ju

e) honrar a palavra empenhada e manter o sigilo sobre os fatos.


Gabarito: B
Comentários: Isso nem no Código de Ética está, mas no Estatuto da Criança e do
Adolescente.

37. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015


De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo (2005), é vedado a este
profissional:

61
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

a) receber ou oferecer remuneração por encaminhamento de serviços.


b) emitir documentos com informações baseadas em entrevistas.
c) delatar às instâncias competentes o exercício irregular da profissão.
d) divulgar informações contidas no Código de Ética Profissional da categoria.
e) depor em juízo com base em atendimento prestado.
Gabarito: A
Comentários: Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de

05
serviços;

6:
:5
12
38. VUNESP - Prefeitura de São José dos Campos – SP - Analista em Saúde –

3
02
Psicólogo - 2105

/2
05
Um jovem de dezesseis anos comparece sozinho a um serviço de atendimento em

2/
saúde mental para solicitar atendimento psicológico. O psicólogo desse serviço

-2
a) poderá atender o jovem sem autorização porque este procura espontaneamente

om
o serviço de saúde.

l.c
ai
b) poderá atender o jovem se conseguir uma autorização de pelo menos um de

gm
seus responsáveis legais.
e@
c) poderá atender o jovem desde que consiga autorização de todos os seus
ci
pe

responsáveis legais.
es

d) deverá comunicar o atendimento às autoridades competentes mesmo obtendo


na
ia

autorização dos responsáveis.


ul
-j

e) poderá atender o jovem desde que seus responsáveis legais compareçam a todas
5
-3

as sessões.
37

Gabarito: B
.4
17

Comentários: Tudo bem, a questão endereça para o atendimento eventual. Mas,


.3

não teríamos resposta para a questão. Considerando que seja atendimento não-
46
-1

eventual, precisamos da autorização de ao menos um dos responsáveis.


e
ad
dr

39. VUNESP - MPE-ES - Agente Técnico – Psicólogo – 2013


An

De acordo com o Código de Ética do Psicólogo, os arquivos relacionados aos


de

atendimentos prestados por um psicólogo demitido de um serviço de Psicologia


o
ed

deverão ser
ev

a) encaminhados ao Conselho Regional de Psicologia.


Az

b) destruídos pelo psicólogo demitido.


na
lia

c) levados pelo psicólogo demitido.


Ju

d) lacrados e deixados para o psicólogo substituto.


e) encaminhados à alta administração da instituição.
Gabarito: D
Comentários: Coerente com o Código de Ética, é necessário lacrar os documentos
para que apenas o substituto tenha acesso ao seu teor.

40. FAURGS – HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – Psicólogo


Hospitalar – 2007

62
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

No que se refere ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale as


afirmações abaixo com V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A missão primordial de um código de ética profissional não é normatizar a
natureza técnica do trabalho, mas assegurar, dentro de valores relevantes para a
sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o
reconhecimento social daquela categoria.
( ) É dever do psicólogo informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da
prestação de serviços psicológicos, transmitindo todas as informações daí

05
decorrentes que afetem o usuário ou beneficiário.

6:
:5
( ) É vedado ao psicólogo praticar ou ser conivente com quaisquer atos que

12
caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou

3
02
opressão.

/2
05
( ) É dever do psicólogo zelar para que a comercialização, a aquisição, a doação, o

2/
empréstimo, a guarda e a forma de divulgação do material privativo do psicólogo

-2
sejam feitos conforme os princípios do código de ética profissional.

om
( ) Não é dever do psicólogo levar ao conhecimento das instâncias competentes o

l.c
ai
exercício ilegal ou irregular da profissão, as transgressões a princípios e diretrizes

gm
do código de ética ou da legislação profissional.
e@
( ) O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos,
ci
pe

compartilhará todas as informações necessárias para qualificar o serviço


es

prestado, sendo de responsabilidade de quem as receber preservar o sigilo em


na
ia

relação ao caráter confidencial das comunicações prestadas.


ul
-j

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é


5
-3

(A) V–V–F–V–V–F.
37

(B) V–F–V–V–F–F.
.4
17

(C) V–F–F–V–V–F.
.3

(D) F–V– V–F–V–V.


46
-1

(E) F–F–V–F–F–V.
e

Gabarito: B
ad
dr

Comentários: O psicólogo transmitirá apenas o necessário (segunda assertiva


An

errada). Não É dever do psicólogo levar ao conhecimento das instâncias


de

competentes o exercício ilegal ou irregular da profissão, as transgressões a


o
ed

princípios e diretrizes do código de ética ou da legislação profissional (penúltima


ev

assertiva errada). O psicólogo em trabalho multiprofissional compartilhará


Az

apenas o necessário para qualificar o serviço (última assertiva errada).


na
lia
Ju

41. IDECAN – Município da Matias Cardoso/MG – Psicólogo – 2012


Quanto ao Código de Ética do Psicólogo, assinale a alternativa INCORRETA em
relação ao que é vedado na atuação desse profissional.
A) Receber remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços.
B) Participar de greves ou paralisações de qualquer tipo.
C) Prolongar, sem necessidade, a prestação de serviços profissionais.
D) Induzir qualquer pessoa a recorrer a seus serviços.
E) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de

63
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

orientação sexual, quando do exercício de suas funções profissionais.


Gabarito: B
Comentários: O psicólogo pode participar de greves e paralizações, desde que
respeito o que está descrito no Código de Ética (aviso prévio aos usuários e
atendimento aos casos de urgência).

42. IDECAN – Município de Luisburgo/MG – Psicólogo – 2014


O Conselho Federal de Psicologia, no uso de suas atribuições, em 2005, publicou a

05
terceira versão do Código de Ética da profissão de psicólogo, no Brasil, com vistas

6:
:5
a responder ao contexto organizativo desses profissionais ao momento do país e

12
ao estágio de desenvolvimento da psicologia enquanto campo científico e

3
02
profissional. Este Código de Ética é fruto da necessidade percebida pela categoria

/2
05
e suas entidades representativas, de atender à evolução do contexto institucional-

2/
legal do país, marcadamente a partir da promulgação da Constituição Federal de

-2
1988. Considerando as informações acerca do regimento de conduta ética do

om
psicólogo, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

l.c
ai
( ) Tende a funcionar como um dispositivo de reflexão e orientação sobre as mais

gm
diversas formas de interação social.
e@
( ) A conduta profissional visa assegurar à sociedade e aos próprios profissionais
ci
pe

psicólogos qualidade e seriedade à assistência prestada em diversos espaços de


es

intervenção.
na
ia

( ) A reflexão e a conduta ética exigem uma compreensão integradora dos


ul
-j

indicadores de disfunções e transtornos, muitas vezes inesperados em um


5
-3

determinado contexto e associados com angústia e inadequação substancial no


37

funcionamento.
.4
17

( ) Mediante disfunções comportamentais e emocionais, propicia um


.3

entendimento etiológico das mesmas fundamentalmente biológico e expressado


46
-1

social e mentalmente.
e

( ) Orienta a realização de processos psicodiagnósticos para identificação


ad
dr

etiológica de disfunções, independente de aspectos socioculturais e biológicos, a


An

fim de evitar estereótipos e preconceitos sobre os mesmos.


de

A sequência está correta em


o
ed

A) F, F, V, V, V. B) F, V, F, V, F. C) V, F, F, V, F. D) V, F, V, F, V.
ev

E) V, V, V, F, F.
Az

Gabarito: E
na
lia

Comentários: A penúltima assertiva não tem qualquer conexão com o nosso


Ju

Código de Ética. A última erra ao falar que o Código orienta para uma identificação
etiológica e erra duplamente ao falar que essa identificação independe de aspectos
socioculturais e biológicos.

43. IDECAN – Município de Itaguara/MG – Psicólogo – 2014


As transformações histórico-culturais e sociais vêm exigindo, proporcionalmente,
reformulações nas doutrinas tradicionais a respeito dos relacionamentos
familiares de maneira geral, sobretudo entre aqueles que exercem as funções de

64
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

pais e mães com seus filhos. É possível entender, por exemplo, que tais
transformações revelam novos problemas em decorrência da maior presença da
escola e dos meios de comunicação, principalmente a tecnologia, na vida cotidiana
dos filhos. Diante das referidas considerações, é possível afirmar que se é verdade
que as grandes reformas necessárias ao nosso país não são questões apenas éticas,
mas também políticas, o inverso não é menos verdade: não são só políticas, são
questões éticas que desafiam o nosso sentido ético.
Sobre a ética na contemporaneidade, assinale a alternativa correta.

05
A) O bem e o mal existem apenas nas consciências individuais, mas também

6:
:5
nas próprias estruturas institucionalizadas de um sistema.

12
B) A ética contemporânea preocupa-se, assim como as tendências

3
02
fundamentais da moral, com o julgamento do sistema sociocultural.

/2
05
C) A ética contemporânea aprendeu a preocupar-se, ao contrário das

2/
tendências positivistas da moral, com o julgamento do sistema econômico como

-2
um todo.

om
D) A crítica atual continua a insistir na injustiça que reside no fato de só alguns

l.c
ai
possuírem os meios da riqueza, e a crítica à propriedade continua reduzida aos

gm
meios de produção e exorta a ideia de que “toda propriedade é um roubo”.
e@
Gabarito: C
ci
pe

Comentários: Essa questão saiu daquele livro que provavelmente você leu no
es

primeiro ano de faculdade: O que é Ética (Álvaro Valls). Ilustra bem a variedade
na
ia

de bibliografias que a banca utiliza para compor as questões.


ul
-j

Vejamos (páginas 68 e 69):


5
-3

[...] Assim, hoje em dia, os grandes problemas éticos se encontram nestes três
37

momentos da eticidade (família, sociedade civil e Estado), e uma ética concreta


.4
17

não pode ignorá-los.


.3

1) Em relação à família, hoje se colocam de maneia muito aguda as questões das


46
-1

exigências éticas do amor. O amor não tem de ser livre? O que dizer então da
e

noção tradicional do amor livre? Ele é realmente livre? E como definir, hoje, o que
ad
dr

seja a verdadeira fidelidade, sem identificá-la com formas criticáveis de


An

possessividade masculina ou feminina? Como fundamentar, a partir dos


de

progressos das ciências humanas, os compromissos do amor, como se expressam


o
ed

na resolução (no sim) matrimonial? E como desenvolver uma nova ética para as
ev

novas formas de relacionamento heterossexual? E como fundamentar hoje as


Az

preferências por formas de vida celibatária, casta ou homossexual? As


na
lia

transformações histórico-sociais exigem hoje igualmente reformulações nas


Ju

doutrinas tradicionais éticas sobre o relacionamento dos pais com os filhos. Novos
problemas surgiram com a presença maior da escola e dos meios de comunicação
na vida diária dos filhos. [Cabeçalho da questão] As figuras tradicionais, paterna
e materna, não exigem hoje uma nova reflexão sobre os direitos e os deveres dos
pais e dos filhos? Em especial, a reflexão sobre a dominação das chamadas
minorias sociais chamou a atenção para a necessidade de novas formas de
relacionamento dentro do próprio casal. O feminismo, ou a luta pela libertação da
mulher, traz em si exigências éticas, que até agora ainda não encontraram talvez

65
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

as formulações adequadas, justas e fortes. A libertação da mulher, como a


libertação de todos os grupos oprimidos, é uma exigência ética, das mais atuais. E,
como lembraria Paulo Freire, em seu Pedagogia do Oprimido, a libertação não se
dá pela simples troca de papéis: a libertação da mulher liberta igualmente o
homem.
2) Em relação à sociedade civil, que para Hegel também significaria a forma
histórica da sociedade burguesa, os problemas atuais continuam os mais
urgentes: referem-se ao trabalho e à propriedade. Como falar de ética num país

05
onde a propriedade é um privilégio tão exclusivo de poucos? E não é um problema

6:
:5
ético a própria falta de trabalho, o desemprego, para não falar das formas

12
escravizadoras do trabalho, com salários de fome, nem da dificuldade de uma

3
02
auto-realização no trabalho, quando a maioria não recebe as condições mínimas

/2
05
de preparação para ele, e depois não encontram, no sistema capitalista, as

2/
mínimas oportunidades para um trabalho criativo e gratificante? Num país de

-2
analfabetos, falar de ética é sempre pensar em revolucionar toda a situação

om
vigente. Assim, se é verdade que as grandes reformas de que nosso país necessita

l.c
ai
não são questões apenas éticas, mas também políticas, o inverso não é menos

gm
verdade: não são só políticas, são questões éticas que desafiam o nosso sentido
e@
ético. [Cabeçalho da questão] A ética contemporânea aprendeu a preocupar-se, ao
ci
pe

contrário das tendências privativistas da moral, com o julgamento do sistema


es

econômico como um todo. [Assertiva B, a preocupação é com o julgamento do


na
ia

sistema econômico e não com o sistema sociocultural. Esse trecho valida a


ul
-j

Assertiva C] O bem e o mal não existem apenas nas consciências individuais, mas
5
-3

também nas próprias estruturas institucionalizadas de um sistema. [Assertiva A,


37

faltou o NÃO na assertiva] Antigos compêndios de moral, de inspiração católica,


.4
17

ainda afirmavam, há cinquenta anos, por exemplo, que o socialismo seria


.3

intrinsecamente mau, enquanto o capitalismo permitiria corrigir os seus erros


46
-1

eventuais. Hoje dificilmente um livro de ética teria a coragem de fazer uma


e

afirmação deste tipo. Por outro lado, as experiências socialistas destes últimos
ad
dr

cem anos ensinaram aos teóricos de esquerda a revalorizar a importância que a


An

propriedade tem para a auto-realização humana. A crítica atual insiste muito mais,
de

agora, sobre a injustiça que reside no fato de só alguns possuírem os meios da


o
ed

riqueza, e a crítica à propriedade se reduz sempre mais apenas aos meios de


ev

produção, enquanto pensadores do século XIX ainda afirmavam que "toda


Az

propriedade é um roubo". [Assertiva D, portanto, errada] A propriedade


na
lia

particular aparece agora, nas doutrinas éticas, principalmente como uma forma
Ju

de extensão da personalidade humana, como extensão do seu corpo, como forma


de aumentar a sua segurança pessoal, e de afirmar a sua autodeterminação sobre
as coisas do mundo.
3) Em relação ao Estado, os problemas, éticos são muito ricos e complexos. A
ética política revisou, entre outros, os ideais de um cosmopolitismo indeterminado
de um Kant, e soube reconhecer as análises de um Hegel a respeito do significado
da nacionalidade e da organização estatal como o ápice do edifício da liberdade. A
liberdade do indivíduo só se completa como liberdade do cidadão de um Estado

66
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

livre e de direito. As leis, a Constituição, as declarações de direitos, a definição dos


poderes, a divisão destes poderes para evitar abusos, e a própria prática das
eleições periódicas aparecem hoje como questões éticas fundamentais. Ninguém
é livre, numa ditadura; a velha lição de Hegel se confirmou até os nossos dias.

44. IDECAN – Município de Duque de Caxias/RJ – Psicólogo – 2014


A Resolução CFP nº 010/2005 aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo. O
art. 2º do Código Ética veda ao profissional de psicologia ações inadequadas e que

05
não deverão ser praticadas pelos psicólogos em atuação.

6:
:5
São ações vedadas ao psicólogo, EXCETO:

12
A) Praticar ou ser inconveniente com quaisquer atos que caracterizem negligência,

3
02
discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão.

/2
05
B) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento, bem como utilizar práticas

2/
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de

-2
violência.

om
C) Acumpliar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o

l.c
ai
exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade

gm
profissional.
e@
D) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou
ci
pe

irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes do código de ética ou


es

da legislação profissional.
na
ia

E) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos


ul
-j

pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do


5
-3

trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.


37

Gabarito: D
.4
17

Comentários: O que a banca queria era saber qual alínea estava fora do segundo
.3

artigo, com isso, essa questão nos ensinou duas fundamentais. A primeira é que o
46
-1

que está no art. 2º não pode ser misturado como resto. A segunda é que vez ou
e

outra temos palavras absurdas que deverão ser entendidas como erro dessa banca
ad
dr

mediana. Vejamos:
An

A) Praticar ou ser inconveniente com quaisquer atos que caracterizem


de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão.


o
ed

Assertiva correta se relevarmos o erro da banca.


ev

Art. 2 a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem


Az

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;


na
lia
Ju

B) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento, bem como utilizar práticas


psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência.
Art. 2 c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência;

C) Acumpliar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o

67
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade


profissional.
Art. 2 d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam
o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade
profissional;

D) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou


irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes do código de ética ou

05
da legislação profissional.

6:
:5
Art. 1 l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou

12
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da

3
02
legislação profissional.

/2
05
2/
E) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos

-2
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do

om
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.

l.c
ai
Art. 2 k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos

gm
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
e@
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;
ci
pe
es

45. IDECAN – Município de Apiacá/ES – Psicólogo – 2014


na
ia

A Resolução CFP nº 010/2005 aprovou o Código de Ética Profissional do Psicólogo.


ul
-j

São princípios fundamentais do referido código, em vigor, EXCETO:


5
-3

A) Zelar para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando
37

situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.


.4
17

B) Contribuir para promover a universalização do acesso da população às


.3

informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões


46
-1

éticos da profissão.
e

C) Atuar com responsabilidade, por meio de contínuo aprimoramento


ad
dr

profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo


An

científico de conhecimento e de prática.


de

D) Basear o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da


o
ed

igualdade e da integralidade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a


ev

Constituição da República Federativa do Brasil.


Az

E) Trabalhar visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das


na
lia

coletividades e contribuir para a eliminação de quaisquer formas de negligência,


Ju

discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.


Gabarito: D
Comentários: Pegadinha do malandro. Veja:
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

68
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Psicologia – Aula 01
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46. IDECAN – Pancas/ES – Psicólogo – 2014


A Resolução CFP nº 010/05 aprovou o Código de Ética Profissional do Psicólogo, em
vigor. Do art. 1º ao art. 20 são tratadas as responsabilidades do psicólogo.
O art. 2º veda ao psicólogo, EXCETO:
A) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam
resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações
privilegiadas.
B) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com

05
o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço

6:
:5
prestado.

12
C) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando o benefício

3
02
próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha

/2
05
qualquer tipo de vínculo profissional.

2/
D) Participar de greves ou paralisações, mesmo que as atividades de emergência

-2
não sejam interrompidas e com a prévia comunicação da paralisação aos usuários

om
ou beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.

l.c
ai
E) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos

gm
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
e@
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.
ci
pe

Gabarito: D
es

Comentários: Já aprendeu que o IDECAN quer saber se você “decorou” a lista do


na
ia

art. 2º? Pois é. A letra D pertence ao art. 5º.


ul
-j

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:


5
-3

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;


37

b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos


.4
17

serviços atingidos pela mesma.


.3
46
-1

47. IDECAN – HC-UFPE – Psicólogo Organizacional – 2014


e

Toda profissão se define a partir de um corpo de práticas que busca atender


ad
dr

demandas sociais, norteadas por elevados padrões e normas. Os códigos de ética


An

expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina a


de

direção das relações entre os indivíduos.


o
ed

Acerca dos princípios gerais do código de ética profissional, analise.


ev

I. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a


Az

crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e equipes


na
lia

multiprofissionais.
Ju

II. Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e


formas de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme o
princípio deste código.
III. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo, e não em
suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Esta(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
A) I, II e III. B) I, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) II e

69
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

III, apenas.
Gabarito: D
Comentários: A II não é um princípio geral, mas um dever!!!
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e
forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme os
princípios deste Código;
Mas Alyson, as outras alíneas não são Princípios Fundamentais!!!

05
Eu sei! A banca firmou posição aqui. A lista de alíneas que aparecem no nosso

6:
:5
Código de Ética antes dos Princípios Fundamentais é, segundo o IDECAN, uma

12
lista de PRINCÍPIOS GERAIS:

3
02
Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais

/2
05
de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas

2/
pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:

-2
a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem

om
orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades

l.c
ai
profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas

gm
demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.
e@
b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções
ci
pe

relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que
es

estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários


na
ia

dos seus serviços.


ul
-j

c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a


5
-3

crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes


37

multiprofissionais.
.4
17

d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em


.3

suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
46
-1

restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.


e
ad
dr

48. IDECAN – HC-UFPE – Psicólogo Organizacional – 2014


An

O art. 21 do Código de Ética Profissional do Psicólogo dispõe que as transgressões


de

dos preceitos deste código constituem infração disciplinar com aplicação de


o
ed

penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais.


ev

Com base no referido artigo, acerca das penalidades aplicáveis, assinale a


Az

alternativa INCORRETA.
na
lia

A) Multa.
Ju

B) Advertência.
C) Censura pública.
D) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia.
E) Suspensão do exercício profissional ao promover publicamente seus serviços
por quaisquer meios: individual ou coletivamente.
Gabarito: E
Comentários: A última assertiva não está na lista de penalidades.

70
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

49. IDECAN – Prefeitura Municipal de Baependi/MG – Psicólogo – 2015


A respeito da ética profissional, Krüguer (2011, p. 782) afirma que “condutas éticas
e morais estendem-se aos diversos tipos e níveis de relacionamento dos quais
psicólogos participam. Espera-se que psicólogos venham agir segundo princípios
éticos e normas morais no desempenho de todos os papéis profissionais que lhes
são legalmente atribuídos, visando o bem de pessoas, casais, organizações e
grupos atendidos. Condutas assim orientadas contribuem no sentido do

05
reconhecimento da psicologia como ciência e como profissão, aumentando, dessa

6:
:5
forma, a probabilidade de sua eficácia social”. Considerando o exposto, analise as

12
afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

3
02
( ) A legislação é um dos fundamentos da Ética Profissional, embora esta não se

/2
05
reduza inteiramente às leis, pois de sua composição também participam conceitos

2/
e teorias filosóficas, bem como normas de conduta estabelecidas por costumes

-2
profissionais.

om
( ) Em princípio, deve haver plena coerência entre a legislação e a ética

l.c
ai
profissional. Em situações objetivas, os atos de psicólogos são avaliados tanto sob

gm
o ponto de vista da competência e dos resultados obtidos no exercício profissional
e@
quanto na perspectiva da adequação das condutas por eles praticadas às leis e às
ci
pe

prescrições do Código de Ética Profissional.


es

( ) A palavra “ética” designa um sistema prescritivo de normas de ação social


na
ia

coletivamente endossado, havendo a crença compartilhada de que essas normas


ul
-j

são desejáveis, sendo os atos humanos praticados que estejam em consonância


5
-3

com essas prescrições, avaliados como bons e corretos, merecendo aprovação e


37

até mesmo reconhecimento social.


.4
17

( ) Na perspectiva psicológica, teorias éticas e prescrições morais habitam a


.3

cognição, nela sendo configuradas como crenças ou sistemas de crenças,


46
-1

conforme o pensamento de cada um. Quanto mais elaborado ou sofisticado for o


e

pensamento, mais consistente tende a ser o conjunto de crenças sobre nossos


ad
dr

deveres e obrigações.
An

A sequência está correta em


de

A) F, F, F, F. B) F, F, V, F. C) V, V, F, V. D) V, V, V, V.
o
ed

Gabarito: C
ev

Comentários: A terceira assertiva, segundo a referencia apresentada em aula,


Az

trata da moral, não da ética. =]


na
lia
Ju

50. IDECAN – Prefeitura Municipal de Liberdade/MG – Psicólogo – 2015


“Há duas vertentes teóricas na Ética: a que tem seu fundamento nas ideias de dever
e de obrigação; e, a que se baseia na responsabilidade social. A primeira é a da
deontologia, ao passo que a segunda visão é referida como teleológica. A
linguagem própria da Ética deontológica assemelha-se a das leis: em ambas, a
linguagem se caracteriza pela natureza normativa, baseada no postulado de que o
mérito da conduta depende de sua coerência com o que é prescrito como correto,
ou seja, justo e ético. Há, neste caso, a primazia do princípio, tal como se encontra

71
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

na Crítica da Razão Prática de Immanuel Kant (1724 – 1804). Algo distinto


fundamenta a visão teleológica: nesta, o ponto de vista adotado é o de que na
avaliação da qualidade ética de uma conduta devem ser considerados
prioritariamente os resultados por ela produzidos. Isto não quer dizer que no
direcionamento teleológico os princípios não venham a ser considerados, até
mesmo porque uma posição ética que ignore a importância de princípios éticos
fundamentais não teria uma resolução teórica viável. No caso da Ética teleológica,
valorizam-se mais os efeitos objetivos de ações empreendidas do que os

05
princípios fundadores.” (Kruger, 2011.)

6:
:5
Considerando o trecho anterior, é correto afirmar que o código de ética

12
profissional do psicólogo é formulado

3
02
A) segundo uma perspectiva teleológica, a qual pauta-se em uma tendência

/2
05
internacional adotada no processo de elaboração de códigos éticos de conduta

2/
profissional.

-2
B) em conformidade com uma perspectiva deontológica, a qual pauta-se em uma

om
tendência internacional adotada no processo de elaboração de códigos éticos de

l.c
ai
conduta profissional.

gm
C) para que a responsabilidade social relativa à obrigatoriedade de contribuir no
e@
atendimento aos interesses e às necessidades das pessoas, grupos e organizações
ci
pe

atendidas, respeitando seus direitos, e sejam contemplados de forma teleológica


es

explícita.
na
ia

D) para reduzir os códigos éticos normativos de procedimentos profissionais


ul
-j

daqueles que podem ser considerados rigorosamente éticos, uma vez que não se
5
-3

originam dedutivamente de uma específica teoria ética, mas mais precisamente


37

por uma teoria da moral profissional.


.4
17

Gabarito: B
.3

Comentários: Volte a esse autor na nossa aula.


46
-1
e

51. QUADRIX - VII Concurso de Provas e Títulos - CFP I PSICOLOGIA


ad
dr

ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO – 2012


An

Uma das questões centrais da atuação profissional do psicólogo no campo das


de

organizações se define pelas implicações éticas da realização do seu trabalho.


o
ed

Algumas de suas ações no contexto das empresas ferem direta ou


ev

indiretamente o Código de Ética Profissional do psicólogo. Dentre elas, pode-


Az

se citar:
na
lia

(A) O tecnicismo e a crença na neutralidade da atuação do psicólogo.


Ju

(B) Uma visão estratégica da atuação profissional do psicólogo nas empresas.


(C) O diálogo multidisciplinar com os vários atores organizacionais.
(D) A compreensão de que a atuação profissional do psicólogo envolve vários
âmbitos de análise e intervenção.
(E) A consciência de que a atuação profissional do psicólogo tem limites de
ação.
Gabarito: A
Comentários: Tudo bem, questão mal elaborada, mas podemos dar conta dela. De

72
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

acordo com o Código de Ética, em diversos momentos fica claro que a atuação
profissional deve ser contextualizada. Indiretamente podemos concluir a
completa ausência de neutralidade no trabalho do psicólogo.

52. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


Sabe-se que, em muitos processos de Destituição do Poder Familiar, os argumentos
utilizados contra as famílias de origem consistem em comparações entre esses
núcleos familiares e “pais” e “mães” idealizados, sem que se problematizem as

05
condições sociais e políticas articuladas às alegadas dinâmicas de negligência,

6:
:5
risco ou abandono da criança. Nesses processos são usualmente solicitados

12
estudos técnicos sobre a dinâmica familiar. Na produção desses documentos cabe

3
02
ao psicólogo atentar para os seguintes Princípios Fundamentais previstos no

/2
05
Código de Ética Profissional do Psicólogo:

2/
I. Basear o trabalho no respeito, promoção da liberdade, da dignidade, da

-2
igualdade e da integridade do ser humano que embasam a Declaração Universal

om
dos Direitos Humanos.

l.c
ai
II. Trabalhar visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das

gm
coletividades, contribuindo para eliminação de quaisquer formas de negligência,
e@
exploração, violência, crueldade e opressão.
ci
pe

III. Atuar com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a


es

realidade política, econômica, social e cultural.


na
ia

IV. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais


ul
-j

esteja capacitado pessoal, política, teórica e tecnicamente.


5
-3

Assinale se:

37

(A) somente I está correta.



.4
17

(B) somente I e II estão corretas.


.3
46

(C) somente II e III estão corretas.


-1

(D) somente I, II e III estão corretas.


e
ad

(E) somente I, II e IV.


dr

Gabarito: D
An

Comentários: Todas pegam a literalidade do nosso Código de Ética, exceto a IV.


de

Responsabilidade política é algo que não é tratado em nossa Resolução n˚ 10 de


o
ed

2005.
ev
Az
na

53. FGV – DP/RJ – Psicólogo – 2014


lia

Em considerando uma situação hipotética na qual o paciente diz em atendimento


Ju

clínico que costuma agredir o seu filho como forma de educá-lo, o psicólogo, de
acordo com o código de ética e as leis jurídicas,
(A) deve quebrar o sigilo somente mediante determinação judicial.
(B) deve manter o sigilo, podendo quebrá-lo somente em situação de violência
física ou sexual.
(C) pode quebrar o sigilo baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
(D) deve quebrar o sigilo em qualquer situação que envolva maus-tratos à criança
e ao adolescente.

73
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(E) não pode quebrar o sigilo em nenhuma hipótese.


Gabarito: C
Comentários: Aqui temos de ter o conhecimento de dois artigos da Resolução n˚
10 de 2005:
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por
meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a
que tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências

05
decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais

6:
:5
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir

12
pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

3
02
/2
05
54. FGV – AL/BH – 2014

2/
Um psicólogo soube que uma empresa estava contratando estagiários de

-2
diferentes cursos de graduação para fazer aplicações de inventários de

om
personalidade. Os estagiários trabalhavam supervisionados por uma psicóloga,

l.c
ai
que organizava um período inicial de treinamento, durante o qual aprendiam a

gm
utilizar diferentes técnicas.
e@
A empresa funcionava terceirizada, prestando serviços e consultoria para várias
ci
pe

outras empresas, com bastante sucesso.


es

A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.


na
ia

I. O psicólogo comunicou a situação ao Conselho Federal de Psicologia.


ul
-j

II. O psicólogo resolveu não tomar nenhuma medida, uma vez que a psicóloga
5
-3

parecia cuidadosa e treinava os estagiários para realizar os procedimentos.


37

III. O psicólogo enviou uma carta à empresa, explicando que a psicóloga estava
.4
17

ferindo o Código de Ética Profissional do psicólogo.


.3

Assinale:
46
-1

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


e

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.


ad
dr

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.


An

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.


de

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.


o
ed

Gabarito: A
ev

Comentários: Apenas podemos ensinar testes e instrumentos psicológicos para


Az

psicólogos ou graduandos de psicologia. Caso presenciemos tal afronta ao Código


na
lia

de Ética, o Conselho Federal de Psicologia deve ser comunicado. Mas Alyson, onde
Ju

fala que devemos denunciar tal ato ao CFP? Não fala, decorre do bom senso ético
e profissional mesmo (além de não termos a alternativa de todas incorretas). Veja:
Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,
orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas
neste Código.
Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a
leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício
ilegal da profissão.

74
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

55. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013


Segundo o Código de Ética do Psicólogo, assinale a afirmativa que indica o
procedimento correto.
(A) Em caso de condenação por ato indevido, o Código prevê a suspensão do direito
de exercício por 50 dias.
(B) Um psicóloga resolveu dar início ao atendimento e formação de outros
profissionais segundo uma técnica ainda não regularizada no Brasil. O psicólogo,

05
considerando a seriedade de seu trabalho e o custo do investimento, resolve dar

6:
:5
continuidade a seu trabalho.

12
(C) Um psicólogo atuou em uma Instituição de internação de menores durante dois

3
02
anos e, por entrar em conflito com seu superior, foi demitido. Considerando a

/2
05
demissão uma afronta a seu trabalho, resolve destruir todo o material arquivado.

2/
(D) Cabe ao psicólogo avaliar as situações em que é necessário quebrar o sigilo

-2
profissional.

om
(E) Um grupo de profissionais, com o objetivo de angariar mais clientes, fizeram

l.c
ai
importante investimento em propaganda, investiu em propaganda, cobrando

gm
preços abaixo do mercado e enfatizando esse aspecto em cartazes e panfletos
e@
distribuídos.
ci
pe

Gabarito: D
es

Comentários: Vejamos cada uma à luz da Resolução n˚ 10 de 2005 (nosso Código


na
ia

de Ética).
ul
-j

(A) Em caso de condenação por ato indevido, o Código prevê a suspensão do direito
5
-3

de exercício por 50 dias. [o nosso código de ética não indica os casos em que irá
37

aplicar as penalidades previstas]


.4
17

(B) Um psicóloga resolveu dar início ao atendimento e formação de outros


.3

profissionais segundo uma técnica ainda não regularizada no Brasil. O psicólogo,


46
-1

considerando a seriedade de seu trabalho e o custo do investimento, resolve dar


e

continuidade a seu trabalho. [se a técnica não está regularizada, não podemos
ad
dr

utilizar. Art. 2˚ - Ao Psicólogo é vedado: f) Prestar serviços ou vincular o título de


An

psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e


de

meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;]


o
ed

(C) Um psicólogo atuou em uma Instituição de internação de menores durante dois


ev

anos e, por entrar em conflito com seu superior, foi demitido. Considerando a
Az

demissão uma afronta a seu trabalho, resolve destruir todo o material arquivado.
na
lia

[esse psicólogo cometeu falta ética ao não preservar os documentos de seu


Ju

trabalho profissional]
(D) Cabe ao psicólogo avaliar as situações em que é necessário quebrar o sigilo
profissional. [Assertiva correta! Art. 10 – Nas situações em que se configure
conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos
princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o
psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do
menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o

75
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.]


(E) Um grupo de profissionais, com o objetivo de angariar mais clientes, fizeram
importante investimento em propaganda, investiu em propaganda, cobrando
preços abaixo do mercado e enfatizando esse aspecto em cartazes e panfletos
distribuídos. [Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por
quaisquer meios, individual ou coletivamente: d) Não utilizará o preço do serviço
como forma de propaganda;]

05
6:
:5
56. FGV – AL-MT – Psicólogo - 2013

12
De acordo com o Código de Ética de Psicologia, indique a conduta adequada

3
02
(A) Após a entrevista de triagem, é permitido ao psicólogo sugerir o

/2
05
encaminhamento de paciente para outra instituição em que trabalhe, desde que

2/
de comum acordo com o paciente.

-2
(B) Um psicólogo iniciou o trabalho, acertando um valor que considerou justo e

om
que acordou com o paciente. Ao ter mais detalhes sobre a situação financeira do

l.c
ai
paciente, decidiu cobrar mais pelas sessões de que o previamente acordado.

gm
(C) Durante uma grave dos funcionários, profissionais de psicologia decidiram
e@
manter atendimentos emergenciais e avisar aos outros pacientes da interrupção
ci
pe

do atendimento por um determinado período.


es

(D) Numa situação emergencial, os psicólogos convocados para ajudar os


na
ia

moradores que perdem suas casas, se recusaram a trabalhar ou disseram que só


ul
-j

trabalhariam se fosse pago um adicional pelos serviços prestados.


5
-3

(E) Um psicólogo foi solicitado gerente de uma empresa a administrar um curso


37

de capacitação para funcionários administrativos que iriam aplicar testes em um


.4
17

processo seletivo.
.3

Gabarito: C
46
-1

Comentários: Vejamos cada uma à luz da Resolução n˚ 10 de 2005 (nosso Código


e

de Ética).
ad
dr

(A) Após a entrevista de triagem, é permitido ao psicólogo sugerir o


An

encaminhamento de paciente para outra instituição em que trabalhe, desde que


de

de comum acordo com o paciente. [Art. 2˚ - Ao Psicólogo é vedado: i) Induzir


o
ed

qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços; l) Desviar para serviço


ev

particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou


Az

organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de


na
lia

vínculo profissional;]
Ju

(B) Um psicólogo iniciou o trabalho, acertando um valor que considerou justo e


que acordou com o paciente. Ao ter mais detalhes sobre a situação financeira do
paciente, decidiu cobrar mais pelas sessões de que o previamente acordado. [Art.
4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: b) Estipulará o valor de
acordo com as características da atividade e o comunicará ao usuário ou
beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado]
(C) Durante uma grave dos funcionários, profissionais de psicologia decidiram
manter atendimentos emergenciais e avisar aos outros pacientes da interrupção

76
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

do atendimento por um determinado período. [assertiva correta: Art. 5º – O


psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que: a) As
atividades de emergência não sejam interrompidas; b) Haja prévia comunicação
da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.]
(D) Numa situação emergencial, os psicólogos convocados para ajudar os
moradores que perdem suas casas, se recusaram a trabalhar ou disseram que só
trabalhariam se fosse pago um adicional pelos serviços prestados. [Art. 1º – São
deveres fundamentais dos psicólogos: d) Prestar serviços profissionais em

05
situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal;]

6:
:5
(E) Um psicólogo foi solicitado pelo gerente de uma empresa a administrar um

12
curso de capacitação para funcionários administrativos que iriam aplicar testes em

3
02
um processo seletivo. [Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá,

/2
05
emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que

2/
permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.]

-2
om
57. FCC - TRT 12° Região – Psicologia – 2013

l.c
ai
Acerca do Código de Ética Profissional do Psicólogo, é INCORRETO afirmar que o

gm
psicólogo
e@
(A) contribuirá para promover a universalização do acesso da população às
ci
pe

informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões


es

éticos da profissão.
na
ia

(B) zelará para que o exercício profissional seja efetuado com austeridade, mesmo
ul
-j

quando levado a tolerar e aceitar situações em que a Psicologia esteja sendo


5
-3

aviltada.
37

(C) atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento


.4
17

profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo


.3

científico de conhecimento e de prática.


46
-1

(D) trabalhará visando a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
e

coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,


ad
dr

discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.


An

(E) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a


de

realidade política, econômica, social e cultural.


o
ed

Gabarito: B
ev

Comentários: Vejamos cada uma.


Az

(A) contribuirá para promover a universalização do acesso da população às


na
lia

informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões


Ju

éticos da profissão.
Princípios Universais
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da
população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e
aos padrões éticos da profissão.
(B) zelará para que o exercício profissional seja efetuado com austeridade, mesmo
quando levado a tolerar e aceitar situações em que a Psicologia esteja sendo
aviltada.

77
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Princípios Universais
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
(C) atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo
científico de conhecimento e de prática.
Princípios Fundamentais
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo

05
aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia

6:
:5
como campo científico de conhecimento e de prática.

12
(D) trabalhará visando a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das

3
02
coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,

/2
05
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

2/
Princípios Fundamentais

-2
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das

om
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas

l.c
ai
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

gm
(E) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a
e@
realidade política, econômica, social e cultural.
ci
pe

Princípios Fundamentais
es

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e


na
ia

historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.


ul
-j
5
-3

58. FCC - TRT 18ª Região – Psicologia - 2013


37

Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo, é vedado ao psicólogo prestar


.4
17

serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar


.3

em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações


46
-1

(A) divulgadas.
e

(B) negociadas.
ad
dr

(C) limitadas.
An

(D) polêmicas.
de

(E) privilegiadas.
o
ed

Gabarito: E
ev

Comentários: Segundo o artigo 2º, ao psicólogo é vedado:


Az

m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que


na
lia

possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de


Ju

informações privilegiadas;

59. FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Psicologia


O art. 4° do Código de Ética Profissional do Psicólogo informa que, ao fixar a
remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: levará em conta a justa retribuição
aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário; estipulará o valor
de acordo com as características da atividade e o comunicará ao usuário ou
beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado e assegurará a qualidade

78
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

dos serviços oferecidos


a) respeitando os valores aplicados pelo mercado de saúde.
b) por meio do valor acordado.
c) respeitando as tabelas de valores indicadas pelo Conselho Regional de
Psicologia do qual faz parte.
d) respeitando a média dos valores estabelecidos pelas tabelas de valores indicadas
pelo Conselho Regional de Psicologia do qual faz parte.
e) independentemente do valor acordado.

05
Gabarito: E

6:
:5
Comentários: Segundo nosso código de ética:

12
Art. 4°. Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:

3
02
a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do

/2
05
usuário ou beneficiário;

2/
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará

-2
ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;

om
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do valor

l.c
ai
acordado.

gm
e@
ci
pe

60. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia


es

Como psicólogo contratado pelo Tribunal Regional do Trabalho você precisa


na
ia

avaliar se um servidor, após ter alta do Hospital em que estava internado, poderá
ul
-j

retornar ou não às suas atividades profissionais de imediato. Como parte do que


5
-3

precisa levantar para proceder a esta avaliação, o psicólogo/você necessita


37

conversar com outros profissionais da saúde, envolvidos no tratamento deste


.4
17

servidor. Para atuar de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo


.3

(Art. 6°, inciso b), no relacionamento com profissionais não psicólogos, deve-se
46
-1

compartilhar
e

a) todas as informações fornecidas pelo paciente e sua família, desde que


ad
dr

garantidos critérios de confidencialidade à família do paciente, por todos os


An

membros da equipe multidisciplinar.


de

b) todas as informações colhidas com os demais profissionais, já que se encontram


o
ed

envolvidos no processo de cura do servidor e compõem uma equipe


ev

multidisciplinar no Setor de trabalho hospitalar.


Az

c) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pelo


na
lia

paciente e relativas ao momento do adoecimento, procedimento usual, nestes


Ju

casos.
d) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pela
família do paciente e relativas às experiências anteriores ao episódio da
hospitalização.
e) somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,
resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem receber, de preservar o sigilo.
Gabarito: E

79
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Comentários: Segundo nosso código de ética:


Art. 6º. O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:
a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas
que extrapolem seu campo de atuação;
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

05
61. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Psicologia

6:
:5
Um psicólogo está envolvido em um trabalho multiprofissional em que a

12
intervenção faz parte da metodologia adotada. Segundo o Código de Ética

3
02
Profissional do Psicólogo (Art. 7°, inciso d), ele poderá intervir

/2
05
a) em casos que não se trate de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do

2/
serviço.

-2
b) sem pedido do profissional responsável pelo serviço.

om
c) na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro

l.c
ai
profissional.

gm
d) quando não for informado da interrupção voluntária e definitiva do serviço, por
e@
parte do paciente.
ci
pe

e) quando não for informado de interrupção temporária do serviço, por qualquer


es

uma das partes.


na
ia

Gabarito: C
ul
-j

Comentários: Vejamos a literalidade pedida:


5
-3

Art. 7º. O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


37

estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:


.4
17

a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;


.3

b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço, quando


46
-1

dará imediata ciência ao profissional;


e

c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da


ad
dr

interrupção voluntária e definitiva do serviço;


An

d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da


de

metodologia adotada.
o
ed
ev
Az

62. FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Psicologia
na
lia

Para atuar de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo (Princípios


Ju

Fundamentais - item I), o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na


promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser
humano, apoiado nos valores que embasam
a) o Estatuto do Idoso e do Cidadão.
b) o Código Civil Brasileiro.
c) o Código Penal Brasileiro Revisado.
d) o Código de Ética Universal das categorias especializadas.
e) a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

80
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Gabarito: E
Comentários: No início do código de ética, encontramos o seguinte:
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade,
da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores
que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

63. FUNRIO – INSS – Psicologia (Prova Cancelada) – 2013


A responsabilidade profissional do psicólogo diz respeito a

05
A) envolver-se com organizações que favoreçam o exercício da profissão.

6:
:5
B) permitir que as relações de poder, no contexto em que atua, sirvam de recurso

12
à prática de atendimento psicológico.

3
02
C) fornecer informações, a quem de direito, sobre seu paciente, transmitindo o

/2
05
que for necessário à tomada de decisões sobre o caso.

2/
D) utilizar o conhecimento de práticas psicológicas como recurso de

-2
favorecimento social.

om
E) levar o paciente a encarar novas práticas e formas de enfrentamento de seus

l.c
ai
conflitos.

gm
Gabarito: C (com ressalvas)
e@
Comentários: Essa questão deve ser entendida a partir de nosso Código de Ética.
ci
pe

Vejamos cada assertiva:


es

A) envolver-se com organizações que favoreçam o exercício da profissão.


na
ia

Se entendermos “favorecer” como respeitar ou defender, a assertiva estará


ul
-j

correta. Veja o que diz o nosso Código de Ética:


5
-3

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma


37

organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas


.4
17

nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.


.3

Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a


46
-1

prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.


e
ad
dr

B) permitir que as relações de poder, no contexto em que atua, sirvam de recurso


An

à prática de atendimento psicológico.


de

Se entendermos “recursos” como fonte de conhecimento para a atuação


o
ed

profissional, a assertiva estará correta. Nos princípios fundamentais, temos:


ev

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os


Az

impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se


na
lia

de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.


Ju

C) fornecer informações, a quem de direito, sobre seu paciente, transmitindo o


que for necessário à tomada de decisões sobre o caso.
Logo no primeiro artigo, temos:
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações
concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional;

D) utilizar o conhecimento de práticas psicológicas como recurso de

81
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

favorecimento social.
Realmente, nada no nosso Código de Ética fala dobre isso.

E) levar o paciente a encarar novas práticas e formas de enfrentamento de seus


conflitos.
Novamente, nada em nosso código fala sobre isso.
Mas Alyson, como podemos ter três assertivas corretas? Pois é, caro amigo,
minha conclusão é que o estagiário de psicologia que foi contratado para fazer essa

05
prova (pois seria vergonha alheia saber que um psicólogo formado foi capaz de

6:
:5
fazer essa questão tão fraca) achou que a parte “Das Responsabilidades do

12
Psicólogo” estava vinculado apenas ao primeiro artigo. Nesse raciocínio, tosco mas

3
02
possível, justificaríamos a letra “C” como correta. Discuti com vários alunos de

/2
05
nosso grupo de estudos (psicologiaconcursos@googlegroups.com.br) e essa é a

2/
única explicação plausível para tal disparate.

-2
om
64. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

l.c
ai
Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética

gm
Profissional do Psicólogo.
e@
A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a
ci
pe

coletividade
es

B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e espirituais


na
ia

seguidos pelo paciente


ul
-j

C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade social,


5
-3

econômica e cultural do paciente


37

D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional


.4
17

E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao


.3

conhecimento da ciência psicológica por público leigo


46
-1

Gabarito: D
e

Comentários: Tem que ser princípio fundamental! Somente a letra D atende ao


ad
dr

pedido.
An
de

65. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


o
ed

Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações disciplinares


ev

decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional do


Az

Psicólogo.
na
lia

A censura individual
Ju

B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias


C repreensão aplicada por escrito
D advertência
E demissão
Gabarito: D
Comentários: A única penalidade real presente no nosso código de ética é a da
letra D.

82
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

66. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a
opção correta.
A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de atender
aos interesses sociais da população.
B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve
desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas
relações sobre as suas atividades profissionais.

05
C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas psicológicas

6:
:5
que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.

12
D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-

3
02
científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do serviço

/2
05
prestado.

2/
E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer

-2
meios, de modo individual ou coletivo.

om
Gabarito: C

l.c
ai
Comentários: O CEP atende às necessidades da categoria. O psicólogo deve

gm
considerar as relações de poder nos contextos em que atua. Não pode emitir
e@
documentos sem fundamentação. Pode promover publicamente os seus serviços,
ci
pe

desde que respeite as normas do Código de Ética.


es
na
ia

67. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


ul
-j

Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo,


5
-3

assinale a opção correta.


37

A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser


.4
17

comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam


.3

promovidas medidas em benefício daqueles.


46
-1

B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia,


e

por iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.


ad
dr

C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos pelo


An

CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.


de

D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de Psicologia


o
ed

deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.


ev

E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e orientar


Az

os estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código, assim
na
lia

como exigir deles a observância desses princípios.


Ju

Gabarito: E
Comentários: Sempre comunicará apenas o necessário. O CEP é alterado pelo CFP,
ouvidos os CRPs. As dúvidas são resolvidas pelo CRP. Em caso de interrupção, deve
guardar os documentos ou encaminhar ao CRP, caso o serviço seja descontinuado.

68. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.
O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo decidir

83
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios fundamentais


do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca do menor
prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.
Gabarito: C
Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do Psicólogo
estabelece: “Art. 9° – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de
proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações a que se tenha acesso no exercício profissional. Art. 10 – Nas situações

05
em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9°

6:
:5
e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos

12
previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua

3
02
decisão na busca do menor prejuízo.”

/2
05
2/
69. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

-2
A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do

om
psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:

l.c
ai
advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício

gm
profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.
e@
Gabarito: E
ci
pe

Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do Psicólogo


es

estabelece: “Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem


na
ia

infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos


ul
-j

dispositivos legais ou regimentais:


5
-3

a) Advertência; b) Multa; c) Censura pública; d) Suspensão do exercício


37

profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de


.4
17

Psicologia; e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho


.3

Federal de Psicologia”.
46
-1
e

70. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


ad
dr

Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,


An

julgue os itens subsecutivos.


de

Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial, o


o
ed

profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,


ev

individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.


Az

Gabarito: E
na
lia

Comentários: JUSTIFICATIVA – O profissional psicólogo que atua enquanto perito


Ju

em casos judiciais deve zelar pela neutralidade, evitando situações que possam
comprometer a fidelidade de dados e de informações colhidas ao longo do
processo.

71. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a
qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.
Gabarito: E

84
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Comentários: JUSTIFICATIVA – O fornecimento de informações, a quem de


direito, sobre o caso ou os objetivos das intervenções constitui um dever
fundamental do profissional, quando da prestação de serviços psicológicos.

72. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o profissional
deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são necessários para a
tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.

05
Gabarito: C

6:
:5
Comentários: JUSTIFICATIVA – Cabe ao psicólogo a comunicação dos resultados, a

12
quem de direito, apenas daquelas informações necessárias a tomada de decisões,

3
02
preservando-se o usuário e/ou beneficiário.

/2
05
2/
73. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

-2
Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo dispõe

om
do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços

l.c
ai
psicológicos.

gm
Gabarito: E
e@
Comentários: JUSTIFICATIVA – Em caso de greve ou paralisações, o profissional
ci
pe

poderá interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços


es

psicológicos, exceto as atividades de emergência.


na
ia
ul
-j

74. CESPE – DEPEN - 2013


5
-3

Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens seguintes.


37

No exercício de sua profissão, o psicólogo pode ser responsabilizado individual ou


.4
17

coletivamente por suas ações e pelas consequências advindas dessas ações.


.3

( ) Certo ( ) Errado
46
-1

Gabarito: C
e

Comentários: De acordo com o nosso Código de Ética, logo em sua introdução,


ad
dr

temos a seguinte descrição: “Um Código de Ética profissional, ao estabelecer


An

padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria


de

profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada


o
ed

indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e


ev

coletivamente, por ações e suas consequências no exercício profissional”.


Az
na
lia

75. CESPE – DEPEN - 2013


Ju

O conjunto fixo e normativo da atuação e das técnicas que regem a práxis do


psicólogo, conforme especificado no código de ética, é pautado nas
responsabilidades e no compromisso que o profissional tem consigo mesmo e com
a sociedade.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: O nosso Código de Ética não é um conjunto fixo e normativo da
atuação e das técnicas. O próprio Código afirma em seu preâmbulo: “Este Código

85
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento


de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo”.

76. CESPE – DEPEN - 2013


O código de ética estabelece um conjunto de padrões e condutas esperadas no que
tange à prática profissional, exigindo sempre uma reflexão crítica e contínua do
exercício da profissão pelo psicólogo.
( ) Certo ( ) Errado

05
Gabarito: C

6:
:5
Comentários: Essa concepção está correta e decorre diretamente do Inciso III da

12
lei que aprova nosso Código de Ética: “O psicólogo atuará com responsabilidade

3
02
social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social

/2
05
e cultural”.

2/
-2
77. CESPE – DEPEN - 2013

om
A normatização de técnicas é um objetivo fundamental do código de ética

l.c
ai
profissional advindo da necessidade de assegurar práticas éticas pautadas nos

gm
direitos fundamentais do indivíduo.
e@
( ) Certo ( ) Errado
ci
pe

Gabarito: E
es

Comentários: A normatização das técnicas não é o escopo do nosso Código de


na
ia

Ética. Além disso, não há lei que trate especificamente de tal normatização de
ul
-j

técnicas. O que encontramos, na atualidade, é um conjunto de princípios da


5
-3

atuação do profissional psicólogo espalhados por diferentes resoluções. Essa


37

concepção é coerente com a postura do Conselho Federal de Psicologia de não


.4
17

limitar técnicas psicológicas, mas de garantir que elas tenham um padrão mínimo
.3

de qualidade em sua aplicação profissional.


46
-1
e

78. CESPE – DEPEN - 2013


ad
dr

O código de ética considera valores e demandas sociais, sendo norteado por


An

padrões éticos que garantem vínculos adequados entre os profissionais e entre o


de

profissional e a sociedade de modo geral.


o
ed

( ) Certo ( ) Errado
ev

Gabarito: C
Az

Comentários: Na primeira alínea introdutória de nosso Código de Ética,


na
lia

encontramos essa definição: “a. Valorizar os princípios fundamentais como


Ju

grandes eixos que devem orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a


profissão, as entidades profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas
as práticas e estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e
institucional”.

79. CESPE – DEPEN - 2013


O Código de Ética do Profissional do Psicólogo prevê exceções para a quebra de
sigilo profissional, devendo o profissional embasar sua decisão para mantê-lo na

86
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

busca do maior benefício para as partes envolvidas.


( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Temos aqui um conjunto de artigos que nos ajudam a entender o
erro dessa assertiva. Em verdade, apesar de termos o dever de respeitarmos o
sigilo, como diz o Art. 9º de nossa Resolução CFP n° 10/2005, logo em seguida, no
art. 10, a própria resolução fala que, excetuando-se os casos previstos em lei, o
psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do

05
menor prejuízo. Seu parágrafo único fala que em caso de quebra do sigilo previsto

6:
:5
no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações

12
estritamente necessárias. O que tudo isso significa? Significa que o psicólogo pode

3
02
decidir pela quebra do sigilo profissional e que deve restringir-se as informações

/2
05
estritamente necessárias e pautado pelo princípio do menor prejuízo, e não

2/
aquelas que gerem o maior benefício para as partes envolvidas. Essa distinção,

-2
apesar de parecer semelhante, é fundamental para qualquer concurso.

om
l.c
ai
80. CESPE – DEPEN - 2013

gm
A missão fundamental de um código de ética profissional é normatizar a natureza
e@
técnica do trabalho, assegurando, assim, um padrão de conduta dos profissionais
ci
pe

que fortaleça o reconhecimento social da categoria.


es

( ) Certo ( ) Errado
na
ia

Gabarito: E
ul
-j

Comentários: Os Códigos de Ética devem priorizar a descrição de princípios


5
-3

profissionais e não manuais de aplicação de procedimentos e técnicas. Essa


37

perspectiva visa assegurar a postura profissional ética do trabalhador. Nosso


.4
17

Código de Ética, por exemplo, fala que: “Este Código de Ética pautou-se pelo
.3

princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um


46
-1

conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo”.


e
ad
dr

81. CESPE – DEPEN - 2013


An

O Código de Ética Profissional do Psicólogo aproxima-se mais de um instrumento


de

de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo.


o
ed

( ) Certo ( ) Errado
ev

Gabarito: C
Az

Comentários: Essa é uma assertiva correta e que foi elaborada com preguiçosa
na
lia

pela banca. Assim como comentamos na questão passada, o nosso Código de Ética
Ju

diz: “Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de
um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas
pelo psicólogo”.

82. CESPE – DEPEN - 2013


João Gregório, graduado em psicologia há um ano, tem afinidade com a psicologia
clínica e planeja iniciar uma pós-graduação lato sensu nessa área de
conhecimento. Seu cartão pessoal apresenta as seguintes informações: “João

87
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Gregório Matias Júnior; psicólogo clínico; atendimento a famílias e casais; faça


uma visita; apenas R$ 30,00 a sessão; conflitos? depressão? pânico? Ligue já e
marque sua consulta; telefone de contato 30XX513”.
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens a seguir,
acerca da promoção pública dos serviços de psicologia.
O cartão pessoal referido deixa evidente qual o público-alvo de João. Esse é um
aspecto relevante, pois, de acordo com o código de ética, deve-se propor apenas
atividades privativas do psicólogo.

05
( ) Certo ( ) Errado

6:
:5
Gabarito: E

12
Comentários: Essa divulgação do pretenso público-alvo está em desacordo com o

3
02
art. 20 do nosso Código de Ética. Por esse artigo, apesar de ficarmos em dúvida se

/2
05
podemos ou não divulgar o nosso público de atendimento, temos a certeza, pela

2/
literalidade da lei, que não podemos propor atividades privativas de outras

-2
profissões (o que é diferente de propormos apenas atividades privativas de nossa

om
profissão).

l.c
ai
Considerando que esse artigo será a base das questões a seguir, opto por apresenta-

gm
lo em sua integralidade. Veja:
e@
“Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer
ci
pe

meios, individual ou coletivamente:


es

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;


na
ia

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;


ul
-j

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e


5
-3

práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;


37

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;


.4
17

e) Não fará previsão taxativa de resultados;


.3

f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;


46
-1

g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias


e

profissionais;
ad
dr

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais”.


An
de

83. CESPE – DEPEN - 2013


o
ed

Na promoção pública de serviços de psicologia, é vedado ao psicólogo utilizar o


ev

preço da sessão como forma de propaganda.


Az

( ) Certo ( ) Errado
na
lia

Gabarito: C
Ju

Comentários: Correto, vide alínea “d” do Art. 20 do nosso Código de Ética.

84. O cartão pessoal de João atende aos requisitos previstos no código de ética
do profissional de psicologia, visto que as informações disponibilizadas por João
divulgam práticas reconhecidas e regulamentadas pela profissão.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: O cartão de João está longe de atender ao recomendado pela

88
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Resolução CFP n° 10/2005. Além de termos o erro de descrever o preço, de não


informar o seu CRP, é sensacionalista na divulgação de seus serviços (vide alínea
“h”da Resolução CFP n° 10/2005).

85. CESPE – DEPEN - 2013


De acordo com o código de ética, é facultado ao profissional prestar informações,
no cartão pessoal, quanto ao registro no conselho ou órgão de classe.
( ) Certo ( ) Errado

05
Gabarito: E

6:
:5
Comentários: A apresentação do número de registro no CRP é obrigatória. Vide

12
alínea “a” da Resolução CFP n° 10/2005.

3
02
/2
05
86. CESPE – DEPEN - 2013

2/
O cartão de João está em conformidade com o padrão especificado no código de

-2
ética, pois apresenta os títulos e as qualificações de João.

om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
ai
Gabarito: E

gm
Comentários: Está em forte desconformidade com o determinado pela Resolução
e@
CFP n° 10/2005. Não apresenta número de registro CRP, é sensacionalista e divulga
ci
pe

preço.
es
na
ia

87. CESPE – SESA – EC - 2013


ul
-j

Assinale a opção correta referente ao Código de Ética Profissional dos Psicólogos.


5
-3

A) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional


37

dos Psicólogos a promoção de saúde e de qualidade de vida dos indivíduos e das


.4
17

coletividades, devendo o psicólogo ser neutro em quaisquer formas de violência e


.3

de discriminação.
46
-1

B) O profissional da psicologia deverá atuar com responsabilidade social e


e

econômica, estando a par dos contextos históricos e sociais. Cabe ao profissional


ad
dr

ainda a análise crítica das realidades social, cultural e individual na tomada de


An

decisão.
de

C) O psicólogo deverá atuar com responsabilidade no desenvolvimento da


o
ed

psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.


ev

D) O profissional da psicologia deverá promover a universalização do acesso da


Az

população às informações e aos serviços, não cabendo sua contribuição no que


na
lia

tange ao conhecimento das especificidades da ciência psicológica.


Ju

E) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional


dos Psicólogos o trabalho fundamentado no respeito e na promoção da liberdade,
da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores
que embasam o artigo 5° da Constituição Federal.
Gabarito: C
Comentários: Questão fácil e que pode ser respondida apenas com a parte inicial
da Resolução CFP 10/2005, Dos Princípios Fundamentais. Os erros são os
seguintes:

89
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A) Ele não será neutro! Pelo inciso II dos Princípios Fundamenais, ele contribuirá
para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
B) Segundo o inciso III, o psicólogo atuará com responsabilidade social,
analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e
cultural. Assim, não podemos falar que ele atuará com responsabilidade
econômica.
C) Correto! Segundo o Inciso IV, o psicólogo atuará com responsabilidade, por

05
meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o

6:
:5
desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de

12
prática.

3
02
D) Negativo, segundo o inciso V, o psicólogo contribuirá para promover a

/2
05
universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da

2/
ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.

-2
E) Segundo o inciso I, o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na

om
promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser

l.c
ai
humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos

gm
Humanos. Nada de falar em 5˚ artigo da Constituição Federal.
e@
ci
pe

88. CESPE – Telebrás – 2013


es

Acerca da ética do psicólogo organizacional, julgue os itens de 106 a 110.


na
ia

Ao ingressar em determinada organização, o psicólogo deve compatibilizar


ul
-j

princípios e regras da ética profissional com missão, filosofia, políticas, normas e


5
-3

práticas da empresa em que atua.


37

( ) Certo ( ) Errado
.4
17

Gabarito: C
.3

Comentários: Correta. Segundo o Art. 3º de nossa Resolução CFP n° 10/2005: “O


46
-1

psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização,


e

considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes


ad
dr

e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código”.


An
de

89. CESPE – Telebrás – 2013


o
ed

O psicólogo deve estar capacitado pessoal, teórica e tecnicamente para assumir


ev

suas responsabilidades profissionais.


Az

( ) Certo ( ) Errado
na
lia

Gabarito: C
Ju

Comentários: É dever fundamental do psicólogo, segundo a alínea “b” do Art. 1º


de nossa Resolução CFP n° 10/2005, assumir responsabilidades profissionais
somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e
tecnicamente.

90. CESPE – Telebrás – 2013


O compartilhamento de informações relevantes com profissionais que não sejam
psicólogos, mas atuem na gestão da organização, é dever do psicólogo no exercício

90
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

do trabalho.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: O Psicólogo não tem qualquer obrigação de compartilhar
informações relevantes, decorrentes de sua atividade profissional com
profissionais não relacionados ao caso em atendimento (o que caracterizaria uma
equipe multiprofissional). Assim, o erro da assertiva é afirmar que podemos
compartilhar tais informações com profissionais de fora da equipe

05
multiprofissional, como é o caso dos que atuam na gestão da organização.

6:
:5
Se fosse o caso de equipe multiprofissional, segundo o art. 6º de nossa Resolução

12
CFP n° 10/2005, em sua alínea “b”, poderíamos dizer que o psicólogo, no

3
02
relacionamento com profissionais não psicólogos compartilhará somente

/2
05
informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter

2/
confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as

-2
receber, de preservar o sigilo.

om
l.c
ai
91. CESPE – Telebrás – 2013

gm
A censura pública é a penalidade que pode ser aplicada ao profissional psicólogo
e@
que disseminar a base científica que fundamenta a profissão.
ci
pe

( ) Certo ( ) Errado
es

Gabarito: E
na
ia

Comentários: Não há no nosso Código de Ética, a descrição dos casos em que as


ul
-j

penalidades deverão ser aplicadas.


5
-3
37

92. CESPE – Telebrás – 2013


.4
17

O psicólogo é impedido de intervir na prestação de serviços psicológicos que


.3

estejam sendo efetuados por outro profissional, mesmo que este profissional aja
46
-1

contra a ética profissional.


e

( ) Certo ( ) Errado
ad
dr

Gabarito: E
An

Comentários: Segundo o art. 7º do nosso Código de Ética, em sua alínea “b”, o


de

psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo


o
ed

efetuados por outro profissional, em caso de emergência ou risco ao beneficiário


ev

ou usuário do serviço, quando dará imediata ciência ao profissional. Assim, existe


Az

uma brecha na legislação que nos permite agir na prestação de serviços


na
lia

psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional que caracteriza-
Ju

se como falta ética e, ao mesmo tempo, represente emergência ou risco ao


beneficiário.
Apenas para relembrar, podemos intervir no trabalho de outros
profissionais nos seguintes casos:
a) A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;
c) Quando o trabalho do outro profissional estiver encerrado;
d) Quando for a metodologia adotada.

91
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

93. CESPE – UNIPAMPA – 2013


Considerando a atuação de um psicólogo em equipe multidisciplinar de saúde de
um órgão público e as normas éticas e de rotina que devem ser seguidas pelos
profissionais que trabalham nesse mesmo órgão, julgue os itens subsequentes.
Caso o psicólogo seja requisitado a depor em juízo, deverá conduzir seu
depoimento estritamente de acordo com as normas éticas institucionais.
( ) Certo ( ) Errado

05
Gabarito: E

6:
:5
Comentários: O erro está no final da assertiva. O psicólogo deve conduzir seu

12
depoimento de acordo com as normas éticas PROFISSIONAIS.

3
02
/2
05
94. CESPE – UNIPAMPA – 2013

2/
Ao testemunhar que um colega da mesma equipe, de outra especialidade, age de

-2
modo negligente e discriminativo em relação a um paciente em atendimento, o

om
psicólogo não deve se manifestar sobre o ocorrido e dedicar-se à execução de suas

l.c
ai
atividades, a não ser que a denúncia desse tipo de fato esteja prevista nas normas

gm
éticas do órgão.
e@
( ) Certo ( ) Errado
ci
pe

Gabarito: E
es

Comentários: Segundo a alínea “e”, do art. 2, é vedado ao psicólogo ser conivente


na
ia

com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais


ul
-j

praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais. Assim, ele não


5
-3

pode ser conivente com tal tipo de situação.


37

Além disso, o psicólogo pode intervir nessa situação aviltante ao nosso


.4
17

Código de Ética. Isso é o que diz a alínea “b” do art. 7º: “O psicólogo poderá intervir
.3

na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro


46
-1

profissional [...] Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do


e

serviço, quando dará imediata ciência ao profissional”.


ad
dr
An

95. CESPE – UNIPAMPA – 2013


de

O psicólogo não deve disponibilizar para outros profissionais da equipe de saúde,


o
ed

que não sejam também psicólogos, quaisquer informações obtidas por ele sobre o
ev

paciente.
Az

( ) Certo ( ) Errado
na
lia

Gabarito: E
Ju

Comentários: Essa vedação não existe. Segundo a alínea “b” do Art. 6º de nosso
Código de Ética: O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos
compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,
resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

96. CESPE – UNIPAMPA – 2013


Ao reconhecer limitações pessoais para progredir no atendimento a um paciente,

92
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

havendo na equipe um colega com chances reconhecidas de evoluir com o


trabalho, o psicólogo deve fazer o encaminhamento a esse colega sem juntar
informações sobre o atendimento já realizado, de modo que o novo atendimento
possa ser iniciado isento de influências ou opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Ele deve passar as informações necessárias ao futuro profissional
para o prosseguimento dos serviços. Isso é o que diz a alínea “k” do art. 1 da nossa

05
resolução: “Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos

6:
:5
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu

12
inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à

3
02
continuidade do trabalho”.

/2
05
2/
97. CESPE – UNIPAMPA – 2013

-2
Ao receber um paciente encaminhado por um colega de outra área, que solicitou

om
urgência no atendimento, é facultado ao psicólogo oferecer ao paciente a

l.c
ai
possibilidade de atendimento

gm
em um serviço particular onde esse psicólogo também atua, com o objetivo de que
e@
o atendimento seja mais rápido.
ci
pe

( ) Certo ( ) Errado
es

Gabarito: E
na
ia

Comentários: Ao psicólogo é vedado, segundo a alínea “l” do art. 2º da Resolução


ul
-j

CFP nº 10/2005: “Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando


5
-3

benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual


37

mantenha qualquer tipo de vínculo profissional”.


.4
17
.3
46
-1

98. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


e

Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em acompanhamento


ad
dr

psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de passividade exacerbada


An

nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início do tratamento, ansiosa e


de

com dependência significativa de sua mãe. Ao longo do seu desenvolvimento,


o
ed

apresentou outras queixas, tais como alteração repentina de humor, agressividade,


ev

insegurança e angústia. As manifestações clínicas mais recentes relatadas pela


Az

jovem foram dificuldade na tomada de decisões e na iniciação de projetos


na
lia

pessoais, sentimentos de desamparo ao estar sozinha e preocupação exacerbada


Ju

com a possibilidade de deixar de receber cuidado e apoio das pessoas que


considera em seu rol de amizade.
Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz do disposto
no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens teóricas da
psicologia.
53 Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o
psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —, dada
a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do Psicólogo.

93
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Gabarito: E
Comentários: Necessita de autorização de um dos pais apenas.

99. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de qualidade
de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão de pessoas
da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de assédio moral do
responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que o referido

05
funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações prolongadas e

6:
:5
repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos, inclusive na

12
presença da equipe de trabalho.

3
02
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes, acerca

/2
05
da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo

2/
organizacional.

-2
O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder

om
existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica, conforme

l.c
ai
os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam contrários

gm
aos interesses da empresa.
e@
Gabarito: C
ci
pe

Comentários: Eu avisei que esse inciso cai na literalidade! Veja o que diz o CEP:
es

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os


na
ia

impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se


ul
-j

de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.


5
-3
37

100. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


.4
17

Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de qualidade


.3

de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão de pessoas


46
-1

da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de assédio moral do
e

responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que o referido


ad
dr

funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações prolongadas e
An

repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos, inclusive na


de

presença da equipe de trabalho.


o
ed

Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes, acerca


ev

da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo


Az

organizacional.
na
lia

Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele deverá
Ju

repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo outro


profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os arquivos
lacrados à direção da empresa.
Gabarito: E
Comentários: Os arquivos devem ser encaminhados ao CRP.

101. FGV – MP/BA – Psicólogo – 2017


Mario é psicólogo do Ministério Público (MP) e, nas horas vagas, presta serviço a

94
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

uma organização onde atende clinicamente crianças vítimas de violência. Depois


que faz as avaliações no MP, costuma encaminhar os casos de violência para tal
organização onde ele poderá atendê-los e, assim, a seu ver, promover a saúde
mental das crianças e de seus familiares. De acordo com o Código de Ética
Profissional do Psicólogo, Mario:
(A) não comete infração ética se o atendimento que realiza na organização for
voluntário e não remunerado;
(B) não comete infração ética se atua como profissional de saúde na organização

05
para onde encaminha os casos;

6:
:5
(C) não comete infração ética nos casos em que ele já realizou a avaliação e concluiu

12
seu trabalho no MP;

3
02
(D) comete infração ética se visa benefício próprio ao desviar para a organização as

/2
05
pessoas que avalia no MP;

2/
(E) comete infração ética ao desviar para atendimento clínico pessoas que o

-2
procuram por assistência jurídica.

om
Gabarito: Anulada

l.c
ai
Comentários: Acredito que tenha faltado esclarecer um ponto: ele realmente está

gm
favorecendo-se? Sem isso é impossível responder a questão.
e@
ci
pe

102. FGV – MP/AL – Psicólogo – 2018


es

Ludmila, psicóloga concursada do Ministério Público do Alagoas, foi designada para


na
ia

intervir com uma família em determinado procedimento administrativo


ul
-j

institucional.
5
-3

A partir das intervenções efetuadas, a psicóloga teve acesso a informações que não
37

têm relação com o procedimento.


.4
17

Em obediência ao Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução 010/2005),


.3

assinale a opção que indica como Ludmila deve agir.


46
-1

(A) Ela deve informar somente os dados que sejam relevantes para o procedimento,
e

não revelando o que não tiver relação com o motivo da intervenção com a família.
ad
dr

(B) Ela deve apresentar todas as informações a que tiver acesso para o promotor
An

responsável que definirá o que pode ser útil no procedimento.


de

(C) Ela deve condicionar o sigilo sobre as informações coletadas à adesão da pessoa
o
ed

entrevistada a processo terapêutico.


ev

(D) Ela não deve reportar nenhum dos dados coletados na entrevista, justificando
Az

seu sigilo pela previsão expressa de dispositivos do Código de Ética.


na
lia

(E) Ela deve buscar supervisão com seu superior técnico, que assumirá a
Ju

responsabilidade pelas informações que estiverem contidas no relatório.


Gabarito: A
Comentários: Coerente com o sigilo de nosso código de ética, ela deve informar
somente os dados que sejam relevantes para o procedimento, não revelando o que
não tiver relação com o motivo da intervenção com a família.

103. Marinha – Psicólogo – 2012


De acordo com o código de ética do psicólogo (Resolução CFP no. 010/05), na

95
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de


conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, o psicólogo deverá:
(A) avaliar os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela avaliação
de resultados, salvaguardando apenas o profissional.
(B) garantir o caráter voluntário da participação dos envolvidos,
mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em
legislação específica e respeitando aos princípios deste código.
(C) informar que o anonimato das pessoas, grupos ou organizações envolvidas

05
dependerá da gravidade dos resultados obtidos.

6:
:5
(D) garantir o acesso das pessoas, grupos ou organizações a todas as informações

12
colhidas apenas durante o transcorrer do desenvolvimento da pesquisa ou do

3
02
estudo.

/2
05
(E) utilizar os meios de registro e as observações das pesquisas

2/
independentemente da autorização das pessoas, grupos ou organizações.

-2
Gabarito: B

om
Comentários: Erro da letra A: salvaguardando apenas o profissional. Erro da

l.c
ai
letra C: dependerá da gravidade dos resultados obtidos. Erro da letra D: apenas

gm
durante o transcorrer do desenvolvimento da pesquisa ou do estudo. Erro da
e@
letra E: independentemente da autorização das pessoas, grupos ou
ci
pe

organizações. [é preciso ter o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido]


es

Vamos relembrar:
na
ia

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


ul
-j

para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:


5
-3

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela


37

divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas,


.4
17

grupos, organizações e comunidades envolvidas;


.3

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos,


46
-1

mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações


e

previstas em legislação específica e respeitando os princípios deste


ad
dr

Código;
An

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo


de

interesse manifesto destes;


o
ed

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos


ev

resultados das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre


Az

que assim o desejarem.


na
lia
Ju

104. Marinha – Psicólogo – 2019


De acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólog
o, é correto afirmar que:
(A) ao psicólogo é vedado fornecer, mesmo a quem de direito, os resultados
decorrentes da prestação de serviços psicológicos.
(B) ao psicólogo é facultado utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a
utilização de práticas psicológicas como instrumento de castigo ou punição.

96
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(C) em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo responsável


informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação
dos arquivos confidenciais.
(D) no atendimento à criança e ao adolescente, deve ser comunicado aos
responsáveis o máximo de informações para se promoverem medidas em seu
benefício.
(E) nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissíonal, o
psicólogo registrará todas as informações do atendimento, mesmo que não

05
estejam relacionadas ao cumprimento do objetivo do trabalho.

6:
:5
Gabarito: C

12
Comentários: Deve fornecer informações “a quem de direito”. Não é facultado

3
02
utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas

/2
05
psicológicas como instrumento de castigo ou punição. no atendimento à criança

2/
e ao adolescente, deve ser comunicado aos responsáveis o suficiente para

-2
caracterizar o caso. Nos documentos que embasam as atividades em equipe

om
multiprofissíonal, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias

l.c
ai
para caracterizar o caso.

gm
e@
ci
pe
es
na
ia
ul
-j
5
-3
37
.4
17
.3
46
-1
e
ad
dr
An

Psicologia Clínica e desenvolvimento:


de
o

aplicação nas diferentes faixas etárias


ed
ev

(infância, adolescência e idoso).


Az
na
lia

Hummm.... Pensando na FAB, considerando as provas pregressas,


Ju

podemos dizer que antigamente as questões saiam dessas bibliografias:

Clínica:
CORDIOLI, Aristides Volpato. Psicoterapias: abordagens atuais. 3. ed.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. p. 798.
ZIMERMAN, David. Fundamentos psicanalíticos. Porto Alegre: Artmed,
2006. p. 83.

97
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

GERSHONI, Jacob. Psicodrama no século 21 – Aplicações clínicas e


educacionais. São Paulo: Editora Ágora (Grupo Summus), 2008. p. 52-53.
STERNBERG, Robert. Psicologia Cognitiva. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,
2008. p. 87-88.
FREUD, Sigmund. Além do Princípio do Prazer. Rio de Janeiro: Editora
Imago.
______. Recordar, Repetir e Elaborar. Rio de Janeiro: Editora Imago.

05
Psicologia do Desenvolvimento

6:
:5
PERVIN, Lawrence; JOHN, Oliver. Personalidade: Teoria e pesquisa. 8ª

12
Ed. Porto Alegre: Artmed, 2004 p.27.

3
02
CORDIOLI, Aristides Volpato. Psicoterapias: abordagens atuais. 3. ed.

/2
05
Porto Alegre: Artes Médicas, 2008.

2/
-2
Sabe o que isso significa?

om
Não muita coisa... Rs. De algumas provas para cá o perfil da banca tem

l.c
ai
mudado... Mesmo assim, olhando para o passado, podemos afirmar algumas

gm
coisas:
e@
Cordioli sempre caiu e tende a cair na próxima prova.
ci
pe

Freud sempre cai!


es

O tópico mais difícil na FAB continua sendo o de testes psicológicos (que


na
ia

não será na aula de hoje).


ul
-j

Já cai a CID-11e o DSM-5, junto com Dalgalarrondo...


5
-3

Ou seja, já temos um roteiro para a aula de hoje e as próximas! Sim, vou


37

adicionar Piaget e Vigotsky, assim como os textos de Freud para termos uma
.4
17

segurança maior!
.3
46
-1
e
ad
dr

Psicologia do Desenvolvimento
An
de
o

A principal meta da educação é criar homens


ed
ev

que sejam capazes de fazer coisas novas, não


Az

simplesmente repetir o que outras gerações já


na

fizeram. Homens que sejam criadores,


lia

inventores, descobridores. A segunda meta da


Ju

educação é formar mentes que estejam em


condições de criticar, verificar e não aceitar
tudo que a elas se propõe.
Jean Piaget

Essa é a área da psicologia que estuda... O desenvolvimento. Temos


sempre um roteiro básico para estudarmos essa disciplina: a definição de

98
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

desenvolvimento e as teorias de desenvolvimento de acordo com as grandes


correntes do pensamento psicológico. De posse desse conhecimento você
conseguirá aprofundar mais no conteúdo.
A psicologia do desenvolvimento é uma área que:
1. estuda a interação dos processos físicos e psicológicos e as
etapas de crescimento, a partir da concepção até ao final da vida
de um sujeito.
2. traz uma compreensão sobre as transformações psicológicas

05
que ocorrem no decorrer do tempo

6:
:5
3. cria modelos para explicar mudanças que ocorrem na vida do

12
sujeito e de que modo podem ser compreendidas e descritas essas

3
02
mudanças.

/2
05
4. busca definir cientificamente padrões de mudanças

2/
progressivas psicológicas que ocorrem nos seres humanos com a

-2
idade. Para isso, examina as mudanças através de uma ampla

om
variedade de tópicos, incluindo habilidades motoras, habilidades

l.c
ai
em solução de problemas, entendimento conceitual, aquisição de

gm
linguagem, entendimento da moral e formação da identidade
e@
ci
pe
es

A difícil delimitação do campo


na
ia
ul
-j

Em um texto clássico sobre a psicologia do desenvolvimento humano,


5
-3

Biaggio (1978) discute a difícil tarefa de conceituá-lo. A controvérsia emana sem


37

dúvida do vasto campo de estudo que envolve esta disciplina.


.4
17

O desenvolvimento humano envolve o estudo de variáveis afetivas,


.3
46

cognitivas, sociais e biológicas em todo ciclo da vida. Desta forma faz interface
-1

com diversas áreas do conhecimento como: a biologia, antropologia, sociologia,


e
ad

educação, medicina entre outras.


dr

Tradicionalmente o estudo do desenvolvimento humano focou o estudo


An

da criança e do adolescente, ainda hoje muitos dos manuais de psicologia do


de

desenvolvimento abordam apenas esta etapa da vida dos indivíduos (Bee, 1984;
o
ed

Cole & Cole, 2004).


ev
Az

Fonte: MOTA, Márcia Elia da. Psicologia do desenvolvimento: uma perspectiva


na

histórica. Temas psicol. [online]. 2005, vol.13, n.2 [citado 2014-09-06], pp. 105-111
lia

. Disponível em:
Ju

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2005000200003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1413-389X.

Características do Campo
Área próxima da psicologia da aprendizagem
Temos vários autores

99
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Articulação com diversos saberes


Campo teórico e empírico
Tende a ser mais estudado individualmente que socialmente ou a partir
de grandes grupos.

Métodos de estudo da psicologia do desenvolvimento

05
Investigações normativas: levantamento de hipóteses e testagem.

6:
:5
Experimentação

12
Estudos longitudinais: acompanham os mesmos indivíduos com o passar

3
02
do tempo

/2
05
Modelos transversais: estudam simultaneamente diferentes grupos

2/
etários

-2
Instrospecção

om
l.c
Observação

ai
Clínica/Laboratórios
gm
Entrevistas
e@
Estudos Transculturais, Transgeracionais e multimetodológicos.
ci
pe
es

Fases tradicionais do desenvolvimento humano


na
ia

1. Período pré-natal
ul
-j

2. Período do recém-nascido
5
-3

3. Primeira infância
37

4. Segunda infância
.4
17

5. Meninice
.3
46

6. Adolescência
-1

7. Maturidade ou vida adulta


e

8. Senilidade ou velhice
ad
dr
An

Conceito de Desenvolvimento
de
o
ed

Qual o primeiro problema que encontramos no estudo do


ev
Az

desenvolvimento humano? Sem dúvida é a sua definição e seu campo de


na

atuação. Para encurtar um século de história, podemos dizer que atualmente a


lia

psicologia do desenvolvimento se dedica ao estudo do desenvolvimento humano


Ju

em todos os seus aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social -


desde o nascimento até a idade adulta, isto é, a idade em que todos estes aspectos
atingem o seu mais completo grau de maturidade e estabilidade.
Apenas a título de curiosidade, identifico na história da psicologia três
grandes fases sobre como o desenvolvimento era estudado. São fases que se
distinguem tanto pelo seu método de estudo quanto pelo escopo estudado. A
primeira fase ocorreu entre as décadas de 1920 e 1930 e foi caracterizada pelo
seu método descritivo. Era uma fase preocupada com a observação e o registro

100
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

das ocorrências em situação natural ou provocada, utilizando conteúdos


concretos. A segunda fase ocorreu entre as décadas de 1940 e 1950 e foi marcada
pela metodologia correlacional. Ou seja, além da descrição dos fenômenos,
buscava-se entender estatisticamente a relação entre as variáveis associadas ao
desenvolvimento. Um exemplo eram os estudos de crianças autistas e mães-
geladeira. Confesso que eles não levaram esse método estatístico ao pé da letra
(rs). A terceira fase começou a se estabelecer a partir de 1960 e perdura até hoje.
Ela é caracterizada pelo método experimental, onde os sujeitos são estudados

05
em condições provocadas, sendo necessária à percepção de variáveis

6:
:5
envolvidas na questão. Essa evolução entre as abordagens não mostra uma

12
superação entre os métodos, mas a agregação de novas tendências

3
02
metodológicas. Desse modo, usamos atualmente tanto a descrição quanto os

/2
05
estudos correlacionais e o experimentalismo na positivação de hipóteses acerca

2/
do desenvolvimento.

-2
É preciso diferenciarmos sempre:

om
Variáveis internas: ligadas à maturação orgânica do indivíduo, as

l.c
ai
bases genéticas do desenvolvimento. Recentemente, os processos

gm
inatos que promovem o desenvolvimento humano voltam a ser
e@
discutidos por teóricos do desenvolvimento humano.
ci
pe

Variáveis externas: ligadas à influência do ambiente no


es

desenvolvimento. As abordagens sistêmicas de investigação do


na
ia

desenvolvimento humano há muito chamam atenção para a


ul
-j

importância de se entender as diversas interações que ocorrem nos


5
-3

múltiplos contextos em que o desenvolvimento se dá. Incluindo-se


37

nesta discussão uma análise do momento histórico em que o


.4
17

indivíduo se desenvolve.
.3

O conceito de desenvolvimento tem dois aspectos mais gerais: o aspecto


46
-1

das estruturas mentais e o crescimento orgânico. As estruturas psíquicas


e

possuem uma construção contínua e se caracterizam pelo aparecimento


ad
dr

gradativo na relação com o ambiente. Como exemplo de estruturas mentais,


An

temos o surgimento do Eu, o aspecto moral, a consciência do outro, o


de

pensamento, o afeto, a vinculação, a motivação, a linguagem etc. Apesar das


o
ed

enormes diferenças entre os autores sobre o exato surgimento e as condições


ev

mínimas para esse desenvolvimento, todos concordam que a natureza humana


Az

possui condições biológicas para o desenvolvimento mental. O crescimento


na
lia

orgânico, por outro lado, é orientado para as estruturas biológicas que se


Ju

desenvolvem naturalmente sem a dependência do ambiente social para o seu


surgimento. Isso não quer dizer que o desenvolvimento orgânico não necessite
do ambiente para sua modulação.
Destaco, no entanto, que entre o desenvolvimento das estruturas
mentais e o desenvolvimento orgânico existem centenas de processos
interligados que demonstram a dependência da relação ambiente e genética.
Mas, quais os fatores que influenciam no desenvolvimento humano?
Felizmente ainda são aqueles que você estudou na faculdade: hereditariedade,

101
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

crescimento orgânico (é o crescimento físico), maturação e a relação com o


ambiente social.
Mas Alyson, esses conceitos não estão repetidos ou se cruzam? É
verdade, em muitos casos esses verbetes são usados indistintamente, mas
precisamos definir precisamente para o correto domínio dessa matéria. Para
não ficarmos com o meio de campo enrolado, vou colocar aqui algumas
distinções conceituais que se cruzam com frequência. Chamaremos de Fatores
que influenciam o desenvolvimento humano:

05
Hereditariedade – a carga genética estabelece o potencial do indivíduo,

6:
:5
que pode ou não desenvolver-se. A inteligência pode desenvolver-se de

12
acordo com as condições do meio em que se encontra.

3
02
Crescimento orgânico: é o desenvolvimento físico ligado à maturação.

/2
05
Maturação: é o desenvolvimento puro da programação genética tem

2/
relação com mudanças naturais e espontâneas.

-2
Maturação neurofisiológica: é o que torna possível determinado padrão

om
de comportamento.

l.c
ai
Meio – o conjunto de influências e estimulações ambientais altera os

gm
padrões de comportamento do indivíduo.
e@
ci
pe
es

Mas Alyson, eu confundo tudo. Confundo as escolas, confundo meu


na
ia

nome, confundo tudo! Calma, a natureza não dá saltos. Eu quero que você
ul
-j

guarde agora somente um pouco de informação, depois vamos fazer uma


5
-3

distinção mais adequada. Temos 3 grupos gerais na psicologia do


37

desenvolvimento.
.4
17

GRUPO 1: O APRIORISMO/ABORDAGEM BIOLÓGICA, defendem


.3

hereditariedade (abordagem biológica) ou que as estruturas


46
-1

mentais existem sozinhas e são biologicamente inerentes ao


e

indivíduo (apriorismo). Aqui temos a teoria racionalista,


ad
dr

maturacionista e a teoria etológica.


An

1.1 No maturacionismo/inatismo, ocorre um meio termo


de

onde o sujeito se desenvolve a partir da interação entre os


o
ed

dispositivos biológicos, em fases determinadas, e estímulos


ev

sociais.
Az

1.2 O racionalismo postula sobre a irrelevância da


na
lia

aprendizagem. Inspirados nas concepções de Platão (mito


Ju

da caverna) acreditam que existem ideias inatas (que já


nascem com o indivíduo) que são a origem de todo o
conhecimento. Assim aprender torna-se inócuo já que
temos toda a configuração previamente em nosso
organismo.

102
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

GRUPO 2: No EMPIRISMO/INTERACIONISMO1, as estruturas


mentais ocorrem na relação de aprendizagem do organismo com o
ambiente. Os interacionistas destacam que o organismo e meio
exercem ação recíproca. Um influencia o outro e essa interação
acarreta mudanças sobre o indivíduo. É na interação da criança
com o mundo físico e social que as características e peculiaridades
desse mundo vão sendo conhecidas.
2.1 Para a abordagem da aprendizagem, o

05
desenvolvimento é determinado principalmente pelo meio

6:
:5
ambiente da criança. Estão nesta escola as perspectivas do

12
condicionamento operante de Skinner e a teoria social-

3
02
cognitiva de Bandura.

/2
05
2.2. Para a abordagem cognitivo-desenvolvimental o

2/
desenvolvimento reflete os esforços da criança para

-2
compreender o mundo. Aqui estão a Teoria de Piaget2 e a

om
Teoria do Processamento da Informação.

l.c
ai
2.3 Para a abordagem do contexto o desenvolvimento é

gm
influenciado pelos ambientes imediatos e mais remotos que
e@
costumam influenciar uns aos outros. Aqui entram a Teoria
ci
pe

de Vygotsky e a Teoria de Bronfenbrenner.


es

GRUPO 3: É o grupo da TEORIA PSICODINÂMICA. O


na
ia

desenvolvimento é determinado principalmente pelo modo como


ul
-j

a criança resolve conflitos nas diferentes idades.


5
-3

3.1 Aqui estão a teoria de Freud e a Teoria de


37

Erikson.
.4
17
.3

Mas, em geral, como ocorre o desenvolvimento? O desenvolvimento


46
-1

ocorre de duas formas, uma na expressão natural da hereditariedade e outra nos


e

aprendizados humanos provenientes da relação entre o ambiente interno e


ad
dr

externo do organismo. O ambiente interno é entendido como o espaço físico,


An

fisiológico, psicológico e afetivo enquanto que o ambiente externo é toda a


de

realidade objetiva na qual a pessoa está inserida. Nessa relação entre o interno
o
ed

e o externo estão o corpo do sujeito e o seu papel social.


ev

Para melhor entendermos isso, devemos diferenciar os seguintes


Az

aspectos do desenvolvimento humano:


na
lia

Aspecto físico-motor - refere-se ao crescimento orgânico, à


Ju

maturação neurofisiológica. Ex.: A criança que leva a chupeta à


boca.

1
As teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon, por exemplo, se aproximam por serem todas interacionistas,
isto é, postulam a contínua interação entre o sujeito e o objeto. Entretanto, diferem sob vários
aspectos.
2
Cuidado: a teoria de Piaget não é maturacionista, ele é interacionista. Apesar dele reconhecer que a
maturação é uma condição necessária, embora não suficiente, do desenvolvimento, é preciso haver
interação para o que o desenvolvimento ocorra.
103
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Aspecto intelectual – é a capacidade de pensamento, raciocínio.


Ex.: A criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar
um brinquedo que está em baixo de um móvel.
Aspecto afetivo-emocional – é o modo particular de o indivíduo
integrar as suas experiências. A sexualidade faz parte desse
aspecto. Ex.: A vergonha que sentimos em algumas situações.
Aspecto social – é a maneira como o indivíduo reage diante das
situações que envolvem outras pessoas. Ex.: Quando em um grupo

05
há uma criança que permanece sozinha.

6:
:5
12
As mudanças proporcionadas por essa relação entre interno e externo

3
02
podem tanto qualitativas quanto quantitativas. As mudanças qualitativas

/2
05
ocorrem quando surgem novos fenômenos na vida do indivíduo e são marcados

2/
por mudanças biológicas e/ou psicológicas. Como exemplos dessas mudanças

-2
qualitativas, temos a aquisição da linguagem, a entrada na puberdade, a entrada

om
na escola, etc. As mudanças quantitativas, por sua vez, são aquelas que refletem

l.c
ai
apenas mudanças em um número ou quantidade de atributo estudado, como,

gm
por exemplo, aumento de peso, de estatura, de n.º de palavras no vocabulário
e@
etc.
ci
pe

Antes de adentrarmos nas teorias que nos cabem é preciso considerar


es

alguns axiomas majoritários atuais: as pessoas se desenvolvem em ritmos


na
ia

diferentes, o desenvolvimento é relativamente ordenado e o desenvolvimento


ul
-j

acontece de forma gradual. É assim que o desenvolvimento humano é visto


5
-3

atualmente.
37

Como o domínio desse conhecimento não é suficiente para


.4
17

entendermos o desenvolvimento humanos, devemos aprofundar nas melhores


.3

teorias que buscam explicar tal fenômeno. Uma teoria é um conjunto de


46
-1

afirmações inter-relacionadas, destinadas a explicar o desenvolvimento. As


e

teorias dão significado aos dados, às informações obtidas, geralmente, através


ad
dr

de pesquisa.
An

Antes de entrarmos nos autores, tem dois conceitos que também quero
de

que aprenda:
o
ed

Períodos críticos: estão ligados a maturação e alterações


ev

biológicas do indivíduo, onde determinados comportamentos são


Az

estabelecidos, ocorrendo uma melhor inteiração da


na
lia

hereditariedade com o meio ambiente potencializando a


Ju

aprendizagem.
Períodos delicados: o período delicado, sensível ou ótimo diz
respeito à aquisição de aspectos psicológicos, desenvolvimento de
comportamentos em pleno potencial.
Separei alguns autores que têm relevância para o nosso concurso.

104
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Piaget
Piaget apresentou a criança e o homem num processo ativo de contínua
interação (visão interacionista), procurando entender quais os mecanismos
mentais que o sujeito aciona nas diferentes etapas da vida para poder entender
o mundo. A preocupação central de Piaget foi o “sujeito epistêmico”, isto é, o
estudo dos processos de pensamento presentes desde a infância inicial até a
idade adulta; basicamente, interessou-se pela necessidade de conhecimento
típico do homem, que o define como “homo sapiens”. A adaptação à realidade

05
externa, para Piaget, depende preponderantemente do conhecimento; seus

6:
:5
estudos envolveram o desenvolvimento do conhecimento da lógica, espaço,

12
tempo, causalidade, moralidade, brinquedo, linguagem e matemática; além

3
02
disso, lidou com muitos processos psicológicos: pensamento, percepção,

/2
05
imaginação, memória, imitação e ação.

2/
Piaget nasceu em 1896 na Suíça e, reza a lenda, publicou seu primeiro

-2
artigo sobre um pardal albino aos 11 anos de idade! Felizmente esse artigo não

om
l.c
cairá em seu concurso. Entre suas principais obras destacam-se os livros

ai
"Biologia e Conhecimento" e "A Formação do Símbolo na Criança".
gm
Alguns pontos de sua biografia são “curiosos” e merecem destaque:
e@
- Estudou Biologia e Filosofia. Recebeu seu doutorado em Biologia em
ci
pe

1918, aos 22 anos de idade.


es

- Trabalhou como psicólogo experimental, em Zurich. Assistiu às aulas


na
ia

de Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica.


ul
-j

- Na França foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet (o


5
-3

dos testes de inteligência infantis). Jean Piaget notou que crianças francesas da
37

mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o
.4
17

pensamento lógico se desenvolve gradualmente. Seu conhecimento de Biologia


.3

levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo


46
-1

uma evolução gradativa.


e

- As teorias de Jean Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos


ad
dr

e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa.


An

- Ao longo de sua vida, escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos


de

científicos.
o
ed

- Faleceu em Genebra, em setembro de 1980 (com 84 anos).


ev

O conceito fundamental de Piaget é o de epigênese (ou epistemologia


Az

genética). Ou seja: o processo evolutivo da filogenia humana tem uma origem


na
lia

biológica que é ativada pela ação e interação do organismo com o meio ambiente
Ju

- físico e social - que o rodeia. Essa visão é uma síntese do empirismo e do


racionalismo.

Dica de Concurso: Piaget põe de lado as ideias de que o conhecimento nasce


com o indivíduo ou é dado pelo meio social. Ele afirma que o sujeito constrói o
conhecimento na interação com o meio físico e social, e essa construção vai
depender tanto das condições do indivíduo como das condições do meio.

105
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

E quais as suas principais contribuições para a psicologia e para a


pedagogia? Ele desenvolveu um modelo que se baseia na ideia de que a criança,
no seu desenvolvimento, constrói estruturas cognitivas sofisticadas - que vão
dos poucos e primitivos reflexos do recém-nascido até às mais complexas
atividades mentais do jovem adulto. Para ele, a estrutura cognitiva é um "mapa"
mental interno, um "esquema" ou uma "rede" de conceitos construídos pelo
indivíduo para compreender e responder às experiências que decorrem dentro
do seu meio envolvente.

05
Piaget usou o termo construtivismo como uma capacidade que o sujeito

6:
:5
tem de apreender e interpretar o mundo, através das suas estruturas cognitivas.

12
Observe que, para o construtivismo piagetiano, o sujeito não nasce com essas

3
02
estruturas cognitivas (ele não é inatista), mas as forma graças a sua experiência

/2
05
com o meio. Assim, o processo de conhecimento é o processo de construção de

2/
estruturas. Para o construtivismo, a presença ativa do sujeito diante do conteúdo

-2
é essencial. Esse termo foi cunhado por Piaget que pressupôs que era necessário

om
agir sobre o objeto para transformá-lo. Portanto, não basta somente ter contato

l.c
ai
com o conhecimento para adquiri-lo. Para Piaget, conhecer é agir e transformar

gm
os objetos. Aprender não é a adição simples de conteúdos na mente humana e
e@
nem o registro de dados do exterior.
ci
pe

“O comportamento humano não é inato, nem resultado de


es

condicionamento. Sujeito e objeto interagem em um processo que resulta na


na
ia

construção e reconstrução de estruturas cognitivas.”


ul
-j

O primeiro livro que li de Piaget foi “Epistemologia Genética” anos antes


5
-3

de entrar na faculdade. Achei interessante como um homem que dedicou parte


37

de sua vida ao estudo de moluscos, conseguiu produzir tantos experimentos e


.4
17

teorias acerca da aprendizagem e do desenvolvimento humano. É certo que não


.3

entendi metade dos conteúdos que li, mas restou a admiração. Ainda tenho o
46
-1

livro comigo e é dele que trago a maior parte das transcrições. Piaget estudou o
e

modo como o pensamento se desenvolve e criou a teoria conhecida como


ad
dr

Epistemologia Genética (ou teoria psicogenética), que pode ser considerado


An

uma oposição ao apriorismo e ao empirismo. O apriorismo é uma escola de


de

pensamento que parte do pressuposto que os conhecimentos existem por si e


o
ed

são inerentes ao indivíduo. Para o empirismo o conhecimento ocorre na relação


ev

do organismo com o ambiente.


Az

Um dos métodos mais conhecidos de Piaget figurava a observação


na
lia

naturalista que consistia em observar naturalmente as pessoas no seu meio para


Ju

tentar reproduzir os fenômenos de aquisição do conhecimento em seu


laboratório. Ele desenhou uma teoria baseada em uma ordem de etapas certas,
ou seja, o homem amadurece na relação definida de suas predisposições
genéticas com o ambiente. SUA ABORDAGEM É INTERACIONISTA (NÃO
CHAME JAMAIS DE MATURACIONISTA, COMBINADO?).
Desse modo, existem estruturas existentes no sujeito, como as
estruturas cognitivas, que irão determinar a sua capacidade de produzir
conhecimentos sobre a realidade. Ele, a despeito de todos os teóricos que

106
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

veremos, foi o mais profícuo experimentalista do campo relacional da


aprendizagem/desenvolvimento. No entanto, mesmo com a notável
produtividade, seus estudos não foram feitos para aplicação em sala de aula.
Mesmo assim, suas teorias inspiraram as obras importantes na área da
aprendizagem e educação (Paulo Freire, Yves de la Taille, Emilia Ferreiro e Ana
Teberosky, etc.).
Durante algumas aulas percebi que alguns alunos defendiam com afinco
a ideia errônea de que Vygotsky era o pai do construtivismo. Isso é um erro, o

05
termo foi criado, no contexto da aquisição do conhecimento, por Piaget. Sua

6:
:5
abordagem é construtivista principalmente porque nos ajuda a pensar o

12
processo de aprendizagem a partir da perspectiva da criança ou daquele que

3
02
aprende. Não podemos confundir com o “método construtivista” malgrado em

/2
05
moda das escolas atuais (tecnicamente todo método é construtivista). Outro

2/
ponto que gera bastante confusão para leigos é que atribuem a Piaget uma teoria

-2
inatista. Piaget não é inatista, é interacionista, construtivista, pesquisador de

om
moluscos, etc. Tudo, menos inatista. Não confunda.

l.c
ai
O seu estudo é principalmente centrado em compreender como o

gm
aprendiz passa de um estado de menor conhecimento a outro de maior
e@
conhecimento, o que está intimamente relacionado com o desenvolvimento
ci
pe

pessoal do indivíduo. Para explicar o processo de desenvolvimento intelectual


es

Piaget dividiu-o em uma sequência fixa de estágios/períodos. Com relação à


na
ia

idade cronológica descrita nos estágios de Piaget, podemos esperar desvios


ul
-j

(algumas crianças atingem determinados estágios antes ou depois do que outra).


5
-3

Modos de pensamento característicos de estágios anteriores estão presentes nos


37

estágios seguintes e a criança pode ainda voltar a ter formas anteriores de


.4
17

pensamentos. Não existe uma divisão rígida e algumas crianças podem não
.3

atingir determinado estágio de desenvolvimento, característica de crianças


46
-1

portadoras de deficiência.
e

A teoria de Piaget apresenta a visão interacionista, e sua ênfase é


ad
dr

colocada na interação do sujeito com o objeto físico; e, além disso, não está clara
An

em sua teoria a função da interação social no processo de conhecimento. Ele


de

formula o conceito de epigênese, argumentando que o conhecimento não


o
ed

procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata
ev

pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações


Az

constantes de estruturas novas.


na
lia

Piaget privilegia a psicologia subjetivista, calcada no substrato psíquico,


Ju

entendendo que todo conhecimento é anterior à experiência, reconhecendo,


portanto, a primazia do sujeito sobre o objeto.
Existem, antes de entrarmos nas fases de desenvolvimento, alguns
pressupostos da teoria piagetiana que necessitam de destaque. O primeiro é que
a inteligência pode ser entendida como o pensamento racional. Além disso, o
desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.
Porém, após o surgimento da linguagem, o pensamento racional sofre
alterações (começa a trabalhar com representações, por exemplo).

107
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Vale aqui uma advertência - o Estágio das Operações Formais é dividido


em duas fases: a fase das Operações Concretas e a fase das Operações Abstratas.
Pronto para estudas as fases de desenvolvimento epigenético de Piaget? Vamos
a eles:

Estágio Idade
Estágio sensório-motor de 0 a aproximadamente 2 anos
Estágio objetivo-simbólico (pré- aproximadamente de 2 a 6 ou 7 anos

05
operatório)

6:
:5
Estágio operacional-concreto aproximadamente de 7 a 11 ou 12 anos

12
Estágio operacional-abstrato de 11 ou 12 anos a 14 ou 15 anos

3
02
/2
05
Atenção: Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que, de

2/
-2
melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos

om
passam por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início

l.c
e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do

ai
indivíduo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas faixas
gm
e@
etárias é uma referência, e não uma norma rígida.
ci
pe

a) Estágio sensório-motor (o recém-nascido e o lactente - 0 a 2 anos)


es
na

O conceito principal dessa fase é o de sistema sensório-motor. O bebê vive


ia

uma fase onde não consegue diferenciar o ambiente de si mesmo. A criança


ul
-j

desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre o objeto, que lhe


5
-3

permitem construir um conhecimento físico da realidade. É uma fase de


37

coordenação sensório-motora da ação, baseada na evolução da percepção e da


.4
17

motricidade (a motricidade é a base para o desenvolvimento da manipulação de


.3
46

objetos). Aqui existe o pensamento egocêntrico (egocentrismo inconsciente e


-1

integral). O bebê recebe sensações do interior do próprio organismo e do


e
ad

ambiente externo imediato e possui padrões inatos, como sugar e agarrar.


dr

No tocante ao desenvolvimento dessa fase, vão ocorrendo mudanças nas


An

funções sensório-motoras, como por exemplo: a visão passa de uma reação


de

reflexa à luz para focalizar objetos específicos e depois segui-los quando em


o
ed

movimento.
ev
Az

Distinguem-se seis subestágios entre o nascimento e o fim deste período:


na

Reflexo; Reações circulares primária; Reações circulares secundárias;


lia

Coordenação de esquemas secundários; Reações circulares terciárias e; Início


Ju

do simbolismo
Sensório Motor: reflexo (0 a 1 mês): neste período predominam-
se os reflexos, sendo os principais: sugar, agarrar, chorar e
excretar, ou seja, quando o bebê é estimulado, seus reflexos
respondem. As respostas reflexivas do bebê são as mesmas para
todos os objetos
Sensório Motor: Reações Circulares Primárias (1 A 4 Meses): é
neste período que começa a desenvolver a coordenação entre a

108
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

audição e a visão (a criança tenta seguir os sons com a cabeça). A


questão afetiva é totalmente voltada para as próprias atividades e
para o próprio corpo. O bebê não diferencia ainda o eu como um
objeto distinto dos outros objetos do ambiente
Sensório Motor: Reações Circulares Secundárias (4 A 8 Meses): a
partir de agora o comportamento da criança orienta para outros
objetos além do seu próprio corpo. Os comportamentos já
possuem uma intencionalidade mínima, um objetivo final.

05
Sensório Motor: Coordenação De Esquemas Secundários (8 A 12

6:
:5
Meses): o bebê começa a fazer uso de meios para alcançar fins. A

12
criança começa a apresentar a noção de causalidade e busca, por

3
02
exemplo, objetos que desaparecem. A criança começa a lidar com

/2
05
afetos como sucesso e fracasso/gostar e não gostar.

2/
Sensório Motor: Reações Circulares Terciárias (12 a 18 Meses): a

-2
criança tenta experimentar novos repertórios comportamentais

om
para resolver problemas. A criança passa a compreender

l.c
ai
deslocamentos em sequência. Desta forma, ela passa a buscar os

gm
objetos onde foram pela última vez escondidos e não onde
e@
costumeiramente foram escondidos (apesar de ainda ser incapaz
ci
pe

de seguir deslocamentos invisíveis).


es

Sensório Motor: Início Do Simbolismo (18 A 24 Meses): somente


na
ia

nesta etapa a criança é capaz de resolver problemas através da


ul
-j

representação. É o início do simbolismo.


5
-3
37

Piaget situa nesta fase a origem do pensamento inteligente, uma


.4
17

inteligência prática que busca resultados favoráveis. Nesta etapa desenvolve o


.3

conceito de permanência do objeto e de constância do objeto. Ocorre a


46
-1

construção de esquemas sensório-motores orientados por uma inteligência


e

prática e a criança é capaz de fazer imitações, construindo representações


ad
dr

mentais cada vez mais complexas. Essa fase estende-se até o aparecimento da
An

linguagem (não existe linguagem nessa fase). Destaca-se que para Piaget, os
de

quatro processos que caracterizam a revolução intelectual do período sensório-


o
ed

motor são: o esquema prático do objeto, a evolução do espaço prático, a


ev

causalidade e a objetivação das séries temporais. Em outras palavras:


Az

a) Construção de categorias de objetos


na
lia

b) Construção do espaço prático


Ju

c) Construção da causalidade
d) Construção do tempo
É importante destacar, ainda, que a criança não nasce, segundo Piaget,
dotada de linguagem e noção de tempo/espaço. Esses conceitos só vão aparecer,
e ainda assim de maneira incipiente, ao final do estágio sensório motor.

109
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Dica para Concurso: Segundo Piaget, a ausência da permanência do


objeto é uma das características de que a criança ainda se encontra no estágio
sensório-motor (primeiro estágio de desenvolvimento cognitivo).

Dica para Concurso: o que marca a passagem da fase sensório motora


para a fase pré-operatória é o aparecimento da função simbólica (linguagem).
Assim, para Piaget, a inteligência é anterior ao surgimento da linguagem (a
inteligência já existe no período sensório motor).

05
6:
:5
b) Estágio objetivo-simbólico ou período pré-operatório ou período pré-

12
operacional (primeira infância - 2 a 7 anos)

3
02
A criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das

/2
05
simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta. Nessa fase, a

2/
linguagem desenvolve-se minimamente e não adquire, ainda, um conceito de

-2
conservação, mas irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo e

om
social da criança. O pensamento ainda é ilógico e egocêntrico, além de existir o

l.c
ai
pensamento mágico e o jogo simbólico. Fundamentalmente é uma fase de

gm
preparação e organização das operações concretas. Aqui surge a função
e@
simbólica e ocorre o início da interiorização dos esquemas de ação na
ci
pe

representação (na linguagem, no jogo simbólico, na imitação). A interpretação


es

simbólica é usada como referencial para explicar o mundo real, a sua própria
na
ia

atividade, seu eu e suas leis morais. No final do período passa a procurar a razão
ul
-j

causal e finalista de tudo (fase dos “porquês"). A criança já antecipa o que vai
5
-3

fazer.
37

Segundo Piaget, a partir dos quatro anos o raciocínio dominante é a intuição,


.4
17

nesse momento o estágio passa a ser chamado de estágio do pensamento


.3

intuitivo (a criança pensa e dá explicações na base de intuições e da percepção


46
-1

e não da lógica). A linguagem começa a operar como veículo de pensamento.


e
ad
dr

c) Estágio operacional-concreto ou período das operações concretas


An

(infância propriamente dita - 7 a 11 ou 12 anos)


de

É o primeiro dos estágios formais, a criança começa a construir conceitos,


o
ed

através de estruturas lógicas, consolida os princípios da conservação da


ev

quantidade e da reversibilidade. Realiza as primeiras operações lógicas e


Az

constrói o conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está


na
lia

preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. Além disso,
Ju

começa a considerar pontos de vista diferentes.


O nível de pensamento da criança já permite que ela estabeleça
corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim, sequencie ideias ou
eventos, trabalhe com ideias sob dois pontos de vista simultaneamente e forme
o conceito de número (no início do período, sua noção de número está vinculada
a uma correspondência com o objeto concreto).
Porém, a criança ainda não consegue trabalhar com proposições, ou
seja, com enunciados verbais. Dessa maneira, os procedimentos cognitivos não

110
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

envolvem a possibilidade de lógica independente da ação. As ações


empreendidas pela criança são no sentido de organizar o que está
imediatamente presente, encontrando-se, pois, presa à realidade concreta

d) Estágio operacional-abstrato ou período das operações abstratas ou


operatório formal (de 11 ou 12 anos a 14 ou 15 anos):
É o segundo estágio operacional, essa fase já representa um amadurecimento
do pensamento do indivíduo, ele parte da simples intuição e do pensamento

05
concreto para uma capacidade mais apurada de prospectar o futuro, planejar o

6:
:5
presente e analisar combinações de variáveis em cenários possíveis (cria

12
hipóteses e organiza pensamentos abstratos). Ele distingue o real e o possível. A

3
02
estratégia cognitiva utilizada tem caráter hipotético-dedutivo, não depende

/2
05
mais de dados concretos, mas de enunciados ou proposições que contenham

2/
esses dados. A criança adquire a capacidade de criticar os sistemas sociais e

-2
propor novos códigos de conduta (padrão moral).

om
Esquematicamente temos:

l.c
ai
gm
e@
ci
pe
es

Sensório Motor Pré-operatório Operacional


na
ia

•Aprendizagem •Desenvolvimento •Desenvolvimento


ul
-j

acerca dos das habilidades das Habilidades


5

Objetos Físicos verbais e sistemáticas e


-3

compreensão dos lógicas do


37

•do nascimento
aos 2 anos fenômenos pensamento
.4
17

externos •Operações
.3

•2 - 6 anos Concretas (7 - 11
46

anos) ; Operações
-1

Abstratas (11- 15
e

anos)
ad
dr
An
de
o
ed
ev

Dica para Concurso: Se no período pré-operatório a criança ainda não adquiriu


Az

a capacidade mental da reversibilidade, irá adquirir nos períodos das operações


na

concretas ou formais.
lia
Ju

0 a 2 anos
SENSÓRIO MOTOR
Exercícios dos reflexos biológicos
Inteligência sem pensamento ou representação
Ausência de linguagem e de conceitos (inteligência prática)
Construções efetuam-se apoiadas em percepções e movimentos
2 a 6 anos
PRÉ-OPERATÓRIO

111
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2 a 3,5 anos - aparecimento da função simbólica e início da


representação
4 a 5,5 anos - organizações representativas em configurações
estáticas ou assimilação à própria ação
Apresenta como características o egocentrismo e o realismo
moral
Animismo e artificialismo
Linguagem egocêntrica em transição para a linguagem

05
socializada

6:
:5
Não tem noção de transformação, mas apresenta raciocínio por

12
configurações (intuição)

3
02
6 a 11 anos

/2
05
OPERAÇÕES CONCRETAS

2/
5,5 a 7/8 anos - regulações representativas articuladas

-2
7 a 10 anos - operações concretas simples e elementares

om
caracterizadas por princípio de conservação, reciprocidade e

l.c
ai
reversibilidade do pensamento.

gm
Conservação (de quantidade, peso, líquido, massa, comprimento)
e@
e inclusão de classes
ci
pe

9 a 11/12 anos - operações concretas espaço-temporais


es

Acima de 11/12 anos


na
ia

OPERAÇÕES FORMAIS
ul
-j

Construção de uma identidade com ambições realistas e ideais


5
-3

Desenvolvimento de identidade social


37

Maturação e desenvolvimento das capacidades físicas e cognitivas,


.4
17

com a capacidade de estabelecimento de hipótese sobre ideias.


.3

Maturação e desenvolvimento das emoções, bem como da


46
-1

autorregulação
e

Desenvolvimento da autorrepresentação o das representações do


ad
dr

objeto
An
de

Como você já sabe, para Piaget, o desenvolvimento humano obedece a


o
ed

certos estágios hierárquicos, que decorrem do nascimento até se consolidarem


ev

por volta dos 16 anos. A ordem destes estádios é invariável e inevitável a todos
Az

os indivíduos. A passagem de um estágio para outro é de maneira contínua, os


na
lia

estágios não se caracterizam por momentos estanques. Cada estágio apresenta


Ju

uma estrutura mental dotada de esquemas, que poderiam ser descritos como
subestruturas, dinamicamente organizadas. Esses esquemas são responsáveis
pela assimilação do ambiente em forma de conhecimento. A aprendizagem,
nesse contexto, pode tanto ser um rearranjo de esquemas como a aquisição de
novos. É importante destacar que, para a concepção piagetiana, a aprendizagem
só ocorre mediante a consolidação das estruturas de pensamento (após a
consolidação do esquema), da mesma forma a passagem de um estágio a outro
estaria dependente da consolidação e superação do anterior.

112
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Professor Alyson Barros

Piaget é essencialmente epistemológico e utiliza a psicologia


experimental como instrumento para compreender o processo de transição dos
estados de conhecimento. Sua teoria é universalista e individualista. O
enfoque construtivista explica o sujeito construindo seu mundo de significados
transformando sua relação com o real. Sujeito e objeto interagem numa busca
de equilibração entre a assimilação e a acomodação. Essa equilibração está
presente em todos os estágios do desenvolvimento intelectual. A assimilação é
a “aplicação” da experiência passada ao presente e a acomodação é o

05
“ajustamento” dessa experiência para o presente. Além disso, Piaget acredita,

6:
:5
ainda, que o desenvolvimento intelectual ocorre por meio de dois atributos

12
inatos aos quais chama de Organização e Adaptação. A adaptação é o processo

3
02
pelo qual a inteligência se relaciona externamente com o ambiente, enquanto

/2
05
que a organização é o processo pelo qual a inteligência como um todo se

2/
relaciona internamente com suas partes. A adaptação é o equilíbrio

-2
entre assimilação e acomodação, que equivale ao equilíbrio da interação entre

om
sujeito e objeto.

l.c
ai
gm
Conceitos-chave de Piaget
e@
Organização À medida que aumenta a maturação da criança, elas
ci
pe

organizam padrões físicos ou esquemas mentais em


es

sistemas mais complexos.


na
ia

Adaptação Capacidade de adaptar as suas estruturas mentais ou


ul
-j

comportamento para se adaptar às exigências do meio.


5
-3

Assimilação Capacidade de moldar novas informações para encaixar


37

(integrar) nos esquemas existentes.


.4
17

Acomodação Mudança nos esquemas existentes pela alteração de


.3
46

antigas formas de pensar ou agir.


-1

Equilibração Tendência para manter as estruturas cognitivas em


e
ad

equilíbrio.
dr
An

Um conceito importante, e factível de comparação com os outros


de

autores, é o de afetividade. Para Piaget, a afetividade é o agente motivador da


o
ed

atividade cognitiva. A afetividade e a razão constituem dimensões


ev
Az

complementares: “a afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a


na

razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos


lia

variados, e obter êxito nas ações”.


Ju

Outro conceito muito importante e muito criticado na teoria de Piaget é


o de egocentrismo. Sua compreensão foi tomada pelo sua conotação social
(egoísta), mas, segundo o próprio autor, “o egocentrismo não é, pois, em sua
origem, nem um fenômeno de consciência, nem um fenômeno de comportamento
social, mas uma espécie de ilusão sistemática, inconsciente e de perspectiva”. “O
egocentrismo constitui uma espécie de centralização do pensamento, uma inocência
do espírito no sentido de uma ausência de toda relatividade intelectual e de todo
sistema racional de referência”. Por fim, para Piaget, o desenvolvimento cognitivo

113
FAB 2023/24
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não é a mera soma de itens, mas exige uma reformulação de pontos de vista
prévios, num processo contínuo de correção. Portanto, sair
do egocentrismo quer dizer descentralizar e o termo egocentrismo designa a
inabilidade inicial para descentralizar.
Piaget também enfatiza em seu estudo, o entendimento da moral à luz
da inteligência. A própria moral humana pressupõe o desenvolvimento anterior
da inteligência, pois as relações entre moral e inteligência têm a mesma lógica
atribuída às relações entre inteligência e linguagem. Quer dizer, a inteligência é

05
uma condição necessária, porém não suficiente ao desenvolvimento da moral.

6:
:5
Nesse sentido, a moralidade implica pensar o racional, em 3 dimensões:

12
a) regras: que são formulações verbais concretas, explícitas (como os 10

3
02
Mandamentos, por exemplo);

/2
05
b) princípios: que representam o espírito das regras (amai-vos uns aos

2/
outros, por exemplo);

-2
c) valores: que dão respostas aos deveres e aos sentidos da vida,

om
permitindo entender de onde são derivados os princípios das regras a serem

l.c
ai
seguidas.

gm
Piaget argumenta que o desenvolvimento da moral abrange 3 fases:
e@
(a) anomia (crianças até 5 anos), em que a moral não se coloca, ou seja,
ci
pe

as regras são seguidas, porém o indivíduo ainda não está mobilizado pelas
es

relações bem x mal e sim pelo sentido de hábito, de dever;


na
ia

(b) heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade), em que a moral é


ul
-j

ditada pela autoridade (pais, professores, etc.). Ou seja, as regras não


5
-3

correspondem a um acordo mútuo firmado entre os jogadores, mas sim como


37

algo imposto pela tradição e, portanto, imutável. A criança segue esse modelo
.4
17

pelo receio da punição;


.3

(c) autonomia, corresponde ao último estágio do desenvolvimento da


46
-1

moral, em que há a legitimação das regras e a criança pensa a moral pela


e

reciprocidade, quer seja o respeito a regras é entendido como decorrente de


ad
dr

acordos mútuos entre os jogadores, sendo que cada um deles consegue conceber
An

a si próprio como possível 'legislador' em regime de cooperação entre todos os


de

membros do grupo.
o
ed

Obviamente que existem críticas à teoria de Piaget, especialmente


ev

metodológicas, como: a ênfase de preocupação metodológica nas pesquisas; a


Az

complexidade das tarefas empregadas em suas pesquisas; a natureza subjetiva


na
lia

das entrevistas clínicas; a dificuldade em explicar mudanças qualitativas e as


Ju

influências culturais (prevalecendo a cultura de Piaget, claro); a dificuldade em


considerar o nível social e educacional no desempenho de suas tarefas; e, por
fim a afirmação de que o pensamento formal é universal (sabemos hoje em dia
que não é).
Uma crítica que é feita (de modo ingênuo, em minha opinião) à teoria
de Piaget é a sua ausência de caráter social no desenvolvimento humano. Porém,
destaco que Piaget concebe o homem como um ser essencialmente social e não
poderia ser pensado fora do contexto da sociedade, o homem jamais existiria

114
FAB 2023/24
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fora da sociedade. Sua teoria é importante por considerar que sujeitos


dependem de suas fases de desenvolvimento (prontidão para a aprendizagem) e
necessitam de contato direto com os objetos (aprendizagem por objetos) para
aprenderem algo. Sem sociedade não existe sujeito.

05
6:
:5
Vygotsky

12
3
02
Vygotsky incorpora um pensamento marxista como fonte científica

/2
05
valiosa para basear seus conceitos de dialética e mediação. Ele utiliza a visão

2/
desta abordagem para entender a formação da linguagem e da aprendizagem.

-2
Todos os seus outros conceitos derivam dessa introjeção da linguagem social e

om
l.c
do campo de aprendizagem.

ai
gm
e@
Vigotsky enfatiza o processo histórico-social. Para ele, o sujeito é interativo, pois
ci

adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com


pe

o meio, a partir de um processo denominado mediação.


es
na
ia
ul

Para Vygotsky, em especial, o conhecimento depende da experiência


-j

social e o desenvolvimento não pode ser separado desse contexto. Assim, a


5
-3

cultura afeta a forma como pensamos e o que pensamos e cada cultura tem o seu
37
.4

próprio impacto.
17

O foco de Vygotsky NÃO era a maturação cognitiva, nem em maturação


.3
46

ele acreditava. O foco era a aprendizagem, o desenvolvimento da inteligência


-1

mediado pelo ambiente social. Em sua abordagem o que ocorre não é uma
e
ad

somatória entre fatores inatos e adquiridos e sim uma interação dialética que
dr

se dá, desde o nascimento, entre o ser humano e o meio social e cultural que
An

se insere.
de
o

Sobre isso:
ed
ev

Estes são os pilares básicos do pensamento de Vygotsky:


Az

1. “As funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da


na

atividade cerebral”. O cérebro é um sistema aberto, pois é mutável. Suas


lia
Ju

estruturas são moldadas ao longo da história do homem e de seu


desenvolvimento individual;
2. O funcionamento psicológico tem com base as relações sociais, dentro de
um contexto histórico;
3. A cultura é parte essencial do processo de construção da natureza
humana;
4. A relação homem-mundo é uma relação mediada por sistemas
simbólicos. Entre o homem e o mundo existem elementos mediadores –
ferramentas auxiliares da atividade humana (STADLER et al).

115
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Para Vygotsky, as funções psicológicas superiores (ações e pensamentos


inteligentes que só encontramos no homem, como pensar, refletir, organizar,
categorizar, generalizar...) são construídas ao longo da história social do
homem.
Fonte: Romero. Breve estudo sobre Lev Vygotsky e o sociointeracionismo.
Educação Pública. Acessado em 2022.

05
Para este russo, o papel do agente externo é primordial, pois sem a

6:
:5
intervenção do outro não há desenvolvimento. Através da mediação (presença

12
do outro), o sujeito internaliza conceitos externos, num processo de formação

3
02
das funções psíquicas superiores. Aprendizagem e desenvolvimento estão inter-

/2
05
relacionados, e a aprendizagem antecede o desenvolvimento, ou melhor, o

2/
objetivo da aprendizagem é prever o desenvolvimento potencial, e interferir

-2
om
na zona de desenvolvimento proximal, promovendo o desenvolvimento do

l.c
sujeito. A trajetória do desenvolvimento humano é de “fora para dentro”, por

ai
meio da internalização de processos interpsicológicos que se tornam
gm
e@
intrapsicológicos. É importante salientar ainda que Vygotsky leva sempre em
consideração a sociedade específica em que vive o sujeito, bem como sua cultura
ci
pe

e a utilização de signos.
es
na
ia

Zona de desenvolvimento proximal: “distância entre o nível de


ul
-j

desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial”3.


5
-3
37

Ou seja: é a zona que separa o indivíduo de um desenvolvimento que


.4
17

está próximo, mas ainda não foi alcançado.


.3
46

Aqui temos 3 elementos básicos para a aprendizagem deste autor:


-1

MEDIADOR: elemento, instrumento ou signo, que propicia a


e
ad

mediação;
dr

MEDIAÇÃO: processo de intervenção de um terceiro elemento


An

intermediário - o instrumento – como agente facilitador da relação


de

entre o homem e seu meio ambiente.


o
ed

MEDIADORES: Instrumentos e Signos


ev
Az

INSTRUMENTO: ferramenta auxiliar da atividade humana,


na

da interação do homem com o meio, e que pode ser técnico,


lia

quando atua no meio externo ao homem, ou Psicológico,


Ju

quando atua internamente, na mente humana.

3
É pela zona de desenvolvimento proximal que a aprendizagem ocorre. O professor é apenas um
mediador dessa zona. Cabe a ele identificar esse campo e realizar as interações adequadas. O bom
ensino se adianta em relação aos processos da criança que já se consolidaram. O desenvolvimento
deve ser orientado para o momento imediato, sem perder de vista o futuro que se busca alcançar.
Essa zona de desenvolvimento proximal é ativada pela internalização. O indivíduo precisa do outro
para realizar essa aprendizagem.
116
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SIGNOS: são instrumentos psicológicos (internos), que


auxiliam o homem diretamente nos processos internos.

A caracterização do uso de signos e de instrumentos como atividade mediada,


orienta o comportamento humano na internalização dessas funções. Enquanto
o signo constitui uma atividade interna dirigida para o controle do próprio
sujeito, o instrumento é orientado externamente, para o controle da natureza.
A apropriação de instrumentos e signos são apoios para que a criança realize

05
determinadas atividades sozinha4

6:
:5
12
3
Como é possível perceber, há um processo de internalização

02
mediatizada, do instrumento para os signos. Assim, a apropriação de formas

/2
05
culturais de comportamento implica a reconstrução interna da atividade

2/
-2
social, e a base que possibilita isso são as operações com signos5.

om
Perceba também que é o próprio grupo cultural quem fornece as

l.c
representações e o sistema simbólico, pois, ao interagir com o outro, o indivíduo

ai
gm
vai interiorizando as formas culturalmente construídas, as mesmas que
e@
possibilitam as relações sociais.
ci
pe

CUIDADO:
es
na

A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela


ia

interação entre a linguagem e a ação.


ul
-j

E (ao mesmo tempo)


5
-3

A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de


37
.4

instrumentos e signos.
17
.3
46

Segundo Vigotsky, ocorrem duas mudanças qualitativas no uso dos


-1

signos: o processo de internalização e a utilização de sistemas simbólicos. A


e
ad

internalização é relacionada ao recurso da repetição onde a criança apropria-se


dr

da fala do outro, tornando-a sua. Os sistemas simbólicos organizam os signos em


An

estruturas, estas são complexas e articuladas. Essas duas mudanças são


de

essenciais e evidenciam o quanto são importantes as relações sociais entre os


o
ed

sujeitos na construção de processos psicológicos e no desenvolvimento dos


ev
Az

processos mentais superiores. Os signos internalizados são compartilhados pelo


na

grupo social, permitindo o aprimoramento da interação social e a comunicação


lia

entre os sujeitos. As funções psicológicas superiores aparecem, no


Ju

desenvolvimento da criança, duas vezes: primeiro, no nível social e, depois, no


nível. Sendo assim, o desenvolvimento caminha do nível social para o
individual.

4
Fonte: Delchiaro et. Al. A Psicologia do Desenvolvimento na Educação Infantil. REAe - Revista de
Estudos Aplicados em Educação, v. 2, n. 4, jul./dez. 2017
5
Dizer que as funções psíquicas do homem são de caráter mediatizado significa admitir a presença de
elementos (signos) capazes de estabelecer ligações entre a realidade objetiva, externa, e o
pensamento.
117
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Os significados das palavras fornecem a mediação simbólica entre o


indivíduo e o mundo, ou seja, é no significado da palavra que a fala e o
pensamento se unem em pensamento verbal. Para ele, o pensamento e a
linguagem iniciam-se pela fala social, passando pela fala egocêntrica, atingindo
a fala interior que é pensamento reflexivo.

A memória mediada por signo é mais poderosa que a memória não mediada.

05
Os estudos de Vygotsky postulam uma dialética das interações com o

6:
:5
outro e com o meio, como desencadeador do desenvolvimento. Para Vygotsky e

12
seus colaboradores, o desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Eles

3
02
acreditam que a estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém

/2
05
diferem na concepção de sua dinâmica evolutiva. Enquanto Piaget defende que

2/
a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o

-2
próprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das

om
estruturas mentais superiores.

l.c
ai
Para Vygotsky, a relação entre pensamento e linguagem é estreita. A

gm
linguagem (verbal, gestual e escrita) é nosso instrumento de relação com os
e@
outros e, por isso, é importantíssima na nossa constituição como sujeitos. Além
ci
pe

disso, é através da linguagem que aprendemos a pensar.


es
na
ia

A linguagem age decisivamente na estrutura do pensamento e é ferramenta


ul
-j

básica para a construção de conhecimentos


5
-3
37
.4

A linguagem, segundo Vygotsky, é o sistema simbólico fundamental na


17

mediação entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Para o autor, as duas


.3
46

funções básicas da linguagem são: intercâmbio social e pensamento


-1

generalizante
e
ad

Vejamos:
dr
An

As articulações propostas por Vigotsky a partir da significativa conexão


de

entre o pensamento e a linguagem podem evidenciar uma verdadeira


o

transformação ao longo do desenvolvimento, marcado pela transição da


ed
ev

dimensão biológica para a sócio-histórica. “A linguagem fornece os conceitos e


Az

as formas de organização do real que constituem a mediação entre o sujeito e o


na

objeto de conhecimento” (FOSSILE, 2010).


lia
Ju

Vigotsky afirma que a linguagem possui duas funções básicas:


intercâmbio social e pensamento generalizante. A função de intercâmbio
social é bem visível nos bebês, uma vez que conseguem, por meio de gestos,
expressões e sons, demonstrar seus sentimentos, desejos e necessidades. A
função de pensamento generalizante pode ser exemplificada quando falamos,
por exemplo, a palavra boi. Independentemente de ter visto de perto algum boi
ou de comer ou não sua carne, nosso pensamento classifica tal palavra na
categoria animais e nos remete à sua imagem.

118
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Não há uma separação radical entre linguagem e mundo já que a


realidade é constituída exatamente pelo modo como aprendemos a linguagem e
a usamos. Sendo assim o contexto em que a criança está inserida é de vital
importância para seu desenvolvimento.
Fonte: Delchiaro et. Al. A Psicologia do Desenvolvimento na Educação Infantil.
REAe - Revista de Estudos Aplicados em Educação, v. 2, n. 4, jul./dez. 2017

05
Para Vigotsky, a aquisição da linguagem passa por três fases: a

6:
:5
linguagem social, que seria esta que tem por função denominar e comunicar, e

12
seria a primeira linguagem que surge. Depois teríamos a linguagem

3
02
egocêntrica e a linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento.

/2
05
2/
Linguagem social é aquela que é encontrada na vida em sociedade. A

-2
om
linguagem interior é, por sua vez, a linguagem que o sujeito usa consigo mesmo

l.c
em sua mente. E a linguagem egocêntrica? A linguagem egocêntrica emerge

ai
quando a criança transfere formas sociais e cooperativas de comportamento
gm
e@
para a esfera das funções psíquicas interiores e pessoais. É um intermediador
entre a esfera social e a esfera individual (um pressuposto socializante).
ci
pe

No início do desenvolvimento, a fala do outro dirige a ação e a atenção


es
na

da criança. Esta vai usando a fala de forma a afetar a ação do outro. Durante esse
ia

processo, ao mesmo tempo em que a criança passa a entender a fala do outro e


ul
-j

a usar essa fala para regulação do outro, ela começa a falar para si mesma. Essa
5
-3

fala egocêntrica assume a função auto-reguladora e, assim, a criança torna-se


37

capaz de atuar sobre suas próprias ações por meio da fala. Para Vygotsky, o
.4
17

surgimento da fala egocêntrica indica a trajetória da criança: o pensamento vai


.3
46

dos processos socializados para os processos internos.


-1

A linguagem egocêntrica marca a progressão da fala social para a fala


e
ad

interna, ou seja, o processamento de perguntas e respostas dentro de nós


dr

mesmos – o que estaria bem próximo ao pensamento, representa a transição da


An

função comunicativa para a função intelectual. Nesta transição, surge a


de

chamada fala egocêntrica. Trata-se da fala que a criança emite para si mesmo,
o
ed

em voz baixa, enquanto está concentrado em alguma atividade. Esta fala, além
ev
Az

de acompanhar a atividade infantil, é um instrumento para pensar em sentido


na

estrito, isto é, planejar uma resolução para a tarefa durante a atividade na qual
lia

a criança está entretida. A fala egocêntrica constitui uma linguagem para a


Ju

pessoa mesma, e não uma linguagem social, com funções de comunicação e


interação. Esse “falar sozinho” é essencial porque ajuda a organizar melhor as
ideias e planejar melhor as ações. É como se a criança precisasse falar para
resolver um problema que, nós adultos, resolveríamos apenas no plano do
pensamento / raciocínio. Neste momento, a criança faz a maior descoberta de
sua vida: todas as coisas têm um nome.

Dica de Concurso: Qual o Papel da Fala Egocêntrica?

119
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Resposta: internalizar conceitos.

A fala interior, ou discurso interior, é a forma de linguagem interna,


que é dirigida ao sujeito e não a um interlocutor externo. Esta fala interior, se
desenvolve mediante um lento acúmulo de mudanças estruturais, fazendo com
que as estruturas de fala que a criança já domina, tornem-se estruturas básicas
de seu próprio pensamento. A fala interior não tem a finalidade de comunicação
com outros, portanto, constitui-se como uma espécie de “dialeto pessoal”, sendo

05
fragmentada, abreviada.

6:
:5
Por volta dos dois anos de idade, o desenvolvimento do pensamento e da

12
linguagem – que até então eram estudados em separado – se fundem, criando

3
02
uma nova forma de comportamento. Este momento crucial, quando a

/2
05
linguagem começa a servir o intelecto e os pensamentos começam a oralizar-se

2/
– a fase da fala egocêntrica – é marcado pela curiosidade da criança pelas

-2
palavras, por perguntas acerca de todas as coisas novas (“o que é isso?”) e pelo

om
enriquecimento do vocabulário.

l.c
ai
O declínio da vocalização egocêntrica é sinal de que a criança

gm
progressivamente abstrai o som, adquirindo capacidade de “pensar as palavras”,
e@
sem precisar dizê-las. Aí estamos entrando na fase do discurso interior. Se,
ci
pe

durante a fase da fala egocêntrica houver alguma deficiência de elementos e


es

processos de interação social, qualquer fator que aumente o isolamento da


na
ia

criança, iremos perceber que seu discurso egocêntrico aumentará subitamente.


ul
-j

Isso é importante para o cotidiano dos educadores, em que eles podem detectar
5
-3

possíveis deficiências no processo de socialização da criança.


37

Vygotsky não buscava a elaboração de uma teoria do desenvolvimento


.4
17

infantil, mas a compreensão dos processos de transformação do


.3

desenvolvimento humano (a forma como o processo de pensar se desenvolve).


46
-1

Ele abordou esse processo de desenvolvimento a partir de quatro perspectivas:


e

a perspectiva filogenética (desenvolvimento da espécie humana), sociogenética


ad
dr

(história dos grupos sociais), ontogenética (desenvolvimento do indivíduo) e


An

microgenética (desenvolvimento de aspectos específicos do repertório


de

psicológico dos sujeitos). O que você precisa saber é que a base de seu trabalho
o
ed

é o materialismo histórico, assim: “o ser humano constitui-se enquanto tal na sua


ev

relação com o outro social. A cultura torna-se parte da natureza humana num
Az

processo histórico que, ao longo do desenvolvimento da espécie e do indivíduo, molda


na
lia

o funcionamento psicológico do homem”.


Ju

Apesar de ser um forte defensor da influência do ambiente no processo


de desenvolvimento humano, admitiu que existem alguns “displays” que
possuímos já ao nascer, como enxergar tridimensionalmente. Porém,
as funções psicológicas superiores (consciência, intenção, planejamento, ações
voluntárias) dependem da aprendizagem, pois pertencem somente à espécie
humana.
Para Vigotsky, a linguagem e pensamento surgem separados e vão se
encontrando no decorrer do percurso. Observe que o pensamento e a

120
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

linguagem associam-se devido à necessidade de intercâmbio durante a


realização do trabalho. Porém, antes dessa associação, a criança tem a
capacidade de resolver problemas práticos (inteligência prática), de fazer uso de
determinados instrumentos para alcançar determinados objetivos. Vygotsky
chama isto de fase pré-verbal do desenvolvimento do pensamento e uma fase
pré-intelectual no desenvolvimento da linguagem.
Por volta dos 2 anos de idade, a fala da criança torna-se intelectual6,
inicialmente egeneralizante7, com função simbólica, e o pensamento torna-se

05
verbal, sempre mediado por significados fornecidos pela linguagem. Esse

6:
:5
impulso é dado pela inserção da criança no meio cultural, ou seja, na interação

12
com adultos mais capazes da cultura que já dispõe da linguagem estruturada.

3
02
Vygotsky destaca a importância da cultura; para ele, o grupo cultural fornece ao

/2
05
indivíduo um ambiente estruturado onde os elementos são carregados de

2/
significado cultural.

-2
om
Um ponto central da teoria Vigotskyana é o conceito de

l.c
ai
desenvolvimento por zonas: a aprendizagem acontece no intervalo entre o

gm
conhecimento real e o conhecimento potencial. Para Vigotsky, o aprendizado e
e@
o desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de nossas
ci
pe

vidas. O nível de desenvolvimento real (ZDR) é caracterizado como o nível de


es

desenvolvimento que já está completo (é um nível já alcançado). Seguindo essa


na
ia

premissa, existe a zona de desenvolvimento potencial ou proximal (ZDP) que


ul
-j

é o próximo passo possível para a expansão da área real. Exemplos: você está
5
-3

estudando essa aula com muito afinco e já possui um conhecimento sobre


37

aprendizagem (ZDR) e daqui a pouco, com uma condução apropriada, você irá
.4
17

familiarizar-se com a teoria de Wallon (essa nova aquisição faz parte da sua ZDP
.3

caso não tenha aprendido ainda os conceitos que trabalharemos). O


46
-1

conhecimento potencial, ao ser alcançado, passa a ser o conhecimento real e a


e

ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial.


ad
dr
An

Segundo Vigotsky:
de

“A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de


o
ed

desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de


ev

problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de


Az

problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais


na
lia

capazes. (...) A zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda
Ju

não amadureceram, mas que estão presentes em estado embrionário” (Vigotsky,


1989, p. 97).

6
Em resumo, essa fase Vigotsky denominou fase intelectual da fala, diferentemente da fase anterior,
pré-intelectual, em que o pensamento e a linguagem ainda não estão conectados. Nesse momento a
fala já expressa um significado e um sentido comum.
7
No início, a palavra apresenta um caráter generalizante, e aos poucos vai se transformando e
delimitando sua especificidade.
121
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Vygotsky acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer


através do jogo, da brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um
aprendiz e um aprendiz mais experiente. O processo básico pelo qual isto ocorre
é a mediação (a ligação entre duas estruturas, uma social e uma pessoalmente
construída, através de instrumentos ou sinais). Quando os signos culturais vão
sendo internalizados pelo sujeito é quando os humanos adquirem a capacidade
de uma ordem de pensamento mais elevada. O conceito de mediação demonstra
exatamente a maneira como o ser humano tem acesso ao conhecimento por

05
meio do outro. É através de adultos e crianças mais velhas e dos recortes

6:
:5
operados pelos sistemas simbólicos de uma determinada cultura que a criança

12
internaliza o conhecimento.

3
02
Sobre a mediação semiótica:

/2
05
A mediação é um conceito central da teoria de aprendizagem de Vygotsky

2/
e representa a intervenção de um elemento intermediário em uma relação. Os

-2
om
mediadores podem ser instrumentos ou signos.

l.c
Instrumentos são objetos criados pelo homem para facilitar sua vida e

ai
signos são fatores psicológicos que auxiliam nos processos internos. A
gm
e@
significação pressupõe a criação e o uso de signos por meio dos quais é possível
construir novas conexões cerebrais.
ci
pe

Com isso, a partir dos processos mentais elementares ocorre o


es
na

desenvolvimento mental superior, que usa a mediação semiótica. Tanto os


ia

instrumentos quanto os signos ajudam o homem a agir no mundo.


ul
-j

Assim, quando o indivíduo cria uma lista de supermercado, por exemplo,


5
-3

ele está usando signos. Afinal, trata-se de um suporte psicológico que pode
37

auxiliá-lo, mais tarde, a fazer as compras no mercado.


.4
17

De acordo com o teórico, quando nasce, a criança interage com o


.3
46

ambiente de forma típica e peculiar. A forma mais elementar de relação do


-1

homem com o ambiente tem uma ligação direta de estímulo-resposta. É por isso,
e
ad

por exemplo, que se retira a mão rapidamente ao ter contato com uma superfície
dr

quente.
An

O processo de educação ocorre, então, por meio da mediação


de

semiótica. Ela, por sua vez, atua na construção de processos mentais


o
ed

superiores.
ev
Az

Essa construção de Vygotsky é prolongada e complexa, pois passa por


na

uma série de transformações qualitativas em que um estágio é precondição para


lia

o próximo (que é uma ampliação ou uma inovação de um antecedente).


Ju

Fonte: https://educacaoinfantil.aix.com.br/teoria-de-vygotsky/

Além da mediação, o concursando deve saber identificar o conceito de


internalização. Esse conceito representa a transformação de um processo
interpessoal (externo) em um processo intrapessoal (interior). Assim, uma
atividade externa é reconstruída internamente.
“Chamamos de internalização a reconstrução interna de uma
operação externa. (...) Entretanto elas (funções) somente

122
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

adquirem o caráter de processos internos como resultado de um


desenvolvimento prolongado. (...) A internalização de formas
culturais de comportamento envolve a reconstrução da atividade
psicológica tendo como base as operações com signos. (...) A
internalização das atividades socialmente enraizadas e
historicamente desenvolvidas constitui o aspecto característico
da psicologia humana; é a base do salto qualitativo da psicologia
animal para a psicologia humana. Até agora, conhece-se apenas

05
um esboço desse processo”.

6:
:5
12
3
02
A escrita, como é possível deduzir, é um produto cultural, construído

/2
05
historicamente, que vai além do domínio da grafia. “É um sistema de

2/
representação simbólica da realidade, a qual medeia a relação dos homens com

-2
o mundo”8.

om
Sobre o Ambiente Escolar:

l.c
ai
O ambiente de ensino deve ser estimulador e favorável. O educador
gm
e@
deve ser paciente e afetuoso com o aprendiz, além de buscar conhecer seus
alunos, o meio em que vivem, as relações que estabelecem nesse meio e
ci
pe

compreender o que seus pupilos já sabem, já adquiriram. É de extrema


es
na

importância que o educador alfabetize letrando, ou seja, “ensinando a ler e a


ia

escrever no contexto das práticas sociais”. Dessa forma, a aprendizagem poderá


ul
-j

ser significativa e satisfatória, completando o ciclo de desenvolvimento do aluno


5
-3

(RESENDE, 2009).
37

Vygotsky é contra uma “pedagogia diretiva e autoritária”, pois para ele


.4
17

a intervenção no desenvolvimento da criança tem maior preocupação com o


.3
46

meio cultural e as relações entre os indivíduos. Vygotsky, em sua teoria


-1

socioconstrutivista, é a favor da reelaboração e reconstrução do conhecimento


e
ad

(RESENDE, 2009).
dr

Fonte: RESENDE, Muriel L. M. Vygotsky: um olhar sociointeracionista do


An

desenvolvimento da língua escrita. Disponível


de

em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1195.
o
ed

Publicado em: 25/11/2009.


ev
Az
na

Ainda podemos falar no processo de formação de conceitos:


lia
Ju

As pesquisas do autor demonstraram que há três fases básicas na


trajetória da formação de conceitos:
1 Agregação desorganizada - amontoados vagos de objetos desiguais, fatores
perceptuais são irrelevantes; predomínio do sincretismo.

8
Vygotsky critica a forma como as escolas realizam o processo da escrita, uma vez que utilizam um ato
puramente mecânico, exigindo que as crianças desenhem as letras e construam palavras sem ensinar
a linguagem escrita (RESENDE, 2009). Sendo assim, ignoram-se os aspectos psíquicos da criança.
“Aprender a escrever é construir nova inserção cultural, é aprender uma forma de interagir com o meio
no qual está inserido” (RESENDE, 2009).
123
FAB 2023/24
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Vygotsky chama a atenção para o fato de que uma criança de três anos e um
adulto podem se entender porque partilham de um mesmo contexto e utilizam
um grande número de palavras com o mesmo significado, mas baseadas em
operações psicológicas diferentes (características concretas/ significações
abstratas); isso significa que o conceito no sentido real não está desenvolvido.
"(...)Vygotsky conclui que o conceito em si e para os outros existe antes de existir para
a própria criança, ou seja, a criança pode aplicar palavras corretamente antes de
tomar consciência do conceito real" (Der Veer & Valsiner, 1996, p.291). Essa

05
afirmação, mais uma vez, explicita a concepção de Vygotsky de que todo

6:
:5
conhecimento é primeiramente interpsicológico para depois tornar-se

12
intrapsicológico.

3
02
2 Pensamento por complexos - os objetos associam-se não apenas devido às

/2
05
impressões subjetivas da criança, mas também devido às relações concretas e

2/
factuais que de fato existem entre esses objetos, podendo, entretanto, mudar

-2
uma ou mais vezes durante o processo de ordenação. Essas características

om
selecionadas podem parecer irrelevantes para os adultos (Der Veer & Valsiner,

l.c
ai
1996).

gm
Num estágio avançado dessa fase, Vygotsky identifica a combinação de
e@
objetos em grupos com base em alguma característica que os torna diferentes e,
ci
pe

ao mesmo tempo, complementares entre si, que se assemelham a coleções. Na


es

passagem para os conceitos propriamente ditos, há um último tipo de


na
ia

complexos, o pseudoconceito, estágio no qual a criança generaliza


ul
-j

fenotipicamente, mas psicologicamente seu conceito é muito diferente do


5
-3

conceito propriamente dito do adulto.


37

O pensamento por complexos é característico dos povos primitivos, para


.4
17

os quais uma palavra não é portadora de um conceito, mas do "nome de família"


.3

para grupos de objetos concretos, associados factualmente; é também


46
-1

"característico dos esquizofrênicos, que regridem do pensamento conceitual para um


e

nível mais primitivo de intelecção, rico em imagens e símbolos" (Vygotsky,1991,


ad
dr

p.62).
An

3 Na terceira fase da formação de conceitos, o grau de abstração deve


de

possibilitar a simultaneidade da generalização (unir) e da diferenciação


o
ed

(separar). Essa fase exige uma tomada de consciência da própria atividade


ev

mental porque implica numa relação especial com o objeto, internalizando o


Az

que é essencial do conceito e na compreensão de que ele faz parte de um


na
lia

sistema. Inicialmente formam-se os conceitos potenciais, baseados no isolamento


Ju

de certos atributos comuns, e em seguida os verdadeiros conceitos. Essa abstração


vai ocorrer na adolescência. "No entanto, mesmo depois de ter aprendido a produzir
conceitos, o adolescente não abandona as formas mais elementares; elas continuam a
operar ainda por muito tempo, sendo na verdade predominantes em muitas áreas do
seu pensamento. A adolescência é menos um período de consumação do que de crise e
transição" (Vygotsky,1991, p.68).
Por seus experimentos, Vygotsky conclui que a capacidade do
adolescente de formar conceitos antecede em muito sua capacidade de defini-

124
FAB 2023/24
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los. Contudo, se considerarmos as situações escolares, muitas vezes o aluno é


capaz de definir um objeto, quando sabemos que ainda não formou o conceito.
Outro aspecto bastante relevante sobre formação de conceitos, tratado
por Vygotsky (1991), diz respeito aos processos cotidianos, à experiência
pessoal da criança e à instrução formal, à aprendizagem em sala de aula, que,
em seu entender, desenvolvem dois tipos de conceitos que se relacionam e se
influenciam constantemente. Nesse aspecto, contesta Piaget, por ter sobre esse
assunto um ponto fraco na sua teoria, uma vez que para Piaget os conceitos

05
"espontâneos", que constituem as idéias da criança acerca da realidade, são

6:
:5
independentes dos conceitos "não-espontâneos", decisivamente influenciados

12
pelos adultos e que vão gradativamente substituindo os primeiros. Vygotsky

3
02
acredita que os conceitos espontâneos e os conceitos não-espontâneos não estão

/2
05
em conflito; fazem parte de um mesmo processo, ainda que se formem e se

2/
desenvolvam sob condições externas e internas diferentes e motivados por

-2
problemas diferentes.

om
Para Vygotsky (1991), esses conceitos cotidianos e científicos envolvem

l.c
ai
experiências e atitudes diferentes por parte das crianças e se desenvolvem por

gm
caminhos diferentes; "a ausência de um sistema é a diferença psicológica principal
e@
que distingue os conceitos espontâneos dos conceitos científicos" (p.99). Um conceito
ci
pe

espontâneo é definido por seus aspectos fenotípicos, sem uma organização


es

consistente e sistemática, enquanto o conceito científico é sempre mediado por


na
ia

outros conceitos.
ul
-j

Fonte: Nébias, CleideFormação dos conceitos científicos e práticas pedagógicas.


5
-3

Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. 1999, v. 3, n. 4 [Acessado 6


37

Setembro 2022] , pp. 133-140. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-


.4
17

32831999000100011>. Epub 16 Jul 2009. ISSN 1807-5762.


.3

https://doi.org/10.1590/S1414-32831999000100011.
46
-1
e
ad
dr
An

RESUMO
de

• Segundo Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio


o
ed

da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com


ev

o meio.
Az

• Para substancialidade, no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas


na
lia

ativamente trocando experiência e ideias.


Ju

• A interação entre os indivíduos possibilita a geração de novas


experiências e conhecimento.
• A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de
instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio
autor.
• Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o
indivíduo, como a linguagem falada e a escrita.

125
FAB 2023/24
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• A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela


interação entre a linguagem e a ação.
• Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da
zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente
entre aquilo que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o
sujeito possui potencialidade para aprender, seu conhecimento
potencial.
• Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o

05
conhecimento real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o

6:
:5
potencial é aquele que ele necessita do auxílio de outros para aplicar.

12
• O professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem

3
02
o aluno a tornar-se independente e estimule o conhecimento potencial,

/2
05
de modo a criar uma nova ZDP a todo momento.

2/
• O professor pode fazer isso estimulando o trabalho com grupos e

-2
utilizando técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a

om
sensação de solidão do aluno.

l.c
ai
• Mas este professor também deve estar atento para permitir que este aluno

gm
construa seu conhecimento em grupo com participação ativa e a
e@
cooperação de todos os envolvidos
ci
pe

• Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de participação,


es

colaboração e constantes desafios.


na
ia

• Essa teoria mostra-se adequada para atividades colaborativas e troca de


ul
-j

ideias, como os modelos atuais de fóruns e chats.


5
-3
37
.4
17
.3
46

Tomei a liberdade de fazer um quadro para comparação das ideias de


-1

Piaget e Vygotsky com todas as compilações que encontrei na literatura sobre o


e

assunto de desenvolvimento versus aprendizagem. Abaixo da tabela é possível


ad
dr

ver outros quadros comparativos, dessa vez com outros autores. Na véspera da
An

prova, caso você tenha entendido bem a matéria, use-o para ativar a memória
de

de curto prazo.
o
ed
ev

Teorias de Aprendizagem
Az
na

Piaget Vigotsky
lia

Fatores internos Só passaria a haver O desenvolvimento


Ju

versus fatores desenvolvimento humano depende do


externos no humano quando ambiente social onde o ser
desenvolvimento houvesse maturidade convive (teoria
biológica no ser (teoria interacionista de
interacionista de desenvolvimento)
desenvolvimento).
Papel da A aprendizagem é função A aprendizagem e
aprendizagem do desenvolvimento, desenvolvimento se

126
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assim, quanto mais influenciam


desenvolvido, mais o reciprocamente. Há um
homem aprende (a ciclo estreito entre esses
aprendizagem subordina- dois fatores.
se ao desenvolvimento).
Relação entre O pensamento aparece A linguagem e pensamento
linguagem e antes da linguagem. A são interdependentes.
pensamento linguagem seria somente Aparecem juntos se

05
expressão do complementando

6:
:5
pensamento. O

12
pensamento não depende

3
02
da linguagem

/2
05
Papel da linguagem A linguagem só ocorre A linguagem modifica as

2/
no desenvolvimento depois que a criança funções mentais

-2
alcançou um superiores da criança: ela

om
l.c
determinado nível de dá forma definida ao

ai
habilidades mentais, isto pensamento cognitivo, isto
gm
é, a evolução do é, ajuda a inteligência.
e@
pensamento cognitivo
ci
pe

ocasiona a linguagem.
es
na
ia
ul
-j

Erikson
5
-3
37

Erikson foi um renomado psiquiatra responsável pelo desenvolvimento


.4
17

da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial. Suas contribuições para o estudo


.3
46

da personalidade humana estão intimamente relacionadas com sua teoria de


-1

desenvolvimento em estágios. O desenvolvimento humano é determinado por


e
ad

interações sociais, mas sob uma rotina de estágios definida por questões inatas.
dr

Para este autor, existem influências sociais, culturais e históricas sobre a


An

personalidade. Existe o que chamamos de Princípio Epigenético


de

(desenvolvimento depende de forças genéticas, mas o social e o ambiental


o
ed

influenciam).
ev
Az

Sobre isso:
na

Observamos que, pelo princípio epigenético, as virtudes e qualidades têm uma


lia

relação de integração entre as diversas etapas da vida, isto é, cada uma delas está
Ju

intimamente ligada com as outras, de uma forma hierárquica e seqüencial,


fortalecendo-se umas às outras de maneira que a pessoa sinta que cada
potencialidade sustenta, fortalece e qualificam as outras de forma integrada.
Fonte: BORDIGNON, Nelso Antonio. O desenvolvimento psicossocial do jovem
adulto em Erik Erikson. Rev. Lasallista Investig., Caldas , v. 4, n. 2, p. 7-
16, July 2007 . Available from
<http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-
44492007000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 16 May 2021.

127
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Assim, a personalidade é um conceito de índole dinâmica entre fatores


considerados biológicos (como o temperamento e o caráter) e contextos sociais.
Um ponto importante, e curioso, é que sua teoria é considerada psicodinâmica.
O Ego é entendido como um ente independente da personalidade e, esta última,
se desenvolve pela busca da identidade do ego positiva.
Esse autor apresenta como princípio epigenético a perspectiva de que
cada estágio contribui para a formação total da personalidade. Esses estágios

05
não possuem um tempo exato, porém possuem uma sequencia linear constante

6:
:5
em todos os humanos. O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe

12
não só durante aquele estágio específico, nesse será mais proeminente, mas

3
02
também nos posteriores.

/2
05
Para Erikson, existem duas maneiras de lidar com as crises:

2/
a) Modo adaptativo - desfecho positivo da crise onde o sujeito está

-2
preparado para seguir para a próxima fase.

om
b) Modo inadaptativo - inadequado.

l.c
ai
gm
Essas crises anteriores mal resolvidas são as raízes dos problemas
e@
neuróticos. Todos os aspectos da personalidade podem ser explicados em
ci
pe

termos de dessas crises (ou momentos críticos). É importante entender que as


es

crises se constituem por confrontos com o ambiente, envolvendo uma mudança


na
ia

de perspectiva, ou seja, exigindo a reconcentração da energia instintiva de


ul
-j

acordo com as necessidades de cada estágio do ciclo vital, quando o nosso


5
-3

ambiente requer determinadas adaptações. É com a resolução dos conflitos


37

próprios de cada fase que se torna possível a progressão normal do


.4
17

desenvolvimento.
.3

Apesar de Erikson ser considerado um psicanalista, não é difícil


46
-1

encontrar diferenças entre as suas concepções e as concepções freudianas.


e

Freud e Anna Freud, por exemplo, conceberam um conceito de ego defensivo


ad
dr

(escravo do ID) enquanto Erikson concebeu um ego que se desenvolve em


An

direção ao mundo social e que busca ativamente por adaptação. Esse ego possui
de

quatro aspectos da realidade ao qual a identidade deveria de estar ligada: a


o
ed

fatualidade, um senso de realidade ou universalidade, a realidade e a sorte ou


ev

acaso.
Az

Erikson atribuiu ao ego valores tais como confiança, esperança,


na
lia

autonomia, vontade, habilidade, competência, identidade, fidelidade,


Ju

intimidade, amor, produtividade, consideração e integridade. Esses conceitos


são incoerentes com a teoria psicanalítica de Freud, que identificava o ego como
um servidor submisso de três senhores ao mesmo tempo: ao id, ao superego e
ao mundo exterior. Para Erikson, o homem tem a capacidade para atingir forças
básicas, solucionar cada conflito de maneira positiva e dirigir conscientemente
seu crescimento, apresentando assim uma imagem otimista da natureza
humana.

128
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

O que diferença básica é que Freud descreveu apenas os primeiros anos


de vida dos humanos, enquanto Erikson dedicou-se a toda a ontologia do ser. Ele
gerou uma concepção mais englobante do desenvolvimento, essencialmente
porque, o desenvolvimento engloba todo o ciclo de vida. Além disso, para
Erikson, o meio social, os grupos e os aprendizados têm papel preponderante
sobre a sexualidade na determinação da personalidade humana.
Erikson dividiu o desenvolvimento da personalidade em oito estágios
psicossociais, sendo os quatro primeiros semelhantes às fases oral, anal, fálica

05
e de latência propostas por Freud. As outras fases são inovações.

6:
:5
Estágios e modos psicossociais Idades aproximadas

12
I – Período de bebê Nascimento - 18 meses

3
02
II – Infância Inicial 18 meses - 3 anos

/2
05
III – Idade de brincar 3 - 5 anos

2/
IV – Idade Escolar (Latência) 6 - 11 anos até puberdade

-2
om
V – Adolescência 12 - 18 anos

l.c
VI - Idade jovem adulta 18 - 35 anos

ai
gm
VII – Adulto 35 - 55 anos e@
VIII - Maturidade e velhice 55 + anos
ci
pe

Porém, suas fases são mais conhecidas pelas formas positivas e negativas
es
na

de agir em cada etapa que pelo nome atribuído por Erikson:


ia
ul

Estágios e modos psicossociais Formas Positivas x Formas negativas de


-j

reagir (Estágios para Erikson)


5
-3

I – Período de bebê Confiança versus desconfiança


37
.4

II – Infância Inicial Autonomia versus dúvida, vergonha


17

III – Idade de brincar Iniciativa versus culpa


.3
46

IV – Idade Escolar (Latência) Diligência versus inferioridade


-1

V – Adolescência Coesão da identidade versus confusão de


e
ad

papéis
dr
An

VI - Idade jovem adulta Intimidade versus isolamento


de

VII – Adulto Generatividade versus estagnação


o

VIII - Maturidade e velhice Integridade versus desespero


ed
ev
Az

Veja uma comparação entre as fases freudianas e as de Erikson:


na

IDADE Fases
lia
Ju

ERIKSON (psicossocial) FREUD (psicossexual)


0 à 18 meses Confiança vs. Desconfiança. Oral
18 meses aos 3 anos Autonomia vs. Vergonha Anal
3 aos 6 anos Iniciativa vs. Culpa Fálica
6 anos até à puberdade Diligência vs. Inferioridade Latência
Identidade vs confusões de
12 à 18 papéis Genital
18 à 30 Intimidade vs isolamento Genital

129
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Generatividade vs auto-
30 à 60 absorção Genital
Para Erikson, a formação da personalidade (identidade) inicia-se nos
primeiros quatro estágios, no quinto é negociada e nos outros é expressa com
maior consistência. Vamos nos dedicar ao estudo pormenorizado de cada uma
das fases de desenvolvimento descritas por Erikson.

1ª Idade: Confiança Básica Versus Desconfiança Básica

05
Aspecto Positivo: Relação bebê-mãe. Bebê aceita que mãe pode ausentar-

6:
:5
se e na certeza que ela voltará.

12
Aspecto Negativo: desconfiança básica

3
02
Nessa fase a criança adquire ou não uma segurança e confiança em

/2
05
relação a si próprio e em relação ao mundo que a rodeia, através da relação que

2/
tem com a mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas necessidades,

-2
a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que

om
l.c
poderão vir a refletir-se nas relações futuras. Se a relação é de segurança, a

ai
criança recebe amor e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter
gm
melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis
e@
socialmente requeridos, ganhando assim confiança.
ci
pe
es

2ª Idade: Autonomia Versus Vergonha e Dúvida


na
ia

Aspecto Positivo: Autonomia


ul
-j

Aspecto Negativo: Dúvida


5
-3

Essa fase é caracterizada por uma contradição entre a vontade própria


37

(os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a
.4
17

integrar. A criança aprende na sua interação com a realidade que existem


.3

privilégios, obrigações e limitações. Há, por parte da criança, uma necessidade


46
-1

de autocontrole e de aceitação do controle por parte das outras pessoas,


e

desenvolvendo-se um senso de autonomia. O versus negativo deste estágio é a


ad
dr

vergonha e a dúvida quando perde o senso de autocontrole, os pais contribuem


An

neste processo ao usarem a vergonha na repressão da teimosia. A atitude dos


de

pais aqui é importante, eles devem dosear de forma equilibrada a assistência às


o
ed

crianças, o que vai contribuir para elas terem força de vontade de fazer melhor.
ev

Este estágio ocorre na época da maturação muscular e com a


Az

concomitante capacidade de segurar ou soltar.


na
lia
Ju

3ª Idade: Iniciativa Versus Culpa


Aspecto Positivo: Iniciativa
Aspecto Negativo: Culpa
Esta terceira idade, também apelidada por idade de brincar, é assinalada
pela ritualização dramática e marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que
se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas
brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não
“os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que

130
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa. Nesta fase a criança encontra-
se nitidamente mais avançada e mais organizada tanto a nível físico como
mental. É a capacidade de planejar as suas tarefas e metas a atingir que a define
como autônoma e por consequência a introduz nesta etapa. No entanto este
estágio define-se também como perigoso, pois a criança busca exaustivamente
e de uma forma entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias genitais
e o uso de meios agressivos a manipulativos para alcançar a essas metas.
Neste estágio a criança experimenta maior mobilidade e curiosidade

05
intelectual, significativo desenvolvimento da linguagem de imaginação, e um

6:
:5
sentido crescente de domínio e responsabilidade.

12
3
02
/2
05
4ª Idade: Diligência Versus Inferioridade

2/
Aspecto Positivo: Diligência

-2
Aspecto Negativo: Inferioridade

om
Nesta fase ela sente-se pronta para conhecer e utilizar os instrumentos e

l.c
ai
máquinas e métodos para desempenhar o trabalho adulto, trabalho esse que

gm
implica responsabilidades como ir à escola, fazer as tarefas de casa, aprender
e@
habilidades, de modo a evitar sentimentos de inferioridade. Nesta fase a criança
ci
pe

necessita controlar a sua imaginação exuberante e dedicar a sua atenção à


es

educação formal. Ela não só desenvolve um senso de aplicação como aprende


na
ia

as recompensas da perseverança e da diligência. O prazer de brincar, o interesse


ul
-j

pelos seus brinquedos são gradualmente desviados para interesses por algo mais
5
-3

produtivo utilizando outro tipo de instrumentos para os seus trabalhos que não
37

são os seus brinquedos. Também neste estágio existe um perigo eminente que
.4
17

se caracteriza pelo sentimento de inferioridade aquando da sua incapacidade de


.3

dominância das tarefas que lhe são propostas pelos pais ou professor. Ao longo
46
-1

deste estágio da diligência desponta a virtude de competência, isto porque os


e

estágios anteriores proporcionaram uma visão, embora que não muito nítida,
ad
dr

mas futura em relação a algumas tarefas. Para Erikson, um dos principais


An

fatores determinantes da autoestima é a visão das crianças acerca das suas


de

capacidades para o trabalho produtivo.


o
ed

A criança começa a ter uma vida fora da família. Este período


ev

corresponde à fase de latência de Freud


Az
na
lia

5ª Idade: Identidade Versus Confusão/Difusão


Ju

Aspecto Positivo: Identidade


Aspecto Negativo: Confusão de Identidade
Neste estágio os indivíduos percebem novas potencialidades cognitivas,
exploram e ensaiam estatutos e papéis sociais, devido à sociedade fornecer este
espaço de experimentação ao adolescente. Aqui ocorre a moratória
psicossocial. Essa moratória, conceito fundamental dessa fase, reflete um
período de pausa necessária a muitos jovens, de procura de alternativas e de
experimentação de papéis, que vai permitir um trabalho de significação interna.

131
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Assim, essa é uma fase onde ocorrem experiências para testar padrões. Sendo
assim o adolescente antecipa o seu futuro, explora alternativas, experimenta, dá
um tempo. As necessidades pessoais, as exigências socioculturais e
institucionais caracterizam a moratória. A chave para a resolução da crise de
identidade que pode fazer com que o adolescente se sinta isolado, vazio, ansioso
e indeciso, reside assim, na interação com pessoas significativas, que são
escolhidas e são parte integrante da construção da sua identidade adulta. Os
outros têm um importante papel na definição da identidade: o jovem vê refletido

05
no seu grupo de amigos parte da sua identidade e preocupa-se muito com a

6:
:5
opinião dos mesmos. Por vezes, procura amigos com “maneiras de estar”

12
divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os valores

3
02
dos pais, testando possibilidades para construir a sua própria “maneira”. O

/2
05
grupo permite um jogo de identificações e a partilha de segredos e experiências

2/
essenciais para o desenvolvimento da personalidade.

-2
Segundo Erikson, o adolescente que adquire a sua identidade é aquele que

om
se torna fiel a uma coerente interação com a sociedade, a uma ideologia ou

l.c
ai
profissão, que é também uma tarefa deste estágio. A fidelidade permite ao

gm
indivíduo a devoção a uma causa – compromisso com certos valores. Também
e@
permite confiar em si próprio e nas outras pessoas, como tal, a interação social
ci
pe

é fundamental. A formação de identidade envolve a criação de um sentido de


es

unicidade: a unidade da personalidade é sentida por si e reconhecida pelos


na
ia

outros, como tendo uma certa consistência ao longo do tempo. Ressalta-se,


ul
-j

ainda, que um grande número de adolescentes tem uma evolução incompleta


5
-3

por terem entrado excessivamente rápido na vida adulta, sem um


37

amadurecimento interior, que só poderia ter sido facultado por uma boa
.4
17

vivência neste estágio e nos seus diferentes aspectos.


.3
46
-1

6ª Idade: Intimidade Versus Isolamento


e

Aspecto Positivo: Intimidade


ad
dr

Aspecto Negativo: Isolamento


An

Questão Chave: Devo buscar alguém para viver?


de

Essa idade ocorre dos 18/20 aos 30, e na qual o jovem almeja estabelecer
o
ed

relações de intimidade com os outros e adquirir a capacidade necessária para o


ev

amor íntimo. Para Erikson, nesse estágio o indivíduo pode desfrutar de uma
Az

genitalidade sexual verdadeira, mutuamente com o alvo do seu amor. É então a


na
lia

idade de jovem adulto que, com uma identidade assumida, possibilita o


Ju

estabelecer de relações de intimidade com os outros, em que o amor é a virtude


dominante do universo. A força do ego depende do parceiro com que está
preparado para compartilhar situações tão peculiares como a criação de um
filho, a título exemplificativo. Os indivíduos encaram a tarefa desenvolvimental
de construir relações com os outros numa comunicação profunda expressa no
amor e nas relações de amizade. A vertente negativa traduz-se no isolamento de
quem não consegue partilhar afetos com intimidade nas relações privilegiadas.
O perigo do estágio da intimidade é o isolamento, a evitação dos

132
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relacionamentos, quando a pessoa não está disposta a comprometer-se com a


intimidade. Ainda na ótica destes autores um senso temporário de isolamento é
uma vantagem para a realização de escolhas, todavia, isso pode culminar em
graves problemas de personalidade.
Este estágio geralmente ocorre no início deidade adulta. É a época de
adquirir um senso de independência dos pais e da escola, de estabelecer
amizades e relacionamentos íntimos.
7ª Idade: Generatividade Versus Estagnação

05
Aspecto Positivo: Generatividade

6:
:5
Aspecto Negativo: Estagnação

12
Questão Chave: Serei bem sucedido na minha vida afetiva e profissional?

3
02
É uma idade caracterizada pela necessidade em orientar a geração

/2
05
seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de

2/
afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. A generatividade denota

-2
a possibilidade de se ser criativo e produtivo em diversas áreas da vida. Bem

om
mais do que educar e criar os filhos representa uma preocupação com o

l.c
ai
contentamento das gerações seguintes, uma descentração e expansão do Ego

gm
empenhado em converter o mundo num lugar melhor para viver. A vertente
e@
negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta de
ci
pe

relações exteriores, à preocupação exclusiva com o seu bem estar, posse de bens
es

materiais e egoísmo. Usualmente dá-se desde os 30 aos 60 anos, não havendo


na
ia

porem uma idade comum a todas as pessoas.


ul
-j
5
-3

8ª Idade: Integridade Versus Desespero


37

Aspecto Positivo: Integridade


.4
17

Aspecto Negativo: Desespero


.3

Questão Chave: minha vida teve sentido ou falhei?


46
-1

Nessa fase, que costuma ocorrer após os 60 anos, o individuo atinge o


e

ápice do seu desenvolvimento psicossocial e propicia uma compreensão e o


ad
dr

julgamento do passado vivido. É uma fase de análise retrospectiva do que foi


An

feito, avalia-se sucessos e fracassos. Quando se conclui que a vida possuiu um


de

balanço positivo, (integridade), o indivíduo está pronto para aceitar a sua idade
o
ed

e suas consequências. Quando o indivíduo julga que a sua vida foi mal sucedida
ev

(desespero), sentem que é demasiado tarde para se reconciliarem consigo


Az

mesmo e corrigir os erros anteriores.


na
lia

Lembro a você que somente quando resolvemos o conflito da fase em que


Ju

estamos é que temos forças para passar para outro estágio. Mesmo assim, se não
resolvermos adequadamente na etapa certa, podemos resolver, segundo
Erikson, em uma etapa ulterior (posterior). Há esperança para Erikson, pois
pode-se buscar a força básica ou virtude, resolver de forma positiva a crise e
fazer tudo de forma consciente - diferentemente do que Freud acreditava.
Além disso, os que alcançam um forte sentido de identidade conseguem
enfrentar problemas da vida adulta, já os que não conseguem passam a ter crise
de identidade.

133
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Resumidamente podemos alinhar as fases eriksonianas às forças básicas


e patologias centrais desse modo:
Formas Positivas x Formas Forças Básicas Patologia central
negativas de reagir (Estágios
para Erikson)
Confiança versus desconfiança Esperança Retraimento
Autonomia versus dúvida, Vontade Compulsão
vergonha

05
Iniciativa versus culpa Objetivo Inibição

6:
:5
Diligência versus inferioridade Competência Inércia

12
Coesão da identidade versus Fidelidade Repúdio

3
02
confusão de papéis

/2
05
Intimidade versus isolamento Amor Exclusividade

2/
-2
Generatividade versus Cuidado Rejeição

om
estagnação

l.c
Integridade versus desespero Sabedoria Desdém

ai
gm
e@
ci

Freud
pe
es
na

Passar pelo curso de psicologia e não estudar Freud é como fazer um


ia
ul

curso de direito sem conhecer as constituições federais anteriores à atual. Sua


-j
5

fluência verbal, repassada aos nossos tempos através de suas obras, era
-3
37

tamanha que chegou a ser indicado ao Nobel de Literatura e foi vencedor do


.4

Prêmio Goethe (aos 74 anos de idade). Apesar das inúmeras críticas atuais ao seu
17
.3

método e à sua aplicabilidade, Freud é o autor que maior impacto teve no estudo
46

da personalidade até então. Esse chairman da psicanálise desenvolveu o método


-1
e

da livre associação para estudar os fenômenos de suas tópicas. A livre


ad

associação é um método onde os pacientes são convidados a relatarem


dr
An

continuamente qualquer coisa que lhes ocorrer à mente, sem levar em


de

consideração quão sem importância ou possivelmente embaraçadora esta


o
ed

situação possa parecer.


ev

Esse método seria o mais adequado para o contexto clínico para acessar
Az

conteúdos conscientes e inconscientes. Na esfera do inconsciente, seu conteúdo


na

não pode ser acessado de forma objetiva através de uma ordinária introspecção.
lia
Ju

Mas pode ser acessado, segundo Freud, somente através da livre associação, da
análise dos sonhos e da análise dos atos falhos. Freud descreveu em sua obra,
posteriormente, a análise de chistes como sendo também uma forma de
evidenciar conteúdos inconscientes. Assim:

Métodos de Acesso ao inconsciente:


a) Livre associação
b) Análise sonhos
c) Análise dos Atos falhos
134
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d) Análise dos chistes

Os chistes são “gracejos” pelos quais sentimos prazer. São situações


aparentemente tolas que geram prazer, como as brincadeiras e piadas. A palavra
tem origem no alemão e significa literalmente “gracejo”, e para Freud o chiste é
uma espécie de válvula de escape de nosso inconsciente, que o utiliza para dizer,
em tom de brincadeira, aquilo que verdadeiramente pensa. Freud acreditava
que utilizar o humor e a ironia no dia-a-dia deixava o cotidiano mais leve e a

05
realidade mais tolerável. E é isto que o chiste possibilita quando conecta

6:
:5
arbitrariamente, através de uma associação verbal, duas ideias contrárias ou

12
sem sentido aparente. E lembre-se que para quase tudo havia uma explicação.

3
02
Apesar de parte do mundo inconsciente não ser acessível de forma

/2
05
alguma, um conceito é básico na teoria freudiana de personalidade: o passado é

2/
determinante para o presente. Esse conceito é chamado de Determinismo

-2
Psíquico e parte do pressuposto que existe uma continuidade nos eventos

om
l.c
mentais e que esses são historicamente desenvolvidos. Assim, para

ai
compreender sintomas e patologias, se faz necessário um sistemático
gm
esmiuçamento da vida psíquica do sujeito para entender as causas passadas dos
e@
problemas e a dinâmica psíquica atual.
ci
pe

Freud descreveu sua teoria ao longo de 24 obras. Essas obras


es

apresentam a evolução do pensamento freudiano e a ampliação dos conceitos.


na
ia

O caso mais exemplar é a descrição da Pulsão de morte na obra “Além do


ul
-j

Princípio do Prazer”.
5
-3

A motivação é vista, para esse autor, como uma busca hedonista de dar
37

vazão a energia psíquica acumulada. Essa energia psíquica é limitada e, via de


.4
17

regra, não consegue suprir simultaneamente as necessidades humanas de


.3

forma satisfatória. Essa energia provém das pulsões, a sexual e a agressiva, e


46
-1

motivam para a constante busca de prazer. As pulsões, às vezes chamadas


e

incorretamente de instintos, opõem-se ao ideal de sociedade e, por isso, devem


ad
dr

ser doutrinadas para uma expressão adequada. Porém, se essa energia psíquica
An

não encontra vazão, um estado de tensão interna começa a se desenvolver. Isso


de

pode cadenciar desde fixações até patologias mais sérias.


o
ed

Lembro uma vez, em um breve curso de psicanálise, que uma professora


ev

me falou: Alyson, você precisa de anos de estudos de psicanálise, anos


Az

submissão à análise e anos sendo analista para entender a personalidade


na
lia

humana de acordo com Freud. Felizmente nosso objetivo aqui é passar no


Ju

concurso e não, necessariamente, entender a magnitude das ideias


psicanalíticas. Compreender a teoria de personalidade de Freud pressupõe o
conhecimento de sua Primeira e Segunda Tópicas, as fases de desenvolvimento
psicossexual e a organização dos mecanismos de defesa. Obviamente que
muitas coisas ficam de fora nessa compreensão simplificada da teoria
freudiana, meu objetivo aqui é: te ensinar a marcar a alternativa certa.
A base topológica de Freud é a raiz para a explicação da personalidade
humana. Em grego, “topos” quer dizer “lugar”, assim o modelo tópico designa

135
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um “modelo de lugares”, sendo que Freud descreveu a dois deles: a “Primeira


Tópica” conhecida como Topográfica e a “Segunda Tópica”, como Estrutural.

PRIMEIRA TÓPICA: modelo topológico da mente (acesso à


consciência)
Essa tópica refere-se ao nível de consciência (acesso) aos processos
intrapsíquicos e a qualidade dos conteúdos de cada um. Freud definiu três níveis

05
de consciência: consciente, pré-consciente e inconsciente.

6:
:5
O consciente engloba todos os fenômenos que em determinado

12
momento podem ser percebidos de maneira conscientes pelo indivíduo, está

3
02
ligado ao inconsciente, opostamente, pois não guarda informações, sensações e

/2
05
representações, apenas registra e processa as percepções.

2/
O pré-consciente refere-se aos fenômenos que não estão conscientes

-2
em determinado momento, mas pode tornar-se se o indivíduo desejar se ocupar

om
l.c
com eles (o pré-consciente é um filtro de intermédio entre o consciente e o

ai
inconsciente). É um pequeno arquivo que contém, além de outras coisas, a
gm
representação de palavras - a consciência precisa das lembranças desse arquivo
e@
para funcionar.
ci
pe

O inconsciente, por sua vez, diz respeito aos fenômenos e conteúdos


es
na

que não são conscientes e abriga elos escondidos dos arranjos psíquicos. Estão
ia

os elementos instintivos, total desconhecidos da consciência. Também possui


ul
-j

também aquilo que foi excluído, censurado ou reprimido da consciência. Ideias


5
-3

sociais estranhas, necessidades fisiológicas, medos, emoções dolorosas -


37

somente sob circunstâncias muito especiais podem tornar-se.


.4
17

Assim, para Freud, apenas uma pequena parte de nossos pensamentos


.3
46

e emoções são perceptíveis o tempo todo, alguns estão no nível pré-consciente


-1

e a maioria dos nossos fenômenos intrapsíquicos é inconsciente. Essa função,


e

de deposito de pensamentos, emoções e desejos, é necessária pois esses


ad
dr

conteúdos causariam medo e ansiedade ao indivíduo caso fossem conscientes.


An

É necessária uma atenção especial ao conceito freudiano de


de

inconsciente. Essa parte do aparelho psíquico humano é caracterizada por não


o
ed

ter nenhuma formatação lógica ou pensamento racional (processo primário) e


ev

desenvolve-se como sendo um depósito para ideias sociais inaceitáveis,


Az
na

memórias traumáticas e emoções dolorosas colocadas fora da mente pelo


lia

mecanismo da repressão psicológica. O inconsciente é alógico (aberto a


Ju

contradições), atemporal e aespacial (conteúdos de épocas ou espaços


diferentes podem se conectar). Essa instância é governada pelo principio do
prazer (a busca do prazer e evitação estímulos aversivos).

SEGUNDA TÓPICA: modelo estrutural da personalidade


(Instâncias da Personalidade)
Nessa segunda tópica, desenvolvida décadas depois da primeira, Freud
diferencia instâncias da personalidade em três estruturas: o ID, o EGO e o

136
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SUPEREGO. O Id é todo inconsciente, o Ego e o Superego são parcialmente


inconscientes.
a) Id: O id é a fonte da energia psíquica (libido). O id é formado pelas
pulsões - instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Ele funciona
segundo o princípio do prazer, ou seja busca sempre o que produz prazer e evita
o que é aversivo, e somente segundo ele. Não faz planos, não espera, busca uma
solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição.
Ele não tem contato com a realidade e uma satisfação na fantasia pode ter o

05
mesmo efeito de uma atingida través de uma ação. O id desconhece juízo, lógica,

6:
:5
valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego irracional, antissocial,

12
egoísta e dirigido ao prazer. O id é completamente inconsciente. De acordo com

3
02
Freud, a energia psíquica é de natureza inconsciente e está armazenada no id.

/2
05
Essa energia é de natureza sexual (libido) e não tem objeto. De acordo com a

2/
teoria psicanalítica, o id é a parte mais antiga do aparelho psíquico. Do ponto de

-2
vista topológico, o id é o reservatório de toda energia psíquica. Ele ignora a

om
realidade, os princípios lógicos e racionais tais como o tempo e a causalidade

l.c
ai
entre eventos. Dessa forma, diz-se que o id trabalha através do princípio

gm
primário.
e@
b) Ego: O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir
ci
pe

que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo:
es

é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o


na
ia

planejamento e a espera ao comportamento humano: a satisfação das pulsões é


ul
-j

retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um


5
-3

máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas. A principal função


37

do ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do id e a


.4
17

realidade e, posteriormente, entre esses e as exigências do superego.


.3

c) Superego: É a parte moral da mente humana e representa os


46
-1

valores da sociedade. O superego tem três objetivos: (1) inibir (através de


e

punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais


ad
dr

por ele ditados (2) forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que
An

irracional) e (3) conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e


de

palavras. O superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de


o
ed

introjetar os valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e


ev

afeição. Ele pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o


Az

indivíduo não apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos;
na
lia

outra característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada; certo ou errado,


Ju

sem meio-termo). O superego divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que


dita o bem ser procurado, e a consciência, que determina o mal a ser evitado.
Freud distingue dois tipos de energia nervosa de acordo com o nível de
liberdade dessa energia (esses processos oscilam entre um estado livre de
energia e um estado ligado/associado). O primeiro corresponde ao processo
primário e o segundo ao processo secundário. O processo primário é o modo
de funcionamento do inconsciente (sistema). É caracterizado por um estado
livre de energia. Tem dois mecanismos básicos: deslocamento e condensação.

137
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

No processo primário a energia tende a escoar livremente, passando de


uma representação para outra e procurando a descarga de maneira mais rápida
e direta possível, o que caracteriza o princípio do prazer.
O deslocamento é o escoamento, o deslizamento de uma energia de
investimento ao longo de uma via associativa, encandeando diversas
representações, o que leva a fazer figurar uma representação no lugar de outra.
Possui uma função mais ou menos defensiva, no sonho, por exemplo, permite
aceitar pela censura, representações atenuadas; é o caso também do sintoma

05
fóbico.

6:
:5
Na condensação, uma representação única aparece como ponto

12
comum a diversas cadeias associativas de representações, e é sobre ela que se

3
02
investem suas energias: esta fica, pois, no lugar de todas aquelas que nela se

/2
05
reúnem.

2/
O processo secundário é o modo de funcionamento do sistema

-2
consciente/pré-consciente. Aí, a energia é ligada. A energia tende a ter sua

om
descarga retardada, de maneira a possibilitar um escoamento controlado. No

l.c
ai
processo secundário as representações são investidas de forma mais estável. A

gm
introdução do pensamento reflexivo e da temporalidade traz consigo também a
e@
substituição do princípio de prazer pelo princípio da realidade.
ci
pe

O principio do prazer é um processo primário e remete à busca de prazer


es

original – é a primeira experiência na vida. Esse princípio descarta a realidade e


na
ia

evita desprazer. No caso do bebê, há satisfação alucinatória, por ter revivência


ul
-j

do prazer (baseado no passado) a ausência do objeto de prazer.


5
-3

O principio da realidade, por sua vez, é um processo secundário.


37

Considera a realidade para não precisar da alucinação/fantasia. Considera


.4
17

adiamentos e atrasos no investimento da energia psíquica. Devo ressaltar que os


.3

processos primários e secundários não se excluem, mas formam complexo


46
-1

mecanismo de funcionamento.
e

Antes de depurarmos mais os seus conhecimentos, vamos falar um


ad
dr

pouquinho da base freudiana ortodoxa de desenvolvimento? Isso servirá como


An

pano de fundo para os não-iniciados nessa seara.


de
o
ed

As fases do desenvolvimento psicossexual freudianas


ev

O que fundamentalmente precisamos saber? Para Freud a vida humana


Az

é dividida em fases (biologicamente determinadas) e que seguem uma sequencia


na
lia

linear definida. São fases universais e baseadas no desenvolvimento


Ju

psicossexual humano. Além disso, os processos desencadeados em uma fase


nunca estão plenamente completos e continuam agindo durante toda a vida da
pessoa.
Damos o nome de Fixação quando não há progresso de uma fase de
desenvolvimento para outra de forma normal. É a permanência em uma fase em
função do investimento total ou parcial da libido em um ponto específico. Essa
libido está originalmente detida na fase em que houve uma excessiva satisfação
(anterior a frustração na fase atual).

138
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Qual a importância de entendermos essas fases? A fixação nas fases de


desenvolvimento freudianas identifica o tipo de caráter que a pessoa possui
(caráter oral, anal, fálico ou genital). O caráter oral é caracterizado pelo
otimismo, a passividade e a dependência. Para Freud, os transtornos
alimentares poderiam se dar às dificuldades na fase oral. O caráter anal é
caracterizado pro três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e
teimosia. O caráter fálico, por sua vez, gera dificuldades na formação do
superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na

05
sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e

6:
:5
homossexualismo. E, por fim, o caráter genital é descrito como o ideal freudiano

12
do desenvolvimento pleno, que se desenvolve na ausência de fixações ou depois

3
02
da sua resolução por meio de uma psicanálise. Contudo, o indivíduo livre de

/2
05
conflitos pré-edípicos significativos, aprecia uma sexualidade satisfatória

2/
preocupando-se com a satisfação do companheiro sexual, evitando assim a

-2
manifestação de um narcisismo egoísta. Assim sua energia psíquica sublimada

om
fica disponível para o trabalho, que é prazeroso.

l.c
ai
Damos o nome de Regressão ao comportamento infantilizado exibido

gm
por crianças em etapas posteriores de desenvolvimento. Essas crianças exibem
e@
comportamentos, por exemplo, de fala regressiva ou enurese noturna em etapas
ci
pe

que já superaram tais tipos de comportamentos. Veremos adiante que tais


es

comportamentos são fortes indicativos de deprivação e/ou privação.


na
ia

Vejamos uma simplificação exageradamente objetiva das fases


ul
-j

psicossexuais freudianas:
5
-3
37

I - A fase oral (0 - 1 ano)


.4
17

Estende-se desde o nascimento até aproximadamente um ano de vida.


.3

Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustação) de
46
-1

pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da


e

satisfação da fome. Assim, para a criança sugar, mastigar, comer, morder,


ad
dr

cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação.
An

Ao ser confrontada com frustrações a criança é obrigada a desenvolver


de

mecanismos para lidar com tais frustrações. Esses mecanismos são a base da
o
ed

futura personalidade da pessoa. O principal processo na fase oral é a criação da


ev

ligação entre mãe e filho. A pulsão básica é fome e a sede. A fixação nessa fase
Az

causa a depressão e/ou a dependência dos outros. Ela é entendida como


na
lia

patológica quando a pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais


Ju

para aliviar a ansiedade. É nessa fase que o ego se forma.

II - A fase anal (1 – 3 anos)


Vai aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida (alguns
autores falam que vai até o quarto ano de vida). Nessa fase a satisfação das
pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. A criança tem de
aprender a controlar sua defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar com a
frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente. Assim

139
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

como na fase oral, os mecanismos desenvolvidos nesta fase influenciam o


desenvolvimento da personalidade. A fixação nessa fase ocasiona a neurose
obsessivo-compulsiva (anancástica). Quanto mais controle dos esfíncteres, mais
atenção e elogio dos pais. É uma fase de interiorização de normas sociais.

III - A fase fálica (3 – 5 anos): O Complexo de Édipo


Vai dos três aos cinco anos de vida e se caracteriza, segundo Freud, pela
importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis; nessa

05
fase o prazer e o desprazer estão centrados na região genital. A criança luta pela

6:
:5
intimidade que os pais compartilham entre si, assim os pais se tornam ameaça

12
parcial à satisfação das necessidades. A criança quer e teme os pais. As

3
02
dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou

/2
05
libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução

2/
desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o

-2
genitor de mesmo sexo. O complexo de Édipo representa um importante passo

om
na formação do superego e na socialização dos meninos, uma vez que o menino

l.c
ai
aprende a seguir os valores dos pais. Essa solução de compromisso permite que

gm
tanto o Ego (através da diminuição do medo) quanto o Id sejam parcialmente
e@
satisfeitos. O conflito vivenciado pelas meninas é parecido, porém, menos
ci
pe

intenso. A menina deseja o próprio pai, em parte devido à inveja que sente por
es

não ter um pênis – ela sente-se castrada e dá a culpa à própria mãe. Por outro
na
ia

lado, a mãe representa uma ameaça menos séria, uma vez que uma castração
ul
-j

não é possível. Devido a essa situação diferente, a identificação da menina com


5
-3

a própria mãe é menos forte do que a do menino com seu pai e, por isso, as
37

meninas teriam uma consciência menos desenvolvida. Destaco que Freud usou
.4
17

o termo "complexo de Édipo" para ambos os sexos; autores posteriores


.3

limitaram o uso da expressão aos meninos, reservando para as meninas o termo


46
-1

"complexo de Electra".
e
ad
dr

IV - O período de latência (5 – puberdade)


An

Vai dos 5 anos até o início da puberdade (não tem como dar uma idade
de

certa para esse fim). É uma fase mais tranquila que se estende até a puberdade.
o
ed

Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais são reprimidos, tornando-se


ev

secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e normas


Az

sociais se tornam a atividade principal da criança, continuando o


na
lia

desenvolvimento do ego e do superego. Os desejos sexuais não resolvidos e não


Ju

são atendidos pelo ego serão cobrados posteriormente. É a fase de


desenvolvimento de amizades e laços sociais.

V- A fase genital (puberdade)


É a última fase do desenvolvimento psicossocial e ocorre, não por acaso,
durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa fase de
latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente,
mas desta vez se dirigem a uma pessoa, geralmente, do sexo oposto. Há um

140
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. A escolha do parceiro não se dá


independente dos processos de desenvolvimento anteriores (as fases anteriores
influenciam em nossas escolhas até o final de nossa vida). Os conflitos internos
típicos das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade conduzindo
a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade
adulta.

Preciso fazer ainda algumas ponderações sobre o Complexo de Édipo

05
(Fase Fálica). Como vocês notaram, a mãe mantém em ambos os sexos um papel

6:
:5
primordial, permanecendo sempre o principal objeto da libido. Para os meninos

12
é a castração que os faz superar o complexo de Édipo, quando é instaurada a lei

3
02
da proibição gerando a interdição paterna. Para as meninas é justamente a

/2
05
castração que faz iniciar Complexo de Édipo. E como ocorre a resolução desse

2/
complexo? É a ansiedade de castração nos meninos fará com que eles

-2
abandonem seus desejos incestuosos pela mãe e superem o complexo

om
identificando-se ao pai. As meninas também passam a identificar-se com a mãe

l.c
ai
e assumem uma identidade feminina (passam a buscar nos homens

gm
similaridades do pai). Assim, o complexo é sempre reprimido, e é tarefa do
e@
superego impedi-lo e evitá-lo. Uma curiosidade danada de boa para cair em
ci
pe

prova é que nas meninas, o inicio do complexo está na castração enquanto que
es

nos meninos a castração representa o fim do complexo!


na
ia
ul
-j

Pulsão
5
-3

Falemos um pouco sobre as Pulsões. Inicialmente é importante fazer


37

uma distinção: o conceito de pulsão não pode se confundir com o conceito de


.4
17

instinto. Apesar de polêmico e alguns psicanalistas não identificarem


.3

diferenças plausíveis entre pulsão e instinto, Laplanche afirma que “instinto


46
-1

seria um comportamento pré-formado, cujo esquema é hereditário. A pulsão


e

seria uma derivação do instinto. É a contingência do objeto que define a pulsão”.


ad
dr

Como acredito que essa diferenciação é ininteligível, transcrevo um


An

trecho bem elucidativo:


de

Freud utiliza o conceito de pulsão, e não a noção de instinto, para se


o
ed

referir aos processos de constituição psicossexuais. As diferenças entre esses


ev
Az

dois termos acarretam em visões muito distintas quanto ao caráter que a


na

sexualidade pode assumir. A pulsão, diferentemente do instinto, apresenta-se


lia

como indeterminada, não tendo um esquema prefixado. O objeto de satisfação


Ju

da pulsão, bem como os modos pelos quais busca satisfação, é indeterminado,


ou seja, estão abertos a um fazer-se. Longe de encontrar sua significação última
na condição natural da procriação, a sexualidade, considerada a partir da noção
de pulsionalidade, apresenta-se como não predeterminada, o que quer dizer,
como uma abertura ao devir.

As pulsões se originam no Id e estão entre o corpo e o psiquismo.


Constituem um processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga

141
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

energética, fator de motricidade) que faz o organismo tender para a busca de


objetivos. Essas pulsões são de dois tipos: as pulsões de vida (responsáveis pela
sobrevivência do indivíduo e da espécie) e as pulsões de morte (responsáveis
pela energia agressiva e destrutiva). A pulsão de vida (Eros) seria representada
pelas ligações amorosas que estabelecemos com o mundo, com as outras
pessoas e com nós mesmos, enquanto a pulsão de morte (Thânatos) seria
manifestada pela agressividade que poderá estar voltada para si mesmo e para
o outro. O princípio do prazer e as pulsões eróticas são outras características da

05
pulsão de vida. Já a pulsão de morte, além de ser caracterizada pela

6:
:5
agressividade traz a marca da compulsão à repetição, do movimento de retorno

12
à inércia pela morte também.

3
02
A pulsão também possui componentes (também serve, apesar da

/2
05
controvérsia de alguns autores, também para caracterizar os instintos):

2/
a) Fonte - surge a necessidade ou desejo;

-2
b) Finalidade - apenas aquela ação é necessária naquele momento;

om
c) Pressão - força ou energia; e.

l.c
ai
d) Objeto - coisa, ação ou expressão que leva à satisfação.

gm
e@
Instintos
ci
pe

E os instintos, o que são finalmente? Freud considerava que o instinto


es

era um esquema herdado e que seguia uma sequencia temporal e inflexível. É a


na
ia

suprema causa de toda atividade (incita a ação). Conceitualmente podemos


ul
-j

entender que os instintos são pressões que dirigem um organismo para


5
-3

determinados fins particulares (diferentemente das pulsões). Os instintos são as


37

forças propulsoras que incitam as pessoas à ação. Esses instintos não são
.4
17

replicações animalescas, mas equivalentes humanos. Todo instinto tem quatro


.3

componentes: uma fonte, uma finalidade, uma pressão e um objeto. A fonte é


46
-1

quando emerge uma necessidade, podendo ser uma parte ou todo corpo. A
e

finalidade é reduzir essa necessidade até que nenhuma ação seja mais
ad
dr

necessária, é dar ao organismo a satisfação que ele deseja no momento. A


An

pressão é a quantidade de energia ou força que é usada para satisfazer o instinto


de

e é determinada pela intensidade ou urgência da necessidade subjacente. O


o
ed

objeto de um instinto é qualquer coisa, ação ou expressão que permite a


ev

satisfação da finalidade original. No entanto, vários pensamentos e


Az

comportamentos parecem não reduzir esta tensão. De fato, eles aparecem para
na
lia

criar mais tensão ou ansiedade. Estes comportamentos podem indicar que a


Ju

expressão direta de um instinto pode ter sido bloqueada. Embora seja possível
catalogar uma série ampla de instintos, Freud tentou reduzir esta diversidade a
alguns instintos que chamou de básicos.
Num primeiro momento Freud descreveu duas forças instintivas
opostas, a sexual (erótica ou fisicamente gratificante) e a agressiva ou destrutiva.
Suas últimas descrições, mais globais, encararam essas forças ou como
mantenedoras da vida ou como incitadoras da morte. Tal antagonismo básico
não costuma ser visível ou consciente, e a maioria de nossos pensamentos e

142
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

ações é evocada por estas ambas as forças instintivas em combinação. Os


instintos seriam então, canais através dos quais a energia pudesse fluir. E a
pulsão seria essa energia (ou libido).

Sobre o Narcisismo
Para Freud existem dois tipos de narcisismo:
1. Narcisismo primário - na primeira tópica era o autoerotismo do bebê
(chupar o dedo, o pé), que quando não era, mas passível de ser direcionado para

05
si, o amor era direcionado para o externo, levando ao amor objetal. Termina

6:
:5
com o fim do desenvolvimento psicossexual.

12
2. Narcisismo secundário - duas formas de escolha: anaclítica (na busca do

3
02
objeto de amor renuncia o próprio narcisismo); narcisista (busca a sua imagem

/2
05
no amor objetal).

2/
-2
om
l.c
Mecanismos de Defesa

ai
Pergunta: Qual a função dos mecanismos de defesa?
gm
Resposta: Reduzir a ansiedade (pressão do ID sobre o Ego).
e@
O ego muitas vezes não consegue lidar com as demandas do Id e com as
ci
pe

cobranças do superego. Assim, surgem os Mecanismos de Defesa, que são


es
na

defesa bem sucedida contra a ansiedade, pois ele diminui a tensão. Destaca-se
ia

que os mecanismos de defesa contra a ansiedade podem ser encontrados em


ul
-j

indivíduos saudáveis, porém quando estão fortemente associados e trazem


5
-3

dificuldades sociais caracterizam-se enquanto neuroses.


37

A seguir apresento os mecanismos de defesa mais comuns:


.4
17

• Repressão é o processo pelo qual se afastam da consciência


.3
46

conflitos e frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados


-1

ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente; o que é


e

desagradável é, assim, esquecido;


ad
dr

• Formação Reativa: consiste em ostentar um procedimento e


An

externar sentimentos opostos aos impulsos verdadeiros, indesejados.


de

• Projeção consiste em atribuir a outros as ideias e tendências que o


o
ed

sujeito não pode admitir como suas.


ev

Regressão consiste em retornar a comportamentos imaturos,


Az


na

característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou.


lia

• Fixação é um congelamento no desenvolvimento, que é impedido


Ju

de continuar. Uma parte da libido permanece ligada a um determinado estágio


do desenvolvimento e não permite que a criança passe completamente para o
próximo estádio. A fixação está relacionada com a regressão, uma vez que a
probabilidade de uma regressão a um determinado estádio do desenvolvimento
aumenta se a pessoa desenvolveu uma fixação nesse estádio.
• Sublimação é a satisfação de um impulso inaceitável através de um
comportamento socialmente aceito. Expressão de impulso recalcado de forma
criativa e produtiva.

143
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

• Identificação é o processo pelo qual um indivíduo assimila um


aspecto, uma característica de outro. Uma forma especial de identificação é a
identificação com o agressor.
• Deslocamento é o processo pelo qual agressões ou outros impulsos
indesejáveis, não podendo ser direcionados à(s) pessoa(s) a que se referem, são
direcionados a terceiros.
• Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que
perturba o Ego.

05
• Racionalização é o processo de achar motivos lógicos e racionais

6:
:5
aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis.

12
• Isolamento: Uma ideia ou ato sofre o rompimento de suas

3
02
conexões com outras ideias e pensamentos.

/2
05
Para finalizar essa descrição dos mecanismos de defesa, faço uma

2/
didática diferenciação entre recalque e repressão.

-2
Recalcamento/Recalque Repressão

om
l.c
“Operação pela qual o sujeito “Operação psíquica que tende a fazer

ai
procura repelir ou manter no desaparecer da consciência um conteúdo
gm
inconsciente representações desagradável ou inoportuno: ideia, afeto, etc.
e@
(pensamentos, imagens, Os conteúdos tornam-se pré-conscientes”. É
ci
pe

recordações) ligadas a uma pulsão. um mecanismo consciente, que atua


es

como censura. A moral do sujeito está


na
ia

ligada a este mecanismo.


ul
-j

Por fim, com relação ao funcionamento psíquico, segundo Freud, é


5
-3

correto afirmar que:


37

1. Há processos orgânicos paralelos aos processos psíquicos


.4
17

conscientes, a eles relacionados de uma maneira difícil de explicar, que atuam


.3
46

como intermediários nas relações recíprocas entre corpo e mente.


-1

2. A consciência só nos pode oferecer uma cadeia incompleta e


e

rompida de fenômenos psíquicos.


ad
dr

3. Não se pode afirmar que a qualidade de ser consciente de um


An

processo mental seja menos importante. Ela permanece a única luz que ilumina
de

nosso caminho e nos conduz através das trevas da vida mental.


o
ed

Mas Alyson, e quanto à educação? O que preciso saber? Sinceramente,


ev

temos muito pouco a contribuir para a educação e aprendizagem nesse


Az

referencial. Mesmo com os escritos de Lacan sobre os significantes, a


na
lia

psicanálise não se apropria satisfatoriamente do campo da educação. Mesmo no


Ju

Brasil, poucos são os estudos qualificados para tratar de problemas de


aprendizagem a partir desse viés (Freitas e Oliveira, 2009).

144
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Rogers
A teoria rogeriana surgiu como uma terceira via entre os dois campos
predominantes da psicologia em meados do século 20. De um lado havia a
psicanálise e de outro o behaviorismo. A corrente de Rogers ficou conhecida
como humanista, porque, em acentuado contraste com a teoria freudiana, ela
se baseia numa visão otimista do homem. Rogers criou a Psicologia do Self e,
decorrente da evolução de sua obra, legou grandes conceitos para o estudo da

05
6:
personalidade humana. Ele defendeu existir uma força inata para a auto

:5
12
realização, e essa força confere ao self o controle na regulação dessa busca.

3
Assim, para Rogers, somos autônomos e capazes de buscar essa auto realização,

02
/2
pois toda e qualquer motivação humana está sempre relacionada ao desejo de

05
crescimento. Essa motivação para o crescimento busca substituir aspectos falsos

2/
-2
de nossa personalidade por características reais do nosso verdadeiro eu (self

om
real). Os indivíduos têm a capacidade de experienciar e de se tomarem

l.c
conscientes de seus desajustamentos. Esta capacidade que reside em nós é

ai
gm
associada a uma tendência subjacente à modificação do autoconceito (Self), no
e@
sentido de estar realmente de acordo com a realidade. Desconheço algum
ci

grande teórico da personalidade que seja tão otimista com a natureza humana
pe
es

quanto Rogers. As forças positivas em direção à saúde e ao crescimento são


na

naturais e inerentes ao organismo. Rogers postula, portanto, um movimento


ia
ul

natural para a resolução e distante do conflito. Assim, ele pressupõe que o


-j

ajustamento não é um estado estático, mas um processo onde novas


5
-3

aprendizagens e novas experiências são cuidadosamente assimiladas.


37
.4

Ele, assim como Maslow, apresenta o conceito de tendência à auto


17

atualização (ou auto realização). A motivação da conduta é sempre atual e


.3
46

emana da percepção de tensões e necessidades do organismo. Essa tendência à


-1

auto atualização é, sinteticamente, um impulso que nos motiva e é o postulado


e
ad

fundamental da teoria rogeriana. Há um aspecto básico da natureza humana


dr
An

que leva uma pessoa em direção à resolução de suas necessidades e a uma maior
de

congruência e a um funcionamento realista. É importante observar que, para


o

Rogers, não é importante discutir se essa necessidade é inata ou adquirida. Mas


ed
ev

observe que em cada um de nós há um impulso inerente em direção a sermos


Az

competentes e capazes quanto o que estamos aptos a ser biologicamente.


na

Apesar dessa tendência para realização ou atualização de nossas


lia

potencialidades em níveis cada vez maiores de integração e complexidade, isto


Ju

não significa que esse conceito implique uma busca do que é moralmente
correto. Em verdade, busca-se algo que apenas pressupõe um aumento de
consciência. Porém, esta tendência da busca pelo moralmente correto pode ser
favorecida ou não pelo meio e/ou pela consciência.
As pessoas usam sua experiência para se definirem e existe um campo
de experiência único para cada indivíduo. Este campo de experiência (campo
fenomenal) contém tudo o que se passa no organismo em qualquer momento, e
que está potencialmente disponível à consciência. Incluem eventos,

145
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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percepções, sensações e impactos dos quais a pessoa não toma consciência, mas
poderia tomar se focalizasse a atenção nesses estímulos. É um mundo privativo
e pessoal que pode ou não corresponder à realidade objetiva.
Rogers não descarta a influência da infância na vida adulta e sugere que
os obstáculos ao crescimento de uma personalidade consciente aparecem na
infância, constituindo aspectos normais do desenvolvimento. O que a criança
aprende em um estágio como benéfico pode (e deve) ser reavaliado nos estágios
posteriores para a formação de um self consciente. Mas, atente para o detalhe

05
que mesmo quando uma conduta refira-se a um evento do passado, esta só

6:
:5
ocorre se este evento passado estiver presente como tensão e necessidade do

12
organismo.

3
02
Em sua teoria da personalidade, Rogers postulou a existência de duas

/2
05
estruturas que compõem a personalidade do sujeito: o organismo e o self. O

2/
organismo é o local da experiência vivida pelo sujeito, também denominado de

-2
campo fenomenal enquanto que o self é um organizador da personalidade e

om
envolve diversos processos conscientes e inconscientes.

l.c
ai
O conceito de Self é vital na obra rogeriana. Esse self pode ser

gm
subdividido em self real e o self ideal. A incongruência entre o self ideal e o self
e@
real gera conflitos que podem ser evitados por mecanismos de defesa. Dessa
ci
pe

forma, a redução da distância entre o self ideal e o self real, através da aceitação
es

do self real, reduz a ocorrência de conflito e gera saúde mental. O self é a


na
ia

consciência de ser e de agir e não se confunde com o organismo. Além disso, o


ul
-j

self tem mais relação com o controle das percepções do que com interno ou
5
-3

externo.
37

O Self é um ente organizado, consistente e mutável. Os valores que


.4
17

constituem o self são de duas fontes:


.3

1. Experiências diretas com o meio


46
-1

2. Valores introjetados de pessoas a que estamos vinculados.


e

O autoconceito (na obra de Rogers, o Self é sinônimo de autoconceito)


ad
dr

é um conceito superior que organiza a personalidade, é a visão que uma pessoa


An

tem de si própria, baseada em experiências passadas, estimulações presentes e


de

expectativas futuras. O Self está cercado pelos processos de percepção, tomada


o
ed

de consciência e na experiência singular de cada indivíduo. A personalidade que


ev

funciona plenamente é uma personalidade em contínuo estado de fluxo, uma


Az

personalidade constantemente mutável. E, principalmente, consistente com


na
lia

seu self.
Ju

O Self real está relacionado com as qualidades reais da pessoa no que se


refere às suas potencialidades e tendências de realizações. O Self Ideal, por sua
vez, é o conjunto das descrições que o indivíduo mais gostaria de ter. Assim
como o Self, ele é uma estrutura móvel e variável, que passa por redefinição
constante. A extensão da diferença entre o Self e o Self Ideal é um indicador de
desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas. Essa incongruência entre
self e self ideal é um indicador de discrepâncias a serem trabalhadas na busca

146
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

de coerência e auto realização. Para Rogers, aceitar-se como se é na realidade, e


não como se quer ser, é um sinal de saúde mental.
Aqui, é importante esclarecer o conceito de saúde psicológica na teoria
rogeriana. Em busca dessa mutabilidade constante e aprimoramento dos
aprendizados humanos, a pessoa de funcionamento integral deve ter abertura à
experiência e pouco ou nenhum uso das subcepções. Assim, a pessoa está
continuamente afastando-se de suas defesas na direção da experiência direta. A
pessoa está mais aberta a sentimentos bons e ruins (sofrimento, ternura,

05
solidão, fervor, etc...). Essa postura torna o sujeito mais capaz de viver

6:
:5
completamente a experiência do seu organismo de forma consciente.

12
O saber pré-simbólico que impede a simbolização de estímulos

3
02
ameaçadores é chamado de subcepção. Através dela, o organismo identifica

/2
05
uma ameaça para o self e reage sem que exista uma simbolização, uma

2/
consciência (as subcepções restringem a percepção consciente). As fobias, por

-2
exemplo, podem ser consideradas como uma reação exagerada a uma

om
subcepção que ameaça ao self.

l.c
ai
Outra característica de uma personalidade saudável é a capacidade de

gm
viver no presente, (realizar-se completamente cada momento), é a ênfase no
e@
aqui e agora. Esse foco permite que o indivíduo lide melhor, através da sua
ci
pe

empírica experiência, com o seu self. E, por fim, uma personalidade saudável
es

deve ser capaz de confiar em si, nas exigências internas e no julgamento


na
ia

intuitivo. Essa confiança influencia na segurança/capacidade de coordenar a


ul
-j

ênfase no aqui e agora, na redução das subcepções e na abertura para novas


5
-3

experiências.
37

Um conceito basal na teoria rogeriana é o de congruência. Esse conceito


.4
17

é definido como o grau de exatidão entre o que a pessoa faz e a tomada de


.3

consciência de seus atos. É uma medida de discrepância entre o que é vivido (o


46
-1

que se faz) e o que é interpretado (o que se acha que faz). Um alto grau da
e

congruência significa que a comunicação (o que se está expressando), a


ad
dr

experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de consciência


An

(o que se está percebendo) são todas semelhantes e a pessoa está saudável. Por
de

outro lado, a Incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de


o
ed

consciência, a experiência e a comunicação. É uma inabilidade de perceber com


ev

precisão a realidade e de comunicar a mesma. Um ponto importante a ser


Az

destacado é que quando a Incongruência está entre a tomada de consciência e


na
lia

a experiência, é chamada de repressão. Tornar-se consciente da própria


Ju

realidade, e dos próprios atos, é o primeiro passo para a mudança pessoal.


Para Rogers, a consideração positiva incondicional produz efeitos
benéficos no desenvolvimento da personalidade da pessoa. Essa necessidade de
consideração positiva é de natureza aprendida e consiste em uma avaliação
positiva que ela recebe de outra pessoa. Partindo dessa concepção Rogers
postulou que aceitar-se a si mesmo é um pré-requisito para uma aceitação mais
fácil e genuína dos outros.

147
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Por fim, Rogers chegou à elaboração da técnica da reflexão, que


propiciava uma sensação de aceitação incondicional. Esta técnica consistia na
disposição do psicólogo em se centrar apenas no discurso de seu cliente, não
opondo a ele nenhuma interpretação ou conselho, favorecendo assim cada vez
mais sua riqueza e complexidade. Uma das principais características dessa
técnica consistia no psicólogo devolver ao cliente a maneira como compreendia
sua fala, favorecendo com que ele percebesse que estava sendo compreendido
e continuasse a desenvolver sua fala. Essa técnica, aliada a não-diretividade da

05
clínica rogeriana, geraram muitas críticas (e, talvez justifiquem a mudança de

6:
:5
postura do próprio Rogers na sua terceira fase).

12
E quanto à educação, o que devemos saber sobre Rogers?

3
02
Primeiramente que os conceitos trabalhados por ele no contexto clínico são

/2
05
todos aplicáveis à educação. Assim, deve haver um relacionamento

2/
interpessoal, afetuoso e de interesse de ambos, professor e aluno, juntos,

-2
caminhando para o aprendizado significativo. Desse modo, a autenticidade será

om
a principal ferramenta do educador que conduzirá o aluno à aprendizagem

l.c
ai
significava.

gm
Além disso, a tarefa de professor é liberar o caminho para que o
e@
estudante aprenda o que quiser. Aqui vale ressaltar que para esse autor, a
ci
pe

aprendizagem é um processo de afirmação de autoconfiança, pois o educando


es

é continuamente estimulado a ir além do conhecido (fomento à curiosidade) a


na
ia

partir de si mesmo. Aqui a aprendizagem é contínua durante toda a vida do


ul
-j

sujeito e deve ser orientada sempre para a realidade. Assim, formalmente, não
5
-3

existe aquele que sabe e aquele que ensina, todos sabem alguma coisa e todos
37

aprendem alguma coisa com alguém. O professor passa a ser considerado um


.4
17

facilitador da aprendizagem, não mais aquele que transmite conhecimento, e


.3

sim aquele que auxilia os educandos a aprender a viver como indivíduos em


46
-1

processo de transformação. O educando é provocado a buscar o seu próprio


e

conhecimento, consciente de sua constante transformação.


ad
dr

Além desses pontos, existiram pontos importantes que Rogers combateu


An

em sua obra. O primeiro deles foi a aprendizagem através de “tarefas”. As


de

tarefas são aquelas que só utilizam as operações mentais e não consideram o


o
ed

indivíduo como um todo. Para ele, esse tipo de aprendizado seria pouco útil
ev

para a vida real por ser esquecido com o tempo por ser meramente intelectual.
Az

Além disso, não tem relevância com os sentimentos, as emoções e sensações do


na
lia

educando e não provocam uma curiosidade que leve o indivíduo a aprofundar


Ju

mais e mais. É preciso um aprendizado emocional e voltado à realidade. Um


indivíduo, por exemplo, que apresenta problemas emocionais não consegue
reter um bom aprendizado.
Dois pontos de sua teoria adaptada à educação são a confiança e a
aceitação. O educador deve conquistar a confiança do educando e deve aceitá-
lo. Assim, se por um lado é preciso se mostrar como facilitador que também é
humano (com defeitos e qualidades, sentimentos e desejos, alegrias e tristezas),
por outro é preciso ter carinho pelo estudante e considerar/aceitar suas ações e

148
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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reações. Além desses dois pontos, é preciso ter a compreensão empática, que
ocorre quando o facilitador deixa o julgamento de lado e compreende o
educando, tornando a aprendizagem significativa. Quem possui esta habilidade
não classifica o aluno, antes, integra-o ao grupo.
Sua escola de pensamento pedagógico é chamada de “tendência liberal
renovada não-diretiva”. Vejamos um trecho de um artigo de Luckesi:
O termo liberal não tem o sentido de "avançado", "democrático", "aberto",
como costuma ser usado. A doutrina liberal apareceu como justificação do

05
sistema capitalista que, ao defender a predominância da liberdade e dos

6:
:5
interesses individuais da sociedade, estabeleceu uma forma de organização

12
social baseada na propriedade privada dos meios de produção, também

3
02
denominada sociedade de classes. A pedagogia liberal, portanto, é uma

/2
05
manifestação própria desse tipo de sociedade.

2/
A educação brasileira, pelo menos nos últimos cinqüenta anos, tem sido

-2
marcada pelas tendências liberais, nas suas formas ora conservadora, ora

om
l.c
renovada. Evidentemente tais tendências se manifestam, concretamente, nas

ai
práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda que
gm
estes não se dêem conta dessa influência.
e@
A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função
ci
pe

preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as


es
na

aptidões individuais, por isso os indivíduos precisam aprender a se adaptar aos


ia

valores e às normas vigentes na sociedade de classes através do


ul
-j

desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a


5
-3

realidade das diferenças de classes, pois, embora difunda a idéia de igualdade


37

de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.


.4
17

Historicamente, a educação liberal iniciou-se com a pedagogia tradicional e, por


.3
46

razões de recomposição da hegemonia da burguesia, evoluiu para a pedagogia


-1

renovada (também denominada escola nova ou ativa), o que não significou a


e

substituição de uma pela outra, pois ambas conviveram e convivem na prática


ad
dr

escolar.
An

Na tendência tradicional, a pedagogia liberal se caracteriza por acentuar


de

o ensino humanístico, de cultura geral, no qual o aluno é educado para atingir,


o
ed

pelo próprio esforço, sua plena realização como pessoa. Os conteúdos, os


ev

procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não têm nenhuma relação


Az

com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais. É a


na
lia

predominância da palavra do professor, das regras impostas, do cultivo


Ju

exclusivamente intelectual.
A tendência liberal renovada acentua, igualmente, o sentido da cultura
como desenvolvimento das aptidões individuais. Mas a educação é um processo
interno, não externo; ela parte das necessidades e interesses individuais
necessários para a adaptação ao meio. A educação é a vida presente, é a parte da
própria experiência humana. A escola renovada propõe um ensino que valorize
a auto-educação (o aluno como sujeito do conhecimento), a experiência direta
sobre o meio pela atividade; um ensino centrado no aluno e no grupo. A

149
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Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

tendência liberal renovada apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a


renovada progressivista2, ou pragmatista, principalmente na forma difundida
pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira
(deve-se destacar, também a influência de Montessori, Decroly e, de certa
forma, Piaget); a renovada não-diretiva orientada para os objetivos de auto
realização (desenvolvimento pessoal) e para as relações interpessoais, na
formulação do psicólogo norte-americano Carl Rogers.
A tendência liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo

05
como função a preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para a

6:
:5
indústria). A sociedade industrial e tecnológica estabelece (cientificamente) as

12
metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cien-

3
02
tificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas. No

/2
05
tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando

2/
aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo

-2
da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação. A tecnologia

om
(aproveitamento ordenado de recursos, com base no conhecimento científico) é

l.c
ai
o meio eficaz de obter a maximização da produção e garantir um ótimo

gm
funcionamento da sociedade; a educação é um recurso tecnológico por
e@
excelência. Ela "é encarada como um instrumento capaz de promover, sem
ci
pe

contradição, o desenvolvimento econômico pela qualificação da mão-de-obra,


es

pela redistribuição da renda, pela maximização da produção e, ao mesmo


na
ia

tempo, pelo desenvolvimento da ‘consciência política’ indispensável à


ul
-j

manutenção do Estado autoritário”3. Utiliza-se basicamente do enfoque


5
-3

sistêmico, da tecnologia educacional e da análise experimental do


37

comportamento.
.4
17
.3
46

Outro trecho do mesmo trabalho é digno de citação:


-1

Tendência liberal renovada não-diretiva


e
ad

Papel da escola - Acentua-se nesta tendência o papel da escola na formação


dr

de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os problemas
An

psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. Todo esforço está em


de

estabelecer um clima favorável a uma mudança dentro do indivíduo, isto é, a


o
ed

uma adequação pessoal ás solicitações do ambiente. Rogers considera que o


ev
Az

ensino é uma atividade excessivamente valorizada; para ele os procedimentos


na

didáticos, a competência na matéria, as aulas, livros, tudo tem muito pouca


lia

importância, face ao propósito de favorecer à pessoa um clima de


Ju

autodesenvolvimento e realização pessoal, o que implica estar bem consigo


próprio e com seus semelhantes. O resultado de uma boa educação é muito
semelhante ao de uma boa terapia.
Conteúdos de ensino - A ênfase que esta tendência põe nos processos de
desenvolvimento das relações e da comunicação torna secundária a transmissão
de conteúdos. Os processos de ensino visam mais facilitar aos estudantes os
meios para buscarem por si mesmos os conhecimentos que, no entanto, são
dispensáveis.

150
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Métodos de ensino - Os métodos usuais são dispensados, prevalecendo


quase que exclusivamente o esforço do professor em desenvolver um estilo
próprio para facilitar a aprendizagem dos alunos. Rogers explicita algumas das
características do professor "facilitador": aceitação da pessoa do aluno,
capacidade de ser confiável, receptivo e ter plena convicção na capacidade de
autodesenvolvimento do estudante. Sua função restringe-se a ajudar o aluno a
se organizar, utilizando técnicas de sensibilização onde os sentimentos de cada
um possam ser expostos, sem ameaças. Assim, o objetivo do trabalho escolar se

05
esgota nos processos de melhor relacionamento interpessoal, como condição

6:
:5
para o crescimento pessoal.

12
Relacionamento professor-aluno - A pedagogia não-diretiva propõe uma

3
02
educação centrada no aluno, visando formar sua personalidade através da

/2
05
vivência de experiências significativas que lhe permitam desenvolver

2/
características inerentes à sua natureza. O professor é um especialista em

-2
relações humanas, ao garantir o clima de relacionamento pessoal e autêntico.

om
"Ausentar-se" é a melhor forma de respeito e aceitação plena do aluno. Toda

l.c
ai
intervenção é ameaçadora, inibidora da aprendizagem.

gm
Pressupostos de aprendizagem - A motivação resulta do desejo de adequação
e@
pessoal na busca da auto realização; é, portanto um ato interno. A motivação
ci
pe

aumenta, quando o sujeito desenvolve o sentimento de que é capaz de agir em


es

termos de atingir suas metas pessoais, isto é, desenvolve a valorização do "eu".


na
ia

Aprender, portanto, é modificar suas próprias percepções; daí que apenas se


ul
-j

aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções.


5
-3

Resulta que a retenção se dá pela relevância do aprendido em relação ao "eu",


37

ou seja, o que não está envolvido com o "eu" não é retido e nem transferido.
.4
17

Portanto, a avaliação escolar perde inteiramente o sentido, privilegiando-se a


.3

autoavaliação.
46
-1

Manifestações na prática escolar - Entre nós, o inspirador da pedagogia não-


e

diretiva é C. Rogers, na verdade mais psicólogo clínico que educador. Suas ideias
ad
dr

influenciam um número expressivo de educadores e professores,


An

principalmente orientadores educacionais e psicólogos escolares que se


de

dedicam ao aconselhamento. Menos recentemente, podem-se citar também


o
ed

tendências inspiradas na escola de Summerhill do educador inglês A. Neill.


ev
Az
na
lia
Ju

151
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Skinner e Watson.
A Abordagem S=R
Nessa abordagem, iniciada muito tempo antes de Watson, os processos
de aprendizagem eram entendidos através da forma como os estímulos eram
entendidos pelo organismo. Assim, há uma relação fundamental com o
ambiente no processo de desenvolvimento do organismo. Para alguns autores é

05
6:
possível entender essa relação com o ambiente de forma absoluta, assim, o

:5
12
homem nasce como uma tábula rasa e não devemos falar em aprendizados

3
inatos. Para outros, temos presets (mecanismos inatos) que se associam ao

02
/2
ambiente para promovermos nossas primeiras aprendizagens. Se fizéssemos

05
um breve levantamento histórico, passearíamos por nomes como Pavlov,

2/
-2
Thorndike, Tolman, Hull, Dollard e Miller. Como não podemos perder tempo

om
com conteúdos – importantes – mas que não irão cair em seu concurso, vamos

l.c
direto ao assunto.

ai
gm
Watson fundamentou o Behaviorismo Clássico, também conhecido
e@
como Psicologia S-R ou Behaviorismo Metodológico. Nessa visão, ocorre uma
ci

ojeriza ao foco mentalista/introspeccionista da época em favor de uma


pe
es

abordagem baseada em evidências observáveis. Essa evidência observável era o


na

“comportamento”, que era entendido como uma consequência ambiental


ia
ul

anterior. Ele não descartava a existência do pensamento, apenas acreditava que


-j

esse não era útil na avaliação da natureza humana.


5
-3
37

A base dessa teoria consistia no fato que todo comportamento era


.4

modelado pelo condicionamento clássico e toda resposta comportamental era


17

precedida por um estímulo. Assim, usava-se a díade S-R (Stimulus-Response) para


.3
46

compreender e explicar a natureza humana. Em sua visão metodológica e


-1

positivista, o estímulo era uma variável independente enquanto que a resposta


e
ad

era uma variável dependente. Watson acreditava, ainda, que todo


dr
An

comportamento era consequência da influência do meio, a ponto de afirmar


de

que, dado algumas crianças recém-nascidas arbitrárias e um ambiente


o

totalmente controlado, seria possível determinar qual a profissão e o caráter de


ed
ev

cada uma delas. Embora não tenha executado algum experimento do tipo, por
Az

razões óbvias, Watson executou o clássico e controvertido experimento do


na

Pequeno Albert, demonstrando o condicionamento dos sentimentos humanos


lia
Ju

através do condicionamento responsivo.


Skinner, advindo de uma forte base positivista, desenvolveu o
behaviorismo radical. Limitou o estudo psicológico cientifico ao
comportamento observável do organismo através da observação sensorial e
definiu a Psicologia como a ciência do comportamento manifesto. Esse novo
modelo de comportamentalismo é uma visão moderna das primeiras psicologias
mecanicistas de estímulo-resposta, como o conexionismo desenvolvido por
Thorndike e o behaviorismo desenvolvido por Watson. O problema básico das
teorias S-R é a não inclusão da reação do meio sobre o organismo após a emissão

152
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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da resposta. Apesar do seu parco estudo com a “lei do efeito” de Thorndike,


pouco das consequências dos atos era estudado na manutenção dos
comportamentos.
Esse teórico foi fortemente anti-mentalista e se opunha aos
behaviorismos mediacionais (como Tolman, Hull e Dollar e Miller), negando a
relevância científica de variáveis mediacionais, pois acreditava que o homem
era uma entidade única, uniforme, em oposição ao homem "composto" de corpo
e mente, ou seja, a visão de homem era a visão monista. Assim, ele não propõe

05
que os estados internos não existam, mas sim que não podem servir como as

6:
:5
causas em uma análise científica do comportamento. Estados mentais (como

12
inteligência) são o produto de contingências prévias de reforço, e não tem

3
02
nenhum status causal. Ele também não pretende negar que os sentimentos

/2
05
existem, no entanto, eles e outros estados corporais são produtos colaterais das

2/
nossas histórias, seja genética ou ambiental.

-2
Ele propôs a lei empírica de efeito. Isto é, um estímulo reforçador é um

om
evento que aumenta a frequência do comportamento com o qual é emparelhado,

l.c
ai
sem nenhuma referência à satisfação ou a qualquer outro evento interno.

gm
Comportamentos complexos podem ser aprendidos por meio de modelagem
e@
(através de aproximações sucessivas). Inicia-se reforçando um comportamento
ci
pe

que é um primeiro passo rumo ao comportamento final. Para ficar mais claro,
es

imagine um psicólogo comportamentalista utilizando os conceitos aqui


na
ia

aprendidos para lidar com um paciente tímido. Inicialmente, e bem


ul
-j

genericamente, deve-se traçar uma linha de base das competências sociais do


5
-3

paciente para planejar um conjunto de atividades que irão conduzi-lo a estágios


37

superiores nessas habilidades. Como ele é tímido, pode-se começar com ensaios
.4
17

no consultório e depois com pequenas tarefas de casa diárias para, somente


.3

então, levar o paciente para experiências in vivo. Uma vez que ele detém uma
46
-1

boa base, aprendida nos passos anteriores, para lidar com a ansiedade social e
e

para encadear comportamentos, fica mais fácil reduzir a timidez e eliciar


ad
dr

comportamentos mais assertivos.


An

Para a melhor compreensão dos processos de modelagem, é


de

interessante entender como ocorre o controle de Estímulos. Esse controle pode


o
ed

ocorrer tanto pela generalização de estímulos (responder de forma semelhante


ev

a estímulos percebidos como semelhantes) como pela discriminação de


Az

estímulos (é o reforçamento diferencial; processo de decompor ou controlar


na
lia

generalizações).
Ju

Creio que essas simplificações não ficarão claras para aqueles que não
estão acostumados com os conceitos da Análise do Comportamento. Por isso,
gosto das definições apresentadas por Bock (1999):
Generalização de estímulos: Na generalização de estímulos, um
estímulo adquire controle sobre uma resposta devido ao reforço na presença de
um estímulo similar, porém diferente. Frequentemente, a generalização
depende de elementos comuns a dois ou mais estímulos. É o caso de uma criança
aprendendo sobre animais, chamar todo animal que mama de "mamífero",

153
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

independente da espécie... se mama... será mamífero, embora estímulos


diferentes, há a generalização para classe "mamíferos".
Discriminação de Estímulos: Diz-se que desenvolveu a discriminação de
estímulos quando uma resposta se mantém na presença de um ou mais
determinado(s) estímulo(s), mas sofre certo grau de extinção na presença de
outros. Isto é, um estímulo antecedente à resposta adquire a possibilidade de ser
conhecido como discriminativo da situação reforçadora. Sempre que ele for
apresentado e a resposta emitida, haverá reforço. Exemplo: Motorista de ônibus

05
para no semáforo, pois o sinal está vermelho, ou seja, o semáforo vermelho se

6:
:5
tornou um estímulo discriminativo para emissão do comportamento de "parar"

12
ser reforçada.

3
02
/2
05
Skinner apresentou experimentalmente o condicionamento operante,

2/
como alternativa ou complemento ao condicionamento clássico de Watson. Por

-2
isso, muitos estudiosos percebem a sua obra como um passo lógico da

om
l.c
perspectiva watsoniana. O foco central para as duas teorias era a relação de

ai
comportamentos e variáveis determinantes. Assim, enquanto o comportamento
gm
reflexo ou respondente (condicionamento clássico) é controlado por um
e@
estímulo precedente, o comportamento operante (condicionamento
ci
pe

instrumental ou operante) é controlado por suas consequências (reforço) que se


es
na

seguem às respostas.
ia

É importante distinguir o Behaviorismo Radical da Análise


ul
-j

Experimental do Comportamento e da Análise Aplicada do Comportamento. A


5
-3

teoria do Behaviorismo Radical foi desenvolvida como uma proposta de filosofia


37

sobre o comportamento humano enquanto que as pesquisas experimentais


.4
17

constituem a Análise Experimental do Comportamento, enquanto as aplicações


.3
46

práticas fazem parte da Análise Aplicada do Comportamento. O Behaviorismo


-1

Radical seria uma filosofia da ciência do comportamento.


e

Skinner desenvolveu os princípios do condicionamento operante e a


ad
dr

sistematização do modelo de seleção por consequências para explicar o


An

comportamento. O condicionamento operante segue o modelo Sd-R-Sr, onde um


de

primeiro estímulo Sd (estímulo discriminativo), aumenta a probabilidade de


o
ed

ocorrência de uma resposta R. A diferença em relação aos paradigmas S-R e S-


ev

O-R é que, no modelo Sd-R-Sr, o condicionamento ocorre se, após a resposta R,


Az

segue-se um estímulo reforçador Sr, que pode ser um reforço (positivo ou


na
lia

negativo) que "estimule" o comportamento (aumente sua probabilidade de


Ju

ocorrência), ou uma punição (positiva ou negativa) que iniba o comportamento


em situações semelhantes posteriores.

Sd - R - Sr
onde:
Sd = estímulo discriminativo
R = Resposta
Sr = estímulo reforçador

154
FAB 2023/24
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Para Skinner, os comportamentos são selecionados através de três


níveis de seleção. Os componentes da mesma são: 1 - Nível Filogenético: que
corresponde aos aspectos biológicos da espécie e da hereditariedade do
indivíduo; 2 - Nível Ontogenético: que corresponde a toda a história de vida do
indivíduo; 3 - Nível Cultural: os aspectos culturais que influenciam a conduta
humana. Através da interação desses três níveis (onde nenhum deles possui um
status superior a outro) os comportamentos são selecionados. Para Skinner, o

05
ser humano é um ser ativo, que opera no ambiente, provocando modificações

6:
:5
no mesmo, modificações essas que retroagem sobre o sujeito, modificando seus

12
padrões comportamentais.

3
02
Vamos nos aprofundar um pouco mais nos conceitos centrais da teoria

/2
05
do comportamentalismo de Skinner. Caso você consiga abstrair os conceitos do

2/
quadro abaixo sem dificuldades, recomendo pular dois parágrafos.

-2
om
l.c
Consequência após a Apresentação da Retirada da

ai
gm
resposta Consequência e@ Consequência
Reduz a aparição da
ci

Aumenta a aparição da
pe

Reforço resposta (punição


es

resposta (reforço positivo)


negativa)
na
ia
ul

Reduz a aparição da Aumenta a aparição


-j

Estímulo Aversivo resposta (punição da resposta (reforço


5
-3
37

positiva) negativo)
.4
17

Consequência Inócua Extinção da resposta Extinção da resposta


.3
46
-1

Para Skinner, um operante (resposta) é fortalecido pelo reforçamento


e
ad

ou enfraquecido pela sua extinção. Esse aumento da frequência de ocorrência


dr
An

de uma resposta pode ocorrer tanto pelo reforço positivo quanto pelo reforço
de

negativo. A redução da frequência de um comportamento, por sua vez, pode


o

ocorrer tanto por uma punição positiva quanto por uma punição negativa. Os
ed
ev

conceitos podem parecer semelhantes na teoria, mas, são bem distintos na


Az

prática. Observe que sempre que falarmos de aumento de frequência de um


na

operante (resposta) em função de suas consequências, estaremos falando de


lia
Ju

reforço. Enquanto que sempre que falarmos de um operante que reduz após a
sua consequência, estaremos diante de uma punição. O termo “positivo” e
“negativo” refere-se à inserção ou a retirada de algum elemento na
consequência contingente ao comportamento. Assim, toda vez que falarmos de
uma consequência de “x” positivo, estaremos inserindo algo no ambiente, por
outro lado, toda vez que falarmos em uma consequência de “x” negativo,
estaremos diante de algo que foi retirado do ambiente.
Seguem alguns exemplos para a compreensão dos conceitos do
behaviorismo metodológico. Imagine uma criança que está chorando e se

155
FAB 2023/24
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jogando no chão de tanto espernear na sua frente (na presença de seus amigos)
assim que o pai dela (seu chefe) saiu da sala. Vamos supor que ela esteja
chorando depois de ter percebido que ninguém deu atenção quando ela
começou a brincar entre os adultos. A percepção da falta de atenção (S) gera uma
resposta (R) que é a birra. Até aqui temos a teoria S-R clássica. A questão
colocada por Skinner é a seguinte: o que fazer para que essa bendita criança pare
de querer chamar atenção? Vamos partir do pressuposto que os reforços e
punições aqui apresentados sejam contingentes. Esquematicamente teríamos as

05
seguintes soluções viáveis para aumentar a frequência do comportamento

6:
:5
estudado (birra): os adultos parariam de conversar para dar atenção para a

12
criança (reforço positivo do comportamento de fazer birra) ou manteriam o pai

3
02
da criança longe (reforço negativo). Observe que no caso do reforço positivo,

/2
05
inserimos a atenção no nosso modelo estudado enquanto que no reforço

2/
negativo utilizamos a retirada do estímulo aversivo (o pai). Mas, certamente,

-2
você não tem a intenção de estimular esse comportamento de birra que, em tese,

om
é aversivo para você. Assim, você deve, para reduzir a freqüência de exibição do

l.c
ai
comportamento, optar pela punição: mostre a foto de Skinner (punição positiva)

gm
ou saia do cômodo onde você está junto com seus amigos e deixe a criança lá
e@
(punição negativa). Nos dois casos o comportamento parará de ser exibido, tanto
ci
pe

pela inserção de um elemento aversivo (punição positiva) como pela retirada de


es

um elemento motivador da birra (punição negativa).


na
ia

O papel do reforço tem importância primal na teoria de Skinner. Para


ul
-j

finalizarmos essa parte do conteúdo, algumas definições devem ser feitas. A


5
-3

primeira distinção que devemos ter em mente é que existem os reforçadores


37

primários e os secundários. O reforçador primário refere-se a estímulos inatos


.4
17

e relacionados às funções de sobrevivência (comida, água, contato sexual,


.3

afetividade,...). O reforçador secundário refere-se a estímulos condicionados


46
-1

aos primários (dinheiro, atenção, reconhecimento,...). Logo, como você deve ter
e

percebido, esses reforçadores secundários são os reforços aprendidos.


ad
dr

Outro ponto importante é a distinção entre os esquemas de reforço.


An

Existem os esquemas de reforço contínuo e os esquemas de reforço


de

intermitente. No Esquema de Reforço Contínuo todas as respostas são


o
ed

reforçadas. Este é o esquema de reforço mais adequado para que um


ev

determinado comportamento seja modelado. No Esquema de reforço


Az

intermitente nem todas as respostas são reforçadas e não sabemos o intervalo


na
lia

entre a emissão do comportamento e a resposta. Esse esquema de reforço


Ju

intermitente é tido como o mais eficaz na manutenção de respostas já modeladas


(permite uma resistência maior à extinção). Os esquemas de reforço
intermitente dividem-se em Esquemas de Razão e Esquemas de Intervalo. Os
Esquemas de Razão são identificados quando um reforço ocorre em decorrência
(razão) da emissão de um comportamento desejado. Assim, podem ser divididos
em Esquemas de Reforço de Razão Fixa e Esquemas de Reforço de Razão
Variável. No Reforço de Razão Fixa o reforço é dado ao comportamento
desejado depois de uma quantidade delimitada de “x” comportamentos.

156
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Exemplo: chefe gratifica os funcionários que obtém um desempenho


excepcional 3 dias seguidos. No Reforço de Razão Variável o reforço dado ao
comportamento desejado sem o estabelecimento do número de exibição do
mesmo. Exemplo: o namorado não sabe quantas vezes tem de se desculpar por
aquela mancha de batom em sua blusa para que seja perdoado.
O Esquema de Intervalo ocorre quando o reforço não é aplicado
imediatamente após a emissão de uma resposta esperada, mas depois de certo
tempo. Esse esquema de Intervalo pode ser dividido em Esquema de Reforço de

05
Intervalo Fixo e Esquema de Reforço de Intervalo Variável. No Reforço de

6:
:5
Intervalo Fixo o reforço aplicado em intervalos previamente definidos.

12
Exemplo: o resultado de uma prova que só é conhecido após um mês de férias.

3
02
No Reforço de Intervalo Variável o reforço aplicado em intervalos não fixos,

/2
05
sendo impossível, por parte do indivíduo, fazer qualquer previsão. Exemplo:

2/
mudar a estação de rádio até encontrar uma estação de seu agrado.

-2
Segue um breve esquema:

om
1. Esquema de Reforço Contínuo

l.c
ai
2. Esquema de reforço intermitente

gm
a) Esquema de Razão
e@
§ Esquemas de Reforço de Razão Fixa
ci
pe

§ Esquemas de Reforço de Razão Variável.


es

b) Esquema de Intervalo
na
ia

§ Esquema de Reforço de Intervalo Fixo


ul
-j

§ Esquema de Reforço de Intervalo Variável.


5
-3
37

Existe, ainda, o reforço por Imitação, que não cairá em seu concurso,
.4
17

mas deve ser explicado para não gerar confusão. Esse reforço ocorre quando se
.3

observa alguém ser reforçado por causa de algum comportamento emitido, a


46
-1

tendência é imitar aquele comportamento. Esse conceito é central para


e

Bandura.
ad
dr

Por fim, existe o enfraquecimento e extinção de uma resposta que


An

ocorre com a diminuição da frequência de uma resposta ou a supressão desta


de

resposta, ainda que temporária, pela não aplicação do reforço incompatível ou


o
ed

punição.
ev
Az
na
lia
Ju

E quanto a educação? Já sabemos que Skinner e os autores correlatos


fundamentaram a base da educação tecnicista. Vejamos o que Luckesi fala a este
respeito:
Tendência liberal tecnicista
Papel da escola - Num sistema social harmônico, orgânico e funcional, a
escola funciona como modeladora do comportamento humano, através de
técnicas específicas. À educação escolar compete organizar o processo de
aquisição de habilidades, atitudes e conhecimentos específicos, úteis e

157
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

necessários para que os indivíduos se integrem na máquina do sistema social


global. Tal sistema social é regido por leis naturais (há na sociedade a mesma
regularidade e as mesmas relações funcionais observáveis entre os fenômenos
da natureza), cientificamente descobertas. Basta aplicá-las. A atividade da
"descoberta" é função da educação, mas deve ser restrita aos especialistas; a
"aplicação" é competência do processo educacional comum. A escola atua,
assim, no aperfeiçoamento da ordem social vigente (o sistema capitalista),
articulando-se diretamente com o sistema produtivo; para tanto, emprega a

05
ciência da mudança de comportamento, ou seja, a tecnologia comportamental.

6:
:5
Seu interesse imediato é o de produzir indivíduos "competentes" para o mercado

12
de trabalho, transmitindo, eficientemente, informações precisas, objetivas e

3
02
rápidas. A pesquisa científica, a tecnologia educacional, a análise experimental

/2
05
do comportamento garantem a objetividade da prática escolar, uma vez que os

2/
objetivos instrucionais (conteúdos) resultam da aplicação de leis naturais que

-2
independem dos que a conhecem ou executam.

om
Conteúdos de ensino - São as informações, princípios científicos, leis etc.,

l.c
ai
estabelecidos e ordenados numa seqüência lógica e psicológica por

gm
especialistas. É matéria de ensino apenas o que é redutível ao conhecimento
e@
observável e mensurável; os conteúdos decorrem, assim, da ciência objetiva,
ci
pe

eliminando-se qualquer sinal de subjetividade. O material instrucional


es

encontra-se sistematizado nos manuais, nos livros didáticos, nos módulos de


na
ia

ensino, nos dispositivos audiovisuais etc.


ul
-j

Métodos de ensino - Consistem nos procedimentos e técnicas necessárias


5
-3

ao arranjo e controle nas condições ambientais que assegurem a


37

transmissão/recepção de informações. Se a primeira tarefa do professor é


.4
17

modelar respostas apropriadas aos objetivos instrucionais, a principal é


.3

conseguir o comportamento adequado pelo controle do ensino; daí a im-


46
-1

portância da tecnologia educacional. A tecnologia educacional é a "aplicação


e

sistemática de princípios científicos comportamentais e tecnológicos a


ad
dr

problemas educacionais, em função de resultados efetivos, utilizando uma


An

metodologia e abordagem sistêmica abrangente. Qualquer sistema instrucional


de

(há uma grande variedade deles) possui três componentes básicos: objetivos
o
ed

instrucionais operacionalizados em comportamentos observáveis e


ev

mensuráveis, procedimentos instrucionais e avaliação. As etapas básicas de um


Az

processo ensino-aprendizagem são: a) estabelecimento de comportamentos


na
lia

terminais, através de objetivos instrucionais; b) análise da tarefa de


Ju

aprendizagem, a fim de ordenar seqüencialmente os passos da instrução; c)


executar o programa, reforçando gradualmente as respostas corretas
correspondentes aos objetivos. O essencial da tecnologia educacional é a
programação por passos seqüenciais empregada na instrução programada, nas
técnicas de microensino, multimeios, módulos etc. O emprego da tecnologia
instrucional na escola pública aparece nas formas de: planejamento em moldes
sistêmicos, concepção de aprendizagem como mudança de comportamento,
operacionalização de objetivos, uso de procedimentos científicos (instrução

158
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

programada, audiovisuais, avaliação etc., inclusive a programação de livros


didáticos)6.
Relacionamento professor-aluno - São relações estruturadas e objetivas,
com papéis bem definidos: o professor administra as condições de transmissão
da matéria, conforme um sistema instrucional eficiente e efetivo em termos de
resultados da aprendizagem; o aluno recebe, aprende e fixa as informações. O
professor é apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno,
cabendo-lhe empregar o sistema instrucional previsto. O aluno é um indivíduo

05
responsivo, não participa da elaboração do programa educacional. Ambos são

6:
:5
espectadores frente à verdade objetiva. A comunicação professor-aluno tem um

12
sentido exclusivamente técnico, que é o de garantir a eficácia da transmissão do

3
02
conhecimento. Debates, discussões, questionamentos são desnecessários,

/2
05
assim como pouco importam as relações afetivas e pessoais dos sujeitos

2/
envolvidos no processo ensinoaprendizagem.

-2
Pressupostos de aprendizagem - As teorias de aprendizagem que fun-

om
damentam a pedagogia tecnicista dizem que aprender é uma questão de

l.c
ai
modificação do desempenho: o bom ensino depende de organizar eficien-

gm
temente as condições estimuladoras, de modo a que o aluno saia da situação de
e@
aprendizagem diferente de como entrou. Ou seja, o ensino é um processo de
ci
pe

condicionamento através do uso de reforçamento das respostas que se quer


es

obter. Assim, os sistemas instrucionais visam ao controle do comportamento


na
ia

individual face objetivos preestabelecidos. Trata-se de um enfoque diretivo do


ul
-j

ensino, centrado no controle das condições que cercam o organismo que se


5
-3

comporta. O objetivo da ciência pedagógica, a partir da psicologia, é o estudo


37

científico do comportamento: descobrir as leis naturais que presidem as reações


.4
17

físicas do organismo que aprende, a fim de aumentar o controle das variáveis


.3

que o afetam. Os componentes da aprendizagem - motivação, retenção,


46
-1

transferência - decorrem da aplicação do comportamento operante Segundo


e

Skinner, o comportamento aprendido é uma resposta a estímulos externos,


ad
dr

controlados por meio de reforços que ocorrem com a resposta ou após a mesma:
An

"Se a ocorrência de um (comportamento) operante é seguida pela apresentação


de

de um estíimulo (reforçador), a probabilidade de reforçamento é aumentada".


o
ed

Entre os autores que contribuem para os estudos de aprendizagem destacam-se:


ev

Skinner, Gagné, Bloon e Mager7.


Az

Manifestações na prática escolar - A influência da pedagogia tecnicista


na
lia

remonta à 2ª metade dos anos 50 (PABAEE - Programa Brasileiro-americano de


Ju

Auxílio ao Ensino Elementar). Entretanto foi introduzida mais efetivamente no


final dos anos 60 com o objetivo de adequar o sistema educacional à orientação
político-econômica do regime militar: inserir a escola nos modelos de
racionalização do sistema de produção capitalista. É quando a orientação
escolanovista cede lugar à tendência tecnicista, pelo menos no nível de política
oficial; os marcos de implantação do modelo tecnicista são as leis 5.540/68 e
5.692/71, que reorganizam o ensino superior e o ensino de 1º e 2º graus. A
despeito da máquina oficial, entretanto, não há indícios seguros de que os

159
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

professores da escola pública tenham assimilado a pedagogia tecnicista, pelo


menos em termos de ideário. A aplicação da metodologia tecnicista
(planejamento, livros didáticos programados, procedimentos de avaliação etc.)
não configura uma postura tecnicista do professor; antes, o exercício
profissional continua mais para uma postura eclética em torno de princípios
pedagógicos assentados nas pedagogias tradicional e renovada.

Questões sobre Desenvolvimento

05
6:
1.IDECAN - Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo/MG –

:5
12
Psicólogo – 2017

3
Sobre a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento de Erik Erikson, é

02
/2
INCORRETO afirmar que:

05
A) Esses estágios consecutivos seguem sempre uma ordem cronológica rígida e

2/
-2
têm duração exata para a “mudança de fase”.

om
B) Erikson deu ênfase especial ao período da adolescência, pois é nele que se faz

l.c
a transição da infância para a idade adulta.

ai
gm
C) O desenvolvimento avança em oito estágios. Os primeiros quatro estágios
e@
ocorrem durante o período de bebê e da infância, e os três últimos durante os
ci

anos adultos e velhice.


pe
es

D) O que acontece durante a adolescência é da maior importância para a


na

personalidade adulta. Identidade, crises de identidade, e confusão de identidade


ia
ul

são indubitavelmente os conceitos mais conhecidos de Erikson.


-j
5
-3
37

2.IDECAN - Prefeitura Municipal de Conquista/MG – Psicólogo - 2016


.4

“A teoria psicanalítica do desenvolvimento leva em consideração todos os


17
.3

aspectos do desenvolvimento do caráter, ou seja, da personalidade do seres


46

humanos. Para Freud existem dois aspectos principais e que a maioria dos
-1

aspectos significativos da personalidade posterior são formados até o final dos


e
ad

primeiros cinco anos de vida do indivíduo.” (Lawrence A. Pervin e Oliver P. p.


dr
An

92.)
de

Considerando a visão de Freud sobre o desenvolvimento e a personalidade,


o

marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


ed
ev

( ) O primeiro aspecto considerado importante para Freud em relação ao


Az

desenvolvimento é que o indivíduo avança através de estágios deste processo.


na

( ) O segundo aspecto considerado importante para Freud em relação ao


lia
Ju

desenvolvimento enfatiza a importância de eventos passados para todo o


comportamento posterior.
( ) A teoria psicanalítica do desenvolvimento de processos de pensamento
concentra-se na mudança dos processos primários de pensamento para o
processo de pensamento secundário.
( ) A parte mais significativa da teoria psicanalítica diz respeito ao
desenvolvimento dos instintos, sendo estes estados de tensão corporal, que
tendem a se concentrar em certas regiões do corpo.
A sequência está correta em

160
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A) F, V, V, F.
B) V, V, F, F.
C) F, F, V, V.
D) V, V, V, V.

3.IDECAN - Prefeitura Municipal de Conquista/MG – Psicólogo - 2016


“Segundo Vygotsky o aprendizado está intimamente relacionado aos processos
de desenvolvimento e constitui um aspecto desses processos na organização

05
cultural e, portanto, humana das funções psicológicas.” (Bessa, 2011, p. 87.)

6:
:5
De acordo com Vygotsky, em relação à aprendizagem, analise as afirmativas a

12
seguir.

3
02
I. O aprendizado, como relação do indivíduo com o ambiente sócio-histórico-

/2
05
cultural de que participa, desencadeia processos internos de desenvolvimento

2/
do indivíduo.

-2
II. A aprendizagem pode ser definida como o despertar de processos de

om
desenvolvimento no exterior do sujeito que não ocorreriam sem o seu contato

l.c
ai
com o ambiente cultural.

gm
III. A importância do papel do outro social é relevante na visão de Vygotsky na
e@
medida em que traz à tona um conceito de sua teoria nas relações entre
ci
pe

desenvolvimento e aprendizado: o conceito de Zona de Desenvolvimento


es

Proximal (ZDP).
na
ia

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)


ul
-j

A) I.
5
-3

B) II.
37

C) I e III.
.4
17

D) II e III.
.3
46
-1
e

4.IDECAN - Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Itambé/MG –


ad
dr

Psicólogo – 2015
An

A relação entre desenvolvimento e aprendizagem é uma questão teórica central


de

nos estudos de natureza psicológica, tanto Piaget quanto Vygotsky explicam essa
o
ed

relação pautada em princípios interacionistas. Tais autores concordam em


ev

alguns pontos e divergem em outros. Diante do exposto, marque V para as


Az

afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


na
lia

( ) Vygotsky aborda quatro fatores no desenvolvimento do indivíduo:


Ju

maturidade biológica, experiência de contato, relação social e equilibração. Já


Piaget determina o aspecto social e cultural.
( ) Para Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, e para Vygotsky o
pensamento e a linguagem são processos diferentes e se tornam
interdependentes em expressão do meio.
( ) Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela
criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra.

161
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

( ) Vygotsky concorda que a construção do conhecimento proceda do individual


para o social. A construção do real não seria, então, mediada pelo interpessoal
antes de ser internalizada pela criança.
A sequência está correta em
A) V, F, F, V.
B) V, V, V, F.
C) F, V, V, F.
D) F, V, F, V.

05
6:
:5
5.IDECAN - Prefeitura Municipal de São José da Lapa/MG - Concurso

12
Público – Psicólogo – 2015

3
02
O fragmento de texto a seguir contextualiza as 3 questões seguintes. Leia-o

/2
05
atentamente.

2/
“Logo nas primeiras linhas da introdução do livro L'Epistémologie

-2
Génétique (1970), Piaget afirma que ‘o conhecimento não pode ser

om
concebido como algo predeterminado nem nas estruturas internas do

l.c
ai
sujeito’ e ‘em nas características

gm
preexistentes do objeto’. No primeiro caso a afirmação é respaldada,
e@
segundo ele, no fato de que as estruturas ‘resultam de uma construção
ci
pe

efetiva e continua’. Para o segundo caso, o respaldo é que aquelas


es

características ‘só são conhecidas graças à mediação necessária dessas


na
ia

estruturas, e que estas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas’. Considerando


ul
-j

que a formação de capacidade cognitiva aconteça em períodos sucessivos


5
-3

e procurando explicar essa sucessão, a Epistemologia Genética remonta a


37

gênese e mostra que não existem começos absolutos. O problema dela é o


.4
17

do desenvolvimento dos conhecimentos. E como nessa concepção esse


.3

desenvolvimento não acontece de forma linear, mas através de saltos e


46
-1

rupturas, ela estabelece estágios de desenvolvimento. Cada um destes


e

estágios representa justamente, uma lógica das estruturas mentais e que


ad
dr

será superado radicalmente por um estágio superior que apresenta uma


An

outra lógica do conhecimento.”


de

(Revista FACEVV|1º Semestre de 2009|Número 2|p. 2


o
ed
ev

Acerca do fragmento de texto exposto, analise as afirmativas e assinale a


Az

INCORRETA de acordo com a Epistemologia Genética.


na
lia

A) O primeiro destes estágios transcorre no âmbito da motricidade; o segundo,


Ju

na atividade representativa, e o terceiro e o quarto no pensamento operatório.


B) Piaget e sua equipe distinguiram os estágios, e que, segundo ele, os critérios
para tal distinção foram inventados a priori e também descobertos por eles
subjetivamente.
C) Para Piaget a inteligência dá saltos – muda de qualidade, cada estágio
representa uma qualidade desta inteligência. Os estágios significam, ainda, que
existe uma sequência e uma sucessão no desenvolvimento da inteligência e que
esse desenvolvimento passa, necessariamente, por cada um destes estágios.

162
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

D) Os dois últimos estágios para que o desenvolvimento cognitivo transcorra no


âmbito do pensamento operatório, a diferença entre eles é constatada pelo fato
de que no terceiro, o pensamento operatório ainda esteja ligado ao concreto,
enquanto que, no quarto, este mesmo pensamento tem ligação ao abstrato e
formal.

6.IDECAN - Prefeitura Municipal de São José da Lapa/MG - Concurso


Público – Psicólogo – 2015

05
Considerando que os estágios, segundo Piaget, foram denominados conforme

6:
:5
indicado a seguir, relacione-os

12
adequadamente com suas respectivas características.

3
02
1. Sensório-motor.

/2
05
2. Pré-operatório.

2/
3. Operatório concreto.

-2
4. Operatório formal.

om
( ) Neste estágio, que é o dos primórdios de uma lógica propriamente dita, as

l.c
ai
operações ainda não repousam sobre proposições de enunciados verbais, mas

gm
sobre os próprios objetos que as crianças se limitam a classificar, a seriar, a
e@
colocar em correspondência etc.
ci
pe

( ) Neste estágio, a inteligência ainda é prática, mas agora, além de prática, ela
es

é uma inteligência em representação; entretanto, a criança utiliza a


na
ia

representação, mas ela tem todo um trabalho de assimilação, acomodação e


ul
-j

equilibração de organizar essas representações num todo.


5
-3

( ) Neste estágio, a criança chega ao mundo das operações formais. Estas novas
37

operações aparecem pela generalização progressiva a partir das precedentes e a


.4
17

principal característica desta fase consiste em poder realizar estas operações


.3

sobre hipóteses e não somente sobre objetos.


46
-1

( ) A representação é a capacidade que a criança adquire, por meio das


e

construções cognitivas, de pensar um objeto através de outro objeto. Neste


ad
dr

estágio, a inteligência ainda é prática, mas agora, além de prática, ela é uma
An

inteligência em representação e significa que a criança utiliza a representação,


de

mas ela tem todo um trabalho de assimilação, acomodação e equilibração de


o
ed

organizar essas representações num todo.


ev

A sequência está correta em


Az

A) 3, 1, 4, 2.
na
lia

B) 2, 3, 1, 4.
Ju

C) 1, 2, 3, 4.
D) 4, 2, 1, 3.

7.IDECAN - Prefeitura Municipal de São José da Lapa/MG - Concurso


Público – Psicólogo – 2015
“Vygotsky defende a ideia de contínua interação entre as mutáveis condições
sociais e as bases biológicas do comportamento humano. Partindo de estruturas
orgânicas elementares, determinadas basicamente pela maturação, forma-se

163
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

novas e mais complexas funções mentais, a depender das experiências sociais a


que as crianças se acham expostas.” (Davis & Oliveira, 1993.)
Acerca do tema exposto e da teoria sócio-interacionista de Vygotsky,
analise as premissas e assinale a correta.
A) A criança se apodera de um conhecimento se “agir” sobre ele, pois aprender
é modificar, descobrir, inventar.
B) A respeito da fala egocêntrica, é uma transição entre estados mentais
individuais não verbais, de um lado, e o discurso socializado e o pensamento

05
lógico de outro.

6:
:5
C) Os estudos sobre a aquisição de linguagem como fator histórico e social

12
enfatizam a importância da interação e da informação linguística para a

3
02
construção do conhecimento.

/2
05
D) O desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do objeto de

2/
conhecimento a estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação

-2
dessas estruturas em função do que vai ser assimilado.

om
l.c
ai
8.IDECAN - Prefeitura Municipal de São Francisco do Glória/MG –

gm
Psicólogo - 2015
e@
A teoria de personalidade proposta com Erik Erikson pode ser considerada
ci
pe

como uma teoria psicossocial da personalidade. No entanto, ao contrário


es

daqueles autores que romperem com a psicanálise freudiana, Erikson


na
ia

pretendeu ampliar os pressupostos da perspectiva psicanalítica de Freud,


ul
-j

estendendo os estágios psicossexuais de desenvolvimento para a adolescência,


5
-3

idade adulta e envelhecimento, sugerindo uma “luta psicossocial” na formação


37

da personalidade. Sobre o caráter psicossocial da personalidade para Erikson,


.4
17

assinale a alternativa correta.


.3

A) Ao nascer, o ego é marcado por um período de incorporação inclusive de


46
-1

estímulos visuais, tendo seu surgimento evidenciado por uma crise psicossexual
e

orogenital.
ad
dr

B) Ao nascer, o ego existe como potencial, devendo surgir, pois, em um contexto


An

social e cultural, marcado por diversidade educativa e de valores, e pelo


de

princípio epigenético.
o
ed

C) Após o nascimento, surge uma força básica do desejo, o que impulsiona o


ev

indivíduo para um contexto sociocultural, caracterizando o estágio inicial


Az

vontade versus desconfiança básica.


na
lia

D) Após o nascimento, tem início o primeiro estágio de desenvolvimento


Ju

psicossocial, o qual é marcado por uma crise psicossocial básica, denominada


por confiança básica versus autonomia.

9. CESPE - TRE-BA – Psicólogo – 2017


De acordo com Jacques Lacan, em determinada fase do desenvolvimento da
criança constitui-se uma demarcação de sua unidade corporal, separada do
corpo da mãe. Esse primeiro corte com o exercício pleno da pulsão ocorre por
meio

164
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A do afeto.

B da foraclusão.

C do imaginário.

D do registro do simbólico.
E do registro do real.

10. CONSULPLAN - Prefeitura de Venda Nova do Imigrante - ES - Psicólogo


- 2016

05
A teoria psicossocial de Erikson avança em oito estágios de desenvolvimento. Os

6:
:5
primeiros quatro estágios ocorrem durante o período de bebê e de infância, e os

12
três últimos durante os anos adultos e a velhice. Nos textos de Erikson, é dada

3
02
uma ênfase especial ao período da adolescência, pois é nele que se faz a

/2
05
transição da infância para a vida adulta. O que ocorre durante esse estágio é da

2/
-2
maior importância para a personalidade adulta. A partir dessa conceituação, é

om
correto afirmar que a principal importância dos estudos de Erikson são

l.c
formulados a partir de:

ai
A Adolescência, somente.
gm
e@
B Infância, adolescência e idade adulta.
ci

C Relação primária do bebê com o mundo.


pe

D Identidade, crises de identidade e confusão de identidade.


es
na
ia

11. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFFS - Psicólogo


ul
-j

A respeito da síndrome normal da adolescência e psicanálise, é correto


5
-3

afirmar que
37

A nesse processo do desenvolvimento, o principal mecanismo psíquico de


.4
17

defesa utilizado é a denegação.


.3
46

B nessa fase, ocorre o luto do corpo e do papel infantil, assim como da


-1

idealização dos pais.


e
ad

C a identidade se constitui até os 7 (sete) anos, portanto, na adolescência, não


dr

ocorrem processos identificatórios.


An

D um momento linear, equilibrado e estável.


de

E é incomum a adesão a grupos na tentativa de experimentar novos papéis.


o
ed
ev
Az

12. Instituto AOCP – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE


na

FEDERAL DE SERGIPE – PSICÓLOGO HOSPITALAR – 2013


lia

Uma das solicitações muito frequentes nos hospitais em relação ao puerpério é


Ju

a avaliação da relação mãe e bebê. Sobre o tema, assinale a alternativa


INCORRETA.
(A) A importância da avaliação da relação mãe e bebê se justifica ao
considerar que a qualidade dessa relação implica no desenvolvimento psíquico
e cognitivo saudáveis.
(B) Pesquisas já apontam que, em casos de bebê pré-termos, que necessitam
de cuidados intensivos, a presença dos pais com o investimento de afeto no
recém nascido contribui para a melhoria clínica.

165
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(C) Ao avaliar a relação mãe e bebê alguns itens são contemplados como:
como a mãe segura o bebê, o modo de oferecer o seio e como olha para o bebê.
(D) O cuidado adequado são sinais de carinho e zelo, sendo assim é preciso
muitas vezes orientar as mães, considerando que a maternidade é instintiva.
(E) Algumas teorias do desenvolvimento corroboram que o bebê ao nascer
vai se dando conta, ao longo das semanas, que já não é parte da mãe, isso
justifica a importância de se ter uma boa qualidade no vínculo entre os dois.

05
13. Instituto AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis – Psicólogo – 2015

6:
:5
A “Síndrome da Adolescência Normal” abrange a premissa de que seria

12
anormal a presença de um equilíbrio estável durante essa fase do

3
02
desenvolvimento. A respeito das características da identidade adolescente,

/2
05
assinale a alternativa INCORRETA.

2/
(A) A adolescência é responsável pela busca de identidade, a qual inicia e se

-2
concretiza nesse mesmo período, havendo poucas mudanças posteriormente,

om
l.c
uma vez que, ao adquirir uma identidade, não é possível mudá-la. 


ai
(B) Ocorre uma busca por identificação e alguns adolescentes podem procurar
gm
uma “identidade negativa” devido a algum transtorno na aquisição da identidade
e@
infantil ou a uma necessidade mais imperiosa de abandonar seus aspectos
ci
pe

infantis.
es

(C) Na pressa por uma identidade adulta, pode- se adquirir pseudoidentidades,


na
ia

escondendo a identidade latente. 



ul
-j

(D) Ocorre um sentimento de despersonificação do adolescente, devido à


5
-3

dificuldade em se adaptar ao corpo em crescimento, às novas vivências e à falta


37

de semelhança familiar. 

.4
17

(E) Nessa fase é necessária a elaboração dos lutos dos pais da infância, do corpo
.3
46

infantil e da própria infância. 



-1
e
ad

14. Instituto AOCP – INES – Psicólogo – 2009


dr

Costuma-se dividir a Adolescência em três etapas: pré-puberdade, puberdade


An

e pós-puberdade. Em relação a estas três etapas, analise as assertivas e


de

assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).


o
ed

I. O período Pós-puberal é o menos conflitivo em nossa sociedade.


ev
Az


na

II. A gradual progressão da criança no seu desenvolvimento para a


lia

maturidade é perturbada pelas transformações da puberdade,


Ju

obrigando-a a uma profunda reorganização intrapsíquica. 



III. O desenvolvimento físico, que vinha gradualmente se
realizando, sofre uma aceleração. 

IV. Nos dois ou três anos que antecedem a puberdade, a criança
aumenta cerca de seis quilos e cresce em média 10 cm por ano. 

a) Apenas I está correta. 

b) Apenas II e III estão corretas. 

c) Apenas II, III e IV estão corretas. 

166
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

d) Apenas I e IV estão corretas. 



e) I, II, III e IV estão corretas. 


15. Instituto AOCP – INES – Psicólogo – 2009


O adolescente passa a experienciar um sentido da própria identidade, um
sentimento de que é um ser humano único, que está preparado para se
encaixar em algum papel significativo na sociedade. A respeito da formação
da Identidade na adolescência, assinale a alternativa correta.

05
a) O agente interno ativador na formação da identidade é o ego.

6:
:5
b) O agente interno ativador na formação da identidade é o superego.

12
c) O agente interno ativador na formação da Identidade é o Id.

3
02
d) Durante a confusão de Identidade, o adolescente é incapaz de sentir-se

/2
05
regredindo.

2/
e) Durante o estágio da formação da identidade o adolescente é incapaz de sofrer

-2
profundamente em virtude da confusão de papéis ou de confusão de identidade.

om
l.c
ai
16. Instituto AOCP – ELETROBRÁS – Psicólogo – 2009
gm
Conforme Erik Erikson, em sua teoria do Desenvolvimento Psicossocial, há
e@
oito estádios psicossociais, listados a seguir:
ci
pe

1. confiança básica x desconfiança básica; 



es
na

2. integridade do ego x desesperança; 



ia
ul

3. produção (diligência) x inferioridade; 



-j

4. identidade x confusão de papéis; 



5
-3

5. iniciativa x culpa; 

37
.4

6. generatividade x estagnação; 

17
.3

7. autonomia x vergonha e dúvida; 



46

8. intimidade x isolamento. 

-1

Assinale a alternativa que corresponde à seqüência em que tais estádios


e
ad

aparecem ao longo do desenvolvimento humano.



dr
An

a) 1, 7, 5, 3, 4, 8, 6 e 2.

de

b) 1, 5, 7, 3, 8, 4, 6 e 2.

o
ed

c) 1, 7, 5, 8, 4, 3, 2 e 6.

ev

d) 1, 7, 3, 5, 8, 4, 2 e 6.

Az

e) 7, 1, 5, 3, 4, 8, 2 e 6.
na
lia
Ju

17. PUC/PR – TJ-PR – Psicólogo – 2017


No que se refere à compreensão do desenvolvimento humano na perspectiva da
Análise do Comportamento, assinale a alternativa CORRETA.
A) Desenvolvimento, para a análise do comportamento, refere-se à
continuidade de mudanças as quais são sistemáticas, ordenadas, padronizadas
e permanentes na vida do indivíduo.

167
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

B) A análise do comportamento propõe que o desenvolvimento ocorre em


estágios e considera a idade como aspecto principal para determinadas
aquisições.
C) A análise do comportamento propõe que o desenvolvimento seja uma
integração estrutural entre teorias cognitivas e teorias de aprendizagem.
D) Para a análise do comportamento, o processo do desenvolvimento sofre
influência tanto da maturação biológica quanto das experiências que o individuo
vivencia.

05
E) Para a análise do comportamento, o desenvolvimento ocorre dentro do

6:
:5
organismo da criança, por meio de mudança nas estruturas cognitivas.

12
3
02
18. PUC/PR – TJ-PR – Psicólogo – 2017

/2
05
Com base no modelo bioecológico do desenvolvimento humano, analise as

2/
alternativas a seguir.

-2
I. O ambiente/contexto ecológico é constituído por um conjunto de sistemas

om
interdependentes vistos como organização de encaixe de estruturas

l.c
ai
concêntricas.

gm
II. Para Bronfenbrenner, na compreensão do desenvolvimento humano, a
e@
herança genética é fundamental, definirá o 
desenvolvimento e se sobrepõe ao
ci
pe

fenótipo. 

es
na

III. Para compreender o desenvolvimento humano, é necessário considerar o


ia

ambiente ecológico, o qual é composto 
por oito subsistemas. 



ul
-j

IV. Desenvolvimento é o processo por meio do qual a pessoa se transforma e


5
-3

adquire uma concepção mais ampliada, 
diferenciada e válida do meio. 



37
.4

V. O desenvolvimento acontece na sucessão de estágios, sendo que em cada


17

estágio o ego passa por uma crise. O 
desenvolvimento do indivíduo está


.3
46

relacionado ao seu contexto social, o qual influencia as crises. 



-1

Estão CORRETAS somente


e
ad

e. A) I e IV. 

dr
An

f. B) II, III, V. 

de

g. C) II, III, IV. 



o

h.D) I, II, III, IV. 



ed
ev

i. E) I e V.
Az
na

19. IBFC – SEPLAG/MG – Psicólogo – 2014


lia
Ju

No final do século XIX Freud propôs para a sociedade e comunidade científica a


teoria do desenvolvimento psicossexual da criança, que causou grande espanto
e polêmica na sociedade conservadora da época. De acordo com tal teoria, o
desenvolvimento psicossexual acontece através da passagem por diversas
etapas desde o nascimento. Assinale a alternativa cujas características
correspondam a fase genital do desenvolvimento psicossexual: 

a) o pênis torna-se o principal órgão de interesse para crianças de ambos os
sexos, e sua ausência nas meninas é vista como castração. Nesta fase, o
envolvimento e o conflito edipiano são estabelecidos.
168
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

b) consolida-se a maturação fisiológica dos sistemas de funcionamento sexual,


sendo que os principais objetivos desta fase são a separação final da
dependência e do apego aos pais, e o estabelecimento de relações de objeto
maduras e não incestuosas. 

c) seu principal objetivo é que a criança possa estabelecer um relacionamento
de dependência com sujeitos que proporcionam nutrição e sustento, obtendo
uma expressão confortável e a gratificação de necessidades. 

d) período que compreende por volta do terceiro e quarto ano de vida da criança,

05
e é marcado pelo controle neuromuscular sobre os esfíncteres, sendo uma fase

6:
:5
marcada por uma intensificação dos impulsos agressivos. 


12
3
02
20. IBFC – Prefeitura de Alagoa Grande/PB – Psicólogo – 2014

/2
05
Sigmund Freud, pai da psicanálise, propôs em sua teoria, fases do

2/
-2
desenvolvimento psicossexual. As afirmações abaixo correspondem às

om
características das fases do desenvolvimento:

l.c
O principal objetivo dessa fase é que a criança possa estabelecer um

ai
relacionamento com sujeitos que proporcionam nutrição e sustento, obtendo
gm
e@
uma expressão confortável e a gratificação de necessidades. 

ci

I. Nesta fase consolida-se a maturação fisiológica dos sistemas de


pe

funcionamento sexual. 

es
na

II. Os principais objetivos desta fase são a separação final da dependência e do


ia
ul

apego aos pais, e o estabelecimento de relações de objeto maduras e não


-j

incestuosas. 

5
-3

III. Nesta fase, o pênis torna-se o principal órgão de interesse para crianças de
37
.4

ambos os sexos, e sua ausência nas meninas é vista como castração. 



17

A(s) afirmação(ções) que corresponde(m) as características da fase genital do


.3
46

desenvolvimento psicossexual é (são):



-1

a) II e III, apenas.
e
ad

b) I e IV, apenas.

dr
An

c) II, III, e IV, apenas.


de

d) II, apenas. 

o
ed
ev

21. FGV – DETRAN/RN – Psicólogo – 2010


Az

Em pesquisas, estudos e práticas na área da ciência do desenvolvimento


na

humano, há “consenso na literatura contemporânea sobre a necessidade de se


lia
Ju

considerar,” EXCETO:

A) Os indivíduos dentro de suas redes ou sistemas de interação social.

B) A expansão das fronteiras metodológicas usadas na investigação dos
processos de desenvolvimento para 
métodos mais adequados à sua
complexidade, propondo estudos sistêmicos, longitudinais, transculturais, 

transgeracionais e multimetodológicos.

C) A dialética entre os sistemas biopsicossociais inseridos no contexto histórico-
cultural.


169
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

D) A dinâmica do curso de vida em sua totalidade, incluindo as gerações


anteriores e posteriores.
E) A atenção ao indivíduo no contínuo e imutável processo de desenvolvimento
humano.

22. FGV – DETRAN/RN – Psicólogo – 2010


Uma das teorias da ciência do desenvolvimento humano denominada
abordagem do curso da vida, tem como princípios paradigmáticos, EXCETO:


05
A) As variações geográficas e históricas nas vidas humanas.


6:
:5
B) As etapas constituintes do desenvolvimento humano vividas de 0 a 12 anos.

12
C) A(s) organização(ações) humana(s) e suas restrições sociais, moldando as

3
02
trajetórias do desenvolvimento.

/2
05
D) O papel central do tempo e do processo do desenvolvimento.


2/
-2
E) As vidas relacionadas ou interdependentes na matriz de relações sociais, no

om
tempo.

l.c
ai
23. FGV - Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo – 2010
gm
e@
Os estudos do psicanalista francês René Spitz trouxeram importantes
ci

contribuições para a compreensão de quadros psicossomáticos desenvolvidos


pe

no primeiro ano de vida e influenciaram inúmeros estudos sobre a


es
na

psicossomática do adulto.
ia

Avalie as afirmativas a seguir e assinale a incorreta.



ul
-j

A) o marasmo é conseqüência da perda de uma relação objetal bem


5
-3

estabelecida.
37
.4

(B) o trabalho de Spitz é um dos mais importantes estudos sobre o


17

desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida, nos quais se combinaram


.3
46

técnicas de observação direta e uso de testes projetivos.


-1

(C) a depressão anaclítica surge como uma conseqüência da separação do bebê


e
ad

de sua mãe ou de seu cuidador.


dr

(D) segundo Spitz, a cólica dos três primeiros meses seria decorrente da hiper-
An

solicitude ansiosa da mãe.


de

(E) vômitos incoercíveis são resultantes da hostilidade materna disfarçada em


o
ed

hiper-solicitude.
ev
Az
na

24. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo


lia

Jean Piaget considera que a estruturação do sujeito sofre influência de alguns


Ju

fatores. De acordo com a perspectiva do autor, o fator mais importante nesse


processo é a
(A) interação social.
(B) maturação nervosa.
(C) exercício repetitivo.
(D) equilibração.
(E) experiência adquirida.

170
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

25. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo


A visão construtivista do psiquismo humano é compartilhada atualmente por
numerosas teorias do desenvolvimento, da aprendizagem e de procedimentos
psicológicos, que são foco da psicologia da educação. Essa visão compreende a
aprendizagem como um processo
(A) dinâmico e determinado pelas experiências de vida.
(B) complexo e alheio ao aporte daquele que aprende.
(C) ativo e de natureza essencialmente individual e interna.

05
(D) multifacetado e submetido à interferência mínima do ambiente.

6:
:5
(E) empírico e dependente de estratégias de ensaio e erro para se constituir.

12
3
02
26. VUNESP - 2019 - UFABC - Psicólogo

/2
05
De acordo com a perspectiva de Jean Piaget, o egocentrismo é um aspecto

2/
central do pensamento da criança entre dois e sete anos, aproximadamente.

-2
Quando a criança supera esse aspecto, ela é capaz de

om
(A) tomar consciência do que é subjetivo em si.

l.c
ai
(B) adquirir conhecimentos relevantes.

gm
(C) associar o sujeito e os objetos.
e@
(D) se aprofundar na experiência pessoal.
ci
pe

(E) se adaptar às situações intencionalmente.


es
na
ia

27. VUNESP - 2019 - UFABC - Psicólogo


ul
-j

Uma visão de aprendizagem que adota uma perspectiva crítica


5
-3

(A) enfatiza a necessidade de disciplina, de organização metódica de


37

procedimentos e conteúdos.
.4
17

(B) solicita a definição clara de conceitos a serem aprendidos, e uma sequência


.3

específica para a sua apresentação.


46
-1

(C) estimula a formação de grupos para aprender, e a homogeneidade de


e

repertório dos aprendizes.


ad
dr

(D) considera os fenômenos sociais na sua complexidade, estimula a autonomia


An

e a criatividade.
de

(E) define trilhas de conhecimentos, apresentadas de acordo com o ritmo


o
ed

pessoal de aprendizagem dos alunos.


ev
Az

28. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


na
lia

Um dos conceitos específicos da teoria de Lev Vygotsky é o de zona de


Ju

desenvolvimento proximal. Essa premissa reforça a ideia de que


(A) o bom ensino é aquele que não se adianta em relação aos processos da
criança que já se consolidaram.
(B) o desenvolvimento deve ser olhado e concebido retrospectivamente, para
produzir resultados sólidos.
(C) a trajetória do desenvolvimento humano se orienta pela externalização dos
processos interpsicológicos.

171
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(D) o indivíduo tem instrumentos endógenos para percorrer, sozinho, o


caminho de seu pleno desenvolvimento.
(E) o papel do professor é o de provocar nos alunos avanços na aprendizagem
que não ocorreriam espontaneamente.

29. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


Para Donald Winnicott, o espaço da sessão ofereceria aos pacientes uma
segunda oportunidade para o seu desenvolvimento, pois possibilitaria a

05
sustentação “suficientemente boa” que o indivíduo não teve em sua infância.

6:
:5
Essa condição seria possível porque o enquadramento da análise

12
(A) substitui as experiências traumáticas vividas pelo paciente por experiências

3
02
com características favoráveis ao amadurecimento.

/2
05
(B) reproduz as técnicas de maternagem precoces, convidando à regressão em

2/
uma situação de confiabilidade.

-2
(C) evita as referências ao ambiente primário hostil, para que possa ser oferecida

om
ao paciente uma nova experiência de holding.

l.c
ai
(D) organiza as pulsões orais, anais e genitais, que têm um papel primordial no

gm
processo de desenvolvimento do indivíduo.
e@
(E) aplaca as vivências de fracasso no desenvolvimento do ego, pois instaura
ci
pe

uma nova ordem para o registro do simbólico.


es
na
ia

30. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


ul
-j

A teoria das relações de objeto modificou a visão da conduta humana e dos


5
-3

processos inconscientes porque inseriu no contexto da psicanálise a ideia de que


37

(A) as características que os objetos internos adquirem independem do


.4
17

confronto entre os sentimentos


.3

agressivos e amorosos.
46
-1

(B) a pulsão exerce papel fundamental no psiquismo, mesmo quando não se


e

dirige aos objetos.


ad
dr

(C) as fantasias são respostas compensatórias da psique para a falta de


An

gratificação pulsional.
de

(D) a concepção de psiquismo tem como elemento fundamental o vínculo


o
ed

emocional.
ev

(E) o superego é a instância psíquica resultante da resolução do Complexo de


Az

Édipo.
na
lia
Ju

31. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


De uma perspectiva psicodinâmica, mesmo quando as relações na infância
com os pais são abusivas e conflituosas, a criança as considera como uma fonte
de prazer. Isso acontece porque
(A) elas proporcionam à criança abusada um senso de continuidade e
significado.
(B) essas crianças se tonaram incapazes de sentir medo ou abandono.
(C) os conflitos são inerentes às relações humanas, desde a mais tenra infância.

172
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(D) as figuras paternas, na infância, precisam ser protegidas dos ataques


destrutivos do self.
(E) o masoquismo é um sintoma neurótico presente em todo indivíduo, até em
crianças.

32. VUNESP – Guarulhos – Psicólogo – 2019


Segundo a concepção de Jean Piaget, a evolução das capacidades sensoriais,
motoras e intelectuais de uma criança

05
(A) pode variar no seu ritmo e qualidade, mas inevitavelmente obedece a uma

6:
:5
sequência neurofisiológica pré-determinada.

12
(B) é determinada pelas condições do aparato neurofisiológico dessa criança, no

3
02
momento de seu nascimento.

/2
05
(C) pode assumir qualquer configuração, desde que as condições do ambiente

2/
forneçam estimulação diversificada e abundante.

-2
(D) resulta da integração dos aspectos destrutivos e amorosos de sua

om
personalidade, durante o primeiro ano de vida.

l.c
ai
(E) é fruto de sua tendência inata ao amadurecimento que é colocada em ação

gm
pela atitude da mãe suficientemente boa.
e@
ci
pe

33. VUNESP – Guarulhos – Psicólogo – 2019


es

Um psicólogo foi encarregado de realizar um grupo terapêutico com


na
ia

adolescentes, para colaborar com as ações envolvidas em um programa para a


ul
-j

prevenção de bullying nas escolas. Essa estratégia para o trabalho terapêutico


5
-3

com adolescentes,
37

(A) é muito favorável, uma vez que os adolescentes têm uma tendência natural
.4
17

para se agruparem.
.3

(B) é inadequada, pois os sentimentos transferenciais nesse período de vida são


46
-1

mais intensos e ameaçadores.


e

(C) é desaconselhável, uma vez que nessa etapa do desenvolvimento a


ad
dr

prioridade é a estruturação da identidade individual.


An

(D) é inócua, porque os adolescentes são indivíduos especialmente refratários


de

às questões sociais e culturais.


o
ed

(E) é crítica, pois a atitude naturalmente agressiva e contestadora dos


ev

adolescentes impede o trabalho do terapeuta.


Az
na
lia
Ju

Questões Comentadas e Gabaritadas


1.IDECAN - Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo/MG –
Psicólogo – 2017
Sobre a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento de Erik Erikson, é
INCORRETO afirmar que:
A) Esses estágios consecutivos seguem sempre uma ordem cronológica rígida e
têm duração exata para a “mudança de fase”.

173
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

B) Erikson deu ênfase especial ao período da adolescência, pois é nele que se faz
a transição da infância para a idade adulta.
C) O desenvolvimento avança em oito estágios. Os primeiros quatro estágios
ocorrem durante o período de bebê e da infância, e os três últimos durante os
anos adultos e velhice.
D) O que acontece durante a adolescência é da maior importância para a
personalidade adulta. Identidade, crises de identidade, e confusão de identidade
são indubitavelmente os conceitos mais conhecidos de Erikson.

05
Gabarito: A

6:
:5
Comentários: Erikson fala que apesar da mudança de fase, elementos dos

12
estágios anteriores podem ser carregados para os subsequentes. Portanto, não

3
02
podemos falar em mudança rígida de fase.

/2
05
2/
2.IDECAN - Prefeitura Municipal de Conquista/MG – Psicólogo - 2016

-2
“A teoria psicanalítica do desenvolvimento leva em consideração todos os

om
aspectos do desenvolvimento do caráter, ou seja, da personalidade do seres

l.c
ai
humanos. Para Freud existem dois aspectos principais e que a maioria dos

gm
aspectos significativos da personalidade posterior são formados até o final dos
e@
primeiros cinco anos de vida do indivíduo.” (Lawrence A. Pervin e Oliver P. p.
ci
pe

92.)
es

Considerando a visão de Freud sobre o desenvolvimento e a personalidade,


na
ia

marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


ul
-j

( ) O primeiro aspecto considerado importante para Freud em relação ao


5
-3

desenvolvimento é que o indivíduo avança através de estágios deste processo.


37

( ) O segundo aspecto considerado importante para Freud em relação ao


.4
17

desenvolvimento enfatiza a importância de eventos passados para todo o


.3

comportamento posterior.
46
-1

( ) A teoria psicanalítica do desenvolvimento de processos de pensamento


e

concentra-se na mudança dos processos primários de pensamento para o


ad
dr

processo de pensamento secundário.


An

( ) A parte mais significativa da teoria psicanalítica diz respeito ao


de

desenvolvimento dos instintos, sendo estes estados de tensão corporal, que


o
ed

tendem a se concentrar em certas regiões do corpo.


ev

A sequência está correta em


Az

A) F, V, V, F.
na
lia

B) V, V, F, F.
Ju

C) F, F, V, V.
D) V, V, V, V.
Gabarito: D
Comentários: Essa prova foi copiada e colada de uma prova aplicada no mesmo
diapela IDECAN (sim, há chance de repetição, talvez não tão grosseira, na sua
prova). Caiu no concurso da IDECAN da Prefeitura Municipal de Leopoldina/MG
(2016). Igual, igual, igual.
Todas corretas.

174
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

3.IDECAN - Prefeitura Municipal de Conquista/MG – Psicólogo - 2016


“Segundo Vygotsky o aprendizado está intimamente relacionado aos processos
de desenvolvimento e constitui um aspecto desses processos na organização
cultural e, portanto, humana das funções psicológicas.” (Bessa, 2011, p. 87.)
De acordo com Vygotsky, em relação à aprendizagem, analise as afirmativas a
seguir.

05
I. O aprendizado, como relação do indivíduo com o ambiente sócio-histórico-

6:
:5
cultural de que participa, desencadeia processos internos de desenvolvimento

12
do indivíduo.

3
02
II. A aprendizagem pode ser definida como o despertar de processos de

/2
05
desenvolvimento no exterior do sujeito que não ocorreriam sem o seu contato

2/
com o ambiente cultural.

-2
III. A importância do papel do outro social é relevante na visão de Vygotsky na

om
medida em que traz à tona um conceito de sua teoria nas relações entre

l.c
ai
desenvolvimento e aprendizado: o conceito de Zona de Desenvolvimento

gm
Proximal (ZDP).
e@
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
ci
pe

A) I.
es

B) II.
na
ia

C) I e III.
ul
-j

D) II e III.
5
-3

Gabarito: C
37

Comentários: Essa prova foi copiada e colada de uma prova aplicada no mesmo
.4
17

diapela IDECAN (sim, há chance de repetição, talvez não tão grosseira, na sua
.3

prova). Caiu no concurso da IDECAN da Prefeitura Municipal de Leopoldina/MG


46
-1

(2016). Igual, igual, igual.


e

A aprendizagem de que Vygotsky fala ocorre no contato com o ambiente


ad
dr

cultural.
An
de
o
ed

4.IDECAN - Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Itambé/MG –


ev

Psicólogo – 2015
Az

A relação entre desenvolvimento e aprendizagem é uma questão teórica central


na
lia

nos estudos de natureza psicológica, tanto Piaget quanto Vygotsky explicam essa
Ju

relação pautada em princípios interacionistas. Tais autores concordam em


alguns pontos e divergem em outros. Diante do exposto, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Vygotsky aborda quatro fatores no desenvolvimento do indivíduo:
maturidade biológica, experiência de contato, relação social e equilibração. Já
Piaget determina o aspecto social e cultural.

175
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

( ) Para Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, e para Vygotsky o


pensamento e a linguagem são processos diferentes e se tornam
interdependentes em expressão do meio.
( ) Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela
criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra.
( ) Vygotsky concorda que a construção do conhecimento proceda do individual
para o social. A construção do real não seria, então, mediada pelo interpessoal
antes de ser internalizada pela criança.

05
A sequência está correta em

6:
:5
A) V, F, F, V.

12
B) V, V, V, F.

3
02
C) F, V, V, F.

/2
05
D) F, V, F, V.

2/
Gabarito: C

-2
Comentários: Vygotsky falando de maturidade? Não né. Os conceitos estão

om
invertidos (Piaget/Vygotsky). Vygotsky afirma que a construção do

l.c
ai
conhecimento procede do social para o individual.

gm
e@
ci
pe

5.IDECAN - Prefeitura Municipal de São José da Lapa/MG - Concurso


es

Público – Psicólogo – 2015


na
ia

O fragmento de texto a seguir contextualiza as 3 questões seguintes. Leia-o


ul
-j

atentamente.
5
-3

“Logo nas primeiras linhas da introdução do livro L'Epistémologie


37

Génétique (1970), Piaget afirma que ‘o conhecimento não pode ser


.4
17

concebido como algo predeterminado nem nas estruturas internas do


.3

sujeito’ e ‘em nas características


46
-1

preexistentes do objeto’. No primeiro caso a afirmação é respaldada,


e

segundo ele, no fato de que as estruturas ‘resultam de uma construção


ad
dr

efetiva e continua’. Para o segundo caso, o respaldo é que aquelas


An

características ‘só são conhecidas graças à mediação necessária dessas


de

estruturas, e que estas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas’. Considerando


o
ed

que a formação de capacidade cognitiva aconteça em períodos sucessivos


ev

e procurando explicar essa sucessão, a Epistemologia Genética remonta a


Az

gênese e mostra que não existem começos absolutos. O problema dela é o


na
lia

do desenvolvimento dos conhecimentos. E como nessa concepção esse


Ju

desenvolvimento não acontece de forma linear, mas através de saltos e


rupturas, ela estabelece estágios de desenvolvimento. Cada um destes
estágios representa justamente, uma lógica das estruturas mentais e que
será superado radicalmente por um estágio superior que apresenta uma
outra lógica do conhecimento.”
(Revista FACEVV|1º Semestre de 2009|Número 2|p. 2

176
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Acerca do fragmento de texto exposto, analise as afirmativas e assinale a


INCORRETA de acordo com a Epistemologia Genética.
A) O primeiro destes estágios transcorre no âmbito da motricidade; o segundo,
na atividade representativa, e o terceiro e o quarto no pensamento operatório.
B) Piaget e sua equipe distinguiram os estágios, e que, segundo ele, os critérios
para tal distinção foram inventados a priori e também descobertos por eles
subjetivamente.
C) Para Piaget a inteligência dá saltos – muda de qualidade, cada estágio

05
representa uma qualidade desta inteligência. Os estágios significam, ainda, que

6:
:5
existe uma sequência e uma sucessão no desenvolvimento da inteligência e que

12
esse desenvolvimento passa, necessariamente, por cada um destes estágios.

3
02
D) Os dois últimos estágios para que o desenvolvimento cognitivo transcorra no

/2
05
âmbito do pensamento operatório, a diferença entre eles é constatada pelo fato

2/
de que no terceiro, o pensamento operatório ainda esteja ligado ao concreto,

-2
enquanto que, no quarto, este mesmo pensamento tem ligação ao abstrato e

om
formal.

l.c
ai
Gabarito: B

gm
Comentários: Os critérios para diferenciação das fases de desenvolvimento não
e@
foram inventados, foram identificados através de muita observação e testes
ci
pe

laboratoriais. Piaget passou praticamente a vida toda estudando cientificamente


es

tudo isso.
na
ia
ul
-j
5
-3

6.IDECAN - Prefeitura Municipal de São José da Lapa/MG - Concurso


37

Público – Psicólogo – 2015


.4
17

Considerando que os estágios, segundo Piaget, foram denominados conforme


.3

indicado a seguir, relacione-os


46
-1

adequadamente com suas respectivas características.


e

1. Sensório-motor.
ad
dr

2. Pré-operatório.
An

3. Operatório concreto.
de

4. Operatório formal.
o
ed

( ) Neste estágio, que é o dos primórdios de uma lógica propriamente dita, as


ev

operações ainda não repousam sobre proposições de enunciados verbais, mas


Az

sobre os próprios objetos que as crianças se limitam a classificar, a seriar, a


na
lia

colocar em correspondência etc.


Ju

( ) Neste estágio, a inteligência ainda é prática, mas agora, além de prática, ela
é uma inteligência em representação; entretanto, a criança utiliza a
representação, mas ela tem todo um trabalho de assimilação, acomodação e
equilibração de organizar essas representações num todo.
( ) Neste estágio, a criança chega ao mundo das operações formais. Estas novas
operações aparecem pela generalização progressiva a partir das precedentes e a
principal característica desta fase consiste em poder realizar estas operações
sobre hipóteses e não somente sobre objetos.

177
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

( ) A representação é a capacidade que a criança adquire, por meio das


construções cognitivas, de pensar um objeto através de outro objeto. Neste
estágio, a inteligência ainda é prática, mas agora, além de prática, ela é uma
inteligência em representação e significa que a criança utiliza a representação,
mas ela tem todo um trabalho de assimilação, acomodação e equilibração de
organizar essas representações num todo.
A sequência está correta em
A) 3, 1, 4, 2.

05
B) 2, 3, 1, 4.

6:
:5
C) 1, 2, 3, 4.

12
D) 4, 2, 1, 3.

3
02
Gabarito: A

/2
05
Comentários: Questão de baixo teor nutritivo. Não perca tempo com ela...

2/
Pense numa questão CAGADA. Desculpe... Não tenho outra expressão.

-2
Toda cagada. Do início até o fim. Repetiram um trecho em duas fases (Neste

om
estágio, a inteligência ainda é prática, mas agora, além de prática, ela é uma

l.c
ai
inteligência em representação e significa que a criança utiliza a representação,

gm
mas ela tem todo um trabalho de assimilação, acomodação e equilibração de
e@
organizar essas representações num todo). E... Pior!!!! Nem o gabarito da
ci
pe

IDECAN está correto!


es

O trecho que destaquei faz parte do estágio pré-operatório. Vejamos:


na
ia

Por volta dos dois anos de idade a qualidade da inteligência


ul
-j

se modifica, ao contrário do primeiro estágio onde agir e saber


5
-3

eram uma realidade só, na transição para o segundo eles se


37

separam e dá-se o início do "pensamento com linguagem, o jogo


.4
17

simbólico, a imitação diferenciada, a imagem mental e as outras


.3

formas de função simbólica".


46
-1

Este estágio é também conhecido como o estágio da


e

representação e a criança permanece nele, aproximadamente, por


ad
dr

cinco anos. A representação é a capacidade que a criança adquire,


An

por meio das construções cognitivas, de pensar um objeto através


de

de outro objeto. Além disso, esta representação é crescente e


o
ed

consiste, em boa parte, numa interiorização progressiva daquelas


ev

ações que eram executadas de forma senso-motora. Neste estágio,


Az

a inteligência ainda é prática, mas agora, além de prática ela é


na
lia

uma inteligência em representação e Piaget denominou de Pré-


Ju

operatório porque significa que a criança utiliza a representação,


mas ela tem todo um trabalho de assimilação, acomodação e
equilibração de organizar essas representações num todo. E estas
operações significam exatamente a capacidade de organizar esse
mundo das representações de forma coerente e estável, embora
ela ainda não seja capaz de reverter essas operações; a
reversibilidade só acontecerá nos próximos estágios, os
operatórios concreto e formal.

178
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Fonte: Gelson Luiz Daldegan de Pádua. A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN


PIAGET. Revista FACEVV | 1º Semestre de 2009 | Número 2 | p. 22-35
Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4627078/mod_resource/content/1/Ar
tigo_A%20epistemologia%20gen%C3%A9tica%20de%20Jean%20Piaget.pdf

7.IDECAN - Prefeitura Municipal de São José da Lapa/MG - Concurso


Público – Psicólogo – 2015

05
“Vygotsky defende a ideia de contínua interação entre as mutáveis condições

6:
:5
sociais e as bases biológicas do comportamento humano. Partindo de estruturas

12
orgânicas elementares, determinadas basicamente pela maturação, forma-se

3
02
novas e mais complexas funções mentais, a depender das experiências sociais a

/2
05
que as crianças se acham expostas.” (Davis & Oliveira, 1993.)

2/
Acerca do tema exposto e da teoria sócio-interacionista de Vygotsky,

-2
analise as premissas e assinale a correta.

om
A) A criança se apodera de um conhecimento se “agir” sobre ele, pois aprender

l.c
ai
é modificar, descobrir, inventar.

gm
B) A respeito da fala egocêntrica, é uma transição entre estados mentais
e@
individuais não verbais, de um lado, e o discurso socializado e o pensamento
ci
pe

lógico de outro.
es

C) Os estudos sobre a aquisição de linguagem como fator histórico e social


na
ia

enfatizam a importância da interação e da informação linguística para a


ul
-j

construção do conhecimento.
5
-3

D) O desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do objeto de


37

conhecimento a estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação


.4
17

dessas estruturas em função do que vai ser assimilado.


.3

Gabarito: C
46
-1

Comentários: Para Piaget, a criança se apodera de um conhecimento se “agir”


e

sobre ele, pois aprender é modificar, descobrir, inventar. Para Vygotsky, a


ad
dr

aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A relação do indivíduo


An

com o mundo está sempre mediado pelo outro.


de

Uma divergência existente é a respeito da fala egocêntrica. Enquanto para


o
ed

Piaget é uma transição entre estados mentais individuais não verbais, de um


ev

lado, e o discurso socializado e o pensamento lógico de outro. Para Vygotsky, a


Az

fala egocêntrica está associada ao pensamento, e indica que a trajetória da


na
lia

criança vai dos processos socializados para os processos internos.


Ju

O desenvolvimento cognitivo se dá, para Vygotsky, pelos processos


mediacionais.

8.IDECAN - Prefeitura Municipal de São Francisco do Glória/MG –


Psicólogo - 2015
A teoria de personalidade proposta com Erik Erikson pode ser considerada
como uma teoria psicossocial da personalidade. No entanto, ao contrário
daqueles autores que romperem com a psicanálise freudiana, Erikson

179
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

pretendeu ampliar os pressupostos da perspectiva psicanalítica de Freud,


estendendo os estágios psicossexuais de desenvolvimento para a adolescência,
idade adulta e envelhecimento, sugerindo uma “luta psicossocial” na formação
da personalidade. Sobre o caráter psicossocial da personalidade para Erikson,
assinale a alternativa correta.
A) Ao nascer, o ego é marcado por um período de incorporação inclusive de
estímulos visuais, tendo seu surgimento evidenciado por uma crise psicossexual
orogenital.

05
B) Ao nascer, o ego existe como potencial, devendo surgir, pois, em um contexto

6:
:5
social e cultural, marcado por diversidade educativa e de valores, e pelo

12
princípio epigenético.

3
02
C) Após o nascimento, surge uma força básica do desejo, o que impulsiona o

/2
05
indivíduo para um contexto sociocultural, caracterizando o estágio inicial

2/
vontade versus desconfiança básica.

-2
D) Após o nascimento, tem início o primeiro estágio de desenvolvimento

om
psicossocial, o qual é marcado por uma crise psicossocial básica, denominada

l.c
ai
por confiança básica versus autonomia.

gm
Gabarito: B
e@
Comentários: Em nenhuma fase temos uma crise psicossexual orogenital. Tive
ci
pe

de pesquisar no google para saber o que era orogenital. Não pesquise... A


es

primeira assertiva está errada.


na
ia

Assim que a criança nasce NÃO existe uma força que irá imediatamente
ul
-j

levar a criança ao contexto sociocultural. Inicialmente a relação dela é direta


5
-3

com a mãe. A terceira assertiva está errada.


37

O primeiro estágio é o da confiança x desconfiança. O segundo é o


.4
17

autonomia x vergonha. A quarta está errada.


.3
46
-1
e

9. CESPE - TRE-BA – Psicólogo – 2017


ad
dr

De acordo com Jacques Lacan, em determinada fase do desenvolvimento da


An

criança constitui-se uma demarcação de sua unidade corporal, separada do


de

corpo da mãe. Esse primeiro corte com o exercício pleno da pulsão ocorre por
o
ed

meio
ev

A do afeto.

Az
na

B da foraclusão.

lia

C do imaginário.

Ju

D do registro do simbólico.
E do registro do real.
Gabarito: C
Comentários: Lacan é osso. Primeiro, é uma frase copiada e colada de um livro
que trata de, pasme, Freud. Veja:

180
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

05
6:
:5
12
3
02
/2
05
2/
-2
om
l.c
ai
gm
Livro: Freud e o Inconsciente (página 191). e@
ci
pe

Reconheço minha limitação, como professor, para o entendimento à fantástica


es

e klingoniana obra lacaniana. Por isso, recomendo assistir:


na
ia

https://www.youtube.com/playlist?list=PLlHDVKUxuaFrt_hmYrQ0OBKw9bx6
ul
-j

wm8r5
5
-3
37
.4
17

10. CONSULPLAN - Prefeitura de Venda Nova do Imigrante - ES - Psicólogo


.3

- 2016
46
-1

A teoria psicossocial de Erikson avança em oito estágios de desenvolvimento. Os


e

primeiros quatro estágios ocorrem durante o período de bebê e de infância, e os


ad
dr

três últimos durante os anos adultos e a velhice. Nos textos de Erikson, é dada
An

uma ênfase especial ao período da adolescência, pois é nele que se faz a


de

transição da infância para a vida adulta. O que ocorre durante esse estágio é da
o
ed

maior importância para a personalidade adulta. A partir dessa conceituação, é


ev

correto afirmar que a principal importância dos estudos de Erikson são


Az

formulados a partir de:


na
lia

A Adolescência, somente.
Ju

B Infância, adolescência e idade adulta.


C Relação primária do bebê com o mundo.
D Identidade, crises de identidade e confusão de identidade.
Gabarito: D
Comentários: Conforme estudamos em aula, essa é a fase da adolescência. Nela
temos a formação da identidade e as crises de identidade (caracterizadas pela
confusão).

11. INSTITUTO AOCP - 2019 - UFFS - Psicólogo


181
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A respeito da síndrome normal da adolescência e psicanálise, é correto


afirmar que
A nesse processo do desenvolvimento, o principal mecanismo psíquico de
defesa utilizado é a denegação.
B nessa fase, ocorre o luto do corpo e do papel infantil, assim como da
idealização dos pais.
C a identidade se constitui até os 7 (sete) anos, portanto, na adolescência, não
ocorrem processos identificatórios.

05
D um momento linear, equilibrado e estável.

6:
:5
E é incomum a adesão a grupos na tentativa de experimentar novos papéis.

12
Gabarito: B

3
02
Comentários: Vejamos:

/2
05
Para vivenciar todas essas mudanças, o adolescente passa por momentos de

2/
experimentações e perdas, de modo a reformular os conceitos que tem a

-2
respeito de si mesmo e do mundo. Segundo Erikson, a busca da identidade

om
l.c
adulta é a principal tarefa da adolescência e, para que isto aconteça, é necessário

ai
que o jovem vivencie três grandes perdas:
gm
Luto pela perda do corpo infantil
e@
O corpo se modifica, independente de sua vontade, o que causa grande
ci
pe

desconforto, mais facilmente percebido nas fases iniciais da adolescência.


es
na

Luto pela perda da identidade infantil


ia

A sociedade e o próprio indivíduo passam a exigir um comportamento diferente


ul
-j

daquele mostrado até o momento, com responsabilidades e deveres.


5
-3

Luto pela perda dos pais da infância


37

Os pais deixam de ser vistos como ídolos infalíveis e passam a ser vistos como
.4
17

humanos, tão frágeis e capazes de errar como qualquer outro.


.3
46

Fonte: http://adolesc.com.br/os-tres-grandes-lutos-e-a-sindrome-da-
-1

adolescencia-normal/
e
ad
dr
An
de
o
ed
ev
Az
na

12. Instituto AOCP – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE


lia

FEDERAL DE SERGIPE – PSICÓLOGO HOSPITALAR – 2013


Ju

Uma das solicitações muito frequentes nos hospitais em relação ao puerpério é


a avaliação da relação mãe e bebê. Sobre o tema, assinale a alternativa
INCORRETA.
(F) A importância da avaliação da relação mãe e bebê se justifica ao
considerar que a qualidade dessa relação implica no desenvolvimento psíquico
e cognitivo saudáveis.

182
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(G) Pesquisas já apontam que, em casos de bebê pré-termos, que necessitam


de cuidados intensivos, a presença dos pais com o investimento de afeto no
recém nascido contribui para a melhoria clínica.
(H) Ao avaliar a relação mãe e bebê alguns itens são contemplados como:
como a mãe segura o bebê, o modo de oferecer o seio e como olha para o bebê.
(I) O cuidado adequado são sinais de carinho e zelo, sendo assim é preciso
muitas vezes orientar as mães, considerando que a maternidade é instintiva.
(J) Algumas teorias do desenvolvimento corroboram que o bebê ao nascer

05
vai se dando conta, ao longo das semanas, que já não é parte da mãe, isso

6:
:5
justifica a importância de se ter uma boa qualidade no vínculo entre os dois.

12
Gabarito: D

3
02
Comentários: A maternidade não pode ser considerada totalmente instintiva ou

/2
05
totalmente aprendida.

2/
-2
13. Instituto AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis – Psicólogo – 2015

om
A “Síndrome da Adolescência Normal” abrange a premissa de que seria

l.c
ai
anormal a presença de um equilíbrio estável durante essa fase do

gm
desenvolvimento. A respeito das características da identidade adolescente,
e@
assinale a alternativa INCORRETA.
ci
pe

(A) A adolescência é responsável pela busca de identidade, a qual inicia e se


es

concretiza nesse mesmo período, havendo poucas mudanças posteriormente,


na
ia

uma vez que, ao adquirir uma identidade, não é possível mudá-la. 



ul
-j

(B) Ocorre uma busca por identificação e alguns adolescentes podem procurar
5
-3

uma “identidade negativa” devido a algum transtorno na aquisição da identidade


37

infantil ou a uma necessidade mais imperiosa de abandonar seus aspectos


.4
17

infantis.
.3

(C) Na pressa por uma identidade adulta, pode- se adquirir pseudoidentidades,


46
-1

escondendo a identidade latente. 



e
ad

(D) Ocorre um sentimento de despersonificação do adolescente, devido à


dr

dificuldade em se adaptar ao corpo em crescimento, às novas vivências e à falta


An

de semelhança familiar. 

de

(E) Nessa fase é necessária a elaboração dos lutos dos pais da infância, do corpo
o
ed

infantil e da própria infância. 



ev
Az

Gabarito: A
na

Comentários: A identidade é buscada ao longo de toda vida. Ela é mutável e


lia

dinâmica. Como diria Maurício Knobel:


Ju

Maurício Knobel observa que o adolescente vivencia “desequilíbrios e


instabilidades extremas” com expressões psicopatológicas de conduta, mas que
podem ser analisadas como aceitáveis para o seu momento evolutivo, pois
constituem vivências necessárias para se atingir a maturidade. Reúne sob a
denominação de “síndrome normal da adolescência” ou “normal anormalidade
da adolescência” ao conjunto de sinais e sintomas que caracterizam esta fase da
vida e que são:
· Busca de si e da identidade

183
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A identidade, “consciência que o indivíduo tem de si como um ser no


mundo”, é construída ao longo da vida e tem especial importância na
adolescência. As transformações progressivas do corpo e do esquema corporal
levam o adolescente a adotar sucessivos modos de conduta em diferentes
situações, que constituem variações circunstanciais, transitórias e ocasionais da
identidade adolescente.
O conceito de identidade engloba vínculos de integração espacial,
temporal e social, introduzidos por Grimberg. O vínculo de integração espacial

05
está relacionado com a representação que o indivíduo tem de seu corpo com

6:
:5
características que o tornam único. O vínculo de integração temporal

12
corresponderia à capacidade do indivíduo de se recordar no passado e de se

3
02
imaginar no futuro, sentindo-se o mesmo ao longo de sua vida. O vínculo de

/2
05
integração social se inscreve nas relações com figuras significativas em sua

2/
trajetória existencial.

-2
Na busca de sua identidade, o adolescente recorre a situações que se

om
apresentam as mais favoráveis no momento. Uma delas, é “a uniformidade”, o

l.c
ai
processo de identificação em massa, que explica o “fenômeno grupal”. Maurício

gm
knobel enfatiza que, na proporção em que o adolescente vai aceitando
e@
simultaneamente os seus aspectos de criança e adulto, começa a surgir a nova
ci
pe

identidade.
es

· Tendência grupal
na
ia

M. Knobel assinala que a busca de uniformidade é um comportamento


ul
-j

defensivo que proporciona segurança e estima pessoal. O fenômeno grupal


5
-3

adquire uma importância extraordinária na adolescência, porque o indivíduo


37

transfere para os pares parte da dependência que mantinha com a família.


.4
17

Assim, a dependência do adolescente aos valores do grupo é escravizante.


.3

Precisa de aplausos, julgando-se sempre conforme a sua aceitação exterior. Ele


46
-1

não pode perceber ainda que a busca da aprovação dos outros é a busca de sua
e

própria aprovação.
ad
dr

No início da adolescência, a turma é formada por companheiros do


An

mesmo sexo, mas, na medida em que amadurecem, assumindo sua condição


de

sexual, sentem-se mais livres para aproximar dos adolescentes do sexo oposto.
o
ed

A turma constitui uma transição necessária no mundo externo para se


ev

alcançar a individuação adulta.


Az

· Necessidade de fantasiar e intelectualizar


na
lia

A necessidade de fantasiar e intelectualizar se intensificam e dominam o


Ju

pensamento do adolescente, como mecanismos de defesa frente as situações de


perda . A vivência dos lutos outorgam um sentimento de depressão e fracasso
frente a realidade externa. É na adolescência, que nascem os escritores e poetas,
trazendo uma bagagem revolucionária própria de cultura para o mundo.
· Crises religiosas
Segundo Maurício Knobel, o adolescente pode se manifestar como um
“ateu intransigente” ou um “místico fervoroso”, vivendo uma variedade de
posicionamentos entre estes dois extremos. Isto reflete sua angústia interna, no

184
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

confronto com a sua possibilidade de morte e de perda de seus pais. As figuras


idealizadas oferecidas pela religião lhe permite a garantia de continuidade de
sua própria vida e daqueles que lhe são queridos.
· Deslocamento temporal
O adolescente vivencia uma crise de temporalidade. A criança vive as
limitações do espaço e do tempo, dentro dos limites de seu pensamento
concreto. O adulto tem a noção da infinitude espacial e da temporalidade da
existência. Na adolescência, estas noções se misturam, se confundem e o

05
adolescente passa por um período de sincretismo. Ele apreende o processo de

6:
:5
discriminação temporal, passando pela tentativa de manejar o tempo de forma

12
concreta e evoluindo para a própria consciência histórica individual e coletiva.

3
02
· Evolução sexual do auto-erotismo até a heterossexualidade

/2
05
Reeditando a infância, através da masturbação, o adolescente revive a

2/
fase de manipulação dos órgãos genitais pelo lactente e, portanto, esta atividade

-2
tem características exploratórias, de autoconhecimento. A masturbação pode

om
servir como modalidade de descarga de tensão, negação onipotente da

l.c
ai
existência de outro sexo e, também, através dela, o adolescente pode elaborar a

gm
necessidade de um companheiro sexual. A culpa e a ansiedade podem
e@
acompanhar este processo. Outras saídas tensionais para esta fase são
ci
pe

identificadas através das atividades de roer unhas, sugar lábios, gagueiras,


es

resmungos, levar mãos aos lábios e torcer cabelos. Outras vezes, os adolescentes
na
ia

apresentam voracidade oral, atividades sádicas anais, expressas na linguagem


ul
-j

suja e na indiferença pela limpeza. Inicialmente, os meninos evitam a presença


5
-3

das meninas e a solução defensiva deste momento é a tendência grupal,


37

chamada fase homossexual da adolescência.


.4
17

Gradativamente, na proporção em que se sentem mais seguros de sua


.3

identidade sexual, os adolescentes vão se aproximando de seus pares do sexo


46
-1

oposto. Às vezes, observa-se condutas femininas nos rapazes e masculinas nas


e

moças, que correspondem a aspectos da elaboração edípica. É importante


ad
dr

assinalar que a cordialidade nas relações com os pais facilita as relações com as
An

pessoas do sexo oposto.


de

A sensação de estar apaixonado é um dos componentes mais importantes


o
ed

da vida do adolescente e, neste momento, tem características de vínculo intenso


ev

e frágil, que tende a evoluir para o amor maduro, na medida da cristalização da


Az

masculinidade e feminilidade.
na
lia

· Atitude social reivindicatória


Ju

Grande parte da oposição que os adolescentes vivem com relação à


família é transferida para o meio social, projetando no mundo externo as suas
raivas, as suas rejeições e as suas condutas destrutivas. O adolescente pode
sentir que ele não está mudando e que são os pais e a sociedade que se negam a
ter com ele uma atitude provedora e protetora. Esta é a base da atitude social
reivindicatória.
· Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta

185
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Estas condutas contraditórias são expressões da identidade adolescente,


transitória ocasional e circunstancial.
· Separação progressiva dos pais
Esta é uma das tarefas básicas dos adolescente, que pode ser facilitada por
figuras parentais suficientemente adequadas.
· Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo
O processo de luto da adolescência é permeado pela depressão e
ansiedade, substrato natural das alterações de humor dos adolescente.

05
Maurício Knobel deixa claro que “somente quando o mundo adulto

6:
:5
compreende e facilita adequadamente a tarefa evolutiva do adolescente, ele

12
poderá desempenhar-se satisfatoriamente, elaborando uma personalidade mais

3
02
sadia e feliz”.

/2
05
Fonte: Recorte de tese de doutorado produzido por Marília de Freitas

2/
Maakaroun. Maurício Knobel e a Síndrome Normal da Adolescência. Minas

-2
Gerais.

om
l.c
ai
14. Instituto AOCP – INES – Psicólogo – 2009
gm
Costuma-se dividir a Adolescência em três etapas: pré-puberdade, puberdade
e@
e pós-puberdade. Em relação a estas três etapas, analise as assertivas e
ci
pe

assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).


es
na

I. O período Pós-puberal é o menos conflitivo em nossa sociedade.


ia


ul
-j

II. A gradual progressão da criança no seu desenvolvimento para a


5
-3

maturidade é perturbada pelas transformações da puberdade,


37

obrigando-a a uma profunda reorganização intrapsíquica. 



.4
17

III. O desenvolvimento físico, que vinha gradualmente se


.3
46

realizando, sofre uma aceleração. 



-1

IV. Nos dois ou três anos que antecedem a puberdade, a criança


e
ad

aumenta cerca de seis quilos e cresce em média 10 cm por ano. 



dr

a) Apenas I está correta. 



An
de

b) Apenas II e III estão corretas. 



o

c) Apenas II, III e IV estão corretas. 



ed
ev

d) Apenas I e IV estão corretas. 



Az

e) I, II, III e IV estão corretas. 



na

Gabarito: C
lia
Ju

Comentários: O período Pós-puberal (mais conhecido como fase adulta) é bem


trabalhoso. Tem até concurso público para alguns! Rs.

15. Instituto AOCP – INES – Psicólogo – 2009


O adolescente passa a experienciar um sentido da própria identidade, um
sentimento de que é um ser humano único, que está preparado para se
encaixar em algum papel significativo na sociedade. A respeito da formação
da Identidade na adolescência, assinale a alternativa correta.
a) O agente interno ativador na formação da identidade é o ego.
186
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

b) O agente interno ativador na formação da identidade é o superego.


c) O agente interno ativador na formação da Identidade é o Id.
d) Durante a confusão de Identidade, o adolescente é incapaz de sentir-se
regredindo.
e) Durante o estágio da formação da identidade o adolescente é incapaz de sofrer
profundamente em virtude da confusão de papéis ou de confusão de identidade.
Gabarito: A
Comentários: Para a psicanálise a identidade depende do Ego.

05
6:
:5
16. Instituto AOCP – ELETROBRÁS – Psicólogo – 2009

12
Conforme Erik Erikson, em sua teoria do Desenvolvimento Psicossocial, há

3
02
oito estádios psicossociais, listados a seguir:

/2
05
1. confiança básica x desconfiança básica; 


2/
2. integridade do ego x desesperança; 


-2
om
3. produção (diligência) x inferioridade; 


l.c
4. identidade x confusão de papéis; 


ai
gm
5. iniciativa x culpa; 
 e@
6. generatividade x estagnação; 

ci

7. autonomia x vergonha e dúvida; 



pe
es

8. intimidade x isolamento. 

na

Assinale a alternativa que corresponde à seqüência em que tais estádios


ia
ul

aparecem ao longo do desenvolvimento humano.



-j
5

a) 1, 7, 5, 3, 4, 8, 6 e 2.

-3
37

b) 1, 5, 7, 3, 8, 4, 6 e 2.

.4
17

c) 1, 7, 5, 8, 4, 3, 2 e 6.

.3

d) 1, 7, 3, 5, 8, 4, 2 e 6.

46
-1

e) 7, 1, 5, 3, 4, 8, 2 e 6.
e

Gabarito: A
ad
dr

Comentários: A primeira assertiva trata da ordem correta.


An
de
o
ed

17. PUC/PR – TJ-PR – Psicólogo – 2017


ev

No que se refere à compreensão do desenvolvimento humano na perspectiva da


Az

Análise do Comportamento, assinale a alternativa CORRETA.


na
lia

A) Desenvolvimento, para a análise do comportamento, refere-se à


Ju

continuidade de mudanças as quais são sistemáticas, ordenadas, padronizadas


e permanentes na vida do indivíduo.
B) A análise do comportamento propõe que o desenvolvimento ocorre em
estágios e considera a idade como aspecto principal para determinadas
aquisições.
C) A análise do comportamento propõe que o desenvolvimento seja uma
integração estrutural entre teorias cognitivas e teorias de aprendizagem.

187
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

D) Para a análise do comportamento, o processo do desenvolvimento sofre


influência tanto da maturação biológica quanto das experiências que o individuo
vivencia.
E) Para a análise do comportamento, o desenvolvimento ocorre dentro do
organismo da criança, por meio de mudança nas estruturas cognitivas.
Gabarito: D
Comentários: Vamos pensar nessa questão a partir da visão da análise do
comportamento, uma visão empirista. O erro da primeira assertiva é falar que a

05
continuidade das mudanças é um fator ordenado, padronizado e permanente na

6:
:5
vida. Na verdade sabemos que varia de pessoa para pessoa. O erro da segunda é

12
falar que ocorre em estágios. A análise do comportamento não trata de teorias

3
02
cognitivas ou teorias da aprendizagem. Por fim, para a análise do

/2
05
comportamento é necessário que o organismo tenha condições biológicas

2/
mínimas de reagir ao ambiente para conseguir realizar a aprendizagem.

-2
om
18. PUC/PR – TJ-PR – Psicólogo – 2017

l.c
ai
Com base no modelo bioecológico do desenvolvimento humano, analise as

gm
alternativas a seguir.
e@
I. O ambiente/contexto ecológico é constituído por um conjunto de sistemas
ci
pe

interdependentes vistos como organização de encaixe de estruturas


es

concêntricas.
na
ia

II. Para Bronfenbrenner, na compreensão do desenvolvimento humano, a


ul
-j

herança genética é fundamental, definirá o 
desenvolvimento e se sobrepõe ao


5
-3

fenótipo. 

37

III. Para compreender o desenvolvimento humano, é necessário considerar o


.4
17

ambiente ecológico, o qual é composto 
por oito subsistemas. 



.3
46

IV. Desenvolvimento é o processo por meio do qual a pessoa se transforma e


-1

adquire uma concepção mais ampliada, 
diferenciada e válida do meio. 



e
ad

V. O desenvolvimento acontece na sucessão de estágios, sendo que em cada


dr

estágio o ego passa por uma crise. O 
desenvolvimento do indivíduo está


An

relacionado ao seu contexto social, o qual influencia as crises. 



de
o

Estão CORRETAS somente


ed
ev

j. A) I e IV. 

Az

k. B) II, III, V. 

na

l. C) II, III, IV. 



lia
Ju

m. D) I, II, III, IV. 



n.E) I e V.
o. Gabarito: A

Comentários: Vamos ver os erros:
II. Para Bronfenbrenner, na compreensão do desenvolvimento humano, a
herança genética é fundamental, definirá o 
desenvolvimento e se sobrepõe ao
fenótipo. 


188
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

III. Para compreender o desenvolvimento humano, é necessário considerar o


ambiente ecológico, o qual é composto 
por oito quatro subsistemas. 

V. O desenvolvimento acontece na sucessão de estágios, sendo que em cada
estágio o ego passa por uma crise. O 
desenvolvimento do indivíduo está
relacionado ao seu contexto social, o qual influencia as crises. 
[Isso é Erikson]
Vejamos um pouco mais sobre os sistemas:
Em seu livro, Bronfenbrenner apresenta uma proposta ecológica de
desenvolvimento, na qual existem aspectos fundamentais, diferentes dos

05
6:
da psicologia clínica (diádica) e científica (laboratorial e

:5
psicodiagnóstica) realizada até então. A Abordagem Ecológica do

12
3
Desenvolvimento privilegia os aspectos saudáveis do desenvolvimento,

02
os estudos realizados em ambientes naturais e a análise da participação

/2
05
da pessoa focalizada no maior número possível de ambientes e em

2/
-2
contato com diferentes pessoas - díades, tríades, etc (Bron-fenbrenner,

om
1996). O desenvolvimento humano é, então, definido como "o conjunto

l.c
de processos através dos quais as particularidades da pessoa e do

ai
gm
ambiente interagem para produzir constância e mudança nas
e@
características da pessoa no curso de sua vida" (Bronfenbrenner, 1989,
ci

p.191). O livro valoriza os processos psicológicos e sua relação com as


pe

multideterminações ambientais, sem negligenciar a importância dos


es
na

fatores biológicos no decorrer do desenvolvimento. Dividido em quatro


ia

partes, apresenta: Uma Orientação Ecológica, onde o autor pontua os


ul
-j

conceitos básicos sobre os quais irá tratar; Elementos do Ambiente, que


5
-3

discute a importância das relações interpessoais, a vivência em diferentes


37
.4

sistemas e o desempenho de papéis; A Análise dos Ambientes, tratando os


17

temas da inserção de ambientes naturais como ambientes de pesquisa, e


.3
46

a visão ecológica de desenvolvimento possível dentro de instituições


-1

(creches, escolas, etc); e Além do Microssistema, que traz discussões


e
ad

aprofundadas sobre três sistemas ecológicos: mesossistema, exossistema


dr

e macrossistema, sempre apontando para a dinâmica de interação entre


An

estes contextos. No decorrer destas quatro partes, Bronfenbrenner cita


de

14 definições, oito proposições e 50 hipóteses, esclarecendo os


o
ed

direcionamentos teóricos da Abordagem e comentando estudos sobre


ev
Az

desenvolvimento realizados por diversos pesquisadores.


na

Entre as definições trazidas por Bronfenbrenner, existem algumas que


lia

são essenciais, para serem apresentadas e discutidas em conjunto com a


Ju

visão ecológica do desenvolvimento em pesquisa. Primeiro, dentro de um


projeto de pesquisa, há que se definir qual será a pessoa em
desenvolvimento focalizada. A partir daí, busca-se com-preender a forma
como ela está inserida e se desenvolvendo nos diferentes sistemas
ambientais, que são dinâmicos e vivenciados concomitantemente.
Tomemos como exemplo uma criança que nasce em uma família nuclear
(com pai e mãe), em situação econômica adequada3. Ao nascer, ela passa
a fazer parte deste ambiente familiar, onde receberá os cuidados básicos

189
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

necessários. Este é para ela seu primeiro sistema, o microssistema, que é


definido como sendo o ambiente onde a pessoa em desenvolvimento
focalizada estabelece relações face-a-face estáveis e significativas. Neste
sistema, é fundamental que as relações estabelecidas tenham como
características: reciprocidade (o que um indivíduo faz dentro do contexto
de relação influencia o outro, e vice-versa), equilíbrio de poder (onde
quem tem o domínio da relação passa gradualmente este poder para a
pessoa em desenvolvimento, dentro de suas capacidades e necessidades)

05
e afeto (que pontua o estabelecimento e perpetuação de sentimentos - de

6:
:5
preferência positivos - no decorrer do processo), permitindo em conjunto

12
vivências efetivas destas relações também em um sentido

3
02
fenomenológico (internalizado).

/2
05
A participação da criança em mais de um ambiente com as características

2/
descritas acima a introduz em um mesossistema, que é definido como um

-2
conjunto de microssistemas. A transição da criança de um para vários

om
microssistemas abrange o conhecimento e participação em diversos

l.c
ai
ambientes (a família - nuclear e extensa -, a escolinha, a vizinhança, etc),

gm
consolidando diferentes relações e exercitando papéis específicos dentro
e@
de cada contexto. Num sentido geral, este processo de socialização
ci
pe

promove seu desenvolvimento. Esta passagem, chamada por


es

Bronfenbrenner de transição ecológica, é mais efetiva e saudável na


na
ia

medida em que a criança se sente apoiada e tem a participação de suas


ul
-j

relações significativas neste processo.


5
-3

Ao tratar do exossistema, Bronfenbrenner considera os ambientes onde a


37

pessoa em desenvolvimento não se encontra presente, mas cujas relações


.4
17

que neles existem afetam seu desenvolvimento. As decisões tomadas pela


.3

direção da escolinha, os programas propostos pelas associações de


46
-1

bairro, as relações de seus pais no ambiente de trabalho são exemplos do


e

funcionamento deste amplo sistema. Além do exossistema,


ad
dr

Bronfenbrenner descreve o macrossistema, que abrange os sistemas de


An

valores e crenças que permeiam a existência das diversas culturas, e que


de

são vivenciados e assimilados no decorrer do processo de


o
ed

desenvolvimento. É importantíssimo dizer que a relação entre estes


ev

quatros sistemas, quando analisada aparece profundamente coerente,


Az

demarcando a interação dinâmica entre eles.


na
lia

Segundo Bronfenbrenner, a pesquisa que se pretende ecológica deve


Ju

conter dados relativos ao maior número de sistemas dos quais a pessoa


focalizada participa. Desta forma, a Abordagem Ecológica do
Desenvolvimento privilegia estudos longitudinais, com destaque para
instrumentos que viabilizem a descrição e compreensão dos sistemas da
maneira mais contextualizada possível. Contudo, nada impede o
pesquisador de se interessar somente por aspectos de um único
microssistema da pessoa focalizada. Seu estudo terá características
ecológicas na medida em que a realização da pesquisa e a discussão dos

190
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

resultados não ignorem aspectos relativos aos demais sistemas e suas


possíveis influências dentro do processo estudado.
Fonte: ALVES, Paola Biasoli. A ecologia do desenvolvimento humano:
experimentos naturais e planejados. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 1997, vol.10, n.2
[cited 2017-08-17], pp.369-373. Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79721997000200013&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-7972.
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79721997000200013.

05
6:
:5
19. IBFC – SEPLAG/MG – Psicólogo – 2014

12
No final do século XIX Freud propôs para a sociedade e comunidade científica a

3
02
teoria do desenvolvimento psicossexual da criança, que causou grande espanto

/2
05
e polêmica na sociedade conservadora da época. De acordo com tal teoria, o

2/
desenvolvimento psicossexual acontece através da passagem por diversas

-2
etapas desde o nascimento. Assinale a alternativa cujas características

om
l.c
correspondam a fase genital do desenvolvimento psicossexual: 


ai
a) o pênis torna-se o principal órgão de interesse para crianças de ambos os
gm
e@
sexos, e sua ausência nas meninas é vista como castração. Nesta fase, o
envolvimento e o conflito edipiano são estabelecidos.
ci
pe

b) consolida-se a maturação fisiológica dos sistemas de funcionamento sexual,


es
na

sendo que os principais objetivos desta fase são a separação final da


ia

dependência e do apego aos pais, e o estabelecimento de relações de objeto


ul
-j

maduras e não incestuosas. 



5
-3

c) seu principal objetivo é que a criança possa estabelecer um relacionamento


37

de dependência com sujeitos que proporcionam nutrição e sustento, obtendo


.4
17

uma expressão confortável e a gratificação de necessidades. 



.3
46

d) período que compreende por volta do terceiro e quarto ano de vida da criança,
-1

e é marcado pelo controle neuromuscular sobre os esfíncteres, sendo uma fase


e
ad

marcada por uma intensificação dos impulsos agressivos. 



dr

Gabarito: B
An

Comentários: Cuidado! Não confunda a fase Genital com a fase Fálica!


de
o

Complexo de Édipo é na fase Fálica! A fase Genital é a última fase.


ed
ev
Az

20. IBFC – Prefeitura de Alagoa Grande/PB – Psicólogo – 2014


na

Sigmund Freud, pai da psicanálise, propôs em sua teoria, fases do


lia

desenvolvimento psicossexual. As afirmações abaixo correspondem às


Ju

características das fases do desenvolvimento:


O principal objetivo dessa fase é que a criança possa estabelecer um
relacionamento com sujeitos que proporcionam nutrição e sustento, obtendo
uma expressão confortável e a gratificação de necessidades. 

I. Nesta fase consolida-se a maturação fisiológica dos sistemas de
funcionamento sexual. 


191
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

II. Os principais objetivos desta fase são a separação final da dependência e do


apego aos pais, e o estabelecimento de relações de objeto maduras e não
incestuosas. 

III. Nesta fase, o pênis torna-se o principal órgão de interesse para crianças de
ambos os sexos, e sua ausência nas meninas é vista como castração. 

A(s) afirmação(ções) que corresponde(m) as características da fase genital do
desenvolvimento psicossexual é (são):

a) II e III, apenas.

05
6:
b) I e IV, apenas.


:5
c) II, III, e IV, apenas.

12
3
d) II, apenas. 


02
Gabarito: A

/2
05
Comentários: Sim minha gente. Essa questão deveria ter sido anulada. Na

2/
-2
verdade a I e a II estão corretas, mas não temos esse gabarito. Qual o erro da III?

om
A III trata do período fálico!

l.c
ai
gm
21. FGV – DETRAN/RN – Psicólogo – 2010 e@
Em pesquisas, estudos e práticas na área da ciência do desenvolvimento
ci

humano, há “consenso na literatura contemporânea sobre a necessidade de se


pe
es

considerar,” EXCETO:

na

A) Os indivíduos dentro de suas redes ou sistemas de interação social.



ia
ul

B) A expansão das fronteiras metodológicas usadas na investigação dos


-j

processos de desenvolvimento para 
métodos mais adequados à sua


5
-3
37

complexidade, propondo estudos sistêmicos, longitudinais, transculturais, 



.4

transgeracionais e multimetodológicos.

17
.3

C) A dialética entre os sistemas biopsicossociais inseridos no contexto histórico-


46

cultural.

-1
e

D) A dinâmica do curso de vida em sua totalidade, incluindo as gerações


ad

anteriores e posteriores.
dr
An

E) A atenção ao indivíduo no contínuo e imutável processo de desenvolvimento


de

humano.
o
ed

Gabarito: E
ev

Comentários: O processo de desenvolvimento humano não é imutável. Tanto


Az

em sua ontogenética quanto em sua filogenética e aspectos pessoais de cada


na

humano.
lia
Ju

22. FGV – DETRAN/RN – Psicólogo – 2010


Uma das teorias da ciência do desenvolvimento humano denominada
abordagem do curso da vida, tem como princípios paradigmáticos, EXCETO:

A) As variações geográficas e históricas nas vidas humanas.

B) As etapas constituintes do desenvolvimento humano vividas de 0 a 12 anos.

192
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

C) A(s) organização(ações) humana(s) e suas restrições sociais, moldando as


trajetórias do desenvolvimento.
D) O papel central do tempo e do processo do desenvolvimento.

E) As vidas relacionadas ou interdependentes na matriz de relações sociais, no
tempo.
Gabarito: E
Comentários: Tipo de questão que ninguém acerta, mesmo conhecendo a
mundialmente desconhecida abordagem do curso de vida. Viva a FGV!

05
A noção de curso de vida implica considerar as mudanças e a

6:
:5
interdependência das trajetórias do indivíduo vinculadas à idade que, por sua

12
vez, dependem das mudanças que ocorrem nas sociedades. Por exemplo, a

3
02
entrada na escola e o momento de aposentar-se variam entre as sociedades.

/2
05
Segundo Elder (1996), para compreender o desenvolvimento, as análises

2/
deverão incluir evidências do atual funcionamento do ambiente, como estrutura

-2
om
social e processo social, nos seus diferentes níveis: desde o nível mais macro da

l.c
organização social até grupos menores como escolas e famílias, incluindo

ai
estruturas intermediárias e locais como comunidade e vizinhança.
gm
e@
A abordagem do curso da vida considera quatro princípios
paradigmáticos: (a) variações geográficas e históricas nas vidas humanas; (b)
ci
pe

organização humana e suas restrições sociais moldando as trajetórias do


es
na

desenvolvimento; (c) o papel central do tempo de oportunidade na estrutura e


ia

processo do desenvolvimento; (d) vidas relacionadas ou interdependentes na


ul
-j

matriz de relações sociais, no tempo (Elder, 1996). Tais princípios geram,


5
-3

portanto, quatro temas principais a serem estudados: o entrelaçamento das


37

vidas humanas e as mudanças históricas e ambientais, as organizações humanas


.4
17

e as tomadas de decisões e as restrições sociais, o senso de oportunidade das


.3
46

vidas e, por fim, as vidas em relação. Adotar essa abordagem significa focalizar
-1

as mudanças nos padrões de vida, levando em conta os seus contextos


e
ad

específicos, enfatizando o papel das mudanças sociais no processo de


dr

desenvolvimento do indivíduo.
An

Conhecer a trajetória do desenvolvimento do indivíduo constitui um


de

desafio para os pesquisadores de diferentes disciplinas, que necessitam,


o
ed

obviamente, de pressupostos comuns para "entenderem como os sistemas


ev
Az

múltiplos que influenciam o desenvolvimento individual - dos processos


na

culturais a eventos genéticos e de processos fisiológicos a interações sociais, vão


lia

integrando-se no decorrer do tempo, promovendo o funcionamento saudável e


Ju

adaptativo ou sua conversão" (Magnusson & Cairns, 1996, p. 9). Portanto, para
compreender o desenvolvimento humano, é preciso considerar a emergência e
a evolução do indivíduo, em seus diferentes aspectos interligados: biológicos,
psicológicos, sociais, culturais e históricos.
Fonte: DESSEN, Maria Auxiliadora and GUEDEA, Miriam Teresa Domingues. A
ciência do desenvolvimento humano: ajustando o foco de análise. Paidéia
(Ribeirão Preto) [online]. 2005, vol.15, n.30 [cited 2014-08-24], pp. 11-20 .
Available from:

193
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
863X2005000100004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0103-863X.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-863X2005000100004.

23. FGV - Fundação Oswaldo Cruz – Psicólogo – 2010


Os estudos do psicanalista francês René Spitz trouxeram importantes
contribuições para a compreensão de quadros psicossomáticos desenvolvidos
no primeiro ano de vida e influenciaram inúmeros estudos sobre a

05
psicossomática do adulto.

6:
:5
Avalie as afirmativas a seguir e assinale a incorreta.


12
A) o marasmo é conseqüência da perda de uma relação objetal bem

3
02
estabelecida.

/2
05
(B) o trabalho de Spitz é um dos mais importantes estudos sobre o

2/
desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida, nos quais se combinaram

-2
técnicas de observação direta e uso de testes projetivos.

om
l.c
(C) a depressão anaclítica surge como uma conseqüência da separação do bebê

ai
de sua mãe ou de seu cuidador.
gm
(D) segundo Spitz, a cólica dos três primeiros meses seria decorrente da hiper-
e@
solicitude ansiosa da mãe.
ci
pe

(E) vômitos incoercíveis são resultantes da hostilidade materna disfarçada em


es

hiper-solicitude.
na
ia

Gabarito: A
ul
-j

Comentários: De acordo com Spitz, qual o outro nome para marasmo?


5
-3

Hospitalismo!
37
.4
17

24. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo


.3

Jean Piaget considera que a estruturação do sujeito sofre influência de alguns


46
-1

fatores. De acordo com a perspectiva do autor, o fator mais importante nesse


e

processo é a
ad
dr

(A) interação social.


An

(B) maturação nervosa.


de

(C) exercício repetitivo.


o
ed

(D) equilibração.
ev

(E) experiência adquirida.


Az

Gabarito: D
na
lia

Comentários: A estruturação se dá pela equilibração. O resultado das sucessivas


Ju

assimilações e acomodações é chamado por Piaget de equilibração (conceito


central da sua teoria construtivista do conhecimento). Assim, quando as
estruturas que o sujeito já construiu não lhe permitem assimilar um novo objeto
de conhecimento, isto é, determinado objeto é resistente, provoca uma
perturbação no sujeito, o desequilíbrio é desencadeado.

Conceitos-chave de Piaget

194
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Organização À medida que aumenta a maturação da criança, elas


organizam padrões físicos ou esquemas mentais em sistemas
mais complexos.
Adaptação Capacidade de adaptar as suas estruturas mentais ou
comportamento para se adaptar às exigências do meio
(assimilação e acomodação fazem parte da adaptação).
Assimilação Capacidade de moldar novas informações para encaixar
(integrar) nos esquemas existentes.

05
Acomodação Mudança nos esquemas existentes pela alteração de antigas

6:
:5
formas de pensar ou agir.

12
Equilibração Tendência para manter as estruturas cognitivas em equilíbrio.

3
02
/2
05
2/
-2
25. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo

om
A visão construtivista do psiquismo humano é compartilhada atualmente por

l.c
numerosas teorias do desenvolvimento, da aprendizagem e de procedimentos

ai
psicológicos, que são foco da psicologia da educação. Essa visão compreende a
gm
e@
aprendizagem como um processo
ci

(A) dinâmico e determinado pelas experiências de vida.


pe

(B) complexo e alheio ao aporte daquele que aprende.


es
na

(C) ativo e de natureza essencialmente individual e interna.


ia

(D) multifacetado e submetido à interferência mínima do ambiente.


ul
-j

(E) empírico e dependente de estratégias de ensaio e erro para se constituir.


5
-3

Gabarito: D
37

Comentários: A abordagem construtivista é de Piaget e ela entende que a


.4
17

aprendizagem é um processo que depende do meio ambiente e do nível de


.3
46

maturação do organismo.
-1
e
ad

26. VUNESP - 2019 - UFABC - Psicólogo


dr

De acordo com a perspectiva de Jean Piaget, o egocentrismo é um aspecto


An

central do pensamento da criança entre dois e sete anos, aproximadamente.


de

Quando a criança supera esse aspecto, ela é capaz de


o
ed

(A) tomar consciência do que é subjetivo em si.


ev
Az

(B) adquirir conhecimentos relevantes.


na

(C) associar o sujeito e os objetos.


lia

(D) se aprofundar na experiência pessoal.


Ju

(E) se adaptar às situações intencionalmente.


Gabarito: A
Comentários: No egocentrismo ocorre o realismo do pensamento, ou seja, a
criança confunde o pensamento subjetivo com a realidade. Após a superação
desse egocentrismo ela consegue separar a realidade do seu próprio
pensamento.
Em complemento:

195
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Já no que diz respeito à abrangência do egocentrismo no âmbito cognitivo – na


maneira de raciocinar –, Piaget (1947/2005) o diferencia entre egocentrismo
ontológico e egocentrismo lógico. Ressalta-se que se trata do mesmo fenômeno
(egocentrismo), na verdade são os resultados convergentes do mesmo
fenômeno. A distinção se dá que, no egocentrismo ontológico, há confusão entre
o ego e mundo exterior, e, no egocentrismo lógico, entre o pensamento próprio
e o pensamento dos outros. Em ambos, "se a criança permanece inteiramente
restrita a seu ponto de vista, é por acreditar que todas as pessoas pensam como

05
ela" (p. 141); assim, tanto seu sentimento de resistência das coisas é tão

6:
:5
inexistente quanto o da dificuldade das demonstrações; por isso, também,

12
afirma sem provas, dado que não sente a necessidade de convencer uma vez

3
02
que, em sua concepção, não há multiplicidade de perspectivas (sua perspectiva

/2
05
é a única possível).

2/
Piaget – em diversas obras (PIAGET, 1923/1999, 1924/1967, 1932/1994,

-2
1937/2006b, 1945/1975, 1947/2005, entre outras) –, apresenta características do

om
l.c
egocentrismo ontológico: como o realismo do pensamento (admissão da

ai
existência das coisas tais como aparecem; confundindo, assim, o subjetivo com
gm
o objetivo [PIAGET, 1923/1999, 1947/2005]); o realismo nominal ("devido à não
e@
diferenciação do psíquico e do físico: os nomes estão ligados materialmente às
ci
pe

coisas" [PIAGET; INHELDER, 2006, p. 100]); o finalismo (crença de que todas as


es
na

coisas existem para cumprirem um fim antropocêntrico – sem qualquer


ia

relatividade, ou seja, centrado apenas na atividade individual da criança


ul
-j

[PIAGET, 1947/2005, 1923/1999, p. 77]); o animismo (tendência em atribuir vida


5
-3

aos objetos [PIAGET, 1947/ 2005, 1923/1999, p. 180]. "Tudo o que está em
37

movimento é vivo e consciente" [PIAGET; INHELDER, 2006, p. 100]), e o


.4
17

artificialismo (consideração das coisas como produto da fabricação humana ou


.3
46

de uma entidade; confundindo causalidade com fabricação [PIAGET, 1947/


-1

2005]), que são as justificações dessas ligações primitivas e cujo dinamismo


e

integral, de que estão impregnadas a meteorologia e a física da criança,


ad
dr

constitui-se, por fim, a partir dos resíduos dessas crenças iniciais.


An

Desta forma, enquanto o primeiro (ontológico) relaciona-se à maneira que a


de

criança compreende os fenômenos do mundo físico, concebendo a participação


o
ed

do ser como fundamental para a ocorrência de tais fenômenos; devido ao real


ev

se achar impregnado de aderências do ego, confunde as ligações causais e físicas


Az

com ligações de motivação psicológica, de forma mágica, como se o universo


na
lia

tivesse os seres humanos como centro. No segundo (lógico), a crença é imediata


Ju

se transpondo as próprias experiências à compreensão da complexidade dos


fenômenos sociais e físicos; faz-se analogias do particular para o particular, sem
reconhecer premissas gerais (transdução no plano do raciocínio). Sobretudo,
vale destacar que se trata de um fenômeno inconsciente do conhecimento, "[o
indivíduo] é, pois, egocêntrico sem sabê-lo e a consciência do seu egocentrismo
atenuaria ou eliminaria esse egocentrismo" (PIAGET, 1923/1999, p. 79). Para
Piaget, além de a consciência do egocentrismo o destruir, ele não se trata de um
fenômeno do comportamento social, pois o comportamento seria uma

196
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

manifestação indireta do egocentrismo, mas de uma espécie de ilusão


sistemática, inconsciente e de perspectiva.
Fonte: Sasso e De Morais. O Egocentrismo Infantil na Perspectiva de Piaget e
Representações de Professoras. Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia
Genéticas. Volume 5 Número 2 – Ago-Dez/2013
27. VUNESP - 2019 - UFABC - Psicólogo
Uma visão de aprendizagem que adota uma perspectiva crítica
(A) enfatiza a necessidade de disciplina, de organização metódica de

05
procedimentos e conteúdos.

6:
:5
(B) solicita a definição clara de conceitos a serem aprendidos, e uma sequência

12
específica para a sua apresentação.

3
02
(C) estimula a formação de grupos para aprender, e a homogeneidade de

/2
05
repertório dos aprendizes.

2/
(D) considera os fenômenos sociais na sua complexidade, estimula a autonomia

-2
e a criatividade.

om
l.c
(E) define trilhas de conhecimentos, apresentadas de acordo com o ritmo

ai
pessoal de aprendizagem dos alunos.
gm
Gabarito: D
e@
Comentários: Sempre que falarmos em perspectiva crítica estaremos tratando
ci
pe

da abordagem sócio histórica. Ela atribui à si mesma tudo que é de bom e


es
na

libertário. A educação diante desse modelo proporciona, em teoria, um estímulo


ia

à autonomia e a criatividade.
ul
-j
5
-3

28. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


37

Um dos conceitos específicos da teoria de Lev Vygotsky é o de zona de


.4
17

desenvolvimento proximal. Essa premissa reforça a ideia de que


.3
46

(A) o bom ensino é aquele que não se adianta em relação aos processos da
-1

criança que já se consolidaram.


e

(B) o desenvolvimento deve ser olhado e concebido retrospectivamente, para


ad
dr

produzir resultados sólidos.


An

(C) a trajetória do desenvolvimento humano se orienta pela externalização dos


de

processos interpsicológicos.
o
ed

(D) o indivíduo tem instrumentos endógenos para percorrer, sozinho, o


ev

caminho de seu pleno desenvolvimento.


Az

(E) o papel do professor é o de provocar nos alunos avanços na aprendizagem


na
lia

que não ocorreriam espontaneamente.


Ju

Gabarito: E
Comentários: É pela zona de desenvolvimento proximal que a aprendizagem
ocorre. O professor é apenas um mediador dessa zona. Cabe à ele identificar
esse campo e realizar as interações adequadas. O bom ensino se adianta em
relação aos processos da criança que já se consolidaram. O desenvolvimento
deve ser orientado para o momento imediato, sem perder de vista o futuro que
se busca alcançar. Essa zona de desenvolvimento proximal é ativada pela
internalização. O indivíduo precisa do outro para realizar essa aprendizagem.

197
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

29. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


Para Donald Winnicott, o espaço da sessão ofereceria aos pacientes uma
segunda oportunidade para o seu desenvolvimento, pois possibilitaria a
sustentação “suficientemente boa” que o indivíduo não teve em sua infância.
Essa condição seria possível porque o enquadramento da análise
(A) substitui as experiências traumáticas vividas pelo paciente por experiências
com características favoráveis ao amadurecimento.

05
(B) reproduz as técnicas de maternagem precoces, convidando à regressão em

6:
:5
uma situação de confiabilidade.

12
(C) evita as referências ao ambiente primário hostil, para que possa ser oferecida

3
02
ao paciente uma nova experiência de holding.

/2
05
(D) organiza as pulsões orais, anais e genitais, que têm um papel primordial no

2/
processo de desenvolvimento do indivíduo.

-2
(E) aplaca as vivências de fracasso no desenvolvimento do ego, pois instaura

om
uma nova ordem para o registro do simbólico.

l.c
ai
Gabarito: B

gm
Comentários: O enquadramento não substitui as experiências traumáticas
e@
vividas pelo paciente. Ele, na verdade, reproduz as técnicas de maternagem
ci
pe

precoces. Esse tipo de vinculação não evita as referências ao ambiente primário


es

hostil. Cuidado, o enquadramento na análise não organiza as pulsões orais,


na
ia

anais e genitais, mas as torna mais acessíveis para o trabalho analítico. O


ul
-j

enquadre não aplaca as vivências de fracasso no desenvolvimento do ego nem


5
-3

instaura uma nova ordem para o registro do simbólico.


37
.4
17

30. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


.3

A teoria das relações de objeto modificou a visão da conduta humana e dos


46
-1

processos inconscientes porque inseriu no contexto da psicanálise a ideia de que


e

(A) as características que os objetos internos adquirem independem do


ad
dr

confronto entre os sentimentos


An

agressivos e amorosos.
de

(B) a pulsão exerce papel fundamental no psiquismo, mesmo quando não se


o
ed

dirige aos objetos.


ev

(C) as fantasias são respostas compensatórias da psique para a falta de


Az

gratificação pulsional.
na
lia

(D) a concepção de psiquismo tem como elemento fundamental o vínculo


Ju

emocional.
(E) o superego é a instância psíquica resultante da resolução do Complexo de
Édipo.
Gabarito: D
Comentários: Os objetos internos dependem dos sentimentos agressivos e
amorosos. O estudo da pulsão só é relevante quando se dirige aos objetos. De
outro modo, não é relevante para a análise. Klein não acredita que o superego
seja a instância psíquica resultante da resolução do Complexo de Édipo.

198
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Sobre isso:
A fantasia kleiniana: definições
De acordo com a teorização kleiniana e de suas seguidoras — Heimann (1986),
Isaacs (1986) e Segal (1966) — as fantasias são inatas no sujeito, uma vez que são
as representantes dos instintos1, tanto os libidinais2 quanto os agressivos, os
quais agem na vida desde o nascimento. Elas apresentam componentes
somáticos e psíquicos, dando origem a processos pré–conscientes e conscientes,
e acabam por determinar, desta forma, a personalidade. Pode–se concluir que

05
as fantasias são a forma de funcionamento mental primária, de extrema

6:
:5
importância neste período inicial da vida.

12
É possível a distinção entre dois conceitos de fantasia: phantasy, com ph, a qual

3
02
corresponde à atividade de fantasia inconsciente; e fantasy com f, a qual

/2
05
corresponde à atividade fantasmática consciente (Isaacs, 1986). A fantasia pode

2/
ser definida como a representante psíquica do instinto e expressa a realidade de

-2
sua fonte, interna e subjetiva, embora esteja ligada à realidade objetiva. Ela se

om
l.c
transforma de acordo com o desenvolvimento, no decorrer das experiências

ai
corporais, sendo ampliada e elaborada, influenciando e sendo influenciada pelo
gm
ego em maturação.
e@
Segundo Riviere (1986b), outra seguidora de Melanie Klein, a vida de fantasia do
ci
pe

indivíduo pode ser entendida como "a forma como suas sensações e percepções
es
na

reais, internas e externas, são interpretadas e representadas para ele próprio,


ia

em sua mente, sob a influência do princípio de prazer–dor" (Riviere, 1986b, pp.


ul
-j

52, 53).
5
-3

PEREIRA DE OLIVEIRA, Marcella. Melanie Klein e as fantasias


37

inconscientes. Winnicott e-prints, São Paulo , v. 2, n. 2, p. 1-19, 2007


.4
17

. Disponível em
.3
46

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
-1

432X2007000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 14 set. 2019.


e
ad
dr

31. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Psicólogo


An

De uma perspectiva psicodinâmica, mesmo quando as relações na infância


de

com os pais são abusivas e conflituosas, a criança as considera como uma fonte
o
ed

de prazer. Isso acontece porque


ev
Az

(A) elas proporcionam à criança abusada um senso de continuidade e


na

significado.
lia

(B) essas crianças se tonaram incapazes de sentir medo ou abandono.


Ju

(C) os conflitos são inerentes às relações humanas, desde a mais tenra infância.
(D) as figuras paternas, na infância, precisam ser protegidas dos ataques
destrutivos do self.
(E) o masoquismo é um sintoma neurótico presente em todo indivíduo, até em
crianças.
Gabarito: A

199
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Comentários: Winnicott! Os pais abusivos também são os que promovem a


aceitação e, por isso, proporcionam à criança abusada um senso de
continuidade e significado.

32. VUNESP – Guarulhos – Psicólogo – 2019


Segundo a concepção de Jean Piaget, a evolução das capacidades sensoriais,
motoras e intelectuais de uma criança
(A) pode variar no seu ritmo e qualidade, mas inevitavelmente obedece a uma

05
sequência neurofisiológica pré-determinada.

6:
:5
(B) é determinada pelas condições do aparato neurofisiológico dessa criança, no

12
momento de seu nascimento.

3
02
(C) pode assumir qualquer configuração, desde que as condições do ambiente

/2
05
forneçam estimulação diversificada e abundante.

2/
(D) resulta da integração dos aspectos destrutivos e amorosos de sua

-2
personalidade, durante o primeiro ano de vida.

om
(E) é fruto de sua tendência inata ao amadurecimento que é colocada em ação

l.c
ai
pela atitude da mãe suficientemente boa.

gm
Gabarito: A
e@
Comentários: Os estágios são pré-determinados. Podemos ter pequenas
ci
pe

variações de semanas, mas a ordem não muda.


es
na
ia

33. VUNESP – Guarulhos – Psicólogo – 2019


ul
-j

Um psicólogo foi encarregado de realizar um grupo terapêutico com


5
-3

adolescentes, para colaborar com as ações envolvidas em um programa para a


37

prevenção de bullying nas escolas. Essa estratégia para o trabalho terapêutico


.4
17

com adolescentes,
.3

(A) é muito favorável, uma vez que os adolescentes têm uma tendência natural
46
-1

para se agruparem.
e

(B) é inadequada, pois os sentimentos transferenciais nesse período de vida são


ad
dr

mais intensos e ameaçadores.


An

(C) é desaconselhável, uma vez que nessa etapa do desenvolvimento a


de

prioridade é a estruturação da identidade individual.


o
ed

(D) é inócua, porque os adolescentes são indivíduos especialmente refratários


ev

às questões sociais e culturais.


Az

(E) é crítica, pois a atitude naturalmente agressiva e contestadora dos


na
lia

adolescentes impede o trabalho do terapeuta.


Ju

Gabarito: A
Comentários: Aqui temos uma pesquisa que mistura Psicologia do
Desenvolvimento com a atuação do psicólogo. Sim, os adolescentes tendem a
agrupar-se e é desse agrupamento que o adolescente descobre referências para
a identidade individual.

200
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Simulado
Caros colegas, veremos agora 50 assertivas para você julgar a sua
veracidade. Este modelo não é o adotado pela sua banca, mas creio que assim
poderemos abarcar mais conteúdos em menor tempo.
Boa sorte!!!
Julgue as alternativas abaixo marcando C para as Certas e E para as
Erradas.

05
6:
:5
12
1. ( ) Na teoria behaviorista, a modelagem de comportamento ocorre baseada

3
principalmente em reforços positivos e negativos.

02
/2
05
2. ( ) O modo desadaptativo de lidar com as crises, segundo Erikson, leva a um

2/
-2
desfecho positivo da crise onde o sujeito está preparado para seguir para a

om
próxima fase.

l.c
ai
gm
3. ( ) Entender que a escola deve organizar-se por uma qualidade de ensino que
e@
promova a apropriação de valores humanos que contribuam para uma nova
ci

forma de ver e agir no mundo refere-se à tarefa humanizadora da escola. Essas


pe
es

ideias estão de acordo com Vygotsky, que define a escola como espaço de
na

mediação.
ia
ul
-j

4. ( ) Lev Vygotsky teve colaboradores importantes nos estudos que realizou.


5
-3

Quais são os nomes dos seus dois mais importantes colaboradores foram Wallon
37
.4

e Piaget.
17
.3
46

5. ( ) Henri Wallon propõe quatro campos funcionais como determinantes do


-1

desenvolvimento humano. Esses campos são a afetividade, o movimento, a


e
ad

inteligência e a formação do eu.


dr
An
de

6. ( ) As crises psicossociais que, segundo Erik Erikson, ocorrem durante a


o

adolescência e preparam as pessoas para serem adultos saudáveis, envolvem


ed
ev

questões como a confiança e a autonomia, assim como a iniciativa e o


Az

sentimento de culpa.
na
lia

7. ( ) A proposição freudiana para os estudos da época sobre a personalidade


Ju

humana baseavam-se no busca do rigor científico.

8. ( ) Das leis de Wallon, destacamos a que se refere à sucessão entre as três


dimensões, sendo que cada dimensão prepondera, alternadamente ao longo do
desenvolvimento humano. Essa afirmação refere-se a lei de integração.

201
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

9. ( ) A afirmação "o erro da criança passa a ser considerado como uma etapa
necessária do processo de construção do conhecimento e não como uma
inaptidão por parte do aprendiz" diz respeito aos estudos de Piaget.

10. ( ) A fase de "Generatividade versus estagnação" de Erikson corresponde a


fase "Genital" de Freud.

11. ( ) A moratória psicossocial de Erikson ocorre na 5° fase de desenvolvimento

05
e reflete um período de pausa necessária a muitos jovens, de procura de

6:
:5
alternativas e de experimentação de papéis, que vai permitir um trabalho de

12
significação interna. Assim, essa é uma fase onde ocorrem experiências para

3
02
testar padrões.

/2
05
2/
12. ( ) A psicologia materialista de Vygotsky procurava entender os fenômenos

-2
e o psiquismo humano. A partir da interação dos aspectos biológicos e sociais

om
no desenvolvimento. O homem em uma relação dialética era ao mesmo tempo

l.c
ai
produto e produtor das relações sociais. O cérebro, para os materialistas, não

gm
era somente um órgão, mas também um sistema aberto e flexível cujo
e@
funcionamento era construído na própria história dos homens. O
ci
pe

desenvolvimento biológico não era descontextualizado, mas pensando em uma


es

relação direta com o desenvolvimento social. Sendo assim, a cultura


na
ia

transformava as pessoas, seus valores e representações.


ul
-j
5
-3

13. ( ) Para Wallon, a linguagem é um complexo sistema de representações


37

desenvolvido a partir dos gestos e dos sons, a utilização da linguagem, pela


.4
17

criança, constitui um dos meios mais expressivos para a formação da


.3

consciência. Esse autor diz que as experiências históricas dos homens se


46
-1

encontram tanto nas produções materiais como nas verbais e é pelo uso da
e

linguagem e dos símbolos que a criança interioriza o mundo ao seu redor, e por
ad
dr

meio dos processos de interiorização dos aspectos culturais, as crianças


An

começam a controlar o ambiente e o próprio comportamento.


de
o
ed

14. ( ) Para Piaget, a construção da inteligência ocorre através da


ev

complementaridade dos aspectos biológicos e sociais. Essa teoria considera que


Az

é por meio das suas interações com outros seres humanos que o homem se
na
lia

constrói. Em outras palavras, o homem não nasce homem e sim com


Ju

possibilidades de humanizar-se nas interações que estabelece ao longo da vida.

15. ( ) Vygotsky considerava que as formas típicas do comportamento humano


não estão prontas ao nascimento e se desenvolvem no decorrer da vida. Como
formas típicas de comportamento humano temos: a capacidade de solucionar
problemas; o uso da memória; a formação de conceitos e o desenvolvimento da
linguagem.

202
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

16. ( ) Na segunda fase de Erikson, confiança versus desconfiança, a criança


adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação
ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe
der amor e não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver
medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a refletir-se nas
relações futuras.

17. ( ) Para Wallon, é somente no Estágio do Personalismo, que vai dos três aos

05
cinco anos, que a criança realmente se diferencia do outro, que toma

6:
:5
consciência de sua autonomia em relação aos demais. Ela percebe as relações e

12
os papéis diferentes dentro do universo familiar, ao mesmo tempo que se

3
02
percebe como um elemento fixo, como ser o filho mais velho ou o mais novo,

/2
05
ser filho e irmão, assim por diante.

2/
-2
18. ( ) A zona de desenvolvimento proximal é a forma compartilhada de

om
construir conhecimentos e auxiliar as pessoas na resolução de seus problemas.

l.c
ai
Um exemplo é quando um amigo de sala de aula auxilia o outro na resolução de

gm
um problema matemático.
e@
ci
pe

19. ( ) Para Piaget, o estágio sensório-motor inicia-se ao nascimento e segue ao


es

longo dos dois primeiros anos. Nesse período as crianças terão uma inteligência
na
ia

pratica centrada na percepção e no motor.


ul
-j
5
-3

20. ( ) Piaget era Inatista


37
.4
17

21. ( ) Os estudos realizados através da psicologia do desenvolvimento


.3

colaboram significativamente para o entendimento dos processos biológicos e


46
-1

culturais envolvidos na formação do indivíduo como sujeito social. Conhecer


e

esses aspectos e a evolução humana permite que os professores compreendam


ad
dr

seus alunos nas suas características globais, permitindo desta maneira


An

compreender o modo de agir e pensar da criança e melhorar sua qualidade de


de

trabalho em seu cotidiano.


o
ed
ev

22. ( ) Vygotsky caracteriza o processo de internalização como uma


Az

“reconstrução interna de uma operação externa”. Ou seja: a humanidade está


na
lia

sempre em constante movimento de recriação e de reinterpretação de conceitos


Ju

e significados.

23. ( ) Vygotsky define o processo de formação da consciência humana através


de esquemas inatos que se desenvolvem independentemente do contato com o
meio, mas que servem de subsídio para os aparatos sociais.

24. ( ) A Zona de Desenvolvimento Proximal é a distancia entre o nível de


desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução

203
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

independente de um problema e o nível de desenvolvimento potencial,


determinado através da solução de problemas sob a orientação de um mediador.

25. ( ) Segundo Piaget, o processo de auto regulação busca sempre o equilíbrio e


é por meio deste equilíbrio que são constituídos novos conhecimentos. Porém o
equilíbrio não consiste em um estado de conhecimento superior, mas sim a
superação do mesmo.

05
26. ( ) Vygotsky se preocupou muito com a questão clássica na Psicologia sobre

6:
:5
a influência da aprendizagem no desenvolvimento mental da criança. Para este

12
autor, o processo de desenvolvimento não coincide com o processo de

3
02
aprendizagem, criando a área de desenvolvimento potencial, se desenvolve com

/2
05
o aprendizado.

2/
-2
27. ( ) A teoria de desenvolvimento de Erik H. Erikson propõe, ao contrário da

om
teoria freudiana, a separação em fases de desenvolvimento devem englobar toda

l.c
ai
a ontogênese do ser.

gm
e@
28. ( ) Para os maturacionistas, as mudanças existentes no desenvolvimento
ci
pe

humano são provenientes, em geral, da programação genética do organismo.


es

Assim, a capacidade de aprendizado de uma criança é determinada, por


na
ia

exemplo, em seu código genético.


ul
-j
5
-3

29. ( ) Em contraposição ao movimento inatista, temos a visão empirista de


37

desenvolvimento humano. Essa segunda visão, diametralmente oposta à


.4
17

primeira, afirma que nascemos como “tábulas-rasas” (folhas em branco) e que


.3

nosso desenvolvimento é alcançado através das aprendizagens provenientes de


46
-1

nossas interações com o ambiente. A maior escola de desenvolvimento


e

representante dessa visão é o comportamentalismo.


ad
dr
An

30. ( ) A teoria psicossexual de Erikson pode ser considerada como uma teoria
de

psicodinâmica.
o
ed
ev

31. ( ) Para Erikson, a formação da personalidade (identidade) inicia-se nos


Az

primeiros quatro estágios, no quinto é negociada e nos outros é expressa com


na
lia

maior consistência.
Ju

32. ( ) Na terceira fase de Erikson, também apelidada por idade de brincar, é


assinalada pela ritualização dramática e marca a possibilidade de tomar
iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta
diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência
de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade.

204
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

33. ( ) Para Erikson, só é possível avançar nas fases de desenvolvimento quando


resolvemos a crise central de cada etapa.

34. ( ) Apesar de parte do mundo inconsciente não ser acessível de forma


alguma, um conceito é básico na teoria freudiana de personalidade: o passado é
determinante para o presente. Esse conceito é chamado de Determinismo
Psíquico e parte do pressuposto que existe uma continuidade nos eventos
mentais e que esses são historicamente desenvolvidos.

05
6:
:5
35. ( ) A pedagogia não-diretiva propõe uma educação centrada no aluno,

12
visando formar sua personalidade através da vivência de experiências

3
02
significativas que lhe permitam desenvolver características inerentes à sua

/2
05
natureza. O professor é um especialista em relações humanas, ao garantir o

2/
clima de relacionamento pessoal e autêntico.

-2
om
36. ( ) Para Freud, o superego tem três objetivos: (1) inibir (através de punição

l.c
ai
ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele

gm
ditados (2) evitar a ansiedade e (3) conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos,
e@
pensamentos e palavras.
ci
pe
es

37. ( ) A regressão é a permanência em uma fase em função do investimento


na
ia

total ou parcial da libido em um ponto específico.


ul
-j
5
-3

38. ( ) O caráter genital é descrito como o ideal freudiano do desenvolvimento


37

pleno onde o sujeito não possui fixações, está livre de conflitos pré-edípicos
.4
17

significativos e aprecia uma sexualidade satisfatória preocupando-se com a


.3

satisfação do companheiro sexual.


46
-1
e

39. ( ) Damos o nome de Regressão ao comportamento infantilizado exibido por


ad
dr

crianças em etapas posteriores de desenvolvimento. Essas crianças exibem


An

comportamentos, por exemplo, de fala regressiva ou enurese noturna em etapas


de

que já superaram tais tipos de comportamentos.


o
ed
ev

40. ( ) O Complexo de Édipo ocorre na fase anal.


Az
na
lia

41. ( ) Para Wallon, a relação entre afetividade e inteligência é de alternância,


Ju

podendo as primeiras emoções criar estruturações cognitivas e para Vygotsky,


estas relações são de complementaridade, estando as emoções entendidas no
âmbito das funções mentais, das quais o pensamento faz parte. No caso da
psicanálise freudiana, além da discussão sobre se é uma teoria sobre a
afetividade ou não, não parece ter o interesse de apontar relações entre
afetividade e inteligência, mas muito mais submetê-los à teoria das pulsões.

42. ( ) Para Wallon, a emoção se nutre do efeito que causa no outro.

205
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

43. ( ) Para a visão comportamentalista, a função do professor é a de criar ou


modificar comportamentos desejados utilizando estímulos e reforços, onde o
aluno é um ser passivo que recebe, escuta, escreve e repete as informações, o
que a torna útil para atividades repetitivas e que exigem memorização de
conteúdo.

44. ( ) As escolas tecnicistas de educação se fundamentam na visão humanista

05
de desenvolvimento humano.

6:
:5
12
45. ( ) A política educacional é, para Skinner, uma questão de planejar o homem.

3
02
Uma política educacional eficiente não pode ficar satisfeita com a réplica das

/2
05
grandes realizações históricas. Não é fácil antever o que serão os artistas,

2/
estadistas e cientistas do futuro, mas, com o auxílio da análise experimental do

-2
comportamento, as potencialidades do organismo humano podem ser

om
cabalmente exploradas.

l.c
ai
gm
46. ( ) Para Piaget, o estágio pré-operatório e o das operações abstratas fazem
e@
parte do estágio das operações formais.
ci
pe
es

47. ( ) Para Piaget, os esquemas são descritos como subestruturas,


na
ia

dinamicamente organizadas e são responsáveis pela assimilação do ambiente


ul
-j

em forma de conhecimento.
5
-3
37

48. ( ) Para Piaget, a autenticidade é a principal ferramenta do educador que


.4
17

conduzirá o aluno à aprendizagem significava.


.3
46
-1

49. ( ) Para Rogers o aprendizado por tarefas é utiliza apenas as operações


e

mentais e não considera o indivíduo como um todo. Para ele, esse tipo de
ad
dr

aprendizado seria pouco útil para a vida real por ser esquecido com o tempo por
An

ser meramente intelectual.


de
o
ed

50. ( ) Com relação a teoria de desenvolvimento de Freud, não podemos afirmar


ev

que o id é inconsciente e desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral.


Az
na
lia
Ju

Gabarito e Comentários
1. (C) Na teoria behaviorista, a modelagem de comportamento ocorre baseada
principalmente em reforços positivos e negativos.
Comentários: Apenas para relembrar: o reforço positivo é todo evento que
aumenta a probabilidade de futura resposta que o produz; o reforço negativo é
todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou

206
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

atenua. A partir dai ocorre a modelagem com o comportamento reforçado e com


evolução gradual.

2. (E) O modo desadaptativo de lidar com as crises, segundo Erikson, leva a um


desfecho positivo da crise onde o sujeito está preparado para seguir para a
próxima fase.
Comentários: Modo Adaptativo.

05
3. (C) Entender que a escola deve organizar-se por uma qualidade de ensino que

6:
:5
promova a apropriação de valores humanos que contribuam para uma nova

12
forma de ver e agir no mundo refere-se à tarefa humanizadora da escola. Essas

3
02
ideias estão de acordo com Vygotsky, que define a escola como espaço de

/2
05
mediação.

2/
-2
4. (E) Lev Vygotsky teve colaboradores importantes nos estudos que realizou.

om
Quais são os nomes dos seus dois mais importantes colaboradores foram Wallon

l.c
ai
e Piaget.

gm
Comentários: Foram Luria e Leontiev.
e@
ci
pe

5. (C) Henri Wallon propõe quatro campos funcionais como determinantes do


es

desenvolvimento humano. Esses campos são a afetividade, o movimento, a


na
ia

inteligência e a formação do eu.


ul
-j
5
-3

6. (E) As crises psicossociais que, segundo Erik Erikson, ocorrem durante a


37

adolescência e preparam as pessoas para serem adultos saudáveis, envolvem


.4
17

questões como a confiança e a autonomia, assim como a iniciativa e o


.3

sentimento de culpa.
46
-1

Comentários: Certo seria se falássemos em identidade e confusão de papéis,


e

intimidade e solidariedade.
ad
dr
An

7. (E) A proposição freudiana para os estudos da época sobre a personalidade


de

humana baseavam-se no busca do rigor científico.


o
ed

Comentários: A ênfase era na identificação de processos psicológicos e não no


ev

rigor científico.
Az
na
lia

8. (E) Das leis de Wallon, destacamos a que se refere à sucessão entre as três
Ju

dimensões, sendo que cada dimensão prepondera, alternadamente ao longo do


desenvolvimento humano. Essa afirmação refere-se a lei de integração.
Comentários: Essa é a Lei de alternância. Olha que trecho interessante que
encontrei:
Uma visão de conjunto, em que as dimensões da pessoa se integram de
forma dinâmica, alternando-se em relação à predominância de uma frente às
demais é necessária para a compreensão da concepção de desenvolvimento
walloniana. A integração não é um estado alcançado ao final de um processo,

207
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

mas define a condição plástica, o equilíbrio dinâmico da pessoa em


desenvolvimento.
Wallon admite, a existência de três leis que regulam o processo de
desenvolvimento da criança em direção ao adulto: a lei da alternância funcional,
a da preponderância funcional e a da integração funcional A primeira, chamada
lei da alternância funcional, indica duas direções opostas que se alternam ao
longo do desenvolvimento: uma centrípeta, voltada para a construção do eu e a
outra centrífuga, voltada para a elaboração da realidade externa e do universo

05
que a rodeia. Essas duas direções se manifestam alternadamente, constituindo

6:
:5
o ciclo da atividade funcional.

12
A segunda é a lei da sucessão da preponderância funcional, na qual as

3
02
três dimensões ou subconjuntos preponderam, alternadamente, ao longo do

/2
05
desenvolvimento do homem: motora, afetiva e cognitiva. A função motora

2/
predomina nos primeiros meses de vida da criança, enquanto as funções

-2
afetivas e cognitivas se alternam ao longo de todo o desenvolvimento, ora

om
visando a formação do eu (predominância afetiva), ora visando o conhecimento

l.c
ai
do mundo exterior (predominância cognitiva).

gm
A última lei, chamada de lei da diferenciação e integração funcional, diz
e@
respeito às novas possibilidades que não se suprimem ou se sobrepõem às
ci
pe

conquistas dos estágios anteriores, mas, pelo contrário, integram-se a elas no


es

estágio subsequente.
na
ia

A integração dos três subconjuntos funcionais – motor, afetivo e cognitivo


ul
-j

– constitui o último e quarto subconjunto funcional, denominado por Wallon


5
-3

pessoa. Para Wallon, em qualquer momento, ou fase do desenvolvimento, a


37

pessoa é sempre uma pessoa completa.


.4
17

Fonte: http://pedagogiaonlineead.blogspot.com.br/2011/07/henri-wallon.html
.3
46
-1

9. (C) A afirmação "o erro da criança passa a ser considerado como uma etapa
e

necessária do processo de construção do conhecimento e não como uma


ad
dr

inaptidão por parte do aprendiz" diz respeito aos estudos de Piaget.


An
de

10. (C) A fase de "Generatividade versus estagnação" de Erikson corresponde a


o
ed

fase "Genital" de Freud.


ev

Gabarito: Correto.
Az
na
lia

11. (C) A moratória psicossocial de Erikson ocorre na 5° fase de desenvolvimento


Ju

e reflete um período de pausa necessária a muitos jovens, de procura de


alternativas e de experimentação de papéis, que vai permitir um trabalho de
significação interna. Assim, essa é uma fase onde ocorrem experiências para
testar padrões.

12. (C) A psicologia materialista de Vygotsky procurava entender os fenômenos


e o psiquismo humano. A partir da interação dos aspectos biológicos e sociais
no desenvolvimento. O homem em uma relação dialética era ao mesmo tempo

208
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

produto e produtor das relações sociais. O cérebro, para os materialistas, não


era somente um órgão, mas também um sistema aberto e flexível cujo
funcionamento era construído na própria história dos homens. O
desenvolvimento biológico não era descontextualizado, mas pensando em uma
relação direta com o desenvolvimento social. Sendo assim, a cultura
transformava as pessoas, seus valores e representações.

13. (E) Para Wallon, a linguagem é um complexo sistema de representações

05
desenvolvido a partir dos gestos e dos sons, a utilização da linguagem, pela

6:
:5
criança, constitui um dos meios mais expressivos para a formação da

12
consciência. Esse autor diz que as experiências históricas dos homens se

3
02
encontram tanto nas produções materiais como nas verbais e é pelo uso da

/2
05
linguagem e dos símbolos que a criança interioriza o mundo ao seu redor, e por

2/
meio dos processos de interiorização dos aspectos culturais, as crianças

-2
começam a controlar o ambiente e o próprio comportamento.

om
Comentários: Essa é a visão de Vygotsky

l.c
ai
gm
14. (E) Para Piaget, a construção da inteligência ocorre através da
e@
complementaridade dos aspectos biológicos e sociais. Essa teoria considera que
ci
pe

é por meio das suas interações com outros seres humanos que o homem se
es

constrói. Em outras palavras, o homem não nasce homem e sim com


na
ia

possibilidades de humanizar-se nas interações que estabelece ao longo da vida.


ul
-j

Comentários: Vygotsky novamente.


5
-3
37

15. (C) Vygotsky considerava que as formas típicas do comportamento humano


.4
17

não estão prontas ao nascimento e se desenvolvem no decorrer da vida. Como


.3

formas típicas de comportamento humano temos: a capacidade de solucionar


46
-1

problemas; o uso da memória; a formação de conceitos e o desenvolvimento da


e

linguagem.
ad
dr
An

16. (E) Na segunda fase de Erikson, confiança versus desconfiança, a criança


de

adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação


o
ed

ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe
ev

der amor e não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver


Az

medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a refletir-se nas


na
lia

relações futuras.
Ju

Comentários: Essa é a primeira fase!

17. (C) Para Wallon, é somente no Estágio do Personalismo, que vai dos três aos
cinco anos, que a criança realmente se diferencia do outro, que toma
consciência de sua autonomia em relação aos demais. Ela percebe as relações e
os papéis diferentes dentro do universo familiar, ao mesmo tempo que se
percebe como um elemento fixo, como ser o filho mais velho ou o mais novo,
ser filho e irmão, assim por diante.

209
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

18. (E) A zona de desenvolvimento proximal é a forma compartilhada de


construir conhecimentos e auxiliar as pessoas na resolução de seus problemas.
Um exemplo é quando um amigo de sala de aula auxilia o outro na resolução de
um problema matemático.
Comentários: Zona de Desenvolvimento Proximal define a distância entre o
nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um
problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado

05
através de resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em

6:
:5
colaboração com outro companheiro. Quer dizer, é a série de informações que

12
a pessoa tem a potencialidade de aprender, mas ainda não completou o

3
02
processo, conhecimentos fora de seu alcance atual, mas potencialmente

/2
05
atingíveis. Logo, deveríamos falar de Zona de Desenvolvimento Potencial e não

2/
da Proximal!

-2
om
19. (C) Para Piaget, o estágio sensório-motor inicia-se ao nascimento e segue ao

l.c
ai
longo dos dois primeiros anos. Nesse período as crianças terão uma inteligência

gm
pratica centrada na percepção e no motor.
e@
ci
pe

20. (E) Piaget era Inatista


es

Comentários: Piaget era construtivista!


na
ia
ul
-j

21. (C) Os estudos realizados através da psicologia do desenvolvimento


5
-3

colaboram significativamente para o entendimento dos processos biológicos e


37

culturais envolvidos na formação do indivíduo como sujeito social. Conhecer


.4
17

esses aspectos e a evolução humana permite que os professores compreendam


.3

seus alunos nas suas características globais, permitindo desta maneira


46
-1

compreender o modo de agir e pensar da criança e melhorar sua qualidade de


e

trabalho em seu cotidiano.


ad
dr
An

22. (C) Vygotsky caracteriza o processo de internalização como uma


de

“reconstrução interna de uma operação externa”. Ou seja: a humanidade está


o
ed

sempre em constante movimento de recriação e de reinterpretação de conceitos


ev

e significados.
Az
na
lia

23. (E) Vygotsky define o processo de formação da consciência humana através


Ju

de esquemas inatos que se desenvolvem independentemente do contato com o


meio, mas que servem de subsídio para os aparatos sociais.
Comentários: Vygotsky compreende que a formação da consciência humana se
desenvolve a partir do contexto cultural e das relações sociais. O conhecimento
é construído de forma coletiva.

24. (C) A Zona de Desenvolvimento Proximal é a distancia entre o nível de


desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução

210
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

independente de um problema e o nível de desenvolvimento potencial,


determinado através da solução de problemas sob a orientação de um mediador.
Gabarito: Correto

25. (C) Segundo Piaget, o processo de auto regulação busca sempre o equilíbrio
e é por meio deste equilíbrio que são constituídos novos conhecimentos. Porém
o equilíbrio não consiste em um estado de conhecimento superior, mas sim a
superação do mesmo.

05
6:
:5
26. (C) Vygotsky se preocupou muito com a questão clássica na Psicologia sobre

12
a influência da aprendizagem no desenvolvimento mental da criança. Para este

3
02
autor, o processo de desenvolvimento não coincide com o processo de

/2
05
aprendizagem, criando a área de desenvolvimento potencial, se desenvolve com

2/
o aprendizado.

-2
om
27. (C) A teoria de desenvolvimento de Erik H. Erikson propõe, ao contrário da

l.c
ai
teoria freudiana, a separação em fases de desenvolvimento devem englobar toda

gm
a ontogênese do ser.
e@
ci
pe

28. (C) Para os maturacionistas, as mudanças existentes no desenvolvimento


es

humano são provenientes, em geral, da programação genética do organismo.


na
ia

Assim, a capacidade de aprendizado de uma criança é determinada, por


ul
-j

exemplo, em seu código genético.


5
-3

Comentários: lembre-se que maturacionismo é sinônimo de inatismo.


37
.4
17

29. (C) Em contraposição ao movimento inatista, temos a visão empirista de


.3

desenvolvimento humano. Essa segunda visão, diametralmente oposta à


46
-1

primeira, afirma que nascemos como “tábulas-rasas” (folhas em branco) e que


e

nosso desenvolvimento é alcançado através das aprendizagens provenientes de


ad
dr

nossas interações com o ambiente. A maior escola de desenvolvimento


An

representante dessa visão é o comportamentalismo.


de

Comentários: Sinônimos para empirismo: comportamentalismo ou


o
ed

ambientalista.
ev
Az

30. (E) A teoria psicossexual de Erikson pode ser considerada como uma teoria
na
lia

psicodinâmica.
Ju

Comentários: Erikson é pai da teoria psicossocial e não a psicossexual!

31. (C) Para Erikson, a formação da personalidade (identidade) inicia-se nos


primeiros quatro estágios, no quinto é negociada e nos outros é expressa com
maior consistência.

32. (C) Na terceira fase de Erikson, também apelidada por idade de brincar, é
assinalada pela ritualização dramática e marca a possibilidade de tomar

211
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta


diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência
de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade.

33. (E) Para Erikson, só é possível avançar nas fases de desenvolvimento quando
resolvemos a crise central de cada etapa.
Comentários: Se não resolvermos adequadamente na etapa certa podemos
resolver, segundo Erikson, em uma etapa ulterior (posterior).

05
6:
:5
34. (C) Apesar de parte do mundo inconsciente não ser acessível de forma

12
alguma, um conceito é básico na teoria freudiana de personalidade: o passado é

3
02
determinante para o presente. Esse conceito é chamado de Determinismo

/2
05
Psíquico e parte do pressuposto que existe uma continuidade nos eventos

2/
mentais e que esses são historicamente desenvolvidos.

-2
om
35. (C) A pedagogia não-diretiva propõe uma educação centrada no aluno,

l.c
ai
visando formar sua personalidade através da vivência de experiências

gm
significativas que lhe permitam desenvolver características inerentes à sua
e@
natureza. O professor é um especialista em relações humanas, ao garantir o
ci
pe

clima de relacionamento pessoal e autêntico.


es
na
ia

36. (E) Para Freud, o superego tem três objetivos: (1) inibir (através de punição
ul
-j

ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele


5
-3

ditados (2) evitar a ansiedade e (3) conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos,


37

pensamentos e palavras.
.4
17

Comentários: O superego não tem o papel de evitar a ansiedade, mas sim de


.3

coagir o ego a funcionar de acordo com seus ditames.


46
-1
e

37. (E) A regressão é a permanência em uma fase em função do investimento


ad
dr

total ou parcial da libido em um ponto específico.


An

Comentários: Essa é a fixação, não é a regressão. Cuidado!


de
o
ed

38. (C) O caráter genital é descrito como o ideal freudiano do desenvolvimento


ev

pleno onde o sujeito não possui fixações, está livre de conflitos pré-edípicos
Az

significativos e aprecia uma sexualidade satisfatória preocupando-se com a


na
lia

satisfação do companheiro sexual.


Ju

39. (C) Damos o nome de Regressão ao comportamento infantilizado exibido por


crianças em etapas posteriores de desenvolvimento. Essas crianças exibem
comportamentos, por exemplo, de fala regressiva ou enurese noturna em etapas
que já superaram tais tipos de comportamentos.

40. (E) O Complexo de Édipo ocorre na fase anal.


Comentários: Ocorre na fase fálica.

212
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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41. (C) Para Wallon, a relação entre afetividade e inteligência é de alternância,


podendo as primeiras emoções criar estruturações cognitivas e para Vygotsky,
estas relações são de complementaridade, estando as emoções entendidas no
âmbito das funções mentais, das quais o pensamento faz parte. No caso da
psicanálise freudiana, além da discussão sobre se é uma teoria sobre a
afetividade ou não, não parece ter o interesse de apontar relações entre
afetividade e inteligência, mas muito mais submetê-los à teoria das pulsões.

05
Comentários: Recomendo que leia:

6:
:5
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

12
37722011000200005&lng=pt&nrm=iso

3
02
/2
05
42. (C) Para Wallon, a emoção se nutre do efeito que causa no outro.

2/
Comentários: Sobre isso, é interessante complementar: "Vemos então que, para

-2
Wallon, as emoções podem inicialmente criar operações cognitivas que

om
permitirão a construção do conhecimento, por um lado, e, por outro, podem

l.c
ai
estruturar a 'pessoa' no início da vida, sem a participação da cognição (nem

gm
mesmo a sensório-motora). Mais adiante veremos que Piaget se oporá a esta
e@
formulação de Wallon, preferindo pensar em relações de correspondência entre
ci
pe

afetividade e inteligência e não em relações de causalidade e alternância".


es

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
na
ia

37722011000200005&lng=pt&nrm=iso
ul
-j
5
-3

43. (C) Para a visão comportamentalista, a função do professor é a de criar ou


37

modificar comportamentos desejados utilizando estímulos e reforços, onde o


.4
17

aluno é um ser passivo que recebe, escuta, escreve e repete as informações, o


.3

que a torna útil para atividades repetitivas e que exigem memorização de


46
-1

conteúdo.
e
ad
dr

44. (E) As escolas tecnicistas de educação se fundamentam na visão humanista


An

de desenvolvimento humano.
de

Comentários: Longe disso, elas se fundamentam na visão comportamentalista


o
ed

de desenvolvimento e aprendizagem. Sobre isso é válido destacar:


ev

As teorias de aprendizagem que fundamentam a pedagogia tecnicista


Az

dizem que aprender é uma questão de modificação do desempenho: o bom


na
lia

ensino depende de organizar eficientemente as condições estimuladoras, de


Ju

modo a que o aluno saia da situação de aprendizagem diferente de como entrou.


Ou seja, o ensino é um processo de condicionamento através do uso de
reforçamento das respostas que se quer obter. Assim, os sistemas instrucionais
visam o controle do comportamento individual face a objetivos
preestabelecidos. Trata-se de um enfoque diretivo do ensino, centrado no
controle das condições que cercam o organismo que se comporta.
Fonte: http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2008/11/pedagogia-
liberal.html

213
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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45. (C) A política educacional é, para Skinner, uma questão de planejar o


homem. Uma política educacional eficiente não pode ficar satisfeita com a
réplica das grandes realizações históricas. Não é fácil antever o que serão os
artistas, estadistas e cientistas do futuro, mas, com o auxílio da análise
experimental do comportamento, as potencialidades do organismo humano
podem ser cabalmente exploradas.
Comentários: Sobre a instrução programada, recomendo:

05
http://www.dfi.ccet.ufms.br/prrosa/Pedagogia/Capitulo_2.pdf. Leia!

6:
:5
12
46. (E) Para Piaget, o estágio pré-operatório e o das operações abstratas fazem

3
02
parte do estágio das operações formais.

/2
05
Comentários: Operações Concretas + Operações Abstratas = Operações

2/
Formais.

-2
om
47. (C) Para Piaget, os esquemas são descritos como subestruturas,

l.c
ai
dinamicamente organizadas e são responsáveis pela assimilação do ambiente

gm
em forma de conhecimento.
e@
ci
pe

48. (E) Para Piaget, a autenticidade é a principal ferramenta do educador que


es

conduzirá o aluno à aprendizagem significava.


na
ia

Comentários: isso ocorre na teoria de Rogers e não na de Piaget.


ul
-j
5
-3

49. (C) Para Rogers o aprendizado por tarefas é utiliza apenas as operações
37

mentais e não considera o indivíduo como um todo. Para ele, esse tipo de
.4
17

aprendizado seria pouco útil para a vida real por ser esquecido com o tempo por
.3

ser meramente intelectual.


46
-1
e

50. (E) Com relação a teoria de desenvolvimento de Freud, não podemos afirmar
ad
dr

que o id é inconsciente e desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral.


An

Comentários: podemos sim!


de
o
ed
ev
Az
na
lia

Teorias e Técnicas Psicoterápicas


Ju

Teorias e Técnicas Psicoterápicas I


São mais de 250 abordagens clínicas na psicologia
Definição
Técnicas de tratamento de doenças e problemas psíquicos
Terapia feita por psicólogo
Possui diversos objetivos e modalidades
Efetividade da psicoterapia

214
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Psicologia – Aula 01
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Objetivos (Cordioli)
psicoterapias psicodinâmicas
o insight
terapias comportamentais
novas aprendizagens
para as terapias cognitivas
correção de pensamentos ou as crenças disfuncionais
terapias familiares

05
mudança de fatores ambientais ou sistêmicos

6:
:5
terapias de grupo

12
uso de fatores grupais

3
02
/2
05
Teorias e Técnicas Psicoterápicas II (Cordioli)

2/
Fatores específicos

-2
são os relacionados à técnica em si

om
l.c
técnicas, formas de atuar, frequência das sessões, hipóteses, etc

ai
Fatores não-específicos
gm
a pessoa do terapeuta, empatia, interesse genuíno;
e@
a qualidade da relação terapêutica, aliança terapêutica e o vínculo;
ci
pe

fatores pessoais do próprio paciente (como capacidade de


es

vincular-se ao terapeuta, nível educacional, cultura, crenças,


na
ia

expectativas, motivação e flexibilidade para adaptar-se a um


ul
-j

método específico).
5
-3

Características da Psicoterapia
37

é um método de tratamento realizado por um profissional


.4
17

treinado, com o objetivo de reduzir ou remover um problema,


.3

queixa ou transtorno definido de um paciente ou cliente que


46
-1

deliberadamente busca ajuda;


e

o terapeuta utiliza meios psicológicos como forma de influenciar o


ad
dr

cliente e o paciente;
An

é realizada em um contexto primariamente interpessoal (a relação


de

terapêutica)
o
ed

utiliza a comunicação verbal como principal recurso


ev

é uma atividade eminentemente colaborativa entre paciente e


Az

terapeuta.
na
lia
Ju

Fases da Psicoterapia
Podemos ter várias classificações
Primeira Classificação
I – Entrevista inicial
II – Fase de levantamento de dados (Anamnese e Avaliação
Psicológica)
III – Aplicação das técnicas psicoterapêuticas
IV – Sessão de desligamento

215
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

V – Sessões de Follow-up
Segunda Classificação
1. Indicação
2. Promoção de um relacionamento terapêutico e trabalho de
clarificação do problema
a estruturação dos papéis (terapeuta e paciente), estabelecimento
de contrato terapêutico, estabelecimento de uma aliança
terapêutica, desenvolvimento de uma expectativa de sucesso,

05
promoção do relacionamento entre paciente e terapeuta,

6:
:5
transmissão de um modelo etiológico do problema;

12
3. Encenação do aprendizado terapêutico

3
02
aquisição, por exemplo, de novas competências (terapia cognitivo-

/2
05
comportamental) e análise e experiência de padrões de

2/
relacionamento e insights (psicanálise);

-2
4. Avaliação

om
verificação do atingimento dos objetivos propostos, estabilização

l.c
ai
dos resultados alcançados, fim formal da psicoterapia e da relação

gm
paciente-terapeuta.
e@
ci
pe

Tipos de Psicoterapias
es
na

Classificações formais dos tipos de psicoterapia


ia

Numero de Pessoas
ul
-j

Individual, de casal, familiar ou de grupo


5
-3

Duração
37

Curtas (em torno de 15 ou 20 sessões)


.4
17

longas (mais de um ano)


.3
46

Setting terapêutico
-1

Presencial ou Online
e
ad

Condução da Terapia
dr

terapias diretivas (psicoterapeuta conduz a


An

terapia),
de

psicoterapias não-diretivas (psicoterapeuta


o
ed

deixa o paciente conduzir a terapia),


ev
Az

terapias de mediação (auxílio não é


na

direcionado ao paciente diretamente, mas a


lia

pessoas relevantes para ele),


Ju

grupos de auto-ajuda (pessoas os mesmos


problemas procuram juntas se ajudar
mutuamente na superação do problema).
Objetivos
Mudanças intrapessoais, mudanças nos grupos
sociais, alívio de ansiedade, assertividade, etc.
Situação em que ocorre a
alta

216
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Superação do problema, clarificação dos


motivos e objetivos pessoais do paciente, etc.

Variáveis do Paciente e do Terapeuta


variáveis negativas do paciente
variáveis relacionadas ao paciente: a natureza do transtorno que
ele é portador, sua história de vida e clínica pregressa, a presença
de rede de apoio social e afetiva e a motivação para o processo de

05
mudança.

6:
:5
variáveis associadas ao quadro psicopatológico: severidade e

12
duração da doença, prejuízos de ordem cognitiva, déficits

3
02
comportamentais graves, problemas interpessoais, familiares e

/2
05
conjugais.

2/
variáveis de comorbidades: uso de substâncias psicoativas e

-2
transtornos de personalidade, etc.

om
l.c
variáveis positivas do paciente

ai
comprometimento
gm
confiança
e@
variáveis relacionadas ao terapeuta
ci
pe

competência técnica
es
na

sua experiência clínica


ia

seu estilo pessoal


ul
-j

Estilo pessoal do terapeuta


5
-3

compreende características, tais como autenticidade, capacidade


37

empática, entre outras.


.4
17
.3
46
-1

A Aliança Terapêutica
e
ad

O vínculo de confiança entre terapeuta e paciente, bem como a


dr

capacidade da dupla para realizar as tarefas psicoterápicas.


An

É um importante preditor de resultados terapêuticos em diferentes


de

abordagens psicoterápicas
o
ed
ev
Az
na

Mudança em psicoterapia I
lia

Prochaska, DiClemente e Norcross


Ju

1. Fase "pré-contemplativa"
é a fase da despreocupação. O paciente não tem consciência de seu
problema e não tem a intenção de modificar o seu comportamento
- apesar de as pessoas a sua volta estarem cientes do problema.
Nesta fase os pacientes só procuram terapia se obrigados;
2. Fase "contemplativa"
é a fase da tomada de consciência. O paciente se dá conta dos
problemas existentes, mas não sabe ainda como reagir. Ele ainda

217
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

não está preparado para uma terapia: está ainda pesando os prós e
os contras;
3. Fase de preparação
é a fase da tomada de decisão. O paciente se decide pela terapia -
nesta fase o meio social pode desempenhar um papel muito
importante;
4. Fase da ação
o paciente investe - tempo, dinheiro, esforço - na mudança. É a fase

05
do trabalho terapêutico propriamente dito;

6:
:5
5. Fase da manutenção

12
é a fase imediatamente após o fim da terapia. O paciente investe na

3
02
manutenção dos resultados obtidos por meio da terapia e introduz

/2
05
as mudanças no seu dia-a-dia;

2/
6. Fase da estabilidade

-2
é a fase da cura. Nesta fase o paciente solucionou o seu problema

om
e o risco de uma recaída não é maior do que o risco de outras

l.c
ai
pessoa para esse transtorno específico.

gm
Tipos de Transcursos
e@
De acordo com o desenvolvimento do paciente através das
ci
pe

diferentes fases se classificam quatro tipos de progressão: (1) o


es

transcurso estável, em que o paciente se estagna em uma fase; (2)


na
ia

o transcurso progressivo, em que o paciente se movimenta de uma


ul
-j

fase para a próxima; (3) o transcurso regressivo, em que o paciente


5
-3

se movimenta para uma fase em que já esteve, e (4) o transcurso


37

circular (recycling), em que o paciente muda a direção do


.4
17

movimento pelo menos duas vezes.


.3
46
-1

Mudança em psicoterapia II
e

Mecanismos básicos de mudança (K. Grawe )


ad
dr

1. Relacionamento terapêutico:
An

a qualidade do resultado de uma terapia é em grande parte


de

influenciada pela qualidade do relacionamento entre o terapeuta e


o
ed

o paciente.
ev

2. Ativação de recursos:
Az

a psicoterapia auxilia o paciente a mobilizar a força interna que ele


na
lia

possui para realizar a mudança necessária e estabilizá-la.


Ju

3. Atualização do problema:
a psicoterapia expõe o paciente ao seu padrão normal de
comportamento, como modo de tornar esses padrões conscientes
e assim modificáveis. Exemplos são o trabalho com meios teatrais,
como no psicodrama; os treinamentos de competências sociais,
que podem ser contados como parte integrante da terapia
comportamental; a técnica de focusing de Gendlin, e o trabalho

218
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

com transferência e contra-transferência, típico da psicanálise e


de outras escolas psicodinâmicas;
4. Esclarecimento motivacional ou Clarificação e transformação
de interpretações:
a psicoterapia auxilia a clarificação de ambiguidades e
obscuridades na experiência pessoal do paciente, ajudando-o a
encontrar um sentido para aquilo que ele experiência. Exemplos
são os métodos de clarificação típicos da terapia centrada no

05
cliente e os métodos de reestruturação cognitiva da terapia

6:
:5
cognitiva;

12
5. Competência na superação dos problemas:

3
02
a psicoterapia capacita o paciente a adquirir a capacidade de

/2
05
adaptação à realidade psíquica e social, típico dos transtornos

2/
psíquicos. Exemplo típico de métodos que usam esse mecanismo

-2
de maneira explícita são os métodos de exposição, comuns

om
à terapia comportamental;

l.c
ai
Dez processos de mudança (Prochaska e Di Clemente)

gm
(1) Autoexploração ou autoreflexão (conscious raising), ou seja, o
e@
paciente procura se conhecer melhor, o que leva a uma
ci
pe

(2) auto-reavaliação,
es

(3) autolibertação da convicção de que uma mudança não é


na
ia

possível, [o sujeito se liberta da convicção de que não é possível mudar].


ul
-j

(4) contra-condicionamento, ou seja, a substituição do


5
-3

comportamento problemático por outro, mais adequado,


37

(5) controle dos estímulos, ou seja, o evitar ou combater estímulos


.4
17

que levam ao comportamento problemático,


.3

(6) Administração de reforços, ou seja, o paciente se dá uma


46
-1

recompensa cada vez em que se comporta da maneira desejada,


e

(7) relacionamentos auxiliadores, ou seja, o paciente se abre à


ad
dr

possibilidade de falar sobre seus problemas com uma pessoa de


An

confiança (de maneira especial o terapeuta),


de

(8) alívio emocional através da expressão de sentimentos em


o
ed

relação ao problema e as suas soluções,


ev

(9) reavaliação ambiental, ou seja, o paciente percebe como o seu


Az

problema provoca estresse não apenas para si mas também para


na
lia

as pessoas à sua volta, e


Ju

(10) libertação social, ou seja, o paciente realiza gestos


construtivos para seu ambiente social (família, amigos, sociedade
em geral).

Transferência
Conceito relacionado com a contratransferência
É identificável em todas as abordagens

219
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

surge do contato emocional dos pacientes com a situação analítica


pode ser entendida como uma forma de resistência
são reedições de elementos inconscientes e que tornam-se conscientes
substituem uma pessoa anterior pela pessoa do médico
Tipos
Transferência Negativa
Sentimentos hostis para a pessoa do analista
Ou defesa contra o aparecimento da transferência positiva

05
Transferência Erótica

6:
:5
Sentimento de amor para a pessoa do analista

12
É um tipo de resistência

3
02
O foco das sessões será o amor que o paciente exige que seja

/2
05
retribuído

2/
Transferência Positiva

-2
transferência de sentimentos amistosos ou afetuosos

om
(transferência afetuosa)

l.c
ai
sentimentos admissíveis à consciência

gm
simpatia e afetos conscientes
e@
é a ideal
ci
pe

transferência de prolongamentos desses sentimentos no


es

inconsciente
na
ia

possui natureza erótica


ul
-j
5
-3

Contratransferência
37

reação do analista provocada pela transferência do paciente


.4
17

é inconsciente
.3

deve ser analisado pelo analista


46
-1

pode ser
e

um obstáculo
ad
dr

um instrumento terapêutico
An

um campo de experiência
de
o
ed
ev

Psicoterapias Breves I
Az
na

São terapias focais e limitadas no tempo


lia

Podem ser de curta ou de longa duração (Cordioli)


Ju

Também é conhecida como psicoterapia de emergência


Possuem metas mais modestas
Geralmente são de base analítica
Possuem foco determinado
Mesmo assim, trabalha em profundidade o foco
Trabalham omissões deliberadas
negligenciando os outros aspectos da personalidade

220
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Atuam com estratégia multidimensional e operam pelo princípio da


flexibilidade
O terapeuta interpreta, orienta e reduz ansiedades
Estão intimamente ligadas a situações emergenciais
Cria condições adequadas, nas quais o paciente se torna consciente de
distorções aperceptivas, de conflitos e de desejos.

Psicoterapias Breves II

05
Apresenta experiência emocional corretiva, aliança terapêutica e foco.

6:
:5
A Experiência Emocional Corretiva visa a possibilitar que os

12
conflitos antigos, não resolvidos, surjam na relação transferencial

3
02
que se estabelece no tratamento, permitindo que a diferença entre

/2
05
as reações atuais do terapeuta e as reações das figuras parentais na

2/
relação primitiva seja o fator preponderante para produzir as

-2
mudanças. Em outras palavras, a atitude do terapeuta, mais

om
l.c
adequada e mais compreensiva, possibilitando ao paciente

ai
revivenciar, dentro do ambiente seguro do relacionamento
gm
terapêutico e em circunstâncias favoráveis, situações emocionais
e@
difíceis do passado, resulta numa experiência emocional que
ci
pe

corrige a experiência primitiva.


es

Efeito Carambola
na
ia

Cabe ressaltar o conceito de "efeito carambola", introduzido


ul
-j

por Lemgruber, V. (1995), como "o mecanismo de potencialização


5
-3

dos ganhos terapêuticos por meio da técnica focal" ( op. cit, pg 23).
37

Se o conflito nuclear estiver contido no conflito focal, este, ao ser


.4
17

resolvido, permitirá uma repercussão no conflito primário que


.3

possibilitará mudanças mais profundas. O efeito carambola é o


46
-1

mecanismo que possibilita a irradiação dos resultados obtidos


e

através da psicoterapia focal permitindo a sua potencialização para


ad
dr

outras áreas. O termo "Efeito Carambola" foi inspirado, segundo


An

sua autora Lemgruber, V., no movimento que ocorre no jogo de


de

bilhar quando uma tacada bem direcionada acerta uma bola que
o
ed

em consequência atinge outras, provocando o seu deslocamento


ev

sem que tenham sido tocadas diretamente pelo taco. Em outras


Az

palavras, o foco bem direcionado representa essa bola inicial, que


na
lia

bem trabalhado terapeuticamente potencializa, como


Ju

consequência, resultados em outras áreas.


Características
Contato empático manifesto.
O terapeuta oferece evidências não-ambíguas de que é capaz de
compreender o que o paciente expresso, e de compreender, além
disso, dentro da perspectiva do paciente.
Acolhimento.

221
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Espontaneidade, de liberdade, criatividade, tolerância entre


sensibilidade e expressividade.
Iniciativa, papel ativo, estimula a tarefa e as capacidades do
paciente aplicáveis á tarefa.
Atitude docente
Motiva para a tarefa
Esclarece os objetivos
Reforça todo avanço na tarefa

05
Clareza do método expositivo

6:
:5
Exposição aberta de seu método de pensamento

12
Utilização de todo o recurso facilitador do processo da

3
02
investigação e compreensão da problemática

/2
05
Projeto Terapêutico

2/
o terapeuta elabora um plano de abordagem

-2
individualizado

om
possui metas realizáveis

l.c
ai
Há limitação das possibilidades de regressão transferencial

gm
em virtude das condições de enquadre
e@
Não se busca a regressão
ci
pe
es

Psicoterapias Breves III


na
ia

O papel da entrevista
ul
-j

Diagnóstico
5
-3

Fixação de contrato
37

Possui efeito terapêutico


.4
17

Objetivos da entrevista
.3

Diagnóstico aproximativo inicial a partir dos dados fornecidos pelo


46
-1

paciente.
e

Esclarecimento inicial do terapeuta acerca de problemática


ad
dr

formulada e de orientação terapêutica que decorre do diagnóstico


An

dessa problemática.
de

Elaboração conjunta desse panorama por meio de reajustes


o
ed

progressivos.
ev

Obtenção de acordos gerais sobre o sentido e os objetivos que a


Az

atribuiriam à relação terapêutica que se proponha instalar entre os


na
lia

dois.
Ju

Acordos específicos sobre as condições de funcionamento dessa


relação (contrato).
Antecipações mínimas sobre o modo de conduzir a interação na
tarefa.

Psicoterapias Breves IV
Características da entrevista (Knobel, 1986)
é não-transferencial

222
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

não-regressiva
elaborativa de predomínio cognitivo
de mutação objetal
experimenta uma nova vivência de uma situação conflitiva
Avalia a capacidade egóica, mecanismos de defesa mais utilizados
capacidade intelectual, etc.
Pode ocorrer em mais de um encontro
Ao final da entrevista deve-se efetuar a devolução do material, através do

05
qual se faz uma avaliação da entrevista, formulação de um diagnóstico e

6:
:5
uma proposta terapêutica

12
3
02
Psicoterapias Breves V

/2
05
Tipos (Lemgruber, 2008)

2/
As de abordagem psicodinâmica, com origem nos primeiros

-2
atendimentos psicanalíticos do início do século XX – psicoterapias

om
l.c
breves psicodinâmicas;

ai
As de abordagem cognitivo e comportamental, originadas das
gm
teorias de aprendizagem de Skinner e Thorndike – psicoterapias
e@
breves cognitivo/comportamentais.
ci
pe

Técnicas da Psicoterapia Breve (Fiorini)


es

1) Interrogar o paciente pedir-lhe dados precisos, ampliações e


na
ia

esclarecimentos do relato. Explorar em detalhes suas respostas.


ul
-j

2) Proporcionar informações.
5
-3

3) Confirmar ou retificar os conceitos do paciente sobre sua


37

situação.
.4
17

4) Elucidar, reformular o relato do paciente de modo tal que certos


.3

conteúdos e relações deste assumam maior importância.


46
-1

5) Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo


e

exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento.


ad
dr

6) Assinalar relações entre dados, seqüências, constelações


An

significativas, capacidades manifestas e latentes do paciente.


de

7) Interpretar o significado dos comportamentos, das motivações e


o
ed

das finalidades latentes, em particular os conflituosos.


ev

8) Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de


Az

experiência.
na
lia

9) Assinalar especificamente a realização de certos


Ju

comportamentos com caráter de prescrição (intervenções


diretivas).
10) Dar um enquadre à tarefa.
11) Meta-intervenções: comentar ou esclarecer o significado de
ter recorrido a qualquer das intervenções anteriores.
12) Outras intervenções (cumprimentar, anunciar
interrupções, variações ocasionais dos horários etc.).

223
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Psicoterapias Breves V
A primeira entrevista em psicoterapia breve deve conter 3 planos
a compreensão da dinâmica do caso clínico (história, sintomas e
contexto)
a motivação do cliente para o tratamento
o diagnóstico sobre as condições de vida do cliente.
O foco em psicoterapia breve deve ser estabelecido junto com o cliente.
O terapeuta no contexto da psicoterapia breve deve apresentar no

05
mínimo as seguintes características

6:
:5
contato empático

12
espontaneidade

3
02
iniciativa

/2
05
São tarefas do terapeuta em psicoterapia breve

2/
motivar a tarefa

-2
aclarar os objetivos

om
l.c
reforçar todo o processo da tarefa

ai
utilizar-se de recursos facilitadores na investigação e compreensão da
gm
problemática.
e@
ci
pe

Psicoterapia Breve Psicodinâmica (Fiorini)


es
na

Objetivos: proporcionar
ia

compreensão psicodinâmica dos determinantes atuais da situação


ul
-j

de doença, crise ou descompensação


5
-3

compreensão psicodinâmica da vida cotidiana do paciente


37

compreensão da estrutura da personalidade como uma


.4
17

subestrutura
.3
46

Características
-1

Terapeutas mais ativos, que estimulam o desenvolvimento da


e

aliança terapêutica e transferência positiva.


ad
dr

Focalização em conflitos específicos ou temas definidos


An

previamente no início da terapia.


de

Manutenção de foco de trabalho e objetivos definidos.


o
ed

Atenção dirigida para as experiências atuais do paciente, inclusive


ev

os sintomas.
Az
na

Ênfase na situação transferencial da dimensão do “aqui e agora”,


lia

que não necessariamente é correlacionada ao passado.


Ju

Origens (Cordioli, 2008, página 167)


Psicanálise
Terapia Focal
Surge
contribuições de Ferenczi (técnica ativa)
Alexander (Experiência Emocional Corretiva)
Malan (Foco e Triângulos de Interpretação)

224
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Sifneos (Psicoterapia como experiência de aprendizado


para o paciente)
McCullought (Integração de diferentes táticas terapêuticas)
Trabalha com
Experiência Emocional Corretiva
Efeito Carambola
Atividade e Planejamento
No que se refere à Atividade e ao Planejamento,

05
componentes básicos dessa técnica, podemos ressaltar o

6:
:5
alto nível de atividade do terapeuta e a sua posição face a

12
face com o paciente, impedindo, assim, o desenvolvimento

3
02
da neurose de transferência e propiciando o máximo

/2
05
possível a ocorrência de Experiência Emocional Corretiva.

2/
O Planejamento deve ser flexível permitindo-se adequá-lo à

-2
dinâmica do tratamento.

om
l.c
ai
gm
e@
ci
pe

Terapia Comportamental I
es

Baseia-se em alguns princípios e teorias da aprendizagem para explicar


na
ia

tanto o surgimento como a eliminação de sintomas psicopatológicos mediante a


ul
-j

aplicação de suas técnicas.


5
-3

Autores relevantes
37

Skinner
.4
17

Condicionamento Operante/Modelagem
.3

Wolpe
46
-1

Dessensibilização Sistemática
e

Bandura
ad
dr

Modelação/Aprendizagem Social
An

Etapas da terapia
de

avaliação clínica
o
ed

formulação e discussão
ev

intervenção terapêutica
Az

acompanhamento
na
lia

Fatores considerados na terapia


Ju

1. Estímulos
todas as situações, atividades etc. que eliciam ou tornam
mais prováveis as respostas;
2. Organismo
todas as variáveis (intervenientes, mediacionais) pessoais.
como motivações, predisposições genéticas, bioquímicas,
endocrinológicas ou neurofisiológicas; valores morais e
religiosos, crenças, regras etc.

225
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

3. Respostas
toda resposta abrange três sistemas interligados
a) cognitivo: todos os pensamentos, imagens ou quaisquer
outros processos cognitivos que uma pessoa apresenta em
relação a uma situação estimuladora externa ou interna;
b) autonômico: todas as reações corporais correspondentes
à experiência emocional, como reações de taquicardia,
sudorese, tensões musculares, tremores etc.;

05
c) comportamental propriamente dito: todos os

6:
:5
comportamentos operantes por meio dos quais uma pessoa

12
atua em e modifica o seu ambiente.

3
02
4. Consequências:

/2
05
mudança no próprio organismo (cognitiva ou autonômica)

2/
e/ou no ambiente

-2
Comportamentos

om
Encoberto

l.c
ai
pode ser verbal ou não verbal.

gm
Manifesto
e@
pode ser verbal ou não verbal.
ci
pe

É observado por terceiros


es

Comportamento verbal
na
ia

O comportamento verbal é um comportamento operante no qual o


ul
-j

reforço é mediado pelo ouvinte.


5
-3

É uma variável mediacional que opera sobre comportamentos


37

sociais
.4
17

Não tem objetivo comunicativo, mas adaptativo


.3

É operante
46
-1

Ele é mantido por conseqüências mediadas por um ouvinte que foi


e

especialmente treinado pela comunidade verbal para operar como


ad
dr

tal.
An

É um comportamento com significado social


de

O emissor também pode ser o receptor do comportamento verbal


o
ed

Comportamento não verbal


ev

comportamento operante que ocorre pela ação física/motora direta.


Az

guarda relação mecânica com a resposta a que são contingentes.


na
lia

Variáveis
Ju

Variável independente
é a característica que é manipulada ou alterada.
Variável dependente
São os resultados da prova
A variável independente altera a variável dependente

Tríplice contingência

226
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

uma relação de interdependência entre estímulos, o


comportamento e sua probabilidade de ocorrência futura
Sd – R – Sr+
reforçado positivo (Sr+)
reforçado negativo (Sr-)
punição positiva (P+)
punição negativa (P-).
Contingência

05
é o efeito da resposta sobre a probabilidade de um estimulo.

6:
:5
Metacontingência

12
rede de contingências entrelaçadas

3
02
um organismo depende do outro para obter reforçamento

/2
05
produz um produto agregado e uma consequência cultural

2/
Macrocontingências

-2
contingências não entrelaçadas que são reforçadas

om
individualmente mas acabam produzindo uma consequência cultural a

l.c
ai
longo prazo.

gm
e@
Terapia Comportamental II
ci
pe

Técnicas Comportamentais
es

Exposição
na
ia

pode ocorrer ao vivo, virtual ou por imaginação, gradual ou


ul
-j

instantânea (inundação), assistida pelo terapeuta ou em grupo.


5
-3

Prevenção de respostas
37

evita que a resposta associada a um estímulo ocorra (como


.4
17

rituais, por exemplo).


.3

Modelação
46
-1

o terapeuta serve de modelo a ser seguido pelo paciente.


e

Reforço Positivo
ad
dr

receber uma consequência agradável em função de um


An

comportamento julgado adequado.


de

Reforço Negativo
o
ed

retirar algo desagradável como forma de estimular a


ev

emissão do comportamento.
Az

Extinção
na
lia

a remoção de reforços positivos pode levar ao


Ju

enfraquecimento ou desaparecimento de um comportamento.


Relaxamento Muscular e treino de respiração
desenvolvimento de habilidade de relaxamento.
Biofeedback
utilização de sensores corporais no corpo para sinalizar
reacções inadequadas (como enurese)
Reversão de Hábitos

227
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

segue a sequencia de treinamento de consciência,


treinamento de resposta competitiva, gerenciamento de
contingência, treinamento de relaxamento e treinamento de
generalização (usado na síndrome de tourette e na onicofagia, por
exemplo).
É o treinamento da resposta competitiva é a exibição
consciente de um comportamento selecionado no lugar do
comportamento que se busca substituir.

05
Treino de habilidade sociais

6:
:5
É o desenvolvimento de habilidades e competências sociais

12
através de ensaios no consultório e nos ambientes reais do

3
02
paciente.

/2
05
Podem ser trabalhadas habilidades como a agressividade,

2/
passividade ou assertividade.

-2
Inibição Recíproca

om
emoções paradoxais alinhadas.

l.c
ai
Exemplo: ansiedade e relaxamento.

gm
Contracondicionamento.
e@
consiste em diminuir a força de uma resposta a um
ci
pe

determinado estímulo.
es

procedimento baseado no condicionamento clássico


na
ia

a resposta é alterada por um estímulo condicionado


ul
-j

Condicionamento Aversivo
5
-3

envolve repetir o emparelhamento de um comportamento


37

indesejado com o desconforto


.4
17

mais comumente usada para tratar a dependência de drogas


.3

e álcool
46
-1

Dessensibilização Sistemática
e

apresentação de situações ansiogênicas


ad
dr

ensino de técnicas de controle de ansiedade


An

emparelhamento das habilidades de relaxamento com as


de

situações temidas.
o
ed
ev

Terapia Comportamental III


Az

Variações/Escolas
na
lia

Análise do comportamento
Ju

Descrição do comportamento em seu contexto interacional


ambiental
Terapia Analítico-Comportamental (TAC)
É o behaviorismo aplicado à clínica psicológica
a) Terapia da Aceitação e Compromisso
treina o paciente para enfrentar seus pensamentos,
emoções e lembranças associados com sofrimento
evita as esquivas emocionais

228
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

não elimina fontes de sofrimento, desenvolve


comportamentos adaptativos
b) Psicoterapia Analítica Funcional (FAP)
A relação com o terapeuta é semelhante ao modo pelo qual
o paciente interage com outros pacientes

A Terapia Cognitiva I

05
Beck era psicanalista

6:
:5
Começou com a depressão

12
Características

3
02
Focal

/2
05
Diretiva

2/
De curta duração (média de 16 sessões)

-2
Psicoeducativa

om
l.c
Utiliza também técnicas comportamentais

ai
gm
A Terapia Cognitiva II
e@
Conceitos
ci
pe

Vulnerabilidade Cognitiva
es
na

Tríade Cognitiva
ia

Visão de si
ul
-j

Visão dos outros


5
-3

Visão do futuro
37

Níveis de cognição
.4
17

nível pré-consciente
.3
46

nível consciente
-1

nível metacognitivo
e

Formas erradas de estruturação cognitiva podem levar à psicopatologias


ad
dr

Elementos da estruturação cognitiva


An

Pensamentos Automáticos
de

Esquemas (significados interepretativos)


o
ed

Crenças centrais
ev

Crenças intermediárias (relações de causa e efeito)


Az
na

Distorções Cognitivas
lia

Catastrofização
Ju

Dicotomia cognitiva (pensamento dicotômico)


Filtro mental
Personalização
Generalização

A Terapia Cognitiva III


Técnicas Cognitivas
Identificação de pensamentos automáticos negativos

229
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Registros Diários de Pensamentos Disfuncionais (RDPD)


Treino de relaxamento muscular progressivo (Jacobson)
Técnicas de respiração diafragmática
Exposição voluntária
Desenvolvimento de Habilidades Sociais
ACALME-SE
Tarefas de Casa
Questionamento Socrático

05
Exames de Vantagens e Desvantagens

6:
:5
Treino de Inoculação do Estresse

12
Reconceitualização

3
02
Antecipação de eventos críticos e suas consequências

/2
05
Aplicação na vida real

2/
-2
A perspectiva existencialista

om
l.c
Autenticidade

ai
é estar plenamente consciente do momento presente
gm
escolher a maneira de viver o momento
e@
assumir a responsabilidade da escolha feita
ci
pe

significa escolher baseado em si mesmo e não em referenciais externos


es

Crença no potencial humano


na
ia

O potencial humano está em constante mudança


ul
-j

a patologia acontece quando a pessoa fracassa no uso de sua liberdade


5
-3

para atualização de seu potencial individual.


37

Morte como algo positivo (existencialismo)


.4
17

é a consciência da morte que dá sentido à vida.


.3

Quem teme a morte, teme a vida.


46
-1

Ansiedade (ou angústia) existencial


e

Decorre da consciência da liberdade


ad
dr

Culpa existencial (existencialismo)


An

Decorre do fracasso em realizar plenamente aquilo que poderia ter sido.


de

Busca de sentido
o
ed

Processo constante e automático


ev

Para os existencialistas a neurose é a perda do sentido do ser.


Az

Autorrealização
na
lia

o homem luta pela auto realização


Ju

é vir a ser tudo o que é capaz

A perspectiva Fenomenológica
Fundamentos do Existencialismo Fenomenológico
REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA
Busca chegar ao fenômeno em sua essência
Considera a totalidade

230
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

permite a recapitulação da realidade total


INTENCIONALIDADE
Atribuição de sentido do fenômeno
a consciência e o objeto, o sujeito e o mundo estão unificados
só surge após a compreensão da realidade
obtida pela redução fenomenológica.
SUBJETIVIDADE E INTERSUBJETIVIDADE
Encontro de subjetividades

05
Estabelece a comunicação verdadeira

6:
:5
Fenomenologia

12
não visa a explicação do objeto

3
02
busca entender o momento fenomenológico

/2
05
o processo terapêutico deve, portanto, conectar a experiência interior ao

2/
mundo da objetividade.

-2
om
l.c
ai
A perspectiva Humanista
gm
perspectiva holística
e@
Seres humanos vistos como um todo
ci
pe

A existência humana ocorre em um contexto interpessoal


es

Expoentes
na
ia

Maslow e Rogers
ul
-j

Maslow
5
-3

Considerado “pai da Psicologia Humanista”


37

tendência inata que cada pessoa traz em si para se tornar


.4
17

autorrealizadora
.3

Hierarquia de necessidades
46
-1

Necessidades são inatas


e

Devemos estudar pessoas saudáveis


ad
dr

Rogers
An

Tendência Atualizante
de

Autoconceito
o
ed

padrão organizado e consistente de características


ev

percebidas em cada um desde a infância


Az

indivíduos bem ajustados psicologicamente têm


na
lia

autoconceitos realistas
Ju

a angústia psicológica advém do impasse ou desarmonia


entre o autoconceito real (o que se é de fato) e o ideal para si (o que
se deseja ser).
Por isso o cliente deve determinar o conteúdo e a direção do
tratamento
Psicologia Humanista e o processo psicoterapêutico
é uma técnica de crescimento pessoal ou de desenvolvimento do
potencial humano

231
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

não é uma técnica de tratamento de doenças mentais

Abordagem Centrada na Pessoa (Rogers) I


Abordagem humanista, existencial e fenomenológica
Temos uma tendência à atualização
Cada campo é único
Homem em processo de construção
Detentor de liberdade

05
Possui poder de escolha

6:
:5
Comporta-se de maneira intencional

12
O sujeito é essencialmente livre e não determinado.

3
02
É o sujeito quem escolhe sempre.

/2
05
Transtornos mentais originam-se através do bloqueamento do

2/
desenvolvimento natural do ser humano por fatores externos.

-2
A auto consciência é uma capacidade humana

om
l.c
pode nos fazer sentir mais intensamente solidão, ausência de

ai
sentido, esvaziamento, culpa e isolamento
gm
O sentido da vida é uma criação individual.
e@
A ansiedade é inerente a vida
ci
pe

Deriva das escolhas


es
na
ia

A Abordagem Centrada na Pessoa (Rogers) II


ul
-j

Não cabe ao terapeuta direcionar as escolhas do cliente


5
-3

Mas ajudar na tomada de consciência


37

Cabe ao terapeuta
.4
17

Dirigir o cliente para uma maior liberdade e maior autonomia


.3
46

O terapeuta aprende com o cliente


-1

O diagnóstico não é importante (Existencialismo e Rogers)


e

O cliente é um companheiro existencial, não um objeto a ser


ad
dr

diagnosticado e analisado
An

Termo Cliente
de

No lugar do termo “paciente”


o
ed

Uso de Técnicas diretivas?


ev

Não, pois afastam o cliente de seu verdadeiro self


Az
na

O indivíduo é capaz de encontrar dentro de si todos os recursos


lia

necessários para manter o equilíbrio em sua vida


Ju

O terapeuta serve como um guia para que os clientes possam encontrar


suas próprias respostas

A Abordagem Centrada na Pessoa (Rogers) III


Consideração positiva incondicional
Terapeutas demonstram total aceitação e apoio aos seus clientes sem
julgamento.
Características do Terapeuta

232
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Genuinidade
compartilhar seus sentimentos honestamente
Olhar Positivo Incondicional
aceitar o cliente como ele é
oferecer suporte
Compreensão empática
Terapeuta age como um espelho dos sentimentos e pensamentos
do cliente.

05
6:
Autoconceito

:5
conjunto organizado de crenças e ideias sobre o eu.

12
Congruência

3
02
Autoconceito alinhado com a realidade

/2
05
Incongruência

2/
-2
Autoconceito conflitante com a realidade

om
l.c
Terapia Interpessoal

ai
gm
terapia de formato breve e@
desenvolvida para o tratamento de pacientes ambulatoriais adultos
ci

foco inicial
pe
es

pacientes com depressão


na

Método
ia
ul

Reorientação das relações sociais do indivíduo e a condição atual destes


-j

relacionamentos.
5
-3

Foco nos elementos mantenedores


37
.4

Não busca a causa dos problemas depressivos


17

Objetivo
.3
46

Alívio da sintomatologia e a melhora das relações interpessoais.


-1
e
ad
dr
An

Psicodrama (Moreno)
de

J. Moreno
o

Pacientes são encorajados a “passar ao ato”


ed
ev

Utiliza a representação dramática ou teatral de eventos significativos


Az

Objetivo
na

Melhorar e desenvolver a comunicação interpressoal


lia
Ju

Recuperar a criatividade e a espontaneidade


Permitir percepções profundas (através do grupo)
Método
Estabelecimento de uma relação télica
relação na qual terapeuta e paciente conseguem viver, no tempo
presente, uma relação livre de transferências ou de interferências dos
climas afetivos negativos, inibidores, vividos nos anos iniciais de suas
existências.
Socionomia

233
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Divide-se em sociodinâmica, sociometria e socioatria


Sociodinâmica
estuda o funcionamento (ou dinâmica) das relações interpessoais
método de estudo: o role-playing
Sociodinâmica
É a medida das relações entre as pessoas
Socioatria
É o tratamento das relações sociais

05
Matriz de Identidade

6:
:5
O indivíduo torna-se pessoa através de sua relação familiar/social

12
Métodos

3
02
Técnica do Duplo

/2
05
eu-auxiliar ou ego-auxiliar (geralmente o terapeuta)

2/
protagonista que expressa as reações emocionais que

-2
acredita que o paciente possua mas que não perceba

om
assume postura idêntica ao do paciente, que ainda não é

l.c
ai
capaz de se expressar

gm
Paciente apresenta a indiferenciação do Eu/Tu
e@
Técnica do Espelho
ci
pe

terapeuta assume a postura física que o paciente assume em


es

determinado momento da dramatização


na
ia

Paciente em nível de diferenciação do Eu e do Tu


ul
-j

Técnica da Inversão de Papéis


5
-3

Indivíduo concretamente toma o lugar do outro, sente, age, pensa


37

e fala como este.


.4
17

Técnica utilizada para oferecer ao protagonista condição de atingir


.3

a perspectiva do outro, de captar o ponto de vista do outro sobre ele e


46
-1

sobre si mesmo.
e
ad
dr
An
de
o
ed
ev
Az

Questões de Teorias e Técnicas


na
lia

Psicoterápicas
Ju

1. CESPE - DEPEN – 2013


A abordagem cognitiva entende a esquizofrenia como uma reação do indivíduo
ao mundo. Dessa forma, o psicólogo fundamentado nessa abordagem tentaria
entender a vivência de Tom no momento particular de sua vida.
( ) Certo ( ) Errado

2. CESPE - DEPEN – 2013

234
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

De acordo com a abordagem humanista, as demandas externas consistiriam em


ameaças para Tom, fazendo-o restringir a sua interação social como um meio de
proteger a integridade do self. Essas ameaças produziriam um nível elevado de
angústia e perda da autoconsciência, ocasionando o desenvolvimento do
transtorno apresentado por Tom.
( ) Certo ( ) Errado

3. CESPE - DEPEN – 2013

05
Se for solicitado ao psicólogo um informe psicológico relativo ao caso de Tom, o

6:
:5
psicólogo deveria ressaltar os aspectos e as informações médicas, a fim de que

12
o documento apresentasse um parecer técnico-científico atualizado.

3
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
05
2/
4. CESPE - DEPEN – 2013

-2
O psicólogo que fundamenta suas ações na abordagem psicodinâmica entende

om
o caso clínico de Tom como uma forma grave de transtorno, na qual podem estar

l.c
ai
presentes alterações no campo da percepção, pensamento, linguagem e

gm
emoções. Desse modo, há uma relação entre essa distorção grave do
e@
funcionamento psíquico e uma função egoica comprometida, o que resulta na
ci
pe

perda da realidade.
es

( ) Certo ( ) Errado
na
ia
ul
-j

5. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


5
-3

Julgue os próximos itens, relativos a teorias e técnicas psicoterápicas.


37

Na terapia gestáltica, o paciente é estimulado a falar sobre seus traumas e


.4
17

problemas do passado que estão reverberando no presente, com o objetivo de


.3

fechar situações inacabadas.


46
-1

( ) Certo ( ) Errado
e
ad
dr

6. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


An

A abordagem cognitivo-comportamental nas intervenções de pacientes em crise


de

deve ser evitada, uma vez que por meio dela enfatizam-se os pensamentos
o
ed

automáticos e esquemas do indivíduo, que o fazem lidar com os sistemas de


ev

crenças, suposições com ele mesmo e percepções futuras e gerais.


Az

( ) Certo ( ) Errado
na
lia
Ju

7. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


As intervenções terapêuticas indicadas para o TEPT incluem terapias cognitivas
e comportamentais; reprocessamento e dessensibilização de traumas por meio
do movimento ocular (EMDR); psicoterapia psicodinâmica; interrogatório
psicológico (debriefing); e psicoeducação e apoio.
( ) Certo ( ) Errado

8. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018

235
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

O tratamento de TEPT pode incluir a EMDR, que se baseia em exposição (com


múltiplas exposições breves e ininterruptas ao material traumático),
movimento ocular, lembrança e verbalização de memórias traumáticas de um
ou mais eventos.
( ) Certo ( ) Errado

9. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


Com relação a psicodiagnóstico e psicoterapia, julgue os itens subsequentes.

05
Os custos e resultados da psicoterapia podem ser previstos por meio da

6:
:5
inferência da dinâmica da relação terapeuta-paciente e das especificidades da

12
prática psicoterápica propriamente dita.

3
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
05
2/
10. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018

-2
O surgimento de diferentes escolas psicoterápicas permitiu o desenvolvimento

om
de técnicas orientadas à prática da psicoterapia e do psicodiagnóstico,

l.c
ai
abordando questões como personalidade, doença mental e modelos teóricos

gm
psicoterápicos.
e@
( ) Certo ( ) Errado
ci
pe
es

11. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


na
ia

Uma pessoa com medo de avião e com muita dificuldade para falar e expressar
ul
-j

suas opiniões em público buscou psicoterapia para tratar essas condições.


5
-3

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, a respeito de


37

técnicas psicoterápicas.
.4
17

a) O treinamento assertivo é indispensável no tratamento da fobia de avião.


.3

b) A inoculação do estresse é uma técnica adequada às duas situações, porque


46
-1

trata os eventos temidos sem que ocorra nenhuma resposta fisiológica de


e

estresse durante a terapia.


ad
dr

c) É adequado o uso da dessensibilização sistemática para o tratamento das duas


An

queixas apresentadas.
de

d) A técnica de relaxamento é inadequada para treinar a expressão de opiniões,


o
ed

porque, estando relaxada, a pessoa não vivencia adequadamente as variáveis


ev

causadoras de ansiedade nas interações sociais.


Az

e) A psicoeducação é apropriada para tratar o medo de avião, desde que não


na
lia

sejam mencionadas as condições técnicas de segurança e manutenção das


Ju

aeronaves.

12. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


No que se refere à terapia de aceitação e compromisso (ACT, sigla em inglês),
técnica de terceira geração na clínica comportamental considerada uma das
técnicas mais utilizadas e bem-sucedidas atualmente, assinale a opção correta.
a) Conceitualmente, a ACT é equivalente à exposição e prevenção de resposta, e
as duas abordagens utilizam as mesmas práticas.

236
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

b) Essa técnica desconsidera o contexto em que o comportamento ocorre, dando


ênfase apenas às emoções decorrentes da experiência descrita.
c) A ACT tem como objetivo principal a mudança de comportamentos e de
cognições inadequadas.
d) Sob o enfoque da ACT, esquiva experiencial é a principal técnica para obter
alívio do sofrimento.
e) A defusão cognitiva favorece o entendimento claro e objetivo de eventos
privados, como os pensamentos, de modo que o paciente possa entender e

05
separar esses eventos daquilo que é realmente fato.

6:
:5
12
13. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020

3
02
Com relação a técnicas cognitivas de intervenção em psicologia, assinale a

/2
05
opção correta.

2/
a) Reatribuição consiste em uma técnica de treinar o paciente para atribuir

-2
tarefas a terceiros.

om
b) A identificação de pensamentos automáticos é relevante para auxiliar no

l.c
ai
reconhecimento de padrões de pensamentos adaptativos ou disfuncionais que

gm
podem subsidiar comportamentos.
e@
c) Para dependentes de nicotina com problemas pulmonares e respiratórios, o
ci
pe

uso da terapia cognitiva é inadequado, por evidenciar cognições que podem


es

aumentar a fissura pelo cigarro.


na
ia

d) O distanciamento consiste em treinar o paciente a reconhecer seu potencial


ul
-j

para conviver com condições avaliadas como catastróficas.


5
-3

e) A preocupação entre pessoas ansiosas deve ser investigada em termos de


37

frequência e duração, mas o conteúdo da preocupação não deve ser discutido,


.4
17

pois isso poderia estimular sua recorrência.


.3
46
-1

14. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


e

Um servidor que sofria de ansiedade devido a demandas trabalhistas procurou


ad
dr

atendimento psicoterápico a fim de tratar essa condição. Ele informou que fazia
An

uso de álcool e cigarro para obter relaxamento e lidar melhor com as atividades
de

do cotidiano. Relatou, ainda, que não tinha conhecimento técnico para realizar
o
ed

tarefas solicitadas a ele em seu trabalho e informou que sofria assédio por parte
ev

de sua chefia. A avaliação inicial desse servidor revelou a dependência de álcool


Az

e recaídas anteriores.
na
lia

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.


Ju

a) Não é adequado realizar a quantificação da autoeficácia desse paciente


durante as sessões iniciais de terapia.
b) Se, durante a terapia, esse paciente alcançar um período de abstinência e, em
seguida, fizer uso eventual de qualquer quantidade de álcool, ficará
caracterizada a recaída.
c) No processo terapêutico desse servidor, a lembrança e o detalhamento de
recaídas passadas e o temor de uma recaída futura devem ser evitados.

237
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

d) O treino em técnicas como o relaxamento muscular progressivo de Jacobson


é contraindicado para o servidor.
e) O modo de enfrentamento relatado pelo servidor é centrado na emoção.

15. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


As análises funcional e topográfica de cada caso constituem etapas do
diagnóstico clínico no caso da psicoterapia de base
a) comportamental.

05
b) psicanalítica.

6:
:5
c) junguiana.

12
d) psicodramática.

3
02
e) guestáltica.

/2
05
2/
16. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020

-2
A literatura aponta que, embora sejam identificadas mais de 250 modalidades de

om
psicoterapias, há um relativo consenso sobre sua efetividade como método de

l.c
ai
tratamento. Com relação aos elementos característicos das psicoterapias,

gm
assinale a opção correta.
e@
a) As técnicas de psicoterapia são planejadas pelo paciente/cliente sob a
ci
pe

anuência do terapeuta.
es

b) A prática da terapia relacional envolve a transformação do paciente e


na
ia

pressupõe como agente de mudança a relação dele com o terapeuta.


ul
-j

c) Os achados e as pesquisas sobre a neuropsicologia atualmente demonstram


5
-3

que a psicoterapia pode alterar características genéticas dos organismos.


37

d) A psicoterapia de base psicanalítica dirige-se predominantemente a quadros


.4
17

neuróticos clássicos, visando à supressão dos sintomas.


.3

e) A psicoterapia existencial constitui técnica de cura da perturbação mental e


46
-1

pressupõe intervenções cuja finalidade principal é facilitar o encontro do


e

indivíduo com a autenticidade da sua existência, de forma a assumi-la e a


ad
dr

projetá-la mais livremente no mundo.


An
de

17. CESPE - 2020 - MPCE - Psicologia


o
ed

Os profissionais da área de psicologia devem considerar a família como um


ev

“sistema aglutinado”, que confere certa pseudoautonomia a seus membros.


Az

( ) Certo ( ) Errado
na
lia
Ju

18. CESPE - 2020 - MPCE - Psicologia


As cisões intrageracionais geralmente estão relacionadas a conflitos entre
irmãos (disputa por herança) ou por subsistemas familiares dentro de uma
mesma geração.
( ) Certo ( ) Errado

19. CESPE/CEBRASPE - Barra de Coqueiros – Psicólogo – 2020


Julgue os itens a seguir, acerca de teorias e técnicas psicoterápicas.

238
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

I A intervenção psicológica deve ser baseada em evidências objetivas e


cientificamente comprovadas, e não em orientações teóricas.
II A relação terapêutica é um fator crítico para o sucesso da psicoterapia.
III A adaptação da psicoterapia à individualidade e ao contexto do paciente é
indispensável à eficácia do tratamento.
IV Habilidade clínica, evidência científica disponível e valores/preferências do
paciente constituem o tripé de uma prática baseada em evidências.
V A psicoterapia em grupo não é indicada se houver fragilidade no sistema de

05
apoio social do paciente.

6:
:5
Estão certos apenas os itens

12
A I e II.

3
02
B I, III e V.

/2
05
C II, III e IV.

2/
D III, IV e V.

-2
E I, II, IV e V.

om
l.c
ai
20. CONSULPLAN – Pitangueiras/SP – Psicólogo – 2019

gm
Cordioli (2008) destaca algumas características fundamentais para o
e@
estabelecimento do processo psicoterápico. De acordo com tal afirmação, é
ci
pe

correto afirmar que o processo psicoterápico somente é viabilizado


es

A) por meio do estabelecimento, por parte do terapeuta, de um contexto de


na
ia

confiança na relação interpessoal estabelecida entre cliente/paciente e


ul
-j

profissional.
5
-3

B) por meio do estabelecimento da normatização de condutas no setting


37

terapêutico e do direcionamento da demanda explicitada conforme as


.4
17

expectativas atribuídas ao terapeuta.


.3

C) por garantir respeito ao paciente, sigilo, normatização de conduta e


46
-1

condicionamento da queixa ou demanda explicitada, pautado no atendimento


e

das expectativas e das responsabilidades dos envolvidos.


ad
dr

D) por assegurar confiança na relação interpessoal que se estabelece no setting


An

terapêutico a partir do contexto de normatização de condutas e do atendimento


de

das demandas e expectativas do paciente.


o
ed
ev

21. CONSULPLAN – Pitangueiras/SP – Psicólogo – 2019


Az

Independente da perspectiva teórica e das técnicas adotadas por um


na
lia

psicoterapeuta, para explicitar processos de mudança em psicoterapia são


Ju

necessárias as evidências empíricas relativas à validade e à eficácia de um


determinado processo psicoterápico com seus respectivos métodos. A
respeito desses processos, assinale a afirmativa correta.
A) A ampliação da capacidade de pensar adquirida em psicoterapia exclui uma
maior organização das funções mentais.
B) Em um processo psicoterápico, a mudança psíquica necessita desconsiderar
a dinâmica estabelecida entre terapeuta e paciente.

239
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

C) A superação da repetição compulsiva e o surgimento de novas atitudes e


posicionamentos são verificados por meio da aquisição da noção de tempo por
parte do paciente.
D) Em um processo psicoterápico verifica-se uma menor adaptação à realidade
externa, dada a impossibilidade do indivíduo em expressar conduta sólida,
firme e condizente com a realidade subjetiva.

22. INSTITUTO AOCP – UFPB – Psicólogo - 2019

05
O processo de intervenção psicológica que não tem como função promover uma

6:
:5
mudança qualitativa na personalidade do indivíduo atendido, mas sim de

12
promover um suporte psicológico imediato, uma orientação focada,

3
02
especificamente, em aspectos egoicos do paciente, é denominado

/2
05
A consulta psicológica.

2/
B orientação vocacional.

-2
C psicoterapia.

om
D aconselhamento psicológico.

l.c
ai
E psicoterapia breve.

gm
e@
23. INSTITUTO AOCP - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário –
ci
pe

Psicologia - 2018
es

De maneira geral, é atribuição do profissional de psicologia desenvolver


na
ia

competências de comunicação interpessoal, de modo a estabelecer relações que


ul
-j

promovam benefícios aos pacientes e seus familiares. Considerando que o


5
-3

profissional deve estar qualificado para realizar acolhimento e escuta


37

qualificada nas mais variadas situações, assinale a alternativa correta.


.4
17

A O acolhimento restringe-se ao momento da recepção do paciente.


.3

B É mais importante reconhecer “o que o usuário tem”, no sentido


46
-1

psicopatológico, do que atentar para aquilo que o faz sofrer.


e

C Escuta e diálogo são dons.


ad
dr

D A aceitação do outro, a empatia e o reconhecimento do usuário como um


An

sujeito que possui direitos são posturas e técnicas fundamentais.


de

E A comunicação monológica condiz com a perspectiva do acolhimento.


o
ed
ev

24. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Organizacional (HUJB –


Az

UFCG) - 2017
na
lia

Amadeu é um trabalhador muito organizado no trabalho, sempre entrega seus


Ju

relatórios nos prazos previstos e atinge as metas propostas de seu cargo. Diante
das teorias psicoterápicas, esse comportamento de Amadeu é justificado de
diversas formas. Em relação ao assunto, assinale a alternativa correta.
A A teoria psicanalítica, em suma, pode explicar o comportamento de Amadeu
justificando que seu “ID” domina seu aparelho psíquico.
B A teoria behaviorista pode explicar que Amadeu foi estimulado pelo ambiente
através do estímulo-resposta e, assim, ocorreu o processo de aprendizagem
tornando-o organizado.

240
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

C A teoria humanista busca explicar que suas relações sociais com diferentes
estados do ego permitiu a Amadeu manifestar esse comportamento.
D A teoria gestaltista refere que Amadeu age copiando o modelo de sua mãe que
deve ser uma pessoa organizada.
E A teoria biológica revela que os conteúdos inconscientes de Amadeu se
manifestam tornando-o organizado, sendo, portanto, um comportamento
genético.

05
25. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB –

6:
:5
UFCG) - 2017

12
Um paciente encontra-se hospitalizado há quase 1 semana pela segunda vez no

3
02
ano. Sempre que fica hospitalizado, ele solicita o atendimento da psicologia por

/2
05
entender a importância nesse momento de dor e despessoalização e porque

2/
sente a necessidade de falar. Durante um atendimento em que ele mesmo pediu

-2
para que o psicólogo estivesse lá, fez várias pausas no seu discurso,

om
permanecendo em silêncio várias vezes e até por significativos períodos.”

l.c
ai
Assinale a alternativa correta em relação a postura do psicólogo diante dessa

gm
situação.
e@
A O silêncio durante um atendimento psicológico demostra desinteresse por
ci
pe

parte do paciente e é analisado como resistência a esse atendimento, devendo


es

ser respeitado pelo profissional.


na
ia

B Em se tratando de atendimento psicológico no contexto hospitalar e sendo a


ul
-j

psicoterapia breve uma das técnicas utilizadas e de grande eficácia por levar em
5
-3

conta um atendimento focal, o silêncio durante a sessão não é agregador.


37

C É comum o silêncio durante um atendimento psicológico e ele deve sempre


.4
17

ser preenchido pela fala do psicólogo para que a continuidade do atendimento


.3

seja conduzida da melhor maneira tanto para o profissional quanto para o


46
-1

paciente.
e

D O importante não é a ausência de palavra do psicólogo, e sim sua capacidade


ad
dr

de permitir as palavras do paciente como sendo tudo que pode ser feito em
An

alguns momentos difíceis, pois certas horas não admitem palavras.


de

E Não há embasamento teórico sobre o silêncio durante o atendimento. É uma


o
ed

situação comum, porém o profissional vai agir de acordo com o contexto e


ev

condução do atendimento da maneira que considerar mais adequada para


Az

ambos.
na
lia
Ju

26. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (CH-UFPA)


- 2016
Assinale a alternativa correta no que diz respeito à técnica de tratamento
psicológico conhecida como Psicoterapia Breve (PB).
A Dentre as abordagens psicológicas, a PB não é utilizada em orientação
psicanalítica, já que a psicanálise padroniza um modelo de psicoterapia não
pautado em tempo determinado.

241
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

B A PB está, em termos técnicos, alicerçada em um tripé: foco, estratégias e


objetivos.
C A PB é uma técnica bastante utilizada em contexto de saúde e não possui boa
aceitação ao atendimento em consultórios particulares.
D Uma das propostas da PB é produzir mudanças na estrutura da personalidade.
E Em contexto hospitalar, a PB é aplicada pelo fato de o profissional entender
que o paciente não possui recursos para se envolver em um processo
psicoterápico prolongado, já que encontra-se em significativo sofrimento

05
devido à hospitalização.

6:
:5
12
27. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Hospitalar (HDT-UFT) - 2015

3
02
A psicoterapia breve infantil pode ser dividida em fases. São elas

/2
05
A diagnóstica e terapêutica.

2/
B diagnóstica e pós-diagnóstica.

-2
C diagnóstica, terapêutica e término.

om
D diagnóstica e término.

l.c
ai
E diagnóstica, terapêutica, término e acompanhamento pós-terapêutico.

gm
e@
28. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015
ci
pe

Relato clínico - Uma criança internada na clínica de ortopedia


es

necessitava fazer duas cirurgias. Os pais e paciente foram informados a respeito


na
ia

do procedimento adotado e mostraram-se confiantes. A criança participou


ul
-j

ativamente do pré-operatório e sua ida ao centro cirúrgico foi tranquila. A


5
-3

primeira cirurgia foi bem sucedida. Ao se aproximar a data da segunda cirurgia,


37

a criança mostrou-se resistente, ansiosa e chorosa. O ortopedista responsável


.4
17

pelo paciente consulta o psicólogo do hospital e pede uma devolução ampla,


.3

consistente e por escrito. Com base neste relato, responda à questão.


46
-1

O resultado obtido através do estudo realizado pelo psicólogo identificou


e

que a criança presenciou, ao sair da sala de cirurgia, um adulto todo


ad
dr

ensanguentado que dava entrada na emergência. A criança ainda se recuperava


An

dos efeitos anestésicos e só recordou do episódio quando desenhou um menino


de

e um adulto, ambos em uma maca, sendo um todo ensanguentado. Identificou


o
ed

os sentimentos de ansiedade e medo que envolvia a situação. Diante do exposto,


ev

conclui-se que
Az

A a intervenção focal do psicólogo – através de uma terapia breve – possibilitará


na
lia

que a criança seja operada.


Ju

B a criança necessita ser conduzida para um tratamento psicoterápico fora da


hospitalização para ser operada.
C talvez a criança não possa mais ser operada naquele hospital.
D o fato será comunicado pela equipe ao diretor do hospital, que a partir de
agora deverá viabilizar a separação do centro cirúrgico no hospital.
E a criança não poderá mais ser operada.

29. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015

242
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Os termos usados na clínica da dependência de substâncias psicoativas, que


correspondem, respectivamente, aos:
I - desejo intenso de usar uma substância;
II - episódio de uso intenso e compulsivo;
III - diminuição do efeito da substância após repetidas administrações,
São:
A dependência – intoxicação – abstinência.
B fissura (craving) – binge – tolerância.

05
C tolerância – intoxicação – abstinência.

6:
:5
D abuso – dependência – abstinência.

12
E binge – abuso – tolerância.

3
02
/2
05
30. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015

2/
A psicoterapia breve utiliza de um tripé conceitual para indicar a técnica do

-2
trabalho. Esse tripé pode ser colocado em contraposição à técnica psicanalítica

om
(regra fundamental da associação livre; regra de abstinência e neurose de

l.c
ai
transferência) de forma didática. Em Psicoterapia Breve, esse tripé é indicado

gm
por
e@
A foco, planejamento e insigh.
ci
pe

B foco, transferência e insigh.


es

C E.E.C., planejamento e insigh.


na
ia

D E.E.C., foco e atividade.


ul
-j

E foco, atividade e planejamento.


5
-3
37

31. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015


.4
17

O efeito que expressa o mecanismo de potencialização dos ganhos terapêuticos


.3

obtidos pela técnica focal é nomeado


46
-1

A efeito iatrogênico.
e

B efeito de adaptação.
ad
dr

C efeito carambola.
An

D efeito ansiogênico.
de

E efeito histriônico.
o
ed
ev

32. Instituto AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013


Az

A Psicoterapia Breve é uma técnica muito usada pelos psicólogos na saúde.


na
lia

Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.


Ju

(A) O nome Psicoterapia Breve demonstra a característica da técnica que é o


tempo curto das sessões.
(B) Essa técnica tão específica que é a Psicoterapia Breve só é possível na linha
teórica da psicanálise.
(C) Dentre os principais conceitos da Psicoterapia Breve, podem-se destacar:
experiência emocional corretiva, aliança terapêutica e foco.
(D) A Psicoterapia Breve é orientada pela associação livre sem apresentar
qualquer tipo de planejamento para o tratamento.

243
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(E) Qualquer paciente é adequado para uma Psicoterapia Breve, sem restrições.

33. AOCP - EBSERH/HUJM-UFMT - 2014


Com relação à Psicoterapia Breve, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A Psicoterapia Breve ainda é pouco reconhecida, pois vai ao desencontro da
prática inicial da psicanálise em que Freud sempre utilizava de longos períodos
no tratamento.

05
(B) A Psicoterapia Breve é uma técnica muito utilizada na área da saúde por sua

6:
:5
facilidade de se acomodar ao setting diferenciado apresentado por esta.

12
(C) Uma das características que configura a Psicoterapia Breve é o limite de

3
02
tempo e a presença de um foco.

/2
05
(D) Considerando o encurtamento do número de sessões, quando se trata de

2/
uma Psicoterapia Breve, é importante salientar que a indicação da terapia deve

-2
ser cuidadosa, respeitando as particularidades de cada paciente.

om
(E) O foco é importante na Psicoterapia Breve, pois favorece a limitação do

l.c
ai
tempo e estabelece os assuntos a serem trabalhados. 

gm
e@
34. AOCP - INES - Psicólogo - 2013
ci
pe

Quanto aos modelos corretos de contraindicações para aplicação das


es
na

Psicoterapias Breves, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta


ia

a(s) correta(s).
ul
-j

I. Alto grau de motivação para o tratamento.


5
-3

II. Capacidade de insight.


37

III. Transtorno atual de começo recente e agudo.


.4
17

IV. Casos crônicos de psicose.


.3
46

A Apenas III.
-1

B Apenas IV.
e

C Apenas I e III.
ad
dr

D Apenas I e IV.
An

E I, II, III e IV.


de
o
ed

35. AOCP - INES - Psicólogo - 2013


ev

Assinale a alternativa correta quanto às condições favoráveis para a utilização


Az
na

de psicoterapia breve de orientação psicanalítica.


lia

A Necessidade de atendimento de grande número de pessoas.


Ju

B Situações emergenciais de crise que exigem intervenções terapêuticas de


longa duração.
C Expectativa de atendimento mais rápido por parte do paciente, exceto dos
profissionais envolvidos.
D Freud não preconizou as demandas de tratamentos breves, a fim de
possibilitar assistência psicológica.
E Necessidade de atendimento de longa duração.

244
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

36. FUNIVERSA – IFAP – Psicólogo – 2016


No que diz respeito a teorias e técnicas psicoterápicas, assinale a alternativa
correta.
(A) A escuta clínica é uma intervenção que desvenda o percurso dos sintomas e,
por essa razão, oferece as condições necessárias para a cura.
(B) A psicoterapia breve de orientação comportamental usa o silêncio como
dispositivo para potencializar o tratamento.
(C) Em contextos institucionais, o psicólogo pode tratar transtornos depressivos

05
e fóbicos por meio da entrevista de ajuda.

6:
:5
(D) O acolhimento psicológico permite intervir na situação de crise sem atuar

12
diretamente na mudança de posição subjetiva do sujeito.

3
02
(E) Para as abordagens psicodinâmicas é fator essencial o diagnóstico das

/2
05
relações objetais estabelecidas na primeira infância, as quais podem se

2/
reproduzir na situação atual vivida pelo sujeito em diferentes contextos sociais.

-2
om
37. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015

l.c
ai
De acordo com Fiorini (2013), a respeito da interpretação transferencial em

gm
psicoterapia breve, é correto afirmar que
e@
a) tem como estratégia básica estabelecer um vínculo tranquilizador, protetor e
ci
pe

orientador, por meio da regressão transferencial.


es

b) tende a fortalecer as funções egoicas adaptativas, a fim de se obter o equilíbrio


na
ia

homeostático.
ul
-j

c) permite a discriminação da pessoa real do terapeuta e de seu papel específico.


5
-3

d) deve ser favorecida a regressão transferencial como forma de se manter um


37

clima de aprendizagem, com um nível baixo de ansiedade.


.4
17

e) cumpre a função de neutralização de obstáculos transferenciais que entravam


.3

o funcionamento da relação de trabalho.


46
-1
e

38. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015


ad
dr

De acordo com Fiorini (2013), dentre as ferramentas utilizadas pelo terapeuta


An

em psicoterapia breve, os esclarecimentos são intervenções verbais que


de

a) visam conseguir desembaraçar o relato emaranhado do paciente a fim de


o
ed

recortar seus elementos significativos.


ev

b) buscam explorar o mundo interno do paciente por meio da formulação de


Az

hipóteses sobre seus conteúdos psíquicos.


na
lia

c) almejam a passagem do nível dos fatos para o das significações e para o


Ju

manejo singular que o sujeito faz dessas significações.


d) procuram explicitar situações transferenciais significativas no processo.
e) propiciam um questionamento das dificuldades criadas pelas contradições da
estrutura social vigente.

39. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015


De acordo com Fiorini (2013), o foco na psicoterapia breve tem um eixo central
estabelecido tanto pelo motivo da consulta como

245
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

a) pelas características de vida do paciente relacionadas ao seu meio pessoal e


familiar.
b) pelos aspectos genéticos, históricos e grupais do paciente.
c) pelo conflito nuclear subjacente, que se insere numa situação grupal
específica.
d) pelos conflitos decorrentes do choque entre as necessidades infantis e adultas
do paciente.
e) pela impressão diagnóstica estabelecida pelo terapeuta já nas primeiras

05
sessões.

6:
:5
12
40. FAURGS – Hospital das Clínicas de Porto Alegre – Psicólogo Hospitalar

3
02
– 2007

/2
05
Em relação à Psicoterapia Breve Psicodinâmica (PBP), assinale a afirmação

2/
INCORRETA.

-2
(A) A PBP está embasada em conceitos psicodinâmicos oriundos da teoria de

om
desenvolvimento da personalidade, elaborada por Freud, e utiliza táticas

l.c
ai
psicanalíticas específicas, tais como associação livre, resistência, transferência

gm
e insight. 

e@
(B) A neurose de transferência deve ser utilizada e interpretada no contexto da
ci
pe

relação terapêutica, sendo imediatamente remetida ao foco, de forma a servir


es

como um elemento a mais para que o paciente possa perceber a vinculação de


na
ia

seu sintoma ou problema atual com algum conflito inconsciente que foi
ul
-j

identificado. 

5
-3

(C) De forma geral, as abordagens de PBP apresentam como uma de suas


37

características técnicas a ênfase na situação transferencial da dimensão do “aqui


.4
17

e agora”, que não necessariamente é correlacionado ao passado. 



.3
46

(D) As defesas adaptativas são interpretadas, em PBP, com a finalidade de


-1

fortalecimento, sendo que confrontação e clarificação são táticas utilizadas em


e
ad

relação às defesas mal-adaptadas, de forma que o paciente possa identificá-las


dr

e, posterior- mente, abrir mão delas ou substituí-las por outras mais saudáveis.
An

(E) Aspectos importantes da metapsicologia freudiana, tais como processos


de

mentais inconscientes, sinto- mas como expressão de conflitos internos,


o
ed

mecanismos de defesa e relação entre paciente e terapeuta como fator de


ev
Az

tratamento, são, até hoje, elementos fundamentais para a compreensão do


na

paciente e para o manejo das técnicas de PBP. 



lia
Ju

41. FAURGS - Prefeitura de Alvorada – Psicólogo – 2011


Considere as afirmações abaixo.
I- A ________________________ representa a possibilidade de o paciente
experimentar situações traumáticas do passado penosamente reprimidas,
revivendo-as na relação com o terapeuta.
II - Retardo mental, transtornos factícios ou de simulação, significativos
prejuízos cognitivo ou de memória, agressividade oferecendo risco ao terapeuta

246
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

e recusa do paciente a qualquer forma de tratamento psicoterápico são


contraindicações comuns da _____________________.
III- O pensamento sistêmico, a teoria da comunicação e o conceito de resiliência
são alguns dos referenciais teóricos da __________________________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das
afirmações acima.
(A) experiência emocional corretiva – psicoterapia de apoio – terapia
comunitária

05
(B) terapia focal – psicoterapia de apoio – terapia comunitária

6:
:5
(C) transferência – terapia breve – terapia familiar

12
(D) terapia focal – terapia familiar – terapia comunitária

3
02
(E) transferência – terapia focal – terapia familiar

/2
05
2/
42. PUC-PR – FAES – Psicólogo Clínico – 2012

-2
A psicoterapia breve ou de emergência é baseada em proposições derivadas

om
da teoria psicanalítica e objetiva levar a mudanças relativamente extensivas

l.c
ai
e rapidamente atingidas. A respeito dessa técnica podemos afirmar que:

gm

I. Consiste de uma série de intervenções, cuidadosamente formuladas, que
e@
buscam promover o processo terapêutico de uma maneira ordenada e
ci
pe

previsível. 

es
na

II. Cria condições adequadas, nas quais o paciente se torna consciente de


ia

distorções aperceptivas, de conflitos e de desejos.


ul
-j

III. Proporciona uma sequência ordenada para a aprendizagem,


5
-3

desaprendizagem e reaprendizagem, pela criação e manutenção de uma ótima


37

motivação.
.4
17

IV. Promove, dentro do setting terapêutico protegido, e através do uso de


.3
46

técnicas específicas, tanto o aumento da ansiedade quanto a sua total


-1

eliminação, de maneira que a aprendizagem por insight, por condicionamento e


e
ad

identificação possam levar a uma reestruturação da personalidade.


dr

Está(ão) CORRETA(S):
An

A) Somente as afirmativas I, II e IV.


de

B) Somente as afirmativas I, III e IV.


o
ed

C) Somente as afirmativas II e IV.


ev

D) Somente as afirmativas I, II e III.


Az
na

E) Somente as afirmativas I e III.


lia
Ju

43. FCC – Metrô/São Paulo – Psicólogo – 2012


Considerando-se que uma questão é aprofundada quando analisada por
diferentes ângulos ao longo do tempo, o que tende a facilitar sua compreensão
e insight, a Psicoterapia Breve Psicanalítica
(A) não enfrenta preconceitos, pois é fato esperado que nela não haja
profundidade.
(B) não tem aprofundamento porque mudanças profundas não podem ocorrer
em um espaço de tempo limitado. 


247
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(C) tem um foco e, mesmo assim, as questões são trabalhadas em profundidade.



(D) deve preceder uma análise continuada, já que só localiza, mas não trabalha
os núcleos pré-edípicos. 

(E) não tem aprofundamento porque não trabalha o passado do sujeito, mas
somente as situações presentes. 


44. UFPR - 2010 - UFPR – Psicólogo

05
Hector Fiorini delineou princípios básicos da psicoterapia breve que são

6:
:5
utilizados até hoje. A eficácia da psicoterapia breve desde então foi

12
extensamente documentada. Sobre esses princípios, assinale a alternativa

3
02
INCORRETA.

/2
05
a) A primeira entrevista em psicoterapia breve deve conter 3 planos: a

2/
compreensão da dinâmica do caso clínico (história, sintomas e contexto), a

-2
om
motivação do cliente para o tratamento e o diagnóstico sobre as condições de

l.c
vida do cliente.

ai
b) O foco em psicoterapia breve deve ser estabelecido junto com o cliente.
gm
e@
c) O terapeuta no contexto da psicoterapia breve deve apresentar no mínimo as
seguintes características: contato empático, espontaneidade e iniciativa.
ci
pe

d) São tarefas do terapeuta em psicoterapia breve: motivar a tarefa, aclarar os


es
na

objetivos, reforçar todo o processo da tarefa e utilizar-se de recursos


ia

facilitadores na investigação e compreensão da problemática.


ul
-j

e) Durante a intervenção breve, o terapeuta deve evitar uma atitude docente.


5
-3
37

45. FUNIVERSA - Governo do Distrito Federal - Secretaria de Estado de


.4
17

Saúde do Distrito – 2009


.3
46

As teorias psicodinâmicas definem o fenômeno da transferência nas relações


-1

pessoais, que devem ser observadas pelo profissional de saúde, pois


e
ad

(A) é uma situação passageira que pode enganar médicos e enfermeiros a


dr

respeito do real estado fisiológico e autoimune da pessoa.


An

(B) pode ter sentido de amor ou ódio pelo profissional, sendo necessário
de

compreendê-la de forma técnica, não emotiva ou romântica.


o
ed

(C) a transferência vai ser diagnosticada e interpretada pelos profissionais


ev
Az

médicos, psicólogos e de enfermagem.


na

(D) a transferência refere-se a uma distorção neurológica e a medicação


lia

psiquiátrica pode ser alterada quando a confusão for identificada.


Ju

(E) o psicólogo sabe promover e suprimir a transferência, sendo necessária no


auxílio dos profissionais quando identificam o fenômeno.

46. FUNIVERSA - Governo do Distrito Federal - Secretaria de Estado de


Saúde do Distrito – 2009
A compreensão das teorias psicodinâmicas acerca do funcionamento psíquico
relativo à depressão compreende que

248
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(A) há um funcionamento em torno de ideias que são evocadas por estímulos


exteriores que devem ser mapeados e isolados.
(B) estão envolvidos mecanismos neurofisiológicos cujo tratamento via
medicação libera de maiores preocupações.
(C) a pessoa tem vivências atuais que a remetem a carências nutricionais e
físicas do passado, e situações semelhantes causam efeitos neurológicos.
(D) existiu aprendizado anterior em que estiveram presentes reforçadores para
a condição depressiva ou estiveram ausentes para situações contrárias.

05
(E) existe um jogo de forças psíquicas em que algum aspecto da experiência ou

6:
:5
da relação da pessoa com o mundo é rejeitado.

12
3
02
47. FUNIVERSA – SESI/DF - Psicólogo Escolar – 2010

/2
05
De acordo com as teorias da motivação, assinale a alternativa correta.

2/
(A) Para os cognitivistas, são as representações externas que impulsionam as

-2
motivações.

om
(B) A psicanálise afirma que a libido não interfere nas motivações.

l.c
ai
(C) Segundo os behavioristas, o que motiva o comportamento são as

gm
consequências produzidas por comportamentos passados.
e@
(D) De acordo com a Teoria das Necessidades, as motivações são
ci
pe

essencialmente sociais.
es

(E) Para a fenomenologia, a motivação é um fenômeno inatingível.


na
ia
ul
-j

48. FUNIVERSA – SESA/AP – Psicólogo Clínico – 2012


5
-3

Um dos aspectos fundamentais para a psicanálise em qualquer tratamento é o


37

estabelecimento da transferência. No que diz respeito a esse fenômeno, assinale


.4
17

a alternativa correta.
.3

(A) Trata-se de uma repetição de modelos infantis com a figura do terapeuta.


46
-1

(B) O requisito técnico por parte do analista para lidar com a transferência
e

deve ser a atuação.


ad
dr

(C) O analista deve responder à inatualidade da transferência do paciente,


An

com a atualidade de sua pessoa. Trata-se de uma exigência técnica.


de

(D) A transferência coloca o terapeuta em lugares que não são fornecidos


o
ed

pelo inconsciente do paciente e, sim, apenas, pelas características reais do


ev

terapeuta.
Az

(E) A transferência é um fenômeno que deve ser conhecido e evitado em um


na
lia

tratamento analítico.
Ju

49. FUNIVERSA – IFB – Técnico Administrativo – Psicólogo – 2012


A psicanálise refere-se a uma teoria, a um método de investigação e a uma
prática profissional. Como teoria, trata-se de um conjunto de conhecimentos
sistemáticos a respeito do funcionamento da vida psíquica; como método de
investigação, refere-se ao método interpretativo, que busca o significado oculto
do que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções

249
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

imaginárias, como sonhos, delírios, associações livres e atos falhos; e, como


prática de tratamento, está relacionada à busca do autoconhecimento.
A base de sustentação da corrente psicanalítica está na descoberta do
inconsciente. Os adeptos dessa teoria acreditam que aí está constituída a base
principal das neuroses e, a partir dessa descoberta, foi imposta uma modificação
do trabalho terapêutico. Assim, a base dos tratamentos passou a ser descobrir as
repressões e suprimi-las por meio de um juízo que aceitasse ou condenasse
definitivamente o que deveria ser excluído. Foi esse método que originou a

05
prática profissional chamada psicanálise, em substituição ao método catártico.

6:
:5
A. M. B. Bock, O. Furtado e M. L. T. Teixeira. Psicologias: uma introdução ao estudo

12
de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008 (com adaptações).

3
02
A esse respeito, assinale a alternativa correta quanto à estrutura do aparelho

/2
05
psíquico referente à existência de três instâncias psíquicas.

2/
(A) Os conteúdos do inconsciente têm sua origem apenas nas experiências de

-2
caráter traumático, reprimidas.

om
(B) O inconsciente é constituído por conteúdos reprimidos que têm acesso ao

l.c
ai
sistema pré-consciente e ao consciente.

gm
(C) O pré-consciente refere-se ao sistema em que ficam armazenados os
e@
conteúdos acessíveis ao inconsciente.
ci
pe

(D) O consciente é o sistema que recebe, ao mesmo tempo, as informações


es

do mundo exterior e as do mundo interior.


na
ia

(E) No pré-consciente, armazenam-se os conteúdos reprimidos e destaca-se


ul
-j

o fenômeno da percepção, da atenção e do raciocínio.


5
-3
37

50. FUNIVERSA – SEGPLAN – Goiás – Psicologia – 2014


.4
17

Segundo a grupoterapia, um grupo é


.3

(A) apenas o somatório de indivíduos.


46
-1

(B) uma reunião de pessoas.


e

(C) o somatório de indivíduos e suas tarefas e objetivos particulares.


ad
dr

(D) uma unidade que se manifesta como uma totalidade.


An

(E) uma reunião de pessoas e suas tarefas particulares.


de
o
ed
ev
Az

Questões Comentadas e Gabaritadas


na
lia

1. CESPE - DEPEN – 2013


Ju

A abordagem cognitiva entende a esquizofrenia como uma reação do indivíduo


ao mundo. Dessa forma, o psicólogo fundamentado nessa abordagem tentaria
entender a vivência de Tom no momento particular de sua vida.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Absurdo. Não é uma reação do indivíduo ao mundo, mas uma
condição neurológica. Entender as vivencias significaria ser levado pelos

250
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

delírios e alucinações do paciente, coisa inconcebível pela abordagem


cognitivista.

2. CESPE - DEPEN – 2013


De acordo com a abordagem humanista, as demandas externas consistiriam em
ameaças para Tom, fazendo-o restringir a sua interação social como um meio de
proteger a integridade do self. Essas ameaças produziriam um nível elevado de
angústia e perda da autoconsciência, ocasionando o desenvolvimento do

05
transtorno apresentado por Tom.

6:
:5
( ) Certo ( ) Errado

12
Gabarito: C

3
02
Comentários: Assertiva perfeita. Eis um excelente trecho de texto que explica

/2
05
essa visão:

2/
5.4. Psicoterapia existencial de Ronald Laing

-2
Influenciado pelo pensamento filosófico de Kirkegaard, Nietzsche,

om
Heidegger, Jaspers, Husserl e Sartre, bem como pela psicanálise e pelo

l.c
ai
marxismo, pela psiquiatria interpessoal de Harry Stack Sullivan e estudos da

gm
comunicação de Gregory Bateson e da escola de Palo Alto (Califórnia), Ronald
e@
Laing (1927-1989) centrou a sua investigação na psicopatologia, em particular
ci
pe

na esquizofrenia, procurando o seu significado. Destacou essencialmente a


es

importância da insegurança ontológica e do contexto social da perturbação


na
ia

mental.
ul
-j

Introduziu o conceito de insegurança ontológica para designar o sentimento


5
-3

fundamental dos indivíduos com patologia esquizofrénica caracterizado por


37

uma diminuição do sentimento de identidade e de realidade acompanhada


.4
17

pelo medo da aniquilação. Este, poderia incluir três medos específicos: o


.3

medo do engolfamento ou de que a sua autonomia seja submetida a outros; o


46
-1

medo da implosão ou de ser esmagado pelo mundo externo e o medo da


e

petrificação ou de se tornar num objecto inanimado.


ad
dr

A insegurança ontológica poderia conduzir à esquizofrenia na medida em que


An

o indivíduo tentaria proteger-se dividindo o self em dois: retiraria a sua


de

verdadeiro self do seu corpo e permaneceria retirado num local privado da


o
ed

mente (o delírio) no qual tem esperança de estar defendido contra a


ev

aniquilação. Desta forma, tornar-se-ia cada vez menos capaz de experimentar


Az

relações reais com os outros. Refugiando-se no delírio procuraria ainda


na
lia

recuperar a segurança ontológica.


Ju

A perturbação esquizofrénica não poderia ser compreendida apenas em


termos de disfuncionamentos intra-psíquicos, mas sim como uma estratégia
que o indivíduo desenvolveria para sobreviver a determinadas situações do
contexto social. Em particular, enfatizou a importância das fantasias
familiares que podem invalidar os sentimentos e as percepções do indivíduo,
bem como da comunicação em duplo vínculo (double bind) no contexto
família, podendo conduzir ao que denominou por posição insustentável em
relação à qual a única saída poderia ser a psicose, uma espécie de tentativa de

251
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

se manter saudável num mundo doente: fechando aos canais de comunicação


(retirada autista), escolhendo escolhendo ao acaso (desorganização
hebefrénica) ou construindo novos significados (delírio paranóide).
Do ponto de vista da intervenção, a proposta terapêutica de Laing baseia-se na
escuta que permite ao cliente articular e relacionar as suas experiências, mas
de forma não invasiva nem intrusiva para facilitar a sua auto-recuperação e
reintegração. No seu conjunto preconizou um encontro autêntico (sem
máscaras) e designou esse percurso por metanóia.

05
A finalidade seria a de restabelecer a capacidade do cliente se relacionar com

6:
:5
os outros e com a possibilidade de se encontrar com as suas necessidades

12
existenciais: amor, segurança ontológica, liberdade, auto-descoberta,

3
02
afirmação pelos outros e capacidade de relacionamento.

/2
05
Fonte: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a03.pdf

2/
-2
om
3. CESPE - DEPEN – 2013

l.c
ai
Se for solicitado ao psicólogo um informe psicológico relativo ao caso de Tom, o

gm
psicólogo deveria ressaltar os aspectos e as informações médicas, a fim de que
e@
o documento apresentasse um parecer técnico-científico atualizado.
ci
pe

( ) Certo ( ) Errado
es

Gabarito: E
na
ia

Comentários: Assertiva salada de frutas. Informe psicológico é todo e qualquer


ul
-j

documento psicológico. Só sabemos qual é o documento apropriado (atestado,


5
-3

parecer, relatório/laudo ou declaração), de acordo com a demanda solicitada e


37

o objetivo definido. A assertiva não permite identificar tais atributos.


.4
17
.3

4. CESPE - DEPEN – 2013


46
-1

O psicólogo que fundamenta suas ações na abordagem psicodinâmica entende


e

o caso clínico de Tom como uma forma grave de transtorno, na qual podem estar
ad
dr

presentes alterações no campo da percepção, pensamento, linguagem e


An

emoções. Desse modo, há uma relação entre essa distorção grave do


de

funcionamento psíquico e uma função egoica comprometida, o que resulta na


o
ed

perda da realidade.
ev

( ) Certo ( ) Errado
Az

Gabarito: C
na
lia

Comentários: Correto. Para a psicanálise tradicional, não houve a cisão do ego


Ju

em relação ao ambiente externo.

5. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


Julgue os próximos itens, relativos a teorias e técnicas psicoterápicas.
Na terapia gestáltica, o paciente é estimulado a falar sobre seus traumas e
problemas do passado que estão reverberando no presente, com o objetivo de
fechar situações inacabadas.
( ) Certo ( ) Errado

252
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Gabarito: E
Comentários: O foco da Gestalt é o aqui e agora.
Fundadores da Gestalt: Wertheimer, Kõhler e Koffka.
Fundador da gestaltterapia: Perls
Entrevista dialógica (Gestalt; aqui e agora)
No decorrer de um processo terapêutico em Gestaltterapia, a relação construída
entre um terapeuta e o seu cliente é baseada no contato que cada um dos pares
estabelece consigo mesmo e com o outro, e em como um toca o outro e é por ele

05
tocado, em um sentido amplo.

6:
:5
Para Perls, a Gestalt-terapia possui influência difusa, porém substancial das

12
seguintes escolas do existencialismo e da fenomenologia

3
02
Leis da Gestalt (do objeto)

/2
05
1. Lei da Unidade

2/
2. Lei da Segregação

-2
3. Lei da Unificação

om
4. Lei do Fechamento

l.c
ai
5. Lei da continuidade

gm
6. Lei da proximidade
e@
7. Lei da semelhança
ci
pe

8. Lei da pregnância
es
na
ia

6. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


ul
-j

A abordagem cognitivo-comportamental nas intervenções de pacientes em crise


5
-3

deve ser evitada, uma vez que por meio dela enfatizam-se os pensamentos
37

automáticos e esquemas do indivíduo, que o fazem lidar com os sistemas de


.4
17

crenças, suposições com ele mesmo e percepções futuras e gerais.


.3

( ) Certo ( ) Errado
46
-1

Gabarito: E
e

Comentários: a TCC é bastante indicada para pacientes em crise. A segunda


ad
dr

parte da assertiva não justifica a primeira.


An

DICA:
de

Terapia Cognitiva
o
ed

Indicações
ev

Depressão unipolar de intensidade leve ou moderada, não-psicótica


Az

Transtornos de ansiedade (associados a terapia comportamental e a drogas)


na
lia

Transtornos alimentares
Ju

Transtornos somatoformes (hipocondria, transtorno dismórfico corporal)


Indicações da terapia cognitiva como tratamento coadjuvante
Abuso de substâncias e de álcool
Transtornos de personalidade
Transtornos psicóticos (esquizofrenia, transtorno delirante)
Transtorno bipolar
Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade
Dor crônica

253
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Contraindicações
Doença mental orgânica, que implique comprometimento cognitivo
(demência)
Retardo mental
Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente (identificar pensamentos,
emoções, crenças, e expressa-los em palavras)
Psicose aguda
Patologia grave do caráter borderline ou antissocial

05
Ausência de motivação

6:
:5
12
7. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018

3
02
As intervenções terapêuticas indicadas para o TEPT incluem terapias cognitivas

/2
05
e comportamentais; reprocessamento e dessensibilização de traumas por meio

2/
do movimento ocular (EMDR); psicoterapia psicodinâmica; interrogatório

-2
psicológico (debriefing); e psicoeducação e apoio.

om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
ai
Gabarito: C

gm
Comentários:
e@
Eye Movement Desensitization and Reprocessing (EMDR): O método permite
ci
pe

a dessensibilização e o reprocessamento de experiências através da


es

estimulação dos dois hemisférios do cérebro. O EMDR normalmente é utilizado


na
ia

para reduzir sintomas de ansiedade, manifestações depressivas e para


ul
-j

melhorar, de forma global, a saúde mental do paciente. Trata-se de um


5
-3

método especialmente eficiente em questões relacionadas a eventos


37

traumáticos. Este tipo de terapia utiliza a estimulação sensorial (auditiva,


.4
17

ocular e/ou tátil) para ativar mecanismos de cura.


.3

Sobre os conteúdos da questão:


46
-1

Tipos de intervenções usadas no TEPT


e

Na abordagem do TEPT, as intervenções psicoterápicas e psicossociais,


ad
dr

indicadas tanto para prevenção como tratamento do transtorno, têm tido


An

enfoque especial. A atenção voltada às abordagens em questão baseia-se no fato


de

de que nem todos os indivíduos submetidos a traumas importantes desenvolvem


o
ed

o transtorno, o que pode estar relacionado a uma resposta individual ao


ev

estressor ou a uma predisposição única daquele indivíduo.


Az

Na prevenção do TEPT, as intervenções mais utilizadas incluem:


na
lia

(1) Psychological debriefing, intervenção breve que consiste de discussão sobre o


Ju

evento estressor e "normalização" das reações psicológicas associadas,


realizada, geralmente, em uma única sessão; (2) Aconselhamento, com enfoque
em medidas adaptativas, e não no trauma propriamente dito; (3)Terapia
cognitivo comportamental (TCC), que inclui uma série de técnicas (vide Knapp
& Caminha neste suplemento): exposição imaginária, em que o indivíduo conta
ou imagina detalhadamente o evento estressor; exposição real, que envolve
confronto com situações reais que ficaram associadas ao trauma e causam medo
e tensão; terapia cognitiva, lidando com pensamentos distorcidos sobre o evento

254
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

e as capacidades do paciente; exposição prolongada, em que há exposição


repetida às recordações sobre o trauma e situações que vêm sendo evitadas;
terapia de imagens (imagery rehearsal therapy), em que os indivíduos fazem
exercícios com imagens agradáveis e utilizam aspectos cognitivo-
comportamentais para lidar com imagens desagradáveis.
No tratamento do TEPT, temos: (1)Terapia cognitivo comportamental, com
técnicas semelhantes às descritas anteriormente; (2) Eye movement
desensitisation and reprocessing, na qual o paciente deve pensar no evento

05
traumático e nos pensamentos negativos e emoções associados, realizando,

6:
:5
posteriormente, movimentos seguindo demonstração do terapeuta; (3) Manejo

12
afetivo, que consiste de uma forma de tratamento em grupo, focalizando a

3
02
regulação do humor; (4) psicoterapia psicodinâmica, com enfoque nos

/2
05
mecanismos de defesa utilizados, interpretações e experiências anteriores do

2/
paciente (vide Meshulam-Werebe et al. neste suplemento); Hipnoterapia; (6)

-2
Relaxamento.

om
Dentre as intervenções farmacológicas, as drogas mais utilizadas são os

l.c
ai
antidepressivos, principalmente os inibidores seletivos de recaptação de

gm
serotonina, como sertralina e paroxetina, e os antidepressivos tricíclicos, como
e@
amitriptilina e imipramina. Drogas sedativas, como benzodiazepínicos e mesmo
ci
pe

antipsicóticos em baixa dosagem também são utilizados em alguns esquemas


es

terapêuticos (vide Bernik et al. neste suplemento).


na
ia

[...] Não se encontrou qualquer evidência de que psychological debriefing, uma


ul
-j

intervenção breve numa única sessão, possa prevenir TEPT.


5
-3

Fonte: SOARES, Bernardo Garcia de Oliveira and LIMA, Maurício Silva


37

de. Estresse pós-traumático: uma abordagem baseada em evidências. Rev. Bras.


.4
17

Psiquiatr. [online]. 2003, vol.25, suppl.1 [cited 2020-12-02], pp.62-66. Available


.3
46

from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
-1

44462003000500014&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1809-


e

452X. https://doi.org/10.1590/S1516-44462003000500014.
ad
dr
An

8. CESPE – STJ – Psicólogo – 2018


de

O tratamento de TEPT pode incluir a EMDR, que se baseia em exposição (com


o
ed

múltiplas exposições breves e ininterruptas ao material traumático),


ev

movimento ocular, lembrança e verbalização de memórias traumáticas de um


Az

ou mais eventos.
na
lia

( ) Certo ( ) Errado
Ju

Gabarito: C
Comentários:
O EMDR é um protocolo de tratamento desenvolvido em 1987 e publicado em
1989 pela pesquisadora norte-americana Francine Shapiro, a partir de uma
descoberta acidental (Shapiro, 1989). Durante uma caminhada no parque,
Shapiro percebeu que alguns pensamentos seus de conotação perturbadora
haviam desaparecido inesperadamente de sua mente e, mesmo trazendoos de
volta à consciência, eles já não pareciam tão perturbadores. Após uma reflexão,

255
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

ela percebeu que existia uma associação entre a fuga de tais pensamentos e
movimentos bilaterais feitos por seus olhos (Shapiro, 2001).
Entre 1987 e 1988, ela realizou um estudo controlado comparativo entre EMDR
e placebo com 22 pacientes sofrendo de memórias traumáticas e apresentando
sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Os resultados da
aplicação foram excelentes, com todos os pacientes apresentando melhoras
significativas que se mantiveram após três meses da aplicação. Este trabalho,
junto com uma descrição do procedimento de aplicação, foi publicado

05
no Journal of Traumatic Stress, no ano seguinte (Shapiro, 1989). A autora nomeou

6:
:5
esta técnica inicialmente de Eye Movement Desensitization (EMD). Após ministrar

12
workshops para clínicos interessados na técnica, ela percebeu que o

3
02
procedimento tornava-se mais eficaz quando, além de uma dessensibilização,

/2
05
havia uma reestruturação cognitiva. Desta forma, em 1990, o método foi

2/
rebatizado para Eye Movement Desensitization and Reprocessing (EMDR). Tal

-2
modificação não diz respeito apenas à nomenclatura, mas sim ao enfoque dado

om
pela técnica, apresentando um panorama integrativo dos processos mentais

l.c
ai
relacionados à aquisição de informações (Shapiro, 2001).

gm
[...]
e@
Ainda que a eficácia do EMDR para o TEPT esteja bem estabelecida, existem
ci
pe

controvérsias a respeito de seus mecanismos de ação. O modelo teórico


es

proposto pela autora postula que o TEPT é resultado de um processamento


na
ia

disfuncional de informações (normalmente frente a situações traumáticas), que


ul
-j

ficariam armazenadas na memória sem estarem devidamente "digeridas" e se


5
-3

tornariam lembranças dolorosas, intrusivas e disfuncionais. O EMDR


37

proporcionaria a ativação e, com a ajuda dos estímulos bilaterais (no caso dos
.4
17

movimentos oculares, a alternância de foco visual de um lado para o outro), um


.3

processamento adequado dessas memórias. Este processo resultaria, por fim,


46
-1

na transformação do conteúdo perturbador e na melhora do funcionamento


e

psicossocial do indivíduo (Shapiro, 2001).


ad
dr

[...]
An

Dois mecanismos de ação importantes da técnica são a exposição e a


de

reestruturação cognitiva. A exposição é uma técnica amplamente utilizada em


o
ed

psicoterapias e tem um papel central em praticamente todos os modelos


ev

eficazes de tratamento do TEPT. A reexposição à memória traumática em um


Az

ambiente controlado e seguro tende a gerar redução da resposta de ansiedade e


na
lia

uma diminuição da excitabilidade frente a estímulos não específicos. Isso é feito


Ju

através da formação de um novo aprendizado em relação à memória aversiva


(não se trata de um esquecimento) (Izquierdo & Camarota, 2004). Existem vários
correlatos neurobiológicos desse processo no TEPT, como uma diminuição na
ativação da amígdala, que é aumentada nesses pacientes, aumento na ativação
de córtex préfrontal medial esquerdo (Van der Kolk, 2004; Liberzon & Martins,
2006) e aumento nos níveis basais de cortisol, que são diminuídos nesses
pacientes (Yehuda et al., 2009).

256
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A reestruturação cognitiva auxilia neste processo. A descatastrofização das


consequências da ativação da memória traumática e a atribuição de novos
significados à experiência são fundamentais para que a pessoa se sinta segura
durante a exposição e para que a nova memória seja mais ampla e bem
fundamentada. Isto é reforçado por estudos de neuroimagem, que mostram que
a terapia cognitiva para o TEPT gera mudanças no giro do cíngulo e na amígdala
(Felmingam, 2007).
Fonte: BRUNNET, Alice Einloft et al. Dessensibilização e reprocessamento por

05
movimentos oculares (EMDR) para transtorno de estresse pós- traumático: uma

6:
:5
revisão sistemática. Gerais, Rev. Interinst. Psicol. [online]. 2014, vol.7, n.1

12
[citado 2020-12-02], pp. 119-131 . Disponível em:

3
02
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-

/2
05
82202014000100011&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1983-8220.

2/
-2
om
l.c
9. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018

ai
Com relação a psicodiagnóstico e psicoterapia, julgue os itens subsequentes.
gm
Os custos e resultados da psicoterapia podem ser previstos por meio da
e@
inferência da dinâmica da relação terapeuta-paciente e das especificidades da
ci
pe

prática psicoterápica propriamente dita.


es
na

( ) Certo ( ) Errado
ia

Gabarito: E
ul
-j

Comentários: Considerando que os custos da terapia sejam os resultados, não


5
-3

podemos afirmar que apenas as duas variáveis descritas na assertiva decidirão


37

seu valor. Assim, apesar da “relação terapeuta-paciente” e das “especificidades


.4
17

da prática psicoterápica propriamente dita” serem relevantes, temos centenas


.3
46

de outras variáveis que podem influenciar no efeito da psicoterapia.


-1
e

10. CESPE – EBSERH – Psicologia Organizacional – 2018


ad
dr

O surgimento de diferentes escolas psicoterápicas permitiu o desenvolvimento


An

de técnicas orientadas à prática da psicoterapia e do psicodiagnóstico,


de

abordando questões como personalidade, doença mental e modelos teóricos


o
ed

psicoterápicos.
ev

( ) Certo ( ) Errado
Az

Gabarito: C
na
lia

Comentários: A variedade de abordagens permitiu a ampliação dos focos de


Ju

trabalho e das formas de atuação. Ou seja, a relação histórica entre filosofia e a


busca da ciência no campo do comportamento humano ajudou a desenvolver a
multiplicidade de áreas da psicologia atual.

11. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


Uma pessoa com medo de avião e com muita dificuldade para falar e expressar
suas opiniões em público buscou psicoterapia para tratar essas condições.

257
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, a respeito de


técnicas psicoterápicas.
a) O treinamento assertivo é indispensável no tratamento da fobia de avião.
b) A inoculação do estresse é uma técnica adequada às duas situações, porque
trata os eventos temidos sem que ocorra nenhuma resposta fisiológica de
estresse durante a terapia.
c) É adequado o uso da dessensibilização sistemática para o tratamento das duas
queixas apresentadas.

05
d) A técnica de relaxamento é inadequada para treinar a expressão de opiniões,

6:
:5
porque, estando relaxada, a pessoa não vivencia adequadamente as variáveis

12
causadoras de ansiedade nas interações sociais.

3
02
e) A psicoeducação é apropriada para tratar o medo de avião, desde que não

/2
05
sejam mencionadas as condições técnicas de segurança e manutenção das

2/
aeronaves.

-2
Gabarito: C

om
Comentários: Assertividade não tem relação direta com a evolução do quadro

l.c
ai
de fobia. A inoculação do estresse gera resposta fisiológica de estresse durante

gm
a terapia.
e@
A técnica de relaxamento é indicada. A psicoeducação é sempre uma técnica
ci
pe

ampla e informa não só fatores de segurança, como de risco também.


es

É adequado o uso da dessensibilização sistemática para o tratamento das duas


na
ia

queixas apresentadas.
ul
-j
5
-3

12. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


37

No que se refere à terapia de aceitação e compromisso (ACT, sigla em inglês),


.4
17

técnica de terceira geração na clínica comportamental considerada uma das


.3

técnicas mais utilizadas e bem-sucedidas atualmente, assinale a opção correta.


46
-1

a) Conceitualmente, a ACT é equivalente à exposição e prevenção de resposta, e


e

as duas abordagens utilizam as mesmas práticas.


ad
dr

b) Essa técnica desconsidera o contexto em que o comportamento ocorre, dando


An

ênfase apenas às emoções decorrentes da experiência descrita.


de

c) A ACT tem como objetivo principal a mudança de comportamentos e de


o
ed

cognições inadequadas.
ev

d) Sob o enfoque da ACT, esquiva experiencial é a principal técnica para obter


Az

alívio do sofrimento.
na
lia

e) A defusão cognitiva favorece o entendimento claro e objetivo de eventos


Ju

privados, como os pensamentos, de modo que o paciente possa entender e


separar esses eventos daquilo que é realmente fato.
Gabarito: E
Comentários:
A terapia de aceitação e compromisso recebe esse nome porque é focada em 3
áreas:
1. Aceitação da realidade e das reações emocionais e comportamentais;
2. Escolha de uma direção de acordo com os valores do indivíduo;

258
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

3. Comprometimento com a mudança desejada.


A técnica/abordagem da ACT é diferente da técnica de exposição e prevenção de
resposta. Essa abordagem considera o contexto em que o comportamento
ocorre.
Quem busca a reestruturação cognitiva é a TCC e não a ACT. A ACT objetiva fazer
com que o paciente aceite o que está fora de seu controle pessoal, e comprometa-
se à ação para que melhore e enriqueça a sua vida. Para isso, ele precisa
aumentar a flexibilidade psicológica.

05
A ACT acredita que o sofrimento humano surge a partir de uma inflexibilidade

6:
:5
psicológica causada por esquiva experiencial, fusão cognitiva, apego a um

12
conceito rígido de si mesmo e a perda do contato com o momento presente.

3
02
Procedimentos comuns da ACT:

/2
05
1. Aceitação

2/
2. Defusão cognitiva

-2
3. Contato com o presente

om
4. Eu como contexto

l.c
ai
5. Compromisso

gm
Recomendação de leitura: http://institutodepsiquiatriapr.com.br/terapia-de-
e@
aceitacao-e-compromisso-act-o-que-e-e-como-funciona/
ci
pe
es

13. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


na
ia

Com relação a técnicas cognitivas de intervenção em psicologia, assinale a


ul
-j

opção correta.
5
-3

a) Reatribuição consiste em uma técnica de treinar o paciente para atribuir


37

tarefas a terceiros.
.4
17

b) A identificação de pensamentos automáticos é relevante para auxiliar no


.3

reconhecimento de padrões de pensamentos adaptativos ou disfuncionais que


46
-1

podem subsidiar comportamentos.


e

c) Para dependentes de nicotina com problemas pulmonares e respiratórios, o


ad
dr

uso da terapia cognitiva é inadequado, por evidenciar cognições que podem


An

aumentar a fissura pelo cigarro.


de

d) O distanciamento consiste em treinar o paciente a reconhecer seu potencial


o
ed

para conviver com condições avaliadas como catastróficas.


ev

e) A preocupação entre pessoas ansiosas deve ser investigada em termos de


Az

frequência e duração, mas o conteúdo da preocupação não deve ser discutido,


na
lia

pois isso poderia estimular sua recorrência.


Ju

Gabarito: B
Comentários: A reatribuição cognitiva pode ser entendida como um processo
dentro da reestruturação cognitiva. Enquanto a reatribuição é a construção de
um novo significado para as atribuições cognitivas (é algo pontual) a
reestruturação cognitiva é bem mais ampla e modifica pensamentos
disfuncionais, distorções cognitivas e crenças limitantes, por pensamentos e
crenças mais adaptativas, realistas e funcionais.
Para Cordioli, no caso da Nicotina, temos:

259
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Indicações da terapia cognitiva como tratamento coadjuvante


Abuso de substâncias e de álcool

Não vejo relação entre “distanciamento” – que nem técnica é – com “reconhecer
seu potencial para conviver com condições avaliadas como catastróficas”.
Ademais, a TCC NÃO objetiva conviver com condições avaliadas como
catastróficas.
A preocupação entre pessoas ansiosas deve ser investigada em termos de

05
frequência, duração E CONTEÚDO.

6:
:5
12
14. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020

3
02
Um servidor que sofria de ansiedade devido a demandas trabalhistas procurou

/2
05
atendimento psicoterápico a fim de tratar essa condição. Ele informou que fazia

2/
uso de álcool e cigarro para obter relaxamento e lidar melhor com as atividades

-2
do cotidiano. Relatou, ainda, que não tinha conhecimento técnico para realizar

om
tarefas solicitadas a ele em seu trabalho e informou que sofria assédio por parte

l.c
ai
de sua chefia. A avaliação inicial desse servidor revelou a dependência de álcool

gm
e recaídas anteriores.
e@
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
ci
pe

a) Não é adequado realizar a quantificação da autoeficácia desse paciente


es

durante as sessões iniciais de terapia.


na
ia

b) Se, durante a terapia, esse paciente alcançar um período de abstinência e, em


ul
-j

seguida, fizer uso eventual de qualquer quantidade de álcool, ficará


5
-3

caracterizada a recaída.
37

c) No processo terapêutico desse servidor, a lembrança e o detalhamento de


.4
17

recaídas passadas e o temor de uma recaída futura devem ser evitados.


.3

d) O treino em técnicas como o relaxamento muscular progressivo de Jacobson


46
-1

é contraindicado para o servidor.


e

e) O modo de enfrentamento relatado pelo servidor é centrado na emoção.


ad
dr

Gabarito: E
An

Comentários: Estamos falando de problemas de relacionamento interpessoal,


de

estresse e dependência de álcool/recaídas.


o
ed

No caso da dependência/recaídas, é extremamente necessário realizar a


ev

quantificação da autoeficácia durante todo o processo psicoterapêutico. O


Az

paciente deve manter isso para sempre!


na
lia

No caso apresentado, o uso episódico de álcool não caracteriza o


Ju

reaparecimento dos sintomas graves do alcoolismo. EU NÃO USARIA O TERMO


“EVENTUAL”, mas “EPISÓDICO”. Porém, está a um passo disso acontecer.
A lembrança e o detalhamento de recaídas passadas e o temor de uma recaída
futura devem ser trabalhados e manejados para comportamentos de auto
cuidado.
O treino em técnicas como o relaxamento muscular progressivo de Jacobson é
indicado para o servidor, tanto para lidar com o estresse quanto com a
dependência química.

260
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Lazarus & Folkman consideram que qualquer esforço em lidar com o estressor
é uma resposta de coping. Segundo eles, há dois tipos principais de estratégias,
ou seja, duas grandes funções do coping. Um deles é centrado no problema, ou
seja, atua diretamente no o que causa, com o objetivo de mudar ou eliminar o
agente estressor. Geralmente, são situações que podem ser modificadas. O tipo
centrado na emoção tem como função reduzir as sensações físicas ocasionadas
pelas situações estressoras presentes nas situações que não se pode mudar.

05
15. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020

6:
:5
As análises funcional e topográfica de cada caso constituem etapas do

12
diagnóstico clínico no caso da psicoterapia de base

3
02
a) comportamental.

/2
05
b) psicanalítica.

2/
c) junguiana.

-2
d) psicodramática.

om
e) guestáltica.

l.c
ai
Gabarito: A

gm
Comentários: Não confunda a visão topográfica da teoria freudiana com o
e@
conceito topográfico na abordagem comportamental.
ci
pe

Analise Topográfica dos Comportamentos: é a descrição do comportamento


es

em si (Comportamento, frequência e local do comportamento emitido).


na
ia

Análise Funcional dos Comportamentos: é o entendimento das variáveis que


ul
-j

controlam um determinado comportamento (é a tríplice contingência: O=


5
-3

ocasião R= resposta e C= consequência).


37

Percebemos, portanto, que a análise topográfica é absurdamente


.4
17

limitada, pois podemos ter centenas de comportamentos idênticos, mas com


.3

contextos diferentes e funcionalidades díspares.


46
-1
e

16. CESPE – TJPA – Psicólogo – 2020


ad
dr

A literatura aponta que, embora sejam identificadas mais de 250 modalidades de


An

psicoterapias, há um relativo consenso sobre sua efetividade como método de


de

tratamento. Com relação aos elementos característicos das psicoterapias,


o
ed

assinale a opção correta.


ev

a) As técnicas de psicoterapia são planejadas pelo paciente/cliente sob a


Az

anuência do terapeuta.
na
lia

b) A prática da terapia relacional envolve a transformação do paciente e


Ju

pressupõe como agente de mudança a relação dele com o terapeuta.


c) Os achados e as pesquisas sobre a neuropsicologia atualmente demonstram
que a psicoterapia pode alterar características genéticas dos organismos.
d) A psicoterapia de base psicanalítica dirige-se predominantemente a quadros
neuróticos clássicos, visando à supressão dos sintomas.
e) A psicoterapia existencial constitui técnica de cura da perturbação mental e
pressupõe intervenções cuja finalidade principal é facilitar o encontro do

261
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

indivíduo com a autenticidade da sua existência, de forma a assumi-la e a


projetá-la mais livremente no mundo.
Gabarito: B
Comentários: Quem indica mais de 250 modalidades é Cordioli, fonte de quase
10% das questões desse assunto na banca. Na visão deste autor, a relação é a base
onde irão se assentar os fatores do tratamento.
As técnicas de psicoterapia são planejadas pelo COM o paciente/cliente sob a
anuência do terapeuta.

05
A psicoterapia não muda o DNA.

6:
:5
A psicoterapia de base psicanalítica não busca a supressão dos sintomas.

12
A psicoterapia existencial não busca a cura da perturbação mental.

3
02
/2
05
17. CESPE - 2020 - MPCE - Psicologia

2/
Os profissionais da área de psicologia devem considerar a família como um

-2
“sistema aglutinado”, que confere certa pseudoautonomia a seus membros.

om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
ai
Gabarito: E

gm
Comentários: A família aglutinada é apenas um dos dois tipos de família
e@
disfuncional.
ci
pe

No que se refere a estrutura familiar e seus desdobramentos Minuchin (1990)


es
na

descreveu dois tipos de famílias disfuncionais: a emaranhada e a desligada. A


ia

emaranhada (ou aglutinada) tem como característica as fronteiras difusas, isto


ul
-j

é, as pessoas giram em torno de si mesmas e se misturam no contexto familiar


5
-3

umas com as outras, com um conseqüente aumento da comunicação e


37

preocupação entre seus membros, mas com a diferenciação do sistema familiar


.4
17

prejudicada. Os filhos têm mais dificuldade em se desligar dessa família de


.3
46

origem, evitando o crescimento e autonomia. O outro tipo de família


-1

disfuncional é a família desligada, caracterizada por fronteiras rígidas. Nela, a


e

comunicação é difícil e as funções protetoras da família ficam prejudicadas. A


ad
dr

independência aqui é mais facilitada, mas a proximidade e sentido de


An

(pertenência) ficam limitados.


de

Fonte: Liandra Marlize Lopes de Oliveira Nogueira, Martha Caroline Henning-


o
ed

Geronass. CASAL E FAMÍLIAS DE ORIGEM: UMA POSSÍVEL RELAÇÃO NA


ev
Az

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL DA MULHER.


na

Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0521.pdf


lia
Ju

18. CESPE - 2020 - MPCE - Psicologia


As cisões intrageracionais geralmente estão relacionadas a conflitos entre
irmãos (disputa por herança) ou por subsistemas familiares dentro de uma
mesma geração.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: cisões intrageracionais – horizontais
cisões intergeracionais - verticais

262
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

19. CESPE/CEBRASPE - Barra de Coqueiros – Psicólogo – 2020


Julgue os itens a seguir, acerca de teorias e técnicas psicoterápicas.
I A intervenção psicológica deve ser baseada em evidências objetivas e
cientificamente comprovadas, e não em orientações teóricas.
II A relação terapêutica é um fator crítico para o sucesso da psicoterapia.
III A adaptação da psicoterapia à individualidade e ao contexto do paciente é
indispensável à eficácia do tratamento.

05
IV Habilidade clínica, evidência científica disponível e valores/preferências do

6:
:5
paciente constituem o tripé de uma prática baseada em evidências.

12
V A psicoterapia em grupo não é indicada se houver fragilidade no sistema de

3
02
apoio social do paciente.

/2
05
Estão certos apenas os itens

2/
A I e II.

-2
B I, III e V.

om
C II, III e IV.

l.c
ai
D III, IV e V.

gm
E I, II, IV e V.
e@
Gabarito: C
ci
pe

Comentários: As orientações teóricas ajudam a embasar filosoficamente os atos


es

de qualquer psicólogo.
na
ia
ul
-j

20. CONSULPLAN – Pitangueiras/SP – Psicólogo – 2019


5
-3

Cordioli (2008) destaca algumas características fundamentais para o


37

estabelecimento do processo psicoterápico. De acordo com tal afirmação, é


.4
17

correto afirmar que o processo psicoterápico somente é viabilizado


.3

A) por meio do estabelecimento, por parte do terapeuta, de um contexto de


46
-1

confiança na relação interpessoal estabelecida entre cliente/paciente e


e

profissional.
ad
dr

B) por meio do estabelecimento da normatização de condutas no setting


An

terapêutico e do direcionamento da demanda explicitada conforme as


de

expectativas atribuídas ao terapeuta.


o
ed

C) por garantir respeito ao paciente, sigilo, normatização de conduta e


ev

condicionamento da queixa ou demanda explicitada, pautado no atendimento


Az

das expectativas e das responsabilidades dos envolvidos.


na
lia

D) por assegurar confiança na relação interpessoal que se estabelece no setting


Ju

terapêutico a partir do contexto de normatização de condutas e do atendimento


das demandas e expectativas do paciente.
Gabarito: A
Comentários: Todas as outras assertivas, além da A, apresentam equívocos. Na
B não podemos falar em direcionamento da demanda explicitada conforme as
expectativas atribuídas ao terapeuta (não só pelo campo ser configurado pelo
paciente, como também por trabalharmos com demandas implícitas e
explícitas). Na C o que está sendo afirmado não constitui condição básica de

263
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

viabilização da psicoterapia (apesar de ser importante). Por fim, é o terapeuta


que irá promover o clima de confiança (e não a normatização de condutas e do
atendimento das demandas e expectativas do paciente). Perceba que essa
confiança ocorre antes do atendimento das demandas e não durante esse
atendimento.
Segundo Cordioli:
ELEMENTOS COMUNS A TODAS AS PSICOTERAPIAS
• A psicoterapia ocorre no contexto de uma relação de confiança

05
emocionalmente carregada em relação ao terapeuta

6:
:5
• A psicoterapia ocorre em um contexto terapêutico, no qual o paciente acredita

12
que o terapeuta irá ajudá-lo e confia que esse objetivo será alcançado

3
02
• Existe um racional, um esquema conceitual ou um mito que provê uma

/2
05
explicação plausível para o desconforto (sintoma ou problema) e um

2/
procedimento ou um ritual para ajudar o paciente a resolvê-lo (Frank, 1973)

-2
om
21. CONSULPLAN – Pitangueiras/SP – Psicólogo – 2019

l.c
ai
Independente da perspectiva teórica e das técnicas adotadas por um

gm
psicoterapeuta, para explicitar processos de mudança em psicoterapia são
e@
necessárias as evidências empíricas relativas à validade e à eficácia de um
ci
pe

determinado processo psicoterápico com seus respectivos métodos. A


es

respeito desses processos, assinale a afirmativa correta.


na
ia

A) A ampliação da capacidade de pensar adquirida em psicoterapia exclui uma


ul
-j

maior organização das funções mentais.


5
-3

B) Em um processo psicoterápico, a mudança psíquica necessita desconsiderar


37

a dinâmica estabelecida entre terapeuta e paciente.


.4
17

C) A superação da repetição compulsiva e o surgimento de novas atitudes e


.3

posicionamentos são verificados por meio da aquisição da noção de tempo por


46
-1

parte do paciente.
e

D) Em um processo psicoterápico verifica-se uma menor adaptação à realidade


ad
dr

externa, dada a impossibilidade do indivíduo em expressar conduta sólida,


An

firme e condizente com a realidade subjetiva.


de

Gabarito: C
o
ed

Comentários: O erro da letra A é a palavra “exclui”. O erro da letra “B” é a palavra


ev

“desconsiderar”. O erro da letra D ocorre justamente o contrário, uma maior


Az

adaptação à realidade externa.


na
lia
Ju

22. INSTITUTO AOCP – UFPB – Psicólogo - 2019


O processo de intervenção psicológica que não tem como função promover uma
mudança qualitativa na personalidade do indivíduo atendido, mas sim de
promover um suporte psicológico imediato, uma orientação focada,
especificamente, em aspectos egoicos do paciente, é denominado
A consulta psicológica.
B orientação vocacional.
C psicoterapia.

264
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

D aconselhamento psicológico.
E psicoterapia breve.
Gabarito: D
Comentários: Dos itens apresentados, o mais leve e menos capaz de produzir o
que se busca evitar no enunciado é o aconselhamento psicológico.

23. INSTITUTO AOCP - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário –


Psicologia - 2018

05
De maneira geral, é atribuição do profissional de psicologia desenvolver

6:
:5
competências de comunicação interpessoal, de modo a estabelecer relações que

12
promovam benefícios aos pacientes e seus familiares. Considerando que o

3
02
profissional deve estar qualificado para realizar acolhimento e escuta

/2
05
qualificada nas mais variadas situações, assinale a alternativa correta.

2/
A O acolhimento restringe-se ao momento da recepção do paciente.

-2
B É mais importante reconhecer “o que o usuário tem”, no sentido

om
psicopatológico, do que atentar para aquilo que o faz sofrer.

l.c
ai
C Escuta e diálogo são dons.

gm
D A aceitação do outro, a empatia e o reconhecimento do usuário como um
e@
sujeito que possui direitos são posturas e técnicas fundamentais.
ci
pe

E A comunicação monológica condiz com a perspectiva do acolhimento.


es

Gabarito: D
na
ia

Comentários: O acolhimento vai além do primeiro encontro (recepção) do


ul
-j

paciente. É tão importante entender o que o paciente tem quanto o que o faz
5
-3

sofrer. A “escuta” e o diálogo são habilidades treináveis. O psicólogo deve


37

trabalhar de forma dialógica.


.4
17
.3

24. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Organizacional (HUJB –


46
-1

UFCG) - 2017
e

Amadeu é um trabalhador muito organizado no trabalho, sempre entrega seus


ad
dr

relatórios nos prazos previstos e atinge as metas propostas de seu cargo. Diante
An

das teorias psicoterápicas, esse comportamento de Amadeu é justificado de


de

diversas formas. Em relação ao assunto, assinale a alternativa correta.


o
ed

A A teoria psicanalítica, em suma, pode explicar o comportamento de Amadeu


ev

justificando que seu “ID” domina seu aparelho psíquico.


Az

B A teoria behaviorista pode explicar que Amadeu foi estimulado pelo ambiente
na
lia

através do estímulo-resposta e, assim, ocorreu o processo de aprendizagem


Ju

tornando-o organizado.
C A teoria humanista busca explicar que suas relações sociais com diferentes
estados do ego permitiu a Amadeu manifestar esse comportamento.
D A teoria gestaltista refere que Amadeu age copiando o modelo de sua mãe que
deve ser uma pessoa organizada.
E A teoria biológica revela que os conteúdos inconscientes de Amadeu se
manifestam tornando-o organizado, sendo, portanto, um comportamento
genético.

265
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Gabarito: B
Comentários: O fato de ser muito organizado já mostra que não é o ID que
domina. Em tese, e é o que a questão quer saber, pelo behaviorismo podemos
dizer que há um reforço para que ele mantenha o comportamento. Por outro
lado, Não faze sentido falarmos, através da abordagem humanista, em
diferentes estados do Ego. Muito menos que pela gestalt ocorre a aprendizagem
vicária (coisa do behaviorismo). Por fim, não há sentido em afirmar que a
organização é um fator genético.

05
6:
:5
25. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUJB –

12
UFCG) - 2017

3
02
Um paciente encontra-se hospitalizado há quase 1 semana pela segunda vez no

/2
05
ano. Sempre que fica hospitalizado, ele solicita o atendimento da psicologia por

2/
entender a importância nesse momento de dor e despessoalização e porque

-2
sente a necessidade de falar. Durante um atendimento em que ele mesmo pediu

om
para que o psicólogo estivesse lá, fez várias pausas no seu discurso,

l.c
ai
permanecendo em silêncio várias vezes e até por significativos períodos.”

gm
Assinale a alternativa correta em relação a postura do psicólogo diante dessa
e@
situação.
ci
pe

A O silêncio durante um atendimento psicológico demostra desinteresse por


es

parte do paciente e é analisado como resistência a esse atendimento, devendo


na
ia

ser respeitado pelo profissional.


ul
-j

B Em se tratando de atendimento psicológico no contexto hospitalar e sendo a


5
-3

psicoterapia breve uma das técnicas utilizadas e de grande eficácia por levar em
37

conta um atendimento focal, o silêncio durante a sessão não é agregador.


.4
17

C É comum o silêncio durante um atendimento psicológico e ele deve sempre


.3

ser preenchido pela fala do psicólogo para que a continuidade do atendimento


46
-1

seja conduzida da melhor maneira tanto para o profissional quanto para o


e

paciente.
ad
dr

D O importante não é a ausência de palavra do psicólogo, e sim sua capacidade


An

de permitir as palavras do paciente como sendo tudo que pode ser feito em
de

alguns momentos difíceis, pois certas horas não admitem palavras.


o
ed

E Não há embasamento teórico sobre o silêncio durante o atendimento. É uma


ev

situação comum, porém o profissional vai agir de acordo com o contexto e


Az

condução do atendimento da maneira que considerar mais adequada para


na
lia

ambos.
Ju

Gabarito: D
Comentários: Temos vários tipos de silêncio possíveis durante as consultas,
raros significam desinteresse. Além disso, não necessariamente o silêncio é algo
inútil ou não agregador ao processo. Jamais devemos preencher o silêncio com
algo de iniciativa do psicólogo, ele pode ser um rico momento de elaboração da
pessoa consultada. E, por fim, há muito embasamento teórico sobre o silêncio,
até Erikson fala sobre os tipos de silêncio!

266
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

26. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (CH-UFPA)


- 2016
Assinale a alternativa correta no que diz respeito à técnica de tratamento
psicológico conhecida como Psicoterapia Breve (PB).
A Dentre as abordagens psicológicas, a PB não é utilizada em orientação
psicanalítica, já que a psicanálise padroniza um modelo de psicoterapia não
pautado em tempo determinado.
B A PB está, em termos técnicos, alicerçada em um tripé: foco, estratégias e

05
objetivos.

6:
:5
C A PB é uma técnica bastante utilizada em contexto de saúde e não possui boa

12
aceitação ao atendimento em consultórios particulares.

3
02
D Uma das propostas da PB é produzir mudanças na estrutura da personalidade.

/2
05
E Em contexto hospitalar, a PB é aplicada pelo fato de o profissional entender

2/
que o paciente não possui recursos para se envolver em um processo

-2
psicoterápico prolongado, já que encontra-se em significativo sofrimento

om
devido à hospitalização.

l.c
ai
Gabarito: B

gm
Comentários: A corrente mais famosa da psicoterapia breve é a de base
e@
psicanalítica. Ela possui boa aceitação nos consultórios particulares. Ela não
ci
pe

busca mudanças na estrutura da personalidade. É indicada para pacientes com


es

recursos egóicos.
na
ia
ul
-j

27. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Hospitalar (HDT-UFT) - 2015


5
-3

A psicoterapia breve infantil pode ser dividida em fases. São elas


37

A diagnóstica e terapêutica.
.4
17

B diagnóstica e pós-diagnóstica.
.3

C diagnóstica, terapêutica e término.


46
-1

D diagnóstica e término.
e

E diagnóstica, terapêutica, término e acompanhamento pós-terapêutico.


ad
dr

Gabarito: E
An

Comentários: No livro “As Psicoterapias breves nos diferentes estágios


de

evolutivos”, temos:
o
ed

A PBI (Psicoterapia Breve Infantil) define-se como uma modalidade de


ev

intervenção psicoterapêutica planejada, com duração limitada e objetivos definidos


Az

dirigida criança e aos seus pais ou responsáveis, que utiliza do referencial técnico
na
lia

psicodinâmico e de flexibilidade técnica. Essa modalidade de trabalho pode ser


Ju

utilizada nos diferentes contextos em que se faz necessário o atendimento psicológico


clínico de crianças, como no consultório privado, nas Unidades Básicas de Saúde, em
hospitais e ambulatórios e no CAPSi.
Para o referencial teórico foram utilizados duas vertentes sob a ótica da
psicanálise, sendo elas, Cramer (1974), conforme citado por Lipp e Yoshida (2012),
"que propôs o conceito de mutualidade psíquica para descrever uma área de
intersecção entre a criança e os pais, formada por projeções e identificações mútuas.
Esse processo de interação é potencialmente estruturante para o bebê, que depende do

267
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

olhar do outro para começar a se ver, mas pode ser patogênico, caso as projeções e
expectativas parentais sejam rígidas elou carregadas de sentimentos negativos, e assim
não abram espaço para o desenvolvimento da individualidade da criança. Essa relação
especial contribui de forma significativa para a formação dos padrões de
relacionamento que o indivíduo utilizará no decorrer de sua vida. para a constituição
de sua autoimagem e de sua identidade e determina uma intersecção entre os conflitos
e as dificuldades emocionais da criança e os dos pais.”
A segunda vertente desse referencial teórico, a do desenvolvimento infantil.

05
Seu processo de desenvolvimento, quando comparado ao do adulto, é bastante

6:
:5
acelerado e a coloca constantemente diante de novos desafios e novas possibilidades.

12
A Psicoterapia Breve Infantil pode ser dividida em quatro momentos a fase

3
02
diagnóstica, a fase terapêutica, a fase de término e o acompanhamento pós-terapêutico

/2
05
habitualmente denominado follow-up. A fase diagnóstica tem como objetivos conhecer

2/
as características e a dinâmica psíquica da criança, contextualizada em seu ambiente

-2
familiar, escolar e social, com especial ênfase na dinâmica familiar e no

om
funcionamento dos pais. Esse conhecimento que permitirá realizar a indicação

l.c
ai
terapêutica e, se for o caso, planejar o processo de PBI. Busca-se a compreensão integral

gm
do caso-pais e criança que inclui os aspectos psicodinâmicos, o processo de
e@
desenvolvimento, a adaptação ao meio, o referencial intergeracional e
ci
pe

transgeracional, os padrões de relacionamento interpessoal, a motivação para


es

mudança.
na
ia

São feitas duas entrevistas iniciais com os pais para se conhecer a história é o
ul
-j

contexto dessa demanda, logo após, ao inicial a intervenção com a criança, buscar ver
5
-3

qual a melhor ferramenta, que esteja de acordo com o estágio de desenvolvimento da


37

mesma. Após a compreensão diagnóstica, será iniciada a terapia, onde se observará


.4
17

qual aspecto merece mais atenção e qual deve haver uma necessidade de intervenção
.3

ou não. Caso se observar que "o problema está nos pais", não descarte essa opção, pois
46
-1

as vezes os mesmos precisam mais de psicoterapia do que os próprios filhos e no processo


e

terapêutico eles precisam participar ativamente do processo.


ad
dr
An

28. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015


de

Relato clínico - Uma criança internada na clínica de ortopedia


o
ed

necessitava fazer duas cirurgias. Os pais e paciente foram informados a respeito


ev

do procedimento adotado e mostraram-se confiantes. A criança participou


Az

ativamente do pré-operatório e sua ida ao centro cirúrgico foi tranquila. A


na
lia

primeira cirurgia foi bem sucedida. Ao se aproximar a data da segunda cirurgia,


Ju

a criança mostrou-se resistente, ansiosa e chorosa. O ortopedista responsável


pelo paciente consulta o psicólogo do hospital e pede uma devolução ampla,
consistente e por escrito. Com base neste relato, responda à questão.
O resultado obtido através do estudo realizado pelo psicólogo identificou
que a criança presenciou, ao sair da sala de cirurgia, um adulto todo
ensanguentado que dava entrada na emergência. A criança ainda se recuperava
dos efeitos anestésicos e só recordou do episódio quando desenhou um menino
e um adulto, ambos em uma maca, sendo um todo ensanguentado. Identificou

268
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

os sentimentos de ansiedade e medo que envolvia a situação. Diante do exposto,


conclui-se que
A a intervenção focal do psicólogo – através de uma terapia breve – possibilitará
que a criança seja operada.
B a criança necessita ser conduzida para um tratamento psicoterápico fora da
hospitalização para ser operada.
C talvez a criança não possa mais ser operada naquele hospital.
D o fato será comunicado pela equipe ao diretor do hospital, que a partir de

05
agora deverá viabilizar a separação do centro cirúrgico no hospital.

6:
:5
E a criança não poderá mais ser operada.

12
Gabarito: A

3
02
Comentários: A intervenção focal é a mais objetiva, rápida e indicada nesse

/2
05
caso. Não podemos jamais afirmar que a criança deva ser retirada do hospital,

2/
que ela não possa ser operada ou que haverá separação do centro cirúrgico no

-2
hospital.

om
l.c
ai
29. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015

gm
Os termos usados na clínica da dependência de substâncias psicoativas, que
e@
correspondem, respectivamente, aos:
ci
pe

I - desejo intenso de usar uma substância;


es

II - episódio de uso intenso e compulsivo;


na
ia

III - diminuição do efeito da substância após repetidas administrações,


ul
-j

São:
5
-3

A dependência – intoxicação – abstinência.


37

B fissura (craving) – binge – tolerância.


.4
17

C tolerância – intoxicação – abstinência.


.3

D abuso – dependência – abstinência.


46
-1

E binge – abuso – tolerância.


e

Gabarito: B
ad
dr

Comentários: O craving é o desejo intenso de usar uma substância; o binge é


An

episódio de uso intenso e compulsivo; e, a tolerância é a diminuição do efeito da


de

substância após repetidas administrações.


o
ed
ev

30. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015


Az

A psicoterapia breve utiliza de um tripé conceitual para indicar a técnica do


na
lia

trabalho. Esse tripé pode ser colocado em contraposição à técnica psicanalítica


Ju

(regra fundamental da associação livre; regra de abstinência e neurose de


transferência) de forma didática. Em Psicoterapia Breve, esse tripé é indicado
por
A foco, planejamento e insigh.
B foco, transferência e insigh.
C E.E.C., planejamento e insigh.
D E.E.C., foco e atividade.
E foco, atividade e planejamento.

269
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Gabarito: E
Comentários: Questão retirada da página 174 da terceira edição do livro de
Cordioli: Quanto aos fatores não-específicos, de acordo com Sifneos (1972),
para estimular e manter a aliança terapêutica em um processo de PBP, torna-se
necessária a interpretação precoce tanto da resistência como da ambivalência e
da transferência negativa.
Entretanto, como há uma razoável variabilidade dentro das diversas abordagens
em PBP em relação ao uso de técnicas, é preferível usar uma denominação

05
especificando o tipo de abordagem que está sendo utilizada. No caso da TF, essa

6:
designação identifica uma abordagem baseada no tripé́ que indica as ênfases em

:5
12
determinadas táticas terapêuticas específicas:

3
02
• Foco

/2
05
• Atividade/planejamento

2/
• EEC/efeito carambola

-2
Essas táticas terapêuticas da TF se contrapõem ao tripé́ básico da técnica

om
psicanalítica tradicional:

l.c
ai
• Regra fundamental da associação livre

gm
• Regra de abstinência
e@
• Neurose de transferência (Lemgruber, 1984)
ci
pe
es

31. INSTITUTO AOCP - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar - 2015


na
ia

O efeito que expressa o mecanismo de potencialização dos ganhos terapêuticos


ul
-j

obtidos pela técnica focal é nomeado


5
-3

A efeito iatrogênico.
37

B efeito de adaptação.
.4
17

C efeito carambola.
.3

D efeito ansiogênico.
46
-1

E efeito histriônico.
e

Gabarito: C
ad
dr

Comentários: Lembre-se da lista:


An

• Foco: Durante a terapia, o paciente é levado a identificar seus


de

problemas e dificuldades e a relacioná-los com situações de sua vida diária e


o
ed

relacionamentos interpessoais, através das posturas de “atenção seletiva” e


ev

“negligência seletiva” de forma a dirigir a atenção do paciente para o foco, que


Az

será o centro das “interpretações seletivas”.


na
lia

• Atividade/planejamento: Ênfase na realidade objetiva para


Ju

procurar soluções mais adaptativas dos problemas, dentro do tempo mais breve
possível, visando mudanças legítimas nas vidas das pessoas e não somente para
eliminação de sintomas, apoio ou autoconhecimento. Parte-se da queixa,
conflito ou dificuldade específica.
• Experiência Emocional Corretiva/Efeito Carambola: A
Experiência Emocional Corretiva pode ocorrer sem haver por parte do paciente
conhecimento intelectual e completo das causas determinantes de sua
problemática atual. É a experimentação de situações traumáticas do passado

270
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

penosamente reprimidas, revivendo-as na relação com o terapeuta. A ideia é


que uma nova experiência emocional ocorre na relação entre terapeuta e
paciente. O terapeuta adota uma postura deliberadamente diferente da atitude
da pessoa significativa do passado do paciente, a fim de o paciente atingir uma
reformulação interna de seus conflitos através da reestruturação de sua vivência
de ansiedade frente a situações emocionais antes insuportáveis. O Efeito
Carambola é a resultante das experiências de reaprendizagem emocional, que
ocorre quando as melhoras em uma área da vida do paciente são sentidas em

05
cadeia e em áreas adjacentes.

6:
:5
12
32. Instituto AOCP – EBSERH – HU/UFS – Psicólogo Hospitalar – 2013

3
02
A Psicoterapia Breve é uma técnica muito usada pelos psicólogos na saúde.

/2
05
Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.

2/
(A) O nome Psicoterapia Breve demonstra a característica da técnica que é o

-2
tempo curto das sessões.

om
(B) Essa técnica tão específica que é a Psicoterapia Breve só é possível na linha

l.c
ai
teórica da psicanálise.

gm
(C) Dentre os principais conceitos da Psicoterapia Breve, podem-se destacar:
e@
experiência emocional corretiva, aliança terapêutica e foco.
ci
pe

(D) A Psicoterapia Breve é orientada pela associação livre sem apresentar


es

qualquer tipo de planejamento para o tratamento.


na
ia

(E) Qualquer paciente é adequado para uma Psicoterapia Breve, sem restrições.
ul
-j


5
-3

Gabarito: C
37

Comentários: O termo “breve” não significa que as sessões são curtas, de 15


.4
17

minutos, por exemplo, mas que o contato com o paciente tem duração menor
.3

que os modelos tradicionais adotados em psicoterapia. Essa abordagem, apesar


46
-1

de ter nascido na psicanálise, apresenta-se também através de outras


e

abordagens atualmente, como a psicoterapia breve de base gestáltica e


ad
dr

comportamental. Uma de suas características principais é o foco, assim,


An

práticas de associação livre são evitadas ou restringidas pela necessidade de


de

objetividade. Temos restrições de acesso à psicoterapia breve, nem todo


o
ed

paciente é elegível para tal tipo de terapia (como ocorre com todas as
ev

abordagens).
Az
na
lia

33. AOCP - EBSERH/HUJM-UFMT - 2014


Ju

Com relação à Psicoterapia Breve, assinale a alternativa INCORRETA.


(A) A Psicoterapia Breve ainda é pouco reconhecida, pois vai ao desencontro da
prática inicial da psicanálise em que Freud sempre utilizava de longos períodos
no tratamento.
(B) A Psicoterapia Breve é uma técnica muito utilizada na área da saúde por sua
facilidade de se acomodar ao setting diferenciado apresentado por esta.
(C) Uma das características que configura a Psicoterapia Breve é o limite de
tempo e a presença de um foco.

271
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(D) Considerando o encurtamento do número de sessões, quando se trata de


uma Psicoterapia Breve, é importante salientar que a indicação da terapia deve
ser cuidadosa, respeitando as particularidades de cada paciente.
(E) O foco é importante na Psicoterapia Breve, pois favorece a limitação do
tempo e estabelece os assuntos a serem trabalhados. 

Gabarito: A
Comentários: Essa foi fácil. O comando da questão pede a assertiva incorreta. A
Psicoterapia Breve possui um grande reconhecimento atualmente e é

05
preponderantemente dominada pelas abordagens psicanalíticas, como a

6:
:5
ortodoxa freudiana.

12
3
02
34. AOCP - INES - Psicólogo - 2013

/2
05
Quanto aos modelos corretos de contraindicações para aplicação das

2/
Psicoterapias Breves, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta

-2
a(s) correta(s).

om
l.c
I. Alto grau de motivação para o tratamento.

ai
II. Capacidade de insight.
gm
III. Transtorno atual de começo recente e agudo.
e@
IV. Casos crônicos de psicose.
ci
pe

A Apenas III.
es

B Apenas IV.
na
ia

C Apenas I e III.
ul
-j

D Apenas I e IV.
5
-3

E I, II, III e IV.


37

Gabarito: B
.4
17

Comentários: Você tem de DECORAR as indicações e contraindicações de tudo


.3

o que for abordado no livro do Cordioli.


46
-1

Indicações da terapia de apoio de longo prazo


e

• Déficits crônicos de ego e com o funcionamento comprometido


ad
dr

• Teste de realidade comprometido (psicoses, transtorno bipolar, retardo


An

mental)
de

• Controle dos impulsos deficiente (transtornos de personalidade borderline,


o
ed

problemas cerebrais orgânicos, TDAH)


ev

• Relações interpessoais pobres


Az

• Dificuldades para experimentar e controlar os afetos (ansiedade, raiva)


na
lia

• Dificuldades para sublimar


Ju

• Pouca capacidade para introspecção (retardo mental)


• Pouca capacidade de verbalizar pensamentos e sentimentos
• Problemas físicos crônicos e incapacitantes (Ursano, Silbermanb 2003)

Indicações das intervenções em crise ou psicoterapias breves de apoio


• Pacientes psiquiatricamente saudáveis, bem adaptados, com bom suporte
social e com boas relações interpessoais

272
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

• Pacientes com predomínio de defesas mais maduras e flexíveis, com teste de


realidade preservado e com boas expectativas em relação ao futuro
• Pacientes capazes de utilizar os recursos de que dispõem
• Pacientes momentaneamente atravessando situações de crise, trauma ou
desastre natural
• Pacientes que, em resposta à crise, funcionam abaixo de sua capacidade

35. AOCP - INES - Psicólogo - 2013

05
Assinale a alternativa correta quanto às condições favoráveis para a utilização

6:
:5
de psicoterapia breve de orientação psicanalítica.

12
A Necessidade de atendimento de grande número de pessoas.

3
02
B Situações emergenciais de crise que exigem intervenções terapêuticas de

/2
05
longa duração.

2/
C Expectativa de atendimento mais rápido por parte do paciente, exceto dos

-2
profissionais envolvidos.

om
D Freud não preconizou as demandas de tratamentos breves, a fim de

l.c
ai
possibilitar assistência psicológica.

gm
E Necessidade de atendimento de longa duração.
e@
Gabarito: A
ci
pe

Comentários: Parace que cada questão sobre o tema PB sai de uma fonte
es

diferente.
na
ia

Vejamos quais são as condições:


ul
-j

1. Situações emergenciais de crise (sejam elas circunstanciais ou de


5
-3

desenvolvimento) que exigem rápida intervenção terapêutica.


37

2. Necessidade de atendimento de grande número de pessoas.


.4
17

3. Expectativa de atendimento mais rápido por parte do paciente, dos


.3

profissionais envolvidos e da instituição como um todo.


46
-1

4. Condições socioeconômicas precárias da maioria da população atendida.


e

5. Configuração psíquica favorável da maioria dos pacientes que procuram


ad
dr

uma instituição,
An

Fonte: Kahtuni, H. C. (1996). Psicoterapia Breve Psicanalítica: compreensão e


de

cuidados da alma humana. São Paulo: Editora Escuta.


o
ed
ev

36. FUNIVERSA – IFAP – Psicólogo – 2016


Az

No que diz respeito a teorias e técnicas psicoterápicas, assinale a alternativa


na
lia

correta.
Ju

(A) A escuta clínica é uma intervenção que desvenda o percurso dos sintomas e,
por essa razão, oferece as condições necessárias para a cura.
(B) A psicoterapia breve de orientação comportamental usa o silêncio como
dispositivo para potencializar o tratamento.
(C) Em contextos institucionais, o psicólogo pode tratar transtornos depressivos
e fóbicos por meio da entrevista de ajuda.
(D) O acolhimento psicológico permite intervir na situação de crise sem atuar
diretamente na mudança de posição subjetiva do sujeito.

273
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(E) Para as abordagens psicodinâmicas é fator essencial o diagnóstico das


relações objetais estabelecidas na primeira infância, as quais podem se
reproduzir na situação atual vivida pelo sujeito em diferentes contextos sociais.
Gabarito: D
Comentários: Questão difícil viu. A escuta, por si só, não desvenda o percurso
dos sintomas. É preciso, entre outras coisas, interpretar. A psicoterapia breve
de base comportamental não considera o silêncio como uma ferramenta
terapêutica. Em contextos institucionais o psicólogo não faz clínica! Sim, o

05
acolhimento psicológico permite intervir na situação de crise sem atuar

6:
:5
diretamente na mudança de posição subjetiva do sujeito. Nem toda abordagem

12
psicodinâmica trabalha a partir da influência do passado no presente como

3
02
fundamento.

/2
05
O que reprova na FUNIVERSA não é, muitas vezes, a falta de conteúdo,

2/
mas a dificuldade na interpretação de questões como essa. =/

-2
om
37. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015

l.c
ai
De acordo com Fiorini (2013), a respeito da interpretação transferencial em

gm
psicoterapia breve, é correto afirmar que
e@
a) tem como estratégia básica estabelecer um vínculo tranquilizador, protetor e
ci
pe

orientador, por meio da regressão transferencial.


es

b) tende a fortalecer as funções egoicas adaptativas, a fim de se obter o equilíbrio


na
ia

homeostático.
ul
-j

c) permite a discriminação da pessoa real do terapeuta e de seu papel específico.


5
-3

d) deve ser favorecida a regressão transferencial como forma de se manter um


37

clima de aprendizagem, com um nível baixo de ansiedade.


.4
17

e) cumpre a função de neutralização de obstáculos transferenciais que entravam


.3

o funcionamento da relação de trabalho.


46
-1

Gabarito: E
e

Comentários: Segundo Fiorini:


ad
dr

Diante de alguns dos obstáculos que interferem na possibilidade de o paciente aceitar


An

um tratamento e compro- meter-se com o contrato terapêutico, a interpretação


de

transferencial pode com freqüência desempenhar um papel decisivo. Sua função é


o
ed

neutralizar ansiedades ligadas a fantasias transferenciais intensas que podem


ev

precipitar a desistência a curto prazo. Destina-se a reforçar a motivação para o


Az

tratamento e só num plano secundário, a esclarecer em si aspectos do com- portamento


na
lia

do paciente, tarefa que requer um timing mínimo.


Ju

Apenas por curiosidade, também podemos entender que a interpretação é


um tipo de intervenção verbal do terapeuta. O autor, em seu livro Teoria e
Técnica de Psicoterapias, enumera as seguintes intervenções verbais:
1. Interrogar
2. Informar
3. Confirmar ou retificar enunciados do paciente
4. Esclarecimentos

274
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

5. Recapitulações
6. Assinalamento
7. Interpretações
8. Sugestões
9. Intervenções diretas
10. Operações de enquadre
11. Meta-Intervenções
Fonte: FIORINI, H.J. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Marins Fontes: São

05
Paulo, 2013.

6:
:5
12
38. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015

3
02
De acordo com Fiorini (2013), dentre as ferramentas utilizadas pelo terapeuta

/2
05
em psicoterapia breve, os esclarecimentos são intervenções verbais que

2/
a) visam conseguir desembaraçar o relato emaranhado do paciente a fim de

-2
recortar seus elementos significativos.

om
b) buscam explorar o mundo interno do paciente por meio da formulação de

l.c
ai
hipóteses sobre seus conteúdos psíquicos.

gm
c) almejam a passagem do nível dos fatos para o das significações e para o
e@
manejo singular que o sujeito faz dessas significações.
ci
pe

d) procuram explicitar situações transferenciais significativas no processo.


es

e) propiciam um questionamento das dificuldades criadas pelas contradições da


na
ia

estrutura social vigente.


ul
-j

Gabarito: A
5
-3

Comentários: Segundo Fiorini:


37

Estas intervenções visam conseguir desembaraçar o relato emaranhado do paciente a


.4
17

fim de recortar seus elementos significativos. Esse emaranhado costuma esclarecer-se


.3

mediante uma reformulação sintética do relato. Essas intervenções no imediato


46
-1

preparam o campo para penetrar em seus aspectos psicologicamente mais ricos e


e

abrangentes, o que se fará mediante assinalamentos e interpretações. Ao mesmo


ad
dr

tempo, "ensinam" um modo de perceber a própria experiência: o paciente aprende com


An

elas a olhar seletivamente, a percorrer a massa dos acontecimentos e de suas vivências


de

e captar balizas; o paciente incorpora, assim, um método que consiste em discriminar


o
ed

para compreender-se. Em pacientes com funções egóicas enfraquecidas,


ev

concomitantemente afetadas por uma delimitação precária do ego (ou seja, tendências
Az

ao sincretismo e à confusão), os esclarecimentos desempenham durante grande parte


na
lia

do processo terapêutico o papel de instrumentos primordiais, na medida em que


Ju

estabelecem as premissas para que em algum momento outras intervenções, de tipo


interpretativo, por exemplo, possam ser ativamente elaboradas.
Fonte: FIORINI, H.J. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Marins Fontes: São
Paulo, 2013.

39. VUNESP – HCFMUSP - Psicologia – 2015


De acordo com Fiorini (2013), o foco na psicoterapia breve tem um eixo central
estabelecido tanto pelo motivo da consulta como

275
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

a) pelas características de vida do paciente relacionadas ao seu meio pessoal e


familiar.
b) pelos aspectos genéticos, históricos e grupais do paciente.
c) pelo conflito nuclear subjacente, que se insere numa situação grupal
específica.
d) pelos conflitos decorrentes do choque entre as necessidades infantis e adultas
do paciente.
e) pela impressão diagnóstica estabelecida pelo terapeuta já nas primeiras

05
sessões.

6:
:5
Gabarito: C

12
Comentários: Vejamos o que diz Fiorini:

3
02
Na prática psicoterapêutica, o foco tem um eixo central. Na maioria das vezes,

/2
05
esse eixo é dado pelo motivo de consulta (sintomas mais perturbadores, situação

2/
de crise, ameaças de descompensação que alarmam o paciente ou o grupo

-2
familiar, fracassos adaptativos). Intimamente ligado ao motivo de con- sulta,

om
subjacente a ele, localiza-se certo conflito nuclear exacer- bado. Para Ernesto,

l.c
ai
paciente de 30 anos, com um filho de 3, que acaba de separar-se da mulher, o

gm
motivo da consulta é um estado de angústia e depressão que afeta sua vida
e@
cotidiana e seu rendimento profissional. As desavenças crônicas tomavam a
ci
pe

separação necessária para ele, mas Ernesto sente que não pode tolerá-la, que
es

não conseguiria substituir sua mulher nem admitir que ela se unisse a outro
na
ia

homem. Em Andrea, pacien- te solteira de 26 anos, profissional recém-formada,


ul
-j

o motivo da consulta reside no medo paralisante que sente diante de um projeto,


5
-3

já iniciado em seus trâmites, de transferir-se por vários anos para o exterior com
37

o objetivo de se especializar. Sua ambivalência diante desse projeto é muito


.4
17

intensa.
.3

Em cada um desses focos, o eixo dado pelo motivo de con- sulta e pelo conflito
46
-1

nuclear subjacente se insere numa situação grupal específica. [...] Motivo de


e

consulta, conflito nuclear subjacente e situação grupal são aspectos


ad
dr

fundamentais de uma situação que condensa um conjunto de determinações.


An

Fonte: FIORINI, H.J. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Marins Fontes: São


de

Paulo, 2013.
o
ed
ev

40. FAURGS – Hospital das Clínicas de Porto Alegre – Psicólogo Hospitalar


Az

– 2007
na
lia

Em relação à Psicoterapia Breve Psicodinâmica (PBP), assinale a afirmação


Ju

INCORRETA.
(A) A PBP está embasada em conceitos psicodinâmicos oriundos da teoria de
desenvolvimento da personalidade, elaborada por Freud, e utiliza táticas
psicanalíticas específicas, tais como associação livre, resistência, transferência
e insight. 

(B) A neurose de transferência deve ser utilizada e interpretada no contexto da
relação terapêutica, sendo imediatamente remetida ao foco, de forma a servir
como um elemento a mais para que o paciente possa perceber a vinculação de

276
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

seu sintoma ou problema atual com algum conflito inconsciente que foi
identificado. 

(C) De forma geral, as abordagens de PBP apresentam como uma de suas
características técnicas a ênfase na situação transferencial da dimensão do “aqui
e agora”, que não necessariamente é correlacionado ao passado. 

(D) As defesas adaptativas são interpretadas, em PBP, com a finalidade de
fortalecimento, sendo que confrontação e clarificação são táticas utilizadas em
relação às defesas mal-adaptadas, de forma que o paciente possa identificá-las

05
e, posterior- mente, abrir mão delas ou substituí-las por outras mais saudáveis.

6:
:5
(E) Aspectos importantes da metapsicologia freudiana, tais como processos

12
mentais inconscientes, sinto- mas como expressão de conflitos internos,

3
02
mecanismos de defesa e relação entre paciente e terapeuta como fator de

/2
05
tratamento, são, até hoje, elementos fundamentais para a compreensão do

2/
-2
paciente e para o manejo das técnicas de PBP. 


om
Gabarito: B

l.c
Comentários: Nem todo elemento da neurose de transferência é útil. Além

ai
disso, estamos no campo da psicoterapia breve!!! Reduza a neurose de
gm
e@
transferência!
ci
pe

41. FAURGS - Prefeitura de Alvorada – Psicólogo – 2011


es
na

Considere as afirmações abaixo.


ia

I- A ________________________ representa a possibilidade de o paciente


ul
-j

experimentar situações traumáticas do passado penosamente reprimidas,


5
-3

revivendo-as na relação com o terapeuta.


37

II - Retardo mental, transtornos factícios ou de simulação, significativos


.4
17

prejuízos cognitivo ou de memória, agressividade oferecendo risco ao terapeuta


.3
46

e recusa do paciente a qualquer forma de tratamento psicoterápico são


-1

contraindicações comuns da _____________________.


e
ad

III- O pensamento sistêmico, a teoria da comunicação e o conceito de resiliência


dr

são alguns dos referenciais teóricos da __________________________.


An

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das


de

afirmações acima.
o
ed

(A) experiência emocional corretiva – psicoterapia de apoio – terapia


ev
Az

comunitária
na

(B) terapia focal – psicoterapia de apoio – terapia comunitária


lia

(C) transferência – terapia breve – terapia familiar


Ju

(D) terapia focal – terapia familiar – terapia comunitária


(E) transferência – terapia focal – terapia familiar
Gabarito: C
Comentários: A transferência ajuda a reviver o passado na relação com o
terapeuta. A psicoterapia breve é contra indicada para o tratamento de
Síndromes Orgânicas, Esquizofrenia, Transtorno Bipolar, Transtorno de
Personalidade Anti-Social, Retardo Mental e Autismo. O pensamento sistêmico
é o baluarte da terapia familiar.

277
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Cordioli (página 193):


Contra-indicações mais comuns da PA (Psicoterapia de Apoio): 

Retardo mental severo 

Transtornos factícios ou simulação 

Prejuízo cognitivo ou de memória significa
tivo 

Agressividade oferecendo perigo ao tera
peuta 

Pacientes que recusam qualquer forma de 
tratamento psicoterápico 


05
6:
42. PUC-PR – FAES – Psicólogo Clínico – 2012

:5
12
A psicoterapia breve ou de emergência é baseada em proposições derivadas

3
da teoria psicanalítica e objetiva levar a mudanças relativamente extensivas

02
/2
e rapidamente atingidas. A respeito dessa técnica podemos afirmar que:

05

I. Consiste de uma série de intervenções, cuidadosamente formuladas, que

2/
-2
buscam promover o processo terapêutico de uma maneira ordenada e

om
previsível. 


l.c
II. Cria condições adequadas, nas quais o paciente se torna consciente de

ai
gm
distorções aperceptivas, de conflitos e de desejos. e@
III. Proporciona uma sequência ordenada para a aprendizagem,
ci

desaprendizagem e reaprendizagem, pela criação e manutenção de uma ótima


pe
es

motivação.
na

IV. Promove, dentro do setting terapêutico protegido, e através do uso de


ia
ul

técnicas específicas, tanto o aumento da ansiedade quanto a sua total


-j

eliminação, de maneira que a aprendizagem por insight, por condicionamento e


5
-3
37

identificação possam levar a uma reestruturação da personalidade.


.4

Está(ão) CORRETA(S):
17
.3

A) Somente as afirmativas I, II e IV.


46

B) Somente as afirmativas I, III e IV.


-1

C) Somente as afirmativas II e IV.


e
ad

D) Somente as afirmativas I, II e III.


dr
An

E) Somente as afirmativas I e III.


de

Gabarito: D
o

Comentários: A psicoterapia breve de emergência não busca, em hipótese


ed
ev

alguma, aumentar a ansiedade!


Az
na

43. FCC – Metrô/São Paulo – Psicólogo – 2012


lia
Ju

Considerando-se que uma questão é aprofundada quando analisada por


diferentes ângulos ao longo do tempo, o que tende a facilitar sua compreensão
e insight, a Psicoterapia Breve Psicanalítica
(A) não enfrenta preconceitos, pois é fato esperado que nela não haja
profundidade.
(B) não tem aprofundamento porque mudanças profundas não podem ocorrer
em um espaço de tempo limitado. 

(C) tem um foco e, mesmo assim, as questões são trabalhadas em profundidade.

278
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(D) deve preceder uma análise continuada, já que só localiza, mas não trabalha
os núcleos pré-edípicos. 

(E) não tem aprofundamento porque não trabalha o passado do sujeito, mas
somente as situações presentes. 

Gabarito: C
Comentários: Segundo Hegenber9: a psicoterapia breve tem um foco e mesmo
assim, as questões são trabalhadas em profundidade, não importa qual seja sua
definição. Trabalha-se o passado do sujeito, suas relações primitivas, ocorrem

05
insights, interpretam-se atos falhos e sonhos, foco pode ser pré-edípico,

6:
:5
algumas questões são elaboradas de diversas formas ao longo de meses, da

12
mesma forma como ocorreria em uma análise longa. A Psicoterapia Breve tem

3
02
sempre de lidar com preconceitos, a questão da profundidade do foco é apenas

/2
05
mais um deles.

2/
-2
44. UFPR - 2010 - UFPR – Psicólogo

om
l.c
Hector Fiorini delineou princípios básicos da psicoterapia breve que são

ai
utilizados até hoje. A eficácia da psicoterapia breve desde então foi
gm
extensamente documentada. Sobre esses princípios, assinale a alternativa
e@
INCORRETA.
ci
pe

a) A primeira entrevista em psicoterapia breve deve conter 3 planos: a


es
na

compreensão da dinâmica do caso clínico (história, sintomas e contexto), a


ia

motivação do cliente para o tratamento e o diagnóstico sobre as condições de


ul
-j

vida do cliente.
5
-3

b) O foco em psicoterapia breve deve ser estabelecido junto com o cliente.


37

c) O terapeuta no contexto da psicoterapia breve deve apresentar no mínimo as


.4
17

seguintes características: contato empático, espontaneidade e iniciativa.


.3
46

d) São tarefas do terapeuta em psicoterapia breve: motivar a tarefa, aclarar os


-1

objetivos, reforçar todo o processo da tarefa e utilizar-se de recursos


e
ad

facilitadores na investigação e compreensão da problemática.


dr

e) Durante a intervenção breve, o terapeuta deve evitar uma atitude docente.


An

Gabarito: E
de

Comentários: Bom, o terapeuta, na psicoterapia Breve, tem o papel de


o
ed

psicoeducação. Assim, a alternativa E está errada. Vamos aumentar nossos


ev

conhecimentos:
Az
na

“Segundo a teoria de Fiorini o terapeuta deve desempenhar na terapia breve um


lia

papel essencialmente ativo, dispondo para isso, de uma ampla gama de


Ju

intervenções. Sua participação orienta a entrevista de modo mais direto, não


permitindo que o curso da terapia seja entregue à espontaneidade do paciente.
Para isso, o terapeuta elabora um plano de abordagem individualizado a partir
da avaliação da situação total do paciente e compreendendo a estrutura
dinâmica essencial de sua problemática. Fiorini chama esse plano de “projeto
terapêutico”, que estabelece metas a serem atingidas em prazos
aproximadamente previsíveis. Essa orientação estratégica das sessões significa

9
Hegenber, Mauro. Psicoterapia Breve. Col. Clínica Psicanalítica - 3ª Ed.
279
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

focalização do esforço terapêutico, através do qual o terapeuta atua mantendo


um foco, que seria a interpretação central sobre a qual se baseia todo o
tratamento. Outro aspecto importante da técnica de Fiorini é a limitação das
possibilidades de regressão transferencial em virtude das condições de
enquadre, visto que o tempo limitado de tratamento torna indesejável o
desenvolvimento de uma intensa neurose transferencial. Nessa técnica também
não se busca a regressão, sendo a recomendação geral a orientação constante
para a realidade, fortalecendo no paciente sua capacidade de discriminação.”

05
Fonte: http://psicoterapiaepsicologia.webnode.com.br/news/tecnicas-de-

6:
:5
psicoterapia-breve/

12
3
02
45. FUNIVERSA - Governo do Distrito Federal - Secretaria de Estado de

/2
05
Saúde do Distrito – 2009

2/
As teorias psicodinâmicas definem o fenômeno da transferência nas relações

-2
pessoais, que devem ser observadas pelo profissional de saúde, pois

om
(A) é uma situação passageira que pode enganar médicos e enfermeiros a

l.c
ai
respeito do real estado fisiológico e autoimune da pessoa.

gm
(B) pode ter sentido de amor ou ódio pelo profissional, sendo necessário
e@
compreendê-la de forma técnica, não emotiva ou romântica.
ci
pe

(C) a transferência vai ser diagnosticada e interpretada pelos profissionais


es

médicos, psicólogos e de enfermagem.


na
ia

(D) a transferência refere-se a uma distorção neurológica e a medicação


ul
-j

psiquiátrica pode ser alterada quando a confusão for identificada.


5
-3

(E) o psicólogo sabe promover e suprimir a transferência, sendo necessária no


37

auxílio dos profissionais quando identificam o fenômeno.


.4
17

Gabarito: B
.3

Comentários: A transferência pode ser positiva, negativa ou erótica.


46
-1
e

46. FUNIVERSA - Governo do Distrito Federal - Secretaria de Estado de


ad
dr

Saúde do Distrito – 2009


An

A compreensão das teorias psicodinâmicas acerca do funcionamento psíquico


de

relativo à depressão compreende que


o
ed

(A) há um funcionamento em torno de ideias que são evocadas por estímulos


ev

exteriores que devem ser mapeados e isolados.


Az

(B) estão envolvidos mecanismos neurofisiológicos cujo tratamento via


na
lia

medicação libera de maiores preocupações.


Ju

(C) a pessoa tem vivências atuais que a remetem a carências nutricionais e


físicas do passado, e situações semelhantes causam efeitos neurológicos.
(D) existiu aprendizado anterior em que estiveram presentes reforçadores para
a condição depressiva ou estiveram ausentes para situações contrárias.
(E) existe um jogo de forças psíquicas em que algum aspecto da experiência ou
da relação da pessoa com o mundo é rejeitado.
Gabarito: E

280
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Comentários: Segundo páginas sem qualquer referencia de autoria na internet


(e de qualidade científica duvidosa):
As teorias psicodinâmicas acerca do funcionamento psíquico nos casos de depressão
pressupõem que existe um jogo de forças psíquicas em que algum aspecto da
experiência ou da relação da pessoa com o mundo é rejeitado. Ou seja: situações críticas
e intensamente emocionais podem desencadear processos depressivos em função de algo
reprimido ou recalcado. Um exemplo concreto: nos casos de depressão pós-parto, quase
sempre havia um conteúdo interno que escondia ou controlava a depressão. Então,

05
exposta a uma experiência impactante (a de se perceber mãe ou se deparar com um ser

6:
:5
frágil e dependente que saiu de dentro de si), essa estrutura se desorganiza e o processo

12
depressivo eclode na mulher. Tentar resolver esse e outros tipos de depressão apenas

3
02
com remédios ou com livros de autoajuda é como querer impedir o rompimento de uma

/2
05
represa tapando o buraco aberto com a mão: não demora e tudo vai por água abaixo.

2/
Casos de pânico têm dinâmica semelhante: determinados eventos funcionam como

-2
“gatilho” para o início do transtorno. A boa notícia é que nos dois casos o bom

om
funcionamento do psiquismo pode ser recuperado e a pessoa pode voltar a ter vida

l.c
ai
normal.

gm
É mole? Viva a Funiversa!!!
e@
ci
pe

47. FUNIVERSA – SESI/DF - Psicólogo Escolar – 2010


es

De acordo com as teorias da motivação, assinale a alternativa correta.


na
ia

(A) Para os cognitivistas, são as representações externas que impulsionam as


ul
-j

motivações.
5
-3

(B) A psicanálise afirma que a libido não interfere nas motivações.


37

(C) Segundo os behavioristas, o que motiva o comportamento são as


.4
17

consequências produzidas por comportamentos passados.


.3

(D) De acordo com a Teoria das Necessidades, as motivações são


46
-1

essencialmente sociais.
e

(E) Para a fenomenologia, a motivação é um fenômeno inatingível.


ad
dr

Gabarito: E
An

Comentários: Difícil de errar essa! Apesar de não estar no nosso edital, a teoria
de

fenomenológica nunca deve ser desconsiderada.


o
ed
ev

48. FUNIVERSA – SESA/AP – Psicólogo Clínico – 2012


Az

Um dos aspectos fundamentais para a psicanálise em qualquer tratamento é o


na
lia

estabelecimento da transferência. No que diz respeito a esse fenômeno, assinale


Ju

a alternativa correta.
(A) Trata-se de uma repetição de modelos infantis com a figura do terapeuta.
(B) O requisito técnico por parte do analista para lidar com a transferência
deve ser a atuação.
(C) O analista deve responder à inatualidade da transferência do paciente,
com a atualidade de sua pessoa. Trata-se de uma exigência técnica.

281
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(D) A transferência coloca o terapeuta em lugares que não são fornecidos


pelo inconsciente do paciente e, sim, apenas, pelas características reais do
terapeuta.
(E) A transferência é um fenômeno que deve ser conhecido e evitado em um
tratamento analítico.
Gabarito: A
Comentários: A neurose de transferência é uma reedição de elementos do
passado à figura do terapeuta.

05
6:
:5
49. FUNIVERSA – IFB – Técnico Administrativo – Psicólogo – 2012

12
A psicanálise refere-se a uma teoria, a um método de investigação e a uma

3
02
prática profissional. Como teoria, trata-se de um conjunto de conhecimentos

/2
05
sistemáticos a respeito do funcionamento da vida psíquica; como método de

2/
investigação, refere-se ao método interpretativo, que busca o significado oculto

-2
do que é manifestado por meio de ações e palavras ou pelas produções

om
imaginárias, como sonhos, delírios, associações livres e atos falhos; e, como

l.c
ai
prática de tratamento, está relacionada à busca do autoconhecimento.

gm
A base de sustentação da corrente psicanalítica está na descoberta do
e@
inconsciente. Os adeptos dessa teoria acreditam que aí está constituída a base
ci
pe

principal das neuroses e, a partir dessa descoberta, foi imposta uma modificação
es

do trabalho terapêutico. Assim, a base dos tratamentos passou a ser descobrir as


na
ia

repressões e suprimi-las por meio de um juízo que aceitasse ou condenasse


ul
-j

definitivamente o que deveria ser excluído. Foi esse método que originou a
5
-3

prática profissional chamada psicanálise, em substituição ao método catártico.


37

A. M. B. Bock, O. Furtado e M. L. T. Teixeira. Psicologias: uma introdução ao estudo


.4
17

de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008 (com adaptações).


.3

A esse respeito, assinale a alternativa correta quanto à estrutura do aparelho


46
-1

psíquico referente à existência de três instâncias psíquicas.


e

(A) Os conteúdos do inconsciente têm sua origem apenas nas experiências de


ad
dr

caráter traumático, reprimidas.


An

(B) O inconsciente é constituído por conteúdos reprimidos que têm acesso ao


de

sistema pré-consciente e ao consciente.


o
ed

(C) O pré-consciente refere-se ao sistema em que ficam armazenados os


ev

conteúdos acessíveis ao inconsciente.


Az

(D) O consciente é o sistema que recebe, ao mesmo tempo, as informações


na
lia

do mundo exterior e as do mundo interior.


Ju

(E) No pré-consciente, armazenam-se os conteúdos reprimidos e destaca-se


o fenômeno da percepção, da atenção e do raciocínio.
Gabarito: D
Comentários: Sério? Foi uma questão de conhecimentos ou de resistência ao
cansaço? Afê Maria!!!!

50. FUNIVERSA – SEGPLAN – Goiás – Psicologia – 2014


Segundo a grupoterapia, um grupo é

282
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(A) apenas o somatório de indivíduos.


(B) uma reunião de pessoas.
(C) o somatório de indivíduos e suas tarefas e objetivos particulares.
(D) uma unidade que se manifesta como uma totalidade.
(E) uma reunião de pessoas e suas tarefas particulares.
Gabarito: D
Comentários: Um grupo é mais que a mera junção dos seus membros. Um grupo
é um todo manifestado somente com a presença de todos os seus elementos e

05
supera a simples soma de pessoas.

6:
:5
12
3
02
/2
05
Questões Legalle de TEORIAS E TÉCNICAS

2/
-2
PSICOTARÁPICAS

om
Na correção vocês irão entender o motivo de ter usado esse assunto desta banca

l.c
ai
para o nosso treino para a aeronáutica!

gm
e@
1. Legalle – Prefeitura de Cachoeirinha – Psicólogo – 2021
ci
pe

As questões a seguir se referem à obra Psicoterapias: abordagens atuais, de


es

Aristides Cordioli.
na
ia

São características da psicoterapia,


ul
-j

EXCETO:
5

(A) O terapeuta utiliza meios psicológicos como forma de influenciar o cliente


-3
37

ou paciente.
.4
17

(B) Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica proposta.


.3

(C) É realizada em um contexto primariamente interpessoal.


46
-1

(D) É uma atividade eminentemente colaborativa entre paciente e terapeuta.


e

(E) Tem como principal recurso a comunicação verbal.


ad
dr
An

2. Legalle – Prefeitura de Cachoeirinha – Psicólogo – 2021


de

São objetivos das psicoterapias de apoio,


o
ed

EXCETO:
ev

(A) Diminuição de déficits de funcionamento do ego por meio de reforço de


Az

defesas consideradas adaptativas.


na
lia

(B) Manutenção ou o reestabelecimento do nível de funcionamento anterior a


Ju

uma crise.
(C) Redução ou eliminação de sintomas.
(D) Motivação e estabelecimento de metas
(E) Melhora da autoestima

3. Legalle – Prefeitura de Cachoeirinha – Psicólogo – 2021


A terapia cognitiva, em princípio, é contraindicada para pacientes com:
I. Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente;
II. Patologia grave do caráter borderline ou antissocial;
283
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

III. Ausência de motivação;


IV. Dor crônica.
Estão CORRETAS:
(A) Apenas I e II.
(B) Apenas II e III.
(C) Apenas III e IV.
(D) Apenas I, II e III
(E) Apenas I, II e IV

05
6:
:5
4. Legalle – Prefeitura de Osório – Psicólogo – 2020

12
As 2 questões a seguir se referem à obra Psicoterapias: abordagens atuais, de

3
02
Aristides Cordioli.

/2
05
A Terapia Comportamental é contraindicada no(s) caso(s) de:

2/
I. Ausência de motivação;

-2
II. Níveis de ansiedade muito elevados ou incapacidade de tolerar aumento dos

om
níveis de ansiedade;

l.c
ai
III. Estresse pós-traumático;

gm
IV. Agorafobia com ou sem pânico.
e@
Estão CORRETAS:
ci
pe

(A) Apenas 1 e II.


es

(B) Apenas 1 e IV.


na
ia

(C) Apenas II e III.


ul
-j

(D) Apenas III e IV.


5
-3
37

5. Legalle – Prefeitura de Osório – Psicólogo – 2020


.4
17

A Terapia Cognitiva, em principio, é contraindicada para alguns


.3

pacientes. Qual alternativa NÃO apresenta um caso em que a Terapia Cognitiva


46
-1

é contraindicada?
e

(A) Psicose aguda.


ad
dr

(B) Patologia grave do caráter borderline ou antissocial.


An

(C) Dor crônica.


de

(D) Ausência de motivação.


o
ed
ev

6. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


Az

As questões a seguir se referem à obra Psicoterapias: abordagens atuais, de


na
lia

Aristides Cordioli.
Ju

Relativamente à noção de psicoterapia, analise as partes que seguem: É uma


atividade eminentemente colaborativa entre paciente e terapeuta (1ª parte).
Utiliza a comunicação verbal como principal recurso (2ª parte). É realizada em
um contexto interpessoal - a relação terapêutica - e em um setting profissional
(3ª parte).
Das partes, pode-se afirmar que está(ão) CORRETA(S):
(A) Somente a 1a e a 2a partes.
(B) Somente a 3a parte.

284
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(C) Somente a 1a parte.


(D) Somente a 2a e a 3a partes.
(E) A 1a, a 2a e a 3a partes.

7. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


A terapia interpessoal (TIP) é uma psicoterapia de tempo limitado desenvolvida
por Gerald Klerman e Myrna Weissman, na década de 1970, para o tratamento
de depressão. A TIP apresenta quatro focos bem definidos. Nesse sentido,

05
assinale a única alternativa que NÃO apresenta um destes focos.

6:
:5
(A) Perdas complicadas.

12
(B) Transições de papéis ou mudanças de vida.

3
02
(C) Disputas por papéis ou conflitos interpessoais.

/2
05
(D) Déficits interpessoais.

2/
(E) Satisfação pessoal.

-2
om
8. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021

l.c
ai
A Terapia Cognitivo-Comportamental, em princípio, é contraindicada a

gm
pacientes com:
e@
I. Psicose aguda;
ci
pe

II. Ausência de motivação;


es

III. Pacientes com problemas caracterológicos leves, capazes de


na
ia

estabelecer vinculo com o terapeuta.


ul
-j

Está(ão) CORRETA(S):
5
-3

(A) I, II e III.
37

(B) Apenas I e II.


.4
17

(C) Apenas II e III.


.3

(D) Apenas III


46
-1

(E) Apenas I.
e
ad
dr

9. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


An

Qual a única alternativa que NÃO apresenta uma contraindicação da terapia


de

familiar e de casal?
o
ed

(A) A família nega que estejam ocorrendo problemas familiares.


ev

(B) Um dos membros da família é paranoide, psicótico, agressivo ou agitado.


Az

(C) Os problemas conjugais são egossintônicos.


na
lia

(D) A terapia familiar é usada para encobrir responsabilidades individuais.


Ju

(E) Tendência reversível à ruptura familiar.

10. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


São fatores terapêuticos na terapia de grupo, EXCETO:
(A) Compartilhamento de informações.
(B) Catarse.
(C) Antissocialização.
(D) Recapitulação corretiva.

285
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(E) Altruísmo.

11. Legalle – Prefeitura de Ijuí – Psicólogo – 2020


De acordo com o livro Psicoterapias: abordagens atuais, de Aristides Cordioli, há
critérios para que um modelo psicoterápico seja considerado consolidado. Sobre
esses critérios, analise as assertivas:
I. Os resultados devem ser mantidos a longo prazo;
II. Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica;

05
III. Deve haver comprovação de que as mudanças observadas são decorrentes

6:
:5
do empenho do paciente;

12
IV. Deve haver a utilização de estratégias que possibilitem a progressão da

3
02
terapia

/2
05
Estão CORRETAS:

2/
(A) Apenas I e II.

-2
(B) Apenas lll e IV

om
(C) Apenas I e lll.

l.c
ai
(D) Apenas II e IV

gm
(E) I, II, III e IV.
e@
ci
pe

12. Legalle – Prefeitura de Vale do Sol – Psicólogo – 2021


es

Segundo Aristides Cordioli, na obra Psicoterapias: abordagens atuais, todas as


na
ia

psicoterapias apresentam maior ou menor ampliação das habilidades cognitivas


ul
-j

do paciente. Nesse sentido, são os principais fatores cognitivos utilizados como


5
-3

estratégias de mudança por diferentes psicoterapias:


37

I. Psicoeducação;
.4
17

II. Psicodiagnóstico;
.3

III. Reestruturação cognitiva;


46
-1

IV. Insight;
e

V. Modelação.
ad
dr

Estão CORRETAS:
An

(A) Apenas I e II.


de

(B) Apenas I, III e IV.


o
ed

(C) Apenas II, IV e V.


ev

(D) Apenas II, III, IV e V.


Az

(E) I, II, III, IV e V


na
lia
Ju

13. Legalle – Prefeitura de Osório – Psicólogo – 2020


David Zimerman, em seu livro Fundamentos Básicos das Grupoterapias,
apresenta a Neurose de Histeria como uma das principais síndromes clínicas.
Nesse sentido, sobre a Neurose de Histeria, analise as assertivas.
I. A estrutura histérica se constitui como um combinado de negação (de
verdades intoleráveis), de um limiar muito baixo às frustrações e de uma
sensação de catástrofe eminente.

286
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

II. Outra característica marcante consiste na “regulação da distância afetiva”


com as pessoas muito significativas de seu convívio mais íntimo.
III. O mecanismo de defesa predominante é o da repressão que se institui contra
o reconhecimento das fantasias edípicas.
Está(ão) INCORRETA(S):
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.

05
(D) Apenas I e III.

6:
:5
12
14. Legalle – Prefeitura de Santa Margarida do Sul – Psicólogo – 2019

3
02
Sobre o trabalho com grupos, conforme David Zimerman, em Fundamentos

/2
05
básicos das grupoterapias, é CORRETO afirmar que:

2/
(A) Em grupos de autoajuda, o coordenador sempre deve ser isento quanto às

-2
experiências dos participantes.

om
(B) Nos grupos institucionais não é possível a aplicação de grupos operativos.

l.c
ai
(C) Grupos comunitários podem ser utilizados como meio de prevenção,

gm
tratamento e reabilitação.
e@
(D) O grupoterapeuta de adolescentes não deve tolerar contestações.
ci
pe

(E) O coordenador de grupos operativos deve focar-se apenas na realização da


es

tarefa, nunca na interpretação.


na
ia
ul
-j

15. Legalle – Prefeitura de Formigueiro – Psicólogo – 2019


5
-3

Uma das primeiras abordagens da psicologia, que se concentrou no que


37

a mente faz - as funções da atividade mental - e no papel do comportamento para


.4
17

permitir que as pessoas se adaptem ao ambiente:


.3

(A) Evolucionismo.
46
-1

(B) Funcionalismo.
e

(C) Cognitivismo.
ad
dr

(D) Expressionismo.
An

(E) Mentalismo.
de
o
ed

16. Legalle – Prefeitura de Cambará – Psicólogo – 2019


ev

São abordagens utilizadas para a prática da psicoterapia:


Az

I. Análise do Comportamento;
na
lia

II. Fenomenologia;
Ju

III. Humanista.
Está(ão) CORRETA(S):
(A) I, II e III
(B) Apenas le II.
(C) Apenas II e III.
(D) Apenas II.
(E) Apenas I.

287
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

17. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


Das grandes perspectivas da psicologia, é a que considera o comportamento da
perspectiva do funcionamento biológico:
(A) Psicodinâmica.
(B) Humanistica.
(C) Comportamental.
(D) Cognitiva.
(E) Neurociência.

05
6:
:5
18. Legalle – Prefeitura de Vale do Sol – Psicólogo – 2021

12
As cinco grandes perspectivas da psicologia são a Neurociência, a Cognitiva, a

3
02
Comportamental, a Humanística e a Psicodinâmica. Nesse sentido, assinale a

/2
05
alternativa que descreve a perspectiva Psicodinâmica.

2/
(A) Considera o comportamento da perspectiva do funcionamento biológico.

-2
(B) Concentra-se no comportamento observável.

om
(C) Examina como as pessoas compreendem o mundo e pensam sobre ele.

l.c
ai
(D) Afirma que as pessoas são capazes de controlar seu comportamento e que

gm
elas naturalmente tentam realizar seu pleno potencial.
e@
(E) Acredita que o comportamento é motivado por forças internas,
ci
pe

inconscientes, sobre as quais uma pessoa tem pouco controle.


es
na
ia
ul
-j
5
-3

Questões Comentadas e Gabaritadas de


37
.4

TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTARÁPICAS


17
.3
46
-1

1. Legalle – Prefeitura de Cachoeirinha – Psicólogo – 2021


e

As questões a seguir se referem à obra Psicoterapias: abordagens atuais, de


ad
dr

Aristides Cordioli.
An

São características da psicoterapia,


de

EXCETO:
o
ed

(A) O terapeuta utiliza meios psicológicos como forma de influenciar o cliente


ev

ou paciente.
Az

(B) Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica proposta.


na
lia

(C) É realizada em um contexto primariamente interpessoal.


Ju

(D) É uma atividade eminentemente colaborativa entre paciente e terapeuta.


(E) Tem como principal recurso a comunicação verbal.
Gabarito: B
Comentários: Questão venenosa! Aqui eles geralmente irão pegar os quadrinhos
com as letras em vermelho do livro desatualizado de Cordioli (página 21):
CARACTERÍSTICAS DA PSICOTERAPIA

288
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

• É um método de tratamento realizado por um profissional treinado, com o


objetivo de reduzir ou remover um problema, queixa ou ranstorno definido de
um paciente ou cliente que deliberadamente busca ajuda
• O terapeuta utiliza meios psicológicos como forma de influenciar o cliente ou
paciente
• É realizada em um contexto primariamente interpessoal (a relação terapêutica)
• Utiliza a comunicação verbal como principal recurso
• É uma atividade eminentemente colaborativa entre paciente e terapeuta

05
Ok, mas qual o VENENO dessa questão?

6:
:5
A letra B faz sentido, mas faz parte de outro quadrinho do livro (página

12
22):

3
02
CRITÉRIOS PARA QUE UM MODELO PSICOTERÁPICO SEJA CONSIDERADO

/2
05
CONSOLIDADO

2/
-2
• Deve estar embasado em uma teoria abrangente, que ofereça uma explicação

om
coerente

l.c
(um racional) sobre a origem, a manutenção dos sintomas e a forma de eliminá-

ai
gm
los e@
• Os objetivos a que se propõe modificar devem ser claramente especificados
ci

• Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica proposta


pe

• Deve haver comprovação de que as mudanças observadas são decorrentes das


es
na

técnicas utilizadas e não de outros fatores


ia

• Os resultados devem ser mantidos a longo prazo


ul
-j

• Deve apresentar uma relação custo/efetividade favorável na comparação com


5
-3

outros
37
.4

modelos ou alternativas de tratamento (Marks, 2002; Wright; Beck; Thase, 2003)


17
.3
46
-1

2. Legalle – Prefeitura de Cachoeirinha – Psicólogo – 2021


e
ad

São objetivos das psicoterapias de apoio,


dr

EXCETO:
An

(A) Diminuição de déficits de funcionamento do ego por meio de reforço de


de
o

defesas consideradas adaptativas.


ed

(B) Manutenção ou o reestabelecimento do nível de funcionamento anterior a


ev
Az

uma crise.
na

(C) Redução ou eliminação de sintomas.


lia

(D) Motivação e estabelecimento de metas


Ju

(E) Melhora da autoestima


Gabarito: D
Comentários: Mais um quadrinho do livro:
OBJETIVOS DAS PSICOTERAPIAS DE APOIO
• Redução ou a eliminação dos sintomas
• Manutenção ou o restabelecimento do nível de funcionamento anterior a uma
crise
• Melhora da auto-estima

289
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

• Melhora da capacidade de lidar com os estresses internos e externos,


eventualmente por meio do afastamento das pressões ambientais ou da adoção
de medidas que visam ao alívio dos sintomas
• Diminuição de déficits de funcionamento do EGO por meio do reforço de
defesas consideradas adaptativas
• Desenvolvimento de capacidades de lidar com déficits provocados por doenças
físicas
ou suas seqüelas

05
6:
:5
3. Legalle – Prefeitura de Cachoeirinha – Psicólogo – 2021

12
A terapia cognitiva, em princípio, é contraindicada para pacientes com:

3
02
I. Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente;

/2
05
II. Patologia grave do caráter borderline ou antissocial;

2/
III. Ausência de motivação;

-2
IV. Dor crônica.

om
l.c
Estão CORRETAS:

ai
(A) Apenas I e II.
gm
(B) Apenas II e III.
e@
(C) Apenas III e IV.
ci
pe

(D) Apenas I, II e III


es
na

(E) Apenas I, II e IV
ia

Gabarito: D
ul
-j

Comentários: Mais um quadrinho:


5
-3

Indicações da terapia cognitiva como tratamento coadjuvante


37
.4

• Abuso de substâncias e de álcool


17

• Transtornos de personalidade
.3
46

• Transtornos psicóticos (esquizofrenia, transtorno delirante)


-1

• Transtorno bipolar
e
ad

• Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade


dr

• Dor crônica
An

A terapia cognitiva, em princípio, é contra-indicada para pacientes com:


de

• Doença mental orgânica, que implique comprometimento cognitivo


o
ed

(demência)
ev
Az

• Retardo mental
na

• Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente (identificar


lia

pensamentos, emoções, crenças, e expressá-los em palavras)


Ju

• Psicose aguda
• Patologia grave do caráter borderline ou anti-social
• Ausência de motivação

4. Legalle – Prefeitura de Osório – Psicólogo – 2020


As 2 questões a seguir se referem à obra Psicoterapias: abordagens atuais, de
Aristides Cordioli.
A Terapia Comportamental é contraindicada no(s) caso(s) de:

290
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

I. Ausência de motivação;
II. Níveis de ansiedade muito elevados ou incapacidade de tolerar aumento dos
níveis de ansiedade;
III. Estresse pós-traumático;
IV. Agorafobia com ou sem pânico.
Estão CORRETAS:
(A) Apenas 1 e II.
(B) Apenas 1 e IV.

05
(C) Apenas II e III.

6:
:5
(D) Apenas III e IV.

12
Gabarito: A

3
02
Comentários: Eu continuo achando que o examinador da Legalle não é da área

/2
05
da psicologia ou tem muita preguiça de elaborar questões. A resposta está em

2/
um Quadrinho (página 33):

-2
A terapia comportamental é utilizada como coadjuvante no tratamento de:

om
l.c
• Depressão maior, particularmente na fase inicial de pacientes gravemente

ai
deprimidos
gm
• Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
e@
• Estresse pós-traumático
ci
pe

• Transtornos de impulsos (tricotilomania, comprar compulsivo, jogo


es
na

patológico)
ia

• Déficits em habilidades sociais (transtornos da personalidade, esquizofrenia,


ul
-j

deficiência mental, autismo)


5
-3

• Deficiências de controle esfincteriano


37

• Obesidade, hipertensão, insônia, asma, dor crônica, cefaléia, câncer, insônia


.4
17

primária, etc.
.3
46

Contra-indicações da terapia comportamental


-1

• Níveis de ansiedade muito elevados ou incapacidade de tolerar aumento dos


e

níveis de
ad
dr

ansiedade (transtornos da personalidade bordeline, histriônica)


An

• Problemas caracterológicos graves, incapacidade de estabelecer um vínculo


de

com o te-
o
ed

rapeuta (personalidade esquizóide ou esquizotípica)


ev

• Incapacidade de estabelecer um relacionamento honesto com o terapeuta


Az
na

(personali-
lia

dade anti-social)
Ju

• Ausência de motivação

5. Legalle – Prefeitura de Osório – Psicólogo – 2020


A Terapia Cognitiva, em principio, é contraindicada para alguns
pacientes. Qual alternativa NÃO apresenta um caso em que a Terapia Cognitiva
é contraindicada?
(A) Psicose aguda.
(B) Patologia grave do caráter borderline ou antissocial.

291
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(C) Dor crônica.


(D) Ausência de motivação.
Gabarito: C
Comentários: Quadrinho:
Mais um quadrinho:
Indicações da terapia cognitiva como tratamento coadjuvante
• Abuso de substâncias e de álcool
• Transtornos de personalidade

05
• Transtornos psicóticos (esquizofrenia, transtorno delirante)

6:
:5
• Transtorno bipolar

12
• Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade

3
02
• Dor crônica

/2
05
A terapia cognitiva, em princípio, é contra-indicada para pacientes com:

2/
• Doença mental orgânica, que implique comprometimento cognitivo

-2
(demência)

om
l.c
• Retardo mental

ai
• Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente (identificar
gm
pensamentos, emoções, crenças, e expressá-los em palavras)
e@
• Psicose aguda
ci
pe

• Patologia grave do caráter borderline ou anti-social


es
na

• Ausência de motivação
ia
ul
-j

6. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


5
-3

As questões a seguir se referem à obra Psicoterapias: abordagens atuais, de


37
.4

Aristides Cordioli.
17

Relativamente à noção de psicoterapia, analise as partes que seguem: É uma


.3
46

atividade eminentemente colaborativa entre paciente e terapeuta (1ª parte).


-1

Utiliza a comunicação verbal como principal recurso (2ª parte). É realizada em


e
ad

um contexto interpessoal - a relação terapêutica - e em um setting profissional


dr

(3ª parte).
An

Das partes, pode-se afirmar que está(ão) CORRETA(S):


de

(A) Somente a 1a e a 2a partes.


o
ed

(B) Somente a 3a parte.


ev
Az

(C) Somente a 1a parte.


na

(D) Somente a 2a e a 3a partes.


lia

(E) A 1a, a 2a e a 3a partes.


Ju

Gabarito: E
Comentários: Adivinha? Quadrinho (página 21):
CARACTERÍSTICAS DA PSICOTERAPIA
• É um método de tratamento realizado por um profissional treinado, com o
objetivo de reduzir ou remover um problema, queixa ou ranstorno definido de
um paciente ou cliente que deliberadamente busca ajuda
• O terapeuta utiliza meios psicológicos como forma de influenciar o cliente ou
paciente

292
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

• É realizada em um contexto primariamente interpessoal (a relação terapêutica)


• Utiliza a comunicação verbal como principal recurso
• É uma atividade eminentemente colaborativa entre paciente e terapeuta

7. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


A terapia interpessoal (TIP) é uma psicoterapia de tempo limitado desenvolvida
por Gerald Klerman e Myrna Weissman, na década de 1970, para o tratamento
de depressão. A TIP apresenta quatro focos bem definidos. Nesse sentido,

05
assinale a única alternativa que NÃO apresenta um destes focos.

6:
:5
(A) Perdas complicadas.

12
(B) Transições de papéis ou mudanças de vida.

3
02
(C) Disputas por papéis ou conflitos interpessoais.

/2
05
(D) Déficits interpessoais.

2/
(E) Satisfação pessoal.

-2
Gabarito: E

om
l.c
Comentários: Quadrinho da página 31:

ai
gm
Indicações da terapia interpessoal e@
Evidências consistentes
ci

• Depressão maior
pe

• Profilaxia de depressão maior recorrente


es
na

• Depressão em pacientes geriátricos e adolescentes


ia

• Depressão em pacientes HIV-positivos


ul
-j

• Terapia conjunta (de casal) em mulheres depressivas


5
-3

• Depressão pré e pós-parto (Markowitz, 2003)


37
.4

Evidências incompletas
17

• Como coadjuvante no tratamento do transtorno bipolar


.3
46

• Bulimia
-1

• Fobia social, pânico e estresse pós-traumático


e
ad

• Distimia (Markowitz, 2003)


dr

Eita, a resposta não está no quadrinho? Não! Mas pelo menos você
An

aprendeu.
de
o

A resposta está aqui (página 53):


ed
ev

A terapia interpessoal valoriza o contexto social e procura alterá-lo como


Az

forma de modificar os sintomas. Parte do princípio de que problemas


na

envolvendo o contexto social, mais precisamente as relações interpessoais,


lia
Ju

influenciam o ajustamento social e podem contribuir para a ocorrência de


quadros depressivos. Tipicamente, esses problemas envolvem conflitos com
pessoas significativas do presente ou com familiares, frustrações, ansiedades ou
desejos, experimentados nas relações interpessoais. Quatro áreas de problemas
interpessoais são exploradas com maior ênfase: perdas complicadas (luto);
transições de papéis ou mudanças de vida (p. ex., casamento, formatura,
aposentadoria,
diagnóstico de uma doença médica incapacitante, perda de status); disputas por
papéis ou conflitos interpessoais (conflitos conjugais); e déficits interpessoais

293
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(isolamento, falta de apoio social). Como estratégia básica, a terapia interpessoal


procura identificar tais dificuldades e melhorar a capacidade do paciente de
lidar com elas, partindo do pressuposto de que, dessa forma, possa superar seus
problemas. As intervenções terapêuticas são semelhantes às utilizadas por
outros modelos de terapia: ventilação de emoções (catarse), exame de
alternativas, confrontação, solução de problemas, apoio, etc.

8. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021

05
A Terapia Cognitivo-Comportamental, em princípio, é contraindicada a

6:
:5
pacientes com:

12
I. Psicose aguda;

3
02
II. Ausência de motivação;

/2
05
III. Pacientes com problemas caracterológicos leves, capazes de

2/
estabelecer vinculo com o terapeuta.

-2
Está(ão) CORRETA(S):

om
l.c
(A) I, II e III.

ai
(B) Apenas I e II.
gm
(C) Apenas II e III.
e@
(D) Apenas III
ci
pe

(E) Apenas I.
es
na

Gabarito: B
ia

Comentários: Quadrinho:
ul
-j

Indicações da terapia cognitiva como tratamento coadjuvante


5
-3

• Abuso de substâncias e de álcool


37
.4

• Transtornos de personalidade
17

• Transtornos psicóticos (esquizofrenia, transtorno delirante)


.3
46

• Transtorno bipolar
-1

• Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade


e
ad

• Dor crônica
dr

A terapia cognitiva, em princípio, é contra-indicada para pacientes com:


An

• Doença mental orgânica, que implique comprometimento cognitivo


de

(demência)
o
ed

• Retardo mental
ev
Az

• Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente (identificar


na

pensamentos, emoções, crenças, e expressá-los em palavras)


lia

• Psicose aguda
Ju

• Patologia grave do caráter borderline ou anti-social


• Ausência de motivação

9. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


Qual a única alternativa que NÃO apresenta uma contraindicação da terapia
familiar e de casal?
(A) A família nega que estejam ocorrendo problemas familiares.

294
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(B) Um dos membros da família é paranoide, psicótico, agressivo ou agitado.


(C) Os problemas conjugais são egossintônicos.
(D) A terapia familiar é usada para encobrir responsabilidades individuais.
(E) Tendência reversível à ruptura familiar.
Gabarito: E
Comentários: Quadrinho (página 37)
Indicações da terapia familiar
• Quando é solicitada terapia de casal ou familiar

05
• Doença física ou mental grave em adultos, gerando um alto grau de

6:
:5
disfunção familiar (esquizofrenia, transtorno bipolar, TOC, transtorno do

12
pânico com agorafobia, dependência a drogas ou ao álcool, transtornos

3
02
alimentares, etc.)

/2
05
▪ O problema atual envolve dois ou mais membros da família

2/
-2
• A família enfrenta uma crise de transição que pode leva-la à ruptura

om
(mudanças de papéis)

l.c
▪ Uma criança ou adolescente é o problema presente (autismo, TDAH,

ai
gm
abuso de drogas, transtorno alimentar, obesidade, transtornos de
e@
impulsos, depressão)
ci

• Ruptura da harmonia familiar em razão de conflitos interpessoais (Fields;


pe

Morrison; Beels, 2003)


es
na
ia

Indicações da terapia de casal


ul
-j

• insatisfação sexual ou um problema sexual presente (disfunção erétil,


5
-3

ejaculação precoce, vaginismo, dispareunia, disfunção orgástica feminina,


37
.4

perda do interesse sexual)


17

• Dificuldades na intimidade, envolvendo comunicação de afetas e


.3
46

sentimentos, companheirismo, planejamento da vida em comum, troca de


-1

papéis
e
ad
dr

Contra-indicações da terapia familiar e de casal


An

• A família nega que estejam ocorrendo problemas familiares


de

• Um dos membros da família é muito paranóide, psicótico, agressivo ou


o
ed

agitado
ev
Az

• Em situações nas quais membros importantes da família não poderão


na

estar presentes (doença física ou mental, falta de motivação, etc.)


lia

• Tendência irreversível a ruptura familiar (divórcio, separação)


Ju

• Crenças religiosas ou culturais muito fortes impedem intervenções


externas na família
• A intervenção familiar não teria qualquer efeito no atual problema
• O equilíbrio familiar é tão precário que a terapia familiar pode provocara
descompensação de um ou mais membros (confrontar um adulto que abusou
sexualmente de uma criança com sua vítima)
• Os problemas conjugais são egossintônicos
• Quando a individuação de um ou mais membros ficaria comprometida

295
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

caso a terapia fosse levada adiante, ou exige tratamento separado


• Existem problemas individuais que necessitam, previamente, de outros
tratamentos (desintoxicação)
▪ Quando a terapia familiar é usada para encobrir responsabilidades
individuais
• Em situações nas quais um ou ambos os cônjuges não podem ser
honestos, mentem, têm segredos (infidelidade, homossexualidade,
desonestidade nos negócios) que, se revelados, determinariam imediata ruptura

05
da família

6:
:5
• Quando um dos cônjuges tem transtorno grave de caráter, especialmente

12
em caso de conduta anti-social ou desvio sexual (Fields; Morrison; Beels, 2003)

3
02
/2
05
2/
-2
10. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021

om
São fatores terapêuticos na terapia de grupo, EXCETO:

l.c
(A) Compartilhamento de informações.

ai
(B) Catarse.
gm
e@
(C) Antissocialização.
ci

(D) Recapitulação corretiva.


pe

(E) Altruísmo.
es
na

Gabarito: C
ia

Comentários: Quadrinho página 38:


ul
-j

Fatores terapêuticos na terapia de grupo


5
-3

Yalom propôs um conjunto de 11 fatores, que seriam os fatores terapéuticos na


37
.4

terapia de grupo (Vinogradov; COX; Yalom, 2003).


17

• Instilação da esperança. Ter esperança de melhorar é crucial para qualquer


.3
46

terapia. Perceber a melhora de outras pessoas que têm os mesmos problemas


-1

faz com que os pacientes acreditem que também são capazes de vencer suas
e
ad

dificuldades.
dr

• A universalidade do problema. Perceber outras pessoas com o mesmo


An

problema diminui o isolamento, a vergonha e o estigma associados aos sintomas


de

de muitos transtornos mentais.


o
ed

• Compartilhamento de informações. Ocorre sempre que o terapeuta (lá


ev
Az

informações, ou quando há troca de informações entre os membros, em grupos


na

de problemas específicos (obesidade, trauma, tabagistas, drogaditos, pacientes


lia

com problemas médicos em comum).


Ju

• Altruísmo. O grupo estimula a possibilidade de ajudar os outros, um desejo


inerente ao ser humano.
• Socialização. Desenvolvimento de habilidades sociais em decorrência do
próprio convívio em grupo (contato visual, apertar as mãos, ouvir os outros).
• Comportamento imitativo. Pela simples observação do comportamento
saudável das outras pessoas.
• Catarse. Possibilidade de obtenção de alivio pela ventilação de emoções. Está
ligada à universalidade e à coesão.

296
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

• Recapitulação corretiva. Possibilidade de reviver e recapitular no grupo


padrões de comportamento semelhantes aos que apresenta em seu grupo
familiar primário, ao interagir com os demais membros do grupo, havendo a
oportunidade de corrigi-los (submissão, competição, dependência).
• Fatores existenciais. A abordagem dos grandes temas ou problemas
existenciais (doença, morte, luto, isolamento) auxilia as pessoas a lidar com
essas questões.
• Coesão grupal. O sentido de pertencer a um grupo e ter afinidade com seus

05
membros facilita a aceitação dos demais e dos aspectos inaceitáveis de si

6:
:5
próprio, além de possibilitar o estabelecimento de relacionamentos mais

12
profundos com os outros.

3
02
• Aprendizagem interpessoal. Em grupos de longa duração, o ambiente grupal

/2
05
permite o surgimento da psicopatologia individual, que, na interação com os

2/
demais, pode ser identificada e corrigida.

-2
om
l.c
ai
11. Legalle – Prefeitura de Ijuí – Psicólogo – 2020
gm
De acordo com o livro Psicoterapias: abordagens atuais, de Aristides Cordioli, há
e@
critérios para que um modelo psicoterápico seja considerado consolidado. Sobre
ci
pe

esses critérios, analise as assertivas:


es
na

I. Os resultados devem ser mantidos a longo prazo;


ia

II. Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica;


ul
-j

III. Deve haver comprovação de que as mudanças observadas são decorrentes


5
-3

do empenho do paciente;
37

IV. Deve haver a utilização de estratégias que possibilitem a progressão da


.4
17

terapia
.3
46

Estão CORRETAS:
-1

(A) Apenas I e II.


e

(B) Apenas lll e IV


ad
dr

(C) Apenas I e lll.


An

(D) Apenas II e IV
de

(E) I, II, III e IV.


o
ed

Gabarito: A
ev

Comentários: Página 22:


Az
na

CRITÉRIOS PARA QUE UM MODELO PSICOTERÁPICO SEJA CONSIDERADO


lia

CONSOLIDADO
Ju

• Deve estar embasado em uma teoria abrangente, que ofereça uma explicação
coerente
(um racional) sobre a origem, a manutenção dos sintomas e a forma de eliminá-
los
• Os objetivos a que se propõe modificar devem ser claramente especificados
• Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica proposta
• Deve haver comprovação de que as mudanças observadas são decorrentes das
técnicas utilizadas e não de outros fatores

297
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

• Os resultados devem ser mantidos a longo prazo


• Deve apresentar uma relação custo/efetividade favorável na comparação com
outros
modelos ou alternativas de tratamento (Marks, 2002; Wright; Beck; Thase, 2003)

12. Legalle – Prefeitura de Vale do Sol – Psicólogo – 2021


Segundo Aristides Cordioli, na obra Psicoterapias: abordagens atuais, todas as
psicoterapias apresentam maior ou menor ampliação das habilidades cognitivas

05
do paciente. Nesse sentido, são os principais fatores cognitivos utilizados como

6:
:5
estratégias de mudança por diferentes psicoterapias:

12
I. Psicoeducação;

3
02
II. Psicodiagnóstico;

/2
05
III. Reestruturação cognitiva;

2/
IV. Insight;

-2
V. Modelação.

om
l.c
Estão CORRETAS:

ai
(A) Apenas I e II.
gm
(B) Apenas I, III e IV.
e@
(C) Apenas II, IV e V.
ci
pe

(D) Apenas II, III, IV e V.


es
na

(E) I, II, III, IV e V


ia

Gabarito: B
ul
-j

Comentários: Página 44: Fatores de natureza cognitiva: psicoeducação,


5
-3

reestruturação cognitiva e insight


37
.4
17

13. Legalle – Prefeitura de Osório – Psicólogo – 2020


.3
46

David Zimerman, em seu livro Fundamentos Básicos das Grupoterapias,


-1

apresenta a Neurose de Histeria como uma das principais síndromes clínicas.


e

Nesse sentido, sobre a Neurose de Histeria, analise as assertivas.


ad
dr

I. A estrutura histérica se constitui como um combinado de negação (de


An

verdades intoleráveis), de um limiar muito baixo às frustrações e de uma


de

sensação de catástrofe eminente.


o
ed

II. Outra característica marcante consiste na “regulação da distância afetiva”


ev

com as pessoas muito significativas de seu convívio mais íntimo.


Az
na

III. O mecanismo de defesa predominante é o da repressão que se institui contra


lia

o reconhecimento das fantasias edípicas.


Ju

Está(ão) INCORRETA(S):
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
Gabarito: B
Comentários: O problema de Zimerman é que ele inventa, e reconhece que
inventa, as coisas da cabeça dele. Vejamos (página 54):

298
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

A estruturação histérica, em linhas gerais, se fundamenta nas seguintes


características:
• Um caráter histérico, devido à sua grande plasticidade de manifestação, é
difícil de ser descrito; porém, é fácil de ser reconhecido. Fundamenta se em um
tipo de comportamento que, conforme foi dito, lembra o de uma criança
insegura e cheia de caprichos coabitando em um corpo adulto.
• Muitas vezes ele se organiza contra um possível surgimento de uma temida
depressão ou erupção psicótica que esteja subjacente. Assim, a estrutura

05
histérica se constitui como um combinado de negação (de verdades

6:
:5
intoleráveis), de um limiar muito baixo às frustrações e de uma sensação de

12
catástrofe iminente

3
02
• Comumente, o mecanismo de defesa predominante é o da repressão, que se

/2
05
institui contra o reconhecimento das fantasias edípicas. Pode-se dizer que a

2/
sexualidade do histérico é de natureza oral (pré-genital), enquanto a sua

-2
oralidade costuma adquirir uma forma sexualizada.

om
l.c
• O fato anterior se deve à razão de que a histeria se estrutura em tomo de uma

ai
combinação. e uma cena confusão, entre uma permanente busca "pelo seio da
gm
mãe" e o "pênis do pai".
e@
• A fim de negar a verdade psíquica intolerável ou proibida, a pessoa histérica
ci
pe

costuma usar os recursos de sedução (para conseguir esse seio ou pénis) e


es
na

persuasão (para provar a sua tese). Da mesma forma, a regra é que ela faça uma
ia

“identificação histérica” com algum objeto do plano imaginário.


ul
-j

• Virtualmente sempre detectamos no neuróneo histérico a influência exercida


5
-3

por uma mãe histerogênica, a qual, na educação da criança, exacerbou os


37

sentimentos de dependência, avidez, inconstância e uma preferência pelo


.4
17

mundo da ilusão. Quando é o caso de mulher histérica, o habitual é que tenha


.3
46

havido a presença de um pai sedutor que


-1

valorizou (e hiperexcitou) a sexualidade da menina.


e

• Além do ganho primário (manter a repressão dos desejos proibidos), a neurose


ad
dr

histérica possibilita a obtenção de um ganho secundário, isto é, a própria doença


An

se constitui como uma forma de manipular o meio circundante no sentido de


de

ser gratificada (e premiada) com a obtenção de ganhos, vantagens, além de


o
ed

demonstrações de atenção e preocupação dos demais.


ev

• No curso do tratamento psicoterápico, o discurso do paciente histérico tem


Az
na

uma característica típica: ele emprega termos superlativos e é rara a sessão em


lia

que não conte,


Ju

frequentemente sob uma forma dramática, o “drama do dia", no qual sempre


aparece como tendo sido vítima da incompreensão e da injustiça por pane dos
outros
• No vínculo com o terapeuta, é comum que o neurótico histérico apresente os
seguintes aspectos: recorre à busca de uma idealização reciproca para provar a
sua perfeição (logo, confirma que ele é vitima da maldade dos outros); quer
convencer o terapeuta a abandonar a sua técnica de neutralidade (muitas vezes
o acusa de ser um “covarde”); projeta no terapeuta os seus aspectos narcisicos e

299
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

histéricos e fica com a convicção de estar vivendo uma situação de um “grande


amor" com este, mantém uma dissociação de suas panes doentes, fazendo o
terapeuta crer que está sadio Por todas essas razões, é evidente que o aspecto
contratransferencial adquire uma imponància fundamental no tratamento da
neurose histérica.
E onde está o erro? Aqui (página 55):
As características mais marcantes [neurose fóbica] são:
• No mínimo, um dos pais, geralmente a mãe, de alguma forma é ou foi fóbico,

05
6:
e transmitiu um discurso de natureza fobígena (na base de: "cuidado, é

:5
perigoso").

12
• Praticamente sempre constatamos que ocorreu uma intensa relação simbiótica

3
02
com a mãe, com evidente prejuízo na resolução das etapas da fase evolutiva da

/2
05
separação- individuação. Na prática clínica, é fácil observar a persistência desse

2/
-2
vínculo simbiótico com a mãe. seja esta a real ou a que está internalizada.

om
Correlato a isso, a figura do pai quase sempre foi (comumente, a partir da mãe)

l.c
desvalorizada e excluída.

ai
gm
• A ansiedade que está presente é a que está ligada às separações e, subjacente a
e@
esta, há a tensão inerente à ansiedade de aniquilamento.
ci

• Na clínica, os estados fóbicos geralmente vêm acompanhados de


pe

manifestações paranóides e obsessivas e sempre estão encobrindo uma


es
na

depressão subjacente.
ia

• Tanto ou mais do que a sexualidade, sempre encontramos uma má elaboração


ul
-j

das pulsões agressivas.


5
-3

• Há uma acentuada tendência a manifestações de natureza psicossomática.


37
.4

• Basicamente, o que define uma condição fóbica é o uso, por parte do paciente,
17

de uma “técnica de evitaçâo" de todas as situações que lhe pareçam perigosas.


.3
46

Essa sensação de perigo decorre do fato de que a situação exterior fobígena (por
-1

exemplo, um elevador, um avião, etc.) está sendo o cenáno onde estão


e
ad

dissociados, projetados, deslocados e simbolizados as pulsões e os afetos


dr

internos, representados no Ego como perigosos


An

• Por saber da irracionalidade de seus sintomas, o indivíduo fóbico desenvolve


de

uma "técnica de dissimulação", por vezes até o nível de um falso sei/ tal o grau
o
ed

de sua culpa, vergonha e humilhação diante de seus temores ilógicos. Muitas


ev
Az

vezes, a fobia não aparece manifestamente, e somente pode ser detectada


na

através de seu oposto, isto é, de sua conduta contrafóbica.


lia

• Outra característica marcante consiste na "regulação da distância afetiva" com


Ju

as pessoas muito significativas de seu convívio mais íntimo: assim, ele não fica
nem próximo demais para não correr o nsco de vir a ser "engolfado". e nem tão
longe que possa correr o nsco de perder o vínculo e o controle sobre o outro
• Há sempre, uma escolha de pessoas que se prestem ao papel de
acompanhantes e de continuadores da fobia. Essa é a razão pela qual
determinadas características fóbicas, em cenas famílias, se perpetuam durante
gerações. É útil assinalar que a grande "união" que muito casais e famílias se
vangloriam de possuir (“estamos sempre juntos, nunca nos separamos para

300
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

qualquer circunstância, etc.") muitas vezes pode estar expressando uma


modalidade fóbica. na qual predomina a técnica de controle mútuo.

14. Legalle – Prefeitura de Santa Margarida do Sul – Psicólogo – 2019


Sobre o trabalho com grupos, conforme David Zimerman, em Fundamentos
básicos das grupoterapias, é CORRETO afirmar que:
(A) Em grupos de autoajuda, o coordenador sempre deve ser isento quanto às
experiências dos participantes.

05
(B) Nos grupos institucionais não é possível a aplicação de grupos operativos.

6:
:5
(C) Grupos comunitários podem ser utilizados como meio de prevenção,

12
tratamento e reabilitação.

3
02
(D) O grupoterapeuta de adolescentes não deve tolerar contestações.

/2
05
(E) O coordenador de grupos operativos deve focar-se apenas na realização da

2/
tarefa, nunca na interpretação.

-2
Gabarito: C

om
l.c
Comentários: Para Zimerman, o maior exemplo dos grupos comunitários é o de

ai
sua crescente aplicação no campo da saúde mental. Partindo da definição que a
gm
OMS deu à saúde como sendo a de “um completo bem estar físico, psíquico e
e@
social” – encontram-se esses grupos comunitários utilizados na prestação tanto
ci
pe

de cuidados primários de saúde (prevenção), como secundários (tratamento) e


es
na

terciários (reabilitação).
ia

Ademais:
ul
-j

[...]
5
-3

Habitualmente, um grupo de auto-ajuda funciona de forma autônoma,


37

sem a liderança formal de algum técnico especializado, sendo de considerar, no


.4
17

entanto, que, quase sempre, a formação de um desses grupos teve o incentivo


.3
46

de algum técnico interessado Ademais, esse técnico incentivador (psiquiatra,


-1

médico generalista, psicólogo, assistente social, enfermeiro, estagiário, etc.)


e

pode continuar dando um respaldo ao grupo, unto por meio de uma continuada
ad
dr

presença e participação não muito diretiva, como de uma forma em que ele não
An

participa dos encontros, mas mantém uma permanente atitude de


de

disponibilidade.
o
ed

[...]
ev

O grupoterapeuta de adolescentes deve ter uma natural emparia com os


Az
na

mesmos e uma boa tolerância às contestações que, muitas vezes, assumem uma
lia

aparência muito agressiva; deve tolerar e descodificar a comunicação não-


Ju

verbal dos actings, e é recomendável que ele saiba, eventualmente, utilizar o


recurso da psicodramatização.
[...]
[Os grupos institucionais são um tipo de grupo operativo!]
[...]
A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada
unicamente na tarefa proposta, sendo somente nas situações em que os fatores

301
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

inconscientes inter-relacionais venham a ameaçar a integração ou a evolução


exitosa do grupo que cabem eventuais intervenções de ordem interpretativa.

15. Legalle – Prefeitura de Formigueiro – Psicólogo – 2019


Uma das primeiras abordagens da psicologia, que se concentrou no que
a mente faz - as funções da atividade mental - e no papel do comportamento para
permitir que as pessoas se adaptem ao ambiente:
(A) Evolucionismo.

05
(B) Funcionalismo.

6:
:5
(C) Cognitivismo.

12
(D) Expressionismo.

3
02
(E) Mentalismo.

/2
05
Gabarito: C

2/
Comentários: Essa trata da história da psicologia, mas dá para responder com o

-2
pé nas costas... O mentalismo não é uma abordagem da psicologia. Sobrou o

om
cognitivismo.

l.c
ai
gm
16. Legalle – Prefeitura de Cambará – Psicólogo – 2019
e@
São abordagens utilizadas para a prática da psicoterapia:
ci
pe

I. Análise do Comportamento;
es

II. Fenomenologia;
na
ia

III. Humanista.
ul
-j

Está(ão) CORRETA(S):
5
-3

(A) I, II e III
37

(B) Apenas le II.


.4
17

(C) Apenas II e III.


.3

(D) Apenas II.


46
-1

(E) Apenas I.
e

Gabarito: A
ad
dr

Comentários: As 3 uai...
An
de

17. Legalle – Prefeitura de Boa vista do Sul – Psicólogo – 2021


o
ed

Das grandes perspectivas da psicologia, é a que considera o comportamento da


ev

perspectiva do funcionamento biológico:


Az

(A) Psicodinâmica.
na
lia

(B) Humanistica.
Ju

(C) Comportamental.
(D) Cognitiva.
(E) Neurociência.
Gabarito: E
Comentários: A neurociência é a mais biológica de todas.

18. Legalle – Prefeitura de Vale do Sol – Psicólogo – 2021

302
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

As cinco grandes perspectivas da psicologia são a Neurociência, a Cognitiva, a


Comportamental, a Humanística e a Psicodinâmica. Nesse sentido, assinale a
alternativa que descreve a perspectiva Psicodinâmica.
(A) Considera o comportamento da perspectiva do funcionamento biológico.
(B) Concentra-se no comportamento observável.
(C) Examina como as pessoas compreendem o mundo e pensam sobre ele.
(D) Afirma que as pessoas são capazes de controlar seu comportamento e que
elas naturalmente tentam realizar seu pleno potencial.

05
(E) Acredita que o comportamento é motivado por forças internas,

6:
:5
inconscientes, sobre as quais uma pessoa tem pouco controle.

12
Gabarito: E

3
02
Comentários: Qual das assertivas descreve a psicanálise? Só a letra E!

/2
05
Psicodinâmica significa justamente a influência do mundo interno/inconsciente

2/
no comportamento.

-2
om
l.c
ai
FREUD, Sigmund. Além do princípio do gm
e@
ci
pe

prazer. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1976. Pg:


es
na

13-87. (Edição Standard Brasileira das obras


ia
ul
-j

psicológicas completas de Sigmund Freud, v.


5
-3
37

XVIII).
.4
17
.3
46
-1

Vamos estudar a seguinte referência na aula de hoje:


e
ad

7 FREUD, Sigmund. Além do princípio do prazer.


dr

Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1976. Pg: 13-87. (Edição


An

Standard Brasileira das obras psicológicas


de
o

completas de SigmundFreud, v. XVIII).


ed
ev
Az

Mas Alyson, e o tal do texto “Mais-além do princípio do prazer”? É a


na

mesma coisa que “Além do princípio do prazer”? Sim! Para variar, há um erro
lia
Ju

de tradução por editoras diferentes. 1

1 E o texto “Bem muito mais além lá longe do princípio do prazer”?


Ahhhh, esse você pode perguntar lá no posto Ipiranga! Rs.
Primeiro vou apresentar para vocês o texto original e em seguida o
resumo esquematizado. Recomendo, de coração, que você divida o texto em
duas partes, uma do I até o IV e outra do V em diante...

303
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Leia a primeira parte do texto, volte ao início do texto e proceda suas


interpretações na forma de anotações. Em seguida leia a segunda parte do texto
(do tópico V em diante) e novamente pare para fazer suas anotações.
Se é Freud, é preciso ter um estudo ativo. Por mais que eu seja insano ao
abordar os conteúdos é fundamental que você domine os pormenores do texto.
Depois assista os vídeos e vá fazer nossas questões.
Eu sei, demora, mas facilita a sua vida lá na frente que você nem imagina.

05
6:
Sua compulsão à repetição e seu desprazer irão diminuir bastante se seguir essas

:5
12
dicas.

3
02
Resumo

/2
05
"Além do princípio do prazer" é um ensaio escrito por Sigmund Freud em

2/
-2
1920, no qual ele discute sua teoria sobre a natureza do instinto de vida e da

om
pulsão de morte. Neste trabalho, Freud argumenta que a mente humana é

l.c
governada por dois impulsos principais: o impulso de vida (ou "Eros") e o

ai
gm
impulso de morte (ou "Thanatos"). e@
ci

Freud começa o ensaio discutindo a natureza do princípio do prazer, que


pe

é a tendência da mente a buscar o prazer e evitar a dor. Ele argumenta que o


es
na

princípio do prazer é uma força motivadora fundamental na mente humana,


ia
ul

mas que também é limitado em sua capacidade de explicar todos os


-j
5

comportamentos e processos mentais.


-3
37

Freud então introduz a ideia do impulso de morte, que é a tendência da


.4
17

mente a buscar a inércia, a morte e a dissolução. Ele sugere que o impulso de


.3
46

morte é uma força oposta e complementar ao impulso de vida e que essas duas
-1

forças trabalham juntas para moldar o comportamento humano.


e
ad
dr

Além disso, Freud explora a noção de repetição compulsiva, que é a


An

tendência das pessoas a repetir experiências traumáticas. Ele sugere que


de

a repetição compulsiva é uma forma de lidar com a angústia e a ansiedade


o
ed

decorrentes de traumas passados.


ev
Az

Por fim, Freud propõe que o objetivo final da vida é a busca pelo estado
na
lia

de repouso inorgânico, ou seja, o retorno à inércia da matéria. Ele argumenta


Ju

que a vida é um processo de constantes transformações e que a morte é uma


parte inevitável desse processo.

ALÉM DO PRINCÍPIO DE PRAZER


Na teoria da psicanálise não hesitamos em supor que o curso tomado
pelos eventos mentais está automaticamente regulado pelo princípio de prazer,
ou seja, acreditamos que o curso desses eventos é invariavelmente colocado em
movimento por uma tensão desagradável e que toma uma direção tal, que seu

304
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

resultado final coincide com uma redução dessa tensão, isto é, com uma
evitação de desprazer ou uma produção de prazer. Levando esse curso em conta
na consideração dos processos mentais que constituem o tema de nosso estudo,
introduzimos um ponto de vista ‘econômico’ em nosso trabalho, e se, ao
descrever esses processos, tentarmos calcular esse fator ‘econômico’ além dos
‘topográficos’ e ‘dinâmicos’, estaremos, penso eu, fornecendo deles a mais
completa descrição que poderemos atualmente conceber, uma descrição que

05
merece ser distinguida pelo nome de ‘metapsicológica’.

6:
:5
Com relação a isso, não nos interessa indagar até onde, com a hipótese

12
do princípio de prazer, abordamos qualquer sistema filosófico específico,

3
02
historicamente estabelecido. Chegamos a essas suposições especulativas numa

/2
05
tentativa de descrever e explicar os fatos da observação diária em nosso campo

2/
-2
de estudo. A prioridade e a originalidade não se encontram entre os objetivos

om
que o trabalho psicanalítico estabelece para si, e as impressões subjacentes à

l.c
hipótese do princípio de prazer são tão evidentes, que dificilmente podem ser

ai
gm
desprezadas. Por outro lado, prontamente expressaríamos nossa gratidão a
e@
qualquer teoria filosófica ou psicológica que pudesse informar-nos sobre o
ci
pe

significado dos sentimentos de prazer e desprazer que atuam tão


es

imperativamente sobre nós. Contudo, quanto a esse ponto, infelizmente nada


na
ia

nos é oferecido para nossos fins. Trata-se da região mais obscura e inacessível
ul
-j

da mente e, já que não podemos evitar travar contato com ela, a hipótese menos
5
-3

rígida será a melhor, segundo me parece. Decidimos relacionar o prazer e o


37
.4

desprazer à quantidade de excitação, presente na mente, mas que não se


17

encontra de maneira alguma ‘vinculada’, e relacioná-los de tal modo, que o


.3
46

desprazer corresponda a um aumento na quantidade de excitação, e o prazer,


-1

a uma diminuição. O que isso implica não é uma simples relação entre a
e
ad

intensidade dos sentimentos de prazer e desprazer e as modificações


dr
An

correspondentes na quantidade de excitação; tampouco - em vista de tudo que


de

nos foi ensinado pela psicofisiologia - sugerimos a existência de qualquer razão


o
ed

proporcional direta: o fator que determina o sentimento e provavelmente a


ev

quantidade de aumento ou diminuição na quantidade de excitação num


Az
na

determinado período de tempo. A experimentação possivelmente poderia


lia

desempenhar um papel aqui, mas não é aconselhável a nós, analistas, ir mais


Ju

à frente no problema enquanto nosso caminho não estiver balizado por


observações bastante definidas.
Não podemos, entretanto, permanecer indiferentes à descoberta de um
investigador de tanta penetração como G.T.Fechner, que sustenta uma
concepção sobre o tema do prazer e do desprazer que coincide em todos os seus
aspectos essenciais com aquela a que fomos levados pelo trabalho psicanalítico.
A afirmação de Fechner pode ser encontrada numa pequena obra, Einige Ideen

305
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

zur Schöpfungs - und Entwick - lungsgeschichte der Organismen, 1873 (Parte XI,
Suplemento, 94), e diz o seguinte: ‘Até onde os impulsos conscientes sempre
possuem uma certa relação com o prazer e o desprazer, estes também podem
ser encarados como possuindo uma relação psicofísica com condições de
estabilidade e instabilidade. Isso fornece a base para uma hipótese em que me
proponho ingressar com maiores pormenores em outra parte. De acordo com
ela, todo movimento psicofísico que se eleve acima do limiar da consciência é

05
assistido pelo prazer na proporção em que, além de um certo limite, ele se

6:
:5
aproxima da estabilidade completa, sendo assistido pelo desprazer na

12
proporção em que, além de um certo limite, se desvia dessa estabilidade, ao

3
02
passo que entre os dois limites, que podem ser descritos como limiares

/2
05
qualitativos de prazer e desprazer, há uma certa margem de indiferença estética

2/
-2
(...)’

om
Os fatos que nos fizeram acreditar na dominância do princípio de prazer

l.c
ai
na vida mental encontram também expressão na hipótese de que o aparelho

gm
mental se esforça por manter a quantidade de excitação nele presente tão baixa
e@
ci

quanto possível, ou, pelo menos, por mantê-la constante. Essa última hipótese
pe

constitui apenas outra maneira de enunciar o princípio de prazer, porque, se o


es
na

trabalho do aparelho mental se dirige no sentido de manter baixa a quantidade


ia
ul

de excitação, então qualquer coisa que seja calculada para aumentar essa
-j

quantidade está destinada a ser sentida como adversa ao funcionamento do


5
-3
37

aparelho, ou seja, como desagradável. O princípio de prazer decorre do


.4

princípio de constância; na realidade, esse último princípio foi inferido dos


17
.3

fatos que nos forçaram a adotar o princípio de prazer. Além disso, um exame
46
-1

mais pormenorizado mostrará que a tendência que assim atribuímos ao


e

aparelho mental, subordina-se, como um caso especial, ao princípio de Fechner


ad
dr

da ‘tendência no sentido da estabilidade’, com a qual ele colocou em relação os


An

sentimentos de prazer e desprazer.


de
o

Deve-se, contudo, apontar que, estritamente falando, é incorreto falar


ed
ev

nadominância do princípio de prazer sobre o curso dos processos mentais.


Az

Se tal dominância existisse, a imensa maioria de nossos processos mentais teria


na
lia

deser acompanhada pelo prazer ou conduzir a ele, ao passo que a experiência


Ju

geral contradiz completamente uma conclusão desse tipo. O máximo que se


pode dizer, portanto, é que existe na mente uma forte tendência no sentido do
princípio de prazer, embora essa tendência seja contrariada por certas outras
forças ou circunstâncias, de maneira que o resultado final talvez nem sempre
se mostre em harmonia com a tendência no sentido do prazer. Podemos
comparar isso com o que Fechner (1873, 90) observa sobre um ponto
semelhante: ‘Visto que, porém, uma tendência no sentido de um objetivo não

306
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

implica que este seja atingido, e desde que, em geral, o objetivo é atingível
apenas por aproximações(...)’
Se nos voltarmos agora para a questão de saber quais as
circunstâncias que podem impedir o princípio de prazer de ser levado
a cabo, encontrar-nos- emos mais uma vez em terreno seguro e bem
batido e, ao estruturarmos nossa
resposta, teremos à nossa disposição um copioso fundo de experiência

05
analítica.

6:
:5
12
O primeiro exemplo do princípio de prazer a ser assim inibido é

3
02
familiare ocorre com regularidade. Sabemos que o princípio de prazer é

/2
próprio de um método primário de funcionamento por parte do aparelho

05
2/
mental, mas que, do ponto de vista da autopreservação do organismo

-2
entre as dificuldades do mundoexterno, ele é, desde o início, ineficaz e

om
l.c
até mesmo altamente perigoso. Sob a influência dos instintos de

ai
autopreservação do ego, o princípio de prazer é substituído pelo
gm
e@
princípio de realidade. Esse último princípio não abandona aintenção
ci

de fundamentalmente obter prazer; não obstante, exige e efetua o


pe
es

adiamento da satisfação, o abandono de uma série de possibilidades


na

de obtê-la, e a tolerância temporária do desprazer como uma etapa no


ia
ul

longo e indiretocaminho para o prazer. Contudo, o princípio de prazer


-j
5

persiste por longo tempocomo o método de funcionamento empregado


-3
37

pelos instintos sexuais, que são difíceis de ‘educar’, e, partindo desses


.4
17

instintos, ou do próprio ego, com freqüência consegue vencer o


.3

princípio de realidade, em detrimento do organismo como um todo.


46
-1

Não pode, porém, haver dúvida de que a substituição do


e
ad

princípio de prazer pelo princípio de realidade só pode ser


dr

responsabilizada por um pequeno número - e de modo algum as mais


An

intensas - das experiências desagradáveis. Outra ocasião de liberação


de
o

do desprazer, que ocorre com não menor regularidade, pode ser


ed
ev

encontrada nos conflitos e dissensões que se efetuam no aparelho


Az

mental enquanto o ego está passando por seu desenvolvimento para


na

organizações mais altamente compostas. Quase toda aenergia com que


lia
Ju

o aparelho se abastece, origina-se de seus impulsos instintuais inatos,


mas não é a todos estes que se permite atingir as mesmas fases de
desenvolvimento. No curso das coisas, acontece repetidas vezes que
instintos individuais ou parte de instintos se mostrem incompatíveis, em
seus objetivos ou exigências, com os remanescentes, que podem
combinar-se na unidade inclusiva do ego. Os primeiros são então
expelidos dessa unidade pelo processode repressão, mantidos em níveis
inferiores de desenvolvimento psíquico, e afastados, de início, da

307
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

possibilidade de satisfação. Se subseqüentemente alcançam êxito - como


tão facilmente acontece com os instintos sexuais reprimidos - em
conseguir chegar por caminhos indiretos a uma satisfação direta ou
substitutiva, esse acontecimento, que em outros casos seria uma
oportunidade de prazer, é sentida pelo ego como desprazer. Em
conseqüência do velho conflito que terminou pela repressão, uma nova
ruptura ocorreu no princípio de prazer no exato momento em que certos

05
instintos estavam esforçando-se, de acordo com o princípio, por obter

6:
novo prazer. Os pormenores do processo pelo qual a repressão

:5
12
transforma uma possibilidade de prazer numa fonte de desprazer

3
02
ainda não estão claramente compreendidos, ou não podem ser

/2
05
claramente representados; não há dúvida,porém, de que todo desprazer

2/
neurótico é dessa espécie, ou seja, um prazer que

-2
om
não pode ser sentido como tal.

l.c
ai
As duas fontes de desprazer que acabei de indicar estão muito longe de

gm
abranger a maioria de nossas experiências desagradáveis; contudo, no que
e@
concerne ao restante, pode-se afirmar com certa justificativa que sua presença
ci
pe

não contradiz a dominância do princípio de prazer. A maior parte do desprazer


es
na

que experimentamos é um desprazer perceptivo. Esse desprazer pode ser a


ia

percepção de uma pressão por parte de instintos insatisfeitos, ou ser a


ul
-j

percepção externa do que é aflitivo em si mesmo ou que excita expectativas


5
-3

desprazerosas no aparelho mental, isto é, que é por ele reconhecido como um


37
.4

‘perigo’. A reação dessas exigências instintuais e ameaças de perigo, reação que


17
.3

constitui a atividade apropriada do aparelho mental, pode ser então dirigida de


46

maneira correta pelo princípio de prazer ou pelo princípio de realidade pelo


-1

qual o primeiro é modificado. Isso não parece tornar necessária nenhuma


e
ad

limitação de grande alcance do princípio de prazer. Não obstante, a investigação


dr
An

da reação mental ao perigo externo encontra-se precisamente em posição de


de

produzir novos materiais e levantar novas questões relacionadas com nosso


o
ed

problema atual.
ev
Az
na
lia

II
Ju

Há muito tempo se conhece e foi descrita uma condição que ocorre


após
graves concussões mecânicas, desastres ferroviários e outros acidentes
queenvolvem risco de vida; recebeu o nome de ‘neurose traumática’. A
terrível guerra que há pouco findou deu origem a grande número de
doenças desse tipo;pelo menos, porém, pôs fim à tentação de atribuir a
causa do distúrbio a lesões orgânicas do sistema nervoso, ocasionadas

308
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

pela força mecânica. O quadro sintomático apresentado pela neurose


traumática aproxima-se do da histeria pela abundância de seus
sintomas motores semelhantes; em geral, contudo, ultrapassa-o em
seus sinais fortemente acentuados de indisposição subjetiva(no que se
assemelha à hipocondria ou melancolia), bem como nas provas que
fornece de debilitamento e de perturbação muito mais abrangentes e
gerais das capacidades mentais. Ainda não se chegou a nenhuma

05
explicação completa, seja das neuroses de guerra, seja das neuroses

6:
traumáticas dos tempos de paz. No caso das primeiras, o fato de os

:5
12
mesmos sintomas às vezes aparecerem sem a intervenção de qualquer

3
02
grande força mecânica, pareceu a princípio esclarecedor e desnorteante.

/2
05
No caso das neuroses traumáticas comuns, duas características surgem

2/
proeminentemente: primeira, que o ônusprincipal de sua causação

-2
parece repousar sobre o fator da surpresa, dosusto, e, segunda, que

om
l.c
um ferimento ou dano infligidos simultaneamente operam, via de

ai
gm
regra, contra o desenvolvimento de uma neurose. ‘Susto’, ‘medo’ e
e@
‘ansiedade’ são palavras impropriamente empregadas como expressões
ci

sinônimas; são, de fato, capazes de uma distinção clara em sua relação


pe
es

com o perigo. A ‘ansiedade’ descreve um estado particular de esperar


na

o perigo ou
ia
ul
-j

preparar-se para ele, ainda que possa ser desconhecido. O ‘medo’ exige um
5

objeto definido de que se tenha temor. ‘Susto’, contudo, é o nome que damos ao
-3
37

estado em que alguém fica, quando entrou em perigo sem estar preparado para
.4
17

ele, dando-se ênfase ao fator da surpresa. Não acredito que a ansiedade possa
.3
46

produzir neurose traumática; nela existe algo que protege o seu sujeito contra
-1

osusto e, assim, contra as neuroses de susto. Voltaremos posteriormente a esse


e
ad

ponto (ver em [1] e segs).


dr
An

O estudo dos sonhos pode ser considerado o método mais digno de


de

confiança na investigação dos processos mentais profundos. Ora, os sonhos que


o
ed

ocorrem nas neuroses traumáticas possuem a característica de repetidamente


ev

trazer o paciente de volta à situação de seu acidente, numa situação da qual


Az
na

acorda em outro susto. Isso espanta bem pouco as pessoas. Pensam que o fato
lia

de a experiência traumática estar-se continuamente impondo ao paciente,


Ju

mesmo no sono, se encontra, conforme se poderia dizer, fixado em seu trauma.


As fixações na experiência que iniciou a doença há muito tempo, nos são
familiares na histeria. Breuer e Freud declararam em 1893 que ‘os histéricos
sofrem principalmente de reminiscências’. Nas neuroses de guerra também,
observadores como Ferenczi e Simmel puderam explicar certos sintomas
motores pela fixação no momento em que o trauma ocorreu.

309
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Não é de meu conhecimento, contudo, que pessoas que sofrem de


neurose traumática estejam muito ocupadas, em suas vidas despertas, com
lembranças de seu acidente. Talvez estejam mais interessadas em não pensar
nele. Qualquer um que aceite, como algo por si mesmo evidente, que os sonhos
delas devam à noite fazê-las voltar à situação que as fez cair doentes,
compreendeu mal a natureza dos sonhos. Estaria mais em harmonia com a
natureza destes, se mostrassem ao paciente quadros de seu passado sadio ou

05
da cura pela qual esperam. Se não quisermos que os sonhos dos neuróticos

6:
traumáticos abalem nossa crença no teor realizador de desejos dos sonhos,

:5
12
teremos ainda aberta a nós uma saída: podemos argumentar que a função de

3
02
sonhar, tal como muitas pessoas, nessa condição está perturbada e afastada de

/2
05
seus propósitos, ou podemos ser levados a refletir sobre as misteriosas

2/
tendências masoquistas do ego.

-2
om
Nesse ponto, proponho abandonarmos o obscuro e melancólico tema da

l.c
neurose traumática, e passar a examinar o método de funcionamento

ai
gm
empregado pelo aparelho mental em uma de suas primeiras atividades normais;
e@
quero referir-me à brincadeira das crianças.
ci
pe

As diferentes teorias sobre a brincadeira das crianças foram ainda


es
na

recentemente resumidas e discutidas do ponto de vista psicanalítico por Pfeifer


ia
ul

(1919), a cujo artigo remeto meus leitores. Essas teorias esforçam-se por
-j
5

descobrir os motivos que levam as crianças a brincar, mas deixam de trazer para
-3
37

o primeiro plano o motivo econômico, a consideração da produção de prazer


.4

envolvida. Sem querer incluir todo o campo abrangido por esses fenômenos,
17
.3
46

pude, através de uma oportunidade fortuita que se me apresentou, lançar certa


-1

luz sobre a primeira brincadeira efetuada por um menininho de ano e meio de


e
ad

idade e inventada por ele próprio. Foi mais do que uma simples observação
dr
An

passageira, porque vivi sob o mesmo teto que a criança e seus pais durante
de

algumas semanas, e foi algum tempo antes que descobri o significado da


o

enigmática atividade que ele constantemente repetia.


ed
ev
Az

A criança de modo algum era precoce em seu desenvolvimento


na

intelectual. À idade de ano e meio podia dizer apenas algumas palavras


lia

compreensíveis e utilizava também uma série de sons que expressavam um


Ju

significado inteligível para aqueles que a rodeavam. Achava-se, contudo, em


bons termos com os pais e sua única empregada, e tributos eram-lhe prestados
por ser um ‘bom menino’. Não incomodava os pais à noite, obedecia
conscientemente às ordens de não tocar em certas coisas, ou de não entrar em
determinados cômodos e, acima de tudo, nunca chorava quando sua mãe o
deixava por algumas horas. Ao mesmo tempo, era bastante ligado à mãe, que
tinha não apenas de alimentá-lo, como também cuidava dele sem qualquer

310
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

ajuda externa. Esse bom menininho, contudo, tinha o hábito ocasional e


perturbador de apanhar quaisquer objetos que pudesse agarrar e atirá-los
longe para um canto, sob a cama, de maneira que procurar seus brinquedos
eapanhá-los, quase sempre dava bom trabalho. Enquanto procedia assim,
emitia um longo e arrastado ‘o-o-o-ó’, acompanhado por expressão de
interesse e satisfação. Sua mãe e o autor do presente relato concordaram em
achar que isso não constituía uma simples interjeição, mas representava a

05
palavra alemã ‘fort‘. Acabei por compreender que se tratava de um jogo e que

6:
oúnico uso que o menino fazia de seus brinquedos, era brincar de ‘ir embora’

:5
12
comeles. Certo dia, fiz uma observação que confirmou meu ponto de vista. O

3
02
meninotinha um carretel de madeira com um pedaço de cordão amarrado

/2
05
em volta dele. Nunca lhe ocorrera puxá-lo pelo chão atrás de si, por exemplo,

2/
e brincar com o carretel como se fosse um carro. O que ele fazia era segurar o

-2
carretel pelo cordão e com muita perícia arremessá-lo por sobre a borda de sua

om
l.c
caminhaencortinada, de maneira que aquele desaparecia por entre as cortinas,

ai
gm
ao mesmo tempo que o menino proferia seu expressivo ‘o-o-ó’. Puxava então o
e@
carretel para fora da cama novamente, por meio do cordão, e saudava o seu
ci

reaparecimento com um alegre ‘da‘ (‘ali’). Essa, então, era a brincadeira


pe
es

completa: desaparecimento e retorno. Via de regra, assistia-se apenas a seu


na

primeiro ato, que era incansavelmente repetido como um jogo em si mesmo,


ia
ul

embora não haja dúvida de que o prazer maior se ligava ao segundo ato.
-j
5
-3

A interpretação do jogo tornou-se então óbvia. Ele se


37
.4

relacionava à grande realização cultural da criança, a renúncia


17

instintual (isto é, a renúncia à satisfação instintual) que efetuara ao


.3
46

deixar a mãe ir embora sem protestar. Compensava-se por isso, por


-1

assim dizer, encenando ele próprio o desaparecimento e a volta dos


e
ad

objetos que se encontravam a seu alcance. É


dr
An

naturalmente indiferente, do ponto de vista de ajuizar a natureza efetiva do jogo,


de

saber se a própria criança o inventara ou o tirara de alguma sugestão externa.


o
ed

Nosso interesse se dirige para outro ponto. A criança não pode ter sentido a
ev

partida da mãe como algo agradável ou mesmo indiferente. Como, então, a


Az
na

repetição dessa experiência aflitiva, enquanto jogo, harmonizava-se com o


lia

princípio de prazer? Talvez se possa responder que a partida dela tinha de ser
Ju

encenada como preliminar necessária a seu alegre retorno, e que neste último
residia o verdadeiro propósito do jogo. Mas contra isso deve-se levar em conta
ofato observado de o primeiro ato, o da partida, ser encenado como um jogo
em si mesmo, e com muito mais freqüência do que o episódio na íntegra, com
seu final agradável.
Nenhuma decisão certa pode ser alcançada pela análise de um caso
isolado como esse. De um ponto de vista não preconcebido, fica-se com a

311
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

impressão de que a criança transformou sua experiência em jogo devido a outro


motivo. No início, achava-se numa situação passiva, era dominada pela
experiência; repetindo-a, porém, por mais desagradável que fosse, como jogo,
assumia papel ativo. Esses esforços podem ser atribuídos a um instinto de
dominação que atuava independentemente de a lembrança em si mesma ser
agradável ou não. Mas uma outra interpretação ainda pode ser tentada. Jogar
longe o objeto, de maneira a que fosse ‘embora’, poderia satisfazer um impulso

05
da criança, suprimido na vida real, de vingar-se da mãe por afastar-se dela.

6:
Nesse caso, possuiria significado desafiador: ‘Pois bem, então: vá embora! Não

:5
12
preciso de você. Sou eu que estou mandando você embora.’ Um ano mais tarde,

3
02
o mesmo menino que eu observara em seu primeiro jogo, costumava agarrar um

/2
05
brinquedo, se estava zangado com este, e jogá-lo ao chão, exclamando: ‘Vá para

2/
a frente!’ Escutara nessa época que o pai ausente se encontrava ‘na frente (de

-2
batalha)’, e o menino estava longe de lamentar sua ausência, pelo contrário,

om
l.c
deixava bastante claro que não tinha desejo de ser perturbado em sua posse

ai
gm
exclusiva da mãe. Conhecemos outras crianças que gostavam de expressar
e@
impulsos hostis semelhantes lançando longe de si objetos, em vez de pessoas.
ci

Assim, ficamos em dúvida quanto a saber se o impulso para elaborar na mente


pe
es

alguma experiência de dominação, de modo a tornar-se senhor dela, pode


na

encontrar expressão como um evento primário e independentemente do


ia
ul

princípio de prazer. Isso porque, no caso que acabamos de estudar, a criança,


-j
5

afinal de contas, só foi capaz de repetir sua experiência desagradável na


-3
37

brincadeira porque a repetição trazia consigo uma produção de prazer de outro


.4
17

tipo, uma produção mais direta.


.3
46

Não seremos auxiliados em nossa hesitação entre esses dois pontos de


-1

vista por outras considerações sobre brincadeiras infantis. É claro que em suas
e
ad

brincadeiras as crianças repetem tudo que lhes causou uma grande impressão
dr
An

na vida real, e assim procedendo, ab-reagem a intensidade da impressão,


de

tornando-se, por assim dizer, senhoras da situação. Por outro lado, porém,
o
ed

é
ev
Az

óbvio que todas as suas brincadeiras são influenciadas por um desejo que
na

as domina o tempo todo: o desejo de crescer e poder fazer o que as


lia
Ju

pessoas crescidas fazem. Pode-se também observar que a natureza


desagradável de uma experiência nem sempre a torna inapropriada
para a brincadeira. Se o médico examina a garganta de uma criança ou
faz nela alguma pequena intervenção, podemos estar inteiramente
certos de que essas assustadoras experiências serão tema da próxima
brincadeira; contudo, não devemos, quanto a isso, desprezar o fato de
existir uma produção de prazer provinda de outra fonte. Quando a
criança passa da passividade da experiência para a atividadedo jogo,

312
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

transfere a experiência desagradável para um de seus companheiros


de brincadeira e, dessa maneira, vinga-se num substituto.
Todavia, decorre desse exame que não há necessidade de supor a
existência de um instinto imitativo especial para fornecer um motivo para a
brincadeira. Finalmente, em acréscimo, pode-se lembrar que a representação
e a imitação artísticas efetuadas por adultos, as quais, diferentemente daquelas
das crianças, se dirigem a uma audiência, não poupam aos espectadores (como

05
na tragédia, por exemplo) as mais penosas experiências, e, no entanto, podem

6:
ser por eles sentidas como altamente prazerosas. Isso constitui prova

:5
12
convincente de que, mesmo sob a dominância do princípio de prazer, há

3
02
maneiras e meios suficientes para tornar o que em si mesmo é desagradável

/2
05
num tema a ser rememorado e elaborado na mente. A consideração desses casos

2/
e situações, que têm a produção de prazer como seu resultado final, deve ser

-2
om
empreendida por algum sistema de estética com uma abordagem econômica a

l.c
seu tema geral. Eles não têm utilidade para nossos fins, pois pressupõem a

ai
gm
existência e a dominância do princípio de prazer; não fornecem provas do
e@
funcionamento de tendências além do princípio de prazer, ou seja, de
ci

tendências mais primitivas do que ele e dele independentes.


pe
es
na
ia
ul

III
-j
5
-3

Vinte e cinco anos de intenso trabalho tiveram por resultado


37

que os
.4
17

objetivos imediatos da psicanálise sejam hoje inteiramente diferentes do


.3
46

que eram no começo. A princípio, o médico que analisava não podia


-1

fazer mais do que descobrir o material inconsciente oculto para o


e
ad

paciente, reuni-lo e no momento oportuno comunicá-lo a este. A


dr
An

psicanálise era então, primeiro e acima de tudo, uma arte interpretativa.


de

Uma vez que isso não solucionava o problema terapêutico, um outro


o
ed

objetivo rapidamente surgiu à vista: obrigar o paciente a confirmar a


ev

construção teórica do analista com sua própria memória. Nesse


Az

esforço, a ênfase principal reside nas resistências do paciente: a arte


na
lia

consistia então em descobri-las tão rapidamente quanto possível,


Ju

apontando-as ao paciente e induzindo-o, pela influência humana - era


aqui que a sugestão, funcionando como ‘transferência’, desempenhava
seu papel -, a abandonar suas resistências.
Contudo, tornou-se cada vez mais claro que o objetivo que fora
estabelecido - que o inconsciente deve tornar-se consciente - não era
completamente atingível através desse método. O paciente não pode
recordar a totalidade do que nele se acha reprimido, e o que não lhe é
possível recordar pode ser exatamente a parte essencial. Dessa
313
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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maneira, ele não adquire nenhum sentimento de convicção da correção


da construção teórica que lhe foi comunicada. É obrigado a repetir o
material reprimido como se fosse uma experiência contemporânea, em
vez de, como o médico preferiria ver, recordá-lo como algo pertencente
ao passado. Essas reproduções, que surgem com tal exatidão
indesejada, sempre têm como tema alguma parte da vida sexual
infantil, isto é, do complexo de Édipo, e de seus derivativos, e são

05
invariavelmente atuadas (acted out) na esfera da transferência, da

6:
relação do paciente com o médico. Quando as coisas atingem essa

:5
12
etapa, pode-se dizer que a neurose primitiva foi então substituída por

3
02
outra nova, pela ‘neurose detransferência’. O médico empenha-se por

/2
05
manter essa neurose de transferênciadentro dos limites mais restritos;

2/
forçar tanto quanto possível o canal da memória, e permitir que surja

-2
como repetição o mínimo possível. A proporção entre o que é lembrado

om
l.c
e o que é reproduzido varia de caso para caso. O médiconão pode, via de

ai
gm
regra, poupar ao paciente essa face do tratamento. Deve fazê- lo
e@
reexperimentar alguma parte de sua vida esquecida, mas deve também
ci

cuidar, por outro lado, que o paciente retenha certo grau de alheamento,
pe
es

que lhe permitirá, a despeito de tudo, reconhecer que aquilo que parece
na

ser realidade é, na verdade, apenas reflexo de um passado esquecido. Se


ia
ul

isso puder ser conseguido com êxito, o sentimento de convicção do


-j
5

paciente será conquistado, juntamente com o sucesso terapêutico que


-3
37

dele depende.
.4
17

A fim de tornar mais fácil a compreensão dessa ‘compulsão à repetição’


.3
46

que surge durante o tratamento psicanalítico dos neuróticos, temos acima de


-1

tudo de livrar-nos da noção equivocada de que aquilo com que estamos lidando
e
ad

em nossa luta contra as resistências seja uma resistência por parte do


dr
An

inconsciente. O inconsciente, ou seja, o ‘reprimido’, não oferece resistência


de

alguma aos esforços do tratamento. Na verdade, ele próprio não se esforça por
o

outra coisa que não seja irromper através da pressão que sobre ele pesa, e abrir
ed
ev

seu caminho à consciência ou a uma descarga por meio de alguma ação real. A
Az

resistência durante o tratamento origina-se dos mesmos estratos e sistemas mais


na
lia

elevados da mente que originalmente provocaram a repressão. Mas o fato de,


Ju

como sabemos pela experiência, os motivos das resistências e, na verdade, as


próprias resistências serem a princípio inconscientes durante o tratamento, é-
nos uma sugestão para que corrijamos uma deficiência de nossa terminologia.
Evitaremos a falta de clareza se fizermos nosso contraste não entre o consciente
e o inconsciente, mas entre o ego coerente e o reprimido. É certo que grande
parte do ego é, ela própria, inconsciente, e notavelmente aquilo que podemos
descrever como seu núcleo; apenas pequena parte dele se acha abrangida pelo

314
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

termo ‘pré-consciente’. Havendo substituído uma terminologia puramente


descritiva por outra sistemática e dinâmica, podemos dizer que as resistências
do paciente originam-se do ego, e então imediatamente perceberemos que a
compulsão à repetição deve ser atribuída ao reprimido inconsciente. Parece
provável que a compulsão só possa expressar-se depois que o trabalho do
tratamento avançou a seu encontro até a metade do caminho e que afrouxou a
repressão.

05
Não há dúvida de que a resistência do ego consciente e inconsciente

6:
:5
funciona sob a influência do princípio de prazer; ela busca evitar o desprazer

12
que seria produzido pela liberação do reprimido. Nossos esforços, por outro

3
02
lado, dirigem-se no sentido de conseguir a tolerância desse desprazer por um

/2
05
apelo ao princípio de realidade. Mas, como se acha a compulsão à repetição - a

2/
-2
manifestação do poder do reprimido - relacionada com o princípio de prazer?

om
É claro que a maior parte do que é reexperimentado sob a compulsão à

l.c
repetição, deve causar desprazer ao ego, pois traz à luz as atividades dos

ai
gm
impulsos instintuais reprimidos. Isso, no entanto, constitui desprazer de uma
e@
espécie que já consideramos e que não contradiz o princípio de prazer:
ci
pe

desprazer para um dos sistemas e, simultaneamente, satisfação para outro.


es

Contudo, chegamos agora a um fato novo e digno de nota, a saber, que a


na
ia

compulsão à repetição também rememora do passado experiências que não


ul
-j

incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo,


5
-3

trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que desde então foram
37
.4

reprimidos.
17
.3

O florescimento precoce da vida sexual infantil está condenado à extinção


46
-1

porque seus desejos são incompatíveis com a realidade e com a etapa


e

inadequada de desenvolvimento a que a criança chegou. Esse florescimento


ad
dr

chega ao fim nas mais aflitivas circunstâncias e com o acompanhamento dos


An

mais penosos sentimentos. A perda do amor e o fracasso deixam atrás de si um


de

dano permanente à autoconsideração, sob a forma de uma cicatriz narcisista,


o
ed

oque, em minha opinião, bem como na de Marcinowski (1918), contribui mais


ev
Az

doque qualquer outra coisa para o ‘sentimento de inferioridade’, tão comum


na

aos neuróticos. As explorações sexuais infantis, às quais seu desenvolvimento


lia
Ju

físicoimpõe limites, não conduzem a nenhuma conclusão satisfatória; daí as


queixas posteriores, tais como ‘Não consigo realizar nada; não tenho sucesso
em nada’. O laço da afeição, que via de regra liga a criança ao genitor do sexo
oposto, sucumbe ao desapontamento, a uma vã expectativa de satisfação, ou ao
ciúme pelo nascimento de um novo bebê, prova inequívoca da infidelidade do
objetivoda afeição da criança. Sua própria tentativa de fazer um bebê, efetuada
com trágica seriedade, fracassa vergonhosamente. A menor quantidade de
afeição que recebe, as exigências crescentes da educação, palavras duras e um

315
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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castigo ocasional mostram-lhe por fim toda a extensão do desdém que lhe
concederam.Estes são alguns exemplos típicos e constantemente recorrentes
das maneiras pelas quais o amor característico da idade infantil é levado a um
término.
Os pacientes repetem na transferência todas essas situações
indesejadas e emoções penosas, revivendo-as com a maior engenhosidade.
Procuram ocasionar a interrupção do tratamento enquanto este ainda se acha

05
incompleto; imaginam sentir-se desprezados mais uma vez, obrigam o médico

6:
:5
a falar-lhes severamente e a tratá-los friamente; descobrem objetos apropriados

12
para seu ciúme; em vez do nenê apaixonadamente desejado de sua infância,

3
02
produzem um plano ou a promessa de algum grande presente, que em regra se

/2
05
mostra não menos irreal. Nenhuma dessas coisas pode ter produzido prazer no

2/
-2
passado, e poder-se-ia supor que causariam menos desprazer hoje se

om
emergissem como lembranças ou sonhos, em vez de assumirem a forma de

l.c
experiências novas. Constituem, naturalmente, as atividades de instintos

ai
gm
destinados a levar à satisfação, mas nenhuma lição foi aprendida da antiga
e@
experiência de que essas atividades, ao contrário, conduziram apenas ao
ci
pe

desprazer. A despeito disso, são repetidas, sob a pressão de uma compulsão.


es
na

O que a psicanálise revela nos fenômenos de transferência dos


ia
ul

neuróticos, também pode ser observado nas vidas de certas pessoas normais.
-j

A impressão que dão é de serem perseguidas por um destino maligno ou


5
-3
37

possuídaspor algum poder ‘demoníaco’; a psicanálise, porém, sempre foi de


.4

opinião de que seu destino é, na maior parte, arranjado por elas próprias e
17
.3

determinado por influências infantis primitivas. A compulsão que aqui se acha


46
-1

em evidêncianão difere em nada da compulsão à repetição que encontramos


e

nos neuróticos, ainda que as pessoas que agora estamos considerando nunca
ad
dr

tenham mostrado quaisquer sinais de lidarem com um conflito neurótico pela


An

produção de sintomas. Assim, encontramos pessoas em que todas as relações


de

humanas têm o mesmo resultado, tal como o benfeitor que é abandonado


o
ed

iradamente, após certo tempo, por todos os seus protegés, por mais que eles
ev
Az

possam, sob outros aspectos, diferir uns dos outros, parecendo assim
na

condenado a provar todo o amargor da ingratidão; o homem cujas amizades


lia
Ju

findam por uma traição por parte do amigo; o homem que, repetidas vezes, no
decorrer da vida, eleva outrem a uma posição de grande autoridade particular
ou pública e depois, após certo intervalo, subverte essa autoridade e a substitui
por outra nova; ou, ainda, o amante cujos casos amorosos com mulheres
atravessam as mesmas fases e chegam à mesma conclusão. Essa ‘perpétua
recorrência da mesma coisa’ não nos causa espanto quando se refere a um
comportamento ativo por parte da pessoa interessada, e podemos discernir nela
um traço de caráter essencial, que permanece sempre o mesmo, sendo

316
FAB 2023/24
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compelido a expressar-se por uma repetição das mesmas experiências. Ficamos


muito mais impressionados nos casos em que o sujeito parece ter uma
experiência passiva, sobre a qual não possui influência, mas nos quais se
defronta com uma repetição da mesma fatalidade. É o caso, por exemplo, da
mulher que se casou sucessivamente com três maridos, cada um dos quais caiu
doente logo depois e teve que ser cuidado por ela em seu leito de morte. O retrato
poético mais comovente de um destino assim foi pintado por Tasso em sua

05
epopéia romântica Gerusalemme Liberata. Seu herói, Tancredo,

6:
:5
inadvertidamente mata sua bem amada Clorinda num duelo, estando ela

12
disfarçada sob a armadura de um cavaleiro inimigo. Após o enterro, abre

3
02
caminho numa estranha floresta mágica que aterroriza o exército dos Cruzados.

/2
05
Com a espada faz um talho numa árvore altaneira, mas do corte é sangue que

2/
-2
escorre e a voz de Clorinda, cuja alma está aprisionada na árvore, é ouvida a

om
lamentar-se que mais uma vez ele feriu sua amada.

l.c
ai
Se levarmos em consideração observações como essas, baseadas

gm
no comportamento, na transferência e nas histórias da vida de homens e
e@
ci

mulheres, não só encontraremos coragem para supor que existe


pe

realmente na mente uma compulsão à repetição que sobrepuja o


es
na

princípio de prazer, como também ficaremos agora inclinados a


ia
ul

relacionar com essa compulsão os sonhos que ocorrem nas neuroses


-j

traumáticas e o impulso que leva as crianças a brincar.


5
-3
37

Contudo, é de notar que apenas em raros casos podemos observar os


.4

motivos puros da compulsão à repetição, desapoiados por outros motivos. No


17
.3

caso da brincadeira das crianças, já demos ênfase às outras maneiras pelas quais
46
-1

o surgimento da compulsão pode ser interpretado; aqui, a compulsão à


e

repetição e a satisfação instintual que é imediatamente agradável, parecem


ad
dr

convergir em associação íntima. Os fenômenos da transferência são


An

obviamente explorados pela resistência que o ego mantém em sua pertinaz


de

insistência na repressão; a compulsão à repetição, que o tratamento tenta


o
ed

colocar a seu serviço, é, por assim dizer, arrastada pelo ego para o lado dele
ev
Az

(aferrando-se, como faz o ego, ao princípio de prazer). Grande parte do que


na

poderia ser descritocomo compulsão do destino parece inteligível numa base


lia
Ju

racional, de maneira que não temos necessidade de convocar uma nova e


misteriosa força motivadorapara explicá-la.
O exemplo menos dúbio [de tal força motivadora] é talvez o dos sonhos
traumáticos. Numa reflexão mais amadurecida, porém, seremos forçados a
admitir que, mesmo nos outros casos, nem todo o campo é abrangido pelo
funcionamento das familiares forças motivadoras. Resta inexplicado o
bastante para justificar a hipótese de uma compulsão à repetição, algo que
parece mais primitivo, mais elementar e mais instintual do que o princípio de

317
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prazer que eladomina. Mas, se uma compulsão à repetição opera realmente na


mente, ficaríamos satisfeitos em conhecer algo sobre ela, aprender a que
função corresponde, sob que condições pode surgir e qual é sua relação com o
princípiode prazer, ao qual, afinal de contas, até agora atribuímos dominância
sobre o curso dos processos de excitação na vida mental.

IV

05
6:
:5
O que se segue é especulação, amiúde especulação forçada, que o

12
leitor

3
02
/2
tomará em consideração ou porá de lado, de acordo com sua predileção

05
2/
individual. É mais uma tentativa de acompanhar uma ideia sistematicamente,

-2
só por curiosidade de ver até onde ela levará.

om
l.c
A especulação psicanalítica toma como ponto de partida a impressão,

ai
gm
derivada do exame dos processos inconscientes, de que a consciência pode ser,
e@
não o atributo mais universal dos processos mentais, mas apenas uma função
ci

especial deles. Falando em termos metapsicológicos, assevera que a


pe
es

consciênciaconstitui função de um sistema específico que descreve como Cs.


na

O que a consciência produz consiste essencialmente em percepções de


ia
ul

excitação provindas do mundo externo e de sentimentos de prazer e desprazer


-j
5

que só podem surgir do interior do aparelho psíquico; assim, é possível atribuir


-3
37

ao sistema Pcpt.-Cs. uma posição no espaço. Ele deve ficar na linha fronteiriça
.4
17

entre o exterior e o interior; tem de achar-se voltado para o mundo externo e


.3
46

tem de envolver os outros sistemas psíquicos. Ver-se-á que não existe nada de
-1

ousadamente novo nessas suposições; adotamos simplesmente as concepções


e
ad

sobre localização sustentadas pela anatomia cerebral, que localiza a ‘sede’ da


dr

consciência no córtex cerebral, a camada mais externa, envolvente do órgão


An
de

central. A anatomia cerebral não tem necessidade de considerar por que,


o

anatomicamente falando, a consciência deva alojar-se na superfície do cérebro,


ed
ev

em vez de encontrar-se seguramente abrigada em algum lugar de seu mais


Az

íntimo interior. Talvez nós sejamos mais bem-sucedidos em explicar essa


na
lia

situação, no caso de nosso sistema Pcpt.-Cs. A consciência não é o único caráter


Ju

distintivo que atribuímos aos processos desse sistema.


Com base em impressões derivadas de nossa experiência psicanalítica,
supomos que todos os processos excitatórios que ocorrem nos outros
sistemas deixam atrás de si traços permanentes, os quais formam os
fundamentos da memória. Tais traços de memória, então, nada têm a ver com
o fato de se tornarem conscientes; na verdade, com freqüência são mais
poderosos e permanentes quando o processo que os deixou atrás de si foi um
processo que nunca penetrou na consciência. Achamos difícil acreditar,
318
FAB 2023/24
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contudo, que traços permanentes de excitação como esses sejam também


deixados no sistema Pcpt.-Cs. Se permanecessem constantemente conscientes,
muito cedo estabeleceriam limites à aptidão do sistema para o recebimento de
novas excitações. Se, por outro lado, fossem inconscientes, nos defrontaríamos
com o problema de explicar a existência de processos inconscientes num
sistema cujo funcionamento, sob outros aspectos, se faz acompanhar pelo
fenômeno da consciência. Não teríamos, por assim dizer, nem alterado nem

05
ganho nada com nossa hipótese de relegar o processo de tornar-se consciente

6:
a um sistema especial. Embora essa consideração de modo algum seja

:5
12
conclusiva, leva-nos não obstante a suspeitar de que tornar-se consciente e

3
02
deixar atrás de si um traço de memória, são processos incompatíveis um com o

/2
05
outro dentro de um só e mesmo sistema. Assim, poderíamos dizer que o

2/
processo excitatório se

-2
om
torna consciente no sistema Cs., mas não deixa traço permanente atrás de si; a

l.c
excitação, porém, é transmitida aos sistemas que ficam a seguir e é neles que

ai
gm
seus traços são deixados. Segui essas mesmas linhas no quadro esquemático que
e@
incluí na parte especulativa de minha Interpretação de Sonhos. Deve-se manter
ci
pe

em mente que muito pouco se conhece sobre outras fontes de origem da


es

consciência; dessa maneira, quando formulamos a proposição de que a


na
ia

consciência surge em vez de um traço de memória, a assertiva merece


ul
-j

consideração, pelo menos com o fundamento de que é estruturada em termos


5
-3

bastante precisos.
37
.4

Se isso é assim, então, o sistema Cs. se caracteriza pela peculiaridade de


17
.3

que nele (em contraste com o que acontece nos outros sistemas psíquicos) os
46
-1

processos excitatórios não deixam atrás de si nenhuma alteração permanente


e

em seus elementos, mas exaurem-se, por assim dizer, no fenômeno de se


ad
dr

tornarem conscientes. Uma exceção desse tipo à regra geral exige ser explicada
An

por algum fator que se aplique exclusivamente a esse determinado sistema. Tal
de

fator, ausente nos outros sistemas, bem poderia ser a situação exposta do
o
ed

sistema Cs., imediatamente próxima, como é, do mundoexterno.


ev
Az

Imaginemos um organismo vivo em sua forma mais simplificada


na

possível, como uma vesícula indiferenciada de uma substância que é suscetível


lia
Ju

de estimulação. Então, a superfície voltada para o mundo externo, pela sua


própria situação, se diferenciará e servirá de órgão para o recebimento de
estímulos. Na verdade, a embriologia, em sua capacidade de recapituladora da
história desenvolvimental, mostra-nos realmente que o sistema nervoso
centralse origina do ectoderma; a matéria cinzenta do córtex permanece um
derivado da camada superficial primitiva do organismo e pode ter herdado
algumas de suas propriedades essenciais. Seria então fácil

319
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

supor que, como resultado do impacto incessante de estímulos externos sobre


a superfície da vesícula, sua substância, até uma certa profundidade, pode ter
sidopermanentemente modificada, de maneira que os processos excitatórios
nela seguem um curso diferente do seguido nas camadas mais profundas.
Formar- se-ia então uma crosta que acabaria por ficar tão inteiramente
‘calcinada’ pela estimulação, que apresentaria as condições mais favoráveis
possíveis para a recepção de estímulos e se tornaria incapaz de qualquer outra

05
modificação. Emtermos do sistema Cs. isso significa que seus elementos não

6:
poderiam mais experimentar novas modificações permanentes pela passagem

:5
12
da excitação, porque já teriam sido modificados, a esse respeito, até o ponto

3
02
mais amplo possível; agora, contudo, se teriam tornado capazes de dar origem à

/2
05
consciência.É possível formar várias ideias, que não podem, de momento, ser

2/
verificadas, quanto à natureza dessa modificação da substância e do processo

-2
excitatório. Pode-se supor que, ao passar de determinado elemento para outro,

om
l.c
a excitação tem de vencer uma resistência e que é a diminuição da resistência

ai
gm
assim e@
alcançada que deixa um traço permanente da excitação, isto é, uma facilitação.
ci
pe

No sistema Cs., então, uma resistência dessa espécie à passagem de


es

determinado elemento não mais existirá. Esse quadro pode ser relacionado com
na
ia

a distinção efetuada por Breuer entre energia catéxica quiescente (ou vinculada)
ul
-j

e móvel nos elementos dos sistemas psíquicos; os elementos do sistema Cs. não
5
-3

conduziriam energia vinculada, mas apenas energia capaz de descarga livre.


37
.4

Parece melhor, contudo, expressarmo-nos tão cautelosamente quanto possível


17

sobre esses pontos. Não obstante, essa especulação permitiu-nos colocar a


.3
46

origem da consciência num certo tipo de vinculação com a situação do sistema


-1

Cs. e com as peculiaridades que devem ser atribuídas aos processos excitatórios
e
ad

que neles se realizam.


dr
An

Contudo, temos mais a dizer sobre a vesícula viva, com sua camada
de

cortical receptiva. Esse pequeno fragmento de substância viva acha-se suspenso


o
ed

no meio de um mundo externo carregado com as mais poderosas energias, e


ev
Az

seria morto pela estimulação delas emanadas, se não dispusesse de um escudo


na

protetor contra os estímulos. Ele adquire esse escudo da seguinte maneira: sua
lia
Ju

superfície mais externa deixa de ter a estrutura apropriada à matéria viva, torna-
se até certo ponto inorgânica e, daí por diante, funciona como um envoltório ou
membrana especial, resistente aos estímulos. Em conseqüência disso, as
energias do mundo externo só podem passar para as camadas subjacentes
seguintes, que permaneceram vivas, com um fragmento de sua intensidade
original, e essas camadas podem dedicar-se, por trás do escudo protetor, à
recepção das quantidades de estímulo que este deixou passar. Através de sua
morte a camada exterior salvou todas as camadas mais profundas de um destino

320
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

semelhante, a menos que os estímulos que a atinjam sejam tão fortes que
atravessem o escudo protetor. A proteção contra os estímulos é, para os
organismos vivos, uma função quase mais importante do que a recepção
deles. O escudo protetor é suprido com seu próprio estoque de energia e deve,
acima de tudo, esforçar-se por preservar os modos especiais de transformação
de energia que nele operam, contra os efeitos ameaçadores das enormes
energias em ação no mundo externo, efeitos que tendem para o nivelamento

05
deles e, assim, para a destruição. O principal intuito da recepção de estímulos

6:
édescobrir a direção e a natureza dos estímulos externos; para isso, é suficiente

:5
12
apanhar pequenos espécimes do mundo externo, para classificá-lo em

3
02
pequenas quantidades. Nos organismos altamente desenvolvidos, a camada

/2
05
cortical receptiva da antiga vesícula há muito tempo já se retirou para as

2/
profundezas do corpo, embora partes dela tenham sido deixadas sobre a

-2
superfície, imediatamente abaixo do escudo geral contra os estímulos. Essas

om
l.c
partes são os órgãos dos sentidos, que consistem essencialmente em aparelhos

ai
gm
para a recepção de certos efeitos específicos de estimulação, mas que também
e@
incluem disposições especiais para maior proteção contra quantidades
ci

excessivas de estimulação e para a exclusão de tipos inapropriados de


pe
es

estímulos. É
na
ia

característico deles tratarem apenas com quantidades muito pequenas de


ul
-j

estimulação externa e apenas apanharem amostras do mundo externo. Podem


5
-3

ser talvez comparados a tentáculos que estão sempre efetuando avanços


37
.4

experimentais no sentido do mundo externo, e então retirando-se dele.


17
.3

Nesse ponto, aventurar-me-ei a aflorar por um momento um assunto que


46
-1

mereceria tratamento mais exaustivo. Em conseqüência de certas descobertas


e

psicanalíticas, encontramo-nos hoje em posição de empenhar-nos num estudo


ad
dr

do teorema kantiano segundo o qual tempo e espaço são ‘formas necessárias


An

depensamento’. Aprendemos que os processos mentais inconscientes são, em


de

si mesmos, ‘intemporais’. Isso significa, em primeiro lugar, que não são


o
ed

ordenadostemporalmente, que o tempo de modo algum os altera e que a ideia


ev
Az

de tempo não lhes pode ser aplicada. Trata-se de características negativas que
na

só podem ser claramente entendidas se se fizer uma comparação com os


lia
Ju

processos mentais conscientes. Por outro lado, nossa ideia abstrata de tempo
parece ser integralmente derivada do método de funcionamento do sistema
Pcpt.-Cs. e corresponder a uma percepção de sua própria parte nesse
método defuncionamento, o qual pode talvez constituir uma outra maneira de
fornecer umescudo contra os estímulos. Sei que essas observações devem soar
muito obscuras, mas tenho de limitar-me a essas sugestões.
Indicamos como a vesícula viva está provida de um escudo contra os
estímulos provenientes do mundo externo e mostramos anteriormente que a

321
FAB 2023/24
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Professor Alyson Barros

camada cortical seguinte a esse escudo deve ser diferenciada como um órgão
para a recepção de estímulos do exterior. Esse córtex sensitivo, contudo, que
posteriormente deve tornar-se o sistema Cs., também recebe excitações desde
ointerior. A situação do sistema, entre o exterior e o interior, e a diferença entre
as condições que regem a recepção de excitações nos dois casos, têm um efeito
decisivo sobre o funcionamento do sistema e de todo o aparelho mental. No
sentido do exterior, acha-se resguardado contra os estímulos, e as quantidades

05
de excitação que sobre ele incidem possuem apenas efeito reduzido. No sentido

6:
do interior, não pode haver esse escudo; as excitações das camadas mais

:5
12
profundas estendem-se para o sistema diretamente e em quantidade não

3
02
reduzida, até onde algumas de suas características dão origem a sentimentos da

/2
05
série prazer-desprazer. As excitações que provêm de dentro, entretanto, em sua

2/
intensidade e em outros aspectos qualitativos - em sua amplitude, talvez -, são

-2
mais comensuradas com o método de funcionamento do sistema do que os

om
l.c
estímulos que afluem desde o mundo externo. Esse estado de coisas produz dois

ai
gm
resultados definidos. Primeiramente, os sentimentos de prazer e desprazer
e@
(que constituem um índice do que está acontecendo no interior do aparelho)
ci

predominam sobre todos os estímulos externos. Em segundo lugar, é adotada


pe
es

uma maneira específica de lidar com quaisquer excitações internas que


na

produzam um aumento demasiado grande de desprazer; há uma tendência a


ia
ul

tratá-las como se atuassem, não de dentro, mas de fora, de maneira que seja
-j
5
-3

possível colocar o escudo contra estímulos em operação, como meio de


37
.4

defesa contra elas. É essa a origem da projeção, destinada a


17

desempenhar um papel tão grande na causação dos processos


.3
46

patológicos.
-1

Tenho a impressão de que essas últimas considerações nos levaram


e
ad

auma melhor compreensão da dominância do princípio de prazer, mas ainda


dr
An

nãose lançou luz alguma sobre os casos que contradizem essa dominância.
de

Assim, avancemos um passo. Descrevemos como ‘traumáticas’ quaisquer


o
ed

excitações provindas de fora que sejam suficientemente poderosas para


ev

atravessar o escudo protetor. Parece-me que o conceito de trauma implica


Az
na

necessariamenteuma conexão desse tipo com uma ruptura numa barreira sob
lia

outros aspectos eficazes contra os estímulos. Um acontecimento como um


Ju

trauma externo estádestinado a provocar um distúrbio em grande escala no


funcionamento daenergia do organismo e a colocar em movimento todas as
medidas defensivas possíveis. Ao mesmo tempo, o princípio de prazer é
momentaneamente postofora de ação. Não há mais possibilidade de impedir
que o aparelho mental sejainundado com grandes quantidades de estímulos;
em vez disso, outro problemasurge, o problema de dominar as quantidades de
estímulo que irromperam, e de vinculá-las no sentido psíquico, a fim de que
delas se possa então desvencilhar.
322
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

O desprazer específico do sofrimento físico provavelmente


resulta de que o escudo protetor tenha sido atravessado numa área
limitada. Dá-se entãoum fluxo contínuo de excitações desde a parte da
periferia relacionada até o aparelho central da mente, tal como
normalmente surgiria apenas desde o interior do aparelho. E como
esperamos que a mente reaja a essa invasão? A energia catéxica é
convocada de todos os lados para fornecer catexias suficientemente

05
altas de energia nos arredores da ruptura. Uma ‘anticatexia’em grande

6:
escala é estabelecida, em cujo benefício todos os outros sistemas

:5
12
psíquicos são empobrecidos, de maneira que as funções psíquicas

3
02
remanescentes são grandemente paralisadas ou reduzidas. Devemos

/2
05
empenhar-nos em extrair uma lição de exemplos como esse e utilizá-los

2/
como base para nossas especulações metapsicológicas. Do presente

-2
caso, então, inferimos que um sistema que é altamente catexizado é

om
l.c
capaz de receber um influxo adicional de energia nova e de convertê-la

ai
gm
em catexia quiescente, isso é,de vinculá-la psiquicamente. Quanto mais
e@
alta a própria catexia quiescente do sistema, maior parece ser a sua força
ci

vinculadora; inversamente, entretanto, quanto mais baixa a catexia,


pe
es

menos capacidade terá para receber o influxo de energia e mais violentas


na

serão as conseqüências de tal ruptura no escudo protetor contra


ia
ul

estímulos. A essa concepção não se pode corretamente objetar que o


-j
5

aumento de catexia em redor da ruptura pode ser mais simplesmente


-3
37

explicado como sendo o resultado direto das massas afluentes de


.4
17

excitação. Se assim fosse, o aparelho mental meramente receberia um


.3
46

aumento em suas catexias de energia, e o caráter paralisante do


-1

sofrimento e o empobrecimento de todos os outros sistemas


e
ad

permaneceriam inexplicados. Tampouco os


dr

fenômenos muito violentos de descarga a que o sofrimento dá origem


An
de

influenciam nossa explicação, porque ocorrem de maneira reflexa, ou seja,


o

decorrem sem a intervenção do aparelho mental. A indefinição de todas as


ed
ev

nossas discussões sobre o que descrevemos como metapsicologia, é


Az

naturalmente devida ao fato de nada sabermos sobre a natureza do processo


na
lia

excitatório que se efetua nos elementos dos sistemas psíquicos, e ao fato de não
Ju

nos sentirmos justificados em estruturar qualquer hipótese sobre o assunto. Por


conseguinte, ficamos operando todo o tempo com um grande fator
desconhecido, que somos obrigados a transportar para cada nova fórmula.
Poder-se-ia razoavelmente supor que esse processo excitatório possa ser
executado com energias que variam quantitativamente; pode também parecer
provável que ele tenha mais do que uma só qualidade (da natureza da amplitude,
por exemplo). Como novo fator, tomamos em consideração a hipótese de Breuer
de que as cargas de energia ocorrem sob duas formas [ver em [1] e [2] ], de

323
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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maneira que temos de distinguir entre dois tipos de catexia dos sistemas
psíquicos ou seus elementos: uma catexia que flui livremente e pressiona no
sentido da descarga e uma catexia quiescente. Podemos talvez suspeitar de que
a vinculação da energia que flui para dentro do aparelho mental consiste em sua
mudança de um estado de fluxo livre para um estado quiescente.
Podemos, acredito, atrever-nos experimentalmente a considerar a
neurose traumática comum como conseqüência de uma grande ruptura que

05
foi causada no escudo protetor contra os estímulos. Isso pareceria

6:
:5
restabelecer a antiga e ingênua teoria do choque, em aparente contraste com a

12
teoria posterior e psicologicamente mais ambiciosa que atribuiu importância

3
02
etiológica não aos efeitos da violência mecânica, mas ao susto e à ameaça à vida.

/2
05
Esses pontos de vista opostos não são, entretanto, irreconciliáveis, nem

2/
-2
tampouco a concepção psicanalítica das neuroses traumáticas é idêntica à teoria

om
do choque em sua forma mais grosseira. Esta última considera a essência do

l.c
choque como sendo o dano direto à estrutura molecular ou mesmo à estrutura

ai
gm
histológica dos elementos do sistema nervoso, ao passo que aquilo que nós
e@
procuramos compreender são os efeitos produzidos sobre o órgão da mente pela
ci
pe

ruptura do escudo contra estímulos e pelos problemas que se seguem em sua


es

esteira. E atribuímos ainda importância ao elemento de susto. Ele é causado pela


na
ia

falta de qualquer preparação para a ansiedade, inclusive a falta de hipercatexia


ul
-j

dos sistemas que seriam os primeiros a receber o estímulo. Devido à sua baixa
5
-3

catexia, esses sistemas não se encontram em boa posição para vincular as


37
.4

quantidades afluentes de excitação, e as conseqüências da ruptura no escudo


17

defensivo decorrem mais facilmente ainda. Ver-se-á, então, que a preparação


.3
46

para a ansiedade e a hipercatexia dos sistemas receptivos constitui a última linha


-1

de defesa do escudo contra estímulos. No caso de bom número de traumas, a


e
ad

diferença entre sistemas que estão despreparados e sistemas que se acham bem
dr
An

preparados através da hipercatexia, pode constituir fator decisivo na


de

determinação do resultado, embora, onde a intensidade do trauma exceda certo


o
ed

limite, esse fator indubitavelmente deixe de ter importância. A realização de


ev
Az

desejo é, como sabemos, ocasionada de maneira alucinatória pelos sonhos e sob


na

a dominância do princípio de prazer tornou-se função deles. Mas não é a serviço


lia
Ju

desse princípio que os sonhos dos pacientes que sofrem de neuroses traumáticas
nos conduzem de volta, com tal regularidade, à situação em que o trauma
ocorreu. Podemos antes supor que aqui os sonhos estão ajudando a executar
outra tarefa, a qual deve ser realizada antes que a dominância do princípio de
prazer possa mesmo começar. Esses sonhos esforçam-se por dominar
retrospectivamente o estímulo, desenvolvendo a ansiedade cuja omissão
constituiu a causa da neurose traumática. Concedem-nos assim a visão de uma
função do aparelho mental, visão que, embora não contradiga o princípio de

324
FAB 2023/24
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prazer, é sem embargo independente dele, parecendo ser mais primitiva do que
o intuito de obter prazer e evitar desprazer.
Esse, então, pareceria ser o lugar para, pela primeira vez, admitir uma
exceção à proposição de que os sonhos são realizações de desejos. Os sonhos de
ansiedade, como repetida e pormenorizadamente demonstrei, não oferecem
essa exceção, nem tampouco o fazem os ‘sonhos de castigo’, porque eles
simplesmente substituem a realização de desejo proibida pela punição

05
adequada a ela, isto é, realizam o desejo do sentimento de culpa que é a reação

6:
:5
ao impulso repudiado. É, porém, impossível classificar como realizações de

12
desejos os sonhos que estivemos debatendo e que ocorrem nas neuroses

3
02
traumáticas, ou os sonhos tidos durante as psicanálises, os quais trazem à

/2
05
lembrança os traumas psíquicos da infância. Eles surgem antes em obediência

2/
-2
à compulsão à repetição, embora seja verdade que, na análise, essa compulsão

om
é apoiada pelo desejo (incentivado pela ‘sugestão’) de conjurar o que foi

l.c
esquecido e reprimido. Dessa maneira, pareceria que a função dos sonhos, que

ai
gm
consiste em afastar quaisquer motivos que possam interromper o sono, através
e@
da realização dos desejos dos impulsos perturbadores, não é a sua função
ci
pe

original. Não lhes seria possível desempenhar essa função até que a totalidade
es

da vida mental houvesse aceito a dominância do princípio de prazer. Se existe


na
ia

um ‘além do princípio de prazer’, é coerente conceber que houve também uma


ul
-j

época anterior em que o intuito dos sonhos foi a realização de desejos. Isso não
5
-3

implicaria numa negação de sua função posterior, mas, uma vez rompida a regra
37
.4

geral, surge uma outra questão. Não podem os sonhos que, com vistas à sujeição
17

psíquica de impressões traumáticas, obedecem à compulsão à repetição, não


.3
46

podem esses sonhos, perguntamos, ocorrer fora da análise também? E a


-1

resposta só pode ser uma afirmativa decidida.


e
ad
dr

Argumentei em outra parte que as ‘neuroses de guerra’ (até onde essa


An

expressão implica algo mais do que uma referência às circunstâncias do


de

desencadeamento da doença) podem muito bem ser neuroses traumáticas que


o
ed

foram facilitadas por um conflito no ego. O fato a que me referi em [1], o de que
ev
Az

um grande dano físico causado simultaneamente pelo trauma diminui as


na
lia

possibilidades de que uma neurose se desenvolva, torna-se inteligível se


Ju

tivermos em mente dois fatos que foram enfatizados pela pesquisa psicanalítica:
primeiramente, que a agitação mecânica deve ser reconhecida como uma das
fontes de excitação sexual e, em segundo lugar, que moléstias penosas e febris
exercem um poderoso efeito, enquanto perduram, sobre a distribuição da
libido. Assim, por um lado, a violência mecânica do trauma liberaria uma
quantidade de excitação sexual que, devido à falta de preparação para a
ansiedade, teria um efeito traumático, mas, por outro lado, o dano físico
simultâneo, exigindo uma hipercatexia narcisista do órgão prejudicado,

325
FAB 2023/24
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sujeitaria o excesso de excitação. É também bem conhecido, embora a teoria da


libido ainda não tenha feito uso suficiente do fato, que distúrbios graves na
distribuição da libido, tal como a melancolia, são temporariamente
interrompidos por uma moléstia orgânica intercorrente, e, na verdade, que
mesmo uma condição plenamente desenvolvida de demência precoce é capaz
de remissão temporária nessas mesmas circunstâncias.

05
6:
V

:5
12
O fato de a camada cortical que recebe os estímulos achar-se

3
02
sem

/2
05
qualquer escudo protetor contra as excitações provindas do interior deve ter

2/
-2
como resultado que essas últimas transmissões de estímulos possuam uma

om
preponderância em importância econômica e amiúde ocasionem distúrbios

l.c
econômicos comparáveis às neuroses traumáticas. As mais abundantes fontes

ai
gm
dessa excitação interna são aquilo que é descrito como os ‘instintos’ do
e@
organismo, os representantes de todas as forças que se originam no interior do
ci
pe

corpo e são transmitidas ao aparelho mental, desde logo o elemento mais


es

importante e obscuro da pesquisa psicológica.


na
ia
ul

Não se pensará que é precipitado demais supor que os impulsos que


-j

surgem dos instintos não pertencem ao tipo dos processos nervosos vinculados,
5
-3
37

mas sim ao de processos livremente móveis, que pressionam no sentido da


.4

descarga. A maior parte do que sabemos desses processos deriva de nosso


17
.3

estudo sobre a elaboração onírica. Nela descobrimos que os processos dos


46
-1

sistemas inconscientes eram fundamentalmente diferentes dos existentes nos


e

sistemas pré-conscientes (ou conscientes). No inconsciente, as catexias podem


ad
dr

com facilidade ser completamente transferidas, deslocadas e condensadas. Tal


An

tratamento, no entanto, produziria apenas resultados não-válidos se fosse


de

aplicado ao material pré-consciente, e isso explica as familiares peculiaridades


o
ed

apresentadas pelos sonhos manifestos depois que os resíduos pré-conscientes


ev
Az

do dia anterior foram elaborados de acordo com as leis que operam no


na

inconsciente. Descrevi o tipo de processo encontrado no inconsciente como


lia
Ju

sendo o processo psíquico ‘primário’, em contraposição com o processo


‘secundário’, que é o que impera em nossa vida de vigília normal. Visto que
todos os impulsos instintuais têm os sistemas inconscientes como seu ponto de
impacto, quase não constitui novidade dizer que eles obedecem ao processo
primário. É fácil ainda identificar o processo psíquico primário com a catexia
livremente móvel de Breuer, e o processo secundário, com alterações em sua
catexia vinculada ou tônica. Se assim é, seria tarefa dos estratos mais elevados
do aparelho mental sujeitar a excitação instintual que atinge o processo

326
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primário. Um fracasso em efetuar essa sujeição provocaria um distúrbio


análogo a uma neurose traumática, e somente após haver sido efetuada é que
seria possível à dominância do princípio de prazer (e de sua modificação, o
princípio de realidade) avançar sem obstáculo. Até então, a outra tarefa do
aparelho mental, a tarefa de dominar ou sujeitar as excitações, teria
precedência, não, na verdade, em oposição ao princípio de prazer, mas
independentemente dele e, até certo ponto, desprezando-o.

05
As manifestações de uma compulsão à repetição (que descrevemos como

6:
:5
ocorrendo nas primeiras atividades da vida mental infantil, bem como entre os

12
eventos do tratamento psicanalítico) apresentam em alto grau um caráter

3
02
instintual e, quando atuam em oposição ao princípio de prazer, dão a aparência

/2
05
de alguma força ‘demoníaca’ em ação. No caso da brincadeira, parece que

2/
-2
percebemos que as crianças repetem experiências desagradáveis pela razão

om
adicional de poderem dominar uma impressão poderosa muito mais

l.c
completamente de modo ativo do que poderiam fazê-lo simplesmente

ai
gm
experimentando-a de modo passivo. Cada nova repetição parece fortalecer a
e@
supremacia que buscam. Tampouco podem as crianças ter as suas experiências
ci
pe

agradáveis repetidas com freqüência suficiente, e elas são inexoráveis em sua


es

insistência de que a repetição seja idêntica. Posteriormente, esse traço de


na
ia

caráter desaparece. Se um chiste é escutado pela segunda vez, quase não


ul
-j

produz efeito; uma produção teatral jamais cria, da segunda vez, uma impressão
5
-3

tão grande como da primeira; na verdade, é quase impossível persuadir um


37
.4

adulto que gostou muito de ler um livro, a relê-lo imediatamente. A novidade é


17

sempre a condição do deleite, mas as crianças nunca se cansam de pedir a um


.3
46

adulto que repita um jogo que lhes ensinou ou que com elas jogou, até ele ficar
-1

exausto demais para prosseguir. E, se contarmos a uma criança uma linda


e
ad

história, ela insistirá em ouvi-la repetidas vezes, de preferência a escutar uma


dr
An

nova, e sem remorsos estipulará que a repetição seja idêntica, corrigindo


de

quaisquer alterações de que o narrador tenha a culpa, embora, na realidade,


o
ed

estas possam ter sido efetuadas na esperança de obter uma nova aprovação.
ev

Nada disso contradiz o princípio de prazer: a repetição, a reexperiência de algo


Az
na

idêntico, é claramente, em si mesma, uma fonte de prazer. No caso de uma


lia

pessoa em análise, pelo contrário, a compulsão à repetição na transferência


Ju

dos acontecimentos da infância evidentemente despreza o princípio de


prazer sob todos os modos. O paciente comporta-se de modo puramente
infantil e assim nos mostra que os traços de memória reprimidos de suas
experiências primevas não se encontram presentes nele em estado de
sujeição, mostrando-se elas, na verdade, em certo sentido, incapazes
de obedecer ao processo secundário. Além disso, é ao fato de não se
acharem sujeitas, que devem sua capacidade de formar, em conjunção

327
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com os resíduos do dia anterior, uma fantasia de desejo que surge num
sonho. A mesma compulsão à repetição freqüentemente se nos defronta
como um obstáculo ao tratamento, quando, ao fim da análise, tentamos
induzir o paciente a desligar- se completamente do médico. Pode-se
supor também que, quando pessoas desfamiliarizadas com a análise
sentem um medo obscuro, um temor de despertar algo que, segundo
pensam, é melhor deixar adormecido, aquilo de que no fundo têm medo,

05
é do surgimento dessa compulsão com sua sugestão deposse por algum

6:
poder ‘demoníaco’.

:5
12
Mas como o predicado de ser ‘instintual’ se relaciona com a compulsão

3
02
àrepetição? Nesse ponto, não podemos fugir à suspeita de que deparamos com

/2
05
atrilha de um atributo universal dos instintos e talvez da vida orgânica em geral

2/
que até o presente não foi claramente identificado ou, pelo menos, não

-2
om
explicitamente acentuado. Parece, então que um instinto é um impulso,

l.c
inerente à vida orgânica, a restaurar um estado anterior de coisas, impulso que

ai
gm
a entidade viva foi obrigada a abandonar sob a pressão de forças perturbadoras
e@
externas, ou seja, é uma espécie de elasticidade orgânica, ou, para dizê-lo de
ci

outro modo, a expressão da inércia inerente à vida orgânica.


pe
es
na

Essa visão dos instintos nos impressiona como estranha porque


ia

nos
ul
-j

acostumamos a ver neles um fator impelidor no sentido da mudança e do


5
-3

desenvolvimento, ao passo que agora nos pedem para reconhecer neles o exato
37
.4

oposto, isto é, uma expressão da natureza conservadora da substância viva. Por


17
.3

outro lado, logo relembraremos exemplos tirados a vida animal que parecem
46

confirmar a opinião de que os instintos são historicamente determinados.


-1
e

Certos peixes, por exemplo, empreendem laboriosas migrações na época da


ad
dr

desova, a fim de depositar sua progênie em águas específicas, muito afastadas


An

de suas regiões costumeiras. Na opinião de muitos biólogos, o que fazem é


de

simplesmente procurar as localidades que suas espécies antigamente


o
ed

habitavam, mas que, no decorrer do tempo, trocaram por outras. Acredita-se


ev
Az

que a mesma explicação se aplique aos vôos migratórios das aves de arribação,
na

mas somos rapidamente liberados da necessidade de buscar outros exemplos


lia

pela reflexão de que as mais impressivas provas de que há uma compulsão


Ju

orgânica a repetir estão nos fenômenos da hereditariedade e nos fatos da


embriologia. Vemos como o germe de um animal vivo é obrigado, no curso de
sua evolução, a recapitular (mesmo se de maneira transitória e abreviada) as
estruturas de todas as formas das quais se originou, em vez de avançar
rapidamente, pela via mais curta, até sua forma final. Esse comportamento é,
apenas em grau muito tênue, atribuível a causas mecânicas, e, por conseguinte,
a explicação histórica não pode ser desprezada. Assim também o poder de

328
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

regenerar um órgão perdido, fazendo crescer de novo um outro exatamente


semelhante, estende-se bem acima do reino animal.
Apresentar-se-nos-á a plausível objeção de que bem pode ser que, além
dos instintos de conservação que impelem à repetição, poderão existir outros
que impulsionam no sentido do progresso e da produção de nova formas. Esse
argumento decerto não deve ser desprezado e será levado em conta numa etapa
posterior. No momento, porém, é tentador perseguir até sua conclusão lógica

05
ahipótese de que todos os instintos tendem à restauração de um estado anterior

6:
:5
de coisas. O resultado talvez dê a impressão de misticismo ou de falsa

12
profundidade, mas podemos sentir-nos inocentes de ter quaisquer desses

3
02
propósitos em vista. Buscamos apenas os sóbrios resultados da pesquisa ou da

/2
05
reflexão nela baseada, e não temos desejo algum de encontrar neles qualquer

2/
-2
outra qualidade que não seja a certeza.

om
Suponhamos, então, que todos os instintos orgânicos são

l.c
ai
conservadores, que são adquiridos historicamente, e que tendem à

gm
restauração de um estado anterior de coisas2. Disso decorre que os
e@
ci

fenômenos do desenvolvimento orgânico devem ser atribuídos a influências


pe
es

perturbadoras e desviadoras externas. A entidade viva elementar, desde seu


na

início, não teria desejo de mudar; se as condições permanecessem as mesmas,


ia
ul

não faria mais do que constantemente repetir o mesmo curso de vida. Em


-j
5

última instância, o que deixou sua marca sobre o desenvolvimento dos


-3
37

organismos deve ter sido a história da Terra em que vivemos e de sua relação
.4
17

com o Sol. Toda modificação,assim imposta ao curso da vida do organismo, é


.3

aceita pelos instintos orgânicos conservadores e armazenada para ulterior


46
-1

repetição. Esses instintos, portanto, estão fadados a dar uma aparência


e
ad

enganadora de serem forças tendentes à mudança e ao progresso, ao passo que,


dr

de fato, estão apenas buscando alcançarum antigo objetivo por caminhos tanto
An

velhos quanto novos. Ademais, é possívelespecificar esse objetivo final de todo


de
o

o esforço orgânico. Estaria em contradição à natureza conservadora dos


ed
ev

instintos que o objetivo da vida fosse um estado decoisas que jamais houvesse
Az

sido atingido. Pelo contrário, ele deve ser um estadode coisas antigo, um estado
na

inicial de que a entidade viva, numa ou noutra ocasião, se afastou e ao qual se


lia
Ju

esforça por retornar através dos tortuosos caminhos ao longo dos quais seu
desenvolvimento conduz. Se tomarmos como verdade que não conhece
exceção o fato de tudo o que vive morrer por razões internas, tornar-se mais
uma vez inorgânico, seremos então compelidos a dizerque ‘o objetivo de toda
vida é a morte‘, e, voltando o olhar para trás, que ‘as coisasinanimadas existiram
antes das vivas‘.

329
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Os atributos da vida foram, em determinada ocasião, evocados na


matéria inanimada pela ação de uma força de cuja natureza não podemos
formar concepção. Pode ter sido um processo de tipo semelhante ao que

2 Freud discorda disso depois, pois significaria levar à morte!


posteriormente provocou o desenvolvimento da consciência num estrato

05
particular da matéria viva. A tensão que então surgiu no que até aí fora uma

6:
substância inanimada se esforçou por neutralizar-se e, dessa maneira, surgiu o

:5
12
primeiro instinto: o instinto a retornar ao estado inanimado. Naquela época, era

3
02
ainda coisa fácil a uma substância viva morrer; o curso de sua vida era

/2
05
provavelmente breve determinando-se sua direção pela estrutura química da

2/
jovem vida. Assim, por longo tempo talvez, a substância viva esteve sendo

-2
constantemente criada de novo e morrendo facilmente, até que influências

om
l.c
externas decisivas se alteraram de maneira a obrigar a substância ainda

ai
gm
sobrevivente a divergir mais amplamente de seu original curso de vida e a
e@
efetuar détours mais complicados antes de atingir seu objetivo de morte. Esses
ci

tortuosos caminhos para a morte, fielmente seguidos pelos instintos de


pe
es

conservação, nos apresentariam hoje, portanto, o quadro dos fenômenos da


na

vida. Se sustentarmos com firmeza a natureza exclusivamente conservadora dos


ia
ul

instintos, não poderemos chegar a nenhuma outra noção quanto à origem e ao


-j
5

objetivo da vida.
-3
37
.4

As implicações referentes aos grandes grupos de instintos que,


17

segundo acreditamos, jazem por trás dos fenômenos da vida nos


.3
46

organismos, devem parecer não menos desnorteantes. A hipótese de


-1

instintos de autoconservação,tais como os atribuímos a todos os seres


e
ad

vivos, alteia-se em acentuada oposição à ideia de que a vida instintual,


dr
An

como um todo, sirva para ocasionar a morte. Vista sob essa luz, a
de

importância teórica dos instintos de autoconservação, auto-afirmação


o
ed

e domínio diminui grandemente. Trata-se de instintos componentes


ev

cuja função é garantir que o organismo seguirá seu próprio caminho


Az

para a morte, e afastar todos os modos possíveis de retornar àexistência


na
lia

inorgânica que não sejam os imanentes ao próprio organismo. Não


Ju

temos mais de levar em conta a enigmática determinação do organismo


(tão difícil de encaixar em qualquer contexto) de manter sua própria
existência frente a qualquer obstáculo. O que nos resta é o fato de que o
organismo deseja morrer apenas do seu próprio modo. Assim,
originalmente, esses guardiães da vida eram também os lacaios da
morte. Daí surgir a situação paradoxal de que oorganismo vivo luta com
toda a sua energia contra fatos (perigos, na verdade) que poderiam
auxiliá-lo a atingir mais rapidamente seu objetivo de vida, por uma
330
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

espécie de curto-circuito. Tal comportamento, entretanto, é


precisamente o que caracteriza os esforços puramente instintuais,
contrastados com os esforços inteligentes.
Mas detenhamo-nos por um momento e reflitamos. Não pode ser assim.
Os instintos sexuais, a que a teoria das neuroses concede um lugar inteiramente
especial, surgem sob aspecto muito diferente.
A pressão externa que provoca uma ampliação constantemente

05
crescente do desenvolvimento não se impôs a todos os organismos. Muitos

6:
:5
conseguiram permanecer até os dias de hoje em seu nível humilde. Na

12
3
verdade, muitas -

02
/2
embora não todas - dessas criaturas, que devem assemelhar-se às fases

05
2/
primitivas dos animais e vegetais superiores, ainda hoje acham-se vivas. Da

-2
mesma maneira, a totalidade do caminho do desenvolvimento para a morte

om
natural não é percorrido por todas as entidades elementares que compõem o

l.c
ai
complicado corpo de um dos organismos mais elevados. Algumas delas, as
gm
e@
células germinais, provavelmente retêm a estrutura original da matéria viva e,
ci

após certo tempo, com todo o seu complemento de disposições instintuais


pe

herdadas e recentemente adquiridas, separam-se do organismo como um todo.


es
na

Essas duas características podem ser exatamente aquilo que as capacita a ter
ia
ul

uma existência independente. Sob condições favoráveis, começam a


-j
5

desenvolver-se, isto é, a repetir o desempenho a que devem sua existência, e, ao


-3
37

final, mais uma vez uma parte de sua substância leva sua evolução a um término,
.4

ao passo que outra parte reverte novamente, como um germe residual novo, ao
17
.3

início do processo de desenvolvimento. Essas células germinais, portanto,


46
-1

trabalham contra a morte da substância viva e têm êxito em conseguir para ela
e

o que só podemos encarar como uma imortalidade potencial, ainda que isso
ad
dr

possa significar nada mais do que um alongamento da estrada para a morte.


An

Temos de considerar como significante, no mais elevado grau, o fato de essa


de

função da célula germinal ser reforçada, ou só tornada possível, se ela fundir-


o
ed

secom outra célula similar a si mesma e, contudo, diferente dela.


ev
Az

Os instintos que cuidam dos destinos desses organismos elementares que


na
lia

sobrevivem à totalidade do indivíduo, que lhes fornecem um abrigo seguro


Ju

enquanto se acham indefesos contra os estímulos do mundo externo, que


ocasionam seu encontro com outras células germinais etc., constituem o grupo
dos instintos sexuais. São conservadores no mesmo sentido dos outros instintos
porque trazem de volta estados anteriores de substância viva; contudo, são
conservadores num grau mais alto, por serem peculiarmente resistentes às
influências externas; e são conservadores ainda em outro sentido, por
preservarem a própria vida por um longo período. São os verdadeiros instintos
de vida. Operam contra o propósito dos outros instintos, que conduzem, em
331
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

razão de sua função, à morte, e este fato indica que existe oposição entre eles e
os outros, oposição que foi há muito tempo reconhecida pela teoria das
neuroses. É como se a vida do organismo se movimentasse num ritmo vacilante.
Certo grupo de instintos se precipita como que para atingir o objetivo final da
vida tão rapidamente quanto possível, mas, quando determinada etapa no
avanço foi alcançada, o outro grupo atira-se para trás até um certo ponto, a fim
de efetuar nova saída e prolongar assim a jornada. E ainda que seja certo que a

05
sexualidade e a distinção entre os sexos não existiam quando a vida começou,

6:
permanece a possibilidade de que os instintos que posteriormente vieram a ser

:5
12
descritos como sexuais, possam ter estado em funcionamento desde o início, e

3
02
talvez não seja verdade que foi apenas em época posterior que eles começaram

/2
05
seu trabalho de oposição às atividades dos ‘instintos do ego’.

2/
-2
Retornemos nós mesmos por um momento e consideremos se existe

om
qualquer base para essas especulações. Será realmente o caso que, à parte os

l.c
instintos sexuais, não existem instintos que não procurem restaurar um estado

ai
gm
anterior de coisas? Que não haja nenhum que vise a um estado de coisas que
e@
nunca foi alcançado? Não conheço exemplo certo do mundo orgânico que
ci
pe

contradiga a caracterização que assim propus. Indiscutivelmente não existe um


es

instinto universal para desenvolvimento superior observável no mundo animal


na
ia

ou vegetal, ainda que seja inegável que o desenvolvimento realmente ocorre


ul
-j

nessa direção. Mas, por um lado, trata-se amiúde de uma questão de opinião o
5
-3

fato de declararmos que determinado estágio de desenvolvimento é superior a


37
.4

outro, e, por outro lado, a biologia nos ensina que o desenvolvimento superior
17

sob certo aspecto é com bastante freqüência compensado ou sobrepujado pela


.3
46

involução sob outro aspecto. Além disso, existem muitas formas animais de
-1

cujos primeiros estágios podemos inferir que seu desenvolvimento, pelo


e
ad

contrário, assumiu caráter retrógrado. Tanto o desenvolvimento superior


dr
An

quanto a involução bem podem ser as conseqüências da adaptação à pressão de


de

forças externas e, em ambos os casos, o papel desempenhado pelos instintos


o
ed

pode-se limitar à retenção (na forma de um fonte interna de prazer) de uma


ev

modificação obrigatória.
Az
na

Pode também ser difícil, para muitos de nós, abandonar a crença de que
lia
Ju

existe em ação nos seres humanos um instinto para a perfeição, instinto que
os trouxe a seu atual alto nível de realização intelectual e sublimação ética, e
doqual se pode esperar que zele pelo seu desenvolvimento em super-homens.
Nãotenho fé, contudo, na existência de tal instinto interno e não posso perceber
porque essa ilusão benévola deva ser conservada. A evolução atual dos seres
humanos não exige, segundo me parece, uma explicação diferente da dos
animais. Aquilo que, numa minoria de indivíduos humanos, parece ser um
impulso incansável no sentido de maior perfeição, pode ser facilmente

332
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

compreendido como resultado da repressão instintual em que se baseia tudo o


que é mais precioso na civilização humana. O instinto reprimido nunca deixa de
esforçar-se em busca da satisfação completa, que consistiria na repetição de
uma experiência primária de satisfação. Formações reativas e substitutivas,
bem como sublimações, não bastarão para remover a tensão persistente do
instinto reprimido, sendo que a diferença de quantidade entre o prazer da
satisfação que é exigida e a que é realmente conseguida, é que fornece o fator

05
impulsionador que não permite qualquer parada em nenhuma das posições

6:
alcançadas, mas, nas palavras do poeta, ‘ungebändigt immer vorwärts dringt‘.

:5
12
Ocaminho para trás que conduz à satisfação completa acha-se, via de

3
02
regra,obstruído pelas resistências que mantêm as repressões, de maneira que

/2
05
não há alternativa senão avançar na direção em que o crescimento ainda se

2/
acha livre,embora sem perspectiva de levar o processo a uma conclusão ou de

-2
ser capaz de atingir o objetivo. Os processos envolvidos na formação de uma

om
l.c
fobia neurótica,

ai
gm
que nada mais é do que uma tentativa de fuga da satisfação de um instinto,
e@
apresentam-nos um modelo do modo de origem desse suposto ‘instinto para a
ci
pe

perfeição’, o qual não tem possibilidades de ser atribuído a todos os seres


es

humanos. Na verdade, as condições dinâmicas para o seu desenvolvimento


na
ia

estão universalmente presentes, mas apenas em raros casos a situação


ul
-j

econômica parece favorecer a produção do fenômeno.


5
-3
37

Acrescentarei apenas uma palavra para sugerir que os esforços de Eros


.4

para combinar substâncias orgânicas em unidades cada vez maiores


17
.3

provavelmente fornecem um sucedâneo para esse ‘instinto para a perfeição’,


46
-1

cuja existência não podemos admitir. Os fenômenos que lhe são atribuídos
e

parecem passíveis de explicação por esses esforços de Eros, tomados em


ad
dr

conjunto com os resultados da repressão.


An
de
o
ed

VI
ev
Az

A essência de nossa investigação até agora foi o traçado de uma


na

distinção
lia
Ju

nítida entre os ‘instintos do ego’ e os instintos sexuais, e a visão de que os


primeiros exercem pressão no sentido da morte e os últimos no sentido de um
prolongamento da vida. Contudo, essa conclusão está fadada a ser insatisfatória
sob muitos aspectos, mesmo para nós. Ademais, na realidade, é apenas quanto
ao primeiro grupo de instintos que podemos afirmar que possuem caráter
conservador, ou melhor, retrógrado, correspondente a uma compulsão à
repetição, porque, em nossa hipótese, os instintos do ego se originam da
animação da matéria inanimada e procuram restaurar o estado inanimado, ao

333
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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passo que, quanto aos instintos sexuais, embora seja verdade que reproduzem
estados primitivos do organismo, aquilo a que claramente visam, por todos os
meios possíveis, é à coalescência de duas células germinais que são
diferenciadas de maneira particular. Se essa união não é efetuada, a célula
germinal morre juntamente com todos os outros elementos do organismo
multicelular. É apenas com essa condição que a função sexual pode prolongar
avida da célula e emprestar-lhe uma aparência de imortalidade. Mas, qual é o

05
acontecimento importante no desenvolvimento da substância viva, que está

6:
sendo repetido na reprodução sexual ou em sua antecessora, a conjugação de

:5
12
dois protozoários? Não podemos dizer, e, conseqüentemente, deveríamos

3
02
sentir-nos aliviados se toda a estrutura de nossa argumentação se mostrou

/2
05
equivocada. A oposição entre os instintos do ego ou instintos de morte e os

2/
instintos sexuais ou instintos de vida deixaria então de sustentar-se e a

-2
compulsão à repetição não mais possuiria a importância que lhe atribuímos.

om
l.c
Voltemo-nos, então, para uma das suposições já feitas por nós, na

ai
gm
expectativa de podermos dar-lhe uma negação categórica. Tiramos conclusões
e@
de longo alcance da hipótese de que toda substância viva está fadada a morrer
ci
pe

por causas internas. Fizemos essa suposição assim descuidadamente porque ela
es

não nos parece ser uma suposição. Estamos acostumados a pensar que esse é
na
ia

o
ul
-j

fato, e somos fortalecidos em nossas reflexões pelos escritos de nossos poetas.


5
-3
37

Talvez tenhamos adotado a crença porque existe nela um certo consolo. Se


.4

temos de morrer, e primeiro perder para a morte aqueles que nos são mais
17
.3

caros, é mais fácil submeter-se a uma lei impiedosa da natureza, à sublime


46
-1

necessidade, do que a um acaso de que talvez pudéssemos ter fugido. Pode ser,
e

contudo, que essa crença na necessidade interna de morrer seja apenas outra
ad
dr

daquelas ilusões que criamos ‘um die Schwere des Daseins zu ertragen‘. Decerto
An

não se trata de uma licença primeva. A noção de ‘morte natural’ é inteiramente


de

estranha às raças primitivas; atribuem toda morte que ocorre entre elas à
o
ed

influência de um inimigo ou de um espírito mau. Devemos, portanto, voltar-nos


ev
Az

para a biologia, a fim de testar a validade da crença.


na
lia

Se assim fizermos, ficaremos estupefatos em descobrir quão pouco


Ju

acordo existe entre os biólogos sobre a questão da morte natural e, na realidade,


que todo o conceito de morte se dissolve em suas mãos. O fato de haver uma
duração média e fixa de vida, pelo menos entre os animais superiores, argúi
naturalmente em favor da existência de algo como a morte por causas naturais.
Mas essa impressão é contraditada quando consideramos que certos grandes
animais e determinados crescimentos arbóreos gigantescos atingem idade
muito avançada, idade que atualmente não pode ser computada. De acordo com
a grande concepção de Wilhelm Fliess [1906], todos os fenômenos vitais

334
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apresentados pelos organismos - e também, indubitavelmente, sua morte - estão


vinculados à conclusão de períodos fixos, os quais expressam a dependência de
dois tipos de substância viva (um masculino e outro feminino) quanto ao ano
solar. Quando vemos, contudo, quão fácil e extensamente a influência de forças
externas pode modificar a data do aparecimento dos fenômenos vitais
(especialmente no mundo vegetal), precipitando-os ou retendo-os, temos de
levantar dúvidas quanto à rigidez das fórmulas de Fliess ou, pelo menos, quanto

05
às leis por ele estabelecidas constituírem os únicos fatores determinantes.

6:
:5
De nosso ponto de vista, o maior interesse prende-se ao tratamento dado

12
ao tema da duração da vida e da morte dos organismos nos escritos de

3
02
Weismann (1882, 1884, 1892 etc.). Foi ele que introduziu a divisão da substância

/2
05
viva em partes mortais e imortais. A parte mortal é o corpo no sentido mais

2/
-2
estrito, o ‘soma’, que, somente ele, se acha sujeito à morte natural. As células

om
germinais, por outro lado, são potencialmente imortais, na medida em que são

l.c
capazes, em determinadas condições, de desenvolver-se no indivíduo novo ou,

ai
gm
em outras palavras, de cercar-se de um novo soma (Weismann, 1884).
e@
ci

O que nos impressiona nisso é a inesperada analogia com nosso próprio


pe

ponto de vista, ao qual chegamos ao longo de caminho tão diferente. Weismann,


es
na

encarando morfologicamente a substância viva, enxerga nela uma parte que


ia
ul

está destinada a morrer - o soma, o corpo separado da substância relacionada


-j

com o sexo e a herança -, e uma parte imortal - o plasma germinal, que se


5
-3
37

relaciona com a sobrevivência da espécie, com a reprodução. Nós, por outro


.4
17

lado, lidando não com a substância viva, mas com as forças que nela operam,
.3
46

fomos levados a distinguir duas espécies de instintos: aqueles que procuram


-1

conduzir o que é vivo à morte, e os outros, os instintos sexuais, que estão


e
ad

perpetuamente tentando e conseguindo uma renovação da vida, o que soa como


dr
An

um corolário dinâmico à teoria morfológica de Weismann.


de

Contudo, a aparência de uma correspondência significante se dissipa tão


o
ed

logo descobrimos as concepções de Weismann sobre o problema da morte,


ev

porque ele só relaciona a distinção entre o soma mortal e o plasma germinal


Az
na

imortal aos organismos multicelulares; nos organismos unicelulares, o


lia

indivíduo e a célula reprodutora são ainda um só e o mesmo (Weismann, 1882,


Ju

38). Desse modo, considera que os organismos unicelulares são potencialmente


imortais e que a morte só faz seu aparecimento com os metazoários
multicelulares. É verdade que essa morte dos organismos mais elevados é
natural, uma morte provocada por causas internas, mas não se funda em
nenhuma característica primitiva da substância viva (Weismann, 1884, 84) e não
pode ser encarada como uma necessidade absoluta, com base na própria
natureza da vida (Weismann, 1882, 33). A morte é antes uma questão de

335
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conveniência, uma manifestação de adaptação às condições externas da vida,


porque, uma vez as células do corpo tenham sido divididas em soma e plasma
germinal, uma duração ilimitada da vida individual se tornaria um luxo
inteiramente sem sentido. Feita essa diferenciação nos organismos
multicelulares, a morte torna-se possível e conveniente. Desde então, o soma
dos organismos superiores morreu a períodos fixos por razões internas, ao
passo que os protistas permaneceram imortais. Não é o caso, por outro lado, de

05
a reprodução ter sido introduzida ao mesmo tempo que a morte. Pelo contrário,

6:
trata-se de uma característica primitiva da matéria viva, como o crescimento (do

:5
12
qual se originou), e a vida foi contínua desde seu início sobre a Terra

3
02
(Weismann, 1884, 84 e seg.).

/2
05
Ver-se-á em seguida que concordar dessa maneira que os organismos

2/
-2
superiores tenham uma morte natural é de muito pouco auxílio para nós,

om
porque, se a morte é uma aquisição tardia dos organismos, então não há o que

l.c
falar quanto a ter havido instintos de morte desde o começo da vida sobre a

ai
gm
Terra. Os organismos multicelulares podem morrer por razões internas, devido
e@
a uma diferenciação deficiente ou a imperfeições de seu metabolismo, mas a
ci
pe

questão não tem interesse do ponto de vista de nosso problema. Uma explicação
es

da origem da morte como esta encontra-se, ademais, em muito menor variância


na
ia

com nossos modos de pensamentos habituais do que a estranha pressuposição


ul
-j

dos ‘instintos de morte’.


5
-3
37

O debate que se seguiu às sugestões de Weismann não conduziu, até onde


.4

posso perceber, a nenhum resultado conclusivo em qualquer direção. Alguns


17
.3

escritores retornaram às opiniões de Goethe (1883), que considerava a morte o


46
-1

resultado direto da reprodução. Hartmann (1906, 29) não considera a aparência


e
ad

de um ‘cadáver’ - uma parte morta da substância viva - como critério de morte,


dr
An

mas define esta como sendo ‘o término do desenvolvimento individual’. Nesse


de

sentido, também os protozoários são mortais; em seu caso, a morte também


o

coincide com a reprodução, mas é, até certo ponto, obscurecida por ela, desde
ed
ev

que toda a substância do animal pai pode ser diretamente transmitida à jovem
Az

progênie.
na
lia

Pouco depois, a pesquisa voltou-se para a verificação experimental, em


Ju

organismos unicelulares, da alegada imortalidade da substância viva. Um


biólogo americano, Woodruff, fazendo experiências com um infusório ciliado,
o ‘animálculo deslizador’ (slipper-animalcule), que se reproduz por fissão em
dois outros indivíduos, persistiu até a 3.029a geração (ocasião em que
interrompeu a experiência), a cada vez isolando um dos produtos parciais e
colocando-o em água nova. Esse remoto descendente do primeiro animálculo
era tão vivaz quanto seu antepassado e não apresentava sinais de

336
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envelhecimento ou degeneração. Assim, até onde cifras desse tipo podem


provar algo, a imortalidade dos protozoários pareceu ser experimentalmente
demonstrável.
Outros experimentadores chegaram a resultados diferentes. Maupas,
Calkins e outros, em contraste com Woodruff, descobriram que, após certo
número de divisões, aqueles infusórios se tornavam mais débeis, diminuíam de
tamanho, sofriam a perda de alguma parte de sua organização e acabavam por

05
morrer, a menos que certas medidas recuperadoras lhes fossem aplicadas. Se

6:
:5
assim for, os protozoários pareceriam morrer após uma fase de senescência,

12
exatamente como aos animais superiores, contraditando assim

3
02
completamentea assertiva weismanniana de que a morte é uma aquisição tardia

/2
05
dos organismosvivos.

2/
-2
Do conjunto dessas experiências surgem dois fatos que parecem

om
fornecer-nos uma base firme.

l.c
ai
gm
Primeiro: se dois dos animálculos, no momento antes de apresentarem
e@
sinais de senescência, puderem coalescer um com o outro, isto é, ‘conjugarem-
ci

se’ (pouco após o que, mais uma vez se separam), salvam-se de ficarem velhos
pe
es

etornam-se ‘rejuvenescidos’. A conjugação é indubitavelmente a antecessora


na

da reprodução sexual nas criaturas mais elevadas; ainda se acha, por enquanto,
ia
ul
-j

desvinculada da propagação e limita-se à mistura das substâncias dos dois


5
-3

indivíduos. (A ‘anfimixia’ de Weismann.) Os efeitos recuperadores da


37

conjugação podem, contudo, ser substituídos por certos agentes estimulantes,


.4
17

através de alterações na composição do fluido que proporciona sua nutrição,


.3
46

pela elevação de sua temperatura ou por sua agitação. Somos lembrados do


-1

célebre experimento efetuado por J. Loeb, no qual, através de certos estímulos


e
ad

químicos, induziu a segmentação de ovos de ouriço-do-mar, processo que


dr
An

normalmente só pode ocorrer após a fertilização.


de

Segundo: não obstante, é provável que os infusórios morram de


o
ed

morte
ev
Az

natural em resultado de seus próprios processos vitais, porque a contradição


na

entre as descobertas de Woodruff e dos outros deve-se ao fato de haver ele


lia
Ju

provido cada geração de fluido nutriente novo. Se deixava de fazê-lo, observava


os mesmos sinais de senescência que os outros experimentadores. Concluiu que
os animálculos eram prejudicados pelos produtos do metabolismo que
expeliam para o fluido circundante. Pôde então provar conclusivamente que
eram apenasos produtos de seu próprio metabolismo que tinham resultados
fatais para essetipo específico de animálculo, porque os mesmos animais que
inevitavelmente pereciam se eram apinhados em seu próprio fluido nutriente,
floresciam numasolução supersaturada com os produtos excretórios de uma

337
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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espécie distantemente aparentada. Um infusório, portanto, se é deixado a si


mesmo, morre de morte natural devido à evacuação incompleta dos produtos
de seu próprio metabolismo. (Pode ser que a mesma incapacidade seja a causa
suprema também da morte de todos os animais superiores.)
Nesse ponto, bem pode surgir em nosso espírito a dúvida quanto a saber
se servimos a algum objetivo ao tentar solucionar o problema da morte natural
a partir do estudo dos protozoários. A organização primitiva dessas criaturas

05
pode ocultar-nos condições importantes que, embora de fato presentes nelas

6:
:5
também, só se tornam visíveis nos animais superiores, quando podem encontrar

12
expressão morfológica. E, se abandonarmos o ponto de vista morfológico e

3
02
adotarmos o dinâmico, torna-se-nos completamente indiferente poder

/2
05
demonstrar se a morte natural ocorre ou não nos protozoários. A substância que

2/
-2
posteriormente é reconhecida como imortal, neles não se separou ainda da

om
mortal. As forças instintuais que procuram conduzir a vida para a morte podem

l.c
também achar-se em funcionamento nos protozoários desde o início; no

ai
gm
entanto, seus esforços podem ser tão completamente ocultos pelas forças
e@
preservadoras da vida, que talvez seja muito difícil encontrar qualquer prova
ci
pe

direta de sua presença. Vimos também, além disso, que as observações


es

efetuadas pelos biólogos nos permitem presumir que processos internos desse
na
ia

tipo, conducentes à morte, ocorrem também nos protistas. Mas, mesmo que
ul
-j

estes últimos se mostrassem imortais no sentido weismanniano, a assertiva de


5
-3

Weismann de que a morte é uma aquisição tardia, se aplicaria apenas a seus


37
.4

fenômenos manifestos e não tornaria impossível a pressuposição de processos


17

a ela tendentes.
.3
46
-1

Assim, não se realizou nossa esperança de que a biologia contradissesse


e

redondamente o reconhecimento dos instintos de morte. Estamos livres para


ad
dr

continuar a nos preocupar com sua possibilidade, se tivermos outras razões para
An

assim proceder. A notável semelhança entre a distinção weismanniana de soma


de

e plasma germinal e nossa separação dos instintos de morte dos instintos de vida
o
ed

persiste e mantém a sua significância.


ev
Az

Podemos deter-nos por um momento sobre essa visão


na
lia

preeminentemente dualística da vida instintual. De acordo com a teoria de E.


Ju

Hering, dois tipos de processos estão constantemente em ação na substância


viva, operando em direções contrárias, uma construtiva ou assimilatória, e a
outra destrutiva ou dissimilatória. Podemos atrever-nos a identificar nessas
duas direções tomadas pelos processos vitais a atividade de nossos dois impulsos
instintuais, os instintos de vida e os instintos de morte? Existe algo mais, de
qualquer modo, a que não podemos permanecer cegos. Inadvertidamente
voltamos nosso curso para a baía da filosofia de Schopenhauer. Para ele, a morte

338
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Psicologia – Aula 01
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é o ‘verdadeiro resultado e, até esse ponto, o propósito da vida’, ao passo que o


instinto sexual é a corporificação da vontade de viver.
Façamos uma ousada tentativa de dar outro passo à frente. Considera-se
geralmente que a união de uma série de células numa associação vital - o caráter
multicelular dos organismos - se tornou um meio de prolongar a sua vida. Uma
célula ajuda a conservar a vida de outra, e a comunidade de células pode
sobreviver mesmo que as células individuais tenham de morrer. Já aprendemos

05
que também a conjugação, a coalescência temporária de dois organismos

6:
:5
unicelulares, possui feito preservador de vida e rejuvenescedor sobre ambos.

12
Por conseguinte, podemos tentar aplicar a teoria da libido a que se chegou na

3
02
psicanálise à relação mútua das células. Podemos supor que os instintos de vida

/2
05
ou instintos sexuais ativos em cada célula tomam as outras células como seu

2/
-2
objeto, que parcialmente neutralizam os instintos de morte (isto é, os processos

om
estabelecidos por estes) nessas células, preservando assim sua vida, ao passo

l.c
que as outras células fazem o mesmo para elas e outras ainda se sacrificam no

ai
gm
desempenho dessa função libidinal. As próprias células germinais se
e@
comportariam de maneira completamente ‘narcisista’, para empregar a
ci
pe

expressão que estamos acostumados a utilizar na teoria das neuroses para


es

descrever um indivíduo total que retém sua libido em seu ego e nada desembolsa
na
ia

dela em catexias de objeto. As células germinais exigem sua libido, a atividade


ul
-j

de seus instintos de vida, para si mesmas, como uma reserva para sua posterior
5
-3

e momentosa atividade construtiva. (As células dos neoplasmas malignos que


37
.4

destroem o organismo, talvez também devessem ser descritas como narcisistas


17

nesse mesmo sentido: a patologia está preparada para considerar seus germes
.3
46

como inatos e atribuir-lhes atitudes embriônicas.) Dessa maneira, a libido de


-1

nossos instintos sexuais coincidiria com o Eros dos poetas e dos filósofos, o qual
e
ad

mantém unidas todas as coisas vivas.


dr
An

Aqui se encontra, portanto, uma oportunidade para considerar o lento


de

desenvolvimento de nossa teoria da libido. Em primeira instância, a análise das


o
ed

neuroses de transferência forçou à nossa observação a oposição entre os


ev
Az

‘instintos sexuais’, que se dirigem para um objeto, e certos outros instintos, com
na

os quais nos achamos insuficientemente familiarizados e que descrevemos


lia
Ju

provisoriamente como ‘instintos do ego’. Um lugar de proa entre estes foi


necessariamente concedido aos instintos que servem à autoconservação do
indivíduo. Foi impossível dizer que outras distinções deveriam ser traçadas
entre eles. Nenhum conhecimento seria mais valioso como base para uma
ciência verdadeiramente psicológica do que uma compreensão aproximada das
características comuns e dos possíveis aspectos distintivos dos instintos, mas em
nenhuma região da psicologia tateamos mais no escuro. Cada um supôs a
existência de tantos instintos ou ‘instintos básicos’ quantos quis e fez

339
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Psicologia – Aula 01
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malabarismos com eles, tal como os antigos filósofos naturalistas gregos faziam
com seus quatro elementos: a terra, o ar, o fogo e a água. A psicanálise, que não
podia deixar de fazer alguma suposição sobre os instintos, ateve-se
primeiramente à popular divisão de instintos tipificada na expressão ‘fome e
amor’. Pelo menos, nada havia de arbitrário nisso e, com sua ajuda, a análise das
psiconeuroses foi levada à frente até uma boa distância. O conceito de
‘sexualidade’ e, ao mesmo tempo, de instinto sexual, teve, é verdade, de ser

05
ampliado de modo a abranger muitas coisas que não podiam ser classificadas

6:
sob a função reprodutora, e isso provocou não pouco alarido num mundo

:5
12
austero, respeitável, ou simplesmente hipócrita.

3
02
O passo seguinte foi dado quando a psicanálise sondou de mais perto o

/2
05
caminho no sentido do ego psicológico, que primeiramente fora conhecido

2/
-2
apenas como órgão repressivo e censor, capaz de erguer estruturas protetoras

om
e formações reativas. Há muito tempo, espíritos críticos e de visão ampla já

l.c
haviam, é verdade, feito objeção ao fato de o conceito de libido restringir-se à

ai
gm
energia dos instintos sexuais dirigidos no sentido de um objeto, mas fracassaram
e@
em explicar como haviam chegado a seu melhor conhecimento, ou em derivar
ci
pe

dele algo de que a análise pudesse fazer uso. Avançando mais cautelosamente,
es

a psicanálise observou a regularidade com que a libido é retirada do objeto e


na
ia

dirigida para o ego (o processo de introversão), e, pelo estudo do


ul
-j

desenvolvimento libidinal das crianças em suas primeiras fases, chegou à


5
-3

conclusão de que o ego é o verdadeiro e original reservatório da libido, sendo


37
.4

apenas desse reservatório que ela se estende para os objetos. O ego encontrou
17

então sua posição entre os objetos sexuais e imediatamente recebeu o lugar de


.3
46

proa entre eles. A libido que assim se alojara no ego foi descrita como
-1

‘narcisista’. Essa libido narcisista era também, naturalmente, uma


e
ad

manifestaçãoda força do instinto sexual, no sentido analítico dessas palavras,


dr
An

e necessariamente tinha de ser identificada com os instintos de


de

autoconservação, cuja existência fora reconhecida desde o início. Assim, a


o
ed

oposição original entre os instintos do ego e os instintos sexuais mostrou-se


ev

inapropriada. Viu-se que uma parte dos instintos do ego era libidinal e que
Az
na

instintos sexuais (provavelmente ao lado de outros) operavam no ego. Não


lia

obstante, temos justificação para dizer que a antiga fórmula que estabeleceu
Ju

que as psiconeuroses se baseiam num conflito entre os instintos do ego e os


instintos sexuais não contém nada que precisemos rejeitar atualmente.
Acontece simplesmente que a distinção entre os dois tipos de instintos, que era
originalmente considerada, de certa maneira, como qualitativa deve ser hoje
diferentemente caracterizada, ou seja, como topográfica. E, em particular, é
ainda verdade que as neuroses de transferência, o tema essencial do estudo

340
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psicanalítico, são o resultado de um conflito entre o ego e a catexia libidinal dos


objetos.
Mas ainda nos é mais necessário enfatizar o caráter libidinal dos instintos
de autoconservação, agora que nos estamos aventurando ao novo passo de
reconhecer o instinto sexual como Eros, o conservador de todas as coisas, e de
derivar a libido narcisista do ego dos estoques de libido por meio da qual as
células do soma estão ligadas umas às outras. Mas agora, subitamente,

05
defrontamo-nos com outra questão. Se os instintos de autoconservação são

6:
:5
também de natureza libidinal, talvez não existam quaisquer outros instintos,

12
a não ser os libidinais? De qualquer modo, não existem outros visíveis. Nesse

3
02
caso,porém, seremos, no fim das contas, levados a concordar com os críticos

/2
05
que desconfiaram desde o início que a psicanálise explica tudo pela

2/
-2
sexualidade, ou com inovadores como Jung, que, fazendo um juízo

om
apressado, utilizaram apalavra ‘libido’ para significar força instintual em geral.

l.c
Não deve isso ser assim?

ai
gm
De modo algum era nossa intenção produzir tal resultado. Nosso debate
e@
ci

teve como ponto de partida uma distinção nítida entre os instintos do ego, que
pe

equiparamos aos instintos de morte, e os instintos sexuais, que equiparamos aos


es
na

instintos de vida. (Achávamo-nos preparados, em determinada etapa, para


ia
ul

incluir os chamados instintos de autoconservação do ego entre os instintos de


-j

morte, mas subseqüentemente nos corrigimos sobre esse ponto e o retiramos.)


5
-3
37

Nossas concepções, desde o início, foram dualistas e são hoje ainda mais
.4

definidamente dualistas do que antes, agora que descrevemos a oposição como


17
.3

se dando, não entre instintos do ego e instintos sexuais, mas entre instintos de
46
-1

vida e instintos de morte. A teoria da libido de Jung é, pelo contrário, monista;


e

ofato de haver ele chamado sua única força instintual de ‘libido’, destina-se a
ad
dr

causar confusão, mas não precisa afetar-nos sob outros aspectos. Suspeitamos
An

que instintos outros que não os de autoconservação funcionam no ego, e deveria


de

ser-nos possível apontá-los. Infelizmente, porém, a análise do ego fez tão poucos
o
ed

avanços, que nos é muito difícil proceder assim. É possível, na verdade, que os
ev
Az

instintos libidinais do ego possam estar vinculados de maneira peculiar a esses


na

outros instintos do ego que ainda nos são estranhos. Mesmo antes de dispormos
lia
Ju

de qualquer compreensão clara do narcisismo, a psicanálise já desconfiava que


os ‘instintos do ego’ tinham componentes libidinais a eles ligados. Mas trata-se
de possibilidades muito incertas, a que nossos oponentes prestarão muito pouca
atenção. Permanece a dificuldade de que a psicanálise até aqui não nos permitiu
indicar quaisquer instintos [do ego] que não sejam os libidinais. Isso, contudo,
não constitui razão para concordarmos com a conclusão de que nenhum
outro realmente existe.

341
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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Na obscuridade que reina atualmente na teoria dos instintos, não seria


avisado rejeitar qualquer ideia que prometa lançar luz sobre ela. Partimos da
grande oposição entre os instintos de vida e de morte. Ora, o próprio
amor objetal nos apresenta um segundo exemplo de polaridade
semelhante: a existente entre o amor (ou afeição) e o ódio (ou
agressividade). Se pudéssemos conseguir relacionar mutuamente essas
duas polaridades e derivar uma daoutra! Desde o início identificamos

05
a presença de um componente sádico no instinto sexual. Como sabemos,

6:
:5
ele pode tornar-se independente e, sob a formade perversão dominar

12
toda a atividade sexual de um indivíduo. Surge também como um

3
02
instinto componente predominante numa das ‘organizações pré-

/2
05
genitais’, como as denominei. Mas, como pode o instinto sádico, cujo

2/
-2
intuito é prejudicar o objeto, derivar de Eros, o conservador da vida? Não

om
é plausível imaginar que esse sadismo seja realmente um instinto de

l.c
morte que, sob a influência da libido narcisista, foi expulso do ego e,

ai
gm
conseqüentemente, só surgiu em relação ao objeto? Ele entra em ação
e@
a serviço da função sexual. Durante a fase oral da organização da libido,
ci
pe

o ato de obtenção de domínio erótico sobre um objeto coincide com a


es

destruição desse objeto; posteriormente, o instinto sádico se isola, e,


na
ia

finalmente, na fase de primazia genital, assume, para os fins da


ul
-j

reprodução, a função de dominar o objeto sexual até o ponto necessário


5
-3

à efetivação do ato sexual. Poder-se-ia verdadeiramente dizer que o


37
.4

sadismo que for expulso do ego apontou o caminho para os


17

componentes libidinais do instinto sexual e que estes o seguiram para


.3
46

o objeto. Onde quer que o sadismo original não tenha sofrido


-1

mitigação ou mistura, encontramosa ambivalência familiar de amor e


e
ad

ódio na vida erótica.


dr
An

Se uma pressuposição assim é permissível, atendemos então a


de

exigência de que produzíssemos um exemplo de instinto de morte,


o
ed

embora se trate, na verdade, de um instinto deslocado. Mas essa maneira


ev

de considerar as coisas está muito longe de ser fácil de captar e cria uma
Az
na

impressão positivamente mística. Sua aparência é suspeita, como se


lia

estivéssemos tentando achar um modo de sair a qualquer preço de uma


Ju

situação embaraçosa. Podemos recordar,no entanto, que não existe nada


de novo numa suposição desse tipo. Já apresentamos outra, em ocasião
anterior, antes que se falasse em qualquer situação embaraçosa. As
observações clínicas nos conduziram, naquela ocasião, à concepção de
que o masoquismo, o instinto componente complementar ao sadismo,
deve ser encarado como um sadismo que se voltou para o próprio egodo
sujeito. Mas, em princípio, não existe diferença entre um instinto voltar-

342
FAB 2023/24
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se do objeto para o ego ou do ego para um objeto, que é o novo ponto que
se acha em discussão atualmente. O masoquismo, a volta do instinto
para o próprio ego do sujeito, constituiria, nesse caso, um retorno a
uma fase anterior da história do instinto, uma regressão. A descrição
anteriormente fornecida do masoquismo exige uma emenda por ter
sido ampla demais sob um aspecto: pode haver um masoquismo
primário, possibilidade que naquela época contestei.

05
Retornemos, porém, aos instintos sexuais autoconservadores.

6:
:5
As

12
3
experiências com os protistas já demonstraram que a conjugação, isto é, a

02
/2
coalescência de dois indivíduos que se separam logo após sem que qualquer

05
divisão celular subseqüente ocorra, tem efeito fortalecedor e rejuvenescedor

2/
-2
sobre ambos. Nas gerações posteriores, não mostram sinais de degeneração e

om
parecem aptos a opor resistência mais prolongada aos efeitos prejudiciais de seu

l.c
ai
próprio metabolismo. Essa observação isolada pode, penso eu, ser tomada como

gm
típica do efeito produzido também pela união sexual. Mas, como é que a
e@
coalescência de duas células apenas ligeiramente diferentes pode ocasionar
ci
pe

essa renovação da vida? O experimento que substitui a conjugação dos


es
na

protozoários pela aplicação de estímulos químicos ou mesmo mecânicos (cf.


ia

Lipschütz, 1914), permite-nos dar o que é, indubitavelmente, uma resposta


ul
-j

conclusiva a essa pergunta. O resultado é ocasionado pelo influxo de novas


5
-3

quantidades de estímulo. Isso condiz bem com a hipótese de que os processos


37
.4

vitais do indivíduo levam, por razões internas, a uma abolição das tensões
17
.3

químicas, isto é, à morte,ao passo que a união com a substância viva de um


46

indivíduo diferente aumenta essas tensões, introduzindo o que pode ser


-1
e

descrito como novas ‘diferenças vitais’, que devem então ser vividas. Com
ad
dr

referência a essa dessemelhança, naturalmente tem de haver um ou mais


An

pontos ótimos. A tendência dominante da vida mental e, talvez, da vida nervosa


de

em geral, é o esforço para reduzir, paramanter constante ou para remover a


o
ed

tensão interna devida aos estímulos (o ‘princípio do Nirvana’, para tomar de


ev
Az

empréstimo uma expressão de Barbara Low [1920, 73]), tendência que encontra
na

expressão no princípio de prazer, e o reconhecimento desse fato constitui uma


lia

de nossas mais fortes razões para acreditar na existência dos instintos de


Ju

morte.
Contudo, ainda sentimos nossa linha de pensamento apreciavelmente
entravada pelo fato de não podermos atribuir ao instinto sexual a característica
de uma compulsão à repetição que primeiramente nos colocou na trilha dos
instintos de morte. A esfera dos processos de desenvolvimento embrionário é,
sem dúvida alguma, extremamente rica em tais fenômenos de repetição; as duas
células germinais que estão envolvidas na reprodução sexual, e a história de sua

343
FAB 2023/24
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vida são apenas repetições dos começos da vida orgânica. Mas a essência do
processo a que a vida sexual se dirige é a coalescência de dois corpos celulares.
Só isso é que assegura a imortalidade da substância viva nos organismos
superiores.
Em outras palavras, precisamos de mais informações sobre a origem da
reprodução sexual e dos instintos sexuais em geral. Trata-se de problema capaz
de atemorizar um leigo, e que os próprios especialistas ainda não foram capazes

05
de resolver. Assim, forneceremos apenas o mais breve resumo do que parece

6:
:5
pertinente à nossa linha de pensamento, entre as minhas assertivas e

12
concepções discordantes.

3
02
/2
Uma dessas concepções despoja o problema da reprodução de sua

05
2/
fascinação misteriosa, representando-o como manifestação parcial do

-2
om
crescimento. (Cf. a multiplicação por fissão, brotação e gemiparidade). A origem

l.c
da reprodução por células germinais sexualmente diferenciadas pode ser

ai
gm
representada segundo sóbrias linhas darwinianas, imaginando-se que a
e@
vantagem da anfimixia, a que se chegou em determinada ocasião pela
ci

conjugação fortuita de dois protistas, foi retida e posteriormente explorada para


pe
es

desenvolvimento ulterior. Segundo essa concepção, o ‘sexo’ não seria nada de


na

muito antigo e os instintos extraordinariamente violentos, cujo objetivo é


ia
ul
-j

ocasionar a união sexual, estariam repetindo algo que outrora ocorrera por
5
-3

acaso e desde então se estabelecera, por ser vantajoso.


37
.4

Surge aqui a questão, como no caso da morte [ver em [1] e [2]], de saber
17

se estamos certos em atribuir aos protistas só essas características que


.3
46

realmente apresentam, ou se será correto supor que forças e processos que se


-1

tornam visíveis apenas nos organismos superiores, se originaram pela primeira


e
ad

vez naqueles organismos. A concepção da sexualidade que acabamos de


dr
An

mencionar é de pouca ajuda para nossos fins. Contra ela pode ser levantada a
de

objeção de postular a existência de instintos de vida já a funcionar nos


o
ed

organismos mais simples, porque de outra maneira a conjugação, que trabalha


ev

contra o curso da vida e torna a tarefa de deixar de viver mais difícil, não teria
Az
na

sido mantida e elaborada, mas, ao contrário, seria evitada. Se, portanto, não
lia

quisermos abandonar a hipótese dos instintos de morte, temos de supor que


Ju

estão associados, desde o início, com os instintos de vida. Deve-se, porém,


admitir que, nesse caso, estaremos trabalhando com uma equação de duas
quantidades desconhecidas.
À parte isso, a ciência tem tão pouco a nos dizer sobre a origem da
sexualidade, que podemos comparar o problema a uma escuridão em que nem
mesmo o raio de luz de uma hipótese penetrou. Em outra região, inteiramente
diferente, é verdade, defrontamo-nos realmente com tal hipótese, mas é de tipo

344
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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tão fantástico, mais mito do que explicação científica, que não me atreveria a
apresentá-la aqui se ela não atendesse precisamente àquela condição cujo
preenchimento desejamos, porque faz remontar a origem de um instinto a uma
necessidade de restaurar um estado anterior de coisas.
O que tenho no espírito é, naturalmente, a teoria que Platão colocou na
boca de Aristófanes no Symposium e que trata não apenas da origem do instinto
sexual, mas também da mais importante de suas variações em relação ao objeto.

05
‘A natureza humana original não era semelhante à atual, mas diferente. Em

6:
:5
primeiro lugar, os sexos eram originalmente em número de três, e não dois,

12
como são agora; havia o homem, a mulher, e a união dos dois (...)’ Tudo nesses

3
02
homens primevos era duplo: tinham quatro mãos e quatro pés, dois rostos, duas

/2
05
partes pudendas, e assim por diante. Finalmente, Zeus decidiu cortá-los em dois,

2/
-2
‘como uma sorva que é dividida em duas metades para fazer conserva’. Depois

om
de feita a divisão, ‘as duas partes do homem, cada uma desejando sua outra

l.c
metade, reuniram-se e lançaram os braços uma em torno da outra, ansiosas por

ai
gm
fundir-se.’
e@
ci
pe

Seguiremos a sugestão que nos foi oferecida pelo poeta-filósofo e


es

aventurar-nos-emos pela hipótese de que a substância viva, por ocasião de sua


na
ia

animação, foi dividida em pequenas partículas, que desde então se esforçaram


ul
-j

por reunir-se através dos instintos sexuais? De que esses instintos, nos quais a
5
-3

afinidade química da matéria inanimada persistiu, gradualmente


37

conseguiram, à medida que evoluíam pelo reino dos protistas, sobrepujar as


.4
17

dificuldades colocadas no caminho desse esforço por um ambiente carregado


.3
46

de estímulos perigosos, estímulos que os compeliram a formar uma camada


-1

cortical protetora? De que esses fragmentos estilhaçados de substância viva


e
ad

atingiram dessa maneira uma condição multicelular e finalmente transferiram


dr
An

o instinto de reunião, sob a forma mais altamente concentrada, para as células


de

germinais?
o
ed

- Mas aqui, acho eu, chegou o momento de interromper-nos.


ev
Az

Não, contudo, sem o acréscimo de algumas palavras de reflexão crítica.


na

Pode-se perguntar se, e até onde, eu próprio me acho convencido da verdade das
lia
Ju

hipóteses que foram formuladas nestas páginas. Minha resposta seria que eu
próprio não me acho convencido e que não procuro persuadir outras pessoas a
nelas acreditar, ou, mais precisamente, que não sei até onde nelas acredito. Não
há razão, segundo me parece, para que o fator emocional da convicção tenha,
de algum modo, de entrar nessa questão. É certamente possível que nos
lancemos por uma linha de pensamento e que a sigamos aonde quer que ela
leve, por simples curiosidade científica, ou, se o leitor preferir, como um
advocatus diaboli, que não se acha, por essa razão, vendido ao demônio. Não

345
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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discuto o fato de que o terceiro passo pela teoria dos instintos, por mim dado
aqui, não pode reivindicar o mesmo grau de certeza que os dois primeiros: a
extensão do conceito de sexualidade e a hipótese do narcisismo. Essas duas
novidades foram uma tradução direta da observação para a teoria e não se
achavam mais abertas a fontes de erro do que é inevitável em todos os casos
assim. É verdade que minha afirmativa do caráter regressivo dos instintos
também se apóia em material observado, ou seja, nos fatos da compulsão à

05
repetição. Pode ser, contudo, que eu tenha superestimado sua significação. E,

6:
de qualquer modo, é impossível perseguir uma idéia desse tipo, exceto pela

:5
12
combinação repetida de material concreto com o que é puramente especulativo

3
02
e, assim, amplamente divergente da observação impírica. Quanto mais

/2
05
freqüentemente isso é feito no decurso da construção de uma teoria, menos

2/
fidedigno, como sabemos, deve ser o resultado final. Mas o grau de incertezas

-2
não é atribuível. Podemos ter dado um golpe de sorte ou havermo-nos

om
l.c
extraviado vergonhosamente. Não penso que, num trabalho desse tipo, uma

ai
gm
parte grande seja desempenhada pelo que é chamado de ‘intuição’. Pelo que
e@
tenho visto da intuição, ela me parece ser o produto de um tipo de
ci

imparcialidade intelectual. Infelizmente, porém, as pessoas raramente são


pe
es

imparciais no que concerne às coisas supremas, aos grandes problemas da


na
ia

ciência e da vida. Em tais casos, cada um de nós é dirigido por preconceitos


ul
-j

internos profundamente enraizados, aos quais nossa especulação


5
-3

inadvertidamente dá vantagem. Já que possuímos tão bons fundamentos para


37
.4

sermos desconfiados, nossa atitude para com os resultados de nossas próprias


17

deliberações não pode ser outra que a de uma fria benevolência. Apresso-me a
.3
46

acrescentar, contudo, que uma autocrítica como esta acha-se longe de vincular-
-1

nos a qualquer tolerância especial para com opiniões discordantes. É


e
ad

perfeitamente legítimo rejeitar sem remorsos teorias que são contraditadas


dr
An

pelos próprios primeiros passos dados na análise dos fatos observados,


de

enquanto nos achamos ao mesmo tempo cientes de que a validade de nossas


o
ed

próprias teorias é apenas provisória.


ev
Az

Não precisamos sentir-nos grandemente perturbados em ajuizar nossas


na

especulações sobre os instintos de vida e de morte pelo fato de tantos processos


lia
Ju

desnorteantes e obscuros nelas ocorrerem, tal como um instinto ser expulso por
outro, ou um instinto voltar-se do ego para um objeto, e assim por diante. Isso
se deve simplesmente ao fato de sermos obrigados a trabalhar com termos
científicos, isto é, com a linguagem figurativa, peculiar à psicologia (ou, mais
precisamente, à psicologia profunda). Não poderíamos, de outra maneira,
descrever os processos em questão e, na verdade, não nos teríamos tornado
cientes deles. As deficiências de nossa posição provavelmente se
desvaneceriam se nos achássemos em posição de substituir os termos

346
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psicológicos por expressões fisiológicas ou químicas. É verdade que estas


também são apenas parte de uma linguagem figurativa, mas trata-se de uma
linguagem com que hámuito tempo nos familiarizamos, sendo também, talvez,
uma linguagem mais simples.
Por outro lado, deve-se deixar completamente claro que a incerteza de
nossa especulação foi muito aumentada pela necessidade de pedir empréstimos
à ciência da biologia. A biologia é, verdadeiramente, uma terra de possibilidades

05
ilimitadas. Podemos esperar que ela nos forneça as informações mais

6:
:5
surpreendentes, e não podemos imaginar que respostas nos dará, dentro de

12
poucas dezenas de anos, às questões que lhe formulamos. Poderão ser de um

3
02
tipo que ponha por terra toda a nossa estrutura artificial de hipóteses. Se assim

/2
05
for, poder-se-á perguntar por que nos embrenhamos numa linha de pensamento

2/
-2
como a presente e, em particular, por que decidi torná-la pública. Bem, não

om
posso negar que algumas das analogias, correlações e vinculações que ela

l.c
contém pareceram-me merecer consideração.

ai
gm
e@
ci
pe

VII
es

Se procurar restaurar um estado anterior de coisas


na
ia

constitui
ul
-j

característica tão universal dos instintos, não precisaremos surpreender-nos


5
-3
37

com que tantos processos se realizem na vida mental independentemente do


.4

princípio de prazer. Essa característica seria partilhada por todos os instintos


17
.3
46

componentes e, em seu caso, visariam a retornar mais uma vez a uma fase
-1

específica do curso do desenvolvimento. Trata-se de questões sobre as quais o


e
ad

princípio de prazer ainda não possui controle, mas disso não decorre que
dr

alguma delas seja necessariamente oposta a este, e ainda temos de solucionar


An
de

oproblema da relação dos processos instintuais de repetição com a dominância


o

do princípio de prazer.
ed
ev

Descobrimos que uma das mais antigas e importantes funções


Az
na

do aparelho mental é sujeitar os impulsos instintuais que com ele se


lia

chocam, substituir o processo primário que neles predomina pelo


Ju

processo secundário, e converter sua energia catéxica livremente


móvel numa catexia principalmente quiescente (tônica). Enquanto
essa transformação se está realizando, nenhuma atenção pode ser
concedida ao desenvolvimento do desprazer, mas isso não implica a
suspensão do princípio de prazer. Pelo contrário, a transformação
ocorre em favor dele; a sujeição constitui o ato preparatório que introduz
e assegura a dominância do princípio de prazer.

347
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Façamos uma distinção mais nítida, do que até aqui fizemos, entre função
e tendência. O princípio de prazer, então, é uma tendência que opera a serviço
de uma função, cuja missão é libertar inteiramente o aparelho mental de
excitações, conservar a quantidade de excitação constante nele, ou mantê-la tão
baixa quanto possível. Ainda não podemos decidir com certeza em favor de
nenhum desses enunciados, mas é claro que a função estaria assim relacionada
com o esforço mais fundamental de toda substância viva: o retorno à

05
quiescência do mundo inorgânico. Todo nós já experimentamos como o maior

6:
prazer por nós atingível, o do ato sexual, acha-se associado à extinção

:5
12
momentânea altamente intensificada. A sujeição de um impulso instintual seria

3
02
uma função preliminar, destinada a preparar a excitação para sua eliminação

/2
05
final no prazer da descarga.

2/
-2
Isso levanta a questão de saber se sentimentos de prazer e desprazer

om
podem ser igualmente produzidos por processos excitatórios vinculados e

l.c
livres. E não parece haver qualquer dúvida de que os processos livres ou

ai
gm
primários dão origem a sentimentos muito mais intensos em ambos os sentidos
e@
do que os vinculados ou secundários. Além disso, os processos primários são os
ci
pe

mais antigos no tempo; no começo da vida mental não existem outros e podemos
es

inferir que, se o princípio de prazer não tivesse sido operante neles, jamais se
na
ia

poderia ter estabelecido para os posteriores. Chegamos assim ao que, no fundo,


ul
-j

não é uma conclusão muito simples, a saber, que no começo da vida mental a
5
-3

luta pelo prazer era muito mais intensa do que posteriormente, mas não tão
37
.4

irrestrita; tinha de submeter-se a freqüentes interrupções. Em épocas


17

posteriores, a dominância do princípio de prazer é muitíssimo mais segura, mas


.3
46

ele próprio não fugiu aos processos de sujeição que os outros instintos em geral.
-1

De qualquer modo, seja lá o que for aquilo que causa o aparecimento de


e
ad

sentimentos de prazer e desprazer nos processos de excitação, deve estar


dr
An

presente no processo secundário, tal como está no primário.


de
o

Aqui poderia achar-se o ponto de partida para novas investigações. Nossa


ed
ev

consciência nos comunica sentimentos provindos de dentro que não são apenas
Az

de prazer e desprazer, mas também de uma tensão peculiar que, por sua vez,
na
lia

tanto pode ser agradável quanto desagradável.


Ju

Permitir-nos-á a diferença entre esses sentimentos distinguir entre


processos de energia vinculados e livres? Ou deve o sentimento de tensão ser
relacionado à magnitude absoluta, ou talvez ao nível da catexia, ao passo que a
série prazer e desprazer indica uma mudança na magnitude da catexia dentro
de determinada unidade de tempo? Outro fato notável é que os instintos de vida
têm muito mais contato com nossa percepção interna, surgindo como
rompedores da paz e constantemente produzindo tensões cujo alívio é sentido

348
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

como prazer, ao passo que os instintos de morte parecem efetuar seu trabalho
discretamente. O princípio de prazer parece, na realidade, servir aos instintos
de morte. É verdade que mantém guarda sobre os estímulos provindos de fora,
que são encarados como perigos por ambos os tipos de instintos, mas se acha
mais especialmente em guarda contra os aumentos de estimulação provindos de
dentro, que tornariam mais difícil a tarefa de viver. Isso, por sua vez, levanta
uma infinidade de outras questões, para as quais, no presente, não podemos

05
encontrar resposta. Temos de ser pacientes e aguardar novos métodos e

6:
ocasiões de pesquisa. Devemos estar prontos, também, para abandonar um

:5
12
caminho que estivemos seguindo por certo tempo, se parecer que ele não leva

3
02
aqualquer bom fim. Somente os crentes, que exigem que a ciência seja

/2
05
umsubstituto para o catecismo que abandonaram, culparão um investigador

2/
por desenvolver ou mesmo transformar suas concepções. Podemos confortar-

-2
nos também, pelos lentos avanços de nosso conhecimento científico, com as

om
l.c
palavras do poeta: Was man nicht erfliegen kann, muss man erhinken. Die

ai
gm
Schrift sagt, es ist keine Sünde zu hinken. e@
Resumo esquematizado – Além do Princípio do Prazer
ci
pe
es
na

Pontos Principais
ia
ul

Pulsão e Morte
-j
5

Compulsão à
-3
37

Repetição
.4
17

A dinâmica prazer/desprazer dá lugar à pulsão de vida versus


.3
46

pulsão de
-1
e

morte
ad
dr
An

Sonhos não são só realizações de desejos, mas repetições de


de

ansiedades
o
ed
ev
Az

Conceitos
na
lia

Os eventos mentais3 são regulados pelo princípio do prazer, mas


Ju

não são

3 O máximo que se pode dizer, portanto, é que existe na mente uma


forte tendência no sentido do princípio de prazer, embora essa tendência
seja contrariada por certas outras forças ou circunstâncias,
determinados por ele.
349
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

O princípio do prazer reduz a tensão quando o seu resultado é


alcançado.Freud associa o prazer e o desprazer à quantidade de
excitação presente na mente que não se encontra de maneira
alguma “vinculada”.
o desprazer corresponda a um aumento na quantidade de
excitação
o prazer corresponde a uma diminuição na quantidade de

05
excitação

6:
:5
Hipótese: o aparelho mental se esforça por manter a quantidade

12
de excitação nele presente tão baixa quanto possível, ou, pelo

3
02
menos, por mantê-la constante (princípio da

/2
05
constância/estabilidade).

2/
-2
Princípio da constância: tendência à estabilidade nos processos

om
psíquicos. Manutenção da quantidade de estímulo no nível mais

l.c
baixo possível.

ai
gm
e@
Princípio do Prazer
ci

Modo primário (arcaico) de funcionamento


pe

psíquicoSua existência é através das pulsões.


es
na
ia

É reinado pela economia psíquica


ul
-j

O horizonte ideal do aparelho seria que o sistema se esvaziasse


5
-3

completamente, o que seria um prazer máximo, mas essa


37
.4

experiência de excesso seria ao mesmo tempo a extinção do


17

próprio sistema.
.3
46
-1
e
ad

Ineficaz para lidar com a realidade/mundo


dr
An

externo Deve ser substituído pelo


de

princípio da realidade O princípio do


o
ed

prazer coexiste com o da realidade


ev
Az

Possíveis fontes de desprazer4 (liberação do desprazer)


na
lia

Princípio da realidade – retarda a satisfação e tolera,


Ju

provisoriamente, odesprazer.
Ego e a Repressão – pode produzir desprazer causado por pulsões
interiores ao longo do desenvolvimento. No neurótico o desprazer
éinterpretado como perigo.

A ansiedade descreve um estado particular de esperar o perigo ou preparar-


separa ele, ainda que possa ser desconhecido.

350
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

O medo exige um objeto definido de que se tenha temor.


Susto, contudo, é o nome que damos ao estado em que alguém fica, quando
entrou em perigo sem estar preparado para ele, dando-se ênfase ao fator da

05
de maneira que o resultado final talvez nem sempre se mostre em

6:
harmonia com a tendência no sentido do prazer.

:5
12
4 Esse desprazer pode ser a percepção de uma pressão por parte de

3
02
instintos insatisfeitos, ou ser a percepção externa do que é aflitivo em si

/2
05
mesmo ou que excita expectativas desprazerosas no aparelho mental, isto

2/
é, que é por ele reconhecido como um “perigo”.

-2
surpresa.

om
l.c
Neurose Traumática

ai
gm
e@
(Atual Transtorno de Estresse Pós Traumático)
ci
pe

Quadro aproxima-se da histeria, hipocondria e melancolia,


es

porém, maisgrave.
na
ia

Características
ul
-j
5

1. o ônus principal de sua causação parece repousar sobre


-3
37

o fatorda surpresa, do susto


.4
17

2. ferimento ou dano infligidos simultaneamente operam,


.3
46

via deregra, contra o desenvolvimento de uma neurose


-1

3. Fixação no trauma e sonhos recorrentes


e
ad

(reminiscências)Fontes de repetição
dr

Angústia, sintomas, sonhos


An
de

repetitivosO brincar infantil


o
ed

Repetição de experiências aflitivas


ev
Az

Reproduz de maneira repetitiva experiências marcantes,


na

objetivando o controle emocional da situação


lia
Ju

A repetição pode ser uma tentativa de elaboração e estar


relacionada ao princípio do prazer.
- A interpretação do jogo tornou-se então óbvia. Ele se
relacionava à grande realização cultural da criança, a renúncia
instintual (isto é, a renúncia à satisfação instintual) que
efetuara ao deixar a mãe ir embora sem protestar.
- Quando a criança passa da passividade da experiência para

351
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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a atividade do jogo, transfere a experiência desagradável para


um de seus companheiros de brincadeira e, dessa maneira,
vinga-se num substituto.

Freud conclui, através da experiência clínica, que o princípio do prazer não


édominante na determinação da vida humana.
Como explicar? Alguns pacientes não suportam ser aliviados de

05
6:
seussintomas, outros podem apresentar recaídas após o alívio.

:5
12
Como explicar o masoquismo e o sadismo?

3
02
/2
Pacientes não recordam a totalidade do que foi reprimido

05
2/
Pacientes acreditam que o material reprimido é contemporâneo,

-2
quandoé, na verdade, algo pertencente ao passado.

om
l.c
Pacientes substituem a neurose primitiva pela neurose de

ai
gm
transferência O médico força a memória do paciente e reduz ao
e@
máximo a repetição. O princípio do prazer irá atuar, a partir do
ci
pe

ego consciente e inconsciente, como resistência à neurose de


es

transferência.
na
ia
ul

A compulsão à repetição pode assumir um caráter paralisante, o


-j

que faz com que as experiências reprimidas da infância e


5
-3
37

manifestadas na
.4
17

transferência não sejam ligadas psiquicamente. Isso atrapalha o


.3
46

processode elaboração psíquica.


-1

A “modulação” do princípio do Prazer


e
ad

Gradualmente o princípio do prazer é modulado pelo princípio


dr
An

darealidade.
de
o

A compulsão à repetição sobrepuja o princípio do prazer


ed
ev

Compulsão à repetição
Az

Sonhos traumáticos (aqueles que geram ansiedade e são


na
lia

repetitivos)Brincadeiras
Ju

Transferência
Neuroses
traumáticas
Existem desde o início da vida mental e estão associadas à
pulsão demorte

352
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Instintos e compulsão à repetição


O instinto ajuda a conservar a tendência à repetição (instintos de
autoconservação)
Freud lança a hipótese que a verdadeira natureza das pulsões é a
de reestabelecer o estado inicial, inorgânico, anterior a vida:
retorno ao ponto de partida (conceito de pulsão de morte)
Quando a pulsão de morte se impõe sobre a pulsão de vida, o

05
6:
componente destrutivo da vida se impõe, como no sadismo-

:5
12
masoquismo. Quando o contrário ocorre, o componente

3
destrutivo é parcialmente neutralizado ea agressividade se coloca

02
/2
à favor da vida.

05
2/
-2
om
A “especulação biológica” esclarece os processos paradoxais da repetição

l.c
ai
Temos um escudo protetor contra

gm
estímulos Objetiva controlar a e@
efração traumática
ci
pe
es

A efração é a quebra/fissura do escudo de


na

proteçãoA quebra perturba todo o sistema


ia
ul
-j

Reduz a força dos estímulos


5
-3

externos Mas não protege dos


37
.4

estímulos de dentro
17
.3

Os estímulos de dentro podem causar a neurose


46
-1

traumáticaA tarefa do aparelho psíquico é ligar os estímulos


e

através da compulsão à repetição


ad
dr
An

Freud busca confirmações biológicas para sua teoria, mas


de

não encontra.
o
ed
ev
Az
na
lia

Pulsão e Morte
Ju

Compulsão à Repetição

Pontos Sonhos não são só realizações de desejos,


Principais mas repetições de ansiedades

A dinâmica prazer/desprazer dá lugar à


pulsão de vida versus pulsão de morte

353
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Os eventos mentais são regulados pelo princípio do prazer, mas não são
determinados por ele.

O princípio do prazer reduz a tensão quando o seu resultado é alcançado.

Freud associa o prazer e o desprazer à


quantidade de excitação presente na o desprazer corresponda a um
mente que não se encontra de maneira aumento na quantidade de excitação
alguma “vinculada”.
o prazer corresponde a uma
Conceitos diminuição na quantidade de excitação

05
Hipótese: o aparelho mental se esforça por manter a quantidade de

6:
excitação nele presente tão baixa quanto possível, ou, pelo menos, por

:5
mantê-la constante (princípio da constância/estabilidade).

12
3
Princípio da constância: tendência à estabilidade nos processos psíquicos.

02
Manutenção da quantidade de estímulo no nível mais baixo possível.

/2
05
2/
-2
Modo primário (arcaico) de funcionamento psíquico

om
Sua existência é através das pulsões.

l.c
ai
É reinado pela economia psíquica

gm
e@
O horizonte ideal do aparelho seria que o sistema se esvaziasse
completamente, o que seria um prazer máximo, mas essa
ci
pe

experiência de excesso seria ao mesmo tempo a extinção do


es

Princípio próprio sistema.


na

do Prazer
ia

Ineficaz para lidar com a Deve ser substituído pelo princípio da realidade
ul

realidade/mundo externo
-j

O princípio do prazer coexiste com o da realidade


5
-3
37

Princípio da realidade – retarda a satisfação


.4

e tolera, provisoriamente, o desprazer.


17

Possíveis fontes de desprazer


.3

(liberação do desprazer) Ego e a Repressão – pode produzir desprazer


46

causado por pulsões interiores ao longo do


desenvolvimento. No neurótico o desprazer é
-1

interpretado como perigo.


e
ad

(Atual Transtorno de Estresse Pós Traumático)


dr
An

Quadro aproxima-se da histeria, hipocondria e melancolia, porém,


de

mais grave.
Neurose
o
ed

1. o ônus principal de sua causação parece repousar sobre o fator


Traumática
ev

da surpresa, do susto
Az

2. ferimento ou dano infligidos simultaneamente operam, via de


Características
na

regra, contra o desenvolvimento de uma neurose


lia
Ju

3. Fixação no trauma e sonhos recorrentes (reminiscências)

354
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Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Repetição de experiências aflitivas

Reproduz de maneira repetitiva experiências marcantes,


objetivando o controle emocional da situação

A repetição pode ser uma tentativa de elaboração e estar


relacionada ao princípio do prazer.
O - A interpretação do jogo tornou-se então óbvia. Ele se relacionava à
brincar grande realização cultural da criança, a renúncia instintual (isto é, a
infantil renúncia à satisfação instintual) que efetuara ao deixar a mãe ir

05
embora sem protestar.

6:
:5
12
- Quando a criança passa da passividade da experiência para a

3
atividade do jogo, transfere a experiência desagradável para um de

02
seus companheiros de brincadeira e, dessa maneira, vinga-se num

/2
substituto.

05
2/
-2
Freud conclui, através da experiência clínica, que o princípio do
prazer não é dominante na determinação da vida humana.

om
l.c
Como explicar? Alguns pacientes não suportam ser aliviados de

ai
seus sintomas, outros podem apresentar recaídas após o alívio.

gm
e@
Como explicar o masoquismo e o sadismo?
ci
pe

Pacientes não recordam a totalidade do que foi reprimido


es
na

Pacientes acreditam que o material reprimido é contemporâneo,


ia
ul

quando é, na verdade, algo pertencente ao passado.


-j
5

Análise
-3

Pacientes substituem a neurose primitiva pela neurose de


37

Clínica transferência
.4
17

O médico força a memória do paciente e reduz ao máximo a


.3

repetição.
46
-1

O princípio do prazer irá atuar, a partir do ego consciente e


e
ad

inconsciente, como resistência à neurose de transferência.


dr
An

A compulsão à repetição pode assumir um caráter paralisante, o


que faz com que as experiências reprimidas da infância e
de

manifestadas na transferência não sejam ligadas psiquicamente.


o
ed

Isso atrapalha o processo de elaboração psíquica.


ev
Az
na
lia
Ju

355
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Professor Alyson Barros

Gradualmente o princípio do
A “modulação” prazer é modulado pelo princípio
do princípio do da realidade.
Prazer
A compulsão à repetição
sobrepuja o princípio do prazer

Princípio Sonhos traumáticos (aqueles que


do Prazer e geram ansiedade e são repetitivos)

05
Compulsão

6:
Brincadeiras

:5
à Repetição

12
Compulsão à
Transferência

3
repetição

02
/2
Neuroses traumáticas

05
2/
-2
Existem desde o início da vida mental

om
e estão associadas à pulsão de morte

l.c
ai
O instinto ajuda a conservar a tendência à repetição

gm
(instintos de autoconservação) e@
ci

Freud lança a hipótese que a verdadeira natureza das


pe

pulsões é a de reestabelecer o estado inicial,


es

inorgânico, anterior a vida: retorno ao ponto de


na

partida (conceito de pulsão de morte)


ia

Instintos e
ul
-j

compulsão Quando a pulsão de morte se impõe sobre a pulsão


5
-3

à repetição de vida, o componente destrutivo da vida se impõe,


37

como no sadismo-masoquismo. Quando o contrário


.4

ocorre, o componente destrutivo é parcialmente


17

neutralizado e a agressividade se coloca à favor da


.3
46

vida.
-1
e

A efração é a quebra/
ad

fissura do escudo de
dr

Objetiva controlar
proteção
An

a efração
Temos um
de

traumática
A quebra perturba
escudo
o

todo o sistema
ed

protetor
ev

contra Reduz a força dos estímulos externos


Az

estímulos
na

Mas não protege dos estímulos de dentro


lia
Ju

Os estímulos de dentro podem causar a


neurose traumática
A
“especulação A tarefa do aparelho psíquico é ligar os estímulos
biológica” através da compulsão à repetição

Freud busca confirmações biológicas para sua


teoria, mas não encontra.

356
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Questões Inéditas de “Além do Princípio do


Prazer”

05
6:
:5
1. Freud, ao tratar dos processos mentais em seu texto “Além do

12
Princípio do Prazer” explicita inicialmente que a forma mais

3
02
completa de estudar esses fenômenos é através da

/2
05
metapsicologia. A metapsicologia é entendida como

2/
-2
(A) uma alternativa à psicologia cognitiva

om
(B) uma solução entre as duas tópicas

l.c
(C) a diferença entre a teoria e a prática psicanalítica

ai
gm
(D) a soma dos fatores econômico, topográfico e dinâmico.
e@
ci
pe

2. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


es
na

correto afirmar que entre as circunstâncias que podem impedir o


ia

princípio de prazer de ser levado a cabo, está


ul
-j

(A) a substituição pelo princípio da realidade


5
-3

(B) a ação contraproducente do ID


37
.4

(C) a catéxis livre


17
.3

(D) a repressão do ID
46
-1
e
ad

3. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


dr

correto afirmar que o princípio da realidade admite


An

(A) o método de funcionamento empregado pelos instintos sexuais, que


de
o

são difíceis de ‘educar’, e, partindo desses instintos, ou do próprio ego,


ed
ev

dão uma vazão racional ao demandado.


Az

(B) a tolerância temporária do desprazer como uma etapa no longo e


na

indireto caminho para o prazer.


lia
Ju

(C) suplantar e substituir todas as demandas do princípio do prazer,


mesmo queisso ocasione a postergação do prazer imediato.
(D) trabalhar junto com o princípio da realidade toda vez que a barreira,
escudo de proteção, exigir a catexia e anticatexia das energias
inconscientes para a proteção física e mental de crianças e adultos.

4. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

357
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corretoafirmar que o desprazer origina-se principalmente de duas


fontes
(A) o princípio do prazer e o princípio da vida
(B) o ego e a satisfação dos impulsos do ego
(C) a substituição do princípio do prazer pelo princípio da realidade e
osconflitos do ego
(D) a falta de catexia da energia libidinal tônica dentro do inconsciente

05
5. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

6:
correto afirmar que entre as duas formas de lidarmos com o

:5
12
desprazer perceptivosão:

3
02
(A) o princípio do prazer e o princípio da realidade

/2
05
(B) a elaboração onírica e a clínica (psicanálise)

2/
(C) os mecanismos de defesa e as resistências

-2
om
(D) a racionalização e o princípio de morte do outro

l.c
ai
gm
6. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é
e@
correto afirmar que a neurose traumática se diferencia da histeria
ci
pe

por
es
na

(A) estar dentro das neuroses e não das psicoses


ia

(B) recrudescer a sensação de morte aliada ao fim da esperança social,


ul
-j

aquela desenvolvida na vida primeva e que sustenta as relações


5
-3

sociais internas eexternas


37
.4

(C) pela força da indisposição subjetiva e nos


17

debilitamentos/perturbações muito mais abrangentes e gerais das


.3
46

capacidades mentais.
-1

(D) alterar expectativas desprazerosas no aparelho mental, isto é,


e
ad

reconhecer mais facilmente os perigos externos


dr
An
de
o

7. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


ed
ev

correto afirmar que as neuroses traumáticas


Az

(A) o ônus principal de sua causação parece repousar sobre o fator da


na

surpresa, do susto, e, segunda, que um ferimento ou dano infligidos


lia
Ju

simultaneamente operam, via de regra, contra o desenvolvimento de


uma neurose
(B) formulam a proximidade da morte e reformulam o significado da
vida, apesar de não dependerem exclusivamente de eventos traumáticos
(C) decorrem supostamente de traços de personalidade baseadas em
neuroses de angústia
(D) ofertam ao ambiente analítico e ao médico a possibilidade de,
através da recordação acompanhada do evento traumático, a

358
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transformação em neurose transferencial

8. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


correto afirmar que o nome que damos ao estado em que alguém
fica, quando entrou em perigo sem estar preparado para ele,
recebe o nome de
(A) ansiedade

05
(B) medo

6:
:5
(C) susto

12
3
(D) terror

02
/2
05
2/
9. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

-2
correto afirmar que a brincadeira descrita do menino que tinha

om
um carretel de

l.c
ai
madeira com um pedaço de cordão amarrado em volta dele,
gm
e@
pode serinterpretada como
ci
pe

(A) uma tendência agressiva e megalomaníaca à destruição e morte em


es

um lapsode tempo onde reina a fantasia de seu um Deus maligno


na
ia

(B) se relacionava à grande realização cultural da criança, a renúncia


ul
-j

instintualque efetuara ao deixar a mãe ir embora sem protestar.


5
-3

(C) a satisfação de uma onda de prazer e desprazer que sempre


37
.4

encontra umaforma de expressão na realidade através do brincar


17

(D) a satisfação do prazer infantil no atendimento do princípio do prazer


.3
46
-1
e

10. Sobre as brincadeiras infantis, segundo Freud, podemos afirmar


ad
dr

que
An

(A) as brincadeiras são formas efetivas de vencer a compulsão à repetição


de

(B) as crianças são senhoras da situação e podem expressar o desejo de


o
ed

fazer oque as pessoas crescidas fazem.


ev
Az

(C) diferentemente das brincadeiras de adultos, que podem ser repetidas


na

apenasuma vez para a produção de prazer, são ilimitadas nas crianças


lia

(D) o papel dos pais como canalizadores da energia libidinal de suas


Ju

crianças deve centrar-se em participar da fantasia das brincadeiras


infantis

11. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


corretoafirmar que, após 25 anos de trabalho, a psicanálise passou
a
(A) descobrir o material inconsciente oculto para o paciente, reuni-

359
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

lo e nomomento oportuno comunicá-lo a este.


(B) obrigar o paciente a confirmar a construção teórica do analista
com suaprópria memória
(C) ajudar a neurose primitiva a ser substituída por outra nova pela
‘neurose detransferência’
(D) desarticular as resistências do inconsciente e substituí-las pelas
resistênciasdo ego

05
6:
:5
12. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

12
3
correto afirmar que a resistência do ego

02
/2
(A) produz um escudo protetor contra os estímulos que ultrapassam o

05
limiar de estresse de todo organismo, sendo, portanto, um artefato

2/
-2
mental e não físico àsintempéries da vida cotidiana

om
(B) pode ser consciente ou inconsciente e funciona sob a influência do

l.c
ai
princípiode prazer

gm
(C) está à serviço do superego e abstrai da realidade a função de seu
e@
princípio na concessão à consciência o acesso não-onírico de suas
ci
pe

valências internas e externas


es
na

(D) surge após o complexo de édipo e aponta para a subrepujação do


ia

princípio do prazer sobre o princípio da realidade


ul
-j
5
-3
37

13. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


.4
17

correto afirmar que a compulsão à repetição


.3
46

(A) também rememora do passado experiências que não incluem


-1

possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo,


e
ad

trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que desde então


dr

foram reprimidos.
An
de

(B) oferece a base à relação do masoquismo e sadismo como um


o

elemento de interstício que separa essas duas condições, faces de uma


ed
ev

mesma moeda
Az

(C) objeta contra o princípio da realidade, antagonizando, como se


na
lia

resistência fosse, às intervenções do médico.


Ju

(D) é uma flor que apresenta pétalas diferentes a medida em que o ser
vai tomando consciência de sua finitude e, em detrimento da sua pulsão
de vida, dasua magnitude criativa.

14. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


correto afirmar que no sistema consciente os processos
excitatórios

360
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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(A) não deixam atrás de si nenhuma alteração permanente em seus


elementos
(B) vinculam e regem o ego pelos mandos e desmandos do inconsciente
(C) apresentam conjuntamente dissincronias e resistências
(D) oferecem uma desfragmentação para o aparelho biológico cerebral

15. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

05
correto afirmar que uma forma patológica de lidar com as

6:
:5
excitações de desprazer que provêm de dentro é

12
(A) a projeção

3
02
(B) a compulsão à repetição

/2
05
(C) a pulsão de morte

2/
-2
(D) o brincar

om
l.c
ai
16. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do

gm
Prazer”, é e@
incorreto afirmar que
ci
pe

(A) O desprazer específico do sofrimento físico provavelmente resulta


es
na

de que oescudo protetor tenha sido atravessado numa área limitada.


ia
ul

(B) Quanto mais alta a própria catexia quiescente do sistema, maior


-j

parece ser asua força vinculadora.


5
-3
37

(C) Uma anticatexia em grande escala é estabelecida como forma de


.4

deter a catexia, aumentando e excitando as funções psíquicas


17
.3

remanescentes
46
-1

(D) A energia catéxica é convocada de todos os lados para fornecer


e

catexiassuficientemente altas de energia nos arredores da ruptura.


ad
dr
An
de

17. Em Além do princípio do prazer (1920), Freud será levado a


o

referir-sede novo à noção de fixação no trauma como um dos


ed
ev

fatos que não se


Az

explicam completamente pela persistência de um modo de


na
lia

satisfaçãolibidinal e que o obrigam a postular a existência de


Ju

(A) padrões de personalidade infantis


(B) uma compulsão à repetição
(C) um princípio do prazer demoníaco
(D) associações catastróficas conservadoras

18. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


correto afirmar que a compulsão à repetição na neurose de

361
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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transferência, ao contrário das situações de compulsão à


repetição em adultos, somente ocorrem
(A) pelas memórias infantis reprimidas não se encontrarem presentes
em estado de sujeição e pelo desprezo ao princípio de prazer sob todos
os modos
(B) como forma de amenizar as resistências de transferência, ganhando
força no vínculo relacional tônico e consciente entre o médico e o

05
paciente

6:
(C) pela perlaboração sobre o princípio da realidade e o onírico,

:5
12
nãoconsiderando a ênfase a partir do princípio da realidade

3
02
(D) em detrimento da oclusão do princípio do prazer, presente nas

/2
05
situações exclusivas de psicanálise, atendendo ao princípio da realidade

2/
“sustentada” pelaatenção flutuante

-2
om
l.c
ai
19. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

gm
corretoafirmar sobre os instintos que e@
(A) todos os instintos orgânicos são conservadores, que são
ci
pe

adquiridos historicamente, e que tendem à restauração de um estado


es
na

anterior de coisas
ia

(B) existe em ação nos seres humanos um instinto para a perfeição


ul
-j

(C) podemos admitir que grande parte dos instintos de


5
-3

autoconservação sãotambém de natureza libidinal


37
.4

(D) ajudar a tornar a energia catéxica quiescente em uma energia


17
.3

catéxicalivremente móvel
46
-1
e
ad

20. O texto escrito em 1920 por Freud, “Além do Princípio do Prazer”,


dr

inova ao postular
An
de

(A) a hipótese de um masoquismo primário, e não apenas a existência de


o
ed

um masoquismo secundário ao sadismo


ev

(B) o surgimento da libido de transferência, uma forma de expressão de


Az
na

amor entre analista e analisando


lia

(C) a dissociação entre as instâncias do ego responsáveis pela catexia


Ju

consciente e inconsciente que afetam sobremaneira a relação com o


princípio do prazer aventado pelo inconsciente
(D) a repetição do material reprimido nas crianças como uma forma de
antecipação dos ensaios analíticos individuais que supõe a ausência de
um outro

362
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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21. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


correto afirmar que a foi apresentado nesta obra, pela primeira
vez na obra freudiana, o conceito de
(A) masoquismo
(B) pulsão de morte
(C) afasia
(D) libido narcísica

05
6:
:5
12
Questões Gabaritadas e Comentadas

3
02
/2
05
1. Freud, ao tratar dos processos mentais em seu texto “Além do

2/
-2
Princípio do Prazer” explicita inicialmente que a forma mais

om
completa de estudar esses fenômenos é através da

l.c
ai
metapsicologia. A metapsicologia é entendida como

gm
(A) uma alternativa à psicologia cognitiva e@
(B) uma solução entre as duas tópicas
ci
pe

(C) a diferença entre a teoria e a prática psicanalítica


es
na

(D) a soma dos fatores econômico, topográfico e dinâmico.


ia

Gabarito: D
ul
-j

Comentários: Segundo o texto: [...] Levando esse curso em conta na


5
-3

consideração dos processos mentais que constituem o tema de nosso


37
.4

estudo, introduzimos um ponto de vista ‘econômico’ em nosso trabalho,


17
.3

e se, ao descrever esses processos, tentarmos calcular esse fator


46

‘econômico’ além dos ‘topográficos’ e ‘dinâmicos’, estaremos, penso eu,


-1
e

fornecendo deles a mais completa descrição que poderemos atualmente


ad
dr

conceber, uma descrição que merece ser distinguida pelo nome de


An

‘metapsicológica’.
de

Vamos traduzir?
o
ed
ev

No texto “Além do Princípio do Prazer” Freud entende


Az

que a
na
lia

metapsicologia é a soma de três modelos5:


Ju

Modelo Econômico: estuda o fluxo de energia, a vinculação


(catéxis), desvinculação e transformação das energias em nossa
mente
Modelo Topográfico: diferentes níveis de consciência
(inconsciente, pré- consciente e consciente). Esse modelo foi
apresentado, para fins de concursos, entre 1900 e 1920. Essa é a
primeira tópica.

363
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Modelo Dinâmico (ou estrutural): os impulsos que buscam


gratificação e aos que buscam inibição através dos mecanismos
de defesa (id, ego e

5 Cuidado que tem muito site da internet que se diz especialista em


Freud que inventa diferenças entre o modelo estrutural e o dinâmico.

05
Não há diferença. Tem alguns sites que ainda insistem em falar em um

6:
:5
modelo genético! Isso não está explícito em Freud! Para concurso siga

12
o que estou afirmando aqui.

3
02
superego). Foi apresentado em 1923. no livro "O ego e o id".

/2
05
Essa é asegunda tópica.

2/
-2
om
l.c
Segundo Zimerman (Fundamentos Psicanalíticos):

ai
gm
Teoria e Metapsicologia e@
Embora estes dois termos habitualmente sejam
ci
pe

empregados de uma forma quase sinônima, é útil


es

estabelecer umadistinção entre eles. Assim, “teoria” alude


na
ia

a um conjunto de ideias que objetivam explicar


ul
-j

determinados fenômenos clínicos que po- dem ou não ser


5
-3

comprovados pela experiência clínica, enquanto


37
.4

“metapsicologia” (o prefixo grego “meta” quer dizer “algo


17

muito elevado”) tem uma natureza mais transcendental,


.3
46

serve como ponto de partida para conjeturas


-1

imaginativas, as quais dificilmente poderão ser


e
ad

comprovadas na realidade (por exemplo: o instinto de


dr
An

morte, ou a primitiva vida psíquica do bebêrecém-nascido,


de

etc., etc.). Na verdade, Freud formulou explicitamente


o
ed

apenas três pontos de vista característicos da


ev

metapsicologia (que, carinhosamente, ele chamava de “a


Az
na

bruxa”) que são o topográfico (consciente, pré-consciente e


lia

inconsciente), o dinâmico (id, ego e superego) e o


Ju

econômico (quantidade de catéxis libidinal).


Os trabalhos metapsicológicos de Freud não são
sistemáticos, nem completos, tampouco de aparecimento
seqüencial, por vezescontrapõem-se e aparecem espalhados
ao longo de sua obra, com su-cessivas transformações.
[...]

364
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Insatisfeito com o “modelo topográfico”, porquanto


esse não conseguia explicar muitos fenômenos psíquicos,
em especial aqueles que emergiam na prática clínica,
Freud vinha gradativamente elaborando uma nova
concepção, até que, em1920, mais precisamente a partir do
importante trabalho metapsicológico Além do princípio
do prazer, ele estabeleceu de forma definitiva a sua

05
clássica concepção do aparelho psíquico, conhecido como

6:
modelo estrutural (ou dinâmico), tendo em vista que a

:5
12
palavra “estrutura” significa um conjunto de elementos que

3
02
separadamente tem funções específicas, porém que são

/2
05
indissociados entre si, interagem permanentemente e

2/
influenciam-se reciprocamente. Ou seja, diferentemente

-2
da 1ª Tópica, que sugere uma passividade, a 2ª Tópica é

om
l.c
eminentemente ativa, dinâmica. Essa concepção

ai
gm
estruturalista ficou cristalizada em O ego e o id (1923) e
e@
consiste em uma divisão tripartide da mente em três
ci

instâncias: o id, o ego e o superego.


pe
es
na
ia
ul

2. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


-j
5

correto afirmar que entre as circunstâncias que podem impedir o


-3
37

princípio de prazer de ser levado a cabo, está


.4
17

(A) a substituição pelo princípio da realidade


.3

(B) a ação contraproducente do ID


46
-1

(C) a catéxis livre


e

(D) a repressão do ID
ad
dr

Gabarito: A
An

Comentários: Sob a influência dos instintos de autopreservação do ego, o


de
o

princípio de prazer é substituído pelo princípio de realidade.


ed
ev
Az
na

3. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


lia
Ju

correto afirmar que o princípio da realidade admite


(A) o método de funcionamento empregado pelos instintos sexuais, que
são difíceis de ‘educar’, e, partindo desses instintos, ou do próprio ego,
dão uma vazão racional ao demandado.
(B) a tolerância temporária do desprazer como uma etapa no longo e
indireto caminho para o prazer.
(C) suplantar e substituir todas as demandas do princípio do prazer,
mesmo queisso ocasione a postergação do prazer imediato.

365
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(D) trabalhar junto com o princípio da realidade toda vez que a barreira,
escudo de proteção, exigir a catexia e anticatexia das energias
inconscientes para a proteção física e mental de crianças e adultos.
Gabarito: B
Comentários: Sob a influência dos instintos de autopreservação do
ego, o princípio de prazer é substituído pelo princípio de realidade.
Esse último princípio não abandona a intenção de fundamentalmente

05
obter prazer; não obstante, exige e efetua o adiamento da satisfação, o

6:
abandono de uma série de possibilidades de obtê-la, e a tolerância

:5
12
temporária do desprazer como uma etapa no longo e indireto caminho

3
02
para o prazer.

/2
05
[...]

2/
Não pode, porém, haver dúvida de que a substituição do princípio de prazer

-2
pelo princípio de realidade só pode ser responsabilizada por um pequeno

om
l.c
número - e de modo algum as mais intensas - das experiências desagradáveis.

ai
gm
e@
ci

4. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


pe

corretoafirmar que o desprazer origina-se principalmente de duas


es
na

fontes
ia
ul

(A) o princípio do prazer e o princípio da vida


-j
5

(B) o ego e a satisfação dos impulsos do ego


-3
37

(C) a substituição do princípio do prazer pelo princípio da realidade e


.4

osconflitos do ego
17
.3

(D) a falta de catexia da energia libidinal tônica dentro do inconsciente


46
-1

Gabarito: C
e
ad

Comentários: Não pode, porém, haver dúvida de que a substituição do princípio


dr

de prazer pelo princípio de realidade só pode ser responsabilizada por um


An

pequeno número - e de modo algum as mais intensas - das experiências


de
o

desagradáveis. Outra ocasião de liberação do desprazer, que ocorre com não


ed
ev

menor regularidade, pode ser encontrada nos conflitos e dissensões que se


Az

efetuam no aparelho mental enquanto o ego está passando por seu


na

desenvolvimento para organizações mais altamente compostas. [...] Os


lia
Ju

pormenores do processo pelo qual a repressão transforma uma possibilidade de


prazer numa fonte de desprazer ainda não estão claramente compreendidos, ou
não podem ser claramente representados; não há dúvida, porém, de que todo
desprazer neurótico é dessa espécie, ou seja, um prazer que não pode ser sentido
como tal.

5. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

366
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correto afirmar que entre as duas formas de lidarmos com o


desprazer perceptivosão:
(A) o princípio do prazer e o princípio da realidade
(B) a elaboração onírica e a clínica (psicanálise)
(C) os mecanismos de defesa e as resistências
(D) a racionalização e o princípio de morte do outro
Gabarito: A

05
Comentários: A maior parte do desprazer que experimentamos é um desprazer

6:
perceptivo. Esse desprazer pode ser a percepção de uma pressão por parte de

:5
12
instintos insatisfeitos, ou ser a percepção externa do que é aflitivo em si mesmo

3
02
ou que excita expectativas desprazerosas no aparelho mental, isto é, que é por

/2
05
ele reconhecido como um ‘perigo’. A reação dessas exigências instintuais e

2/
ameaças de perigo, reação que constitui a atividade apropriada do aparelho

-2
om
mental, pode ser então dirigida de maneira correta pelo princípio de prazer ou

l.c
pelo princípio de realidade pelo qual o primeiro é modificado.

ai
gm
e@
ci

6. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


pe
es

correto afirmar que a neurose traumática se diferencia da histeria


na

por
ia
ul

(A) estar dentro das neuroses e não das psicoses


-j
5

(B) recrudescer a sensação de morte aliada ao fim da esperança social,


-3
37

aquela desenvolvida na vida primeva e que sustenta as relações


.4
17

sociais internas eexternas


.3

(C) pela força da indisposição subjetiva e nos


46
-1

debilitamentos/perturbações muito mais abrangentes e gerais das


e
ad

capacidades mentais.
dr

(D) alterar expectativas desprazerosas no aparelho mental, isto é,


An

reconhecer mais facilmente os perigos externos


de
o

Gabarito: C
ed
ev

Comentários: O quadro sintomático apresentado pela neurose traumática


Az

aproxima-se do da histeria pela abundância de seus sintomas motores


na

semelhantes; em geral, contudo, ultrapassa-o em seus sinais fortemente


lia
Ju

acentuados de indisposição subjetiva (no que se assemelha à hipocondria ou


melancolia), bem como nas provas que fornece de debilitamento e de
perturbação muito mais abrangentes e gerais das capacidades mentais.

7. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


correto afirmar que as neuroses traumáticas
(A) o ônus principal de sua causação parece repousar sobre o fator da

367
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surpresa, do susto, e, segunda, que um ferimento ou dano infligidos


simultaneamente operam, via de regra, contra o desenvolvimento de
uma neurose
(B) formulam a proximidade da morte e reformulam o significado da
vida, apesar de não dependerem exclusivamente de eventos traumáticos
(C) decorrem supostamente de traços de personalidade baseadas em
neuroses de angústia

05
(D) ofertam ao ambiente analítico e ao médico a possibilidade de,

6:
através da recordação acompanhada do evento traumático, a

:5
12
transformação em neurose transferencial

3
02
Gabarito: A

/2
05
Comentários: No caso das neuroses traumáticas comuns, duas características

2/
surgem proeminentemente: primeira, que o ônus principal de sua causação

-2
om
parece repousar sobre o fator da surpresa, do susto, e, segunda, que um

l.c
ferimento ou dano infligidos simultaneamente operam, via de regra, contra o

ai
gm
desenvolvimento de uma neurose. e@
[...]
ci
pe

Não acredito que a ansiedade possa produzir neurose traumática; nela existe
es

algo que protege o seu sujeito contra o susto e, assim, contra as neuroses de
na
ia

susto.
ul
-j
5
-3
37

8. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


.4
17

correto afirmar que o nome que damos ao estado em que alguém


.3
46

fica, quando entrou em perigo sem estar preparado para ele,


-1

recebe o nome de
e
ad

(A) ansiedade
dr
An

(B) medo
de

(C) susto
o
ed

(D) terror
ev

Gabarito: C
Az

Comentários: A ‘ansiedade’ descreve um estado particular de esperar o perigo


na
lia

ou preparar-se para ele, ainda que possa ser desconhecido. O ‘medo’ exige um
Ju

objeto definido de que se tenha temor. ‘Susto’, contudo, é o nome que damos ao
estado em que alguém fica, quando entrou em perigo sem estar preparado para
ele, dando-se ênfase ao fator da surpresa.

9. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


correto afirmar que a brincadeira descrita do menino que tinha
um carretel de madeira com um pedaço de cordão amarrado em
368
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volta dele, pode ser interpretada como


(A) uma tendência agressiva e megalomaníaca à destruição e morte em
um lapsode tempo onde reina a fantasia de seu um Deus maligno
(B) se relacionava à grande realização cultural da criança, a renúncia
instintualque efetuara ao deixar a mãe ir embora sem protestar.
(C) a satisfação de uma onda de prazer e desprazer que sempre
encontra umaforma de expressão na realidade através do brincar

05
(D) a satisfação do prazer infantil no atendimento do princípio do prazer

6:
Gabarito: B

:5
12
Comentários: A interpretação do jogo tornou-se então óbvia. Ele se relacionava

3
02
à grande realização cultural da criança, a renúncia instintual (isto é, a renúncia

/2
05
à satisfação instintual) que efetuara ao deixar a mãe ir embora sem protestar.

2/
[...]

-2
om
Mas uma outra interpretação ainda pode ser tentada. Jogar longe o

l.c
objeto, de maneira a que fosse ‘embora’, poderia satisfazer um impulso da

ai
gm
criança, suprimido na vida real, de vingar-se da mãe por afastar-se dela. Nesse
e@
caso, possuiria significado desafiador [...]
ci
pe
es
na
ia

10. Sobre as brincadeiras infantis, segundo Freud, podemos afirmar


ul
-j

que
5
-3

(A) as brincadeiras são formas efetivas de vencer a compulsão à repetição


37

(B) as crianças são senhoras da situação e podem expressar o desejo de


.4
17

fazer oque as pessoas crescidas fazem.


.3
46

(C) diferentemente das brincadeiras de adultos, que podem ser repetidas


-1

apenasuma vez para a produção de prazer, são ilimitadas nas crianças


e
ad

(D) o papel dos pais como canalizadores da energia libidinal de suas


dr
An

crianças deve centrar-se em participar da fantasia das brincadeiras


de

infantis
o
ed

Gabarito: B
ev

Comentários: Segundo Freud:


Az

É claro que em suas brincadeiras as crianças repetem tudo que lhes


na
lia

causou uma grande impressão na vida real, e assim procedendo, ab-


Ju

reagem a intensidade da impressão, tornando-se, por assim dizer,


senhoras da situação. Por outro lado, porém, é óbvio que todas as suas
brincadeiras são influenciadas por um desejo que as domina o tempo
todo: o desejo de crescer e poder fazer o que as pessoas crescidas
fazem. Pode-se também observar que a natureza desagradável de
uma experiência nem sempre a torna inapropriada para a
brincadeira.

369
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11. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


corretoafirmar que, após 25 anos de trabalho, a psicanálise passou
a
(A) descobrir o material inconsciente oculto para o paciente, reuni-
lo e nomomento oportuno comunicá-lo a este.
(B) obrigar o paciente a confirmar a construção teórica do analista

05
com suaprópria memória

6:
:5
(C) ajudar a neurose primitiva a ser substituída por outra nova pela

12
3
‘neurose detransferência’

02
/2
(D) desarticular as resistências do inconsciente e substituí-las pelas

05
resistênciasdo ego

2/
-2
Gabarito: C

om
Comentários: Volte ao texto. A letra A trata da primeira etapa, a B da segunda

l.c
ai
ea C da terceira. A D eu inventei. A C é a defendida no texto!

gm
e@
Essas reproduções, que surgem com tal exatidão indesejada,
ci

sempre têmcomo tema alguma parte da vida sexual infantil, isto


pe
es

é, do complexo de Édipo, e de seus derivativos, e são


na

invariavelmente atuadas (acted out) naesfera da transferência, da


ia
ul

relação do paciente com o médico. Quando ascoisas atingem essa


-j
5

etapa, pode-se dizer que a neurose primitiva foi entãosubstituída


-3
37

por outra nova, pela ‘neurose de transferência’.


.4
17
.3
46
-1

12. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


e

correto afirmar que a resistência do ego


ad
dr

(A) produz um escudo protetor contra os estímulos que ultrapassam o


An

limiar de estresse de todo organismo, sendo, portanto, um artefato


de

mental e não físico àsintempéries da vida cotidiana


o
ed

(B) pode ser consciente ou inconsciente e funciona sob a influência do


ev
Az

princípiode prazer
na

(C) está à serviço do superego e abstrai da realidade a função de seu


lia
Ju

princípio na concessão à consciência o acesso não-onírico de suas


valências internas e externas
(D) surge após o complexo de édipo e aponta para a subrepujação do
princípio do prazer sobre o princípio da realidade
Gabarito: B
Comentários: Segundo Freud:

370
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Não há dúvida de que a resistência do ego consciente e inconsciente


funciona sob a influência do princípio de prazer; ela busca evitar o
desprazer que seriaproduzido pela liberação do reprimido.

13. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


correto afirmar que a compulsão à repetição
(A) também rememora do passado experiências que não incluem

05
6:
possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo tempo,

:5
12
trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que desde então

3
02
foram reprimidos.

/2
(B) oferece a base à relação do masoquismo e sadismo como um

05
2/
elemento de interstício que separa essas duas condições, faces de uma

-2
mesma moeda

om
l.c
(C) objeta contra o princípio da realidade, antagonizando, como se

ai
resistência fosse, às intervenções do médico.
gm
e@
(D) é uma flor que apresenta pétalas diferentes a medida em que o ser
ci

vai tomando consciência de sua finitude e, em detrimento da sua pulsão


pe
es

de vida, dasua magnitude criativa.


na

Gabarito: A
ia
ul

Comentários: Contudo, chegamos agora a um fato novo e digno de nota, a saber,


-j
5

que a compulsão à repetição também rememora do passado experiências que


-3
37

não incluem possibilidade alguma de prazer e que nunca, mesmo há longo


.4
17

tempo, trouxeram satisfação, mesmo para impulsos instintuais que desde então
.3

foram reprimidos.
46
-1
e
ad
dr

14. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


An

correto afirmar que no sistema consciente os processos


de

excitatórios
o
ed

(A) não deixam atrás de si nenhuma alteração permanente em seus


ev
Az

elementos
na

(B) vinculam e regem o ego pelos mandos e desmandos do inconsciente


lia
Ju

(C) apresentam conjuntamente dissincronias e resistências


(D) oferecem uma desfragmentação para o aparelho biológico cerebral
Gabarito: A
Comentários: Se isso é assim, então, o sistema Cs. se caracteriza pela
peculiaridade de que nele (em contraste com o que acontece nos outros
sistemas psíquicos) os processos excitatórios não deixam atrás de si
nenhuma alteraçãopermanente em seus elementos, mas exaurem-se,
por assim dizer, no fenômeno de se tornarem conscientes. Uma

371
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

exceção desse tipo à regra geral exige ser explicada por algum fator que
se aplique exclusivamente a esse determinado sistema. Tal fator, ausente
nos outros sistemas, bem poderia ser asituação exposta do sistema Cs.,
imediatamente próxima, como é, do mundo externo.
[...]
Pode-se supor que, ao passar de determinado elemento para outro, a excitação
tem de vencer uma resistência e que é a diminuição da resistência assim

05
alcançada que deixa um traço permanente da excitação, isto é, uma facilitação.

6:
No sistema Cs., então, uma resistência dessa espécie à passagem de

:5
12
determinado elemento não mais existirá.

3
02
/2
15. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

05
correto afirmar que uma forma patológica de lidar com as

2/
-2
excitações de desprazer que provêm de dentro é

om
(A) a projeção

l.c
ai
(B) a compulsão à repetição

gm
(C) a pulsão de morte e@
(D) o brincar
ci
pe

Gabarito: A
es
na

Comentários: As excitações que provêm de dentro, entretanto, em sua


ia

intensidade e em outros aspectos qualitativos - em sua amplitude, talvez -, são


ul
-j

mais comensuradas com o método de funcionamento do sistema do que os


5
-3

estímulos que afluem desde o mundo externo. Esse estado de coisas produz dois
37
.4

resultados definidos. Primeiramente, os sentimentos de prazer e desprazer


17
.3

(que constituem um índice do que está acontecendo no interior do aparelho)


46

predominam sobre todos os estímulos externos. Em segundo lugar, é adotada


-1

uma maneira específica de lidar com quaisquer excitações internas que


e
ad

produzam um aumento demasiado grande de desprazer; há uma tendência a


dr
An

tratá-las como se atuassem, não de dentro, mas de fora, de maneira que seja
de

possível colocar o escudo contra estímulos em operação, como meio de defesa


o
ed

contra elas. É essa a origem da projeção, destinada a desempenhar um papel tão


ev
Az

grande na causação dos processos patológicos.


na
lia
Ju

16. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do


Prazer”, é
incorreto afirmar que
(A) O desprazer específico do sofrimento físico provavelmente resulta
de que oescudo protetor tenha sido atravessado numa área limitada.
(B) Quanto mais alta a própria catexia quiescente do sistema, maior
parece ser asua força vinculadora.
(C) Uma anticatexia em grande escala é estabelecida como forma de
372
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

deter a catexia, aumentando e excitando as funções psíquicas


remanescentes
(D) A energia catéxica é convocada de todos os lados para fornecer
catexiassuficientemente altas de energia nos arredores da ruptura.
Gabarito: C
Comentários: O desprazer específico do sofrimento físico
provavelmente resulta de que o escudo protetor tenha sido

05
atravessado numa área limitada. Dá-se então um fluxo contínuo de

6:
excitações desde a parte da periferia relacionada até o aparelho central

:5
12
da mente, tal como normalmente surgiria apenas desde o interior do

3
02
aparelho. E como esperamos que a mente reaja a essainvasão? A energia

/2
05
catéxica é convocada de todos os lados para fornecer catexias

2/
suficientemente altas de energia nos arredores da ruptura. Uma

-2
om
‘anticatexia’ em grande escala é estabelecida, em cujo benefício todos

l.c
os outros sistemas psíquicos são empobrecidos, de maneira que as

ai
gm
funções e@
psíquicas remanescentes são grandemente paralisadas ou reduzidas.
ci

Devemos empenhar-nos em extrair uma lição de exemplos como esse e


pe
es

utilizá- los como base para nossas especulações metapsicológicas. Do


na

presente caso, então, inferimos que um sistema que é altamente


ia
ul
-j

catexizado é capaz de receberum influxo adicional de energia nova e de


5
-3

convertê-la em catexia quiescente, isso é, de vinculá-la psiquicamente.


37

Quanto mais alta a própria catexia quiescente do sistema, maior


.4
17

parece ser a sua força vinculadora; inversamente, entretanto, quanto


.3
46

mais baixa a catexia, menos capacidade terá para receber o influxo de


-1

energia e mais violentas serão as conseqüências de tal ruptura no


e
ad

escudo protetor contra estímulos. A essa concepção não se pode


dr
An

corretamente objetar que o aumento de catexia em redor da ruptura


de

podeser mais simplesmente explicado como sendo o resultado direto das


o

massas afluentes de excitação. Se assim fosse, o aparelho mental


ed
ev

meramente receberia um aumento em suas catexias de energia, e o


Az

caráter paralisante do sofrimentoe o empobrecimento de todos os outros


na
lia

sistemas permaneceriam inexplicados.


Ju

17. Em Além do princípio do prazer (1920), Freud será levado a


referir-se de novo à noção de fixação no trauma como um dos
fatos que não se explicam completamente pela persistência de um
modo de satisfação libidinal e que o obrigam a postular a
existência de
(A) padrões de personalidade infantis

373
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(B) uma compulsão à repetição


(C) um princípio do prazer demoníaco
(D) associações catastróficas conservadoras
Gabarito: B
Comentários: O foco será na compulsão à repetição como uma hipótese mais
adequada para a fixação no trauma, no lugar de uma simples fixação libidinal
(que ele defendeu em obras anteriores).

05
6:
:5
12
18. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é

3
02
correto afirmar que a compulsão à repetição na neurose de

/2
transferência, ao contrário das situações de compulsão à

05
2/
repetição em adultos, somente ocorrem

-2
(A) pelas memórias infantis reprimidas não se encontrarem presentes

om
l.c
em estado de sujeição e pelo desprezo ao princípio de prazer sob todos

ai
os modos
gm
e@
(B) como forma de amenizar as resistências de transferência, ganhando
ci

força no vínculo relacional tônico e consciente entre o médico e o


pe
es

paciente
na

(C) pela perlaboração sobre o princípio da realidade e o onírico,


ia
ul

nãoconsiderando a ênfase a partir do princípio da realidade


-j
5

(D) em detrimento da oclusão do princípio do prazer, presente nas


-3
37

situações exclusivas de psicanálise, atendendo ao princípio da realidade


.4
17

“sustentada” pelaatenção flutuante


.3
46

Gabarito: A
-1

Comentários: No caso de uma pessoa em análise, pelo contrário, a compulsão


e
ad

à repetição na transferência dos acontecimentos da infância evidentemente


dr

despreza o princípio de prazer sob todos os modos. O paciente comporta-se de


An
de

modo puramente infantil e assim nos mostra que os traços de memória


o

reprimidos de suas experiências primevas não se encontram presentes nele em


ed
ev

estado de sujeição, mostrando-se elas, na verdade, em certo sentido, incapazes


Az

de obedecer ao processo secundário.


na
lia

Como diria Zimerman: o paciente é obrigado a repetir (atuar) o material


Ju

reprimido – sempre ligado a algum vestígio da sexualidade edípica – como se


fosse uma experiência contemporânea realmente vivida com o psicanalista.

19. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


corretoafirmar sobre os instintos que
(A) todos os instintos orgânicos são conservadores, que são
adquiridos historicamente, e que tendem à restauração de um estado

374
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

anterior de coisas
(B) existe em ação nos seres humanos um instinto para a perfeição
(C) podemos admitir que grande parte dos instintos de
autoconservação sãotambém de natureza libidinal
(D) ajudar a tornar a energia catéxica quiescente em uma energia
catéxicalivremente móvel
Gabarito: C

05
Comentários: Vejamos:

6:
A hipótese de instintos de autoconservação, tais como os atribuímos a

:5
12
todos os seres vivos, alteia-se em acentuada oposição à ideia de que a vida

3
02
instintual, como um todo, sirva para ocasionar a morte.

/2
05
[...]

2/
-2
Pode também ser difícil, para muitos de nós, abandonar a crença de que

om
existe em ação nos seres humanos um instinto para a perfeição, instinto que os

l.c
trouxe a seu atual alto nível de realização intelectual e sublimação ética, e do

ai
gm
qual se pode esperar que zele pelo seu desenvolvimento em super-homens. Não
e@
tenho fé, contudo, na existência de tal instinto interno e não posso perceber por
ci
pe

que essa ilusão benévola deva ser conservada.


es
na

[...]
ia
ul

Se os instintos de autoconservação são também de natureza


-j
5

libidinal, talvez não existam quaisquer outros instintos, a não ser os


-3
37

libidinais? [Freud nãoconseguiu descrever instintos de autoconservação que


.4
17

não fossem libidinais...]


.3

[...]
46
-1

Descobrimos que uma das mais antigas e importantes funções do


e

aparelho mental é sujeitar os impulsos instintuais que com ele se chocam,


ad
dr

substituir o processo primário que neles predomina pelo processo secundário,


An
de

e converter sua energia catéxica livremente móvel numa catexia


o
ed

principalmentequiescente (tônica).
ev
Az
na

20. O texto escrito em 1920 por Freud, “Além do Princípio do Prazer”,


lia
Ju

inova ao postular
(A) a hipótese de um masoquismo primário, e não apenas a existência de
um masoquismo secundário ao sadismo
(B) o surgimento da libido de transferência, uma forma de expressão de
amor entre analista e analisando
(C) a dissociação entre as instâncias do ego responsáveis pela catexia
consciente e inconsciente que afetam sobremaneira a relação com o
princípio do prazer aventado pelo inconsciente
375
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

(D) a repetição do material reprimido nas crianças como uma forma de


antecipação dos ensaios analíticos individuais que supõe a ausência de
um outroGabarito: A
Comentários: Eu sei... Eu sei...
Precisava entender o contexto da obra Freudiana... Aqui está esse
contexto (Zimerman, Fundamentos Psicanalíticos):
DECORE: Em 1920 (Além do princípio do prazer) dá-se um importante

05
acréscimo conceitual, porquanto Freud lança o seu postulado da

6:
:5
existência de uma pulsão de morte e inclui o fenômeno da

12
transferência como um exemplode compulsão a uma repetição penosa

3
02
e infantil, pela qual o paciente é obrigado a repetir (atuar) o material

/2
05
reprimido – sempre ligado a algum vestígio da sexualidade edípica –

2/
-2
como se fosse uma experiência contemporânea realmente vivida com

om
o psicanalista. Também a partir daí ele aventou a hipótese de um

l.c
masoquismo primário (e não unicamente como secundário ao

ai
gm
sadismo), o que determinou uma mudança no entendimento decertas
e@
transferências.
ci
pe
es
na

21. Considerando o texto de Freud, “Além do Princípio do Prazer”, é


ia
ul

correto afirmar que a foi apresentado nesta obra, pela primeira


-j
5

vez na obra freudiana, o conceito de


-3
37

(A) masoquismo
.4
17

(B) pulsão de morte


.3
46

(C) afasia
-1

(D) libido narcísica


e
ad

Gabarito: B
dr
An

Comentários: Devemos concordar com Zimerman, quando afirma que: Pulsão


de

de morte. Freud descreveu o “instinto de morte”, pela primeira vez, em Além do


o
ed

princípio do prazer (1920). [...] mais precisamente a partir do clássico trabalho


ev

Além do princípio do prazer, de 1920, ele estabeleceu de forma definitiva


Az

a
na
lia
Ju

dualidade de Pulsões de Vida (ou Eros) e Pulsões de Morte (ou Tanatos), que, em
algum grau, coexistem fundidos entre si.
Além disso, o autor deduz (da cabeça dele, mas deduz):
Em 1920, a partir de Além do princípio do prazer, a
“atuação” seráconsiderado por Freud como um fenômeno
ligado ao da “compulsão à repetição”, portanto inerente à
“pulsão de morte”. Ébem possível que essa conexão entre

376
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

atuação e pulsão de morte tenha contribuído para que os


psicanalistas a tenham significado sistematicamente com
algo destrutivo do setting analítico e da própria análise.

Recordar, repetir e elaborar. (1914) v. XII in:

05
6:
:5
Edição Standard Brasileira das Obras

12
3
Psicológicas Completas de Sigmund Freud.

02
/2
Rio de Janeiro: Imago, 1996.

05
2/
-2
Não me parece desnecessário lembrar continuamente, àqueles que

om
l.c
estudam a psicanálise, as profundas alterações que a técnica psicanalítica sofreu

ai
desde o início. Na primeira fase, a da catarse de Breuer, o foco era colocado
gm
sobre o momento da formação do sintoma, e havia o esforço persistente em
e@
fazer se re- produzirem os processos psíquicos daquela situação, para levá-los a
ci
pe

uma descarga mediante a atividade consciente. Recordar e ab-reagir, com o


es
na

auxílio do estado hipnótico, eram então as metas a serem alcançadas. Em


ia

seguida, de- pois da renúncia à hipnose, impôs-se a tarefa de descobrir, a partir


ul
-j

dos pensamentos espontâneos* do analisando, o que ele não conseguia


5
-3

recordar. A resistência seria contornada mediante o trabalho de interpretação e


37

a comu- nicação dos seus resultados ao doente; mantinha-se o foco sobre as


.4
17

situações em que se tinham formado os sintomas e aquelas que se verificavam


.3
46

por trás do momento em que surgira a doença, a ab-reação caía para segundo
-1

plano, parecendo substituída pelo dispêndio de trabalho que o analisando tinha


e

que fazer, na superação da crítica a seus pensamentos espontâneos a que era


ad
dr

obri- gado (em obediência à regra ψα* fundamental). Por fim se formou a técnica
An

coerente de agora, na qual o médico renuncia a destacar um fator ou problema


de

determinado e se contenta em estudar a superfície psíquica apresentada pelo


o
ed

analisando, utilizando a arte da interpretação essencialmente para reconhecer


ev

as resistências que nela surgem e torná-las conscientes para o doente. Verifica-


Az

se então uma nova espécie de divisão de trabalho: o médico desencobre as


na
lia

resistências desconhecidas para o doente; sendo essas dominadas, com


Ju

frequência o doente relata sem qualquer dificuldade as situações e os nexos


esquecidos. O objetivo dessas técnicas permaneceu inalterado, sem dúvida. Em
termos descritivos: preenchimento das lacunas da recordação; em termos
dinâmicos: superação das resistências da repressão.
Temos que permanecer gratos à velha técnica hipnótica por nos ter
mostrado processos psíquicos da análise de modo isolado e esquemático.
Apenas assim pudemos adquirir o ânimo de criar nós mesmos situações com-
plicadas na terapia analítica e de mantê-las transparentes.

377
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Naqueles tratamentos hipnóticos o recordar se configurava de forma bem


simples. O paciente se punha numa situação anterior, que não parecia jamais se
confundir com a presente, comunicava os processos psíquicos da mesma, até
onde haviam permanecido normais, e acrescentava o que podia resultar da
transformação dos processos antes inconscientes em conscientes.
Neste ponto farei algumas observações que todo analista vê confirmadas
em sua experiência. O esquecimento de impressões, cenas, vivências reduz-se
em geral a um “bloqueio” delas. Quando o paciente fala desse “esquecimento”,

05
raramente deixa de acrescentar: “Na verdade, eu sempre soube, apenas não

6:
:5
pensava nisso”. Não raro ele expressa desapontamento por não lhe ocorrerem

12
bastantes coisas que possa reconhecer como “esquecidas”, em que nunca tenha

3
02
pensado novamente desde que sucederam. No entanto, também esse anelo é

/2
05
satisfeito, sobretudo nas histerias de conversão. O “esquecimento” sofre ainda

2/
limitação se apreciarmos as lembranças encobridoras, de presença universal.

-2
Em não poucos casos tive a impressão de que a conhecida amnésia infantil, para

om
nós tão importante teoricamente, é inteiramente contrabalançada pelas

l.c
ai
lembranças encobridoras. Nestas se conserva não apenas algo essencial da vida

gm
infantil, mas verdadeiramente todo o essencial. É preciso apenas saber extraí-lo
e@
delas por meio da análise. Elas representam os anos esquecidos da infância tão
ci
pe

adequadamente quanto o conteúdo manifesto do sonho representa os


es

pensamentos oníricos.
na
ia

O outro grupo de eventos psíquicos que, como atos puramente internos,


ul
-j

podem ser contrapostos às impressões e vivências, as fantasias, referências,


5
-3

sentimentos, conexões, tem de ser considerado separadamente na sua relação


37

com o esquecer e o recordar. Nele sucede com particular frequência que seja
.4
17

“lembrado” algo que não poderia jamais ser “esquecido”, pois em tempo algum
.3

foi percebido, nunca foi consciente e, além disso, parece não fazer nenhuma
46
-1

diferença, para o decurso psíquico, se uma dessas “conexões” era consciente e


e

foi então esquecida, ou se jamais alcançou a consciência. A convicção que o


ad
dr

doente adquire no curso da análise independe por completo de uma tal


An

recordação.
de

Em especial nas várias formas da neurose obsessiva, o esquecimento se


o
ed

lim- ita geralmente à dissolução de nexos, não reconhecimento de sequências


ev

lógicas, isolamento de recordações.


Az

No caso de um tipo especial de vivências muito importantes, que têm lugar


na
lia

nos primórdios da infância e que na época foram vividas sem compreensão, mas
Ju

depois, a posteriori, encontraram compreensão e interpretação, em geral não é


possível despertar a lembrança. Através dos sonhos pode-se chegar a conhecê-
las, os motivos mais forçosos do conjunto da neurose nos obrigam a acreditar
nelas, e podemos igualmente nos convencer de que o analisando, após superar
suas resistências, não invoca a ausência da sensação de lembrança (sentimento
de familiaridade) para se recusar a aceitá-la. Entretanto, esse tema exige
tamanha cautela crítica, e traz tanta coisa nova e surpreendente, que eu o
reservarei para um tratamento à parte, com material apropriado.

378
FAB 2023/24
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Professor Alyson Barros

Aplicando a nova técnica restará muito pouco, com frequência nada,


daquele transcurso agradavelmente suave. Também surgem casos que até certo
ponto se comportam como na técnica hipnótica e somente depois divergem;
outros agem diferentemente desde o princípio. Se nos detemos nesse último tipo
para caracterizar a diferença, é lícito afirmar que o analisando não recorda
absolutamente o que foi esquecido e reprimido, mas sim o atua. Ele não o
reproduz como lembrança, mas como ato, ele o repete, naturalmente sem saber

05
que o faz.

6:
:5
Por exemplo: o analisando não diz que se lembra de haver sido teimoso e

12
rebelde ante a autoridade dos pais, mas se comporta de tal maneira diante do

3
02
médico. Não se lembra de que sua investigação sexual infantil não o levou a

/2
05
nada, deixando-o perplexo e desamparado, mas apresenta uma quantidade de

2/
sonhos e pensamentos confusos, lamenta que nada dá certo para ele, e vê como

-2
seu destino jamais concluir um empreendimento. Não se lembra de ter se

om
envergonhado bastante de certas atividades sexuais e ter sentido medo de que

l.c
ai
fossem descobertas, mas mostra vergonha do tratamento a que se submete

gm
agora e procura escondê-lo de todos etc.
e@
Sobretudo, ele começa a terapia com uma repetição desse gênero.
ci
pe

Frequentemente, ao comunicar a regra fundamental da psicanálise a um


es

paciente com uma vida cheia de eventos e uma longa história de doença, e
na
ia

solicitar que ele diga o que lhe ocorrer, esperando que suas declarações fluam
ul
-j

como uma torrente, constatamos que ele nada diz. Guarda silêncio e afirma que
5
-3

nada lhe ocorre. Isto não é outra coisa, naturalmente, que a repetição de uma
37

atitude homossexual que se evidencia como resistência contra qualquer


.4
17

recordação. Enquanto ele permanecer em tratamento, não se livrará desta


.3

compulsão de re- petição; por fim compreendemos que este é seu modo de
46
-1

recordar.
e

É natural que em primeira linha nos interesse a relação desta compulsão


ad
dr

de repetição com a transferência e a resistência. Logo notamos que a


An

transferência mesma é somente uma parcela de repetição, e que a repetição é


de

transferência do passado esquecido, [transferência] não só para o médico, mas


o
ed

para todos os âmbitos da situação presente. Devemos estar preparados,


ev

portanto, para o fato de que o analisando se entrega à compulsão de repetir, que


Az

então substitui o impulso à recordação, não apenas na relação pessoal com o


na
lia

médico, mas também em todos os demais relacionamentos e atividades


Ju

contemporâneas de sua vida, por exemplo quando, no decorrer do tratamento,


escolhe um objeto amoroso, toma para si uma tarefa, começa um
empreendimento. Também a participação da resistência não é difícil de
reconhecer. Quanto maior a resistência, tanto mais o recordar será substituído
pelo atuar (repetir). Pois o recordar ideal do que foi esquecido corresponde, na
hipnose, a um estado em que a resistência foi totalmente afastada. Se a terapia
começa sob os auspícios de uma suave e discretamente positiva transferência,
ela permite inicialmente, como na hipnose, um aprofundar da recordação,

379
FAB 2023/24
Psicologia – Aula 01
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durante o qual mesmo os sin- tomas patológicos silenciam; mas se no decurso


posterior a transferência se torna hostil ou muito intensa, por isso necessitando
de repressão, imediatamente o recordar cede o lugar à atuação. A partir de então
as resistências determinam a sequência do que será repetido. É do arsenal do
passado que o doente retira as armas com que se defende do prosseguimento da
terapia, as quais temos de lhe arrancar peça por peça.
Vimos então que o analisando repete em vez de lembrar, repete sob as
condições da resistência; agora podemos perguntar: o que repete ou atua ele de

05
fato? A resposta será que ele repete tudo o que, das fontes do reprimido, já se

6:
:5
impôs em seu ser manifesto: suas inibições e atitudes inviáveis, seus traços

12
patológicos de caráter. Ele também repete todos os seus sintomas durante o

3
02
tratamento. E agora podemos ver que ao destacar a compulsão de repetição não

/2
05
adquirimos um novo fato, mas uma concepção mais unificada. Para nós se torna

2/
claro que a condição doente do analisando não pode cessar com o início da

-2
análise, que devemos tratar sua doença não como assunto histórico, mas como

om
um poder atual. Essa condição doente é movida pouco a pouco para o horizonte

l.c
ai
e o raio de ação da terapia, e, enquanto o doente a vivencia como algo real e

gm
atual, devemos exercer sobre ela o nosso trabalho terapêutico, que em boa parte
e@
consiste na recondução ao passado.
ci
pe

Fazer lembrar, como sucedia na hipnose, dava inevitavelmente a impressão de


es

um experimento de laboratório. Fazer repetir no tratamento analítico, se- gundo


na
ia

a nova técnica, significa conjurar uma fração da vida real, e por isso não pode
ul
-j

ser inócuo e irrepreensível em todos os casos. A isto se relaciona todo aquele


5
-3

problema de “piorar durante a terapia”, frequentemente inevitável.


37

Antes de tudo, a iniciação do tratamento leva o doente a mudar sua atitude


.4
17

consciente para com a doença. Normalmente ele se contentou em lamentá-la,


.3

desprezá-la como absurdo, subestimá-la na sua importância, e de resto deu


46
-1

prosseguimento, ante as suas manifestações, ao comportamento repressor, à


e

política de avestruz que praticava com as suas origens. Pode então ocorrer que
ad
dr

ele não saiba exatamente as precondições de sua fobia, que não escute as palav-
An

ras corretas de suas ideias obsessivas ou não apreenda o verdadeiro propósito


de

de seu impulso obsessivo. Naturalmente isso não ajuda a terapia. Ele tem de
o
ed

conquistar a coragem de dirigir sua atenção para os fenômenos de sua doença.


ev

A própria doença não deve mais ser algo desprezível para ele, mas sim tornar-
Az

se um digno adversário, uma parcela do seu ser fundamentada em bons motivos,


na
lia

de que cabe extrair algo valioso para sua vida futura. A reconciliação com o
Ju

reprimido que se manifesta nos sintomas é assim preparada desde o início, mas
também se admite uma certa tolerância para o estado enfermo. Se esta nova
relação com a doença torna mais agudos os conflitos e faz sobressaírem
sintomas até então indistintos, não é difícil consolar o doente com a observação
de que isto é uma piora necessária e passageira, e que não se pode liquidar um
inimigo que está ausente ou não está próximo o bastante. Mas a resistência pode
explorar a situação para seus propósitos, e querer abusar da permissão de estar
doente. Parece então dizer: “Olhe no que dá, se eu concordo com essas coisas.

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Psicologia – Aula 01
Professor Alyson Barros

Não fiz bem em abandoná-las à repressão?”. Crianças e jovens, em especial,


costumam se aproveitar da indulgência pela condição enferma, que a terapia
requer, para se regalar nos sintomas patológicos.
Outros perigos surgem do fato de que no curso da terapia podem chegar à
repetição impulsos instintuais* novos e mais profundos, que ainda não se
haviam imposto. Afinal, as ações realizadas pelo paciente fora da transferência
podem trazer danos temporários à sua vida, ou até ser escolhidas de modo a
depreciar duradouramente a saúde a ser conquistada.

05
Pode-se facilmente justificar a tática que o médico deve adotar nesta situ-

6:
:5
ação. Para ele, o recordar à maneira antiga, reproduzir no âmbito psíquico,

12
continua sendo a meta a que se apega, embora saiba que na nova técnica isto

3
02
não se pode alcançar. Ele se dispõe para uma luta contínua com o paciente, a

/2
05
fim de manter no âmbito psíquico todos os impulsos que este gostaria de dirigir

2/
para o âmbito motor, e comemora como um triunfo da terapia o fato de

-2
conseguir, mediante o trabalho da recordação, dar solução a algo que o paciente

om
gostaria de descarregar através de uma ação. Quando a ligação pela

l.c
ai
transferência tornou-se de algum modo aproveitável, o tratamento chega a

gm
impedir que o paciente realize os atos de repetição mais significativos e a utilizar
e@
a intenção para aquilo in statu nascendi como material para o trabalho
ci
pe

terapêutico. O melhor modo de proteger o doente dos danos que traria a


es

realização de seus impulsos é obrigá-lo a não tomar decisões vitais durante a


na
ia

terapia, não escolher profissão ou objeto amoroso definitivo, por exemplo, e sim
ul
-j

esperar o momento da cura para esses propósitos.


5
-3

Nisso respeitamos de bom grado aquilo que na liberdade pessoal do


37

analisando é compatível com essas precauções, não o impedindo de executar


.4
17

propósitos de menor importância, embora tolos, e não esquecendo que na


.3

verdade apenas a experiência e o prejuízo tornam alguém sábio. Há também


46
-1

casos em que não podemos dissuadi-lo de empreender algo totalmente


e

inadequado durante o tratamento, e em que somente depois ele se torna brando


ad
dr

e acessível ao trabalho analítico. Ocasionalmente deve também suceder que não


An

haja tempo de pôr as rédeas da transferência nos instintos indomados, ou que o


de

paciente, num ato de repetição, corte o laço que o liga ao tratamento. Quero
o
ed

mencionar, como exemplo extremo, o caso de uma velha senhora que


ev

repetidamente abandonava a casa e o marido, em estado de semiausência, e ia


Az

para um lugar qualquer, sem tomar consciência de algum motivo para essas
na
lia

“fugas”. Ela iniciou o tratamento com uma transferência afetuosa, bem


Ju

desenvolvida, intensificou-a com rapidez inquietante nos primeiros dias, e ao


final de uma se- mana “fugiu” também de mim, antes que eu tivesse tempo de
lhe dizer algo que pudesse prevenir tal repetição.
No entanto, o principal meio de domar a compulsão de repetição do
paciente e transformá-la num motivo para a recordação está no manejo da
transferência. Tornamos esta compulsão inofensiva, e até mesmo útil, ao
reconhecer-lhe o seu direito, ao lhe permitir vigorar num determinado âmbito.
Nós a admitimos na transferência, como numa arena em que lhe é facultado se

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Psicologia – Aula 01
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desenvolver em quase completa liberdade, e onde é obrigada a nos apresentar


tudo o que, em matéria de instintos patogênicos, se ocultou na vida psíquica do
analisando. Quando o paciente se mostra solícito a ponto de respeitar as
condições básicas do tratamento, conseguimos normalmente dar um novo
significado de transferência a todos os sintomas da doença, substituindo sua
neurose ordinária por uma neurose de transferência, da qual ele pode ser
curado pelo trabalho terapêutico. Assim a transferência cria uma zona
intermediária entre a doença e a vida, através da qual se efetua a transição de

05
uma para a outra. O novo estado assumiu todas as características da doença, mas

6:
:5
representa uma enfermidade artificial, em toda parte acessível à nossa

12
interferência. Ao mesmo tempo é uma parcela da vida real, tornada possível por

3
02
condições particularmente favoráveis, porém, e tendo uma natureza provisória.

/2
05
Das reações de repetição que surgem na transferência, os caminhos já

2/
conhecidos levam ao despertar das recordações, que após a superação das

-2
resistências se apresentam sem dificuldade.

om
l.c
ai
Eu poderia me deter aqui, se o título deste ensaio não me obrigasse à

gm
exposição de mais um ponto da técnica psicanalítica. Como se sabe, a superação
e@
das resistências tem início quando o médico desvela a resistência jamais
ci
pe

reconhecida pelo paciente e a comunica a ele. Mas parece que os principiantes


es

da análise se inclinam a tomar esse início pelo trabalho inteiro. Com frequência
na
ia

fui consultado a respeito de casos em que o médico se queixou de haver


ul
-j

mostrado ao doente sua resistência, sem que no entanto algo mudasse, a


5
-3

resistência havia mesmo se fortalecido e toda a situação se turvado ainda mais.


37

Aparentemente, a terapia não estava indo adiante. Essa expectativa sombria


.4
17

resultou sempre errada. Em geral a terapia fazia progresso; o médico tinha


.3

apenas esquecido que nomear a resistência não pode conduzir à sua imediata
46
-1

cessação. É preciso dar tempo ao paciente para que ele se enfronhe na


e

resistência agora conhecida, para que a elabore, para que a supere,


ad
dr

prosseguindo o trabalho apesar dela, conforme a regra fundamental da análise.


An

Somente no auge da resistência podemos, em trabalho comum com o


de

analisando, descobrir os impulsos instin- tuais que a estão nutrindo, de cuja


o
ed

existência e poder o doente é convencido mediante essa vivência. O médico nada


ev

tem a fazer senão esperar e deixar as coisas seguirem um curso que não pode
Az

ser evitado, e tampouco ser sempre acelerado. Atendo-se a essa compreensão,


na
lia

ele se poupará muitas vezes a ilusão de haver fracassado, quando na realidade


Ju

segue a linha correta no tratamento.

Na prática, essa elaboração das resistências pode se tornar uma tarefa pen-
osa para o analisando e uma prova de paciência para o médico. Mas é a parte do
trabalho que tem o maior efeito modificador sobre o paciente, e que dis- tingue
o tratamento psicanalítico de toda influência por sugestão.

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Professor Alyson Barros

Teoricamente pode-se compará-la com a “ab-reação” dos montantes de


afeto retidos pela repressão, [ab-reação] sem a qual o tratamento hipnótico
permanecia ineficaz.

----- fim -----

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