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DERMATOLOGIA

PR1

V A N E S S A L U D W I G

CAMADAS DA PELE

ANAMNESE

 Quanto tempo tem a lesão? (EX: agudas – alergias , crônicas- PV)


 Qual a evolução? Piora? Melhora? Recorre? (EX: urticária)
 Como começou? (EX: medalhão mestre da P rósea)
 Tem lesão em outro local do corpo?
 O que afeta a lesão? (calor? stress? alimento?)
 Onde esteve recentemente? Viajou?
 Coça? (EX: escabiose)
 É dolorosa? (EX: Herpes zoster )
 Sintomas associados (EX: faringite - psoríase gutata, antibióticos - alergia)
 História lesões pregressas cutâneas (EX: atopia na infância)
 História Familiar ( psoríase, vitiligo, eczemas)
 História Clínica Pregressa (EXS: eflúvio telógeno pós parto, DM - cândida)
 Tratamento prévio ou atual (Tomou algum remédio como antibiótico, analgésico, corti-
coide? (Passou algum creme?)
 Profissão (exposição radiação, contatos)
 História social (situação casa – outros têm sintoma? anda triste, deprimido , estressa-
do?)
 Antecedentes Pessoais: DM, HAS, atopia ( eczema, asma, rinite), tumores cutâneos ou
dermatoses prévias, DSTs
 Medicações em uso
 Hábitos pessoais: Tabagismo, etilismo, exposição solar
 Antecedentes Familiares: Psoríase, melanoma, atopia, distúrbios genéticos
 ISDA: Questionar sintomas com base no quadro clinico (se colagenose, interrogar so-
bre artralgias...)
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DOR NÃO É UM SINTOMA COMUM EM DERMATOLOGIA

Efeitos da doença sobre o paciente

É câncer? É contagioso? Vou ser discriminado? Todo mundo fica olhando..

EXAME FÍSICO

De preferência examinar todo o paciente


Ambiente claro, luz natural
Lupa, dermatoscópio auxiliam
Apalpar as lesões
O toque e o exame detalhado tranquilizam o paciente

Vocabulário dermatológico

Lesões primárias (elementares):


Alteração da cor da pele : Máculas ou Manchas
MÁCULAS/MANCHA

COR

Lesões elementares sólidas : Pápulas, Nódulos, Placa , Urtica


PÁPULAS NÓDULOS PLACA URTICA

RELEVO

Lesões elementares de conteúdo líquido : Vesículas, Bolhas, Pústula


VESÍCULAS BOLHAS PÚSTULA

LÍQUIDO
DERMATOLOGIA
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MÁCULAS OU MANCHAS
Somente alteração de cor

Alteração:
COR MELANINA (Pigmentos melânicos)
VASOS SANGUÍNEOS

1) Manchas vasculares

Neoformação vasos -> Mancha ERITEMATOSA


Eritema: Enantema = é a hiperemia das mucosas (sarampo) Boca, linguá, palato, conjun-
tiva

Eritrodermia é o eritema generalizado ou de grandes áreas com descamação, evolução crô-


nica ou persistente (ex: Psoríase, Linfoma)

Exantema é o eritema generalizado de curta duração com ou sem descamação. Tipos:


Morbiliforme (áreas sãs de entremeio) e escarlatiniforme (praticamente sem áreas sãs)
(rubéola, sarampo, caxumba, farmacodermia) *infecções

Aplasia vascular -> falta de vasos (mancha branca) (nevo hipocrômico congênito)
Isquemia (vasoconstrição)
Hiperemia (maior afluxo sanguíneo)
Extravasamento de sangue na derme -> PÚRPURA (rompimento de vaso)
´
Quando pequena:
Petéquias—puntiformes ou lenticulares
Víbices - lineares
Equimoses – maiores do que 0,5cm

MÁCULA ERITEMATOSA MÁCULA MÁCULA

Sem relevo Sem relevo Sem relevo


Cor: eritematosa Cor: eritematosa Cor: roxa
Tamanho: pequenas Tamanho: grande Manobra digitopressão

* Puntiformes * Equimose * Púrpura


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MÁCULA ERITEMATOSA

HEMANGIOMA ESCARLATINA
CONGÊNITO

* Exantema

MANCHAS PIGMENTARES OU DISCRÔMICAS


Causada por pigmento

Por aumento de melanina -> Hiperpigmentar ou Hipercrômica

HIPERCRÔMICA/HIPERPIGMENTAR

MELANÓCITO MANCHA
SOLAR MONGÓLICA

LÍQUEN PLANO
EXTENSO
MELASMA (PRÉ-TIBIAL)

MÁCULA
NEVO ACASTANHADA
MELANOCÍTICO (LENTIGO
SOLAR)

Por diminuição de melanina -> Hipocrômica ou Acrômica (vitiligo)


HIPOCRÔMICA ACRÔMICA

HIPOMELANOSE VITILIGO
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MANCHAS POR OUTROS PIGMENTOS


HEMOSSIDERINA CAROTENOS CORPO ESTRANHO ÁCIDOS BILIARES
(Dermatite ocre) (pigmentação amare- (tattoo) (icterícia)
*insf venosa crônica lada palmo plantar)

LESÕES ELEMENTARES SÓLIDAS

PÁPULAS
 Elevações sólidas, circunscritas, palpáveis, superficiais, medindo até 1cm de diâmetro
 Podem ser dérmicas ou epidérmicas ou ambas
 Cor variada
PRURIGO
PÁPULA PÁPULA
HIPERPIGMENTADA ERITEMATOSA
CATAPORA LÍQUEN
VARICELA PLANO

PÁPULA ACASTANHADA

MOLUSCO CONTAGIOSO
NÓDULOS
 Elevações sólidas, localizadas derme e hipoderme de 1,0 a 3,0cm diâmetro.
 Maior de 3,0cm - nodosidade

CARCINOMA PÁPULA CISTO


BASOCELULAR EPIDÉRMICO

NÓDULO ERITEMATOSO

COM SUPERFÍCIE BRILHANTE


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NÓDULO COM CENTRO VERRUGOSO

 GOMA - nódulos ou nodosidade que tiveram liquefação central, amolecimento e ulce-


ração, liberando substância necrótica (ex: goma sifilítica, goma de TB)

GOMA NODOSIDADE

SÍFILIS LIPOMA

PLACA
 Lesão discretamente elevada, medindo mais do que 1,0cm.
 Formada pelo aumento de uma pápula ou pela coalescência de várias pápulas

PLACA
ERITEMO PSORÍASE
ESCAMATIVA

VEGETAÇÃO E VERRUCOSIDADE
Lesões sólidas, firmes ou não, salientes, cônicas, filiformes ou couve flor (condiloma acu-
minado), aspecto framboesa ou cogumelo , lisas ou ásperas (ex: TB, verrugas vulga-
res, leish, CEC)

Verruga é por VÍRUS


black dots - verruga VERRUGOSA

LESÕES DE URTICA
Pápulas edematosas, de forma variável, pruriginosas, fugazes (ex: urticária aguda)

Edema
Eritema URTICÁRIA
POR PRESSÃO URTICÁRIA
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LESÕES ELEMENTARES LÍQUIDAS

VESÍCULAS
 Elevações circunscritas da epiderme com conteúdo líquido e de até 0,5cm diâmetro
 Conteúdo pode ser claro (seroso), turvo ( purulento) ou hemorrágico

CONTEÚDO AMARELO, CONTEÚDO AMARELO, VESÍCULA


SEROSO PURULENTO HEMORRÁGICA

HERPES

BOLHAS
 Elevações circunscritas da pele com conteúdo líquido ( claro, turvo ou purulento ) maior
do que 0,5cm diâmetro

 Quanto à origem podem ser epidérmicas, sub córneas, intraepidérmicas, supra basal,
subepidérmicas ou acantolíticas

VESÍCULA
BOLHA DE CONTEÚDO SEROSO

EPIDERMÓLISE BOLHOSA
Geralmente
PÚSTULAS folicular

• Elevações circunscritas da epiderme com conteúdo primitivamente purulento


• Tamanho variado (puntiforme até 1,0cm)
ACNE
• Geralmente localização folicular e com eritema periférico
• Ao romper formam crostas melicéricas
(cor de mel—INFECÇÃO SECUNDÁRIA)

IMPETIGO
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LESÕES POR SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE


Perda da integridade

EROSÃO OU EXULCERAÇÃO
Atinge somente a epiderme

ULCERAÇÃO
Atinge até a derme
Evolução aguda

ÚLCERA
Atinge derme e/ou hipoderme, podendo atingir planos musculares e ossos
Evolução ‘’crônica’’

EROSÃO/ EXULCERAÇÃO ULCERAÇÃO ÚLCERA

NÓ PERFURANTE PLANTAR
FISSURAS OU RÁGADES
 Lesões lineares epiderme ou derme em áreas de pregas, dobras ou orifícios naturais

FISSURA NA
COMISSURA FISSURA ENTRE
LABIAL OS DEDOS

CERATOSE
Aumento da espessura da pele (maior número estratos camada da epiderme)
 pele fica mais grossa *
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LIQUENIFICAÇÃO
 Espessamento da pele com exagero do quadriculado normal, geralmente por trauma
continuado, como coçadura.
 Paciente tem prurido ou está traumatizando a lesão (coçando)
 Descamassão, microcrostras

PLACA
PLACA
EQUISEMA

DERMATITE
ATÓPICA

ESCLEROSE
 Pele de consistência mais firme, menos depressível, difícil pregueamento
 Pele mais endurecida

LESÃO ESCLERÓTICA
Se no exame físico, lesão dura: PLACA

PLACA ESCLERÓTICA

MÁCULA

ATROFIA
 Diminui a espessura da pele
*atrofia da pele induzida pela corticoterapia -> quando prolongada.

ESTRIAS
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QUANTO A FORMA DAS LESÕES

CIRCINADO OU ANULAR NUMULAR OU DISCOIDE


PLACA PLACA
ERITEMATOSA
CIRCINADA EQUISEMA
MODULAR
GRANULOMA
GRALUNAR

POLICÍCLICAS SERPIGINOSAS

Larva migrans

SERPIGINOSAS

QUANTO A DISPOSIÇÃO DAS LESÕES


ISOLADAS AGRUPADAS
VESÍCULAS
NÓDULO AGRUPADAS
ERITEMATOSO SEROSAS
ERITEMATOSAS
CARCINOMA
BASOCELULAR HERPES

GENERALIZADAS RADICULAR OU ZOSTERUFORME

VESÍCULAS
AGRUPADAS
(hemorrágica)

ERITRODERMIA *cobreiro
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CABELOS E PELOS
DISTRIBUIÇÃO
Normal, diminuída (hipotricose *POUCO PELO*), ausente (alopecia *SEM PELO*) e aumen-
tada (Hipertricose *MUITO PELO*)

HIPOTRICOSE HIPERTRICOSE ALOPÉCIA

ALTERAÇÃO DE COR

ADERÊNCIA
Normal ou retirados facilmente com pequenas trações , como por exemplo na T capitis ou
na Alopecia Areata)

ESPESSURA

UNHAS

QUANTIDADE Únicas Múltiplas (poliunguia) Ausentes (anoníquia)

CONSISTÊNCIA Normal Amolecidas (apaloníquia) Endurecidas (paquioníquia)

Distal (onicólise) Proximal (onicomadese)


ADERÊNCIA
Aderidas ao leito
Descoladas

Branca (leuconiquia) Escurecida (melanoníquia)


ALTERAÇÃO DE COR
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ALTERAÇÃO DE SUPERFÍCIE

SULCO LONGITUDINAIS LINHA LONGITUDINAL DEPRESSÃO

EXAMES ESPECIAIS E PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS


LENTES DE AUMENTO ( lupas )
Permitem analisar a morfologia da lesão com maiores detalhes

DERMATOSCOPIA
Exame através de lente com iluminação própria e aumento de 10 a 30x. Útil para
distinção de padrões crescimentos benignos e malignos em lesões pigmentadas

NEVO BENIGNO / MELANOMA CARCINOMA VASOCELULAR PIGMENTADO

BIÓPSIA DE PELE
Pode ser realizada com lâmina de bisturi ou com punch

As biópsias podem ser incisionais( remoção parcial da lesão) ou excisionais ( remoção total
da lesão).

Pode ser obtidos fragmentos de curetagem ( lesões ceratóticas)

Local da biópsia deve ser escolhido atentamente, não fazer superficial

Nevo suspeito: biópsia excisional (toda lesão)


DERMATOLOGIA
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EXAME MICOLÓGICO DIRETO


Realizado na suspeita de micoses, colhe-se o material por raspagem e colocado em uma
lâmina . Pingam-se duas gotas de KOH 10% ou 20% para dissolver a queratina.

EXAME DE CULTURA PARA FUNGOS


Consiste na semeadura do material colhido da lesão em meios de cultura apropriados ( ágar
Sabouraud ou Mycosel)

TESTES DE CONTATO ( PATCH TESTES)


Usados para diagnóstico de dermatite de contato alérgica

REAÇÕES INTRADÉRMICAS
Mitsuda –MH Montenegro—Leish Esporotriquina—Esporo PPD—TB

CITOFIAGNOSE DE TZANK
Colhe-se líquido de vesículas ou bolhas por punção, faz-se esfregaço em lâmina, cora . Utili-
zado para HSV, VZV , erupção variceliforme de Kaposi

VITROPRESSÃO OU DIGITOPRESSÃO
Realiza-se a compressão da mancha:

 Hiperêmicas --- mancha desparece


 Purpúricas --- mancha não desaparece (há extravazamento
de sangue)
 Pigmentares --- não há modificação, pois não decorrem de fenô-
menos circulatórios
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CASOS DISCUTIDOS EM SALA

NÓDULO ERITEMATOSO NÓDULO VIOLÁCEO VESÍCULAS


ISOLADO PEDUNCULADO HEMORRÁGICAS
centro crostoso/ descamativo Crosta sem cor de mel
Exame: biópsia incisional

MÁCULA HIPERCRÔMICA HIPOTRICOSE LIQUENIFICAÇÃO


(Ceratose) (era uma placa alopecia) Quadriculado aumentado da
*micose do couro cabeludo pele

MÁCULAS ÚLCERA PÁPULA


HIPERPIGMENTADAS Exame: Doppler Biópsia excisional
(nevos) *CVC Tratamento: cirurgia Lesão negra: necrose ou alta
Biópsia excisional concentração de pigmento
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CASOS DISCUTIDOS EM SALA

MÁCULA HIPERCRÔMICA VESÍCULAS NÓDULO VEGETATIVO


*micose / Tinea migrans AGLOMERADAS *crosta necrótica
*herpes

PLACA ERITEMATO VESÍCULAS MÁCULA HIPOCRÔMICA


DESCAMATIVA *fotodermatite *micose / Zylire
Tratar: pomada/ biópsia in-
cisional

PÁPULA HIPERCRÕMICA
*mastocitose
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LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS

MÁCULA
Mancha
Alteração:
COR MELANINA (Pigmentos melânicos)
VASOS SANGUÍNEOS
MELANINA VASOS SANGÍNEOS
Hiperpigmentares/Hipercrômicas • Neoformação de vasos (eritema)
Hipopigmentares /Hipocrômicas • Aplasia vascular (hipocromia)
Acrômicas • Modificações circulatórias
Isquêmica - fenômeno de Raynaud
Hiperêmicas - eritema -> eritrodermia ou exantemas—
púrpura / cianose.

Alteração:
RELEVO
PÁPULA
Até 1cm de diâmetro

PLACA
Mais que 1cm de diâmetro

URTICA
Edema da derme

NÓDULOS
1 a 3cm de diâmetro / > 3cm: nodosidade/goma (liquefação)

VERRUCOSIDADE

Alteração:
LÍQUIDO

VESÍCULAS
Até 0,5cm de diâmetro
* Líquido claro (seroso), turvo (purulento), hemorrágico

BOLHA
Maior que 0,5cm de diâmetro

PÚSTULA
Ate 1cm de diâmetro
* crostas melicéricas / folicular (acne, foliculite)
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LESÕES ELEMENTARES SECUNDÁRIAS

Por SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE

EROSÃO/EXULCERAÇÃO
Atinge a epiderme

ULCERAÇÃO
Atinge a derme
* agudo

ULCERA
Atinge derme/hipoderme, planos musculares e ossos
* crônico (plantar)

FISSURA
Lesões lineares
Áreas de pregas (lábios, entre dedos)

CERATOSE
Aumenta a espessura da pele
* pé

LIQUENIFICAÇÃO
Placa quadriculada

ESCLEROSE
Pele mais endurecida
Lesão esclerótica

ATROFIA
Diminui a espessura da pele
* estrias
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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Xerose/Pele seca (redução do tamanho das glândulas sudoríparas e diminuição da ativi-


dade das glândulas sebáceas

Pálida (anemia)

Amarelada

Prurido (devido aos níveis elevados de fosfato e desenvolvimento de cristais de fosfato


no hiperparatireoidismo) * prurido devido a xerose cutânea tto: hidratação

PÚRPURA POR UNHAS HIPERPIGMENTAÇÃO


XEROSE AFINAMENTO DA PELE (MEIO-A-MEIO) ÁREAS FOTOEXPOSTAS

CALCINOSE CUTÂNEA

Por elevação dos níveis de cálcio ou fosfato

Calcificação das paredes dos vasos sanguí-


neos cutâneos

DERMATOSES PERFURANTES

5 a 10% dos pacientes com IRC


Pode ocorrer no DM também
Pápulas hiperceratóticas com tampão cen-
tral de queratina (eritemato violáceas)
DERMATOLOGIA
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DIABETES MELLITUS
Causam infecções na pele

Intertrigo = causada por Cândida em áreas de ‘’dobras’’ que suam


mais. *Lesões satélites (satelitoses)/ *imunossupressão DM.

Cândida / Intertrigo

TTO: anti-fúngico + métodos não farmacológicos

Máculas acastanhadas que na maioria encontram-se na axila

Eritrasma (causado pela bactéria Corynebacterium minutissimum)

TTO: antibiótico tópico

Máculas assintomáticas, atróficas, marrom, pré tibiais.


Histologicamente microangiopatia.
Podem ocorrer em associação com bolhas – bullosis dia-
beticorum)

Dermatopatia diabética

Infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profun-


dos associados a anormalidades neurológicas e vários
graus de doença arterial periférica nos mmii
* por pressão / trauma / cuidado com Tinea interdigital
-> causa fissura -> entrada de miroorganismos * tto:
proteger de trauma, manter hidratação

Pé diabético

Pode ocorrer no DM em associação à resistência insulíni-


ca e obesidade
Sd HAIR- AN (hiperandrogenismo, resistência
insulina e acantose nigricante/ Hipertricose
Mais raramente associada a CA (adenocarcinomas gástrico –maioria ou linfomas)
Máculas hierceratóticas, hiperpigmentadas, aspecto aveludado e verrucoso , assintomáti-
cas
Acantose nigricante
TTO: ácido retinoide, controle da diabete, controle osmótico.
DERMATOLOGIA
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Placas amareladas, bem definidas, consistência cerosa e telangiec-


tasia superficial, acomete MMII, causa desconhecida, provavelmen-
te por microangiopatia diabética

NECROBIOSE LIPOÍDICA

Placas circinadas com borda elevada


Conduta expectante ou corticóide tópico ou intra-usual
Doença inflamatória não descamatiba

GRANULOMA ANULAR

DISFUNÇÃO DA TIREÓIDE

Fáscies mixedematosa: pele pálida e amarelada, ausência geral de ex-


pressão facial, rosto arredondado, edema palpebral e periorbitário, nariz e
lábios grossos, pele seca e fria, espessada, cabelos secos.
Queda cabelo, madarose (queda do super cílio)
Unhas fracas, quebradiças
Prurido

HIPOTIREOIDISMO

Pele quente, úmida, eritema palmar, rubor facial


Unhas frágeis
Prurido
Cabelos finos, perda de cabelo

HIPERTIREOIDISMO

Exclusivo da DG, acomete cerca de 5 a 10% das pacientes

Espessamento da pele por acúmulo de glicosaminoglicanos

MIXEDEMA PRÉ-TIBIAL DO HIPERTIREOIDISMO


DERMATOLOGIA
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SÍNDROME DE CUSHING

Redistribuição gordura cutânea (‘’giba’’, pernas finas, acúmulo de gor-


dura na cintura pélvica)
Cara de lua cheia, pletórica
Acne (glicocorticóides -> ativam glândulas sebáceas na face), Hipertri-
cose
Atrofia cutânea: estrias, equimoses, dificuldade de cicatrização

EFEITO COLATERAL
DE CORTICOTERAPIA
1°: ACNE
HIPERCORTISOLISMO A LONGO PRAZO:
ATROFIA CUTÂNEA

DEFICIÊNCIA DE ZINCO

TRÍADE: Dermatite orificial e acral (pontas dos dedos), alopecia e diarréia em associação
com deficiência de zinco

ACRODERMATITE ENTEROPÁTICA

Diagnóstico Crostas
diferencial: melicéricas =
dermatite infecção
por fralda secundária
DERMATOLOGIA
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DERMATITE HERPERTIFORME

Condição pruriginosa com vesículas agrupadas em certas áreas do corpo.


Está associada à enteropatia sensível ao glúten e depósitos de IgA na pele.
Na grande maioria ocorre nos joelhos e cotovelos.
Vesículas rotas, crostículas, com prurido

HIPERLIPIDEMIA (XANTOMATOSE)

Deposição de lipídios na pele e em outros locais


Lesões amareladas

XANTELASMA XANTELASMA XANTOMAS ERUPTIVOS


TTO: cirúrgico (melhor (tendão)
escolha) ou através de

NEUROFIBROMATOSE

Variedade de síndrome neurocutânea associada a máculos café-com-leite (seis ou mais),


sardas axilares e perineais, nódulos de Lisch, neurofibromas, entre outras anormalidades.

Diagnóstico: 6 ou mais Efélides axilar


manchas café com leite (sarda axilar)
+ sardas axilares e
perineais
NEUROFIBROMAS
 Evolução da neurofibromatose
DERMATOLOGIA
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DERMATOSES PARANEOPLÁSICAS
Marcador de tumor

PRURIDO GENERALIZADO ICTIOSE ADQUIRIDA


(especialmente no linfoma de Hodgkin) (especialmente linfoma)

TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL MIGRATÓRIA ERITRODERMIA


(especialmente tumor de pâncreas) (dermatite esfoliativa)

ERITEMA MULTIFORME ERITEMA NODOSO


(especialmente linfoma)

PIODERMA GANGRENOSO SINAL DE LESER-TRÉLAT


(aumento da queratose seborréica)
DERMATOLOGIA
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Doença de Paget na mama (CA de mama)


(Placa de equisema na aoréola e mamilo) Carcinoma intra ductal

ACANTOSE NIGRICANTE MALIGNA SÍNDROME DE BAZEX

EPIDERMÓLISE BOLHOSA ADQUIRIDA PENFIGOIDE BOLHOSO

ERITEMA ANULAR CENTRÍFUGO ERYTEMA GYRATUM REPENS

ERITEMA MIGRATÓRIO NECROLÍTICO PÚRPURA


DERMATOLOGIA
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FARMACODERMIA EQUISANTEMA
VIRAL

FARMACODERMIA
PSORÍASE
ERITRODÉRMICA

É um quadro particular das reações adversas às drogas (RAD) e pode ser entendida como
qualquer efeito indesejável na estrutura ou função da pele, anexos cutâneos ou mucosas.
É a forma mais comum de RAD

*SÃO consideradas por serem grandes IMITADORES DE DOENÇAS, portanto se houver


história positivo de uso de medicamentos, sempre pensar como hipótese diagnóstica*

Podem determinar diferentes padrões clínicos:


DERMATOLOGIA
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V A N E S S A L U D W I G

Mais comuns:
• Exantema (morbiliforme ou maculopapular) 90% dos casos
• Erupção liquenoide
• Eritrodermia (mais do que 90% sub corpórea)
• Urticaria/angioedema
• Anafilaxia
• Vasculite cutânea de pequenos vasos

Menos comuns:
• Sd Stevens-Johnson (SSJ)
• Necrólise epidérmica tóxica (NET)
• Sd hipersensibilidade (DRESS- reação a droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos)
• Pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA)
• Erupção fixa a droga
• Eritema multiforme
• Reações de fotossensibilidade
• Erupções bolhosas
• Lupus induzido

O ALÉRGICO segue a classificação de Gell-Coombs, é INDEPENDENTE DA DOSE e aco-


mete apenas os indivíduos SUSCEPTÍVEIS.
TIPO I—IMEDIATA (anafilática) TIPO II– CITOTÓXICA
Degranulação de mastócitos por IgE circu- Anticorpos citotóxicos -> lesão direta celular
lante -> histamina
Urticária, angioedema, anafilaxia Exemplos: Penfigoide bolhoso fármaco induzi-
Exemplo clássico: Penicilina do e plaquetopenia por drogas

TIPO III– IMUNOCOMPLEXOS TIPO IV—HIPERSENSIBILIDADE TARDIA


Formação de complexo Ag-Ac Mediada por imunidade celular ->
Linfócitos T
Exemplos: Doenças auto-imunes, vasculi-
tes fármacas induzidas e doença do soro Exemplos: Síndrome Steven Jhonsons,
Necrólise epidérmica tóxica (NET)

O NÃO ALÉRGICO é o mais comum, é DOSE DEPENDENTE e pode afetar QUALQUER


PESSOA. Fatores associados:
Super dosagem Teratogênese
Fatores individuais (por exemplo: alterações da função hepática e renal alteram a meta-
bolização e excreção dos medicamentos
Efeitos colaterais já conhecidos do medicamento
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

ANAMENSE
Fundamental na farmacodermia, pois não há um modo facilmente disponível de testar
possíveis reações a medicamentos

O teste definitivo seria dar ao paciente novamente a droga para observar se o efeito cola-
teral foi reproduzível, mas isso é perigoso, pois pode resultar em anafilaxia ou eritroder-
mia incontrolável. *NUNCA se faz isso. *testar a medicação*

Diagnóstico se faz por exclusão e pela história do paciente.


BIÓPSIA DE
PELE
EXANTEMAS
Eritema tóxico é o quadro mais comum

Erupção generalizada, eritematosa, maculosa (sem relevo) ou maculopapulosa (quanto


tem ’’relevo) (morbiliforme)

 Pode surgir após 1 a 2 semanas após a interrupção da droga (há pelo menos 1 mês)
 Praticamente qualquer droga pode deflagar
 Nem sempre reaparece com a reexposição ao remédio, mas se houver, pode levar a
quadros mais graves

Causas mais comuns são:


Antibióticos (derivados da penicilina—amoxacilina e ampicilina e sulfonamidas)
Barbitúricos (fenobarbital)
AINE
Amitriptilina

Pode haver: Prurido, Febre, Linfadenopatia transitória


Diagnóstico diferencial: Exantemas viral

HSPT de grande valia na diferenciação:


Drogas = Dermatite interface vascular, linfócitos junção dermoepid, inflamação linfocitária
perivascular e eosinofilia tecidual
Viral = Pequenos focos de hemorragia e ausência de eosinofilia

Importante excluir pela história e dados clínicos


exantemas infecciosos como sarampo e rubéola

Conduta e tratamento:
) Suspender a droga
) Tranquilizar o paciente
) Sintomáticos (loções calmantes para a pele, anti-histamínicos, corticóide (CE) se ne-
cessário)
) Orientar o paciente a andar com ‘’alerta médico’’
DERMATOLOGIA
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V A N E S S A L U D W I G

EXANTEMA VIRAL FARMACODERMIA FARMACODERMIA

URTICÁRIA

Erupção caracterizada pelo súbito aparecimento de urticas, que são pápulas edematosas,
de duração efêmera e extremamente pruriginosas.

A urtica é produzida por liberação de histamina de mastócitos, localizados em torno de va-


sos da derme.
80% medicamento
20% outras causas: alimentos, causas sistêmicas, distúrbios emocionais

Crônica: mais que 6 semanas de história


Aguda: menos que 6 semanas (maioria por droga -> mecanismos imunes, geralmente
através de reações dos tipos I e III, quer por atuação direta no mastócito.)

As drogas mais comuns causadoras são AINE, as penicilinas, sulfas, cefalosporinas, amo-
xacilina , analgésicos, contraste

Existem drogas que liberam histamina diretamente dos mastócitos, dentre elas a principal
é a aspirina, capaz de exacerbar 20 a 40% das urticárias crônicas

As lesões podem ocorrer em qualquer local do corpo

As lesões individuais de urticária persistem somente por algumas horas, surgindo , em


outras áreas, novos elementos (caráter fugaz)

O quadro pode ter caráter agudo, desaparecendo após alguns dias, ou tornar-se crônico.
Quando ultrapassar 6 sem é considerada crônica
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

GRAVIDADE:
Há uma forma especial, denominada EDEMA ANGIONEURÓTICO ou ANGIOEDEMA,
no qual os fenômenos histopatológicos ocorrem na derme profunda e subcutâneo. Resul-
ta edema agudo, intenso e localizado, que atinge extremidades, pálpebras, lábios, língua e
laringe, dificultando a respiração e constituindo risco de vida pela asfixia por obstru-
ção mecânica (CHOQUE ANAFILÁTICO)

Conduta e tratamento:
1. Descoberta e afastamento do agente causal
2. Anti-histamínicos e corticóide sistêmico
3. Evitar aspirina e AINE, tranquilizantes, laxativos e alguns alimentos (frutos do mar, to-
mate, chocolate, morango) maioria = carne de porco e tomate—libera histamina
4. Evitar exercícios físicos, banhos quentes e tensões emocionais (vasodilatação –
aumenta coceira—tensão emocional)
5. Nos casos com risco de vida (edema de laringe e glote, broncoespasmo é indicada e
pinefrina (ADRENALINA)

DERMOGRAFISMO
URTICA UTICÁRIA POR URTICA
PRESSÃO

EDEMA DE PARTES MOLES (OLHO E BOCA)

TTO: entra com corticóide


DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

ERITEMA POLIMORFO

• 10 a 20% por drogas, maioria dos casos é HERPES VÍRUS


• Polimorfismo de lesão (máculas, pápulas, vesículas, bolhas)
• Lesão em alvo
• Retirar droga, anti histamínicos, corticóide

Lesões em alvo
(na região palmar)

*Farmacodermia
*Lesão de herpes
*Sífilis

ERITEMA PIGMENTAR FIXO

É a ocorrência de um edema eritemato-amarronzado que reaparece sempre no mesmo


local cada vez que uma droga em particular é ingerida

A lesão é redonda ou oval, com limites nítidos. O eritema esmaece gradualmente, surgin-
do cor acastanhada por pigmentação melânica

Mias raramente pode haver lesões bolhosas

Locais mais comuns: Palmas das mãos, planta dos pés e mucosas

As drogas mais comuns são: Analgésicos, tetraciclinas, ACO, barbitúricos, sulfas e fenolf-
taleína (laxantes)

Não há necessidade de tratamento, somente orientação ao paciente.

Mácula acastanhada
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

FOTODERMATOSES POR DROGAS (tiazídicos e peroxican)

Diagnóstico diferencial: Dermatite de contato em região foto-


exposta / Erupção polimorfa a luz

* lesões cobertas por roupa ou não

ERITRODERMIAS

Disseminação de quadro maculopapular

AAS, sulfassalazina, tetra, gentamicina, cetoprofeno, sulfas, captropil, anticonvulsivante,


alopurinol, entre outras

1 a 4 semanas após suspensão de droga -> prurido e eritema difuso maior que 90% da
superfície corporal e linfadenopatia -> descamação

Diagnóstico diferencial: Psoríase, linfomas, dermatite seborreica

Síndrome do homem vermelho -> vancomicina

Eritema
Descamação

Conduta e tratamento:
) Suspender a droga
) Tranquilizar o paciente
) Sintomáticos (loções calmantes para a pele, anti-histamínicos, corticóide (CE) se ne-
cessário)
) Orientar o paciente a andar com ‘’alerta médico’’

SÍNDROME DE STEVEN-JOHNSON

É uma forma grave e eventualmente fatal de reação induzida por medicamentos e resul-
ta em uma erupção bolhosa, flácida e grave da pele e membranas mucosas, levando a
um processo tóxico agudo, acompanhado de hipersensibilidade cutânea, resultando em
descolamento da pele
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

As drogas mais relacionadas ao quadro são: sulfas, anticonvulsivantes (difenil- hidantoí-


na, carbamazepina, barbitúricos), AINE e eventualmente os antibióticos

Intervalo de 4 a 28 dias início droga e surgimento sintomas

Infecções virais e bacterianas são de menor possibilidade de desencadearem o quadro

Histologicamente as alterações são epidérmicas (necrose dos queratinócitos, degene-


ração hidrópica da camada basal e clivagem sub ou intraepidérmica)

A síndrome é sempre precedida por febre, dor de garganta, cefaléia, mialgia, artralgia,
tosse, queimação nos olhos que podem durar até 2 semanas. Os olhos, nariz e genitália
podem ser envolvidos antes da pele

A área mais acometida é a boca, com lesões nos lábios, língua e mucosa oral

Na pele máculas eritematosas mal definidas que evoluem para bolhas flácidas que des-
camam a pele, deixando superfície eritematosa, exsudativa, erosada, muito semelhan-
te a uma queimadura

A condição é um distúrbio multissistêmico que pode envolver articulações, traqueia,


brônquios, TGI, rins

O envolvimento ocular pode levar a escaras da córnea e cegueira

Tratamento:
1. Internar sempre
2. O tratamento é o de um paciente queimado grave
3. Manutenção equlíbrio hidro-eletrolítico
4. Não administrar medicamentos previamente usados pelo enfermo
5. Restringir uso medicamentos
6. Equipe multidisciplinar
7. CE somente nas primeiras 48h do início do quadro, após esse período não há benefí-
cio
8. Suspender qualquer droga não essencial à vida

Lesões nos lábios, Máculas eritematosas mal definidas, Acometimento de mucosas


DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (NET)

Considerado espectro mais grave da Síndrome Stevens-Johnson

Alguns autores consideram que a Sd Stevens-Johnson tem até 10% e a NET mais do que
30% de descolamento da pele

Quadro mais toxêmico, mortalidade mais alta, geralmente por septicemia ou CIVD
(coagulação intravascular disseminada)

Uso da imunoglobulina EV e CE não se mostraram benefício sobre a mortalidade quando


camparadas com as medidas de suporte

Causa mais comum: óbito por sepse e falência de múltiplos órgãos


DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

DRESS

Forma completa:
Exantema grave
Febre
Linfadenopatia
Envolvimento de outros órgãos
Hepatite
Alterações hematológicas (eosinofilia e linfocitose atípica)

 Mortalidade 10 a 20%

 Agentes antiepilépticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital), sulfas, halopurinol

 2 a 6 semanas após início droga

 Eo 30% e quando acentuada maior envolvimento órgãos internos


 (pulmão, coração, rins...)

 Mais comum: acometimento hepático (hepatoespleno, hepatite, insuficiência hepática)

Tratamento:
Suspensão das drogas
Corticóide sistêmico (1-2mg/kg/dia)
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

PEGA

Início fase ou áreas intertriginosas

Ampi, amoxaciclina, quinolonas, hidroxicloroquina, sulfa, terbinafina

1 a 3 semanas após o início da droga

Prurido—eritema—pústulas
Edema de face, púrpura MMII
Febre, leucocitose, 1/3 eo

Resolve com suspensão da droga e com descamação puntiforme

Diferencial: Psoríase pustulosa e DRESS


DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Doença inflamatória, crônica e recorrente da pele, articulações e unhas, de natureza


multifatorial, imunologicamente mediada.

Em geral caracteriza-se por placas eritematosas (eritemo descamativas), bem definidas,


simétricas e com escamas espessas prateadas, embora existam muitas variantes morfoló-
gicas.

Descrita originalmente por Hipócrates com os termos PSORA (coçar) e lepra. Em 1816
mostrar ser uma única doença que foi chamada de PSORÍASE

Epidemiologia:
• Atinge ambos os sexos, picos na infância e terça/quarta década de vida
• Ocorrência universal, no brasil incidência de 1%
• Causa desconhecida
• Predisposição geneticamente determinada
• 30% história familiar de psoríase
• Concordância em gêmeos monozigóticos 65-70% -> fatores ambientais contribuem na
etiologia

Associação com HLA classe I (B13,B17,B37 e Cw6) e classe II (DR7)


O principal gene associado se encontra no cromossomo 6p21 (PSOTS I)
HLA B27 -> Psoríase artropática do tipo espondilite anquilosante ou sacro-ileíte
A psoríase é condição mediada por células T de memória ativadas
Aumento de expressão de IL2 e ITFgama (padrão Th1) e TNFalfa

Classicamente as doenças relacionadas com psoríase são:


• Artrite psoriática
• Doença de Chron
• Uveíte
• Distúrbios psiquiátricos e psicossociais

Atualmente a Sd Metabólica, como um todo, e seus componentes isolados tem sido asso-
ciada à psoríase
** Sd Metabólica: obesidade, dislipidemia, HAS, resistência à insulina
Em 2007 Gelfand et al foram os primeiros estudiosos a considerar a psoríase como fator
independente a agravamento de risco cardiovascular

Portanto o tratamento adequado da psoríase pode reduzir o risco de incidência dessas co-
morbidades
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

• Pacientes com psoríase têm maior chance de mortalidade cardiovascular


• A ligação entre psoríase e suas comorbidades é o estado de inflamação crônica co-
mum a estas patologias

FATORES DESENCADEANTES OU EXACERBANTES

TRAUMA CUTÂNEO
Físicos, químicos, elétricos, cirúrgicos, inflamações

**Fenômeno de Koebner (ou isomorfismo) -> o trauma reproduz a doença em área não
comprometida

INFECÇÕES
A infecção estreptocócica desencadeia o padrão de psoríase gutata

HIV aumenta a chance 3x mais de ter psoríase (e mais grave e de difícil tratamento)

MEDICAMENTOS E DROGAS
Álcool, tabagismo, lítio (sempre), beta bloqueadores (alguns), anti-maláricos
(eventualmente), AINE

**CE sistêmico -> introdução e interrupção abrupta, pode desencadear Psoríase Pustu-
losa Generalizada. (NÃO DAR CORTICÓIDE SISTÊMICO A PACIENTES COM PSORÍASE ->
EFEITO REBOTE GRAVE)

HIPOCALCEMIA

ESTRESSE EMOCIONAL

VARIAÇÃO CLIMÁTICA (inverno piora, verão melhora)

PSORÍASE VULGAR (EM PLACAS)


Forma mais comum (até 90% dos pacientes)

Placas eritemato-escamosas (escamas secas, brancas ou prateadas, aderentes e estratifi-


cadas), bem delimitadas, tamanhos variados, afetando geralmente de forma simétrica a
face de extensão membros, couro cabeludo e região sacra

Com menor frequência pode atingir as dobras flexurais -> psoríase invertida, quando a
descamação se torna menos evidente pelo suor e maceração local. Diagnóstico difícil

Frequentemente acomete as unhas. Eventualmente atinge semimucosas genitais e lábios.

Evolução crônica períodos de exacerbação e acalmia


DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Lesão elementar: Placa eritemato descamativa.


Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica (limitada) / couro cabeludo

Lesão elementar: Placa eritematosa


Diagnóstico diferencial: intertrigo/ Exame: biópsia

PSORÍASE EM GOTAS (GUTATA)


Mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens
Aparecimento súbito
Pápulas eritemato-descamativas de poucos milímetros de diâmetro, geralmente no tronco
e raiz dos membros
56 a 86% é precedida por infecção estreptocócica das vias aéreas superiores
Costuma resolver espontaneamente em 2 a 3 meses, ocasionalmente pode evoluir para
psoríase em placas
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

PSORÍASE ERITRODÉRMICA

Eritema intenso, universal, descamação discreta


Por evolução natural da doença, por tratamentos intempestivos (administração de CE sis-
têmico) ou por AIDS
Vasodilatação generalizada -> perda de calor -> hipovolemia
Função barreira alterada -> bacteremia, septicemia (susceptível a infecções)
Grande perda de água transepidérmica -> diminuição débito cardíaco e choque hipovolê-
mico
• Internar sempre (vasodilatação importante -> hipovolemia / choque hipovolêmico /
suscetibilidade a infecções)

PSORÍASE PUSTULOSA
Forma generalizada (Von Zumbusch)
• Lesões eritemato-escamosas e pustulosas generalizadas. As pústulas se confluem for-
mando "lagos de pus"
• As causas são: interrupção de CE sistêmico em paciente com psoríase vulgar, hipocal-
cemia, infecções ou irritantes locais
• Há comprometimento do EG com febre e leucocitose
• O quadro dura poucas semanas, retornando ao quadro anterior ou se tornando eritro-
dérmica
Forma localizada
• Psoríase pustular em placas ou anular
• Acrodermatite contínua de Hallopeau (pústulas nos quirodáctilos)
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

• Pustulose palmo-plantar (pústulas etéreis + eritema + descamação bilaterais e simé-


tricas palmo-plantares) + comum

PÚSTULAS COM BASE ERITEMATOSA COM PUSTULOSE PALMO-PLANTAR


CERTO GRAU DE DESCAMASSÃO, QUE SE * pústulas são estéreis.
UNEM E FORMAM ‘’LAGO DE PUS’’

PSORÍASE PALMO PLANTAR


Placas com nítida delimitação e simetria com intensa hiperqueratose com ou sem fissuras,
poupando o cavo plantar
Diagnóstico: comprometimento ungueal, lesões em outras regiões, biópsia.

Diagnóstico diferencial: Poupa o cavo plantar


Dermatite de contato

* borda definida = eritema


importante + hiperceratose

PSORÍASE UNGUEAL
50-80% dos casos
Pode preceder por anos as lesões cutâneas
Depressões cupuliformes (unha em dedal) é a grande característica; estrias transversais
hiperqueratose subungueal, manchas salmão (óleo)
Diagnóstico diferencial: onicomicose (muitas vezes podem coexistir). Exame: Micológico
direto. Histopatológico de unha.
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Estrias longitudinais e transversais


(sulco longitudinal (fisiológico)
sulco transversal (patológico)
DEPRESSÃO CUPULIFORME MANCHA SALMÃO
+ ONICÓLISE

PSORÍASE NA CRIANÇA

 Antecedente familiar frequente


 Pode apresentar características atípicas
 Placas eritematosas, ligeiramente descamativas, localizadas somente em uma área,
como periorbitária ou genital
 Seboríase couro cabeludo
 Acometimento folicular
Diagnóstico diferencial: dermatite de contato

Diagnóstico:
Eminentemente clínico
**Curetagem metódica de Brocq:
Sinal da vela: estratificação das escamas
Sinal de Auspitz ‘’orvalho sangrante’’: após retirada das escamas
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Halo ou anel de Wotonoff

Halo hipocrômico que circula a área de psoríase (placa)

Histopatológico

Microabscesso de Munro Pústula espongiforme de Kogoj


(psoríase pustulosa)
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

TRATAMENTO
Depende da forma clínica, gravidade, extensão, condições clínicas e
socioeconômicas do paciente.

Levar em conta o que a psoríase representa no comprometimento da qualidade de vida do


doente.

Alguns estudos apresentam maior risco de suicídio, depressão e consumo de álcool nos
pacientes psoriáticos do que na população geral.

*** impacto muito significativo nas relações sociais, autoimagem e autoestima.

* * Taquifilaxia – perda da eficácia com o uso contínuo da medicação, precisando de


preparados cada vez mais potentes para controle do quadro
* * Estimular tomar sol. Sol (11 às 14 horas) * maior raios UV.
* Sempre incluir hidratantes com ação queratolítica (ureia, ác salicílico) * ajudam na
descamação. - turn over (diferenciação rápida não se sustenta -> descamação)

TRATAMENTO TÓPICO
Corticóides tópicos:
• Ação anti-inflamatória, antiproliferativa, imunossupressora, vasoconstritora e
antipruriginosa.
• Casos leves, usar como monoterapia
• Atenção aos EC do uso a longo prazo (atrofia)

Coaltar 2-5%
Pouco cosmético, odor desagradável, mancha roupa

Método de Goerckeman
Coaltar + UVB

Antralina

Calcipotriol
Análago da Vitamina D3, bom para rodiziar com CE tópico para diminuir EC
Pode causar irritação e fotossensibilidade

Imunomodulador tópico
Usado em áreas de maior risco de atrofia

FOTOTERAPIA
Esquemas semanais

Sem resposta após 20 sessões ou intolerância ou CI -> Metrotrexato ou Acitretina ->


Sem resposta ou intolerância ou CI -> Imunobiológicos ou Ciclosporina
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

TRATAMENTO SISTÊMICO

Fototerapia
UVB -> ação antiproliferativa, anti-inflamatória, imunossupressora, CI-fotossensibilidade
ou doenças agravadas pela UVB

PUVA-8-MOP + UVA -> droga fotoativa, EC imediato (náusea e queimadura), a longo pra-
zo fotoenvelhecimento, CA pele, Catarata.

Metotrexato
Inibe enzima dihidrofolato redutase e antagonista do ácido fólico
**Altamente eficaz na artrite psoriática

Dose semanal (VO ou SC ou IM)


Contra-indicação -> gestação, cirrose, infecção ativa, hepatite ativa, insuficiência hepática
Risco de leucopenia
Antídoto à superdosagem é o ácido folínico
Ácido fólico diário diminui efeitos adversos (hematológicos, hepáticos e gastrointestinais)
Pode levar a pneumonite aguda, fibrose pulmonar, altera espermatogênese, reativação de
TB, abortivo, teratogênico.

Acitretina
Derivado da Vitamina A (retinol), age sobre crescimento e diferenciação epidérmica
Boa associação com fototerapia
Contra-indicação -> gravidez (até 2 anos após termino), alterações hepáticas ou renais,
dislipidemia.

Ciclosporina
Inibe linf CD4 ativados (impede liberação de IL2)
Fazer cursos breves e intermitentes 3 a 4 minutos (não da efeito rebote)
EC-> nefrotoxicidade, HAS, náuseas, maior risco de CAs, Hipertricose
Monitorizar creatinina

Imunobiológicos
São moléculas de natureza proteica, semelhantes a proteínas animais ou humanas, susce-
tíveis a digestão, por isso dadas por via parenteral.

São proteínas recombinantes, criadas por engenharia genéticam que podem ser: anticor-
pos monoclonais, proteínas de fusão ou citocinas humanas recombinantes.

Eles atuam bloqueando ou estimulando uma ou mais vias da resposta imunológica.

**Pode ocorrer reativação de infecções crônicas ou latentes (TB, hepatite), agravamento


de infecções agudas. Não usar na gravidez ou lactação. Alguns aumentam a chance de
neoplasias.
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Eczema -> Ekzein -> Ebulição (ferve)

São dermatites caracterizadas pela presença de:


ERITEMA EDEMA
INFILTRAÇÃO VESICULAÇÃO
SECREÇÃO CROSTAS
ESCAMAS LIQUENIFICAÇÃO

As lesões são acompanhadas de PRURIDO.

Classificação:

AGUDO SUBAGUDO CRÔNICO


Predomínio de eritema, edema, Eritema e edema menores, Liquenificação
vesiculação e secreção secreção com formação de
crostas (secam)

DERMATITE DE CONTATO (DC)


Dermatose causada por substâncias do meio ambiente que entram
em contato com a pele (origem exógena)

Tipos:
DC por irritante primário: mais comum;
Depende da concentração e tempo de exposição; a substância irritante leva a um dano da
barreira de proteção; não precisa de sensibilização prévia;
Sabões, solventes, ácidos, plantar, limpadores industriais, pesticidas são os agentes mais
comuns.

DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA (DCA)


Participação do sistema imune, Ag/Ac induzido pelas células T efetoras;
Ocorre em duas etapas: Sensibilização prévia e indução do quadro por reexposição

FOTOTOXICIDADE
Não necessita de sensibilização prévia (ex: fitofotodermatite por limão)

FOTOALERGIA
Requer sensibilização prévia (ex: por AINE)
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Diagnóstico:

História clínica: ** Atentar atividade ocupacional, hobbies, outras atividades ocupacio-


nais, contato com químicos.

Quadro clínico: o local da lesão pode dar a dica dos agentes desencadeantes

HSPT/Biópsia: Só confirma que é eczema (quadros são semelhantes em toda erupção


eczematosa), espongiose. Só confirma a natureza da doença, não o causador.

Patch test (teste de contato) só tem valor na DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA,


pois precisa de sensibilização prévia.

Tratamento:
Descobrir o desencadeante e evitar o contato

Sintomáticos:
Corticóides tópicos ou sistêmicos
Tacrolimus ou Pimecrolimus (evitar atrofia dos CE)

Casos mais graves: fototerapia, metotrexato, ciclosporina.

Eritema/ Crostas/ Eritema/ Crostas/


Prurido Prurido
* eczema suba- * hábitos...
gudo

Eritema/ Crostas/ Eritema/ Crostas/


Prurido Prurido/ Edema

* níquel..

Relógio, pulseira, Liquenificação.


perfume, luva de Prurido
borracha. Presença
de vesículas *eczema crônico
* eczema agudo
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Liquenificação *eczema
subagudo

* maquiagem.. Dermatite no
* colírios dorso da mão.
Luva?

Fotodermatite

Dermatite foto
alérgica

ECZEMA ou DERMATITE NUMULAR


Numular vem do latim nummus que significa moeda

É um eczema de causa desconhecida, provavelmente multifatorial, onde há frequente-


mente infecção bacteriana.

Afeta mais jovens (espectro da dermatite atópica?) e nos mais velhos (xerose)

Tende a piora no inverno com a pele seca.

As lesões são bem definidas, redondas, superfície seca, áspera, eritematosa e com desca-
mação fina. Se houver infecção secundária há secreção e formação de crostas melicéricas.

Pessoas que expõe ao sol pode haver hipopigmentação temporária.

Os locais mais acometidos são membros e dorso das mãos.

Tratamento: Hidratantes, CE tópicos alta potência, Anti-histamínicos, se houver infecção


ATB tópico ou sistêmico.
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Eritema, edema, crosta, fis- Eritema, descamação, Pele xerótica, craquela-


sura, prurido. Regular. prurido, forma de moeda. da.. Forma de moeda.

ECZEMA DISIDRÓTICO OU DISIDROSE


Quadro de lesões vesiculosas em palmas e plantas, de caráter recidivante

Antes atribuídos somente a retenção sudoral (pacientes com hiperhidrose são mais susce-
tíveis , atualmente considerado como reação eczematosa peculiar aos seguintes fatores:

Infecção fúngica e mícides


Idesreações, em que há ausência de gundos, e que são devidas à absorção de Ags fúngi-
cos.
Reação à distância: fungos -> pés (unilateral) , disidrose -> mãos. (bilateral)

Infecções bacterianas

Endotantes
Antibioticos, ingestão de níquel (batata, mandioca) em indivíduos sensibilizados

Contatantes
Por contato a substâncias (irritação primária ou sensibilização)

Atopia

Fatores emocionais (causa muito comum)

Quadro clínico:
Vesiculas de surgimento súbito, pruriginosas, palmas, plantas e face lateral dos dedos,
simétricas, podem coalescer formando bolhas e por infecção secundária o conteúdo torna-
se purulento.

Tratamento: Tentar achar algum fator desencadeante, Tranquilizar paciente (explicar que
o estresse é fator causal), Se não houver prurido: orientar, auto-limitada.
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Sintomáticos:
CE tópico de alta potência ciclos curtos - orientar riscos do uso crônico, já que a doença
é recorrente.

Se necessário: CE sistêmico, Anti-histamínico, Antibióticos (infecção)

Disidrose
VESÍCULAS Dermatite de contato
Tinea pedis

Exame: micológico direto

*Achar desencadeante.

ECZEMA OU DERMATITE DE ESTASE


Causado pela estase venosa (varizes) nos membros inferiores

Obesidade agrava

Sinais prodrômicos são o edema e a dermatite ocre (por pigmentação hemossiderótica)

Inicia-se no terço inferior da perna

Quadro eczematoso, eritematoso e vésico-secretante na fase aguda e liquenificação


crõnica

Pode ter infecção bacteriana associada (celulite) que pode evoluir para erisipela

Podem ocorrer ulcerações

Pode ter associação com contatos (pomadas, antibióticos tópicos)

Tratamento: Tratar estase (repouso, elevação das pernas, acompanhamento vascular)


CE tópico ou sistêmico fase aguda
Emolientes fase crônica, meias elásticas.
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Eczema unilateral, com Dermatite ocre Celulite?


prurido..
Antibiótico*** profilático
Repouso, pernas elevadas,
CE tópico, orientações..

CE não pode ser usado dentro da ulcera -> impede cicatrização.. Deve-se ser feito ao
redor da úlcera + tratamento.

DERMATITE ATÓPICA
Caracterizada pelo curso crônico, com períodos de crise e acalmia; os surtos do eczema
manifestando-se isolada ou simultaneamente ou intercalando-se com as crises de asma
ou rinite

A presença de outras desordens atópicas associadas como asma ou rinite é vista em cer-
ca de 80% dos casos.

O atópico deve ser compreendido como um indivíduos cujo limiar de


reatividade é anômalo, motivo pelo qual reage anormalmente a
inúmeros estímulos contatantes, ingestantes, inalantes ou injetantes.

Etiologia não complemente conhecida. Fatores que participam na patogênese da derma-


tite atópica são:

FATOR GENÉTICO
Quando ambos os pais são atópicos, 79% dos filhos desenvolvem atopia; quando apenas
um dos pais é atópico, cai para 58%
Modo de herança permanece obscuro.

ALTERAÇÕES METABÓLICAS

FENÔMENOS PSICOFISIOLÓGICOS
Papel dos neurotransmissores, neurohormônios,
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Cada vez mais estudos associando imunidade X psiquismo.

Sampaio: ‘’Da mesma forma, há tendência admitir-se, em base de pura impressão clíni-
ca, um perfil de personalidade atópica envolvendo labilidade emocional, inteligência su-
perior à média, hiperatividade e agressividade reprimida"

** Prurido – limiar nos atópicos é mais baixo, e os estímulos prurigênicos , nos ató-
picos, produzem prurido mais intenso e duradouro. Causa?
** Sudorese se acompanha prurido. Causa?
** XEROSE CUTÂNEA - alterações de sudorese e alterações do manto lipídico
cutâneo (quebra de barreira) *PRINCIPAL
** Vasculo-reatividade cutânea anômala

FATORES IMUNOLÓGICOS
Imunidade humoral -> níveis IgE altos (quando associada a alergias respiratórias, relaci-
ona-se com gravidade da doença)

Imunidade celular -> ativação de células T (produção principalmente de IL-4); degranu-


lação contínua de mastócitos e basófilos (liberação de histamina, IL-4); depressão de
imunidade celular (maior susceptibilidade a infecções cutâneas); neutrófilos com menor
ação fagocitária.

Quadro clínico:
PRURIDO
MORFOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO TÍPICA DAS LESÕES
DERMATITE CRÕNICA, RECIDIVANTE
HISTÓRIA PESSOA OU FAMILIA DE ATOPIA.

FASES
Infantil (0-2 anos)
Lesões principalmente na face e superfície extensora dos membros. Predominam as do
tipo eczema agudo, com vesículas, secreção, eritema e comumente infecção secundária.
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

PRÉ-PUBERAL (2 a 12 anos)
As lesões tendem a localizar-se nas dobras flexoras, principalmente poplítea e cubital.
Nessa fase, as lesões são mais secas, com eritema e descamação de caráter subagudo.

ADULTA (a partir dos 12 anos)


As lesões ocorrem em qualquer lugar, mas ainda frquente área flexora. São crônicas,
tendendo à liquenificação. Podem ter suro de agudização.

Diagnóstico: É eminentemente clínico, sendo que não existe um sinal ou sintoma úncio
característico da dermatose. A história pessoal e familiar de atopia, as lesões caracterís-
ticas de acordo com a localização e a presença de prurido são os pilares do diagnóstico.

Lesão eczematosa por atopia. Crostas / dermatite seborreica


Dermatite de contato
DERMATOLOGIA
PR1

V A N E S S A L U D W I G

Tratamento:

Cuidados gerais
• Banhos rápidos, evitar sabões
• Hidratar logo após o banho (até 3 minutos)
• Roupas leves, de algodão
• Temperatura ambiente estável (evitar sudorese)
• Orientar ambiente com relação aeroalergênicos
• Unhas curtas
• Observar aspecto emocional

Detectar fatores desencadeantes


• Agentes infecciosos podem colonizar até 90% pele do atópico (S aureus), funcionam
como superantígenos
• Alérgenos alimentares
• Aeroalergênicos (ácaro: poeira doméstica)

Tratamento tópico
• Hidratação
• CE tópicos
• Antibiótios tópicos sn
• Tacrolimo, Pimecrolimo

Tratamento sistêmico
• Anti-histamínicos
• Antibióticoterapia sistêmica
• CE com cautela

Doença refratária grave


• Fototerapia
• Ciclosporina
• Metotrexato
• Azatioprina
LESÃO ELEMENTAR
COR:
• MÁCULA/MANCHA
Melanina: Hipercrômica (melasma/nevo/mancha mongólica), Hipocrômica (hipomelanose), Acrômica (vitiligo)
Vasos Sanguíneos: Neoformação (Eritema – hiperemia de mucosas) Eritrodermia (generalizado e crônico). Exantema (curta duração) *infecções/ viral*
Aplasia (mancha branca) Isquemia (vasocontrição); Hiperemia; Extravasamento (Púrpura) * rompimento de vaso* Manobra de DGTP
RELEVO:
• PÁPULAS (Até 1cm) *cor variada (hiperpigmentada (catapora, varicela), acastanhada (Molusco contagioso), eritematosa (Líquen plano)).
• NÓDULOS (1 a 3cm) *Maior que 3cm: nodosidade: lipoma / Goma: Sífilis *liquefação central
• PLACA (> 1cm) (Conjunto de pápulas/ Psoríase)
• URTICA (Pápulas edematosas/ Urticária)
EXAMES
• VERRUCOSIDADE (Lesão couve-flor*/ Condiloma acuminado) Verruga: Vírus
LÍQUIDO: Dermatoscopia (nevo benigno ou
• VESÍCULAS (até 0,5cm) Herpes. maligno)/ Lentes de aumento/ Biópsia de
• BOLHAS (> 0,5cm) pele (punch ou bisturi) Incisional (parcial)
• PÚSTULAS (até 1cm) PUS (folicular/acne) Crostas melicéricas (Infecção 2°) tto: ATB Excisional (total) *nevo suspeito
Continuidade Micológico direto / Cultura para fungos
• EROSÃO/EXULCERAÇÃO (epiderme) Testes de contato/Patch Testes
• ULCERAÇÃO (derme/Agudo) (dermatite de contato alérgica)
• ÚLCERA (todos os planos/Crônico)
• FISSURAS (lábio, entre dedos) DGTP (Manobra de DigitoPressão)
• CERATOSE (aumento da espessura da pele) * pé Compressão da mancha
• LIQUENIFICAÇÃO (aumento do quadriculado/ Placa) Dermatite atópica/Eczema *Prurido Hiperêmicas: desaparece
• ESCLEROSE (pele dura / Dermatite de ocre) Purpúrica: não desaparece
• ATROFIA (diminui a espessura) *prolongadas por uso de CE / Estrias Pigmentar: não muda
Forma
• ANULAR/CIRCINADO (Placa)
• NUMULAR/DISCOIDE (Placa – forma de moeda)
• POLICÍCLIAS
• SERPIGINOSAS (larva migrans)
Disposição
• ISOLADAS (nódulo)
• AGRUPADAS (herpes)
• GENERALIZADAS (eritrodermia)
• RADICULAR OU ZOSTERIFORME (vesículas agrupadas)
Unhas ADERÊNCIA: Distal: onicólise/ Proximal: onicomadese COR: Branca: leuconiquia/ Escurecida: melanoníquia CONSISTÊNCIA: amolecida: apaloníquia/ dura: paquioníquia
SUPERFÍCIE (transversal: patológico longitudinal: fisiológico) QUANTIDADE únicas, múltiplas poliunguia ausente anoníquia Cabelos/Pelos Hipotricose, Hipertricose, alopecia)
MANIFESTAÇÕES DE DOENÇAS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Pele ressecada (Xerose), amarelada com prurido.
*Calcinose cutânea (Ca/Fosfato elevado) placas exulceradas
*Dermatoses perfurantes - pápulas hiperceratóticas
DIABETES MELLITUS
*Intertrigo (Cândida) *dobras Tto: antifúngico + ñ farma.
*Eritrasma (máculas acastanhadas) *axila Tto: ATB tópico
*Dermatopatia diabética (maculas assinto)
*Pé diabético (tto: proteção + hidratação)
*Acantose Nigricante (maculas hiperceratóticas) *associada a CA gástrico e lifoma. Tto: ácido retinoide, controle da DM e osmótico.
TIREOIDE
Fascies Mixedematosa (Hipotireoidismo) *pele fria e seca / gordo)
Hipertireoidismo *pele quente e úmida / magro) *mixedema pré-tibial do hipertireoidismo (acúmulo de glicosaminoglicanos)
CORTISOL
Doença de Cushing: gordura cutânea (pelve), pernas finas, cara de lua cheia, pletórica, acne, Hipertricose, atrofia cutânea (estrias, equimoses, dificuldade de cicatrização)
Hipercostisolismo**
ZINCO
Dermatite orificial e acral, Alopecia, Diarreia/ crostas melicéricas
DD: dermatite por fralda
DERMATITE HERPERTIFORME
Vesículas com condição pruriginosa maioria: joelho e cotovelo
Depósitos de IgA na pele
LIPÍDIOS
Lesões amareladas.
XANTELASMA (tto: cirúrgico/ cauterização -> manchas brancas residuais)
*pálpebra, tendão, eruptivos
NEUROFIBROMATOSE
6/> manchas café-com-leite
Efélides/Sarda axilar e perineais
MARCADOR DE TUMOR
Prurido generalizado (Linfoma Hodgkin) Ictiose (linfoma) Acantose nigricante maligna Eritema anular centrífugo
Sinal de Leser-Trélat (queratose seborreica) Eritrodermia Epidermólise bolhosa adquirida Penfigoide Bolhoso
Tromboflebite (Ca pâncreas) Eritema nodoso (linfoma) Púrpura Síndrome de Bazex
Paget (Ca de mama) placa de eczema Pioderma gangrenoso Eritema migratório necrolítico
FARMACODERMIA
Reação adversas a medicamentos (+ comuns: Antibióticos, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e analgésicos)
Mais comuns: exantema (90%), erupção liquenoide, eritrodermia, urticaria, anafilaxia, vasculite. Menos comuns: SSJ, NET, DRES, PEGA
ALÉRGICO (independe da dose) indivíduos susceptíveis (IgE (penicilina) Citotóxicos (plaquetopenia) Ag-Ac (vasculites) Linfócitos T (NET, SSJ)
NÃO ALÉRGICO (depende da dose) qualquer individuo
Superdosagem, teratogênese, efeitos colaterais, fatores individuais (renal/hep)
***ANAMNESE / Biopsia de pele
EXANTEMAS
Eritema generalizado de curta duração (com ou sem descamação) *DD: viral + comum: antibiótico, AINE, amitriptilina e anticonvulsivante (fenobarbital)
TTO: suspender a droga, tranquilizar o paciente, sintomáticos (loção calmante, anti-histamínico, CE se necessário, orientar paciente a andar com ‘’alerta médico’’
URTICÁRIA
Pápulas edematosas. Libera histamina. Mais que 6 semanas: crônica. AAS*** complicação: choque anafilático/ ANGIOEDEMA **URGÊNCIA - broncoespasmo
TTO: suspender a droga, sintomáticos (anti-histamínicos e CE sistêmico, evitar AAS e AINE, tranquilizantes, laxativos e alguns alimentos (frutos do mar, tomate), evitar exercícios
físicos, banhos quentes e tensões emocionais. No caso de risco de vida (edema de laringe e glote = Epinefrina/adrenalina) *edema de partes moles: TTO CE
ERITERMA POLIMORFO
Maioria dos casos é por herpes vírus/ lesões em alvo: região palmar Polimorfismo de lesão: macula, pápula, vesícula, bolha
TTO: retirar a droga, anti-histamínicos e CE
ERITEMA PIGMENTAR FIXO
Edema arredondado amarronzado que reaparece sempre no mesmo local ao ingerir a droga causadora Locais mais comuns: palmar e plantar e mucosas
drogas + comuns: analgésicos, ACO, anticonvulsivante, sulfas, tetraciclinas e laxantes TTO: somente orientação para o paciente
FOTODERMATOSES POR DROGAS
Tiazidicos e peroxican (AINE) DD: dermatite de contato em região foto-exposta
ERITRODERMIA
Drogas + comuns: AAS, sulfas, tetra, gentamicina, cetoprofeno, captopril, anticonvulsivante, alopurinol (1 a 4 semanas após suspensão da droga) Prurido e eritema difuso
DD: psoríase, linfoma, dermatite seborreica. Síndrome do homem vermelho: Vancomicina
TTO: suspender a droga, tranquilizar o paciente, sintomáticos (loção calmante, anti-histamínico, CE se necessário, orientar paciente a andar com ‘’alerta médico’’
SÍNDROME DE STEVEN-JOHNSON (SSJ)
Grave, fatal, erupção bolhosa, hipersensibilidade cutânea (Pele(máculas eritematosas) e membranas mucosas (BOCA + acometida), resulta em descolamento da pele (10%)
Drogas + comuns: sulfas, anticonvulsivantes, AINE, antibióticos / TTO: Internar sempre, = paciente queimado, manutenção hidro-eletrolítico, NÃO administrar medicações
usadas pelo enfermo, restringir medicamentos, equipe muldisciplinar, CE somente nas primeiras 48h, SUSPENSER QUALQUER DORGA NÃO ESSENCIAL A VIDA
NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (NET)
+ grave/ 30% de descolamento da pele/ morte por Sepse ou CIVD/ falência de múltiplos órgãos
DRESS
Exantema grave, febre, linfadenopatia, envolvimento de outros órgãos (+ comum: HEPÁTICO) rim, coração, pulmão, hepatite, alterações hematológicas
TTO: suspender a droga, CE sistêmico (1-2mg/kg/dia)
PEGA
+ comuns: ampi, amoxi, quinolonas, hidroxicloroquina, sulfa, terbinafina (1 a 3 semanas do inicio da droga) DD: psoríase pustulosa, DRESS
Prurido, eritema, pústulas (edema de face, purpura MMII, febre, leucocitose) TTO: suspensão da droga / descamação puntiforme
PSORÍASE

Inflamatória, crônica e recorrente (pele, articulação e unha)


Placas eritematosas descamativas simétricas, escamas prateadas
Picos na infância e 30-40 anos. HF+ (30%)
Associada com a ** Síndrome metabólica: obesidade, dislipidemia, HAS, resistência insulínica
Fatores desencadeantes: Trauma, Infecções (estreptocócica: psoríase gutata) (HIV 3x +), Medicamentos/Drogas (álcool, tabagismo, AINE, lítio, bb alguns). CE sistêmico: efeito
rebote grave (não utilizar)
Hipocalcemia, estresse, variação climática (inverno piora)
PSORÍASE VULGAR (em placas) + comum (90%)
Membros, couro cabeludo, região sacra *unhas
Menor frequência: dobras flexurais (psoríase invertida)
PSORIASE EM GOTAS (GUTATA)
+ comum em jovens (crianças, adolescentes)
Infecção estreptocócica das IVAS/ resolve espontaneamente de 2-3 meses/ pode evoluir para psoríase vulgar
PSORIASE ERITRODÉRMICA
Descamação discreta. CE sistêmico/AIDS
*Internar sempre (vasodilatação importante -> perde calor -> hipovolemia -> susceptível a infecções)
PSORIASE PUSTULOSA
Forma generalizada (pausa em CE sistêmico por psoríase vulgar, infecções, irritantes locais. Dura semanas -> pode voltar eritrodermica
Forma localizada: psoriase pustular em placas ou anular
Pustulose palmo-plantar (+ comum) pústulas estéreis + eritema + descamação (simétricas) *LAGO DE PUS*
PSORIASE PALMO PLANTAR
Placas com intensa Hiperceratose com ou sem fissuras, poupando o cavo plantar
Diagnóstico: comprometimento ungueal, lesão em outras regiões, biopsia DD: dermatite de contato
PSORIASE UNGUEAL
50-60% dos casos. Unha em dedal, estrias transversais, hiperqueratose ungueal, manchas salmão
DD: onicomicose (podem coexistir) exame: micológico direto/histopatológico de unha
PSORIASE NA CRIANÇA
HF +. Acometimento folicular, podem ser localizados somente em uma área (periorbitária, genital, couro cabeludo) DD: dermatite de contato
Diagnóstico clínico *curetagem de Brocq (sinal da vela -escamas) (sinal de auspitz sangra-> retirar escamas) halo/anel de Wotonoff (área/círculo em volta da placa de psoriase)
TRATAMENTO: DEPENDE.... levar em conta o que representa para o doente...
Taquifilaxia/Estimular sol (11 as 14 horas +UV)/SEMPRE incluir hidratantes com ação queratolítica (ureia, ac. Salicílico) ajudam na descamação
TÓPICO: CE (EC atrofia) Coaltar (mancha roupa), Antralina, Método de Goerckeman (UV+ COALTAR),Calcipotriol (irritação/fotossensível) Imunomodulador(usar em áreas de risco
de atrofia)
FOTOTERAPIA: sem resposta após 20 sessões ou intolerância ou CI (metrotrexato/acitretina) sem resposta ou intolerância ou CI (imunobiológicos/ciclosporina)
SISTÊMICO: fototerapia, metotrexato (artrite psoriatica), Acitretina (derivado de vit A), ciclosporina (EC: nefrotoxicidade), Imunobiológicos
ECZEMA
Dermatite caracterizada pela presença de: Eritema, infiltração, secreção, escamas, edema, vesiculação, crostas, liquenificação + PRURIDO
AGUDO (eritema, edema, vesícula e secreção)
SUBAGUDO (eritema e edema menores, secreção com formação de crosta (secam)
CRONICO (liquenificação)
DERMATITE DE CONTATO
Causada por substâncias do meio ambiente que entram em contato com a pele
*IRRITANTE (exposição a sabão, solvente, acido, limpadores industriais, pesticidas) *ALÉRGICA (sensibilização + reexposição) **D:*Patch test (teste de contato)
*FOTOTOXICIDADE sem sensibilização previa (limão) *FOTOALERGIA com sensibilização previa (aine)
Diagnóstico: Clínico (atividade ocupacional) + Físico. Bióspia (natureza da doença)
TTO: evitar contato, sintomáticos (CE) Tacrolimus/ + grave: fototerapia, metotrexato, ciclosporina
ECZEMA OU DERMATITE NUMULAR
Causa desconhecida (multifatorial? Frequente infecção bacteriana -> crostas melicéricas) + jovens
Piora no inverno + pele seca (xerose) + acometidos: membros e dorsos das mãos
TTO: hidratantes, CR tópico de alta potência, anti-histamínicos, se houver infecção ATB tópico ou sistêmico
ECZEMA DISIDRÓTICA OU DISIDROSE
Lesões vesículosas em palmas e plantas, de caráter recidivante *torna-se pulurento
Hiperhidrose (retenção sudoral) + infecção fúngica e micides/ bacterianas endotantes (níquel) contatantes (por contato a subastancias) atopia/ fatores emocionais (muito comum)
TTO: evitar contato, tranquilizar paciente (estresse causador), se não houver prurido: orientar/ auto-limitada. Sintomáticos (CE tópico alta potencia ciclo curto (doença recorrente),
se necessário CE sistêmico, anti-histamínico, antibiótico. Exame: micológico direto (achar desencadeante)
ECZEMA OU DERMATITE DE ESTASE
Causado pela estase venosa nos membros inferiores (inicio terço inferior da perna) *obesidade agrava *Edema, Dermatite de ocre (pigmentação)
Pode ter infecção secundária (celulite) pode evoluir para erisipela/ pode ocorrer ulcerações (ce nas bordas) / pode ser associada a contato (pomada, antibiótico tópico)
TTO: tratar estase (repouso, elevação das pernas, acompanhamento vascular) CE tópico ou sistêmico na fase aguda, emolientes na fase crônica. *meias elasticas
DERMATITE ATÓPICA
Curso crônico, com períodos de crise e acalmia. *Crise de asma e rinite PRURIDO/SUDORESE/XEROSE CUTÂNEA/VASCULO-REATIVIDADE
Fatores que participam da patogênese: Genético: ambos os pais (70%) apenas 1 (58%); Alterações metabólicas; Fenômenos psicofisiológicos; Imunologicos (humoral IgE ->
gravidade da doença/ celular-> célula T (IL-4 libera histamina -> =+ susceptível a infecções cutâneas)
Quadro clínico: Prurido, morfologia e distribuição típica das lesões (característica e localização), dermatite crônica, recidivante, história pessoal ou familiar de atopia.
FASES: *INFANTIL (0-2anos) face e membros (eczema agudo) *PRÉ-PUBERAL (2 a 12 anos) dobras flexoras (poplítea e cubital) (eczema subagudo) *ADULTA (a partir dos 12 anos)
qualquer lugar, frequente em áreas flexoras (eczema crônico)
Diagnóstico: Clínico. Pilares: prurido, HF+, lesões características
TTO: Cuidados gerais (banho rápido, evitar sabão/ hidratar até 3min pós banho/roupas leves de algodão/temperatura estável (evitar sudorese)/unhas curtas/observar aspecto
emocional/orientar ambiente com relação aertoalergenicos;
Detectar fatores desencadeantes (infecciosos, alérgenos alimentares, aeroalergênicos (poeira);
Tratamento tópico: hidratação, CE, ATB, Tacrolimo;
Tratamento sistêmico: anti-histaminicos, ATB, CE com cautela
Doença refrataria grave: fototerapia, ciclosporina, metotrexato, azatioprina
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

NEVOS MELANOCÍTICOS
São proliferações benignas dos melanócitos que se originam da crista neural
no início da vida fetal

A maioria se desenvolve gradualmente na infância, mais rapidamente na adolescência,


atinge o auge na terceira década e então tende a desaparecer após 40 anos.

A densidade dos nevos é proporcional à exposição solar e aos fototipos baixos

NEVOS MELANOCÍTICOS CONGÊNITOS

NEVOS MELANOCÍTICOS JUNCIONAIS

NEVOS MELANOCÍTICOS COMPOSTOS


DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

NEVOS INTRADÉRMICOS

NEVOS AZUL

NEVOS SPILUS

NEVO HALO

NEVOS HIPOCRÔMICOS
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

NEVOS ATÍPICOS (Displásicos)

ABCDE do melanoma
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

LENTIGO MALIGNO
Pode ser considerado um melanoma in situ

 Em geral em áreas fotoexpostas—idosos


 Causado pela luz solar osbre os melanócitos epidérmicos
 Evolução mais favorável por ser de origem epidérmica do que outras formas de mela-
noma (origem células névicas

Melanose solar -> proliferação melanócitos atípicos na epiderme -> lentigo maligno -> cé-
lulas invadem a derme -> lentigo maligno melanoma

TTO: cirurgia (avaliação adequada do HSPT)

LENTIGO MALIGNO

LENTIGO MALIGNO MELANOMA

MELANOMA
Fatores de risco:
 Exposição solar crônica, queimaduras solares (principalmente na infância)
 Fototipos I e II
 Múltiplos nevos melanocíticos atípicos ou displásicos
 Antecedente pessoal de melanoma
 Antecedente familiar de melanoma (10% + chance)
 Mutações genéticas (genes CDKN2A, CDK4, MC1R, BRAF)

MELANOMA EXTENSIVO SUPERFICIAL


É o mais comum (70%)

Tronco dos homens e pernas das mulheres (+ comum), pode surgir de um nevo (30-40%)
ou iniciar de novo, melhor prognóstico porque está na fase horizontal de crescimento,
mais comum 30 a 60 anos
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

MELANOMA NODULAR
2° mais comum

Prognóstico ruim (pode ter só crescimento vertical)


5% pode ser amelanótico

MELANOMA LENTIIGNOSO ACRAL


Forma de melanoma mais frequente em negros e asiáticos (35-60%)

Raro nos indivíduso de pele branca (2-8%)


Ocorre nas regiões palmares, plantares e falanges terminais (peri ou subungueal)
Grande poder metastático

MELANOMA MUCOSAS
Diagnóstico pode ser tardio com má prognóstico
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

DIAGNÓSTICO:
Dermatoscopia para confirmar suspeita
Biópsia EXCISIONAL com margem mínima é o ideal
Biópsia incisional se a lesão for muito extensa, na face, palmoplantar ou subungueal

NEVO BENIGNO

O HSPT deve conter:


 Espessura/Profundidade do tumor, dada em milímetros (índice de Breslow)
 Nível de invasão de Clark
 Presença ou ausência de ulcerações
 Margens
 Subtipo histológico
 Índice mitótico
 Fase de crescimento (radial versus vertical)
 Regressão
 Resposta inflamatória linfocitária
 Neurotropismo

Tratamento:
 Cirúrgico (margem de segurança determinada pelo Breslow principalmente)
 Pesquisa linfonodo sentinela: Breslow maior que 0,76mm; ou menor que 0,76mm; ou
menor que 0,76mm mas com ulceração, índice mitótico diferente de zero, regressão
significativa ou Clark IV
 Linfadenectomia se linfonodo sentinela positivo
 Quimioterapia, imunoterapia, genética, terapêutica adjuvante
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Segundo dados do INCA a estimativa é que no triênio 2020-2022 haja 625 mil casos de
CA. O câncer de pele não melanoma será o mais frequente;

177 mil cânceres de pele não melanoma/ 66 mil cânceres de mama e próstata /
41 mil cânceres de cólon e reto / 33 mil cânceres de pulmão

Melanoma estimativa = 8450 casos e 1978 óbitos

*** dezembro laranja = campanha do câncer de pele

Problema decorrente dos ditames da moda, da facilidade de acesso ao sol, da diminuição


da camada de ozônio e da longevidade crescente da população.

A propensão ao dano solar depende de:


 Tipo de pele do paciente (fototipo baixo)
 Exposição cumulativa à luz ultravioleta
 Intensidade da exposição
 Exposição solar na infância

Efeitos da radiação solar sobre a pele

FOTOTIPOS
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

REAÇÕES IMEDIATAS

REAÇÕES TARDIAS

*melanose solar

EFÉLIDES

*sardas

ATROFIA CUTÂNEA

POIQUILODERMIA DE CIVATTE

LEUCODERMIA GUTATA
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

FOTOENVELHECIMENTO
Elastose solar

Causa: radiação solar

Características:
• Rugas profundas
• Aparência áspera e rugosa
• Pigmentação irregular
• Aparecimento de manchas
• Telangiectasias
• Queratoses seborreicas
• Lesões malignas e pré-malignas

DERMATOSES PRÉ-CANCEROSAS

Queratose actínica (solar)


Lesão pré-maligna da epiderme que ocorre nas áreas fotoexpostas cronicamente

Maior frequência acima dos 45 anos e fototipos I e II

Originam-se nas camadas espinhosas da pele e evoluem para o CEC em 5-20% dos casos.
Dos CECs estabelecidos, 82@ originam-se das queratoses actínicas.

• pápulas eritematosas, superfície áspera, ás vezes mais espessas e cornificadas, bordas


mal definidas, tamanhos variados. A pele ao redor tem fotodano.

CORNO CUTÂNEO

*queratose solar onde há exagerada produção de


camada córnea
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Tratamento:
 FOTOPROTEÇÃO
 Crioterapia (nitrogênio líquido)
 ATA (ácido tricloroacético 30-70%)
 Curetagem com eletrocoagulação
 5-fluoruracila tópico (efurix creme) * bom para tratar campo de cancerização. É um
agente citostático
 Imiquimode (imunomodulador)

QUELITE ACTÍNICA
Afeta predominantemente o lábio inferior

Risco alto para transformar em CEC (com risco maior de metástase)

Tratamento:
 Crioterapia (nitrogênio líquido)
 ATA (ácido tricloroacético 30-70%)
 Cirurgia

**Biópsia quase sempre

DOENÇA DE BOWEN
É um CEC in situ (intraepidérmico)

Lesão eritemato-escamo-crostosa, com áreas exulceradas; quando se retiram corstas,


surge superfície granulosa e secretante

Ocorre em qualquer local do corpo e geralmente é lesão única


Se não tratado torna-se invasivo e pode causar metástases
Quando não em local fotoexposto pode estar relacionado à ação carcinogênica do arsênico

Tratamento:
 Cirurgia
 Curetagem com eletrocoagulação
 Crioterapia (nitrogênio líquido)
 5-fluoruracila tópico (efurix creme)
 Imiquimode (imunomodulador)

ERITROPLASIA DE QUERAYRAT
É um CEC in situ na mucosa, que pode se tornar invasivo
(e mais agressivo do que o Bowen)

Pode acometer glande, prepúcio, mucosa genital feminina e mucosa oral


DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Fatores associados:
Falta higiene
Infecções crônicas em mucosa genital e a não circuncisão

Tratamento:
 Cirurgia
 5-fluoruracila tópico (efurix creme) *menor agressivos e com boa resolutividade
 Imiquimode (imunomodulador)

PAPULOSE BOWENOIDE
Apresenta comportamento benigno, apesar do histopatológico ser CEC in situ.
2,6% podem evoluir para CEC

Induzida pelo HPV (sorotipo 16)


Pode haver regressão espontânea, portanto tratamentos não mutilantes

DOENÇA DE PAGET
Placa eczematosa, pruriginosa, infiltrada na aréola mamária

Presença das células de Paget no histopatológico

Tratamento: Semelhante ao indicado para CA de mama (grande maioria acompanha ade-


nocarcinoma ductal)
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

TUMORES EPITELIAIS MALIGNOS

CARCINOMA BASOCELULAR
É o tumor maligno mais comum da pele (65% do total)

Histopatologicamente o tumor é composto de ilhas de células basais, as quais se originam


da camada basal da epiderme e das estruturas anexiais (unidade pilosebácea, portante
não se encontra CBC nos lábios e região palmo-plantar)

Mais comum na cabeça (principalmente 2/3 sup da face) e pescoço

Raramente metastatiza, mas é localmente invasivo e destrutivo, podendo invadir planos


profundos

Tipos de CBC:

NODULAR
Tipo mais comum (50-80%)

Se apresenta de início como uma pápula ou nódulo translúcido, de superfície lisa, brilhan-
te, com bordas peroladas (perláceas), bem delimitada, com finas telangiectasis

Evolui com lento crescimento e erosão central, que dá a forma nódulo ulcerada

PIGMENTADO
Variante do CBC nodular, com áreas hipercrômicas
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

SUPERFICIAL
Placa eritematosa, descamativa, bem delimitada com bordas irregulares

ESCLERODERMIFORME
Mais agressivo, placa marfim ou perolada, limites imprecisos, consistência rígida e
endurecida

Diagnóstico:
 Clínico
 Dermatoscópico
 HSPT

Tratamento:
Depende do tipo do tumor, localização, se é recidivante, condições clínicas do paciente,
custos, resultados cosméticos da cicatriz
 Cirurgia
 5-fluoruracila tópico (efurix creme) *tumores superficiais
 Imiquimode (imunomodulador)
 Criocirurgia
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

CARCINOMA ESPINOCELULAR
Tumor maligno, constituído por proliferação atípica de células espinhosas,
de caráter invasor, podendo dar metástases

Pode ocorrer em pele normal, mas frequentemente tem origem na queratose solar, leuco-
plasia, radiodermite crônica, queratose arsenical, xeroderma pigmentoso, úlceras crônicas
e cicatrizes de queimadura

Fatores de risco:
 Fototipos I e II
 Exposição solar crônica
 Câmera de bronzeamento
 Radiodermite crônica
 Úlceras crônicas (úlcera de marjolin)
 Genodermatoses (xeroderma pigmentoso)
 Imunossuprimidos, transplantados (associações com HPV)

As localizações mais comuns são lábio inferior, orelhas, face, dorso das mãos, mucosa bu-
cal e genitália externa

Inicialmente área queratótica infiltrada ou nódulo. A lesão aumenta gradualmente e ulce-


ra. Pode tornar-se vegetante ou córnea

No lábio inferior ocorre em áreas que queilite (fumo, dentes defeituosos)

Metástases podem ocorrer após meses ou anos, mais frequentes em tumores de mucosas,
dorso das mãos e cicatrizes

Tratamento:
Cirurgia convencional ou micrográfica (Mohs)
Criocirurgia
Radioterapia
Quimioterapia
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

QUERATOACANTOMA
Tumor benigno que cresce rapidamente, simulando um CEC, que regride
espontaneamente em cerca de 4 meses

Ideal é que a lesão seja removida, já que há risco de um CEC ser mascarado como um
queratoacantoma

CARCINOMA BASOCELULAR CARCINOMA ESPINOCELULAR


DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

HERPESVÍRUS
Família Herpesviridae

Compreendem 3 subfamílias:
 Alphaherpesvirinae (com dois gêneros—Simplexvírus e Varicellovírus)
HSV-1 (infecção não genital)
HSV-2 (infecção genital)
VZV (varicela e herpes zoster)

 Betaherpesvirinae
CMV (doença inclusão citomegálica)
HHV-6 (exantema súbito)

 Gamaherpesvirinae
EBV (Epstein-Barr v´rus, associado à mononucleose, Doença de gianotti-crosti, neoplasias
linfoides)
HHV-8 (associado ao sarcoma de Kaposi)

HERPES SIMPLES
80-90% não genital é por HSV-1
20-10% não genital é por HSV-2
Inverso com infecção genital

HSV-2 pode ser oncogênico (CA de colo de útero)

Transmissão por contato pessoal (mucosa ou solução continuidade da pele)

80-90% da primo-infecção pelo HSV-1 ocorre nas crianças com menos de 10 anos
90% dos adultos tem sorologia positiva para o HSV01

A primo-infecção pode ser subclínica ou assintomática, mas tipicamente pelo HSV-1 é


uma gengivoestomatite; pelo HSV-2 ocorre após o inicio da vida sexual como vulvovagini-
te ou balanopostite

Após o episódio primário o vírus se aloja no gânglio nervoso sensitivo e pode ser reativado
por varias causas

Gengivoestomatite
Mais comum em crianças
Quadro varia de leve com algumas lesões vesico-erosivas até quadros graves com febre
alta, adenopatia, queda do EG, exulcerações importantes que compromete alimentação e
pode acometer faringe
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Herpes não genital recidivante


Mais comum em adultos
Qualquer local, pele ou mucosa
Dura 5-10 dias
Quadro precedido por ardor, prurido (dias ou horas) e após o quadro característico de ve-
sículas agrupadas sobre sabe eritematosa
Mais frequente nos lábios
Traumas, sol, stress, alimentos, infecções, menstruação pode ativar o quadro

Primo infecção por HSV-2


Vesículas agrupadas, dolorosas no pênis, vulva, anus, que se ulceram
Linfadenopatia local, retenção urinaria
Pode acometer só o colo do útero
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Complicações:
HERPES SIMPLES NEO NATAL
Infecção por HSV-2 pode causar mal formação fetal (infecção precoce ou tardia) e aborta-
mento se primo-infecção
TORCH
Pode ocorrer contaminação do neonato no canal de parto
Quadro grave, as vezes fatal, 50% pode ter sequelas neurológicas ou oculares
Mulheres com HSV-2 devem fazer cesárea

MENINGO-ENCEFALITE HERPÉTICA
Pode ocorrer na primo-infecção, viremia
2 a 5%

ERITEMA POLIMORFO HERPÉTICO

HERPES EM IMUNODEPRIMIDOS
Pacientes com câncer, transplantados, doenças crônicas, HIV
Quadros mais graves, pode generalizar com alta mortalidade

CERATOCONJUNTIVITE
Conjuntivite purulenta, ulcera córnea, cegueira
Pele ao redor acometida
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

ERUPÇÃO VARICELIFORME DE KAPOSI (ECZEMA HERPÉTICO)


Quadro de disseminação viral pelo vírus herpes simples
Maioria dos casos corre nos atópicos
Aparecimento súbito e vesículas disseminadas ou em áreas comprometidas pelo quadro
atópico

PANARÍCIO HERPÉTICO
Infecção primária de um dedo, pode recidivar depois
Profissionais da saúde—contato com paciente infectado

DIAGNÓSTICO
 Citodiagnose de Tzank—lamina com o raspado do assoalho de uma vesícula, cora, cé-
lulas gigantes multinucleadas (mas podem estar presentes na varicela e no H Zoster)
 HSPT—vesículas integras, presença de vesícula intraepidérmica
 Microscopia eletrônica—método caro e limitações pela necessidade de alta carga viral
 Sorologia—ELISA e Western Blot
 PCR

TRATAMENTO
• A droga de eleição é o Aciclovir, que é um análogo
da desoxiguanosina e inibidor específico da enzima
timidina quinase, presente apenas nas células
infectadas pelo herpes vírus
• Baixa toxicidade clínica, não é mutagênico,
carcinogênico ou teratogênico em doses terapêuticas
• Intravenoso indicado em infecções primárias graves,
herpes neonatal, herpes simples em pacientes imu-
nocomprometidos, encefalite herpética
• Esquemas de supressão de recorrências, profilaxia
herpética
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

VARICELA
Primo infecção pelo VZV

Vesículas base eritematosa pele, mucosas


Transmissão via aérea
Incubação 2-3 semanas
Imunidade perene
Pródromo—vesículas—crostas
Mais no tronco, em surtos, lesões em vários estádios evolutivos

Adultos tem maior queda do estado geral


Imunosuprimidos tem quadros mais graves, com pneumonite e encefalite
Mal formação fetal quando no primeiro trimestre de gestação, infecção neonatal grave

Tratamento: sintomático
Forma mais graves: aciclovir VO ou IV

HERPES ZOSTER

Quadro de vesículas sobre base eritematosa, precedido na maioria das vezes por dores
nevrálgicas

VZV -> varicela -> disseminação hematogênica (onde há acometimento da pele) -> ner-
vos periféricos até gânglios nervosos -> latência por toda vida -> noxas diversas reativam
vírus -> caminha centrifugamente pelo nervo periférico atingindo a pele

Unilateral, respeita o dermátomo


20% tem neuralgia intensa, que pode evoluir para neuralgia pós herpética

Quando acomete o trigêmeo (ramo oftálmico) pode acometer a córnea, se nervos auditi-
vos: surdez, paralisia facial

Mais comum em imunossuprimidos, quadros mais graves


Investigar doenças sistêmicas e imunossupressão
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

TTO: aciclovir 800mg 5x ao dia / valaciclovir 1g 8/8h / CE? / analgésicos

**tratamento precoce é ideal para evitar a neuralgia pós herpética (tto: gabapentina,
amitriptilina, carbamazepina)

VERRUGAS VIRAIS
Causadas pelo HPV (Human Papilloma Virus), vírus DNA

Existem mais de 76 tipos e subtipos


Transmissão por contato direto ou por contato com objetos e superfícies contaminadas ,
facilitado por "portas de entrada"
Pode ocorrer auto inoculação
Período de incubação incerto

Pode haver formas latentes e subclínicas


Inoculação do HPV no tecido epitelial causa proliferação de células escamosas,resultando
em lesões verrucosas visíveis

Quadro clínico varia de acordo com o tipo de vírus, local anatômico acometido e resposta
imunológica do hospedeiro

Pode ocorrer transmissão vertical in útero ou durante o parto, podendo resultar em papi-
lomas laríngeos ou lesões anogenitais no recém nascido

VERRUGAS VULGARES:
HPV 2-4-26-27-29-57
Pápula ou nódulo, consistência firme, hiperqueratotica, podendo ter fissuras na superfície
Capilares trombosados na superfície da lesão (pontos pretos)
Fenômeno de Koebner
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

VERRUGAS PLANAS:
HPV 3-10-28
Pápulas achatadas ou cor da pele ou levemente pigmentadas
Acomete mais áreas expostas da face e dorso das mãos

VERRUGAS PLANTARES
HPV 1-63
Acomete preferencialmente áreas de apoio ou pressão
Achatadas pela pressão, anel hiperqueratótico
Pela pressão a proliferação epitelial penetra na derme, tornando a lesão dolorosa
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

VERRUGAS ANOGENITAIS
HPV 6-11-30
Aparência clinica varia desde pequenas pápulas queratóticas, pigmentadas, até massas
maiores, semelhante a couve-flor (condiloma acuminado)

Adultos: transmissão é sexual


Em crianças: transmissão vertical ou perinatal (mães infectadas no trato genital pelo HPV
durante o parto ou pré-natal) transmissão horizontal por auto ou heteroinoculação de ver-
rugas cutâneas ou mucosas/ transmissão sexual (abuso)

Transmissão vertical: além de lesão genital, papilomas laríngeos pelo HPV 6-11, então
confirma-se pelo achado de vírus não só na região genital, mas na boca e nasofaringe

Sorotipagem HPV DNA mãe e recém-nascido (concordância)


Crianças infectadas no parto podem ter quadros latentes de HPV (anos)

HPV E MALIGNIDADE
Vários tipos de HPV têm potencial oncogênico, como 16, 18, 31, 33, 35
Principal causa de CA no cérvix uterino

Tratamento
 Ácido Salícilico 10 a 40% tópico, evitar face e genital
 Ácido retinoico para verrugas planas
 Podofilotoxina para verrugas anogenitais, não usar em crianças e gestantes
 Imiquimod 5% verrugas genitais
 Nitrogênio líquido
 Eletrocoagulação-curetagem
 Sulfato Zinco
 Cimetidina?
 Vacina para verruga vulgar
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

MOLUSCO CONTAGIOSO
Causado por Poxvírus

Ocorre em qualquer idade , mas principalmente em crianças pequenas, adulto sexualmen-


te ativos, imunocomprometidos
Em atópicos é mais frequente

Transmissão pessoa a pessoa por contato, fômites e autoinoculação


Mais frequente em crianças que frequentam piscinas (água e temperatura)
Auto limitada (meses ou anos)

Quadro clínico : pápulas semi-esféricas, sésseis, geralmente umbilicadas ou com discre-


ta depressão central, assintomáticas

10 a 30% pode ocorrer dermatite peri molusco

Diagnóstico praticamente clínico, casos duvidosos HSPT (corpos de inclusão viral)

Tratamento:

Curetagem

Nitrogênio líquido
Ácidos, hidróxido de K (irritam)
Cura espontânea
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

A Hanseníase, muito importante do ponto de vista médico e socioeconômico, atinge o ner-


vo podendo levar à incapacidades e deformidades, tirando o paciente de sua vida ativa.
Por isso existem os programas para a erradicação da doença e a importância da detecção
das formas iniciais (inclusive exame dos contactantes)

 Doença infectocontagiosa crônica, causada pelo Micobacterium leprae , bacilo álcool-


ácido resistente (BAAR), que tem predileção pela pele e sistema nervoso periférico
 Contágio inter-humano e o maior risco está relacionado com a convivência domiciliar
com doente bacilífero sem tratamento (contato íntimo e prolongado)
 O Micobacterium leprae eliminado pelas secreções nasais, da orofaringe e soluções de
continuidade da pele de doentes bacilíferos penetra no indivíduo por áreas erosadas da
pele. Alguns autores acreditam contágio pelas mucosas vias aéreas

O período de incubação da doença é de 2 a 5 anos. Possui pouca patogenicidade, ou seja,


infecta facilmente, mas dificilmente manifesta a doença porque a maioria da população é
resistente à doença.

FORMAS CLÍNICAS:
PAUCIBACILARES
MH Indeterminada (MHI) - fase inicial
MH Tuberculoide (MHT)

MULTIBACILARES
MH Viwchowiana (MHV)
MH Dimorfa (MHD)
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

MHI pode durar semanas, meses ou anos. Chegou-se a um consenso de que para polari-
zar leva: polo T 2 a 3 anos e polo V 4 anos

A avaliação imunológica é feita através da reação intradérmica de MITSUDA, cujo Ag é


uma suspensão de bacilos mortos

MITSUDA + -> imunologicamente resistentes


MITSUDA - -> não resistentes

Em população geral 80% são MITSUDA + e 20% MITSUDA -

HANSENÍASE INDETERMINADA

Constituem as primeiras manifestações da MH

Caracteriza-se por manchas hipocrômicas com distúrbio de sensibilidade ou simplesmente


uma área anestésica que "não pega poeira" (suor ausente)
As manchas podem ser hipocrômicas, eritemato-hipocrômicas com eritema marginal ou
eritematosas. Podem se apresentar isoladas ou agrupadas.

O tamanho é variável, desde 2 a 3cm, até áreas grandes com 10cm ou mais de diâmetro.
Localização qualquer área do tegumento
A forma em geral é ovalada ou circular, e com limites imprecisos. Quando bem margina-
das e em pequeno número sugerem polarização para a forma T e quando em grande nú-
mero, pensamos numa evolução para V ou D

Comprometimento de filetes nervosos sensitivos periféricos, levando a hipoestesia


(térmica - dolorosa - tátil)

 Pode ocorrer hipoidrose ou anidrose nas manchas


 Acentuada anidrose ou alteração de sensibilidade nos faz pensar em polarização para T
 MHI não há comprometimento de troncos nervosos ou nervos superficiais, portanto
não há incapacitação
 Baciloscopia negativa, portanto não há risco de contágio
 HSPT infiltrado mononuclear inespecífico ao redor de anexos e nervos, em 30% po-
de-se achar bacilos
MITSUDA pode ser + ou - .
Se + pode transformar em T
Se – quer dizer que se transformar, pode ser para D ou V
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

HANSENÍASE TUBERCULOIDE
Caracteriza-se por placas bem delimitadas, cor róseo-eritematosa, ou eritemato-
acastanhada, contornos regulares ou irregulares formando lesões circulares, anulares, cir-
cinadas ou geográficas; em geral únicas ou em pouco número
Comprometimento neural intenso, precoce e assimétrico, às vezes com espessa-
mentos neurais cutâneo-superficiais

• Distúrbio sensitivo acentuado, bem como de sudorese e vasomotor


• Os nervos mais acometidos são retroauricular, cubital e ciático popliteo externo
• Baciloscopia negativa
• Mitsuda positivo

HSPT – granuloma tuberculoide (céls epitelioides gigantes), esses granulomas compri-


mem os nervos e podem destruí-lo (necrose caseosa nos nervos)

HANSENÍASE VIRCHOWIANA

Grande polimorfismo de lesões


De início máculas hipo ou eritemato-hipocrômicas, múltiplas e limites imprecisos. Insidi-
osa e progressivamente se tornam mais eritematosa, pigmentadas, ferruginosas e espes-
sadas. Após algum tempo podem surgir pápulas e nódulos (hansenomas)

Madarose ciliar e superciliar, espessamento pavilhão auricular


Infiltração difusa e deformante da face – "facies leonina"
Mitsuda negativo
Baciloscopia positiva (muito)
Bacilos podem ser encontrados em vários órgãos ( nariz, mucosa oral, laringe, olhos, fíga-
do, baço, medula óssea, ossos, cartilagens, esôfago, intestino, rim, pulmão, testículos)
Infiltração difusa e simétrica dos troncos nervosos e ramos superficiais com os correspon-
dentes distúrbios sensitivos do tipo periférico; posteriormente surgem distúrbios motores
e tróficos, em especial nas mãos, pernas e pés ( mão em garra, pé caído, mal perfurante
plantar, reabsorsões ósseas)
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

HSPT os bacilos íntegros aglomeram-se formando globias; histiócitos modificados são cha-
mados de células de Virchow, podendo se arranjar em granulomas (granulomas Virchowi-
anos)

HANSENÍASE DIMORFA
Constitui um conjunto de manifestações que ou são muito semelhantes à forma tubercu-
loide (DT), ou bem parecidas com a forma virchowiana (DV) ou são, realmente intermedi-
árias entre as formas polares (DD) nas quais se observam lesões muito características e
às vezes bizarras
A variedade DD têm lesões bizarras em alvo ou anulares que podem confluir, dando as-
pecto "esburacado", tipo "queijo suíço"
Baciloscopia positiva
Mitsuda pode variar, com tendência a ser negativo
HSPT pode variar (morfologia semelhante ao tuberculoide ou virchowiano ou ambos)
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

REGRAS
 Qualquer lesão hipocrômica não é MHI se tiver sensibilidade térmica e dolorosa preser-
vada e prova de histamina completa
 Qualquer lesão papulosa ou pápulo nodular que não for anestésica, não é MHT
 Qualquer lesão suspeita de MHV com baciloscopia para (BAAR) não é MHV

PROVAS DIAGNÓSTICAS
1) Pesquisa da sensibilidade
Térmica - dois tubos de água: quente e fria, encostando alternadamente nas áreas sus-
peitas e sãs; outra opção é algodão embebido em éter
Dolorosa – utiliza-se agulha ou alfinete alternado a ponta aguda e a romba (ou cabo)
Tátil - toca-se a pele e pede para paciente dizer onde foi tocado

2) Teste da histamina
A histamina promove uma vasodilataçãodependente da integridade dos ramúsculos nervo-
sos. Uma vez lesados, não haverá vasodilatação reflexa, com ausência do halo eritemato-
so reflexo

Gota de solução milisemal de histamina e escarifica pele (sem sangramento). Reação nor-
mal (Tríplice reação de Lewis):
• Eritema
• Eritema maior e contorno irregular- eritema reflexo ( esse que não há na MH)
• Pápula

Teste histamina bom para crianças ou adultos com defcit cognitivo; limitação pacientes
melanodérmicos e nos nevos anêmicos

3) Baciloscopia
Pesquisa dos bacilos de Hansen (BAAR) , corados por Ziehl-Neelsen nos esfregaços
em lâminas de material colhido dos pacientes suspeitos

4) Reação de Mitsuda
Não é prova diagnostica e sim prognostica, serve para classificar a doença
Injeção intradérmica de Ag e leitura após 30 dias
Pessoas com mitsuda +, se adquirirem a moléstia evoluirão para T. Aquelas com mitsu-
da—, evoluirão para D ou V
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

5) Histopatológico
É considerado o padrão ouro para o diagnostico de hanseníase em todas as formas clini-
cas
Material deve ser representativo
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

DERMATOFITOSES
São micoses cutâneas causadas por um grupo de agentes etiológicos denominados der-
matófitos, e que tem afinidade pela queratina (utilizam-na como fonte de subsistência)

Principais gêneros:
• Microsporum *tende a ser unilateral (micose)
• Trichophyton (dermatite/psoríase tende a ser bilateral)
• Epidermophyton

Podem ser:
Antropofílicos: exclusivos da espécie humana
Zoofilicos: próprio de animais
Geofílicos: vivem no solo

São mais comuns em regiões de maior temperatura e umidade

Transmissão: contato direto ou indireto (materiais contaminados)

*imunossuprimidos tem lesões mais extensas e recidivantes

DIAGNÓSTICO:
Pesquisa do Agente Etiológico -> Exame micológico direto e cultura (PADRÃO OURO)

Micológico direto: raspagem da lesão e clarificação lamina com KOH 10 ou 20% ou KOH
+ DMSO ou lactofenol

• estruturas fúngicas
Cada fungo tem sua particularidade
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Cultura
Ágar sabouraud-destrose
Agar mycosel
*resultado após 4-15 dias (macromorfologia e estudo
microscópico)

Lâmpada de wood

TINEA CAPITIS
Comum em crianças, rara no adulto
Agentes:
• Microsporum canis (agente principal)
• Microsporum gypseum
• T mentagrophytes
• T tonsurans

 clinicamente placas de tonsura + descamação placas de tonsura descamativa

Subgrupos: TINEA NÃO É ALOPECIA


• Microspórica *bordas nítidas*

• Tricofítica

• Kerion (forma AGUDA, intensa inflamação, placa única,


elevada, com pústulas e micro abcessos)

• Favo (Tinea Favosa): principalmente pelo Trichophyton Schonleinii, microendemias,


mais grave porque atinge folículo piloso levando a alopecia definitiva
-> Godet ou Escútula fávica—lesoes crateriformes em torno do ostio folicular; Acarreta
lesões cicatriciais;
-> Favo ptiróide: descamativo
-> Favo impetigóide: supurativo-crostoso
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

TINEA CORPORIS
‘’Impinge’’
Agentes:
• T rubrum
• M canis
• T mentagrophytes

 Placas anulares, descamativas, pruriginosas, crescimento centrífugo, tendencia a clare-


ar no centro

TINEA PEDIS
‘’pé de atleta’’

Agentes:
• T rubrum
• T mentagrophytes
• Epidermophyton floccosum

Umidade e calor são fundamentais

 intertriginosa, descamação, fissuras, maceração, vesico-bolhas

TINEA CRURAL
‘’Tinea inguinal’’
Agentes:
• T rubrum
• T mentagrophytes
• Epidermophyton floccosum

Mais comum em homens, geralmente associada a tinea pedis

 Lesões eritemato-descamativas, bordas nítidas, arciformes, podem atingir períneo,


glúteo e abdome, prurido

ONICOMICOSE
Mais comum é o gênero Trichophyton
 Alteração de cor, atrofia, hiperqueratose lamina, descolamento subungueal

Diagnóstico diferencial: psoríase, paroníquia por leveduras/unheiro (última foto), onicóli-


ses, líquen plano, cândida albicans (branco), deficiências nutricionais (descolamento),
contaminação por pseudomonas aeruginosa (verde) -> ácido acético (vinagre)/colírio de
gentamicina
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Tratamento
Tópico ou sistêmico, dependendo da gravidade ou extensão da lesão

TINEA CAPITIS a terapia sistêmica é MANDATÓRIA. Podendo utilizar Griseofulvina ou Ter-


binafina. Topicamente shampoo de cetoconazol ou ciclopirox

Onicomicoses: tratamento sistêmico se acometimento importante (fluconazol, itraconazol


ou terbinafina) associar tópico—esmalte.

PITIRÍASE VERSICOLOR
Infecção crônica da camada córnea causada pela malassezia furfur
(levedura antropofílica lipo dependente)

Malassezia furfur faz parte da biota natural da pele, mas sob determinadas condições há
pseudofilamentação da levedura e dai surge a clinica da micose

 Hiperolesidade e hiper-hidratação são fatores importantes

• Máculas descamativas, cores variáveis (versicolor- branca, rosa, acastanhada), desca-


mação furfurácea, sinal Zileri -> puxa a pele do paciente -> descamação/craquela
• Tronco, ombros, braços, pescoço, face, dobras flexurais

• Assintomática na maioria, evolui por surtos


• 80% recorrência em dois anos, 60% recorrência em um ano

Diagnóstico:
Micológico direto, cultura em meios com óleo, luz de wood (fluorescência amarelada ou
prateada)

Tratamento:
Fatores de risco
Tópicos
Shampoo
Sistêmico (fluconazol, itraconazol, cetoconazol)
Tratamento profiláticos
• isso em casos resistentes

CANDIDIASE
Infecção cutânea, mucosa ou sistêmica causada por leveduras do gênero Cândida

80-90% cândida albicans


Saprófita, habita superfície pele, mucosa oral, intestinal e genital. Sob algumas condições
multiplica se, tornando-se parasita, com esporos, hifas e pseudohifas
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Condições que favorecem a proliferação de cândida:


• Diminuição da defesa (crianças/idosos)
• Gravidez
• Anticoncepcionais orais
• Diabetes Mellitus
• Antibioticoterapia
• Corticoesteróide
• Citostáticos, antineoplásicos
• AIDS
• Umidade e maceração cutânea
 em imunossuprimidos pode ocorrer fungemia com comprometimento sistêmico

CANDIDIASE ORAL
Comum em RN, diabéticos, debilitados, próteses mal ajustadas

Placas esbranquiçadas localizadas ou por toda cavidade oral, recobertas por induto es-
branquiçado

Pode atingir laringe, esôfago, traqueia, faringe

Tratamento:
Nistatina solução oral
Bochechos com agua bicarbonada
Antifúngicos VO se necessário

CANDIDIASE INTERTRIGINOSA
Regiões úmidas, dobras

Placas eritematosas, úmidas, podem ter erosões, fissuras, colarete córneo, lesões satéli-
tes

Fatores de risco:
• Obesidade
• Diabetes Mellitus
• Umidade
• Higiene inadequada

CANDIDIASE VULVOVAGINAL E BALNOPOSTITE


DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

CROMOMICOSE
Micose profunda, crônica, progressiva da pele e subcutâneo

Causada por algumas espécies de fungos dimórficos e dematiáceos, ou seja, produzem


pigmento negro ao serem cultivados

90% das infecções são causadas pelo Fonsecaea pedrosoi

 os fungos encontram-se no solo ou em vegetais e são introduzidos no organismo por


traumas ou ferimentos

Unilateral, geralmente MMII, mas pode acometer MMSS e raramente o tronco, glúteos,
nariz, orelhas, pálpebras

*MAIORIA TRABALHADORES RURAIS

Propagação por contiguidade

Evolui cronicamente, é localizada e não compromete o estado geral do paciente


Várias formas clinicas: nodular, tumoral, verruciforme, cicatricial, vegetante e infiltrativa

 Mais comum: lesões verrucosas, unilaterais, confluem, formam plcas verrucosas

Diagnostico diferencial:
PLECCT (Paracoccidioidomicose, Leishmaniose, Esporotricose, Cromomicose, Carcinoma
Espinocelular verrucoso, Tuberculose)
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

DIAGNÓSTICO:
Micológico direto (amostra clarificada com KOH 10 ou 20% revela corpos arredondados,
cor de charuto, isolados ou agrupados (corpos fumagoides), multiplicando-se por septação
sem brotamento

Cultura: crescimento lento (30 dias), 25°, superfície filamentosa e plana, aspecto avelu-
dado, coloração verde-oliva escuro ao negro, reverso pigmento negro

HSPT: infiltrado granulomatoso, microabcessos, células gigantes de corpo estranho e cor-


pos fumagoides no interior

TRATAMENTO:
Localizada:
Curetagem + eletro
Crioterapia
Exérese cirúrgica

Extensa:
Itraconazol 200-400mg/dia
Terbinafina 500mg/dia
 casos extensos nenhum opção é totalmente eficaz, pouca resposta terapêutica

ESPOROTRICOSE
Micose profunda, evolução subaguda ou crônica, causada pelo Sporothrix schenckii, intro-
duzido no organismo por inoculação direta na pele ou mucosas

Vive saprofiticamente na natureza e a inoculação ocorre por materiais contaminados


(palhas, espinhos)

Mordeduras animais e picadas de insetos veiculam a doença (animais são transportado-


res)

Atualmente o gato doente é o maior transmissor da doença para o homem

Induz imunidade celular e humoral

Deficiências imunitárias possibilitam disseminação cutânea e sistêmica


DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Formas clínicas:
 Cutâneas:

• Cutânea-linfática
Mais comum, lesão inicial é pápulo-nodular (cancro espo-
rotricótico) no local da inoculação, podendo involuir ou
ulcerar. Posteriormente formam-se nódulos ou gomas ao
longo da cadeia linfática no local acometido (rosário)

-> adultos acomete mais MMII e MMSS e face na criança

• Cutânea localizada
Revela boa resposta imunológica do hospedeiro.
Lesões papulosas ou tuberosas podendo formar placa
verrucosa com ou sem ulceração.
Mais comum na face
-> diagnostico diferencial: PLECT

• Cutânea disseminada

 Extra cutânea
Raras, depende da imunidade do hospedeiro e virulência do fungo
• tireoide, testículos, glândula mamária, osso e periósteo, articulações, músculos, SNC,
pulmões, rins, fígado, baço, pâncreas

DIAGNÓSTICO:
Micológico direto: pouca valia, geralmente negativo

Cultura:
PADRÃO OURO
Crescimento rápido (5 dias), 26° graus
Colônias castanho enegrecidas características (forma ferradura)

Exame microscópico da cultura revela: hifas finas,


septadas, com conídeos em cachos (forma de margarida)
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

HSPT (histopatológico): Granuloma com área de supuração central e reação histiocitá-


ria epitelioide e plasmocitária ao redor, podendo ser achados parasitos em forma de naves
ou charutos

Intradermoreação com esporotriquina:


+ = infecção
- = forma disseminada, cutânea generalizada, imunossuprimidos.
* pode ser + em indivíduos normais

TRATAMENTO;
Iodeto de potássio
• boa eficácia e baixo custo
• Efeitos no TGI, gosto metálico boca, rinite
• Iniciar com dose baixa e ir aumentando lentamente
• 4 a 8 semanas e 2 semanas após cura clinica

Itraconazol
• boa escolha também
• 100 a 200mg/dia 90 a 180 dias

Terbinafina
Anfotericina B
• Formas disseminadas e AIDS
• Grávidas

PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Enfermidade infecciosa de evolução aguda a crônica, causada pelo
fungo Paracoccidioides brasiliensis

Contágio por via inalatória com formação do complexo primário pulmonar

Paracoccidioides brasiliensis só existe como doença autóctone no continente americano


Brasil-SP, MT, MS, PR, GO e atualmente RO

Maioria homens, trabalhadores rurais, 30-50 anos. Tabagismo e etilismo coexistem na


maioria dos casos.

O Paracoccidioides brasiliensis é um fungo com dismorfismo térmico (micélio 25° e leve-


duras 37°)

Moléculas antigênica dos fungos são GP 43 (maior virulência e patogenecidade) e GP 70

* entre a fase de instalação do complexo pulmonar primário e a estabilização, pode ocor-


rer deslocamento linfo-hematogênico transitório com instalação focos metastáticos tam-
bém transitórios
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

INFECÇÃO:
1. Evoluir para doença progressiva aguda a partir do complexo pulmonar
2. Quando houver desequilíbrio agente-hospedeiro ocorrer evolução para doença por rea-
tivação de foco quiescente pulmonar ou metastático
3. Reinfecção e progressão para doença ativa

EQUAÇÃO COMPLEXA DA DOENÇA/RESISTÊNCIA:


• volume do inóculo e virulência do agente
• Órgão infectado
• Comorbidades
• Perfil imune hospedeiro (Th1 maior resistência e Th2 maior gravidade e maior poten-
cial pra desenvolver a doença)

Formas clinicas:
• Paracoco infecção

• Paracoco doença
Aguda/subaguda (13-23%)
Jovens, febre, perda peso, adinamia e linfonodomegalias
- linfonodos aumentos, sinais flogísticos, evoluem para abscedação e fistulização

Crônica (forma típica do adulto)


Unifocal (um órgão acometido)
Geralmente pulmão (tosse, dispneia); SNC (sinais HIC),; supra renal; lesão cutâneo isola-
da é raro
Multifocal (geralmente pulmões + pele ou mucosas)

* lesão pulmonar é regra nessa forma, localização para-hilar

Lesão cutânea—lesão ulcerada ou úlcero vegetante ou infiltrativa

Mucosa: ulcera rasa, pontilhado hemorrágico, granulosa, estomatite moriforme, doloro-


sas; pode acometer toda a boca, laringe, faringe

Sequelas: Pulmonar DPOC, microstomia, insuficiência suprarenal


DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

DIAGNÓSTICO
Micológico direto
Material: lesões, pus, escarro, líquor
• Células arredondadas, dupla parede, refringente com ou sem gemulação
• Múltiplas gemulações: roda de leme

*roda de leme
*cabeça de mickey
Paracoccidioides Brasiliensis

Cultura
Sabouraud (crescimento lento)
25°: aspecto pipoca estourada (branco-amarelada)
37°: aspecto cerebriforme (creme)

HSPT (histopatológico)
Infiltrado inflamatório crônico, granulomatoso.
No centro do granuloma pode ter células fúngicas em meio a inflamação ou no interior de
células gigantes
• PAS ou Grocott-Gomori (prata)

Sorologia
Método auxiliar no diagnostico
Melhor para acompanhamento durante a após tratamento
DERMATOLOGIA
PR2

V A N E S S A L U D W I G

Diagnóstico diferencial:
Pulmonar: tuberculose, CA
Oral: CEC
Cutânea: PLECT (Paracoccidioidomicose, Leishmaniose, Esporotricose, Cromomicose, Car-
cinoma Espinocelular verrucoso, Tuberculose)

TRATAMENTO:
Sulfamídicos
Sulfametoxazol 400mg + Trimetoprima80mg (bactrim)
Leves 1600 a 2400mg/dia 12 meses
Moderados 1600 a 2400mg/dia 18 meses

Anfotericina B
Casos graves
0,5 a 1,0mg/kg/dia em SG5% 500ml em 6h

Itraconazol
200mg/dia 6 a 9 meses leve
200mg/dia 12 a 18 meses moderado

Fluconazol EV
Neuroparacoco

Critérios para cura:


• Sem sinais clínicos
• Sem sinais de inatividade pulmonar
• Sorologia negativa por 2 anos
LESÕES MELANOCÍTICAS
NEVOS MELANOCÍTICOS TIPOS DE NEVOS MELANOCÍTICOS: ABCDE do melanoma
-Proliferações benignas dos melanócitos que se -CONGÊNITO A (assimetria)
originam na crista neural no início da vida fetal -JUNCIONAIS Simétrico: benigno Assimétrico: maligno
-A maioria se desenvolve na infância, mais rapidamente -COMPOSTOS B (bordas)
na adolescência, atinge o auge na terceira década e -INTRADÉRMICOS Regular: benigno Irregular: maligno
tende a desaparecer após 40 anos -NEVO AZUL C (coloração)
-Densidade dos nevos é PROPORCIONAL a exposição -NEVO HALO Tom único: benigno 2 ou + tons: maligno
solar e aos fototipos baixos (I e II) -NEVOS HIPOCRÔMICOS D (diâmetro)
-NEVOS ATÍPICOS (displásicos) Até 6mm: benigno > 6mm: maligno
E (evolução)
LENTIGO MALIGNO MELANOMA DIAGNÓSTICO
(pode ser considerado um melanoma in situ) Fatores de risco: exposição solar crônica, queimaduras Dermatoscopia para confirmar SUSPEITA*
-Em geral: áreas foto-expostas (idosos) solares (infância), fototipos I e II, múltiplos nevos Biopsia EXCISIONAL com margem mínima é o ideal
-Causado pela luz solar sobre os melanócitos melanocíticos atípicos/displásicos, HP + / HF + (10%), Biopsia incisional se a lesão for muito extensa, na face,
epidérmicos mutações genéticas (CDKN2A, CDK4, MC1R, BRAF) palmoplantar ou subungueal
-Evolução mais favorável (origem epidérmica) do que TIPOS:
outras formas de melanócitos (origem de cels nevicas) Melanoma extensivo superficial: + comum (70%); HSPT deve conter:
-Melanose solar-> proliferação melanócitos atípicos na tronco dos homens e pernas das mulheres; pode surgir o Espessura/profundidade do tumor, dada em mm
epiderme -> lentigo maligno -> células invadem a derme de um nevo ou iniciar de um novo. Melhor prognostico: (índice de Breslow)
-> lentigo maligno melanoma fase horizontal de crescimento (30-60 anos) T1 – até 0,75 T2 – 0,76 a 1,5mm T3 – 1,60 a 3mm
TTO: avaliação adequada do HSPT Melanoma Nodular: 2° + comum; prognostico ruim T4 – 3,10 a 4mm T5 - >4mm
(pode ter só crescimento vertical); 5% pode ser o Nível de invasão de Clark)
ESTÁGIOS MELANOMA amelanótico I: epiderme II: derme papilar III: derme papilar +
Estágio I: IA (até 0,8mm e sem ulceração) IB (ulcerado – Melanoma Lentiginoso Acral: + frequente em reticular IV: derme reticular V: gordura subcutânea
0,8 a 1mm / não ulcerado (1 a 2mm) negros/asiáticos; Raro em indivíduos de pele branca; o Presença/ausência de ulcerações
Estágio II: IIA (ulcerado – 1 a 2mm) (não ulcerado – 2 a Ocorre em regiões plantares, palmares e falanges o Margens
4mm) IIB (ulcerado – 2 a 4mm / não ulcerado - >4mm) terminais (peri/subungueal); GRANDE poder o Subtipo histológico
IIC (ulcerado > 4mm) metastático. o Índice mitótico
Estágio III: gânglios de drenagem da área do tumor Melanoma Mucosas: diagnostico pode ser tardio com o Fase de crescimento (vertical/radial)
comprometidos má prognostico o Regressão
Estágio IV: presença de metástases a distância o Resposta inflamatória linfocitária
o Neurotropismo

TRATAMENTO:
Cirúrgico (margem de segurança segundo Breslow) Quimioterapia, imunoterapia genética, terapia adjuvante
Pesquisa linfonodo sentinela (Breslow < ou > 0,76mm; ou < 0,76mm com ulceração, índice mitótico diferente de 0, regressão significativa ou Clark IV
Linfadenectomia (se linfonodo sentinela +)
CÂNCER DE PELE: O câncer de pele NÃO MELANOMA é o mais frequente (-> mama e próstata -> colón e reto -> pulmão)
Problema decorrente dos ditames da moda, da Reações imediatas (bolhas, queimadura) ; Reações QUERATOSE ACTÍNICA/solar
facilidade de acesso ao sol, da diminuição da camada tardias (melanose solar); Efélides (sardas); Atrofia Lesão pré-maligna da epiderme que ocorre em áreas
de ozônio e da longevidade crescente da população cutânea; Poiquilodermia de Civatte; Leucodermia foto-expostas cronicamente
gutata Maior frequência (> 45 anos/ fototipo I e II)
A propensão ao dano solar depende de: Podem evoluir para CEC (5-20% dos casos), dos CEC
o Fototipo do paciente (I e II) FOTOENVELHECIMENTO (elastose solar) estabelecidos (82% originaram-se da queratose actinica
o Exposição cumulativa a luz ultravioleta Causa: radiação solar/ rugas profundas, aparência
➔ Pápulas eritematosas, áspera, bordas mal
o Intensidade da exposição áspera e rugosa, pigmentação irregular, aparecimento
definidas, as vezes mais espessas e cornificadas
o Exposição solar na infância de manchas, telangiectasias, queratoses seborreicas,
tamanhos variados, a pele ao redor tem fotodano
lesões malignas e pré-malignas
Corno cutâneo (queratose actínica onde há exagerada
Fototipo: I (sempre queima, nunca bronzeia) II (sempre
produção de camada córnea)
queima, bronzeia pouco *clara), III (queima e bronzeia QUERATOCANTOMA: tumor benigno que cresce
pouco *clara), IV (raramente queima e bronzeia com rapidamente simulando um CEC (regride TTO: fotoproteção/ crioterapia (nitrogênio líquido) /
facilidade *morena-clara) V (queima muito raramente espontaneamente em 4 meses). O ideal é que a lesão ATA (ácido tricloroacético)/ curetagem com
e bronzeia facilmente *morena) VI (nunca queima, seja removida, já que há risco de um CEC mascarado. eletrocoagulação/ 5-fluouracila tópico (efurix)/
bronzeia facilmente *negra) Imiquimode (imunomodulador)
QUELITE ACTÍNICA: afeta principalmente lábio inferior CARCINOMA BASOCELULAR CARCINOMA ESPINOCELULAR
Risco alto para CEC TTO: crioterapia/ ATA/ cirurgia É o tumor maligno mais comum da pele (65%) Tumor maligno constituído por proliferação atípica de
*biopsia quase sempre - Composto de ilhas de células basais, as quais se células espinhosas, de caráter invasor *METÁSTASE –
DOENÇA DE BOWEN: CEC in situ (intraepidérmico) originam da camada basal da epiderme e das após meses/anos, mais frequentes em tumor de
Ocorre em qlq lugar do corpo e geralmente é lesão estruturas anexiais (unidades pilossebáceas -> NÃO se mucosa, dorso das mãos e cicatrizes.
única; se não tto torna-se invasivo e pode causar encontra CBC nos lábios e região palmo-plantar) + frequente associado a queratose actínica
metástase; região não fotoexposta: arsênio + comum na cabeça (2/3 superior da face) e pescoço - Fator de risco: fototipo I e II, exposição solar crônica,
Tto: cirurgia/curetagem/crioterapia/efurix/imiquimode - RARAMENTE METATIZA, mas é localmente invasivo e câmera de bronzeamento, radiodermite crônica,
ERITROPLASIA DE QUERAYRAT: CEC in situ na mucosa destrutivo, podendo invadir planos profundos úlceras crônicas, genodermatoses (xeroderma),
+ invasivo e agressivo que Bowen; pode acometer Tipos: NODULAR: + comum (50-80%); pápula/nódulo imunossuprimidos, transplantados, HPV.
glande, prepúcio, mucosa genital feminina e mucosa translucido, de superfície lisa, brilhante, com bordas - Localizações + comuns: lábio inferior (áreas de quelite
oral *falta de higiene/ infecções crônicas/fimose peroladas, bem delimitadas, finas telangiectasias/ – fumo/dentes defeituosos), orelhas, face, dorso das
Tto: cirurgia/efurix/imiquimode evolui com lento crescimento e erosão central (nódulo mãos, mucosa bucal e genitália externa.
PAPULOSE BOWENOIDE: apresenta comportamento ulcerado) PIGMENTADO: variante do nodular, áreas - Inicia com área queratotica infiltrada/nódulo,
benigno, apesar do hspt CEC in situ. 2,6% evolui para hipercrômicas; SUPERFICIAL: placa eritematosa, aumenta gradualmente e úlcera. Pode torna-se
CEC; induzida pelo HPV (16); pode haver regressão descamativa, bem delimitada com bordas irregulares; vegetante/corneana
espontânea *tto não mutilantes ESCLERODERMIFORME: + agressivo; placa marfim/ TTO: cirurgia convencional ou micrográfica, criocirurgia,
DOENÇA DE PAGET: placa eczematosa, pruriginosa, perolada, limites imprecisos, rígido/endurecido radioterapia, quimioterapia.
infiltrada na aréola mamaria, hspt: célula de Paget Diagnostico: clínico + dermatoscópico + HSPT
TTO: semelhante ao de CA de mama TTO: cirurgia/efurix/imiquimode/criocirurgia
TRATAMENTO: depende do tipo do tumor, da sua localização, se é recidivante, as condições clínicas do paciente, custos e resultados cicatriciais
DERMATOSES POR VÍRUS
HERPES VÍRUS
Subfamílias: Alphaherpesviridae – simplexcvírus e vericellovírus HSV-1 (não-genital) HSV-2 (infecção genital) VZV (varicela e herpes zoster)
Betaherpesvirinae: CMV (doença inclusão citomegálica) HHV-6 (exantema súbito)
Gamaherpesvirinae: EBV (Epstein-barr vírus) HHV-8 (sarcoma de kaposi)
HERPES SIMPLES
➔ HSV-2 pode ser oncogênico (CA de colo de útero)
Transmissão: contato pessoal (mucosa/solução de continuidade da pele)
-HSV-1 80-90% primo-infecção ocorrem em crianças < 10 anos
-Primo-infecção pode ser subclínica ou assintomática, mas tipicamente pelo HSV-1 é uma gengivoestomatite; HSV-2 vulvovaginite/balanopostite
-90% dos adultos têm sorologia + HSV-1
-Após o primeiro episódio o vírus de aloja no gânglio nervoso sensitivo e pode ser reativado por várias causas
Gengivoestomatite (mais comum em crianças)
Varia de leve (lesões vesico-erosivas) grave (febre alta, adenopatia, queda do estado geral, exulcerações que comprometem alimentação e pode acometer a faringe)
Herpes não genital recidivante (mais comum em adultos) + frequente nos lábios
Qualquer local/pele/mucosa. Dura 5-10 dias/ Quadro precedido por ardor, prurido (dias ou horas) e após o quadro característico de vesículas agrupadas sobre base
eritematosa. Causas: trauma, sol, stress, alimentos, infecções, menstruação podem ativar o quadro
Primo-infecção por HSV-2
Vesículas agrupadas, dolorosas no pênis, vulva, ânus, que se ulceram. *linfadenopatia local, retenção urinária; *pode acometer só o colo do útero.
Complicações:
Herpes simples neonatal: infecção por HSV-2 (malformação fetal – infecção precoce/tardia) (abortamento se primo-infecçao) transmissão no parto (mulheres + devem
fazer cesárea), quadro grave (pode ser fatal, 50% tem sequelas neurológicas ou oculares.
Meningoencefalite herpética: pode ocorrer na primo-infecção, viremia (2-5%)
Eritema polimorfo herpético: mãos, dorso
Herpes em imunodeprimidos: pacientes com CA, transplantados, doenças crônicas, HIV (quadros + graves, pode generalizar, alta mortalidade)
Ceratoconjuntivite: conjuntivite purulenta, úlcera córnea, cegueira *pele ao redor acometida
Erupção variceliforme de Kaposi (eczema herpético): quadro de disseminação viral pelo HSV, maioria dos casos em atópicos, aparecimento súbito e vesículas disseminadas
Panarício herpético: infecção primária de um dedo, pode recidivar depois/ *profissionais de saúde: contato com paciente infectado.

DIAGNÓSTICO:
Citodiagnose de Tzank (lâmina com raspado do assoalgo de uma vesícula *células gigantes multinucleadas (herpes, varicela, h. zoster)
HSPT (vesículas integras, presença de vesícula intraepidermica) Microscopia eletrônica (método caro e limitações pela necessidade de alta cerga viral)
Sorologia (ELISA e Blot) PCR

TRATAMENTO: aciclovir
(infecções primarias graves, herpes neonatal, pacientes imunocomprometidos, encefalite -> IV) *esquemas de supressão de recorrência, profilaxia herpética
VARICELA (primo-infecção pelo VZV)
Vesículas (pele/mucosas) transmissão via aérea Incubação: 2 a 3 semanas Imunidade perene* Pródromo->vesículas->crostas
Mais no tronco, em surtos, lesões em vários estádios evolutivos *ADULTOS tem maior queda do estado geral
*IMUNOSSUPRIMIDOS quadros + grave (pneumonite e encefalite) *malformação fetal, quando no 1° trimestre da gestação (infecção grave)
TTO: sintomático, forma + grave: aciclovir VO ou IV
HERPES ZOSTER
Quadro de vesículas sobre base eritematosa, precedido por dores nevrálgicas (20%) (dores nos nervos) pode evoluir para neuralgia pós herpética
Unilateral, respeita o dermátomo + comum em imunossuprimidos (+grave)
Quando acomete o trigêmeo (ramo oftálmico) pode acometer a cornea, se nervos auditivos: surdez e paralisia facial
TTO: aciclovir 800mg 5x ao dia/ valaciclovir/ ce/analgésicos neuralgia (tto precoce é ideal para evitar a pós herpética/ amitriptilina, gabapentina, carbamazepina)

VERRUGAS VIRAIS: causadas pelo HPV (vírus DNA) transmissão por contato direto ou por contato com objetos e superfícies contaminadas. Pode ocorrer autoinoculação
Pode haver formas latentes e subclínicas. Inoculação do HPV no tecido epitelial causa proliferação de células escamosas, resultando em lesões verrucosas visíveis
Quadro clínico varia de acordo com o tipo de vírus, local e resposta imunológica do hospedeiro.
Pode ocorrer transmissão vertical in útero ou durante o parto, podendo resultas em papilomas laríngeos ou lesões anogenitais no recém-nascido.
VERRUGAS VULGARES: HPV 2,4,26,27,29,57
Pápula ou nódulo, consistência firme, hiperqueratótica, podendo ter fissuras na superifcie. **pontos pretos (capilares trombosados na superfície da lesao)
VERRUGAS PLANAS: HPV 3,10,28
Pápulas achatadas ou cor da pele ou levemente pigmentadas. Acomete mais áreas expostas da face e dorso das mãos TTO: acido retinóico
VERRUGA PLANTARES: HPV 1, 63
Acomete preferencialmente áreas de apoio/pressão. Anel hiperqueratótico. Pela pressão a proliferação entra na derme tornando a lesão dolorosa.
VERRUGA ANOGENITAL: HPV 6,11,30
Aparência clínica varia desde pequenas pápulas queratóticas, pigmentadas até massas maiores, semelhante a ‘’couve-flor’’ (condiloma acuminado)
Adultos: transmissão sexual TTO: podofilotoxina (evitar em crianças e gestantes), imiquimod (verrugas genitais)
Em crianças: Transmissão vertical (laríngeo 6-11) ou perinatal (canal de parto ou pré-natal) -achados genitais, larínge e boca; Transmissão horizontal por auto/hetero
inoculação de verrugas cutâneas ou mucosas; Transmissão sexual (abuso)
*infectadas no parto podem ter quadros latentes de HPV (anos)
HPV E MALIGNIDADE: potencial oncogênico (16,18,31,33,35) CA de colo de útero

TTO: ácido salicílico (evitar face e genital) nitrogênio líquido eletrocoagulação-curetagem sulfato de zinco cimetidina vacina para verruga vulgar (HPV)

MOLUSCO CONTAGIOSO: causado por Poxvírus É autolimitada (meses ou anos)


Ocorre em qualquer idade, mas principalmente em crianças pequenas, adulto sexualmente ativos e imunocomprometidos (em ATÓPICOS É + FREQUENTE)
Transmissão: pessoa a pessoa por contato, fômites e autoinoculação *crianças que frequentes piscinas (água e temperatura)
Quadro clínico: pápulas, geralmente umbilicadas ou com discreta depressão central, assintomáticas
10-30% pode ocorrer dermatite peri molusco
Diagnóstico: clínico, casos duvidosos: HSPT (corpos de inclusão viral)
Tratamento: curetagem, nitrogênio líquido, ácidos, hidróxido de K, cura espontânea
HANSENÍASE
Doença infectocontagiosa crônica, causada pelo Formas clínicas: Pico de incidência: 10-20 anos
Micobacterium leprae (bacilo álcool-ácido resistente PAUBACILARES Pico de prevalência: 30-50 anos
BAAR) que tem predileção pela pele e SNP MH indeterminada (MHI fase inicial) pode durar Sexo MASCULINO
semanas, meses ou anos. T: 2 a 3 anos/ V: 4 anos
Atinge o nervo podendo levar a incapacidade e MH tuberculoide (MHT)
deformidades, tirando o paciente da sua vida ativa.
*programas de irradicação da doença/rastreio para MULTIBACILARES
detecção precoce MH virchowiana (MHV)
MH dimorfa (MHD)
Convivência domiciliar: contágio inter-humano (doente
bacilífero sem tratamento e contato intimo e AVALIAÇÃO IMUNOLÓGICA
prolongado (secreções nasais, da orofaringe e REAÇÃO INTRADÉRMICA DE MITSUDA
soluções de continuidade da pele) +: imunologicamente resistentes (80%)
-: não resistentes (20%)
Período de incubação: 2 a 5 anos. Pouca
patogenicidade, ou seja, infecta facilmente, mas MITSUDA +: TUBERCULOIDE
dificilmente manifesta a doença (maioria da população MITSUDA -: VIRCHOWIANA/DIMORFA
é resistente a doença

HANSENÍASE INDETERMINADA HANSENÍASE TUBERCULÓIDE HANSENÍASE VIRCHOWIANA


Primeiras manifestações da MH Placas bem delimitadas, cor róseo-eritematosa/ GRANDE polimorfismo de lesoes
• Manchas podem ser hipocromicas/eritemato- acastanhada. Contornos regulares/irregulares Início: Máculas hipo/eritematohipocrômicas,
hipocromicas. Podem se apresentar isoladas ou em formando lesões circulares, anulares, circinadas ou MULTIPLAS, e limites imprecisos; Insidiosa e
grupos (tamanho 2 a 3cm ou 10cm-areas grandes) geográficas. UNICAS OU EM POUCO NÚMERO. progressiva se torna mais eritematosa, pigmentada,
• Forma ovalada/circular e com limites imprecisos ferruginosa e espessada. Pode surgir nódulos/pápulas
• Componentes de filetes nervosos periféricos Comprometimento neural intenso, precoce e ‘’Fácies Leonina’’; ‘’Mãos em garra’’ ‘’Pé caido’’
comprometidos -> hipoestesia (térmica, dolorosa, assimétrico, as vezes com espessamentos neurais BACILOSCOPIA +
tátil) *alteração de sensibilidade (Tuberculoide) cutaneo-superficiais (sudorese/vasomotor) Pode ser encontrado em vários órgãos (nariz, mucosa
• Pode ocorrer hipoidrose/anidrose nas manchas Nervos acometidos: retroauricular, cubital e ciático oral, laringe, olhos, fígado, baço, edula, ossos,
• Baciloscopia – (sem risco de contágio) poplíteo externo cartilagens, esôfago, intestino, rim, pulmão, testículos)
BACILOSCOPIA +/- BACILOSCOPIA – MITSUDA –
MITSUDA +/- MITSUDA + HSPT: Células de Virchow
HSPT: infiltrado inflamatório ao redor dos nervos HSPT: granuloma tuberculoide (células epiteloides
gigantes) granuloma comprime o nervo e pode destruí-
lo -> necrose caseosa nos nervos
HANSENÍASE DIMORFA/boderline REGRAS PROVAS DIAGNÓSTICAS
Conjunto de manifestações que são muito o Qualquer lesão hipocrômica não é MHI se tiver PESQUISA DE SENSIBILIDADE: térmica (2 tubos de
semelhantes a tubercoide ou bem parecidas com a sensibilidade térmica e dolorosa preservada e água – quente e fria – encostar alternadamente nas
forma virchowiana ou intermediarias (DD) lesões muito prova de histamina completa áreas suspeitas – algodão embebido em éter/ Dolorosa
características e as vezes bizarras ‘’queijo suíço’ o Qualquer lesão papulosa ou pápulo nodular que (agulha/alfinete alternando a ponta aguda e o cabo)/
’aspecto esburacado’ não for anestésica, não é MHT Tátil (tocar a pele e pedir onde foi tocado)
BACILOSCOPIA + o Qualquer lesão suspeita de MHV com baciloscopia TESTE DA HISTAMINA: TRÍPLICE REAÇÃO DE LEWIS:
MITSUDA +/- (tende ser -) para BAAR não é MHV eritema/ eritema maior e contorno irregular – eritema
HSPT: pode variar (DT, DW) reflexo / papula. Teste bom para crianças/adltos com
TRATAMENTO: déficit cognitivo/ limitação pacientes melanodérmicos
Rifampicina 600mg* Dapsona 100mg* doses mensais e nos nevos anêmicos
Esquema MB: 12 doses em até 18 meses e alta por BACILOSCOPIA: pesquisa de bacilos de Hansen (BAAR)
cura REAÇÃO DE MITSUDA: prova PROGNÓSTICA, serve
Esquema PB: 6 doses em até 9 meses e alta por cura para classificar a doença (injeção intradérmica de Ag e
leitura após 30 dias)
HSPT: PADRÃO OURO para hanseníase em todas as
formas clínicas
MICOSES SUPERFICIAIS
DERMATOFITOSES
Micoses cutaneas causadas por um grupo de agentes etiologicos (DERMATÓFITOS) os quias tem afinidade por queratina (fonte de subsistência)
- Principais: microsporum, trichophyton, epidermophyton / Podem ser: antropifílicos (exclusivo especie humana), zoofilicos (próprio de animais) geofílicos (vivem no solo)
Transmissão: contato direto/indireto São mais comuns em regiões de maior temperatura e umidade
Imunossuprimidos tem lesoes mais extensas e recidivantes
Diagnostico: MICOLÓGICO DIRETO- raspagem da lesão e clarificação em lamina - E CULTURA -agar/ resultado após 4-15 dias) PADRÃO OURO *pesquisa de ag etiológico
Lâmpada de wood

TINEA CAPITIS: comum em crianças, rara no adulto


Agentes: Microsporum canis (agente principal); M. gypseum; T. mentagrophytes; T. tonsurans
Clinica: placas de tonsura + descamação
Sub grupos: microspórica, tricofítica, kerlon (forma aguda – inflamação, placa única elevada, com pustulas e micro abcessos), favo (tinea favosa – T. schonleinii, mais
grave por que atinge o folículo piloso levando a alopecia definitiva.
TTO: terapia SISTEMICA É MANDATÓRIA (podendo utilizar Griseofulvina ou terbinafina) Topicamente: shampoo de cetoconazol ou ciclopirox

TINEA CORPORIS: ‘’impinge’’


Agentes: T. rubrum; M. canis; T mentagrophytes
Clinica: placas anulares, descamativas, pruriginosas, crescimento centrífugo, tendencia a clarear no centro

TINEA PEDIS: ‘’pé de atleta’’


Agentes: T. rubrum; T mentagrophytes; Epidermophyton flocossum
Clínica: intetriginosa, descamação, fissuras, maceração, vesico-bolhas Umidade e calor são fundamentais

TINEA CRURAL: ‘’tinea inguinal’’


Agentes: T. rubrum; T mentagrophytes; Epidermophyton flocossum Mais comum em HOMENS, geralmente associada a tinea pedis
Clínica: lesões eritemato-descamativas, bordas nítidas, arciformes, podem atingir períneo, fluteo e abdome, tem prurido

ONICOMICOSE
Agente: Trichophyton (+ comum)
Clinica: alteração de cor, atrofia, hiperqueratose lamina, descolamento subungueal
DD: psoriase, paronóquia por leveduras, onicólises, liquen plano, candida albicans, deficiencias nutricionais, contaminação por pseudomonas aeruginosa - ácido acético*
TTO: sistemico se acometimento importante (fluconazol, itraconazol ou terbinafina) associar tópico – esmalte.

PTIRÍASE VERSICOLOR
Infecção cronica da camada cornea causada pela Malassezia furfur (levedura antropofilica lipo dependente) faz parte da biota natural da pele, mas sob determinadas
condições há pseudofilamentação da levedura e surge a clínica da micose. Hiperoleosidade e hiper-hidratação são fatores importantes
Clinica: maculas descamativas, cores variaveis (branca,roxa,acastanhada) descamação furfurácea, SINAL DE ZILERI (descamação/craquelação da pele)
Tronco, ombros, braços, pescoço, face, dobras flexurais
- Assintomatica na maioria, evolui por surtos.
80% recorrencia em dos anos, 60% recorrencia em um ano
Diagnostico: micológico direto, cultura meios com óleo, luz de woody – fluorescencia amarelada ou prateada;
TTO: fatores de risco, topicos, shampoo, sistemico (fluco/itra/cetoconazol) profilaticos (em casos resistentes)

CANDIDIASE
Infecção cutanea, mucosa ou sistemica causada por leveduras do genero Candida (80-90% candida albicans)
Saprófita, habita superfície da pele, mucosa oral, intestinal e genital. Sob algumas condições multiplica-se tornando-se parasita, com esporos, hifas e pseudohifas
Condições que favorecem a proliferação: diminuição da defesa (criança/idoso), gravidez, ACO, DM, ATB, CE, citostáticos, antineoplásicos, AIDS, umidade e maceração
cutanea, imunosuprimidos (fungemia com comprometimento sistêmico)
ORAL: comum em RN, diabéticos, debilitados, próteses mal ajustadas (placas esbranquiçadas na cavidade oral, pode atingir laringe, esofago, traqueia, faringe)
TTO: nistatina de uso oral, bochechos com agua bicarbonada, antifúngicos VO se necessario
INTETRIGINOSA: regiões umidas, de dobras, placas eritematosas, umidas, podem ter erosões, fissuras, colarete córneo, lesões satélites.
Fatores de risco: obesidade, DM, umidade, higiene inadequada.
VULVOVAGINAL E BALANOPOSTITE

MICOSES PROFUNDAS
CROMOMICOSE
Micose profunda, progressiva da pele e subcutâneo Os fungos encontrados no solovegetais são introduzidos no organismo por traumas ou ferimentos
Causada por alguma espécie de fungos dimórficos e dematiáceos, produzem pigmento negro ao serem cultivados 90% das infecções são pelo Fonsecaea Pedrosoi
Clínica: unilateral, geralmente MMII, pode acomete MMSS eraramento o tronco, gluteos, nariz, orelhas, pálpebras
Nodular, tumoral, verruciforme, cicatricial, vegetante e infiltrativa (mais comum: verrucosas, unilaterais, confluem e formam placas verrucosas)
*maioria TRABALHADORES RURAIS / Propagação por contiguidade
Evolui cronicamente, é localizada e não compormete o estado geral do paciente.
Diagnóstico: micologico direto (corpos arredondados, cor de charuto, isolados ou agrupados – corpos fumagoides) Cultura (crescimento lento – 30 dias), HSPT
Tratamento: localizada (curetagem + eletro/ crioterapia/ exérese cirúrgica) extensa (itraconazol, terbinafina) casos extensos nenhuma opção é totalmente eficaz, pouca
resposta terapeutica
DD: PLECCT (PARACOCCIDIOIDOMICOSE, LEISHMANIOSE, ESPOROTRICOSE, CROMOMICOSE, CARCINOMA ESPINOCELULAR VERRUCOSO, TUBERCULOSE)

ESPOROTRICOSE
Micose profunda, evolução subaguda ou cronica, causada pelo Sporothrix schenckii, introduzido no organismo por inoculação direta na pele ou mucosas
Vive saprofiticamente na natureza e a inoculação ocorre por materiais contaminados (palhas, espinhos)
Mordedura de animais e picadas de insetos veiculam a doença (animais são transportadores) *GATO é o maior transmissor da doença para o homem atualmente
Formas cutâneas:
Cutanea linfática: + comum; lesão inicial é pápulo-nodular (cancro esporotricótico) no local da inoculação, podendo involuir ou ulcerar. Depois formam-se nodulos ou
gomas ao longo da cadeia linfática no local acometido (rosário) adultos acomete mais MMII e MMSS / crianças acomete mais na FACE
Cutânea localizada: revela boa resposta imunologica do hospeideiro. Lesões papulosas/tuberosas podendo formar placa verrucosa com/sem ulceração. Mais comum na
face. DD: PLECT
Cutânea disseminada
Extra-cutânea: raras, dependem da imunidade do hospeideiro e da virulencia do fungo (tireoide, testiculos, glandula mamaria, osso e periosteo, articulações, musculos,
SNC, pulmões, rins, figado, baço, pancreas
Diagnóstico: micológico direto (pouca valia, geralmente negativo), CULTURA (PADRÃO OURO) crescimento rápido – 5 dias, 26° *colonias castanho enegrecidas –
ferradura, hifas sepatadas, com conídeos em cachos (forma de margadira)
HSPT: granuloma com área de supuração central e reação histiocitária epitelioide e plasmocitária ao redor, podendo ser achados parasitos em forma de naves ou charutos
Tratamento: Iodeto de potassio, itraconazol, terbinafina (anfotericina B) – AIDS, gravidas

PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Enfermidade infecciosa de evolução aguda a cronica, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis (dismorfimo térmico – micélio 25° e leveduras 37°)
Contágio por via inalatória com formação do complexo primário pulmonar Maioria HOMENS, trabalhadores rurais (30-50 anos) Tabagismo e etilismo coexistem*
Entre a fase de instalação do complexo pulmonar e a estabilização, pode ocorrer deslocamento linfo-hematogênico transitório com instalaçõ de focos metastáticos
tambem transitórios.
Infecção: evoluir para doença progressiva aguda a partir do complexo pulmonar -> quando houver desequilibrio o agente-hospedeiro ocorrer evolução para doença por
reativação do foco quiescente pulmonar ou metastatico -> reinfecção e progressão para doença ativa
Quando multifocal: lesão pulmonar para-hilar
Diagnóstico: micológico direto (lesões, pus, escarro, líquor) celulas arredondadas, múltiplas gemulações (roda de leme) *cabeça de mickey
Cultura (sabouraud – crescimento lento); HSPT: infiltrado inflamatório cronico, granulomatoso; Sorologia: metodo auxiliar no diagnostico (acompanhamento do tto)
DD: pulmonar (tuberculose, CA) oral (CEC), cutanea (PLECT)
Tratamento: sulfamídicos, anfotericina B, itraconazol, fluxonazol EV
Critérios para cura: sem sinais clinicos, sem sinais de inatividade pulmonar, sorologia negativa por 2 anos
LEISHMANIOSE
Infecção crônica, não contagiosa, causada por diversas LEISHMANIOSE TEGUMENTAL AMERICANA LEISHMANIOSE DISSEMINADA
espécies de protozoários do gênero Leishmania e ‘’úlcera de bauru ou ferida brava’’ Múltiplas lesões acneioides, com sintomas gerais
transmitido ao homem por fêmeas de flebotomíneos Agentes: L. Braziliensis; L. amazonensis; L.guyanensis (febre, mialgia)
-Após incubação 1-4sem surge pápula eritematosa Surge semanas após a úlcera inicial. As lesões evoluem
Leishmaniose americana (LTA); Leishmaniose difusa
única ou múltipla no ponto de inoculação evoluindo até em número, forma nódulos e ulcerações, podendo
Leishmaniose visceral americana (LVA)
ulcerar (contornos circulares, bordas altas e infiltradas, acometer mucosas. Ocorre em imunossuprimidos ou
Transmissão: mosquito flebotomíneos (Lutzomya e fundo granuloso podendo estar recoberta por exsudato cepas mais virulentas de L. braziliensis.
Psychodopygus) ‘’mosquito-palha’’ sero-purulento, indolores)
Reservatórios: animais silvestres (roedores, macaco, -No mesmo paciente, podem existir lesões em
tatu, quati, marsupiais, preguiça) ou domésticos (cães, diferentes fases evolutivas (podem involuir
cavalos) espontaneamente ou evoluir para placas vegetantes
Insetos -> sugam os animais -> ingerem os parasitos verrucosas PLECT ou infiltradas)
(forma amastigota) -> tubo digestido do inseto evoluem -As lesões surgem 1-2 anos após o início da infecção,
para forma promastigota -> inoculadas no homem ao por disseminação hematogênica; lesão mucosa nasal
ser picado. Os macrófagos da pele englobam essa destrói o septo nasal e asas nasais (lavando ao nariz de
forma e multiplicam no interior (ninhos) anta/tapir; pode envolver lábios, palato, língua, faringe,
• Áreas de desmatamento é comum (surtos) laringe; as lesões podem infiltrar na face e
comprometer ossos da face
Diagnóstico: inquérito epidemiológico TRATAMENTO LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA ‘’calazar’’
Exame de esfregaço (corado por giemsa/leishman) Antimoniais (n-metil-glucamina - glucantime) ‘’Leishmania chagasi, vetor Lutzomya longipalpis’’
Positivo (30-60%) lesões recentes e raro nas tardias Efeitos colaterais: náuseas/vômitos, tosse, artralgia, Reservatório: cães e raposas
Pesquisa do amastigota elevação TGO/TGP, ureia, creatinina, alteração ECG Clínica: febre, anorexia, adenopatias,
HSPT: granuloma linfo-histo-plasmocitário, grande *não usar em gestantes hepatoesplenomegalia, anemia com linfopenia,
número de plasmócitos, leishmanias presentes Anfotericina B alteração da MO, diarreia, sangramento intestinal
(infecção recente, raro > 6 meses) Formais mais resistentes, monitorar função renal e Achados cutâneos inespecíficos, com rarefação e
Cultura: em meio NNN, pouco utilizada para diagnostic cardiaca descoloração cabelos, palidez, icterícia, purpuras
PCR: identifica a espécie infectante em 80-94% Pentamidina 95% óbito sem tto/ 5-10% óbito com tto adequado
Reação de Montenegro (aplicação intradérmica – Bom resultado para L.guyanensis (IM) é (crianças e idosos)
leitura 48-72h, + em 86-97% casos LTA) continua hipoglicemiante TTO: glucamina ou anfotericina B
positiva após cura da doença; imunodeprimidos e L.
visceral pode demorar 1 a 2 meses para positivar
DERMATOZOONOSES
ESCABIOSE PEDICULOSE
Ácaro Sarcoptes Scabiei var. Homonis Couro cabeludo (Pediculus capitis) difícil achar ninfas e adultos, lêndeas facilmente
Contato entre pessoas; Vive 24-36h no meio ambiente visíveis; prurido no couro cabeludo, eczema occiptal e retroauricular
Prurido principalmente noturno, geralmente poupa face Pubis (ftiríase) Pthirus púbis-chato: região anogenital, axila, coxas, supercílios. Não
Lesão característica é linear, serpiginosa, elevada sai facilmente do cabelo*** dd: dermatite seborreica (sai facilmente)
Lesões eritemato-papulosas – axilar, mamas, pênis, glúteos, interdigitais, tronco são
por mecanismos imunológicos pelo ácaro Tratamento
Escabiose nodular por evolução longa da doença Permetrina 1% shampoo por 10 minutos
Sarna crostosa ou norueguesa (imunossuprimidos, pode não haver prurido, lesões Permetrina 5% loção de noite
crostosas, hiperceratóticas, com issuras, destrofias ungueais) Repetir após 7 a 10 dias
Diagnóstico: história clínica + exame direto (muitas vezes difícil de se achar o ácaro) Ivermectina VO
tratamento de prova Lêndeas - vinagre
Tratamento: tratar TODOS os habitantes do domicílio; - Permetrina 5% loção à
noite e banho de manhã, 3 noites consecutivas, repetir em 1 semana; pode usar em
crianças, gestantes, adultos - Enxofre 5 ou 10% - não tem EC, usado em qualquer
idade, de noite por 4 noites consecutivas - Ivermectina – acima de 5 anos, 1cp a
cada 30kg, dose única, repete em 7 a 15 dias - Prurido pós escabiótico: CE, anti-
histamínicos
LARVA MIGRANS CUTÂNEA – BICHO GEOGRÁFICO MIÍASES
Contato com solo ou areia contaminados pelas fezes de cães e gatos Infestação devido à invasão de tecidos e órgãos por larvas de dípteros
Ancylostoma brasiliensis é o agente mais comum Miíase primária (furunculoide)
Lesões lineares, salientes, serpiginosas, eritematosas, pruriginosas Ocorre quando a larva de Dermatobia hominis penetra nos tecidos
Pode haver vesículas e bolhas por hipersensibilidade Lesão inicial é uma pápula que cresce e se torna furunculoide, eritematosa,
Pode ocorrer infecção secundária e eczematização dificultando o diagnóstico discretamente mais quente.
Locais mais afetados são os que entram em contato Há pequeno orifício central por onde drena continuamente secreção serosa
Tratamento é a retirada larva por compressão, abertura cirúrgica ou ocluindo o
Tratamento orifício impedindo a larva de respirar
Albendazol 400mg dose única, podendo repetir 48h após
Ivermectina Miíase secundária
Poucas lesões podem-se usar creme de tiabendazol 5% Moscas depositam ovos em ulcerações da pele, que eclodem e as larvas vão se
desenvolvendo no local
Tratamento retirada larvas

Miíase cavitária
Mosca deposita ovos em cavidades naturais (narina, ouvido, vagina)

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