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PR1
V A N E S S A L U D W I G
CAMADAS DA PELE
ANAMNESE
V A N E S S A L U D W I G
EXAME FÍSICO
Vocabulário dermatológico
COR
RELEVO
LÍQUIDO
DERMATOLOGIA
PR1
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MÁCULAS OU MANCHAS
Somente alteração de cor
Alteração:
COR MELANINA (Pigmentos melânicos)
VASOS SANGUÍNEOS
1) Manchas vasculares
Aplasia vascular -> falta de vasos (mancha branca) (nevo hipocrômico congênito)
Isquemia (vasoconstrição)
Hiperemia (maior afluxo sanguíneo)
Extravasamento de sangue na derme -> PÚRPURA (rompimento de vaso)
´
Quando pequena:
Petéquias—puntiformes ou lenticulares
Víbices - lineares
Equimoses – maiores do que 0,5cm
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MÁCULA ERITEMATOSA
HEMANGIOMA ESCARLATINA
CONGÊNITO
* Exantema
HIPERCRÔMICA/HIPERPIGMENTAR
MELANÓCITO MANCHA
SOLAR MONGÓLICA
LÍQUEN PLANO
EXTENSO
MELASMA (PRÉ-TIBIAL)
MÁCULA
NEVO ACASTANHADA
MELANOCÍTICO (LENTIGO
SOLAR)
HIPOMELANOSE VITILIGO
DERMATOLOGIA
PR1
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PÁPULAS
Elevações sólidas, circunscritas, palpáveis, superficiais, medindo até 1cm de diâmetro
Podem ser dérmicas ou epidérmicas ou ambas
Cor variada
PRURIGO
PÁPULA PÁPULA
HIPERPIGMENTADA ERITEMATOSA
CATAPORA LÍQUEN
VARICELA PLANO
PÁPULA ACASTANHADA
MOLUSCO CONTAGIOSO
NÓDULOS
Elevações sólidas, localizadas derme e hipoderme de 1,0 a 3,0cm diâmetro.
Maior de 3,0cm - nodosidade
NÓDULO ERITEMATOSO
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GOMA NODOSIDADE
SÍFILIS LIPOMA
PLACA
Lesão discretamente elevada, medindo mais do que 1,0cm.
Formada pelo aumento de uma pápula ou pela coalescência de várias pápulas
PLACA
ERITEMO PSORÍASE
ESCAMATIVA
VEGETAÇÃO E VERRUCOSIDADE
Lesões sólidas, firmes ou não, salientes, cônicas, filiformes ou couve flor (condiloma acu-
minado), aspecto framboesa ou cogumelo , lisas ou ásperas (ex: TB, verrugas vulga-
res, leish, CEC)
LESÕES DE URTICA
Pápulas edematosas, de forma variável, pruriginosas, fugazes (ex: urticária aguda)
Edema
Eritema URTICÁRIA
POR PRESSÃO URTICÁRIA
DERMATOLOGIA
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VESÍCULAS
Elevações circunscritas da epiderme com conteúdo líquido e de até 0,5cm diâmetro
Conteúdo pode ser claro (seroso), turvo ( purulento) ou hemorrágico
HERPES
BOLHAS
Elevações circunscritas da pele com conteúdo líquido ( claro, turvo ou purulento ) maior
do que 0,5cm diâmetro
Quanto à origem podem ser epidérmicas, sub córneas, intraepidérmicas, supra basal,
subepidérmicas ou acantolíticas
VESÍCULA
BOLHA DE CONTEÚDO SEROSO
EPIDERMÓLISE BOLHOSA
Geralmente
PÚSTULAS folicular
IMPETIGO
DERMATOLOGIA
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EROSÃO OU EXULCERAÇÃO
Atinge somente a epiderme
ULCERAÇÃO
Atinge até a derme
Evolução aguda
ÚLCERA
Atinge derme e/ou hipoderme, podendo atingir planos musculares e ossos
Evolução ‘’crônica’’
NÓ PERFURANTE PLANTAR
FISSURAS OU RÁGADES
Lesões lineares epiderme ou derme em áreas de pregas, dobras ou orifícios naturais
FISSURA NA
COMISSURA FISSURA ENTRE
LABIAL OS DEDOS
CERATOSE
Aumento da espessura da pele (maior número estratos camada da epiderme)
pele fica mais grossa *
DERMATOLOGIA
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LIQUENIFICAÇÃO
Espessamento da pele com exagero do quadriculado normal, geralmente por trauma
continuado, como coçadura.
Paciente tem prurido ou está traumatizando a lesão (coçando)
Descamassão, microcrostras
PLACA
PLACA
EQUISEMA
DERMATITE
ATÓPICA
ESCLEROSE
Pele de consistência mais firme, menos depressível, difícil pregueamento
Pele mais endurecida
LESÃO ESCLERÓTICA
Se no exame físico, lesão dura: PLACA
PLACA ESCLERÓTICA
MÁCULA
ATROFIA
Diminui a espessura da pele
*atrofia da pele induzida pela corticoterapia -> quando prolongada.
ESTRIAS
DERMATOLOGIA
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POLICÍCLICAS SERPIGINOSAS
Larva migrans
SERPIGINOSAS
VESÍCULAS
AGRUPADAS
(hemorrágica)
ERITRODERMIA *cobreiro
DERMATOLOGIA
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CABELOS E PELOS
DISTRIBUIÇÃO
Normal, diminuída (hipotricose *POUCO PELO*), ausente (alopecia *SEM PELO*) e aumen-
tada (Hipertricose *MUITO PELO*)
ALTERAÇÃO DE COR
ADERÊNCIA
Normal ou retirados facilmente com pequenas trações , como por exemplo na T capitis ou
na Alopecia Areata)
ESPESSURA
UNHAS
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ALTERAÇÃO DE SUPERFÍCIE
DERMATOSCOPIA
Exame através de lente com iluminação própria e aumento de 10 a 30x. Útil para
distinção de padrões crescimentos benignos e malignos em lesões pigmentadas
BIÓPSIA DE PELE
Pode ser realizada com lâmina de bisturi ou com punch
As biópsias podem ser incisionais( remoção parcial da lesão) ou excisionais ( remoção total
da lesão).
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REAÇÕES INTRADÉRMICAS
Mitsuda –MH Montenegro—Leish Esporotriquina—Esporo PPD—TB
CITOFIAGNOSE DE TZANK
Colhe-se líquido de vesículas ou bolhas por punção, faz-se esfregaço em lâmina, cora . Utili-
zado para HSV, VZV , erupção variceliforme de Kaposi
VITROPRESSÃO OU DIGITOPRESSÃO
Realiza-se a compressão da mancha:
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PÁPULA HIPERCRÕMICA
*mastocitose
DERMATOLOGIA
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MÁCULA
Mancha
Alteração:
COR MELANINA (Pigmentos melânicos)
VASOS SANGUÍNEOS
MELANINA VASOS SANGÍNEOS
Hiperpigmentares/Hipercrômicas • Neoformação de vasos (eritema)
Hipopigmentares /Hipocrômicas • Aplasia vascular (hipocromia)
Acrômicas • Modificações circulatórias
Isquêmica - fenômeno de Raynaud
Hiperêmicas - eritema -> eritrodermia ou exantemas—
púrpura / cianose.
Alteração:
RELEVO
PÁPULA
Até 1cm de diâmetro
PLACA
Mais que 1cm de diâmetro
URTICA
Edema da derme
NÓDULOS
1 a 3cm de diâmetro / > 3cm: nodosidade/goma (liquefação)
VERRUCOSIDADE
Alteração:
LÍQUIDO
VESÍCULAS
Até 0,5cm de diâmetro
* Líquido claro (seroso), turvo (purulento), hemorrágico
BOLHA
Maior que 0,5cm de diâmetro
PÚSTULA
Ate 1cm de diâmetro
* crostas melicéricas / folicular (acne, foliculite)
DERMATOLOGIA
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EROSÃO/EXULCERAÇÃO
Atinge a epiderme
ULCERAÇÃO
Atinge a derme
* agudo
ULCERA
Atinge derme/hipoderme, planos musculares e ossos
* crônico (plantar)
FISSURA
Lesões lineares
Áreas de pregas (lábios, entre dedos)
CERATOSE
Aumenta a espessura da pele
* pé
LIQUENIFICAÇÃO
Placa quadriculada
ESCLEROSE
Pele mais endurecida
Lesão esclerótica
ATROFIA
Diminui a espessura da pele
* estrias
DERMATOLOGIA
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Pálida (anemia)
Amarelada
CALCINOSE CUTÂNEA
DERMATOSES PERFURANTES
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DIABETES MELLITUS
Causam infecções na pele
Cândida / Intertrigo
Dermatopatia diabética
Pé diabético
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NECROBIOSE LIPOÍDICA
GRANULOMA ANULAR
DISFUNÇÃO DA TIREÓIDE
HIPOTIREOIDISMO
HIPERTIREOIDISMO
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SÍNDROME DE CUSHING
EFEITO COLATERAL
DE CORTICOTERAPIA
1°: ACNE
HIPERCORTISOLISMO A LONGO PRAZO:
ATROFIA CUTÂNEA
DEFICIÊNCIA DE ZINCO
TRÍADE: Dermatite orificial e acral (pontas dos dedos), alopecia e diarréia em associação
com deficiência de zinco
ACRODERMATITE ENTEROPÁTICA
Diagnóstico Crostas
diferencial: melicéricas =
dermatite infecção
por fralda secundária
DERMATOLOGIA
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DERMATITE HERPERTIFORME
HIPERLIPIDEMIA (XANTOMATOSE)
NEUROFIBROMATOSE
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DERMATOSES PARANEOPLÁSICAS
Marcador de tumor
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FARMACODERMIA EQUISANTEMA
VIRAL
FARMACODERMIA
PSORÍASE
ERITRODÉRMICA
É um quadro particular das reações adversas às drogas (RAD) e pode ser entendida como
qualquer efeito indesejável na estrutura ou função da pele, anexos cutâneos ou mucosas.
É a forma mais comum de RAD
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Mais comuns:
• Exantema (morbiliforme ou maculopapular) 90% dos casos
• Erupção liquenoide
• Eritrodermia (mais do que 90% sub corpórea)
• Urticaria/angioedema
• Anafilaxia
• Vasculite cutânea de pequenos vasos
Menos comuns:
• Sd Stevens-Johnson (SSJ)
• Necrólise epidérmica tóxica (NET)
• Sd hipersensibilidade (DRESS- reação a droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos)
• Pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA)
• Erupção fixa a droga
• Eritema multiforme
• Reações de fotossensibilidade
• Erupções bolhosas
• Lupus induzido
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ANAMENSE
Fundamental na farmacodermia, pois não há um modo facilmente disponível de testar
possíveis reações a medicamentos
O teste definitivo seria dar ao paciente novamente a droga para observar se o efeito cola-
teral foi reproduzível, mas isso é perigoso, pois pode resultar em anafilaxia ou eritroder-
mia incontrolável. *NUNCA se faz isso. *testar a medicação*
Pode surgir após 1 a 2 semanas após a interrupção da droga (há pelo menos 1 mês)
Praticamente qualquer droga pode deflagar
Nem sempre reaparece com a reexposição ao remédio, mas se houver, pode levar a
quadros mais graves
Conduta e tratamento:
) Suspender a droga
) Tranquilizar o paciente
) Sintomáticos (loções calmantes para a pele, anti-histamínicos, corticóide (CE) se ne-
cessário)
) Orientar o paciente a andar com ‘’alerta médico’’
DERMATOLOGIA
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URTICÁRIA
Erupção caracterizada pelo súbito aparecimento de urticas, que são pápulas edematosas,
de duração efêmera e extremamente pruriginosas.
As drogas mais comuns causadoras são AINE, as penicilinas, sulfas, cefalosporinas, amo-
xacilina , analgésicos, contraste
Existem drogas que liberam histamina diretamente dos mastócitos, dentre elas a principal
é a aspirina, capaz de exacerbar 20 a 40% das urticárias crônicas
O quadro pode ter caráter agudo, desaparecendo após alguns dias, ou tornar-se crônico.
Quando ultrapassar 6 sem é considerada crônica
DERMATOLOGIA
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GRAVIDADE:
Há uma forma especial, denominada EDEMA ANGIONEURÓTICO ou ANGIOEDEMA,
no qual os fenômenos histopatológicos ocorrem na derme profunda e subcutâneo. Resul-
ta edema agudo, intenso e localizado, que atinge extremidades, pálpebras, lábios, língua e
laringe, dificultando a respiração e constituindo risco de vida pela asfixia por obstru-
ção mecânica (CHOQUE ANAFILÁTICO)
Conduta e tratamento:
1. Descoberta e afastamento do agente causal
2. Anti-histamínicos e corticóide sistêmico
3. Evitar aspirina e AINE, tranquilizantes, laxativos e alguns alimentos (frutos do mar, to-
mate, chocolate, morango) maioria = carne de porco e tomate—libera histamina
4. Evitar exercícios físicos, banhos quentes e tensões emocionais (vasodilatação –
aumenta coceira—tensão emocional)
5. Nos casos com risco de vida (edema de laringe e glote, broncoespasmo é indicada e
pinefrina (ADRENALINA)
DERMOGRAFISMO
URTICA UTICÁRIA POR URTICA
PRESSÃO
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ERITEMA POLIMORFO
Lesões em alvo
(na região palmar)
*Farmacodermia
*Lesão de herpes
*Sífilis
A lesão é redonda ou oval, com limites nítidos. O eritema esmaece gradualmente, surgin-
do cor acastanhada por pigmentação melânica
Locais mais comuns: Palmas das mãos, planta dos pés e mucosas
As drogas mais comuns são: Analgésicos, tetraciclinas, ACO, barbitúricos, sulfas e fenolf-
taleína (laxantes)
Mácula acastanhada
DERMATOLOGIA
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ERITRODERMIAS
1 a 4 semanas após suspensão de droga -> prurido e eritema difuso maior que 90% da
superfície corporal e linfadenopatia -> descamação
Eritema
Descamação
Conduta e tratamento:
) Suspender a droga
) Tranquilizar o paciente
) Sintomáticos (loções calmantes para a pele, anti-histamínicos, corticóide (CE) se ne-
cessário)
) Orientar o paciente a andar com ‘’alerta médico’’
SÍNDROME DE STEVEN-JOHNSON
É uma forma grave e eventualmente fatal de reação induzida por medicamentos e resul-
ta em uma erupção bolhosa, flácida e grave da pele e membranas mucosas, levando a
um processo tóxico agudo, acompanhado de hipersensibilidade cutânea, resultando em
descolamento da pele
DERMATOLOGIA
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A síndrome é sempre precedida por febre, dor de garganta, cefaléia, mialgia, artralgia,
tosse, queimação nos olhos que podem durar até 2 semanas. Os olhos, nariz e genitália
podem ser envolvidos antes da pele
A área mais acometida é a boca, com lesões nos lábios, língua e mucosa oral
Na pele máculas eritematosas mal definidas que evoluem para bolhas flácidas que des-
camam a pele, deixando superfície eritematosa, exsudativa, erosada, muito semelhan-
te a uma queimadura
Tratamento:
1. Internar sempre
2. O tratamento é o de um paciente queimado grave
3. Manutenção equlíbrio hidro-eletrolítico
4. Não administrar medicamentos previamente usados pelo enfermo
5. Restringir uso medicamentos
6. Equipe multidisciplinar
7. CE somente nas primeiras 48h do início do quadro, após esse período não há benefí-
cio
8. Suspender qualquer droga não essencial à vida
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Alguns autores consideram que a Sd Stevens-Johnson tem até 10% e a NET mais do que
30% de descolamento da pele
Quadro mais toxêmico, mortalidade mais alta, geralmente por septicemia ou CIVD
(coagulação intravascular disseminada)
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DRESS
Forma completa:
Exantema grave
Febre
Linfadenopatia
Envolvimento de outros órgãos
Hepatite
Alterações hematológicas (eosinofilia e linfocitose atípica)
Mortalidade 10 a 20%
Tratamento:
Suspensão das drogas
Corticóide sistêmico (1-2mg/kg/dia)
DERMATOLOGIA
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PEGA
Prurido—eritema—pústulas
Edema de face, púrpura MMII
Febre, leucocitose, 1/3 eo
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Descrita originalmente por Hipócrates com os termos PSORA (coçar) e lepra. Em 1816
mostrar ser uma única doença que foi chamada de PSORÍASE
Epidemiologia:
• Atinge ambos os sexos, picos na infância e terça/quarta década de vida
• Ocorrência universal, no brasil incidência de 1%
• Causa desconhecida
• Predisposição geneticamente determinada
• 30% história familiar de psoríase
• Concordância em gêmeos monozigóticos 65-70% -> fatores ambientais contribuem na
etiologia
Atualmente a Sd Metabólica, como um todo, e seus componentes isolados tem sido asso-
ciada à psoríase
** Sd Metabólica: obesidade, dislipidemia, HAS, resistência à insulina
Em 2007 Gelfand et al foram os primeiros estudiosos a considerar a psoríase como fator
independente a agravamento de risco cardiovascular
Portanto o tratamento adequado da psoríase pode reduzir o risco de incidência dessas co-
morbidades
DERMATOLOGIA
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TRAUMA CUTÂNEO
Físicos, químicos, elétricos, cirúrgicos, inflamações
**Fenômeno de Koebner (ou isomorfismo) -> o trauma reproduz a doença em área não
comprometida
INFECÇÕES
A infecção estreptocócica desencadeia o padrão de psoríase gutata
HIV aumenta a chance 3x mais de ter psoríase (e mais grave e de difícil tratamento)
MEDICAMENTOS E DROGAS
Álcool, tabagismo, lítio (sempre), beta bloqueadores (alguns), anti-maláricos
(eventualmente), AINE
**CE sistêmico -> introdução e interrupção abrupta, pode desencadear Psoríase Pustu-
losa Generalizada. (NÃO DAR CORTICÓIDE SISTÊMICO A PACIENTES COM PSORÍASE ->
EFEITO REBOTE GRAVE)
HIPOCALCEMIA
ESTRESSE EMOCIONAL
Com menor frequência pode atingir as dobras flexurais -> psoríase invertida, quando a
descamação se torna menos evidente pelo suor e maceração local. Diagnóstico difícil
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PSORÍASE ERITRODÉRMICA
PSORÍASE PUSTULOSA
Forma generalizada (Von Zumbusch)
• Lesões eritemato-escamosas e pustulosas generalizadas. As pústulas se confluem for-
mando "lagos de pus"
• As causas são: interrupção de CE sistêmico em paciente com psoríase vulgar, hipocal-
cemia, infecções ou irritantes locais
• Há comprometimento do EG com febre e leucocitose
• O quadro dura poucas semanas, retornando ao quadro anterior ou se tornando eritro-
dérmica
Forma localizada
• Psoríase pustular em placas ou anular
• Acrodermatite contínua de Hallopeau (pústulas nos quirodáctilos)
DERMATOLOGIA
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PSORÍASE UNGUEAL
50-80% dos casos
Pode preceder por anos as lesões cutâneas
Depressões cupuliformes (unha em dedal) é a grande característica; estrias transversais
hiperqueratose subungueal, manchas salmão (óleo)
Diagnóstico diferencial: onicomicose (muitas vezes podem coexistir). Exame: Micológico
direto. Histopatológico de unha.
DERMATOLOGIA
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PSORÍASE NA CRIANÇA
Diagnóstico:
Eminentemente clínico
**Curetagem metódica de Brocq:
Sinal da vela: estratificação das escamas
Sinal de Auspitz ‘’orvalho sangrante’’: após retirada das escamas
DERMATOLOGIA
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Histopatológico
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TRATAMENTO
Depende da forma clínica, gravidade, extensão, condições clínicas e
socioeconômicas do paciente.
Alguns estudos apresentam maior risco de suicídio, depressão e consumo de álcool nos
pacientes psoriáticos do que na população geral.
TRATAMENTO TÓPICO
Corticóides tópicos:
• Ação anti-inflamatória, antiproliferativa, imunossupressora, vasoconstritora e
antipruriginosa.
• Casos leves, usar como monoterapia
• Atenção aos EC do uso a longo prazo (atrofia)
Coaltar 2-5%
Pouco cosmético, odor desagradável, mancha roupa
Método de Goerckeman
Coaltar + UVB
Antralina
Calcipotriol
Análago da Vitamina D3, bom para rodiziar com CE tópico para diminuir EC
Pode causar irritação e fotossensibilidade
Imunomodulador tópico
Usado em áreas de maior risco de atrofia
FOTOTERAPIA
Esquemas semanais
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TRATAMENTO SISTÊMICO
Fototerapia
UVB -> ação antiproliferativa, anti-inflamatória, imunossupressora, CI-fotossensibilidade
ou doenças agravadas pela UVB
PUVA-8-MOP + UVA -> droga fotoativa, EC imediato (náusea e queimadura), a longo pra-
zo fotoenvelhecimento, CA pele, Catarata.
Metotrexato
Inibe enzima dihidrofolato redutase e antagonista do ácido fólico
**Altamente eficaz na artrite psoriática
Acitretina
Derivado da Vitamina A (retinol), age sobre crescimento e diferenciação epidérmica
Boa associação com fototerapia
Contra-indicação -> gravidez (até 2 anos após termino), alterações hepáticas ou renais,
dislipidemia.
Ciclosporina
Inibe linf CD4 ativados (impede liberação de IL2)
Fazer cursos breves e intermitentes 3 a 4 minutos (não da efeito rebote)
EC-> nefrotoxicidade, HAS, náuseas, maior risco de CAs, Hipertricose
Monitorizar creatinina
Imunobiológicos
São moléculas de natureza proteica, semelhantes a proteínas animais ou humanas, susce-
tíveis a digestão, por isso dadas por via parenteral.
São proteínas recombinantes, criadas por engenharia genéticam que podem ser: anticor-
pos monoclonais, proteínas de fusão ou citocinas humanas recombinantes.
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Classificação:
Tipos:
DC por irritante primário: mais comum;
Depende da concentração e tempo de exposição; a substância irritante leva a um dano da
barreira de proteção; não precisa de sensibilização prévia;
Sabões, solventes, ácidos, plantar, limpadores industriais, pesticidas são os agentes mais
comuns.
FOTOTOXICIDADE
Não necessita de sensibilização prévia (ex: fitofotodermatite por limão)
FOTOALERGIA
Requer sensibilização prévia (ex: por AINE)
DERMATOLOGIA
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Diagnóstico:
Quadro clínico: o local da lesão pode dar a dica dos agentes desencadeantes
Tratamento:
Descobrir o desencadeante e evitar o contato
Sintomáticos:
Corticóides tópicos ou sistêmicos
Tacrolimus ou Pimecrolimus (evitar atrofia dos CE)
* níquel..
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Liquenificação *eczema
subagudo
* maquiagem.. Dermatite no
* colírios dorso da mão.
Luva?
Fotodermatite
Dermatite foto
alérgica
Afeta mais jovens (espectro da dermatite atópica?) e nos mais velhos (xerose)
As lesões são bem definidas, redondas, superfície seca, áspera, eritematosa e com desca-
mação fina. Se houver infecção secundária há secreção e formação de crostas melicéricas.
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Antes atribuídos somente a retenção sudoral (pacientes com hiperhidrose são mais susce-
tíveis , atualmente considerado como reação eczematosa peculiar aos seguintes fatores:
Infecções bacterianas
Endotantes
Antibioticos, ingestão de níquel (batata, mandioca) em indivíduos sensibilizados
Contatantes
Por contato a substâncias (irritação primária ou sensibilização)
Atopia
Quadro clínico:
Vesiculas de surgimento súbito, pruriginosas, palmas, plantas e face lateral dos dedos,
simétricas, podem coalescer formando bolhas e por infecção secundária o conteúdo torna-
se purulento.
Tratamento: Tentar achar algum fator desencadeante, Tranquilizar paciente (explicar que
o estresse é fator causal), Se não houver prurido: orientar, auto-limitada.
DERMATOLOGIA
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Sintomáticos:
CE tópico de alta potência ciclos curtos - orientar riscos do uso crônico, já que a doença
é recorrente.
Disidrose
VESÍCULAS Dermatite de contato
Tinea pedis
*Achar desencadeante.
Obesidade agrava
Pode ter infecção bacteriana associada (celulite) que pode evoluir para erisipela
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CE não pode ser usado dentro da ulcera -> impede cicatrização.. Deve-se ser feito ao
redor da úlcera + tratamento.
DERMATITE ATÓPICA
Caracterizada pelo curso crônico, com períodos de crise e acalmia; os surtos do eczema
manifestando-se isolada ou simultaneamente ou intercalando-se com as crises de asma
ou rinite
A presença de outras desordens atópicas associadas como asma ou rinite é vista em cer-
ca de 80% dos casos.
FATOR GENÉTICO
Quando ambos os pais são atópicos, 79% dos filhos desenvolvem atopia; quando apenas
um dos pais é atópico, cai para 58%
Modo de herança permanece obscuro.
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
FENÔMENOS PSICOFISIOLÓGICOS
Papel dos neurotransmissores, neurohormônios,
DERMATOLOGIA
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Sampaio: ‘’Da mesma forma, há tendência admitir-se, em base de pura impressão clíni-
ca, um perfil de personalidade atópica envolvendo labilidade emocional, inteligência su-
perior à média, hiperatividade e agressividade reprimida"
** Prurido – limiar nos atópicos é mais baixo, e os estímulos prurigênicos , nos ató-
picos, produzem prurido mais intenso e duradouro. Causa?
** Sudorese se acompanha prurido. Causa?
** XEROSE CUTÂNEA - alterações de sudorese e alterações do manto lipídico
cutâneo (quebra de barreira) *PRINCIPAL
** Vasculo-reatividade cutânea anômala
FATORES IMUNOLÓGICOS
Imunidade humoral -> níveis IgE altos (quando associada a alergias respiratórias, relaci-
ona-se com gravidade da doença)
Quadro clínico:
PRURIDO
MORFOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO TÍPICA DAS LESÕES
DERMATITE CRÕNICA, RECIDIVANTE
HISTÓRIA PESSOA OU FAMILIA DE ATOPIA.
FASES
Infantil (0-2 anos)
Lesões principalmente na face e superfície extensora dos membros. Predominam as do
tipo eczema agudo, com vesículas, secreção, eritema e comumente infecção secundária.
DERMATOLOGIA
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PRÉ-PUBERAL (2 a 12 anos)
As lesões tendem a localizar-se nas dobras flexoras, principalmente poplítea e cubital.
Nessa fase, as lesões são mais secas, com eritema e descamação de caráter subagudo.
Diagnóstico: É eminentemente clínico, sendo que não existe um sinal ou sintoma úncio
característico da dermatose. A história pessoal e familiar de atopia, as lesões caracterís-
ticas de acordo com a localização e a presença de prurido são os pilares do diagnóstico.
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Tratamento:
Cuidados gerais
• Banhos rápidos, evitar sabões
• Hidratar logo após o banho (até 3 minutos)
• Roupas leves, de algodão
• Temperatura ambiente estável (evitar sudorese)
• Orientar ambiente com relação aeroalergênicos
• Unhas curtas
• Observar aspecto emocional
Tratamento tópico
• Hidratação
• CE tópicos
• Antibiótios tópicos sn
• Tacrolimo, Pimecrolimo
Tratamento sistêmico
• Anti-histamínicos
• Antibióticoterapia sistêmica
• CE com cautela
V A N E S S A L U D W I G
NEVOS MELANOCÍTICOS
São proliferações benignas dos melanócitos que se originam da crista neural
no início da vida fetal
V A N E S S A L U D W I G
NEVOS INTRADÉRMICOS
NEVOS AZUL
NEVOS SPILUS
NEVO HALO
NEVOS HIPOCRÔMICOS
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
ABCDE do melanoma
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
LENTIGO MALIGNO
Pode ser considerado um melanoma in situ
Melanose solar -> proliferação melanócitos atípicos na epiderme -> lentigo maligno -> cé-
lulas invadem a derme -> lentigo maligno melanoma
LENTIGO MALIGNO
MELANOMA
Fatores de risco:
Exposição solar crônica, queimaduras solares (principalmente na infância)
Fototipos I e II
Múltiplos nevos melanocíticos atípicos ou displásicos
Antecedente pessoal de melanoma
Antecedente familiar de melanoma (10% + chance)
Mutações genéticas (genes CDKN2A, CDK4, MC1R, BRAF)
Tronco dos homens e pernas das mulheres (+ comum), pode surgir de um nevo (30-40%)
ou iniciar de novo, melhor prognóstico porque está na fase horizontal de crescimento,
mais comum 30 a 60 anos
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
MELANOMA NODULAR
2° mais comum
MELANOMA MUCOSAS
Diagnóstico pode ser tardio com má prognóstico
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
DIAGNÓSTICO:
Dermatoscopia para confirmar suspeita
Biópsia EXCISIONAL com margem mínima é o ideal
Biópsia incisional se a lesão for muito extensa, na face, palmoplantar ou subungueal
NEVO BENIGNO
Tratamento:
Cirúrgico (margem de segurança determinada pelo Breslow principalmente)
Pesquisa linfonodo sentinela: Breslow maior que 0,76mm; ou menor que 0,76mm; ou
menor que 0,76mm mas com ulceração, índice mitótico diferente de zero, regressão
significativa ou Clark IV
Linfadenectomia se linfonodo sentinela positivo
Quimioterapia, imunoterapia, genética, terapêutica adjuvante
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
Segundo dados do INCA a estimativa é que no triênio 2020-2022 haja 625 mil casos de
CA. O câncer de pele não melanoma será o mais frequente;
177 mil cânceres de pele não melanoma/ 66 mil cânceres de mama e próstata /
41 mil cânceres de cólon e reto / 33 mil cânceres de pulmão
FOTOTIPOS
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
REAÇÕES IMEDIATAS
REAÇÕES TARDIAS
*melanose solar
EFÉLIDES
*sardas
ATROFIA CUTÂNEA
POIQUILODERMIA DE CIVATTE
LEUCODERMIA GUTATA
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
FOTOENVELHECIMENTO
Elastose solar
Características:
• Rugas profundas
• Aparência áspera e rugosa
• Pigmentação irregular
• Aparecimento de manchas
• Telangiectasias
• Queratoses seborreicas
• Lesões malignas e pré-malignas
DERMATOSES PRÉ-CANCEROSAS
Originam-se nas camadas espinhosas da pele e evoluem para o CEC em 5-20% dos casos.
Dos CECs estabelecidos, 82@ originam-se das queratoses actínicas.
CORNO CUTÂNEO
V A N E S S A L U D W I G
Tratamento:
FOTOPROTEÇÃO
Crioterapia (nitrogênio líquido)
ATA (ácido tricloroacético 30-70%)
Curetagem com eletrocoagulação
5-fluoruracila tópico (efurix creme) * bom para tratar campo de cancerização. É um
agente citostático
Imiquimode (imunomodulador)
QUELITE ACTÍNICA
Afeta predominantemente o lábio inferior
Tratamento:
Crioterapia (nitrogênio líquido)
ATA (ácido tricloroacético 30-70%)
Cirurgia
DOENÇA DE BOWEN
É um CEC in situ (intraepidérmico)
Tratamento:
Cirurgia
Curetagem com eletrocoagulação
Crioterapia (nitrogênio líquido)
5-fluoruracila tópico (efurix creme)
Imiquimode (imunomodulador)
ERITROPLASIA DE QUERAYRAT
É um CEC in situ na mucosa, que pode se tornar invasivo
(e mais agressivo do que o Bowen)
V A N E S S A L U D W I G
Fatores associados:
Falta higiene
Infecções crônicas em mucosa genital e a não circuncisão
Tratamento:
Cirurgia
5-fluoruracila tópico (efurix creme) *menor agressivos e com boa resolutividade
Imiquimode (imunomodulador)
PAPULOSE BOWENOIDE
Apresenta comportamento benigno, apesar do histopatológico ser CEC in situ.
2,6% podem evoluir para CEC
DOENÇA DE PAGET
Placa eczematosa, pruriginosa, infiltrada na aréola mamária
V A N E S S A L U D W I G
CARCINOMA BASOCELULAR
É o tumor maligno mais comum da pele (65% do total)
Tipos de CBC:
NODULAR
Tipo mais comum (50-80%)
Se apresenta de início como uma pápula ou nódulo translúcido, de superfície lisa, brilhan-
te, com bordas peroladas (perláceas), bem delimitada, com finas telangiectasis
Evolui com lento crescimento e erosão central, que dá a forma nódulo ulcerada
PIGMENTADO
Variante do CBC nodular, com áreas hipercrômicas
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
SUPERFICIAL
Placa eritematosa, descamativa, bem delimitada com bordas irregulares
ESCLERODERMIFORME
Mais agressivo, placa marfim ou perolada, limites imprecisos, consistência rígida e
endurecida
Diagnóstico:
Clínico
Dermatoscópico
HSPT
Tratamento:
Depende do tipo do tumor, localização, se é recidivante, condições clínicas do paciente,
custos, resultados cosméticos da cicatriz
Cirurgia
5-fluoruracila tópico (efurix creme) *tumores superficiais
Imiquimode (imunomodulador)
Criocirurgia
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
CARCINOMA ESPINOCELULAR
Tumor maligno, constituído por proliferação atípica de células espinhosas,
de caráter invasor, podendo dar metástases
Pode ocorrer em pele normal, mas frequentemente tem origem na queratose solar, leuco-
plasia, radiodermite crônica, queratose arsenical, xeroderma pigmentoso, úlceras crônicas
e cicatrizes de queimadura
Fatores de risco:
Fototipos I e II
Exposição solar crônica
Câmera de bronzeamento
Radiodermite crônica
Úlceras crônicas (úlcera de marjolin)
Genodermatoses (xeroderma pigmentoso)
Imunossuprimidos, transplantados (associações com HPV)
As localizações mais comuns são lábio inferior, orelhas, face, dorso das mãos, mucosa bu-
cal e genitália externa
Metástases podem ocorrer após meses ou anos, mais frequentes em tumores de mucosas,
dorso das mãos e cicatrizes
Tratamento:
Cirurgia convencional ou micrográfica (Mohs)
Criocirurgia
Radioterapia
Quimioterapia
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
QUERATOACANTOMA
Tumor benigno que cresce rapidamente, simulando um CEC, que regride
espontaneamente em cerca de 4 meses
Ideal é que a lesão seja removida, já que há risco de um CEC ser mascarado como um
queratoacantoma
V A N E S S A L U D W I G
HERPESVÍRUS
Família Herpesviridae
Compreendem 3 subfamílias:
Alphaherpesvirinae (com dois gêneros—Simplexvírus e Varicellovírus)
HSV-1 (infecção não genital)
HSV-2 (infecção genital)
VZV (varicela e herpes zoster)
Betaherpesvirinae
CMV (doença inclusão citomegálica)
HHV-6 (exantema súbito)
Gamaherpesvirinae
EBV (Epstein-Barr v´rus, associado à mononucleose, Doença de gianotti-crosti, neoplasias
linfoides)
HHV-8 (associado ao sarcoma de Kaposi)
HERPES SIMPLES
80-90% não genital é por HSV-1
20-10% não genital é por HSV-2
Inverso com infecção genital
80-90% da primo-infecção pelo HSV-1 ocorre nas crianças com menos de 10 anos
90% dos adultos tem sorologia positiva para o HSV01
Após o episódio primário o vírus se aloja no gânglio nervoso sensitivo e pode ser reativado
por varias causas
Gengivoestomatite
Mais comum em crianças
Quadro varia de leve com algumas lesões vesico-erosivas até quadros graves com febre
alta, adenopatia, queda do EG, exulcerações importantes que compromete alimentação e
pode acometer faringe
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
V A N E S S A L U D W I G
Complicações:
HERPES SIMPLES NEO NATAL
Infecção por HSV-2 pode causar mal formação fetal (infecção precoce ou tardia) e aborta-
mento se primo-infecção
TORCH
Pode ocorrer contaminação do neonato no canal de parto
Quadro grave, as vezes fatal, 50% pode ter sequelas neurológicas ou oculares
Mulheres com HSV-2 devem fazer cesárea
MENINGO-ENCEFALITE HERPÉTICA
Pode ocorrer na primo-infecção, viremia
2 a 5%
HERPES EM IMUNODEPRIMIDOS
Pacientes com câncer, transplantados, doenças crônicas, HIV
Quadros mais graves, pode generalizar com alta mortalidade
CERATOCONJUNTIVITE
Conjuntivite purulenta, ulcera córnea, cegueira
Pele ao redor acometida
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
PANARÍCIO HERPÉTICO
Infecção primária de um dedo, pode recidivar depois
Profissionais da saúde—contato com paciente infectado
DIAGNÓSTICO
Citodiagnose de Tzank—lamina com o raspado do assoalho de uma vesícula, cora, cé-
lulas gigantes multinucleadas (mas podem estar presentes na varicela e no H Zoster)
HSPT—vesículas integras, presença de vesícula intraepidérmica
Microscopia eletrônica—método caro e limitações pela necessidade de alta carga viral
Sorologia—ELISA e Western Blot
PCR
TRATAMENTO
• A droga de eleição é o Aciclovir, que é um análogo
da desoxiguanosina e inibidor específico da enzima
timidina quinase, presente apenas nas células
infectadas pelo herpes vírus
• Baixa toxicidade clínica, não é mutagênico,
carcinogênico ou teratogênico em doses terapêuticas
• Intravenoso indicado em infecções primárias graves,
herpes neonatal, herpes simples em pacientes imu-
nocomprometidos, encefalite herpética
• Esquemas de supressão de recorrências, profilaxia
herpética
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
VARICELA
Primo infecção pelo VZV
Tratamento: sintomático
Forma mais graves: aciclovir VO ou IV
HERPES ZOSTER
Quadro de vesículas sobre base eritematosa, precedido na maioria das vezes por dores
nevrálgicas
VZV -> varicela -> disseminação hematogênica (onde há acometimento da pele) -> ner-
vos periféricos até gânglios nervosos -> latência por toda vida -> noxas diversas reativam
vírus -> caminha centrifugamente pelo nervo periférico atingindo a pele
Quando acomete o trigêmeo (ramo oftálmico) pode acometer a córnea, se nervos auditi-
vos: surdez, paralisia facial
V A N E S S A L U D W I G
**tratamento precoce é ideal para evitar a neuralgia pós herpética (tto: gabapentina,
amitriptilina, carbamazepina)
VERRUGAS VIRAIS
Causadas pelo HPV (Human Papilloma Virus), vírus DNA
Quadro clínico varia de acordo com o tipo de vírus, local anatômico acometido e resposta
imunológica do hospedeiro
Pode ocorrer transmissão vertical in útero ou durante o parto, podendo resultar em papi-
lomas laríngeos ou lesões anogenitais no recém nascido
VERRUGAS VULGARES:
HPV 2-4-26-27-29-57
Pápula ou nódulo, consistência firme, hiperqueratotica, podendo ter fissuras na superfície
Capilares trombosados na superfície da lesão (pontos pretos)
Fenômeno de Koebner
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
VERRUGAS PLANAS:
HPV 3-10-28
Pápulas achatadas ou cor da pele ou levemente pigmentadas
Acomete mais áreas expostas da face e dorso das mãos
VERRUGAS PLANTARES
HPV 1-63
Acomete preferencialmente áreas de apoio ou pressão
Achatadas pela pressão, anel hiperqueratótico
Pela pressão a proliferação epitelial penetra na derme, tornando a lesão dolorosa
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
VERRUGAS ANOGENITAIS
HPV 6-11-30
Aparência clinica varia desde pequenas pápulas queratóticas, pigmentadas, até massas
maiores, semelhante a couve-flor (condiloma acuminado)
Transmissão vertical: além de lesão genital, papilomas laríngeos pelo HPV 6-11, então
confirma-se pelo achado de vírus não só na região genital, mas na boca e nasofaringe
HPV E MALIGNIDADE
Vários tipos de HPV têm potencial oncogênico, como 16, 18, 31, 33, 35
Principal causa de CA no cérvix uterino
Tratamento
Ácido Salícilico 10 a 40% tópico, evitar face e genital
Ácido retinoico para verrugas planas
Podofilotoxina para verrugas anogenitais, não usar em crianças e gestantes
Imiquimod 5% verrugas genitais
Nitrogênio líquido
Eletrocoagulação-curetagem
Sulfato Zinco
Cimetidina?
Vacina para verruga vulgar
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
MOLUSCO CONTAGIOSO
Causado por Poxvírus
Tratamento:
Curetagem
Nitrogênio líquido
Ácidos, hidróxido de K (irritam)
Cura espontânea
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
FORMAS CLÍNICAS:
PAUCIBACILARES
MH Indeterminada (MHI) - fase inicial
MH Tuberculoide (MHT)
MULTIBACILARES
MH Viwchowiana (MHV)
MH Dimorfa (MHD)
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
MHI pode durar semanas, meses ou anos. Chegou-se a um consenso de que para polari-
zar leva: polo T 2 a 3 anos e polo V 4 anos
HANSENÍASE INDETERMINADA
O tamanho é variável, desde 2 a 3cm, até áreas grandes com 10cm ou mais de diâmetro.
Localização qualquer área do tegumento
A forma em geral é ovalada ou circular, e com limites imprecisos. Quando bem margina-
das e em pequeno número sugerem polarização para a forma T e quando em grande nú-
mero, pensamos numa evolução para V ou D
V A N E S S A L U D W I G
HANSENÍASE TUBERCULOIDE
Caracteriza-se por placas bem delimitadas, cor róseo-eritematosa, ou eritemato-
acastanhada, contornos regulares ou irregulares formando lesões circulares, anulares, cir-
cinadas ou geográficas; em geral únicas ou em pouco número
Comprometimento neural intenso, precoce e assimétrico, às vezes com espessa-
mentos neurais cutâneo-superficiais
HANSENÍASE VIRCHOWIANA
V A N E S S A L U D W I G
HSPT os bacilos íntegros aglomeram-se formando globias; histiócitos modificados são cha-
mados de células de Virchow, podendo se arranjar em granulomas (granulomas Virchowi-
anos)
HANSENÍASE DIMORFA
Constitui um conjunto de manifestações que ou são muito semelhantes à forma tubercu-
loide (DT), ou bem parecidas com a forma virchowiana (DV) ou são, realmente intermedi-
árias entre as formas polares (DD) nas quais se observam lesões muito características e
às vezes bizarras
A variedade DD têm lesões bizarras em alvo ou anulares que podem confluir, dando as-
pecto "esburacado", tipo "queijo suíço"
Baciloscopia positiva
Mitsuda pode variar, com tendência a ser negativo
HSPT pode variar (morfologia semelhante ao tuberculoide ou virchowiano ou ambos)
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
REGRAS
Qualquer lesão hipocrômica não é MHI se tiver sensibilidade térmica e dolorosa preser-
vada e prova de histamina completa
Qualquer lesão papulosa ou pápulo nodular que não for anestésica, não é MHT
Qualquer lesão suspeita de MHV com baciloscopia para (BAAR) não é MHV
PROVAS DIAGNÓSTICAS
1) Pesquisa da sensibilidade
Térmica - dois tubos de água: quente e fria, encostando alternadamente nas áreas sus-
peitas e sãs; outra opção é algodão embebido em éter
Dolorosa – utiliza-se agulha ou alfinete alternado a ponta aguda e a romba (ou cabo)
Tátil - toca-se a pele e pede para paciente dizer onde foi tocado
2) Teste da histamina
A histamina promove uma vasodilataçãodependente da integridade dos ramúsculos nervo-
sos. Uma vez lesados, não haverá vasodilatação reflexa, com ausência do halo eritemato-
so reflexo
Gota de solução milisemal de histamina e escarifica pele (sem sangramento). Reação nor-
mal (Tríplice reação de Lewis):
• Eritema
• Eritema maior e contorno irregular- eritema reflexo ( esse que não há na MH)
• Pápula
Teste histamina bom para crianças ou adultos com defcit cognitivo; limitação pacientes
melanodérmicos e nos nevos anêmicos
3) Baciloscopia
Pesquisa dos bacilos de Hansen (BAAR) , corados por Ziehl-Neelsen nos esfregaços
em lâminas de material colhido dos pacientes suspeitos
4) Reação de Mitsuda
Não é prova diagnostica e sim prognostica, serve para classificar a doença
Injeção intradérmica de Ag e leitura após 30 dias
Pessoas com mitsuda +, se adquirirem a moléstia evoluirão para T. Aquelas com mitsu-
da—, evoluirão para D ou V
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
5) Histopatológico
É considerado o padrão ouro para o diagnostico de hanseníase em todas as formas clini-
cas
Material deve ser representativo
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
DERMATOFITOSES
São micoses cutâneas causadas por um grupo de agentes etiológicos denominados der-
matófitos, e que tem afinidade pela queratina (utilizam-na como fonte de subsistência)
Principais gêneros:
• Microsporum *tende a ser unilateral (micose)
• Trichophyton (dermatite/psoríase tende a ser bilateral)
• Epidermophyton
Podem ser:
Antropofílicos: exclusivos da espécie humana
Zoofilicos: próprio de animais
Geofílicos: vivem no solo
DIAGNÓSTICO:
Pesquisa do Agente Etiológico -> Exame micológico direto e cultura (PADRÃO OURO)
Micológico direto: raspagem da lesão e clarificação lamina com KOH 10 ou 20% ou KOH
+ DMSO ou lactofenol
• estruturas fúngicas
Cada fungo tem sua particularidade
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
Cultura
Ágar sabouraud-destrose
Agar mycosel
*resultado após 4-15 dias (macromorfologia e estudo
microscópico)
Lâmpada de wood
TINEA CAPITIS
Comum em crianças, rara no adulto
Agentes:
• Microsporum canis (agente principal)
• Microsporum gypseum
• T mentagrophytes
• T tonsurans
• Tricofítica
V A N E S S A L U D W I G
TINEA CORPORIS
‘’Impinge’’
Agentes:
• T rubrum
• M canis
• T mentagrophytes
TINEA PEDIS
‘’pé de atleta’’
Agentes:
• T rubrum
• T mentagrophytes
• Epidermophyton floccosum
TINEA CRURAL
‘’Tinea inguinal’’
Agentes:
• T rubrum
• T mentagrophytes
• Epidermophyton floccosum
ONICOMICOSE
Mais comum é o gênero Trichophyton
Alteração de cor, atrofia, hiperqueratose lamina, descolamento subungueal
V A N E S S A L U D W I G
Tratamento
Tópico ou sistêmico, dependendo da gravidade ou extensão da lesão
PITIRÍASE VERSICOLOR
Infecção crônica da camada córnea causada pela malassezia furfur
(levedura antropofílica lipo dependente)
Malassezia furfur faz parte da biota natural da pele, mas sob determinadas condições há
pseudofilamentação da levedura e dai surge a clinica da micose
Diagnóstico:
Micológico direto, cultura em meios com óleo, luz de wood (fluorescência amarelada ou
prateada)
Tratamento:
Fatores de risco
Tópicos
Shampoo
Sistêmico (fluconazol, itraconazol, cetoconazol)
Tratamento profiláticos
• isso em casos resistentes
CANDIDIASE
Infecção cutânea, mucosa ou sistêmica causada por leveduras do gênero Cândida
V A N E S S A L U D W I G
CANDIDIASE ORAL
Comum em RN, diabéticos, debilitados, próteses mal ajustadas
Placas esbranquiçadas localizadas ou por toda cavidade oral, recobertas por induto es-
branquiçado
Tratamento:
Nistatina solução oral
Bochechos com agua bicarbonada
Antifúngicos VO se necessário
CANDIDIASE INTERTRIGINOSA
Regiões úmidas, dobras
Placas eritematosas, úmidas, podem ter erosões, fissuras, colarete córneo, lesões satéli-
tes
Fatores de risco:
• Obesidade
• Diabetes Mellitus
• Umidade
• Higiene inadequada
V A N E S S A L U D W I G
CROMOMICOSE
Micose profunda, crônica, progressiva da pele e subcutâneo
Unilateral, geralmente MMII, mas pode acometer MMSS e raramente o tronco, glúteos,
nariz, orelhas, pálpebras
Diagnostico diferencial:
PLECCT (Paracoccidioidomicose, Leishmaniose, Esporotricose, Cromomicose, Carcinoma
Espinocelular verrucoso, Tuberculose)
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
DIAGNÓSTICO:
Micológico direto (amostra clarificada com KOH 10 ou 20% revela corpos arredondados,
cor de charuto, isolados ou agrupados (corpos fumagoides), multiplicando-se por septação
sem brotamento
Cultura: crescimento lento (30 dias), 25°, superfície filamentosa e plana, aspecto avelu-
dado, coloração verde-oliva escuro ao negro, reverso pigmento negro
TRATAMENTO:
Localizada:
Curetagem + eletro
Crioterapia
Exérese cirúrgica
Extensa:
Itraconazol 200-400mg/dia
Terbinafina 500mg/dia
casos extensos nenhum opção é totalmente eficaz, pouca resposta terapêutica
ESPOROTRICOSE
Micose profunda, evolução subaguda ou crônica, causada pelo Sporothrix schenckii, intro-
duzido no organismo por inoculação direta na pele ou mucosas
V A N E S S A L U D W I G
Formas clínicas:
Cutâneas:
• Cutânea-linfática
Mais comum, lesão inicial é pápulo-nodular (cancro espo-
rotricótico) no local da inoculação, podendo involuir ou
ulcerar. Posteriormente formam-se nódulos ou gomas ao
longo da cadeia linfática no local acometido (rosário)
• Cutânea localizada
Revela boa resposta imunológica do hospedeiro.
Lesões papulosas ou tuberosas podendo formar placa
verrucosa com ou sem ulceração.
Mais comum na face
-> diagnostico diferencial: PLECT
• Cutânea disseminada
Extra cutânea
Raras, depende da imunidade do hospedeiro e virulência do fungo
• tireoide, testículos, glândula mamária, osso e periósteo, articulações, músculos, SNC,
pulmões, rins, fígado, baço, pâncreas
DIAGNÓSTICO:
Micológico direto: pouca valia, geralmente negativo
Cultura:
PADRÃO OURO
Crescimento rápido (5 dias), 26° graus
Colônias castanho enegrecidas características (forma ferradura)
V A N E S S A L U D W I G
TRATAMENTO;
Iodeto de potássio
• boa eficácia e baixo custo
• Efeitos no TGI, gosto metálico boca, rinite
• Iniciar com dose baixa e ir aumentando lentamente
• 4 a 8 semanas e 2 semanas após cura clinica
Itraconazol
• boa escolha também
• 100 a 200mg/dia 90 a 180 dias
Terbinafina
Anfotericina B
• Formas disseminadas e AIDS
• Grávidas
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Enfermidade infecciosa de evolução aguda a crônica, causada pelo
fungo Paracoccidioides brasiliensis
V A N E S S A L U D W I G
INFECÇÃO:
1. Evoluir para doença progressiva aguda a partir do complexo pulmonar
2. Quando houver desequilíbrio agente-hospedeiro ocorrer evolução para doença por rea-
tivação de foco quiescente pulmonar ou metastático
3. Reinfecção e progressão para doença ativa
Formas clinicas:
• Paracoco infecção
• Paracoco doença
Aguda/subaguda (13-23%)
Jovens, febre, perda peso, adinamia e linfonodomegalias
- linfonodos aumentos, sinais flogísticos, evoluem para abscedação e fistulização
V A N E S S A L U D W I G
DIAGNÓSTICO
Micológico direto
Material: lesões, pus, escarro, líquor
• Células arredondadas, dupla parede, refringente com ou sem gemulação
• Múltiplas gemulações: roda de leme
*roda de leme
*cabeça de mickey
Paracoccidioides Brasiliensis
Cultura
Sabouraud (crescimento lento)
25°: aspecto pipoca estourada (branco-amarelada)
37°: aspecto cerebriforme (creme)
HSPT (histopatológico)
Infiltrado inflamatório crônico, granulomatoso.
No centro do granuloma pode ter células fúngicas em meio a inflamação ou no interior de
células gigantes
• PAS ou Grocott-Gomori (prata)
Sorologia
Método auxiliar no diagnostico
Melhor para acompanhamento durante a após tratamento
DERMATOLOGIA
PR2
V A N E S S A L U D W I G
Diagnóstico diferencial:
Pulmonar: tuberculose, CA
Oral: CEC
Cutânea: PLECT (Paracoccidioidomicose, Leishmaniose, Esporotricose, Cromomicose, Car-
cinoma Espinocelular verrucoso, Tuberculose)
TRATAMENTO:
Sulfamídicos
Sulfametoxazol 400mg + Trimetoprima80mg (bactrim)
Leves 1600 a 2400mg/dia 12 meses
Moderados 1600 a 2400mg/dia 18 meses
Anfotericina B
Casos graves
0,5 a 1,0mg/kg/dia em SG5% 500ml em 6h
Itraconazol
200mg/dia 6 a 9 meses leve
200mg/dia 12 a 18 meses moderado
Fluconazol EV
Neuroparacoco
TRATAMENTO:
Cirúrgico (margem de segurança segundo Breslow) Quimioterapia, imunoterapia genética, terapia adjuvante
Pesquisa linfonodo sentinela (Breslow < ou > 0,76mm; ou < 0,76mm com ulceração, índice mitótico diferente de 0, regressão significativa ou Clark IV
Linfadenectomia (se linfonodo sentinela +)
CÂNCER DE PELE: O câncer de pele NÃO MELANOMA é o mais frequente (-> mama e próstata -> colón e reto -> pulmão)
Problema decorrente dos ditames da moda, da Reações imediatas (bolhas, queimadura) ; Reações QUERATOSE ACTÍNICA/solar
facilidade de acesso ao sol, da diminuição da camada tardias (melanose solar); Efélides (sardas); Atrofia Lesão pré-maligna da epiderme que ocorre em áreas
de ozônio e da longevidade crescente da população cutânea; Poiquilodermia de Civatte; Leucodermia foto-expostas cronicamente
gutata Maior frequência (> 45 anos/ fototipo I e II)
A propensão ao dano solar depende de: Podem evoluir para CEC (5-20% dos casos), dos CEC
o Fototipo do paciente (I e II) FOTOENVELHECIMENTO (elastose solar) estabelecidos (82% originaram-se da queratose actinica
o Exposição cumulativa a luz ultravioleta Causa: radiação solar/ rugas profundas, aparência
➔ Pápulas eritematosas, áspera, bordas mal
o Intensidade da exposição áspera e rugosa, pigmentação irregular, aparecimento
definidas, as vezes mais espessas e cornificadas
o Exposição solar na infância de manchas, telangiectasias, queratoses seborreicas,
tamanhos variados, a pele ao redor tem fotodano
lesões malignas e pré-malignas
Corno cutâneo (queratose actínica onde há exagerada
Fototipo: I (sempre queima, nunca bronzeia) II (sempre
produção de camada córnea)
queima, bronzeia pouco *clara), III (queima e bronzeia QUERATOCANTOMA: tumor benigno que cresce
pouco *clara), IV (raramente queima e bronzeia com rapidamente simulando um CEC (regride TTO: fotoproteção/ crioterapia (nitrogênio líquido) /
facilidade *morena-clara) V (queima muito raramente espontaneamente em 4 meses). O ideal é que a lesão ATA (ácido tricloroacético)/ curetagem com
e bronzeia facilmente *morena) VI (nunca queima, seja removida, já que há risco de um CEC mascarado. eletrocoagulação/ 5-fluouracila tópico (efurix)/
bronzeia facilmente *negra) Imiquimode (imunomodulador)
QUELITE ACTÍNICA: afeta principalmente lábio inferior CARCINOMA BASOCELULAR CARCINOMA ESPINOCELULAR
Risco alto para CEC TTO: crioterapia/ ATA/ cirurgia É o tumor maligno mais comum da pele (65%) Tumor maligno constituído por proliferação atípica de
*biopsia quase sempre - Composto de ilhas de células basais, as quais se células espinhosas, de caráter invasor *METÁSTASE –
DOENÇA DE BOWEN: CEC in situ (intraepidérmico) originam da camada basal da epiderme e das após meses/anos, mais frequentes em tumor de
Ocorre em qlq lugar do corpo e geralmente é lesão estruturas anexiais (unidades pilossebáceas -> NÃO se mucosa, dorso das mãos e cicatrizes.
única; se não tto torna-se invasivo e pode causar encontra CBC nos lábios e região palmo-plantar) + frequente associado a queratose actínica
metástase; região não fotoexposta: arsênio + comum na cabeça (2/3 superior da face) e pescoço - Fator de risco: fototipo I e II, exposição solar crônica,
Tto: cirurgia/curetagem/crioterapia/efurix/imiquimode - RARAMENTE METATIZA, mas é localmente invasivo e câmera de bronzeamento, radiodermite crônica,
ERITROPLASIA DE QUERAYRAT: CEC in situ na mucosa destrutivo, podendo invadir planos profundos úlceras crônicas, genodermatoses (xeroderma),
+ invasivo e agressivo que Bowen; pode acometer Tipos: NODULAR: + comum (50-80%); pápula/nódulo imunossuprimidos, transplantados, HPV.
glande, prepúcio, mucosa genital feminina e mucosa translucido, de superfície lisa, brilhante, com bordas - Localizações + comuns: lábio inferior (áreas de quelite
oral *falta de higiene/ infecções crônicas/fimose peroladas, bem delimitadas, finas telangiectasias/ – fumo/dentes defeituosos), orelhas, face, dorso das
Tto: cirurgia/efurix/imiquimode evolui com lento crescimento e erosão central (nódulo mãos, mucosa bucal e genitália externa.
PAPULOSE BOWENOIDE: apresenta comportamento ulcerado) PIGMENTADO: variante do nodular, áreas - Inicia com área queratotica infiltrada/nódulo,
benigno, apesar do hspt CEC in situ. 2,6% evolui para hipercrômicas; SUPERFICIAL: placa eritematosa, aumenta gradualmente e úlcera. Pode torna-se
CEC; induzida pelo HPV (16); pode haver regressão descamativa, bem delimitada com bordas irregulares; vegetante/corneana
espontânea *tto não mutilantes ESCLERODERMIFORME: + agressivo; placa marfim/ TTO: cirurgia convencional ou micrográfica, criocirurgia,
DOENÇA DE PAGET: placa eczematosa, pruriginosa, perolada, limites imprecisos, rígido/endurecido radioterapia, quimioterapia.
infiltrada na aréola mamaria, hspt: célula de Paget Diagnostico: clínico + dermatoscópico + HSPT
TTO: semelhante ao de CA de mama TTO: cirurgia/efurix/imiquimode/criocirurgia
TRATAMENTO: depende do tipo do tumor, da sua localização, se é recidivante, as condições clínicas do paciente, custos e resultados cicatriciais
DERMATOSES POR VÍRUS
HERPES VÍRUS
Subfamílias: Alphaherpesviridae – simplexcvírus e vericellovírus HSV-1 (não-genital) HSV-2 (infecção genital) VZV (varicela e herpes zoster)
Betaherpesvirinae: CMV (doença inclusão citomegálica) HHV-6 (exantema súbito)
Gamaherpesvirinae: EBV (Epstein-barr vírus) HHV-8 (sarcoma de kaposi)
HERPES SIMPLES
➔ HSV-2 pode ser oncogênico (CA de colo de útero)
Transmissão: contato pessoal (mucosa/solução de continuidade da pele)
-HSV-1 80-90% primo-infecção ocorrem em crianças < 10 anos
-Primo-infecção pode ser subclínica ou assintomática, mas tipicamente pelo HSV-1 é uma gengivoestomatite; HSV-2 vulvovaginite/balanopostite
-90% dos adultos têm sorologia + HSV-1
-Após o primeiro episódio o vírus de aloja no gânglio nervoso sensitivo e pode ser reativado por várias causas
Gengivoestomatite (mais comum em crianças)
Varia de leve (lesões vesico-erosivas) grave (febre alta, adenopatia, queda do estado geral, exulcerações que comprometem alimentação e pode acometer a faringe)
Herpes não genital recidivante (mais comum em adultos) + frequente nos lábios
Qualquer local/pele/mucosa. Dura 5-10 dias/ Quadro precedido por ardor, prurido (dias ou horas) e após o quadro característico de vesículas agrupadas sobre base
eritematosa. Causas: trauma, sol, stress, alimentos, infecções, menstruação podem ativar o quadro
Primo-infecção por HSV-2
Vesículas agrupadas, dolorosas no pênis, vulva, ânus, que se ulceram. *linfadenopatia local, retenção urinária; *pode acometer só o colo do útero.
Complicações:
Herpes simples neonatal: infecção por HSV-2 (malformação fetal – infecção precoce/tardia) (abortamento se primo-infecçao) transmissão no parto (mulheres + devem
fazer cesárea), quadro grave (pode ser fatal, 50% tem sequelas neurológicas ou oculares.
Meningoencefalite herpética: pode ocorrer na primo-infecção, viremia (2-5%)
Eritema polimorfo herpético: mãos, dorso
Herpes em imunodeprimidos: pacientes com CA, transplantados, doenças crônicas, HIV (quadros + graves, pode generalizar, alta mortalidade)
Ceratoconjuntivite: conjuntivite purulenta, úlcera córnea, cegueira *pele ao redor acometida
Erupção variceliforme de Kaposi (eczema herpético): quadro de disseminação viral pelo HSV, maioria dos casos em atópicos, aparecimento súbito e vesículas disseminadas
Panarício herpético: infecção primária de um dedo, pode recidivar depois/ *profissionais de saúde: contato com paciente infectado.
DIAGNÓSTICO:
Citodiagnose de Tzank (lâmina com raspado do assoalgo de uma vesícula *células gigantes multinucleadas (herpes, varicela, h. zoster)
HSPT (vesículas integras, presença de vesícula intraepidermica) Microscopia eletrônica (método caro e limitações pela necessidade de alta cerga viral)
Sorologia (ELISA e Blot) PCR
TRATAMENTO: aciclovir
(infecções primarias graves, herpes neonatal, pacientes imunocomprometidos, encefalite -> IV) *esquemas de supressão de recorrência, profilaxia herpética
VARICELA (primo-infecção pelo VZV)
Vesículas (pele/mucosas) transmissão via aérea Incubação: 2 a 3 semanas Imunidade perene* Pródromo->vesículas->crostas
Mais no tronco, em surtos, lesões em vários estádios evolutivos *ADULTOS tem maior queda do estado geral
*IMUNOSSUPRIMIDOS quadros + grave (pneumonite e encefalite) *malformação fetal, quando no 1° trimestre da gestação (infecção grave)
TTO: sintomático, forma + grave: aciclovir VO ou IV
HERPES ZOSTER
Quadro de vesículas sobre base eritematosa, precedido por dores nevrálgicas (20%) (dores nos nervos) pode evoluir para neuralgia pós herpética
Unilateral, respeita o dermátomo + comum em imunossuprimidos (+grave)
Quando acomete o trigêmeo (ramo oftálmico) pode acometer a cornea, se nervos auditivos: surdez e paralisia facial
TTO: aciclovir 800mg 5x ao dia/ valaciclovir/ ce/analgésicos neuralgia (tto precoce é ideal para evitar a pós herpética/ amitriptilina, gabapentina, carbamazepina)
VERRUGAS VIRAIS: causadas pelo HPV (vírus DNA) transmissão por contato direto ou por contato com objetos e superfícies contaminadas. Pode ocorrer autoinoculação
Pode haver formas latentes e subclínicas. Inoculação do HPV no tecido epitelial causa proliferação de células escamosas, resultando em lesões verrucosas visíveis
Quadro clínico varia de acordo com o tipo de vírus, local e resposta imunológica do hospedeiro.
Pode ocorrer transmissão vertical in útero ou durante o parto, podendo resultas em papilomas laríngeos ou lesões anogenitais no recém-nascido.
VERRUGAS VULGARES: HPV 2,4,26,27,29,57
Pápula ou nódulo, consistência firme, hiperqueratótica, podendo ter fissuras na superifcie. **pontos pretos (capilares trombosados na superfície da lesao)
VERRUGAS PLANAS: HPV 3,10,28
Pápulas achatadas ou cor da pele ou levemente pigmentadas. Acomete mais áreas expostas da face e dorso das mãos TTO: acido retinóico
VERRUGA PLANTARES: HPV 1, 63
Acomete preferencialmente áreas de apoio/pressão. Anel hiperqueratótico. Pela pressão a proliferação entra na derme tornando a lesão dolorosa.
VERRUGA ANOGENITAL: HPV 6,11,30
Aparência clínica varia desde pequenas pápulas queratóticas, pigmentadas até massas maiores, semelhante a ‘’couve-flor’’ (condiloma acuminado)
Adultos: transmissão sexual TTO: podofilotoxina (evitar em crianças e gestantes), imiquimod (verrugas genitais)
Em crianças: Transmissão vertical (laríngeo 6-11) ou perinatal (canal de parto ou pré-natal) -achados genitais, larínge e boca; Transmissão horizontal por auto/hetero
inoculação de verrugas cutâneas ou mucosas; Transmissão sexual (abuso)
*infectadas no parto podem ter quadros latentes de HPV (anos)
HPV E MALIGNIDADE: potencial oncogênico (16,18,31,33,35) CA de colo de útero
TTO: ácido salicílico (evitar face e genital) nitrogênio líquido eletrocoagulação-curetagem sulfato de zinco cimetidina vacina para verruga vulgar (HPV)
ONICOMICOSE
Agente: Trichophyton (+ comum)
Clinica: alteração de cor, atrofia, hiperqueratose lamina, descolamento subungueal
DD: psoriase, paronóquia por leveduras, onicólises, liquen plano, candida albicans, deficiencias nutricionais, contaminação por pseudomonas aeruginosa - ácido acético*
TTO: sistemico se acometimento importante (fluconazol, itraconazol ou terbinafina) associar tópico – esmalte.
PTIRÍASE VERSICOLOR
Infecção cronica da camada cornea causada pela Malassezia furfur (levedura antropofilica lipo dependente) faz parte da biota natural da pele, mas sob determinadas
condições há pseudofilamentação da levedura e surge a clínica da micose. Hiperoleosidade e hiper-hidratação são fatores importantes
Clinica: maculas descamativas, cores variaveis (branca,roxa,acastanhada) descamação furfurácea, SINAL DE ZILERI (descamação/craquelação da pele)
Tronco, ombros, braços, pescoço, face, dobras flexurais
- Assintomatica na maioria, evolui por surtos.
80% recorrencia em dos anos, 60% recorrencia em um ano
Diagnostico: micológico direto, cultura meios com óleo, luz de woody – fluorescencia amarelada ou prateada;
TTO: fatores de risco, topicos, shampoo, sistemico (fluco/itra/cetoconazol) profilaticos (em casos resistentes)
CANDIDIASE
Infecção cutanea, mucosa ou sistemica causada por leveduras do genero Candida (80-90% candida albicans)
Saprófita, habita superfície da pele, mucosa oral, intestinal e genital. Sob algumas condições multiplica-se tornando-se parasita, com esporos, hifas e pseudohifas
Condições que favorecem a proliferação: diminuição da defesa (criança/idoso), gravidez, ACO, DM, ATB, CE, citostáticos, antineoplásicos, AIDS, umidade e maceração
cutanea, imunosuprimidos (fungemia com comprometimento sistêmico)
ORAL: comum em RN, diabéticos, debilitados, próteses mal ajustadas (placas esbranquiçadas na cavidade oral, pode atingir laringe, esofago, traqueia, faringe)
TTO: nistatina de uso oral, bochechos com agua bicarbonada, antifúngicos VO se necessario
INTETRIGINOSA: regiões umidas, de dobras, placas eritematosas, umidas, podem ter erosões, fissuras, colarete córneo, lesões satélites.
Fatores de risco: obesidade, DM, umidade, higiene inadequada.
VULVOVAGINAL E BALANOPOSTITE
MICOSES PROFUNDAS
CROMOMICOSE
Micose profunda, progressiva da pele e subcutâneo Os fungos encontrados no solovegetais são introduzidos no organismo por traumas ou ferimentos
Causada por alguma espécie de fungos dimórficos e dematiáceos, produzem pigmento negro ao serem cultivados 90% das infecções são pelo Fonsecaea Pedrosoi
Clínica: unilateral, geralmente MMII, pode acomete MMSS eraramento o tronco, gluteos, nariz, orelhas, pálpebras
Nodular, tumoral, verruciforme, cicatricial, vegetante e infiltrativa (mais comum: verrucosas, unilaterais, confluem e formam placas verrucosas)
*maioria TRABALHADORES RURAIS / Propagação por contiguidade
Evolui cronicamente, é localizada e não compormete o estado geral do paciente.
Diagnóstico: micologico direto (corpos arredondados, cor de charuto, isolados ou agrupados – corpos fumagoides) Cultura (crescimento lento – 30 dias), HSPT
Tratamento: localizada (curetagem + eletro/ crioterapia/ exérese cirúrgica) extensa (itraconazol, terbinafina) casos extensos nenhuma opção é totalmente eficaz, pouca
resposta terapeutica
DD: PLECCT (PARACOCCIDIOIDOMICOSE, LEISHMANIOSE, ESPOROTRICOSE, CROMOMICOSE, CARCINOMA ESPINOCELULAR VERRUCOSO, TUBERCULOSE)
ESPOROTRICOSE
Micose profunda, evolução subaguda ou cronica, causada pelo Sporothrix schenckii, introduzido no organismo por inoculação direta na pele ou mucosas
Vive saprofiticamente na natureza e a inoculação ocorre por materiais contaminados (palhas, espinhos)
Mordedura de animais e picadas de insetos veiculam a doença (animais são transportadores) *GATO é o maior transmissor da doença para o homem atualmente
Formas cutâneas:
Cutanea linfática: + comum; lesão inicial é pápulo-nodular (cancro esporotricótico) no local da inoculação, podendo involuir ou ulcerar. Depois formam-se nodulos ou
gomas ao longo da cadeia linfática no local acometido (rosário) adultos acomete mais MMII e MMSS / crianças acomete mais na FACE
Cutânea localizada: revela boa resposta imunologica do hospeideiro. Lesões papulosas/tuberosas podendo formar placa verrucosa com/sem ulceração. Mais comum na
face. DD: PLECT
Cutânea disseminada
Extra-cutânea: raras, dependem da imunidade do hospeideiro e da virulencia do fungo (tireoide, testiculos, glandula mamaria, osso e periosteo, articulações, musculos,
SNC, pulmões, rins, figado, baço, pancreas
Diagnóstico: micológico direto (pouca valia, geralmente negativo), CULTURA (PADRÃO OURO) crescimento rápido – 5 dias, 26° *colonias castanho enegrecidas –
ferradura, hifas sepatadas, com conídeos em cachos (forma de margadira)
HSPT: granuloma com área de supuração central e reação histiocitária epitelioide e plasmocitária ao redor, podendo ser achados parasitos em forma de naves ou charutos
Tratamento: Iodeto de potassio, itraconazol, terbinafina (anfotericina B) – AIDS, gravidas
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Enfermidade infecciosa de evolução aguda a cronica, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis (dismorfimo térmico – micélio 25° e leveduras 37°)
Contágio por via inalatória com formação do complexo primário pulmonar Maioria HOMENS, trabalhadores rurais (30-50 anos) Tabagismo e etilismo coexistem*
Entre a fase de instalação do complexo pulmonar e a estabilização, pode ocorrer deslocamento linfo-hematogênico transitório com instalaçõ de focos metastáticos
tambem transitórios.
Infecção: evoluir para doença progressiva aguda a partir do complexo pulmonar -> quando houver desequilibrio o agente-hospedeiro ocorrer evolução para doença por
reativação do foco quiescente pulmonar ou metastatico -> reinfecção e progressão para doença ativa
Quando multifocal: lesão pulmonar para-hilar
Diagnóstico: micológico direto (lesões, pus, escarro, líquor) celulas arredondadas, múltiplas gemulações (roda de leme) *cabeça de mickey
Cultura (sabouraud – crescimento lento); HSPT: infiltrado inflamatório cronico, granulomatoso; Sorologia: metodo auxiliar no diagnostico (acompanhamento do tto)
DD: pulmonar (tuberculose, CA) oral (CEC), cutanea (PLECT)
Tratamento: sulfamídicos, anfotericina B, itraconazol, fluxonazol EV
Critérios para cura: sem sinais clinicos, sem sinais de inatividade pulmonar, sorologia negativa por 2 anos
LEISHMANIOSE
Infecção crônica, não contagiosa, causada por diversas LEISHMANIOSE TEGUMENTAL AMERICANA LEISHMANIOSE DISSEMINADA
espécies de protozoários do gênero Leishmania e ‘’úlcera de bauru ou ferida brava’’ Múltiplas lesões acneioides, com sintomas gerais
transmitido ao homem por fêmeas de flebotomíneos Agentes: L. Braziliensis; L. amazonensis; L.guyanensis (febre, mialgia)
-Após incubação 1-4sem surge pápula eritematosa Surge semanas após a úlcera inicial. As lesões evoluem
Leishmaniose americana (LTA); Leishmaniose difusa
única ou múltipla no ponto de inoculação evoluindo até em número, forma nódulos e ulcerações, podendo
Leishmaniose visceral americana (LVA)
ulcerar (contornos circulares, bordas altas e infiltradas, acometer mucosas. Ocorre em imunossuprimidos ou
Transmissão: mosquito flebotomíneos (Lutzomya e fundo granuloso podendo estar recoberta por exsudato cepas mais virulentas de L. braziliensis.
Psychodopygus) ‘’mosquito-palha’’ sero-purulento, indolores)
Reservatórios: animais silvestres (roedores, macaco, -No mesmo paciente, podem existir lesões em
tatu, quati, marsupiais, preguiça) ou domésticos (cães, diferentes fases evolutivas (podem involuir
cavalos) espontaneamente ou evoluir para placas vegetantes
Insetos -> sugam os animais -> ingerem os parasitos verrucosas PLECT ou infiltradas)
(forma amastigota) -> tubo digestido do inseto evoluem -As lesões surgem 1-2 anos após o início da infecção,
para forma promastigota -> inoculadas no homem ao por disseminação hematogênica; lesão mucosa nasal
ser picado. Os macrófagos da pele englobam essa destrói o septo nasal e asas nasais (lavando ao nariz de
forma e multiplicam no interior (ninhos) anta/tapir; pode envolver lábios, palato, língua, faringe,
• Áreas de desmatamento é comum (surtos) laringe; as lesões podem infiltrar na face e
comprometer ossos da face
Diagnóstico: inquérito epidemiológico TRATAMENTO LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA ‘’calazar’’
Exame de esfregaço (corado por giemsa/leishman) Antimoniais (n-metil-glucamina - glucantime) ‘’Leishmania chagasi, vetor Lutzomya longipalpis’’
Positivo (30-60%) lesões recentes e raro nas tardias Efeitos colaterais: náuseas/vômitos, tosse, artralgia, Reservatório: cães e raposas
Pesquisa do amastigota elevação TGO/TGP, ureia, creatinina, alteração ECG Clínica: febre, anorexia, adenopatias,
HSPT: granuloma linfo-histo-plasmocitário, grande *não usar em gestantes hepatoesplenomegalia, anemia com linfopenia,
número de plasmócitos, leishmanias presentes Anfotericina B alteração da MO, diarreia, sangramento intestinal
(infecção recente, raro > 6 meses) Formais mais resistentes, monitorar função renal e Achados cutâneos inespecíficos, com rarefação e
Cultura: em meio NNN, pouco utilizada para diagnostic cardiaca descoloração cabelos, palidez, icterícia, purpuras
PCR: identifica a espécie infectante em 80-94% Pentamidina 95% óbito sem tto/ 5-10% óbito com tto adequado
Reação de Montenegro (aplicação intradérmica – Bom resultado para L.guyanensis (IM) é (crianças e idosos)
leitura 48-72h, + em 86-97% casos LTA) continua hipoglicemiante TTO: glucamina ou anfotericina B
positiva após cura da doença; imunodeprimidos e L.
visceral pode demorar 1 a 2 meses para positivar
DERMATOZOONOSES
ESCABIOSE PEDICULOSE
Ácaro Sarcoptes Scabiei var. Homonis Couro cabeludo (Pediculus capitis) difícil achar ninfas e adultos, lêndeas facilmente
Contato entre pessoas; Vive 24-36h no meio ambiente visíveis; prurido no couro cabeludo, eczema occiptal e retroauricular
Prurido principalmente noturno, geralmente poupa face Pubis (ftiríase) Pthirus púbis-chato: região anogenital, axila, coxas, supercílios. Não
Lesão característica é linear, serpiginosa, elevada sai facilmente do cabelo*** dd: dermatite seborreica (sai facilmente)
Lesões eritemato-papulosas – axilar, mamas, pênis, glúteos, interdigitais, tronco são
por mecanismos imunológicos pelo ácaro Tratamento
Escabiose nodular por evolução longa da doença Permetrina 1% shampoo por 10 minutos
Sarna crostosa ou norueguesa (imunossuprimidos, pode não haver prurido, lesões Permetrina 5% loção de noite
crostosas, hiperceratóticas, com issuras, destrofias ungueais) Repetir após 7 a 10 dias
Diagnóstico: história clínica + exame direto (muitas vezes difícil de se achar o ácaro) Ivermectina VO
tratamento de prova Lêndeas - vinagre
Tratamento: tratar TODOS os habitantes do domicílio; - Permetrina 5% loção à
noite e banho de manhã, 3 noites consecutivas, repetir em 1 semana; pode usar em
crianças, gestantes, adultos - Enxofre 5 ou 10% - não tem EC, usado em qualquer
idade, de noite por 4 noites consecutivas - Ivermectina – acima de 5 anos, 1cp a
cada 30kg, dose única, repete em 7 a 15 dias - Prurido pós escabiótico: CE, anti-
histamínicos
LARVA MIGRANS CUTÂNEA – BICHO GEOGRÁFICO MIÍASES
Contato com solo ou areia contaminados pelas fezes de cães e gatos Infestação devido à invasão de tecidos e órgãos por larvas de dípteros
Ancylostoma brasiliensis é o agente mais comum Miíase primária (furunculoide)
Lesões lineares, salientes, serpiginosas, eritematosas, pruriginosas Ocorre quando a larva de Dermatobia hominis penetra nos tecidos
Pode haver vesículas e bolhas por hipersensibilidade Lesão inicial é uma pápula que cresce e se torna furunculoide, eritematosa,
Pode ocorrer infecção secundária e eczematização dificultando o diagnóstico discretamente mais quente.
Locais mais afetados são os que entram em contato Há pequeno orifício central por onde drena continuamente secreção serosa
Tratamento é a retirada larva por compressão, abertura cirúrgica ou ocluindo o
Tratamento orifício impedindo a larva de respirar
Albendazol 400mg dose única, podendo repetir 48h após
Ivermectina Miíase secundária
Poucas lesões podem-se usar creme de tiabendazol 5% Moscas depositam ovos em ulcerações da pele, que eclodem e as larvas vão se
desenvolvendo no local
Tratamento retirada larvas
Miíase cavitária
Mosca deposita ovos em cavidades naturais (narina, ouvido, vagina)