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Coordenação Executiva
Rebeca Portela
Gisléa Ferreira
Produção do material
Rebeca Portela
Gisléa Ferreira
Ísis Maurício
Larissa Jovana
Luanna Cruz
Débora Oliveira
Rafaela Domingos
Design da Capa
Rebeca Portela
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 6 | 2022| Módulo SUS
Apresentação
O Liame
busca preparar estudantes 3 a 4h. A metodologia agrega conteúdo expositivo,
e profissionais de Psicologia dialogado e resolução de questões, sem deixar de
para as provas de Residência na área e promover trazer reflexões críticas sobre os conteúdos e sobre a
aproximações por meio de trocas de experiências, prática em Psicologia nos diferentes cenários.
vivências e debates sobre a atuação da Psicologia nas
políticas públicas de saúde. Entendendo a residência como espaço de formação
potente e desafiador realizado no SUS e para o SUS, é
Idealizado em 2017 por Rebeca Portela como um com bastante orgulho que nas cinco edições do curso
grupo de estudos dos conteúdos específicos de até aqui somemos 52 aprovações, incluindo posições
Psicologia requisitados para a seleção, em 2018 o de primeiro lugar tanto no perfil Atenção Básica
grupo ganha a identidade LIAME e passa a ampliar a quanto no perfil Hospitalar.
proposta para um curso preparatório para
residências, abordando não só o conteúdo específico Nesta sexta edição do preparatório, o Liame
apresenta como novidade o serviço de
de Psicologia, como também os conhecimentos gerais
dos respectivos perfis de atuação. acompanhamento personalizado de plano de estudos,
ofertado em separado do preparatório, para aqueles
Com docentes com trajetória de formação na participantes com necessidade de um percurso de
modalidade de residência, pós-graduação em suas estudos mais estratégico e potencializado.
áreas de atuação e experiência profissional na
Atenção Básica, na Saúde Coletiva e na Atenção O SUS e as políticas públicas de uma maneira geral
Hospitalar, o Liame tem como propósito mais que tem sofrido duros retrocessos. Apesar de todas as
dificuldades historicamente acumuladas, apenas o
uma preparação para a prova da residência, como
também produzir reflexões e trocas que possam SUS possui real capacidade de resposta às
contribuir para uma atuação psi contextualizada e necessidades de saúde pública e a presença de
alinhada aos princípios da defesa do direito à saúde, residentes em saúde se faz importante para a
de maneira acessível, dialogada e sensível às continuidade, fortalecimento do ideário da reforma
necessidades da/o/e(s) participantes. sanitária e aperfeiçoamento das estruturas existentes
no SUS.
O material de apoio é elaborado pelas docentes,
apresentando resumo teórico, sugestões de leituras LIAME significa criar laços, construir vínculos e é a
partir dessa aposta que viemos construindo pontes de
complementares, indicações de vídeos e filmes e
resolução de questões com lista de gabarito. diálogo entre Psicologia e políticas públicas de saúde,
na direção do fortalecimento da atuação
Desde 2020, o Liame adota a modalidade virtual como contextualizada e comprometida com o
meio de transmissão das aulas, que acontece uma vez fortalecimento do SUS. Desejamos uma jornada de
na semana no módulo SUS e duas vezes por semana aprendizados e trocas potentes durante este módulo.
para os módulos específicos, ao vivo, com duração de
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 6 | 2022| Módulo SUS
Docentes | Módulo SUS
Débora Oliveira
Rafaela Domingos
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 6 | 2022| Módulo SUS
Cronograma | Módulo SUS
06/07 Débora
06 Epidemiologia: aspectos históricos e história natural da doença
(quarta) Oliveira
13/07 Débora
07 Epidemiologia: indicadores epidemiológicos
(quarta) Oliveira
20/07 Débora
08 Epidemiologia: estudos epidemiológicos
(quarta) Oliveira
Débora e
10 03/08 Simulado 1 - Módulo Geral
Rafaela
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 6 | 2022| Módulo SUS
Sumário
Aula 1 ......................................................................................................................... 9
Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil ................................................................ 10
POLÍTICA PÚBLICA, POLÍTICAS DE SAÚDE E SISTEMA DE SAÚDE: DIFERENÇAS
CONCEITUAIS.......................................................................................................... 10
POLÍTICAS E MODELOS DE SAÚDE NO BRASIL: Retrospectiva Histórica ..................... 11
REFORMA SANITÁRIA ............................................................................................ 18
Modelos de Atenção à Saúde no Brasil ................................................................ 20
Modelo médico-assistencial privatista..................................................................... 20
Modelo Assistencial Sanitarista ............................................................................... 21
Propostas alternativas aos modelos de atenção em saúde ....................................... 21
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 23
Aula 2 ....................................................................................................................... 29
Legislação da Saúde: Constituição Federal .......................................................... 30
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: ARTIGOS 196 AO 200 .......................................... 30
Legislação da Saúde: Lei Nº 8.080/90................................................................... 32
Aula 3 ....................................................................................................................... 40
Legislação da Saúde: Lei Nº 8.142/1990. ............................................................. 41
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 43
Aula 4 ....................................................................................................................... 45
Decreto Nº 7508/2011 ................................................................................................ 45
Redes de Atenção à Saúde .......................................................................................... 45
2. ORGANIZAÇÃO DO SUS ....................................................................................... 46
3. PLANEJAMENTO DA SAÚDE ................................................................................. 47
4. ASSISTÊNCIA À SAÚDE......................................................................................... 47
5. ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA ........................................................................ 48
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 51
Aula 5 ....................................................................................................................... 57
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) ....................................................... 58
Portaria 2.488 de 21 de outubro de 2011............................................... (antiga PNAB)
.............................................................................................................................. 58
Portaria 2.436 de 21 de setembro de 2017 .............................................................. 67
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Características da AB .............................................................................................. 67
Diretrizes:............................................................................................................... 68
DAS RESPONSABILIDADES Art. 7º ............................................................................ 68
INFRAESTRUTURA, AMBIÊNCIA E FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA .............. 73
3.3 – FUNCIONAMENTO .......................................................................................... 73
3.4- Tipos de Equipes: ............................................................................................. 74
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde: Atribuições e processo de trabalho .. 76
Atribuições dos agentes comunitários de saúde ...................................................... 77
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 77
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) ........................ 83
Portaria no 198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004 ............................................... 85
PORTARIA Nº 1.996, DE 20 DE AGOSTO DE 2007 ...................................................... 87
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 93
Aula 6 ....................................................................................................................... 98
Introdução à Epidemiologia .................................................................................. 99
BREVES ASPECTOS HISTÓRICOS DA EPIDEMIOLOGIA................................................ 99
Bases da Epidemiologia .......................................................................................... 99
HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA NO BRASIL ............................................................. 100
QUAL O CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA? ............................................................... 101
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EPIDEMIOLOGIA.............................................................. 102
OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA ............................................................................ 102
EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 104
Modelos Explicativos do Processo Saúde-Doença .................................................. 106
História Natural da Doença e Determinação Social ..........................................107
NÍVEIS DE PREVENÇÃO.......................................................................................... 110
DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA ....................................... 111
MODELO DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE .............................................. 112
EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 113
Aula 7 .....................................................................................................................120
Indicadores Epidemiológicos...............................................................................121
Medidas em Saúde ............................................................................................... 121
INDICADORES: TIPOS E APLICAÇÃO ....................................................................... 122
INDICADORES DE MORBIDADE .............................................................................. 123
INDICADORES DE MORTALIDADE .......................................................................... 125
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EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 130
Aula 8 .....................................................................................................................138
Estudos Epidemiológicos .....................................................................................139
CONCEITOS IMPORTANTES NOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ............................... 141
DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS .......................................................... 141
Tipos de Estudos Epidemiológicos ......................................................................... 142
Estudo transversal/Corte Transversal/Seccional .................................................... 142
Estudo Caso-Controle ou Retrospectivo ................................................................. 143
Estudo de Coorte ou de Incidência ........................................................................ 144
Estudo Ecológico................................................................................................... 146
Ensaios Clínicos .................................................................................................... 146
EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 148
Aula 9 .....................................................................................................................153
Vigilância à Saúde: Noções Básicas.....................................................................154
Vigilância Epidemiológica...................................................................................... 154
FUNÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .......................................................... 155
COLETA DE DADOS E INFORMAÇÃO ...................................................................... 155
Fonte de dados ..................................................................................................... 156
AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ............................... 158
Vigilância Sanitária ............................................................................................... 160
HISTÓRICO ........................................................................................................... 160
CONCEITO ............................................................................................................ 160
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VISA ................................................................................ 161
ATRIBUIÇÕES PRÓPRIAS DA ANVISA...................................................................... 161
PROCESSO DE TRABALHO...................................................................................... 161
Vigilância em Saúde Ambiental ............................................................................. 163
ARCABOUÇO LEGAL .............................................................................................. 163
CONCEITO............................................................................................................. 163
OBJETIVOS ........................................................................................................... 163
ESTRUTURA DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL ............................................................... 164
Vigilância e controle dos fatores de riscos biológicos ............................................. 164
Vigilância e controle dos fatores de riscos não-biológicos ...................................... 165
EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 167
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 6 | 2022| Módulo SUS
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LIAME – Preparatório para Residências em Psicologia SES-PE | Ano 6 | 2022| Módulo SUS
Aula
1
Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil
Reforma Sanitária
Modelos de Atenção à Saúde
Indicação de documentário:
(disponível no YouTube)
Brasil Colônia
• Saúde pública praticamente inexistiu: trabalho de curandeiros (ervas) e boticários
(medicamentos preparados nas boticas)
Império
• 1828: As responsabilidades foram transferidas às municipalidades (províncias)
• 1829: criação do primeiro órgão nacional de saúde pública do Brasil (Ministério do
Império): criação do cargo de provedor-mor de saúde da corte e do Estado do Brasil,
embrião do serviço de saúde dos portos, com delegados nas províncias.
• O governo imperial atuava apenas em situações de emergência para contenção de
epidemias e controle sanitário mínimo da capital do império. Havia comissões a nível
local, porém quando as situações se complicavam, centralizava-se as ações no
governo central.
• Quem dispunha de recursos, recorria aos médicos particulares, bastante escassos.
Quem não, restava os curandeiros, que continuavam a ser
os principais responsáveis pelo tratamento dos mais
pobres.
• Perfil de adoecimento: doenças infectocontagiosas:
peste bubônica, varíola, febre amarela.
• Paradigma sanitário reinante: teoria dos miasmas, de
caráter ambientalista.
• Institucionalização e profissionalização da Medicina: primeiras instituições médicas
em território brasileiro – Escola de Cirurgia da Bahia (1808) e Escola Anatômica,
cirúrgica e médica do Rio de Janeiro (1829).
• Lei da municipalização dos serviços de saúde: criação das juntas municipais (ligadas às
câmaras municipais, função antes exercida pela Fisicatura-mor).
• Os médicos eram considerados os praticantes oficiais de cura, sendo outras práticas,
como a dos curandeiros, parteiras, perseguidas.
República
Primeira República (Oligárquica): 1889-1930
• Crise do modelo imperial escravagista e sanitário
• Segunda metade do séc. XIX: Repercussões da Revolução Industrial sobre a estrutura
social e a saúde pública
• Migração e sua repercussão sobre a saúde: desenvolvimento de surtos epidêmicos
• Escassez de trabalhadores produtivos: com a migração europeia após a abolição da
escravidão, para substituição da força de trabalho e como estratégia de
embranquecimento da população, muitos migrantes europeus aqui chegaram com
ideário anarquista. Muitas foram as greves e aliado a isso, as epidemias continuavam
a atingir a população, incluindo também a população produtiva, o que exigiu que o
governo da época fosse obrigado a adotar medidas para responder à situação.
IMPORTANTE:
• Com a Lei Eloy Chaves, de 1923 até 1930 surgem as CAPs (Caixas de aposentadorias e
pensões): benefícios aos seus filiados e dependentes, incluindo assistência médica –
contrato contributivo. Eram organizadas por empresas, de natureza civil e privada,
responsáveis pelos serviços pecuniários (auxílios e benefícios) e serviços de saúde para
os empregados de empresas específicas.
Período Populista: anos 1930 até 1945 – Criação dos Institutos de Seguro social
• Contexto político-econômico de crise da hegemonia das oligarquias do café. Revolução
de 1930, liderada por setores não relacionados às oligarquias. Chegada de Getúlio
Vargas ao poder em 1930
IMPORTANTE:
No ano de 1987, foi criado a partir do Decreto 94.657/87, o Programa de
Desenvolvimento de Sistemas Unificados e Descentralizado de Saúde nos
Estados – SUDS. Esse Programa foi, implementado por meio da celebração de
convênios entre o INAMPS e os Governos Estaduais.
O SUDS teve como principais objetivos: a unificação dos sistemas (Ministério da
Saúde e INAMPS - Ministério da Previdência e Assistência Social) com conseqüente
universalização da cobertura e a descentralização. Podemos considerar o SUDS
como um embrião do nosso SUS.
IMPORTANTE:
Seguridade social é um mecanismo de proteção social, criado a partir
da Constituição Federal de 1988, que assegura três direitos: Saúde
para todos; Assistência Social para quem precisa e Previdência
Social, única que precisa de contribuição.
Indicações de documentários:
IMPORTANTE:
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REFERÊNCIAS
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EXERCÍCIOS
GABARITO:
1. C 2. C 3. C 4. A 5. A 6. E 7. D 8. B
Os quatro artigos da Constituição Federal Art. 197. São de relevância pública as ações
visam dar base ao SUS enfatizando a saúde e serviços de saúde, cabendo ao Poder
como um direito de todos/as e dever do Público dispor, nos termos da lei, sobre sua
Estado e discorrendo sobre princípios e regulamentação, fiscalização e controle,
diretrizes que serão trazidos de maneira mais devendo sua execução ser feita diretamente
aprofundada nas Leis Orgânicas da Saúde ou através de terceiros e, também, por pessoa
(8.080/90 e 8.142/90). física ou jurídica de direito privado.
Foram acrescentados três parágrafos no Art. 198 da CF 88, a partir da Emenda Constitucional nº
29, de 2000. Esses parágrafos fazem referência à forma de financiamento do SUS e em como
esse financiamento será rateado entre União, Estados e Municípios. De forma a assegurar os
recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde.
Também foram acrescentados três parágrafos no Art. 198 da CF 88, referentes à consolidação do
trabalho do Agente Comunitário de Saúde, a partir da Emenda Constitucional nº 51, de 2006.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à Art. 200. Ao sistema único de saúde
iniciativa privada. compete, além de outras atribuições, nos
§ 1º - As instituições privadas poderão termos da lei:
participar de forma complementar do I - controlar e fiscalizar procedimentos,
sistema único de saúde, segundo diretrizes produtos e substâncias de interesse para a
deste, mediante contrato de direito público saúde e participar da produção de
ou convênio, tendo preferência as entidades medicamentos, equipamentos,
filantrópicas e as sem fins lucrativos. imunobiológicos, hemoderivados e outros
§ 2º - É vedada a destinação de recursos insumos;
públicos para auxílios ou subvenções às II - executar as ações de vigilância sanitária e
instituições privadas com fins lucrativos. epidemiológica, bem como as de saúde do
§ 3º - É vedada a participação direta ou trabalhador;
indireta de empresas ou capitais III - ordenar a formação de recursos
estrangeiros na assistência à saúde no País, humanos na área de saúde;
salvo nos casos previstos em lei. IV - participar da formulação da política e da
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os execução das ações de saneamento básico;
requisitos que facilitem a remoção de V - incrementar em sua área de atuação o
órgãos, tecidos e substâncias humanas para desenvolvimento científico e tecnológico;
fins de transplante, pesquisa e tratamento, VI - fiscalizar e inspecionar alimentos,
bem como a coleta, processamento e compreendido o controle de seu teor
transfusão de sangue e seus derivados, nutricional, bem como bebidas e águas para
sendo vedado todo tipo de comercialização. consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da
produção, transporte, guarda e utilização de
GABARITO
Conferência de Saúde: reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação
da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou,
extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
IMPORTANTE!
A 8ª Conferência Nacional de Saúde realizada em 1986 em Brasília contou com cerca de 4.500
pessoas e 1.000 delegados, sendo a primeira conferência a ter a participação da sociedade civil.
Nesta conferência discutiram-se os princípios da Reforma Sanitária:
1. Saúde como direito de todos e dever do Estado, um conceito de saúde para além da ausência
da doença física, mas sim definido pelo contexto sócio histórico e determinantes sociais
(alimentação, educação, moradia, renda, trabalho, meio ambiente, transporte, lazer, liberdade,
acesso à terra e a serviços de saúde);
2. Reformulação do Sistema Nacional de Saúde: proposta de um Sistema Único de Saúde com os
princípios de descentralização, integralidade, intersetorialidade, regionalização e hierarquização,
participação da comunidade, fortalecimento do município, autonomia do usuário, universalização
do acesso, equidade, atendimento de qualidade;
3. Financiamento do setor.
O resultado desse grande encontro da população brasileira em Brasília gerou as bases para a seção
“Da Saúde” da Constituição Brasileira em 1988.
Em 2019 tivemos a 16ª “(8ª + 8)” Conferência Nacional de Saúde: Democracia e Saúde, resgatando
a memória da 8ª Conferência Nacional. A 16ª Conferência trouxe o tema Democracia e Saúde,
trabalhando três eixos: Saúde como Direito, Consolidação do SUS e Financiamento Adequado para
o SUS.
Ler na íntegra a Resolução Nº 453, de 10 de maio de 2012 que detalha sobre o funcionamento
dos conselhos.
II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e consoante com as
Recomendações da 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser
distribuídas da seguinte forma:
EXERCÍCIOS
01. (IAUPE, 2019, PERFIL AB) Sobre a retrocessos no campo dos direitos sociais e a
participação da Comunidade no Sistema Único necessidade da democratização do Estado,
de Saúde (SUS), leia as afirmativas abaixo: sobretudo do setor saúde.
I. A Conferência de Saúde e o Conselho de Saúde
são instâncias, que atuam nas esferas municipal,
estadual e federal.
II. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada
quatro anos com a representação de vários
segmentos sociais.
III. O Conselho de Saúde, em caráter
permanente e deliberativo, atua na formulação
de estratégias e no controle da execução da
política de saúde, inclusive nos aspectos Considerando os pontos que convergem nos
econômicos e financeiros. dois eventos citados, é CORRETO afirmar que a
IV. A representação dos usuários nos Conselhos 8ª CNS foi marcada como
e Conferências de Saúde é paritária em relação A) intraministerial, orquestrada por autoridades
ao conjunto dos demais segmentos. do setor.
V. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde B) conferência que refutou participação popular.
(Conass) e o Conselho Nacional de Secretários C) espaço de deliberação sobre financiamento e
Municipais de Saúde (Conasems) têm privatização do SUS.
representação no Conselho Nacional de Saúde. D) momento de intensificação de debate sobre o
Assinale a alternativa CORRETA. estado enquanto provedor, por dever, da saúde,
A) I, II, III, IV e V estão corretas. a qual é um direito do cidadão.
B) Apenas I, II, III e IV estão corretas. E) local onde foram discutidas propostas para
C) Existem, apenas, duas incorretas. minguar o conceito de saúde.
D) Existem três incorretas.
E) Apenas IV está incorreta. 03. (IAUPE, 2015, PERFIL AB) A participação da
sociedade na definição das políticas de saúde se
02. (IAUPE, 2019, PERFIL SC) É possível traçar constitui em um princípio orientador da
um paralelo entre a 8ª Conferência Nacional de organização do sistema público no Brasil desde
Saúde – CNS - (1986) e a 16ª Conferência 1986, quando da realização da VIII Conferência
Nacional de Saúde (2019). Fizeram parte da Nacional de Saúde. Nesse sentido, analise as
pauta da CNS de 2019 as políticas para barrar os afirmativas abaixo:
GABARITO:
1. A 2. D 3. D 4. A 5. D
2. ORGANIZAÇÃO DO SUS
3. PLANEJAMENTO DA SAÚDE
4. ASSISTÊNCIA À SAÚDE
5. ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
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01. (IAUPE, 2017 PERFIL AB) Região de saúde no SUS. Analise as descrições abaixo
Saúde (RS) é um espaço geográfico e relacione-as com os conceitos.
contínuo, constituído por agrupamentos de I. Espaço geográfico contínuo, constituído
Municípios limítrofes, com a finalidade de por agrupamentos de Municípios limítrofes,
integrar a organização, o planejamento e a delimitado a partir de identidades culturais,
execução de ações e serviços de saúde. Para econômicas e sociais e de redes de
ser instituída, a Região de Saúde deve comunicação. II. Descrição geográfica da
conter, no mínimo, ações e serviços de distribuição de recursos humanos e de ações
I. Atenção primária. e serviços de saúde ofertados pelo SUS. III.
II. Urgência e emergência. Conjunto de ações e serviços de saúde
III. Atenção psicossocial. articulados em níveis de complexidade
IV. Atenção ambulatorial especializada e crescente, com a finalidade de garantir a
hospitalar. integralidade da assistência à saúde.
V. Vigilância em saúde. Assinale a alternativa que apresenta a
Assinale a alternativa CORRETA. correlação CORRETA.
A) Todos os itens estão corretos. A) I- Rede de Atenção à Saúde, II- Mapa de
B) Apenas 4 itens estão corretos. Saúde, III- Região de Saúde
C) Apenas 3 itens estão corretos. B) I- Região de Saúde, II- Rede de Atenção à
D) Apenas 2 itens estão corretos. Saúde, III- Mapa de Saúde
E) Apenas 1 item está correto. C) I- Mapa de Saúde, II- Rede de Atenção à
Saúde, III- Região de Saúde
02. (IAUPE, 2018 PERFIL AB) Os serviços de D) I- Mapa de Saúde, II- Região de Saúde, III-
atendimento inicial à saúde do usuário no Rede de Atenção à Saúde
SUS são conhecidos como Portas de E) I-Região de Saúde, II-Mapa de Saúde, III-
Entrada. Sobre os serviços que são Portas Rede de Atenção à Saúde
de Entrada às ações e aos serviços de saúde
nas Redes de Atenção à Saúde, analise os 04. (IAUPE/SAÚDE COLETIVA/ 2019) Sobre
itens abaixo: o Planejamento Integrado estabelecido no
I. De atenção primária. Decreto 7508/11, é CORRETO afirmar que:
II. De atenção de urgência e emergência. A) se realizará entre o nível Municipal e
III. De atenção psicossocial. Estadual, exclusivamente.
IV. Especiais de acesso aberto. V. De atenção B) é orientado pelo regimento interno da
hospitalar. CIB.
Assinale a alternativa CORRETA. C) conquanto apresente o Mapa de Saúde
A) Todos estão corretos. como instrumento expositivo de
B) Existem, apenas, quatro corretos. diagnóstico, este não é considerado para a
C) Existem, apenas, três corretos. condução do planejamento integrado.
D) Existem, apenas, dois corretos. D) possui a identificação de necessidades a
E) Existe, apenas, um correto. partir do RAG, sendo orientado pelo Mapa
de Saúde.
03. (IAUPE, 2014 GRUPO 28- PSICOLOGIA) O E) é orientado por meio do uso do Mapa de
Decreto 7508/2011 regulamentou a Lei Saúde, sendo esse instrumento também
Orgânica da Saúde (Lei No. 8080/90), utilizado para identificar as necessidades de
instituindo um conjunto de conceitos para saúde.
a organização, planejamento e assistência à
1. A 2. B 3. A 4. E 5. A 6. D 7.D
A seguir serão apresentados os principais pontos das duas últimas portarias ministeriais que
aprovam a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estando em vigência atualmente a
Portaria 2.436 de 21 de setembro de 2017. É importante a revisão dos documentos na íntegra,
através de uma leitura crítica atentando para as principais modificações ocorridas.
Atenção!
- Fundamentos e Diretrizes:
- DAS RESPONSABILIDADES:
- Responsabilidades comuns a todas as esferas de governo:
Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica -
AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de
forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento.
Características da AB
§1º A Atenção Básica será a principal porta limitação física, intelectual, funcional e
de entrada e centro de comunicação da RAS, outras.
coordenadora do cuidado e ordenadora das § 4º Para o cumprimento do previsto no § 3º,
ações e serviços disponibilizados na rede. serão adotadas estratégias que permitam
§ 2º A Atenção Básica será ofertada minimizar desigualdades/iniquidades, de
integralmente e gratuitamente a todas as modo a evitar exclusão social de grupos que
pessoas, de acordo com suas necessidades e possam vir a sofrer estigmatização ou
demandas do território, considerando os discriminação, de maneira que impacte na
determinantes e condicionantes de saúde. autonomia e na situação de saúde.
§ 3º É proibida qualquer exclusão baseada
em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença, Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e
nacionalidade, orientação sexual, da RAS a serem operacionalizados na
identidade de gênero, estado de saúde, Atenção Básica:
condição socioeconômica, escolaridade,
Diretrizes:
Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde
estratégia prioritária para expansão e que prestem ações e serviços de Atenção
consolidação da Atenção Básica. Parágrafo Básica, no âmbito do SUS, de acordo com
único. Serão reconhecidas outras esta portaria serão denominados Unidade
estratégias de Atenção Básica, desde que Básica de Saúde – UBS.
observados os princípios e diretrizes
3.1.Infraestrutura e ambiência A
Se liga na dica!
infraestrutura de uma UBS deve estar
adequada ao quantitativo de população Atentar para as mudanças nesse
adscrita e suas especificidades, bem como tópico, que são bem sensíveis e
aos processos de trabalho das equipes e à bastante cobradas nas provas!
atenção à saúde dos usuários. É importante
que sejam previstos espaços físicos e
ambientes adequados para a formação de
estudantes e trabalhadores de saúde de funcionamento podem ser pactuados
nível médio e superior, para a formação em através das instâncias de participação social.
serviço e para a educação permanente na População adscrita por equipe de Atenção
UBS. Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF):
2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do
3.2.Tipos de unidades e equipamentos de seu território.
Saúde São considerados unidades ou
equipamentos de saúde no âmbito da Podem existir outros arranjos de adscrição,
Atenção Básica: conforme vulnerabilidades, riscos e
a) Unidade Básica de Saúde dinâmica comunitária, facultando aos
b) Unidade Básica de Saúde Fluvial gestores locais, conjuntamente com as
c) Unidade Odontológica Móvel equipes que atuam na Atenção Básica e
Conselho Municipal ou Local de Saúde, a
3.3 – FUNCIONAMENTO possibilidade de definir outro parâmetro
Carga horária mínima: 40h semanais, no populacional de responsabilidade da equipe.
mínimo 5 dias da semana e nos 12 meses do
ano. Horários alternativos de
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 3.124, de 28 de dezembro de 2012. Brasília: Diário
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EXERCÍCIOS
CECCIM & FEUERWERKER. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção
e controle social. Physis: Rev. Saúde Coletiva, v. 14, n. 1, p. 41-65, 2004.
EPS EM MOVIMENTO. Educação e trabalho em saúde: a importância do saber da experiência. 2014a.
Disponível em: <http://eps.otics.org/material/entrada-textos/educacao-e-trabalho-em-saude-
aimportancia-do-saber-da-experiencia>. Acesso em: 01 set. 2015.
EPS EM MOVIMENTO. Um mergulho no mundo do trabalho em saúde. 2014b. Disponível em:
<http://eps.otics.org/material/entrada-textos-em-cena/um-mergulho-no-mundo-do-trabalho-em-saude>.
Acesso em: 10 set. 2015.
LOPES, S. R. S. et al. Potencialidades da educação permanente para a transformação das práticas de saúde. Com.
Ciências Saúde, v.18, n. 2, p. 147-155, 2007.
MANCIA, CABRAL & KOERICH. Educação Permanente no contexto da enfermagem e na saúde. Rev. Bras. Enferm.,
v. 57, n.5, p. 605-610, 2004.
MERHY, E. E. Educação Permanente em Movimento- Uma política de reconhecimento e cooperação, ativando os
encontros do cotidiano no mundo do trabalho em saúde, questões para gestores, trabalhadores e quem mais
quiser se ver nisso. Artigo de opinião. Saúde em Redes, v. 1, n. 1, p. 07-14, 2015.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 1.996, DE 20 DE AGOSTO DE 2007. Dispõe sobre as diretrizes para a
implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt1996_20_08_2007.html. Acesso em: 02 mai 2020.
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EXERCÍCIOS
01. (IAUPE, 2015, GRUPO 45- PSICOLOGIA) formação da consciência crítica das pessoas
As preocupações em torno da gestão do a respeito de seus problemas de saúde, com
trabalho e da educação em saúde se fazem base na sua realidade e estimula a busca de
presentes nas análises das políticas de soluções e organização para a ação
saúde no Brasil. Sobre educação em saúde, individual e coletiva.
assinale a alternativa INCORRETA. D) O Programa de Educação pelo Trabalho
A) As preocupações com a formação de para a Saúde (Pet-Saúde), surgiu em 2007,
recursos humanos para o setor público de no bojo dos avanços obtidos com o Pró-
saúde estiverem presentes no cenário Saúde, fortalecendo ainda mais a parceria
político de concepção do Sistema Único de interministerial saúde e educação.
Saúde, incluindo, na Constituição Federal de E) A prática de saúde, enquanto prática
1988, a atribuição da saúde em ordenar a educativa, tem por base o processo de
formação dos profissionais da área. capacitação de indivíduos e grupos para
B) A Educação em Saúde ocorre nas relações atuarem sobre a realidade e transformá-la.
que se estabelecem entre os profissionais de
saúde, saneamento, fatores genéticos e 02. (IAUPE, 2017, PERFIL SAÚDE COLETIVA)
socioeconômicos. Observe a figura abaixo:
C) A Educação em Saúde é uma prática
social, cujo processo contribui para a
GABARITO:
1. B 2. D 3. E 4. E 5. D 6. C
Mitologia Grega
(modelo mágico-religioso)
Teoria Humoral*
HIPÓCRATES
Bases da Epidemiologia
1. Clínica
• XVIII e XIX - primeira ciência humana aplicada através do diagnóstico, prognóstico e
terapêutica individual, os quais poderiam ser extrapolados ao coletivo por meio da
medicina das epidemias;
Fundou-se em observar criteriosamente os sinais e sintomas dos pacientes internados;
2. Estatística
XVIII e XIX - medida do “estado moderno” para quantificar cidadãos, riquezas e
exércitos;
Tornou-se possível medir a magnitude das doenças e de seus efeitos;
3. Medicina Social
Saúde vista sob perspectiva eminentemente política;
Âmbito coletivo em foco;
Diversas intervenções do Estado sobre a saúde das populações;
JOHN SNOW
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Revolta da vacina (1904)
Não existe um consenso definitivo em relação ao conceito que melhor define esse
campo de conhecimento. Também não é uma definição fácil pois, sua temática é dinâmica e
seu objeto é complexo. No entanto, atualmente, pode ser descrita, de maneira simplificada
como:
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 101
O significado etimológico do termo epidemiologia deriva do grego (PEREIRA, 2013):
OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA
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conhecimento não mais e nem menos para 2. Subsidiar dados para o planejamento,
controlar problemas de saúde. execução e avaliação das ações de
prevenção, controle e tratamento das
Objetivos Específicos: doenças, bem como para elencar
prioridades;
1. Descrever a distribuição e a magnitude 3. Identificar fatores etiológicos na origem
dos problemas de saúde nas populações das enfermidades.
humanas;
1. Epidemiologia Descritiva
Descreve a distribuição, em termos de frequência, da ocorrência de doenças ou
agravos à saúde, relacionadas ao tempo, local e atributos pessoais.
2. Epidemiologia Analítica
Investiga densamente a associação entre dois eventos, com a finalidade de estabelecer
evidências para uma eventual relação observada entre eles.
Em 1981, a AIDS foi reconhecida pela primeira vez como uma enfermidade.
Mas só dois anos depois o vírus da imunodeficiência humana foi
identificado. Como isso aconteceu?
- A observação epidemiológica permitiu que fosse identificada a prevalência
de uma combinação de manifestações clínicas características como astenia,
perda de peso, deterioração do sistema imunológico e outras.
Indicação de filme:
(disponível no YouTube)
UTILIDADE DA EPIDEMIOLOGIA
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1. Diagnóstico da situação de saúde
2. Investigação etiológica
3. Determinação de risco
4. Aperfeiçoamento na descrição do quadro clínico
5. Determinação de prognósticos
6. Identificação de síndromes e classificação de doenças
7. Averiguação do valor de procedimentos diagnósticos
8. Planejamento e organização de serviços
9. Avaliação das tecnologias, programas ou serviços
10. Análise crítica de trabalhos científicos
EXERCÍCIOS
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C) Por meio de estudos, identifica fatores E) Contempla-se, na atualidade, um
que determinam o adoecimento, a fim de gradativo uso e aprimoramento das
planejar ações de saúde. informações epidemiológicas em saúde,
sobretudo no âmbito do SUS, auxiliando no
D) Analisa a distribuição de doenças com fins
delineamento das necessidades coletivas.
puramente teóricos e estatísticos em uma
coletividade. 5- (SES/2017) Todas as alternativas abaixo
E) Apresenta interesse apenas pelo evento são áreas de uso/aplicação da
sentinela, ou caso índice específico, e o epidemiologia, EXCETO:
torna foco de ações científicas e A) Análise da situação de saúde.
experimentais futuras. B) Avaliação epidemiológica dos serviços.
C) Medicalização dos agravos.
D) Identificação de perfis e fatores de risco.
3- (SES/2019) A formação histórica da E) Vigilância em saúde pública.
epidemiologia é fundamentada em três
eixos. Assinale a alternativa em que esses 6 - (SES/2015) Sobre a Epidemiologia, leia
fundamentos estão CORRETAMENTE as afirmativas abaixo:
descritos. I. John Snow, médico inglês, é considerado o
A) Patológico, Curativo e Estatístico. pai da Epidemiologia.
B) Saber clínico, Estatístico e Medicina Social II. É uma ciência básica da Saúde Coletiva.
C) Patológico, Farmacêutico e Medicina III. O estudo de uma epidemia de cólera está
Social. associado às suas origens históricas.
D) Subjetividade, Médico Curativismo e IV. Suas raízes históricas estão vinculadas à
Fundamento Estatístico. Clínica, à Estatística e à Medicina Social.
E) Antropocentrismo, Hospitalocentrismo e V. É a principal ciência de informação em
Saber Clínico. saúde.
Assinale a alternativa CORRETA.
4- (SES/2018) Sobre a formação histórica da A) I, II, III, IV e V estão corretas.
Epidemiologia, assinale a alternativa B) Existem duas incorretas.
CORRETA. C) Existe, apenas, uma incorreta.
A) A Higéia, na Grécia Antiga, representava a D) III está incorreta.
medicina curativa. E) IV está incorreta.
B) A Panaceia, irmã de Higéia e filha de
Asclépios, representava as ações 7 - (SES/2015) Sobre o Objeto da
preventivas de adoecimento, retratava a Epidemiologia, leia as afirmativas abaixo:
saúde como resultado de uma harmonia, I. São as relações de ocorrência de
entre homem e ambiente. enfermidade em coletividade.
C) Em 1930, o Presidente da República II. Abarca número expressivo de seres
Rodrigues Alves nomeou Oswaldo Cruz para humanos.
o cargo de Diretor-Geral de Saúde Pública, e III. Envolve o conceito de risco.
este desenvolveu suas ações de modo IV. Pressupõe que a distribuição de
social/conscientizador, com enfoque na ocorrência de doenças e agravos à saúde
medicina preventiva. não ocorre por acaso.
D) Apesar do crescimento mundial da V. É relacional, envolvendo portadores e não
epidemiologia, não há, no Brasil, programas portadores de agravos à saúde.
específicos de Mestrado ou Doutorado que Assinale a alternativa CORRETA.
contemplem essa área.
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A) I, II, III, IV e V estão corretas. D) III está incorreta.
B) Existem duas incorretas. E) V está incorreta.
C) Existe, apenas, uma incorreta.
GABARITO
1. A 2. C 3. B 4. E 5. C 6. A 7. A
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SÍNTESE DOS PRINCIPAIS MODELOS EXPLICATIVOS
(ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2006)
Aborda a patogenia e a terapêutica, classificando as
MODELO BIOMÉDICO
doenças segundo forma e agente.
1- PRÉ-PATOGÊNESE (Epidemiológico)
Podem ocorrer situações que vão do mínimo ao máximo risco, dependendo dos
fatores presentes e de que maneira esses fatores se estruturam;
Caracteriza-se por um sistema epidemiológico onde cada vez que um dos
componentes sofrer alteração, esta repercutirá e atingirá os demais, em um processo
que o sistema busca novo equilíbrio.
Um novo equilíbrio traz consigo maior ou menor incidência de doenças.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 107
FATORES QUE INFLUENCIAM
FATORES SOCIAIS – conjunto de todos os fatores que não podem ser classificados como
componentes genéticos ou agressores físicos, químicos e biológicos. Podem ser
divididos didaticamente em:
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2- PATOGÊNESE (Patológico)
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 109
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
5º NÍVEL
(Reabilitação)
Terciária
(Patogênese) 4º NÍVEL: Limitação da
Invalidez
3º NÍVEL: Diagnóstico
Secundária Precoce e Tratamento
(Patogênese) Imediato
2º NÍVEL: Proteção
Espécífica
1º NÍVEL: Promoção da
Primária
Saúde
(Pré-patogênese)
1- Prevenção Primária
2- Prevenção Secundária
3- Prevenção Terciária
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4- Prevenção Quaternária
Possui conceito e prática e protegê-las contra intervenções
relativamente novos; necessárias, evitando iatrogenia e
Se presta a identificar pessoas em propondo medidas aceitáveis do
risco de medicalização em excesso ponto de vista ético.
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Mobilização da sociedade civil;
Comunicação;
Cooperação.
Olha a dica!
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2. Modelo de Solar & Irwin
(2010)
EXERCÍCIOS
pt.slideshare.net/eadsantamarcelina/curso-introduorio-esf-conteudo-teorico-modulo-2-processo-saude-doenca
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 113
Embora não seja o dominante na atualidade, o modelo explicativo do adoecimento que a
imagem apresenta ainda permanece presente na sociedade. Diversos segmentos religiosos
mantêm práticas de cura e de proteção contra adoecimento. Nessa perspectiva, é CORRETO
afirmar que as características da imagem e do corpo textual da questão se referem ao
modelo:
A) biomédico.
B) processual.
C) sistêmico.
D) de determinação social da doença.
E) mágico-religioso.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 114
II. Ainda que as bases sociais estejam dadas com a mundialização do capital, determinações
biológicas específicas precisaram se articular a essas possibilidades objetivas para resultar na
pandemia experimentada em 2020.
III. As diferenças de riqueza entre classes ou indivíduos se refletem em indicadores de saúde,
revelando maior gravidade, sobretudo, de certas doenças infecciosas. Esse panorama permite
refletir sobre a gravidade com a qual a pandemia pode impactar nas comunidades mais
pauperizadas, especialmente nos países de capitalismo dependente, devido ao baixo acesso à
água tratada, saneamento e estrutura e renda que permita adotar as medidas de prevenção.
Assinale a alternativa CORRETA.
Uma vez que o indivíduo esteja saudável e em pleno exercício profissional no seu ambiente
de trabalho, é CORRETO afirmar que o período retratado se refere ao(à):
A) período patológico da história natural das doenças.
B) estágio de incapacitação.
C) período pré-patogênico da história natural da doença.
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D) etapa clínica patogênica.
E) período de cronicidade patogênica.
7- (SES/2018) Considerando a História Natural das Doenças, assinale a alternativa que faz
referência ao período pré-patogênese.
A) Alterações precoces
B) Convalescença
C) Limitação da incapacidade
D) Reabilitação
E) Interação entre agente, hospedeiro e ambiente.
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9- (SES/2017) Analise o modelo abaixo:
Com base no modelo de determinação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead, é
CORRETO afirmar que:
A) ele expõe os determinantes em camadas concêntricas e similares que possuem igualdade
na influência do processo de adoecimento.
B) constam, na base do modelo, as características individuais de idade, sexo e fatores
hereditários, os quais exercem influência sobre o potencial e condições de saúde.
C) a última camada apresenta os macrodeterminantes em saúde devido à baixa influência.
D) Todas as alternativas supracitadas estão corretas.
E) Todas as alternativas supracitadas estão incorretas.
10- (FCM/2016) Um dos grandes problemas que afeta direta e indiretamente a Saúde
Pública nas comunidades é o uso e abuso de álcool e de outras drogas. Para enfrentar esse
problema, a construção de uma rede comunitária de cuidados é fundamental. Associe os
níveis de prevenção (coluna 1) com as ações, atividades ou serviços propostos na (coluna 2):
COLUNA 1 COLUNA 2
1. Promoção da saúde, ( ) Inclusão de usuários em iniciativas de geração de trabalho
educação em saúde e renda, empreendimentos solidários ou cooperativas sociais
2. Proteção da saúde ( ) Consultas com adolescentes pelas equipes de saúde da
3. Prevenção secundária, família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família
diagnóstico precoce ( ) Atividades educativas nas escolas e locais públicos das
4. Prevenção secundária, comunidades
tratamento oportuno ( ) Acolhimento nos Centros de Atenção Psicossocial
5. Prevenção terciária ( ) Proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de 18
anos.
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11- (SES/2016) “Uma nova compreensão de determinantes da saúde só poderá emergir, se houver
um diálogo entre as ciências humanas e as ciências da vida. Este diálogo não poderia deixar de ser
perturbador e incômodo, pois supõe que os pesquisadores de cada disciplina repensem os fundamentos
de seus trabalhos, que aceitem trabalhar com outros métodos, que encarem horizontes temporais
diferentes e, consequentemente, modifiquem a maneira de conceber os fenômenos que estudam.”
Contandriopoulos (1998)
GABARITO
1. E 2. E 3. A 4. C 5. C 6. A 7. E 8. D 9. B 10. A 11. C
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 118
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, Naomar de et al. Bases históricas da Epidemiologia. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.],
v. 2, n. 3, p. 304-311, set. 1986. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-
311x1986000300004.
ALMEIDA FILHO, Naomar de; BARRETO, Maurício Lima. Epidemiologia & saúde: fundamentos,
métodos, aplicações. Rio de Janeito: Guanabara Koogan, 2011.
BARRETO, Mauricio Lima. Desigualdades em Saúde: uma perspectiva global: uma perspectiva global.
Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 22, n. 7, p. 2097-2108, jul. 2017. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232017227.02742017.
BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. São Paulo: Santos, 2010. 213 p.
BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Physis:
Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 1, n. 17, p. 77-93, 2007.
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro. 8ª edição. Medbook.
2018.
SOBRAL, André; FREITAS, Carlos Machado de. Modelo de organização de indicadores para
operacionalização dos determinantes socioambientais da saúde. Saúde e Sociedade, [s.l.], v. 19, n. 1,
p. 35-47, mar. 2010. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902010000100004.
TESSER, Charles Dalcanale. Por que é importante a prevenção quaternária na prevenção? Revista de
Saúde Pública, [S.L.], v. 51, p. 116, 4 dez. 2017. Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da
Informacao Academica (AGUIA). http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051000041.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 119
Aula
07
Indicadores Epidemiológicos
Profª Débora Oliveira
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 120
Indicadores Epidemiológicos
VALORES
ABSOLUTOS VALORES
RELATIVOS
Medidas em Saúde
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 121
utilizados são: nascimentos, óbitos e estimativas e projeções de
doenças; fenômenos que não temos registros
confiáveis. Taxa é um valor usado
Coeficiente: medidas utilizadas para para realizar estimativa ou projetar
descrever fenômenos observados. É um valor esperado (Ex: O coeficiente
eficiente para medir a intensidade de natalidade de uma população A,
dos riscos em mais de uma situação. ao ser usado para calcular a
Todo coeficiente de risco pode ser estimativa de natalidade da
utilizado para realizar projeções e população B, é chamado taxa de
estimativas; natalidade).
Taxa: termo utilizado para definir
medidas auxiliares aos cálculos de
Para que um indicador tenha todas as aplicações, ele precisa atender a certos critérios, que,
podem ser definidos como:
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 122
Tipos de Indicadores
Morbidade; Demográficos;
Mortalidade e sobrevida; Sociais;
Nutrição, crescimento e Ambientais;
desenvolvimento; Serviços de saúde.
INDICADORES DE MORBIDADE
Coeficiente de Morbidade
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação:
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 123
Exemplo:
No ano de 2019, a Unidade Básica de Saúde “C” notificou 489 casos de dengue, dos
quais 280 foram confirmados após resultado do exame sorológico. Sabendo-se que esta UBS
acompanha um total de 3.100 pessoas, qual a incidência dessa doença para este ano?
280
Taxa de Incidência (UBS “C”): x 100* = 9,0 casos/100 hab.
3.100
Novos casos
Medidas que diminuem o risco ou
Imigração suscetíveis em uma população
Recidiva
Prevalência: pode ser definida como a frequência de casos existentes de uma determinada
doença em uma determinada população e em um dado momento.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 124
INDICADORES DE MORTALIDADE
CMI = Nº total de óbitos em menores de 1 ano em certa área durante o ano x 1000*
Número de nascidos vivos no período
*Habitualmente calculado na base de 1000 nascidos vivos
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 125
Esse indicador pode ser calculado através da seguinte equação:
4- Coeficiente de Letalidade
Mensura a gravidade de uma doença.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 126
Nº total de óbitos para determinada faixa etária,
TM proporcional = em um determinado período x 1.000
Nº total de óbitos para o mesmo período
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 127
7- Anos potenciais de vida perdidos
DOENÇA
QUANTO MAIS PRECOCEMENTE
LEVA A ÓBITO
APVP DESTA DOENÇA
8- Mortalidade Materna
Morte materna é definida como: “morte de uma mulher durante a gestação ou até 42
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 128
RESUMO DOS PRINCIPAIS COEFICIENTES E ÍNDICES EM SAÚDE PÚBLICA
INDICADOR FÓRMULA
Coeficiente de CM = Nº de casos de uma doença x 10n
Morbidade População exposta ao risco
Coeficiente de Incidência CI = Nº de casos novos (iniciados) num determinado período numa área x 100.000
População exposta ao risco neste período, na área
Coeficiente de Prev = Nº de casos existentes (novos + antigos) em determinado período x 10n
Prevalência População da área no mesmo período
Coeficiente de CMG = Nº de óbitos em certa área durante o ano x 1000*
Mortalidade Geral População da área ajustada para o meio do ano
*Base referencial para população exposta
Coeficiente de CMI = Nº de óbitos de menores de 1 ano em certa área durante o ano x 1000*
Mortalidade Infantil Número de nascidos vivos no período
*Habitualmente calculado na base de 1000 nascidos vivos
Coeficiente de CMNN = Nº de óbitos de menores de 28 dias em certa área durante o ano x 1000*
Mortalidade Neonatal Total de nascidos vivos nessa área durante o ano
Coeficiente de
Mortalidade Infantil CMIT = Nº de óbitos de crianças maiores de 28 dias a 11 meses de idade em certa área durante o ano x 1000*
Total de nascidos vivos nessa área durante o ano
Tardia
Coeficiente de
CMCE = Nº de óbitos por determinada doença em uma população x 100.000
Mortalidade por Causa
População da área ajustada para o meio do ano
Específica
Coeficiente de Letalidade CL = Nº total de óbitos de determinada doença em um determinado tempo x 100
Nº de casos dessa doença no mesmo período
Mortalidade
TM proporcional = Nº total de óbitos para determinada faixa etária em um determinado período x 1.000
Proporcional por Faixa Nº total de óbitos para o mesmo período
Etária
Coeficiente de
Mortalidade Materna CMM = Nº total de óbitos por causas ligadas a gestação, parto e puerpério em determinada área no ano x 100.000
Nascidos vivos no mesmo período
Razão de Mortalidade
ISU = Nº de óbitos de pessoas com 50 e mais anos de idade x 100
proporcional ou índice
Nº de óbitos totais
de Swaroop & Uemura
Índice ou Razão de RM = Nº de indivíduos do sexo masculino x 1000 (ou x100)
Masculinidade Nº de indivíduos do sexo feminino
Coeficiente geral de CGF = Nº de nascidos vivos numa determinada área do ano x 1000
Fecundidade População de mulheres de 15 a 49 anos no mesmo período
Coeficiente de
CNG = Nº de nascidos vivos numa determinada área do ano x 1000
Natalidade geral População da área ajustada para o meio do ano
Coeficiente de
Mortalidade específico CMS = Nº de óbitos específicos ocorridos naquele sexo numa determinada área no ano x 1000
por sexo População da área ajustada para o meio do ano para o mesmo sexo
Coeficiente de ataque CAS = Nº de casos surgidos a partir de contato com o caso-índice x 1000
secundário Nº total de pessoas que tiveram contato com o caso-índice
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 129
EXERCÍCIOS
Com base nos dados apresentados, calcule a taxa bruta de natalidade do município
apresentado no ano de 2019 e assinale a alternativa que mais se aproxima do valor
CORRETO.
A) 14 D) 44
B) 24 E) 54
C) 34
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 130
4- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2022) Indicador de saúde pode ser definido
como uma medida, uma estimativa (contemplando, por vezes, certa imprecisão), de uma
dimensão da saúde de uma população. Os indicadores podem ser considerados positivos
(quanto maior seu valor melhor a condição avaliada) ou negativo (quanto maior sua
magnitude, pior é o estado de saúde avaliado). Considerando os aspectos conceituais
apresentados, assinale a alternativa que contém um indicador POSITIVO.
A) Razão do número de leitos hospitalares por habitante
B) Taxa de prevalência de uso excessivo de álcool
C) Proporção de partos cesáreos
D) Taxa de mortalidade infantil
E) Taxa de nível insuficiente de atividade física
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 131
O gráfico apresenta, na análise dos 4 grupos, um declínio das taxas de mortalidade. Ao
apresentar o termo neonatal precoce, refere-se a um período particularmente influenciado
por fatores associados à gestação e ao parto, que transita de
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 132
IV. O risco de adoecer no Brasil é semelhante ao da Argentina.
V. O risco de morrer no Brasil é 25 vezes maior, quando comparado ao risco de morrer na
Venezuela.
Assinale a alternativa CORRETA.
( ) Para o Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência por 100.000 habitantes foi calculado
para a COVID-19, considerando a projeção do IBGE para o ano de 2020.
( ) O número de casos “recuperados” no Brasil é estimado por um cálculo composto que leva
em consideração os registros de casos e óbitos confirmados para Covid-19, reportados pelas
secretarias estaduais de saúde, e o número de pacientes hospitalizados registrados no Sistema
de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).
( ) Existe um consenso amplo de que o Brasil vive uma crise fiscal sem precedentes e pode cair
na armadilha da estagflação. O país começa o ano de 2021 sem o controle da pandemia, com
o Congresso paralisado pela sucessão das duas casas legislativas, com desarranjos no preço
dos alimentos e nas contas públicas e com a geração de emprego e renda andando de lado.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
A) V-V-V D) V-V-F
B) F-F-F E) V-F-V
C) F-V-F
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11- (PERFIL HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2021) Em relação aos indicadores em saúde, analise
as afirmativas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas:
( ) A letalidade mede o risco de uma população morrer por determinada doença.
( ) Prevalência é o número total de casos (novos e antigos) de uma doença em determinado
local e ano considerados.
( ) A taxa de mortalidade infantil diminui, à medida que as condições de vida e saúde de uma
população melhoram.
( ) O óbito materno é aquele ocorrido em consequência de complicações da gravidez, parto
ou puerpério. Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.
A) V-F-V-V D) V-V-V-F
B) V-V-V-V E) F-V-V-F
C) V-F-F-V
Com base nos dados apresentados e considerando que a população total residente em
Recife no meio do ano de 2017 correspondia a 1 milhão e 500 mil habitantes, calcule e
assinale a alternativa que indica o coeficiente de mortalidade específica por causas
externas.
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A) 90,0 D) 60,2
B) 80,5 E) 50,4
C) 70,8
Dados modificados para facilitar cálculos: *População residente em 2012, estimativa pelo
IBGE
Fonte: SINAN/DDTR/CVE/CCD/SES-S
A) Taxa de Letalidade, Coeficientes de Mortalidade e de Incidência.
B) Coeficientes de Prevalência, de Mortalidade e Taxa Letalidade.
C) Coeficientes de Incidência, de Mortalidade e Taxa de Letalidade.
D) Coeficientes de Incidência, de Mortalidade e de Prevalência.
16- (FCM/2018) No ano de 2015, no município de Abreu e Lima, foram registrados 730 óbitos
dentre as 98.991 pessoas residentes e 1680 nascidos vivos. A equipe NASF junto com as
equipes de saúde da família, ao elaborarem o diagnóstico de saúde desse município,
conseguiram mais dados e calcularam alguns indicadores.
Óbitos Números
Mulheres em idade fértil 16
Homens (em todas as faixas etárias) 397
Mulheres (em todas as faixas etárias) 330
Crianças de 0 a 6 dias 13
Crianças de 7 a 27 dias 6
Crianças menores de 1 ano 22
Causas externas (acidentes, homicídios e suicídios) 82
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Sobre os indicadores de saúde, assinale a alternativa CORRETA.
A) O valor nominal do Coeficiente de mortalidade neonatal precoce é 11,31.
B) O valor nominal do Coeficiente de mortalidade infantil pós-neonatal é de 1,79.
C) A razão de morte materna é de 9,52 por mil nascidos vivos.
D) O coeficiente de mortalidade por sexo é de 45%.
E) A mortalidade proporcional por causas externas é de 12,32%.
17- (SES/2018) O indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) pode ser caracterizado
como:
A) uma medida de morbidade que usa como base o período de adoecimento de um recorte
populacional específico.
B) uma medida de mortalidade baseada na frequência dos óbitos bem como no tempo em
que não se viveu devido a essa morte.
C) determinadora de efeito de mortes que ocorreram dentro do perfil epidemiológico
esperado.
D) uma estimativa da quantidade de anos de vida perdidos sem exigir reconhecimento prévio
acerca da idade em que o óbito deveria ocorrer.
E) um indicador de saúde que não apresenta relevância social, uma vez que utiliza eventos
potenciais e não reais em uma população.
18- (SES/2018) O IBGE, em 2015, apontou que a taxa de Mortalidade Infantil foi a menor em
11 anos. Apesar das conquistas, observa-se que as regiões mais pobres do país ainda
permanecem com taxas de mortalidade de aproximadamente duas vezes maior que as
localidades mais favorecidas. Considerando o exposto e os dados abaixo disponíveis, realize
o cálculo da taxa de mortalidade infantil do Nordeste em 2015 e assinale o valor mais
próximo.
Tabela 1. Óbitos por Faixa etária. Região Nordeste, 2015.
Faixa etária n
0 a 6 dias 7000
7 a 27 dias 2000
28 a 364 dias 3000
Total 12000
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM * dados modificados
Tabela 2. Nascidos Vivos por ano de nascimento. Região Nordeste, 2013 -2015
Ano de nascimento n
2013 800000
2014 800000
2015 850000
Total 2450000
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC* dados modificado
A) 0,1% D) 30%
B) 14% E) 50%
C) 20%
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19- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2017) Medidas que possuem a capacidade
de expressar o nível de saúde de uma população são denominadas de indicadores de saúde.
Esses indicadores permitem ainda identificar problemas de saúde, elaborar políticas e
avaliar a efetividade das ações de saúde. Referindo-se, especificamente, aos indicadores de
mortalidade de acordo com a causa da morte, analise as sentenças abaixo e assinale a
CORRETA.
A) Mortalidade proporcional segundo a causa do óbito quantifica a proporção de óbitos
relacionados a uma causa específica, ou grupo de causas em relação à totalidade de óbitos
em um período específico.
B) Mortalidade proporcional com 50 anos ou mais se calcula pela divisão do número total de
mortes de pessoas com mais de 50 anos, dividido pela população com mais de 50 anos de
idade, em um determinado período.
C) Taxa de mortalidade por causa de óbito estima o risco de morte por uma causa específica;
é calculada dividindo-se o número de óbitos por uma causa pelo número total de óbitos em
um determinado período.
D) Taxa de mortalidade materna é calculada pela razão entre o número de óbitos maternos
pelo total de mulheres de um determinado período.
E) Taxa de mortalidade infantil é calculada, dividindo-se o número total de crianças maiores
de 1 ano pelo total de nascidos vivos.
GABARITO
1. E 2. C 3. A 4. A 5. C 6. A 7. B 8. B 9. D 10. A
___________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, Naomar de; BARRETO, Maurício Lima. Epidemiologia & saúde: fundamentos,
métodos, aplicações. Rio de Janeito: Guanabara Koogan, 2011.
BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. São Paulo: Santos, 2010. 213 p.
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro. 8ª edição. Medbook. 2018.
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Aula
08
Estudos Epidemiológicos
Profª Débora Oliveira
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Estudos Epidemiológicos
Variáveis quantitativas: são aquelas que podem ser medidas em escala quantitativa,
apresentando valores numéricos que fazem sentido. Podem ser classificadas como:
Variáveis qualitativas: são aquelas compostas por categorias diferentes entre si, não
possuem valores quantitativos. Podem ser classificadas como:
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o Precisão: semelhança dos valores o Acurácia: a capacidade de
em cada medição ou representar o que deveria
reprodutibilidade, a ausência de representar, quanto maior o erro
precisão é consequência de erros sistemático, menor a acurácia da
aleatórios, são devidos ao acaso, variável. Erros de acurácia podem ser
decorrentes de variabilidade do ocasionados por viés do aferidor, do
aferidor, do instrumento e do instrumento e do sujeito.
sujeito da pesquisa.
A metáfora do alvo ilustra bem a relação entre precisão e acurácia (Figura abaixo).
Por conveniência: a seleção dos participantes atende a uma facilidade de acesso pelo
pesquisador, mas, pode induzir a erro no resultado do estudo, por não ser representativa da
população.
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CONCEITOS IMPORTANTES NOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
DESCRITIVOS ANALÍTICOS
- Determina a distribuição de doenças ou - São delineados para analisar a existência de
condições relacionadas à saúde (tempo, lugar e associação entre uma exposição e uma doença
pessoa); ou condição relacionada à saúde;
- Pode fazer uso de dados secundários; - Há necessariamente um grupo controle;
- Observa a variação de medidas, como - Testa-se hipóteses;
incidência e prevalência de acordo com - Compara-se resultados;
características da população de estudo. - Elabora-se inferências causais;
- Afere medidas de efeito de fatores de risco (ou
de proteção) sobre eventos de saúde.
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Tipos de Estudos Epidemiológicos
O viés de prevalência pode ocorrer pois os agravos de curta duração têm maior chance
de aparecerem nos resultados, enquanto doenças crônicas tem apresentação
excessiva nos resultados.
Perguntas que podem ser respondidas com estudos transversais: “qual a proporção
de indivíduos com determinado fenômeno?”; “qual a prevalência de um dado
desfecho?”; “como se caracteriza certa população?”.
Vantagens do estudo
Relacionadas com o fato de as medidas serem tomadas uma única vez, sem a
necessidade de acompanhamento, são elas:
- Baixo custo;
- Menor risco de perdas;
- Rapidez.
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Limitações do estudo
- Vulnerabilidade a biases;
- Os pacientes curados e falecidos não aparecem nos casos;
- Baixo poder para estabelecer relações causais;
- Não proporciona relação cronológica de fatos;
- Impraticável quando o evento estudado é raro.
Vantagens do estudo:
- Baixo custo relativo, menos tempo, menor tamanho amostral;
- Alto poder de análise;
- Adequado para doenças raras ou de longa duração (crônicas);
- Os resultados são obtidos rapidamente;
- Não necessita de acompanhamento dos pacientes.
Limitações do estudo:
- Incapaz de estimar riscos, incidência ou prevalência;
- Vulnerável a inúmeros biases (principalmente os de seleção, memória e
registro);
- Dados de exposição no passado podem ser inadequados;
- Os dados de exposição podem ser viciados.
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Perguntas que podem ser respondidas com o estudo de caso-controle: “a ocorrência de
câncer de faringe está associada ao uso prolongado de cigarros?”; “a ocorrência de
infecção hospitalar entre adultos leva a aumento significativo nos gastos institucionais?”
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Vantagens do estudo:
- Produz medidas de risco (único);
- Alto poder de análise;
- Simplicidade de desenho;
- Facilidade de análise;
- Não há problemas éticos;
- A qualidade dos dados pode ser de excelente nível;
- Dados referentes à exposição são conhecidos antes da ocorrência da doença;
- A cronologia dos acontecimentos é facilmente determinada.
Limitações do estudo:
- Alto custo;
- Perdas de segmento podem ser grandes;
- O número de pessoas no estudo costuma ser grande;
- Em muitas situações, os resultados somente são obtidos após longo prazo de
seguimento;
- Avaliações mascaradas podem ser difíceis de implementar;
- Mudanças de categoria de exposição;
- Mudanças de critérios diagnósticos com o passar do tempo, especialmente
em projetos de longa duração, levam a erros de classificação quanto ao
diagnóstico dos desfechos clínicos;
- Dificuldades administrativas nos projetos de longa duração;
- Interpretação dificultada pela presença de fatores de confundimento.
Exemplos de questões de pesquisa que podem ser respondidas pelo estudo de coorte:
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 145
Estudo Ecológico
Vantagens do estudo:
- Simplicidade e baixo custo;
- Rapidez;
- As conclusões são generalizáveis.
Limitações do estudo:
- Não há dados individuais;
- Dificuldade em usar técnicas mascaradas (Ex: duplo cego);
- Dados de diferentes fontes;
- Dificuldade em controlar os fatores de confundimento.
Exemplo de questões de pesquisa que podem ser respondidas pelo estudo ecológico: “qual
a influência da adoção de leis antitabaco sobre as taxas de câncer de pulmão na comunidade
europeia?”; “qual a relação temporal entre os níveis de dióxido de carbono da cidade de São
Paulo e as taxas de internamento por doenças do aparelho respiratório?”; “quais as
diferenças, ao se compararem países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em
desenvolvimento, entre cobertura vacinal para poliomielite nos últimos 30 anos e as taxas
desta doença?”.
Ensaios Clínicos
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VANTAGENS LIMITAÇÕES
- Alta credibilidade; - Dificuldades éticas e práticas;
- Os grupos têm grande chance de serem - Exigência de população estável e cooperativa:
comparáveis em termos de variáveis de para evitar grandes perdas de segmento e
confundimento; recusas em participar;
- Não há dificuldade na formação do grupo- - Grupo investigado pode ser altamente
controle; selecionado, não-representativo, devido a
- O tratamento e os procedimentos são múltiplas exigências quanto às características de
decididos a priori e uniformizados na sua inclusão e exclusão dos participantes no estudo;
aplicação; - Alguns participantes deixam de receber um
- A qualidade dos dados sobre a intervenção e os tratamento potencialmente benéfico, ou são
efeitos pode ser de excelente nível; expostos a um procedimento maléfico;
- A cronologia dos acontecimentos é - Impossibilidade de ajustar o tratamento em
determinada, sem equívocos: existe certeza de função das necessidades de cada indivíduo;
que o tratamento é aplicado antes de - Dificuldade de levar a conclusões seguras e
aparecerem os efeitos; inequívocas, quando os efeitos são raros ou
- Pode-se usar placebo e técnicas de duplo-cego; quando eles aparecem somente após longo
- Os resultados são expressos em coeficientes de período de latência (pois incidem depois de
incidência, a partir dos quais são computadas as concluída a investigação);
demais medidas de risco; - Requerer estrutura administrativa e técnica de
- A interpretação dos resultados é simples, pois porte razoável, estável, preparada e estimulada,
estão relativamente livres dos fatores de para levar a bom termo um projeto complexo e
confundimento; minucioso, usualmente caro e de longa duração.
- Muitos desfechos clínicos podem ser
investigados simultaneamente.
ATENÇÃO!
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EXERCÍCIOS
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 148
4- (SAÚDE COLETIVA AMPLA CONCORRÊNCIA/2021) Leia o resumo de artigo apresentado a
seguir:
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 149
selecionados são aleatoriamente alocados para os grupos intervenção e controle (placebo).
Trata-se do tipo de estudo denominado:
A) transversal de incidência.
B) ensaio clínico randomizado.
C) coorte.
D) caso controle.
Tipo de estudo
a Ensaio clínico
b Coorte
c Caso-controle
d Transversal
Características
I Um grupo de indivíduos, expostos a uma situação de interesse, pertencentes a uma mesma
população, é acompanhado durante certo período de tempo, com o propósito de se estudar
a ocorrência de um ou mais desfechos.
II Estudo comparativo composto por dois grupos, clientes/doentes, onde um grupo receberá
o tratamento experimental (grupo intervenção) e o outro grupo receberá o tratamento
convencional, um tratamento placebo, ou não receberá tratamento (grupo controle).
alocação randomizada.
III Se baseia na comparação de um grupo que apresenta o desfecho de interesse com outro
que não o apresenta.
IV é o retrato de uma situação em um só momento, no qual a exposição e a condição de saúde
dos participantes são analisadas simultaneamente.
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9- (FUNDATEC/2019) O delineamento epidemiológico mais adequado para estudar
associação em uma doença rara que acomete trabalhadores e que produz razão de chances,
tem curta duração, exige pequeno tamanho de amostra, além de gerar custo relativamente
baixo, é:
A) Estudo ecológico.
B) Prevalência pontual.
C) Prevalência no período.
D) Coorte prospectiva.
E) Casos e controles.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 151
( ) Os estudos ecológicos são baratos e mais fáceis de se realizarem, fato justificado pela
existência de banco de dados secundários.
( ) Os estudos ecológicos têm capacidade limitada de fazer inferências causais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
A) V – V – V – V
B) F – V – V – V
C) F – V – F – V
D) F – F – V – F
E) V – V – V – F
GABARITO
1. C 2. E 3. C 4. C 5. C 6. B
__________________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS
ALMEIDA-FILHO, Naomar De; BARRETO, Mauricio Lima. Desenhos de Pesquisa em Epidemiologia. In: _
(Org.). Epidemiologia & Saúde: fundamentos, métodos, aplicaçoes. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012. p. 165–174.
GORDIS, Leon. Epidemiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: REVINTER, 2010.
ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro. 8ª edição. Medbook. 2018.
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Aula
09
Vigilância à Saúde: Noções Básicas e Operacionalização
das Vigilâncias Epidemiológica, Sanitária e Ambiental.
Profª Débora Oliveira
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Vigilância à Saúde: Noções Básicas
Vigilância em Saúde
Vigilância Epidemiológica
HISTÓRICO
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por lei o Sistema Nacional de Vigilância condicionantes de saúde individual ou
Epidemiológica (SNVE); coletiva, com a finalidade de
1977: primeiro Manual de Vigilância recomendar e adotar as medidas de
Epidemiológica; prevenção e controle das doenças ou
Lei 8080/90: “Conjunto de ações que agravos.”
proporciona o conhecimento, a Redirecionamento das atividades de
detecção ou prevenção de qualquer vigilância epidemiológica para o nível
mudança nos fatores determinantes e local.
OBJETIVOS
Tipo de dados
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 155
Dados socioeconômicos: situação do domicílio, escolaridade, condições de
saneamento etc.
Dados ambientais: aspectos climáticos, ecológicos e físicos;
Dados de morbidade: podem ser obtidos através de busca ativa de casos, de estudos
amostrais e de inquéritos, entre outras formas (mais utilizado na vigilância);
Dados de mortalidade: são obtidos através das declarações de óbitos, processadas
pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (indicador da gravidade do
fenômeno);
Notificação de surtos e epidemias: possibilita a constatação de qualquer indício de
elevação do número de casos de uma doença, ou a introdução de outras não
incidentes no local e, consequentemente, o diagnóstico de uma situação epidêmica
inicial, para a adoção imediata das medidas de controle.
Fonte de dados
Notificação:
Comunicação da ocorrência de doença ou agravo à saúde, realizada por profissionais
de saúde ou qualquer cidadão aos canais adotados pelas autoridades sanitárias, afim de
adoção de medidas.
Magnitude: doenças ou agravos à saúde com alta frequência, que afetam contingentes
populacionais em grande proporção (elevada incidência, prevalência, mortalidade,
anos potenciais de vida perdidos).
Potencial de disseminação: transmissibilidade da doença, possibilidade de sua
disseminação por vetores e demais fontes de infecção, colocando em risco outros
indivíduos ou coletividades.
Transcendência: conjunto de características de uma doença ou agravo.
- Severidade: pode ser medida pela letalidade, hospitalização e sequelas.
- Relevância social: valor que a sociedade confere à ocorrência do evento, em relação
a estigmatização de doentes, medo, indignação, quando incide em determinados
grupos populacionais.
- Relevância econômica: capacidade de afetar o desenvolvimento, o que as caracteriza
como restrições comerciais, perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, custo de
diagnóstico e tratamento etc.
Vulnerabilidade: disponibilidade de instrumentos específicos de prevenção e controle,
permitindo a atuação efetiva dos serviços de saúde com relação a indivíduos ou
coletividades.
Compromissos internacionais: obedecer a metas continentais ou mundiais de
controle, eliminação ou erradicação (Ex: poliomielite, cólera e peste).
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Ocorrência de epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde: situações
emergenciais em que deve se notificar todos os casos suspeitos.
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Sistemas Sentinelas
Normatização
RETROALIMENTAÇÃO DO SISTEMA
Medidas quantitativas
Medidas qualitativas
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Perspectivas para a Vigilância Epidemiológica
Conceitos importantes
Caso: pessoa ou animal infectado ou doente com características clínicas, laboratoriais e/ou
epidemiológicas específicas;
Caso Índice: primeiro caso de uma doença transmissível, diagnosticado e registrado;
Caso Suspeito: indivíduo com história clínica e exposição compatível que poderá desenvolver
alguma doença infecciosa;
Caso Confirmado: isolado e identificado o agente etiológico ou evidências epidemiológicas e
laboratoriais;
Autóctone: contraído na área de residência;
Importado: contraído fora da área de residência onde se fez o diagnóstico, mas que é possível
identificar a origem da infecção;
Epidemia: elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar
e período, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à frequência esperada;
Surtos: tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem
delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas etc.);
Pandemia: epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e continentes.
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REFERÊNCIAS
Vigilância Sanitária
HISTÓRICO
CONCEITO
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“Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou
prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente,
da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde,
abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a
saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo;
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com
a saúde.”
(Lei 8080/90: art 6º, parágrafo 1º)
PROCESSO DE TRABALHO
Para que a Vigilância Sanitária cumpra seu objetivo de proteger a saúde da população é
necessário que desenvolva um amplo conjunto de ações, são essas:
Normatização: as normas nacionais situam exigências para todo o país, os Estados por
sua vez a partir das devidas especificidades contemplam as questões de caráter
regional. A elaboração e aprovação de normas é um processo bastante complexo, a
ANVISA adota o método de consulta pública para democratizar o processo.
Registro: ato legislado que designa a adequação de produtos, formalizado por meio
do Diário Oficial da União (DOU).
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Autorização de funcionamento, Licenciamento e Revalidação: os conceitos usados
para esse licenciamento mudam entre os estados e geralmente são denominados
licença sanitária ou alvará sanitário.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 162
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em Saúde. Vol. 2.
Brasília: CONASS, 2007.
ARCABOUÇO LEGAL
CONCEITO
OBJETIVOS
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 163
ESTRUTURA DA VIGILÂNCIA AMBIENTAL
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 164
Fonte: FUNASA
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 165
Contaminantes ambientais: a vigilância desses contaminantes caracteriza-se por uma
série de ações, compreendendo a identificação de fontes de contaminação e
modificações no meio ambiente que se traduza em risco à saúde.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 166
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Vigilância Ambiental em Saúde. Brasília: FUNASA, 2002.
EXERCÍCIOS
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 167
A) Caso-índice é o primeiro entre vários A) Controlar bens de consumo que, direta ou
casos de natureza similar e indiretamente, se relacionem com a saúde,
epidemiologicamente relacionados. compreendidas todas as etapas e processos,
B) Caso importado é o caso contraído fora da da produção ao consumo.
zona onde se fez o diagnóstico. B) Controlar e fiscalizar produtos de higiene
C) Caso secundário é o caso novo de uma pessoal e perfumes.
doença transmissível, surgido a partir do C) Interditar, como medida de vigilância
contato com um caso-índice. sanitária, os locais de fabricação, controle,
D) Evento é manifestação de doença ou uma importação, armazenamento, distribuição e
ocorrência que não apresente nenhum venda de produtos e de prestação de
potencial para ocorrência de doenças. serviços relativos à saúde.
E) Pandemia é o nome dado à ocorrência D) Autuar e aplicar as penalidades previstas
epidêmica, caracterizada por larga em lei.
distribuição espacial, atingindo várias E) Recomendar e adotar as medidas de
nações. prevenção e controle das doenças ou
agravos.
3- (PSICOLOGIA HOSPITALAR/2022)
Compete à vigilância sanitária todas as
ações citadas abaixo, EXCETO:
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 168
C) vigilância nutricional, apenas.
D) vigilância sanitária, apenas.
E) vigilância epidemiológica, apenas.
Liame Estudos em Psicologia | Preparatório para Residência 2022 | Módulo SUS 169
7- (PERFIL HOSPITALAR/PSICOLOGIA/2021) E) III; IV; II; I.
No Brasil, a vigilância dos vírus respiratórios
de importância em saúde pública é 9- (SES/FCM/2020) A imagem a seguir
consiste em uma foto de um insumo
desenvolvida por meio de uma Rede de
farmacêutico.
Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal
(SG) e de Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG), conjuntamente articulada
com Laboratórios de Saúde Pública. São
objetivos da vigilância epidemiológica no
enfrentamento à Covid-19 todos os citados
abaixo, EXCETO:
A) Identificar precocemente a ocorrência de
casos da COVID-19.
B) Estabelecer os procedimentos para
investigação laboratorial. O destaque da figura aponta para um
C) Notificar serviços de alimentação que não número que representa o:
estavam adequados aos protocolos A) registro na ANVISA, o qual é obrigatório
para fabricação e comercialização de
sanitários.
medicamentos.
D) Monitorar e descrever o padrão de B) número de registro na ANVISA, órgão da
morbidade e mortalidade por COVID-19. Vigilância Sanitária, e que, depois de obtido,
E) Estabelecer as medidas de prevenção e dispensa verificação periódica de qualidade
controle. do fármaco.
C) número de registro no CONAMA.
8- (FCM/2020) A vigilância epidemiológica D) lote da medicação que trata da série do
possui papel importante ao fundamentar a fármaco inspecionada pela Vigilância
atuação profissional e dos serviços de Sanitária, especificamente.
saúde por meio da informação acerca dos E) registro do fármaco na ANVISA, o qual,
agravos. Isso posto, observe o quadro uma vez fornecido, não é passível de
abaixo: suspensão.
I. Avaliação da eficácia e efetividade das
medidas adotadas. 10- (FCM/2020) No campo da saúde, a
II. Divulgação de informações pertinentes. vigilância está relacionada às práticas de
III. Coleta, processamento e análise dos atenção e promoção da saúde dos cidadãos
dados. e aos mecanismos adotados para
IV. Recomendação e promoção de ações prevenção de doenças. Sobre esse tema,
apropriadas. assinale a afirmativa INCORRETA.
Considerando o ciclo intercomplementar
das funções, assinale a alternativa que A) A vigilância epidemiológica reconhece as
apresenta a ordem pertinente das ações principais doenças de notificação
elencadas. compulsória e investiga epidemias.
A) III; IV; I; II. B) A vigilância ambiental se dedica às
B) III; II; IV; I. interferências dos ambientes físico,
C) IV; III; I; II. psicológico e social na saúde.
D) IV; II; III; I.
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C) As ações de vigilância sanitária dirigem- 12- (FCM/2020) As fotos abaixo expõem
se, geralmente, ao controle de bens, uma das maiores tragédias que delapidou
produtos e serviços que oferecem riscos à vidas do Brasil em 25 de janeiro de 2019:
saúde da população, como alimentos,
produtos de limpeza, cosméticos e
medicamentos.
D) A fiscalização de serviços de interesse da
saúde, como escolas, hospitais, clubes,
academias, parques e centros comerciais, é
ação exclusiva da vigilância de saúde do
trabalhador que busca averiguar a atuação
profissional nesses serviços.
E) O trabalho das vigilâncias sanitária,
epidemiológica e ambiental nas três esferas
de governo deverá ser integrado, buscando Dentre as atribuições da Vigilância
impacto positivo no perfil epidemiológico da Ambiental, aquela com potencial
população. preventivo de mitigar desastres tal qual o
exposto consiste no(a):
11- (FCM/2020) Sobre a Vigilância em A) monitoramento dos impactos ambientais
Saúde no âmbito do Sistema Único de e químicos sobre as populações atingidas.
Saúde, assinale a alternativa INCORRETA. B) planejamento de ações para a prevenção
de acidentes ambientais e monitoramento
A) As ações de vigilância em saúde passaram intenso dos espaços da megamineração.
a ocorrer no Brasil, após a promulgação da C) atenção integral à saúde das populações
Constituição Federal de 1988. expostas aos contaminantes químicos
B) A Vigilância em Saúde do Trabalhador veiculados pela lama.
(VISAT) é um componente do Sistema D) recomendar à parcela social em contato
Nacional de Vigilância em Saúde. com o perímetro alcançado pela
C) A Vigilância Epidemiológica tem como pulverização de agentes tóxicos a visita ao
funções, dentre outras, coleta e médico.
processamento de dados, análise e E) identificação dos efeitos agudos da
interpretação dos dados processados e exposição à lama para a caracterização da
divulgação das informações. situação de saúde.
D) A integração entre a Vigilância em Saúde
e Atenção Básica é condição essencial para o
alcance de resultados que atendam às 13- (FCM/2016) A Vigilância Epidemiológica
necessidades de saúde da população. (VE) tem publicado informações sobre a
E) É atribuição da vigilância estruturar a Zika, Chickungunha e Dengue
cadeia de resposta às Emergências em regularmente. Esta é uma das ações de
Saúde Pública. saúde do SUS. Sobre a organização da
Vigilância Epidemiológica, é CORRETO
afirmar que:
A) cabe à VE Nacional a definição de todas as
ações de combate às viroses citadas a serem
implementadas pelos municípios.
B) cabe à VE Estadual informar aos
municípios os casos identificados como
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suspeitos de Zika, Dengue e Chickungunha população contra os quatro vírus da
para que os municípios promovam ações de dengue, com uma única dose”.
combate ao mosquito. Sobre a Vigilância à Saúde e seus
C) no SINAN, cada caso suspeito deve ser componentes, é CORRETO afirmar que:
informado em uma ficha de notificação ou A) pelo componente da Vigilância e controle
de investigação por qualquer profissional de das doenças transmissíveis, a vacina deverá
saúde que suspeitar da doença. implicar uma modificação das ações com
D) o SINASC é o sistema de informações vistas à implantação da notificação
privilegiado para o acompanhamento dos compulsória dos casos de dengue.
casos de infecções pelas viroses citadas. B) no que se refere à Vigilância Ambiental,
E) cada semana epidemiológica é formada poderão ser economizados recursos no
pelos dias de 1 a 7 de cada mês, e daí em combate ao Aedes aegypti, investindo em
subsequência. outros agravos.
C) no caso da Dengue, a Vigilância deve ser
14- (FCM/2018) Sobre a vigilância pautada na busca ativa de novos casos.
epidemiológica, todas as alternativas D) o conceito de farmacovigilância não se
abaixo estão corretas, EXCETO: aplica nesse caso, pois se trata de uma
A) A notificação compulsória de doenças é a vacina.
principal fonte de dados dos sistemas de E) cabe à Vigilância Sanitária avaliar essa
vigilância epidemiológica de doenças nova vacina e autorizar seu uso, mesmo
transmissíveis. sendo produzida por órgãos públicos.
B) A notificação deve ser feita após a
confirmação da doença. 16- Sobre a saúde ambiental, é INCORRETO
C) A notificação precisa ser sigilosa, só afirmar que:
podendo ser divulgada fora do âmbito A) A vigilância e o controle dos fatores de
sanitário, em caso de risco para a risco biológicos é uma das principais áreas
comunidade. de atuação do Sistema Nacional de
D) O envio dos instrumentos de coleta de Vigilância Ambiental em Saúde.
notificação deve ser feito, mesmo na B) A Organização Mundial da Saúde define
ausência de casos, sendo denominado de indicadores em Saúde Ambiental como a
notificação negativa. expressão da relação entre ambiente e
E) Além da notificação compulsória, o saúde, tendo como preocupação aspectos
sistema de vigilância epidemiológica pode específicos de políticas ou gerenciamento.
definir doenças e agravos como de C) A estruturação política municipal e
notificação simples. engajamento da sociedade são instrumento
para concretização de suas ações.
15- (FCM/2017) “O Ministério da Saúde e o D) A vigilância e o controle de fatores de
Instituto Butantan lançaram, nesta quarta- risco não biológicos, como a água para
feira (21/12/2016), em São Sebastião, consumo humano, não se constituem sua
Distrito Federal, a terceira fase dos testes área de atuação.
em humanos da vacina contra dengue. A E) As discussões sobre desenvolvimento
imunização tem potencial para proteger a sustentável estão dentro de seu campo de
interesse.
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GABARITO
1. E 2. D 3. E 4. A 5. A 6. E 7. C 8. A
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