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Diretora Geral

Odília Dantas Moliterni

Coordenador do Curso de Medicina


Prof. Dr. Paulo Benigno Pena Batista

Assessoria Pedagógica
Profa. Cleyse Dagmar Santos Araújo Bianchi
Profa. Sheyla Maria de Almeida Couto Pastori

Professores
Andrea Monteiro de Amorim
Cristiane Santos Nascimento
Everton Tenório De Souza
Isis Fernandes Magalhães Santos
Mariana Leite
Melissa Moura Costa Abbehusen
Patrícia Aparecida Da Silva Valadão
Rafael Araujo Gomes Junior
Tatiane Santana Sales
Theolis Bessa
Vanessa Carine Santos De Almeida
Sandra Assis Brasil
Susana Carla Pires Sampaio de Oliveira

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .....................................................................................................................4
ÁRVORE TEMÁTICA...........................................................................................................6
OBJETIVOS DO MÓDULO ..................................................................................................6
OBJETIVO GERAL ..............................................................................................................6
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................6
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ..........................................................................................7
DISCIPLINAS PARTICIPANTES .......................................................................................10
CARGA HORÁRIA DO MÓDULO ......................................................................................10
CONSULTORIA DO MÓDULO – PROFA. DRA. CRISTIANE NASCIMENTO ..................11
CRONOGRAMA DO MÓDULO .........................................................................................11
LABORATÓRIO MORFUNCIONAL (LMF) ........................................................................12
ATIVIDADES DO LABORATÓRIO MORFUNCIONAL (LMF) ............................................12
OBJETIVOS.......................................................................................................................12
ATIVIDADES DO LABORATÓRIO DE PRÁTICAS INTEGRADAS – LPI 2023.1 ..............14
PALESTRAS E FILMES: ...................................................................................................15
AUSÊNCIA NA SESSÃO TBL ...........................................................................................17
TBL – SESSÃO 1 - AGRESSÃO VERSUS DEFESA ........................................................18
TBL – SESSÃO 2 – HÓSPEDES X INVASORES .............................................................21
TBL – SESSÃO 3 – ANTÍGENO VERSUS ANTICORPO ..................................................23
TBL – SESSÃO 4 – A CRIAÇÃO .......................................................................................25
TBL – SESSÃO 5 – VITAMINA S (SUJEIRA) ....................................................................27
TBL – SESSÃO 6 - A NOVA REVOLTA DA VACINA*? ....................................................29
TBL – SESSÃO 7 – TODO O CUIDADO É POUCO... .......................................................31
TBL – SESSÃO 8 – RESPOSTAS EXAGERADAS ...........................................................33
TBL – SESSÃO 9 – A DÚVIDA: INQUIETA OU RECONFORTA? ....................................35
TBL – SESSÃO 11 - O FIM DO MUNDO... ........................................................................38
REFERÊNCIAS RECOMENDADAS ..................................................................................40

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INTRODUÇÃO

A cada instante somos expostos a uma grande variedade de agentes biológicos


(bactérias, fungos, vírus e protozoários), físicos (radiações, temperaturas baixas ou
elevadas) e químicos (substâncias tóxicas, medicamentos) que podem ser potencialmente
agressores. Já imaginou se o organismo humano reagisse a todos esses fatores? A vida
não seria possível!
A evolução permitiu ao nosso organismo a capacidade de adaptação, de convivência
pacífica com outros organismos vivos ou de uma resposta elaborada e efetiva em situações
de risco. Na maioria das situações nem notamos a presença de um “agente agressor”. Num
outro extremo, existem situações nas quais a convivência é impossível.
O Módulo Temático Mecanismos de Agressão e Defesa (MAD) possibilita aos
estudantes de Medicina compreender o funcionamento das defesas do organismo, em
todos os níveis, bem como as principais características de agentes agressores,
especialmente os biológicos.
Nos módulos anteriores os objetivos educacionais estavam voltados para a
compreensão da fisiologia e o conceito de saúde; mas, afinal, o que é a doença? Por que
e como adoecemos? A doença tem sido definida como “um desajustamento ou falha nos
mecanismos de adaptação do organismo, ou ausência de reação aos estímulos cuja ação
estamos expostos.
O meio em que vivemos apresenta uma grande diversidade de organismos vivos
com os quais, normalmente, convivemos pacificamente. Nosso sistema imunológico nos
prepara para essa convivência desde o período intrauterino, nos defendendo de agressões
ou contribuindo para a recuperação das agressões por esses agentes.
Convido você para que possamos embarcar juntos nessa viagem de troca e
aprendizado mútuo. Contem comigo!!

Bom Estudo!

Cristiane Nascimento
E-mail: cristiane.nasc@kroton.com.br

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ÁRVORE TEMÁTICA

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OBJETIVOS DO MÓDULO

OBJETIVO GERAL

Compreender os principais mecanismos e agentes agressores ao organismo


humano, bem como as respostas a tais ações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Compreender as causas e consequência dos mecanismos de agressão e


defesa;
 Definir antígeno e anticorpo;
 Diferenciar imunidade inata de imunidade adaptativa;
 Estudar os principais antígenos e anticorpos e suas implicações para a resposta
imune do organismo humano;
 Compreender as barreiras do organismo e sua relação com seus mecanismos
de defesa;
 Compreender os mecanismos de agressão causados por agentes físicos e
químicos;
 Estudar os principais mecanismos de resposta do organismo as agressões
causadas por agentes biológicos (bactérias, fungos e vírus);
 Compreender os principais mecanismos de resposta imunológica;
 Descrever os mecanismos de lesão celular, adaptação e tolerância;
 Descrever as relações que causam a perda do equilíbrio das reações
imunológicas;
 Entender a autoimunidade e suas consequências;
 Estudar os diferentes tipos de hipersensibilidades;
 Conhecer o mecanismo geral de ação dos corticoides;
 Explicar as formas de transmissão do SARS-COV2 e a relação do vírus com as
células do organismo;
 Identificar o risco de contrair e transmitir a COVID19 e medidas protetivas.
 Descrever as formas clínicas da COVID19;

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Anticorpos e Antígenos
2. Agentes agressores
 Biológicos
 Bactérias: Gram-positivas, gram-negativas e micobactérias
 Vírus: Vírus envelopados e não envelopados
 Fungos: Bolores e leveduras
 Físicos
 Químicos

1. Barreiras e respostas de defesa naturais inatas


1. Pele e anexos, secreções, alterações de pH, peristaltismo
2. Microbiota humana;
3. Proteínas do sistema imune (complemento, proteínas de fase aguda)
4. Fagocitose e citotoxicidade;
5. Inflamação

2. Causas e consequências dos fenômenos de agressão e defesa


1. Mecanismos de sinalização, reconhecimento e apresentação de antígenos
2. Fatores predisponentes que levam à agressão
1. Desnutrição e má higiene
2. Doenças intercorrentes
3. Fatores psicológicos
4. Drogas e medicamentos
5. Reações de hipersensibilidade (I, II, III, IV)
6. Imunodeficiências (primárias e secundárias)

2. Mecanismos de defesa
1. Respostas imune humoral e celular e sua regulação;
2. Resolução do processo patológico.

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3. Consequências
1. Adaptação
2. Tolerância
3. Lesões celulares e teciduais
4. Diagnóstico laboratorial

5. Relação antígeno-hospedeiro-harmônicas
1. Tolerância ao não próprio: Comensalismo, simbiose e mutualismo
2. Tolerância ao próprio.
3. Relações desarmônicas (parasitismo)
1. Fatores de patogenicidade
2. Toxinas
3. Variação antigênica
4. Imunossupressão

6. Farmacologia
1. Mecanismo de ação dos corticoides e seus efeitos sistêmicos.

7. Morfofuncional
1. Células e Tecidos do Sistema Imune.
2. Circulação de Leucócitos e Migração para os Tecidos.
3. Componentes do sistema linfático (anatomia, morfologia, e a fisiologia) e
circulação linfática.

8. Patologia Clínica
1. Hematopoese – produção e função dos elementos figurados do sangue.
2. Alterações morfológicas das células sanguíneas e procedimentos pré-
analíticos relacionados ao hemograma suas alterações.
3. Métodos diagnósticos para as principais doenças infecciosas de interesse
médico.

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DISCIPLINAS PARTICIPANTES

1. Virologia
2. Patologia
3. Fisiologia
4. Histologia
5. Infectologia
6. Parasitologia
7. Farmacologia
8. Patologia Clínica
9. Imunologia Básica
10. Imunologia Clínica
11. Anatomia Humana
12. Microbiologia Básica e Clínica

CARGA HORÁRIA DO MÓDULO

ATIVIDADES MÓDULO
TBL 48h
PBL 8h

Palestras 10 h
Filmes 6h
Laboratório de Práticas Integradas 12h
Morfofuncional 10 h
Consultorias 10 h
Prova 12 h
Estudo Autodirigido 76h
Total do Módulo 180 h

Obs.: Os discentes que não tiverem 75% de presença nas atividades - TBLs, Palestras ou
Conferências, Consultorias e Laboratórios Morfofuncional e de Práticas Integradas, serão
reprovados por falta.

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CONSULTORIA DO MÓDULO – Profa. Dra. Cristiane Nascimento

DATA HORÁRIO

16/03/2023 8h ás 10h
23/03/2023
Após TBL

30/03/2023 Após TBL

06/04/2023 Após TBL

13/04/2023 Após TBL

20/042023 Após TBL

27/04/2023 Após prova

CRONOGRAMA DO MÓDULO

ATIVIDADE DATA

1. Abertura do Módulo 16/03/2023

2. Período do Módulo 16/03 a 27/04/2023

3. Última Tutoria 24/04/2023

5. Devolutiva da Prova do módulo 27/04/2022 (após a prova)

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LABORATÓRIO MORFUNCIONAL (LMF)

Coordenadora Geral do LMF: Profª. MsC. Simone Cucco

 As aulas práticas de anatomia e de histologia ocorrerão de maneira espelhada


em seus respectivos laboratórios com toda a turma distribuída entre os mesmos.
 Os dias de quarta e quinta feiras são destinados ao estudo da disciplina devendo
ser respeitado o cronograma de realização das atividades e o seu respectivo
professor alocado.
 Devem ser respeitadas todas as regras/orientações para a realização das aulas
práticas; nos dias de estudo e revisão de prova.

ATIVIDADES DO LABORATÓRIO MORFUNCIONAL (LMF)

Docentes da Anatomia: Naiara Pimentel, Marcelo Oliveira e Tiago Cadidé


Docentes da Histologia: Edvana Ferreira, Maria Clara Oliveira e Thaline Mabel Santos
Coordenadora do 1º Ano do LMF: Profª MsC Naiara Pimentel
Coordenadora Geral do LMF: Profª. MsC. Simone Cucco

OBJETIVOS

 Explicar os componentes do sistema linfático caracterizando a anatomia,


morfologia, e a fisiologia;
 Identificar e descrever os principais órgãos e tecidos linfoides primários e
secundários;
 Descrever os principais órgãos que formam o Sistema Linfático no que se refere
à sua localização e função anatômicas como também as suas relações
topográficas em associação com o retorno venoso e os vasos envolvidos;
 Identificar ao microscópio de luz em corte histológico as diferentes estruturas
teciduais linfoides e células explicando sua função e composição;
 Descrever histologicamente as principais estruturas do Timo, Medula Óssea,
baço;

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 Identificar histologicamente as barreiras e as defesas internas que fornecem
proteção à pele e ás túnicas mucosas (linfonodo, baço, timo, tonsila, placa de
Peyer);
 Descrever anatomicamente a organização dos vasos linfáticos e a circulação da
linfa;
 Identificar os principais vasos de drenagem venosa
 Identificar no RX tórax as estruturas ósseas, pulmões, pleuras, coração e
grandes vasos, traqueia, seios costofrênicos e diafragma;
 Identificar os princípios da formação da imagem no RX, na RM, na mamografia
e no US;

DATA TEMA DA AULA

Anatomia: Anatomia Sistema venoso (cabeça e MMSS)


29/03/2023
Histologia: Pele e Linfonodos
Anatomia: Sistema venoso (coração, tronco e MMII),
05/04/2023 baço e linfonodos
Histologia: Timo e baço
Anatomia: Estudo
12/04/2023
Histologia: Placa de Peyer e tonsilas
Anatomia: Prova
19/04/2023
Histologia: Prova
Anatomia: Prova/ Revisão de prova
26/04/2023 Histologia: Prova/ Revisão de prova

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ATIVIDADES DO LABORATÓRIO DE PRÁTICAS INTEGRADAS – LPI 2023.1

Docentes: Edvana Ferreira, Gustavo Miranda, Jorge Ribas, Tiago Landim, Tatiane
Sales, Vanessa Riesz.
Coordenadora Geral do LMF: Pfa. MsC. Simone Cucco
 As aulas práticas de práticas integradas ocorrerão de maneira espelhada em seus
respectivos laboratórios com toda a turma distribuída entre os mesmos.
 Devem ser respeitadas todas as regras/orientações para a realização das aulas
práticas.

Cronograma

Data Tema da aula


Técnica de Coloração de Gram
21/03/2023
Realização Prova Bioquímica para Gram + (Coagulase e Catalase)
Estação 01: Prova Bioquímica 01 (TSI e SIM)
Prova Bioquímica 02 (Citrato e Fenilalanina)
28/03/2023
Estação 02: Prova Bioquímica 03 (Glicose e Ureia)
Antibiograma
Prova de ASLO e
04/04/2023
Prova de PCR
11/04/2022 Montagem de Esfregaço sanguíneo
18/04/2022 Elementos Figurados/Contagem Diferencial de Leucócitos
25/04/2023 Avaliação Prática – LPI

OBSERVAÇÃO:

As aulas para as turmas práticas A, B, C, D, E e F serão realizadas às terças-feiras


das 16h00 às 17h40.

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PALESTRAS E FILMES:

Palestra 1: As bases da resposta imune a agentes agressores.


Objetivo: Demonstrar como o organismo mantém sua integridade biológica e
responde às tentativas de agressão.
Facilitador: Tadeu Raynal
Data: 27/03/2023
Horário: 15:30

Palestra 2: Sistema Imune: Construção de mecanismos de convivência e


sobrevivência (intra e extra útero).
Objetivo: Compreender a construção da relação celular mãe filho e da microbiota
pós-nascimento que permite a vida.
Facilitador: Mariana Leite
Data: 03/04/2023
Horário: 15:30

Palestra 3: A Tuberculose no Brasil e no Mundo


Objetivo: Compreender os fatores imunológicos associados ao desenvolvimento
da tuberculose e conhecer o panorama da doença no Brasil e no mundo.
Facilitador: Theolis Bessa
Data: 10/04/2023
Horário: 12h

Palestra 4: O surgimento de Novos Vírus


Objetivo: Compreender os fatores associados ao surgimento de novos vírus.
Facilitador: Isis Magalhães
Data: 17/04/2023
Horário: 15:30

Filme 1: Osmose Jones – Uma Aventura Radical pelo Corpo Humano


Data: Horário Livre. Link: https://youtu.be/c2Aq_X0642s?t=8

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Objetivo: Discutir sobre os mecanismos de agressão e defesa e o funcionamento
do sistema imune no organismo humano.

Filme 2 : A GRIPE /The Flu,


Data: Horário Livre. Link: https://youtu.be/fCAcAxoPL8w?t=17
Objetivo: Discutir sobre a Pandemia da Gripe.

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AUSÊNCIA NA SESSÃO TBL

Na ausência do Discente será atribuída nota zero na Sessão de TBL. Nas situações
de doença comprovada por atestado médico ou impedimento de ordem jurídica também
comprovado devem seguir o quanto estipula o regimento ou regulamento de avaliação e
notas do curso de medicina o qual o(a) aluno(a) tem o dever de conhecer.

SESSÕES DE TBL

SESSÃO TBL DATA


SESSÃO 01 16/03/2023
SESSÃO 02 20/03/2023
SESSÃO 03 23/03/2023
SESSÃO 04 27/03/2023
SESSÃO 05 30/03/2023
SESSÃO 06 03/04/2023
SESSÃO 07 06/04/2023
SESSÃO 08 10/04/2023
SESSÃO 09 13/04/2023
SESSÃO 10 17/04/2023
SESSÃO 11 20/04/2023
SESSÃO 12 24/04/2023

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TBL – SESSÃO 1 - AGRESSÃO versus DEFESA
O sistema imunológico é constituído por uma intrincada rede de órgãos, células e
moléculas, e tem por finalidade manter o equilíbrio do organismo, combatendo as agressões em
geral. O organismo é protegido por barreiras físicas, que quando rompidas, prejudicam a
homeostase, que deverá ser restabelecida por uma série de mecanismos. Nesse contexto, a
imunidade inata atua em conjunto com a imunidade adaptativa de forma a desenvolver uma
rápida resposta à agressão, independentemente de estímulo prévio.
A inflamação é uma reação natural do organismo a danos, injúria ou lesões teciduais
devido à presença de um corpo estranho, trauma, infecções, reações imunológicas e necrose
tecidual. Ela constitui a primeira linha de defesa do organismo que envolve componentes
vasculares, celulares e uma diversidade de substâncias solúveis, apresentando sinais clínicos
característicos como rubor, calor, edema, dor e prejuízo funcional, que podem culminar no fim
da resposta e o retorno da homeostase. O uso de glicocorticoides atua suprimindo a inflamação
através de vários mecanismos celulares e moleculares.

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

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Figura 2: Inflamação
https://i.pinimg.com/736x/12/84/33/12843310145b8766ab611391cd23af7c.jpg

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Descrever as características gerais, tipos de células envolvidas, tempo de respostas e
especificidade da Imunidade inata e da imunidade adquirida.
2. Correlacionar Imunidade Inata e a resposta inflamatória destacando os sinais flogísticos.
3. Explicar os mecanismos de modulação da resposta imune, ou seja, o feedback negativo
da inflamação que leva de volta a homeostase.
4. Explanar o papel dos glicocorticoides sobre o sistema imunológico, assim como seu
mecanismo de ação.

CONTEÚDO PEDAGÓGICO
 Imunidade inata de imunidade adaptativa – tipos celulares, perfil de citocinas,
moléculas relacionadas, principais processos correlacionados, especificidade,
tempo de resposta.
 Inflamação como mecanismo de defesa (resposta inflamatória /migração celular,
diapedese);
 Eliminação dos agentes estranhos
 Regulação da resposta inflamatória.
 Glicocorticóides - mecanismo de ação e função.

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REFERÊNCIAS

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2015. Capítulo 1 - Propriedades e Visão Geral das Respostas Imunes. p 27-
44. Capítulo 2 - Células e Tecidos do Sistema Imune. p. 55-70. Capítulo 4. Imunidade Inata. p
137-139; 163 –168; 174 - 176. Capítulo 4 – Resposta inflamatória. p.183 - 197.

CRUVINEL, W.M. et al. Sistema Imunitário – Parte I: Fundamentos da imunidade inata com
ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Rev Bras Reumatol
2010; 50(4), p 434-61.

JÚNIOR, M.D. et al. Sistema Imunitário – Parte II: Fundamentos da resposta imunológica
mediada por linfócitos T e B. Rev Bras Reumatol 2010; 50(5)p 552-80.

ETIENNE, Rachelle; VIEGAS, Flávia; VIEGAS JR, Claudio. Aspectos fisiopatológicos da


inflamação e o planejamento de fármacos: uma visão geral atualizada. Revista Virtual de
Química, v. 13, n. 1, 2021.

FREITAS, Priscilla Ramos et al. Abordagens terapêuticas nas doenças inflamatórias: uma
revisão. 2019.

TORRES, R. C. et al. Mecanismos celulares e moleculares da ação anti-inflamatória dos


glicocorticoides. Corpus et Scientia. v. 8, n. 2, p. 36-51, 2012.

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TBL – SESSÃO 2 – Hóspedes x Invasores
“A aquisição de uma microbiota residente, ou seja, uma população microbiana que
permanece no corpo ao longo da vida ocorre em etapas. A colonização dá-se pela pele
(Staphylococcus epidermidis), seguida pela orofaringe (estreptococos α – hemolíticos) e, em
seguida, o trato gastrointestinal e outras mucosas. O organismo humano fornece habitats com
condições ambientais favoráveis distintas que selecionam o crescimento e distribuição das
populações microbianas em resposta a fatores externos e fisiológicos do hospedeiro como
idade, dieta, estado hormonal, saúde e higiene pessoal. Além das microbiotas residente e
transitória, Rotter descreve um terceiro tipo de microbiota das mãos, denominada microbiota
infecciosa. Neste grupo, poderiam ser incluídos microrganismos de patogenicidade
comprovada, que causam infecções específicas como abscessos, panarício, ou eczema
infectado das mãos. S. aureus e estreptococos β-hemolíticos são as espécies mais
frequentemente encontradas.”

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Descrever as características dos grandes grupos de microrganismos prováveis
causadores de infecção e seus possíveis mecanismos de patogenicidade (bactérias,
vírus, protozoários e fungos).
2. Caracterizar os micoorganismos que albergam as superfícies corpóreas (pele, mucosa)
e suas relações com o hospedeiro (mutualismo, simbiose, comensalismo, parasitismo);
3. Explicar o processo de agressão e defesa que se inicia com o rompimento da barreira
epitelial (pele);
4. Traçar a rota de um microrganismo da pele ao linfonodo, explicando as diferentes fases
da resposta que expliquem os sintomas.

CONTEÚDO PEDAGÓGICO
 Organismos patogênicos – noções básicas (vírus, bactérias, fungos e a microbiota
normal);
 Portasde entrada (pele, trato gastrointestinal, trato geniturinário,
orofaringe);

REFERÊNCIAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. P 564. Capítulo 1 - Propriedades e Visão Geral das
Respostas Imunes. p 45-52; P161. Capítulo 4 – Barreiras epiteliais. Páginas 668 a 672 -
Capítulo 14 – Sistema Imune cutâneo.

Riedel, Stefan, et al. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick & Adelberg. Disponível
em: Minha Biblioteca, (28th edição). Grupo A, 2022. Página 1- Parte I - Fundamentos da
microbiologia - Pegar apenas as definições de cada grande grupo (bactérias,
protozoários, fungos e vírus). Página 127 - Funções de barreira na imunidade inata.
Página 154 - Fundamentos de bacteriologia até página 167. Página 412 - Virologia até
página 422. Página 672 - Micologia - até a página 678.

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TBL – SESSÃO 3 – ANTÍGENO versus ANTICORPO
“Um antígeno é qualquer substância que pode ser especificamente ligada por uma
molécula de anticorpo ou receptor de célula T. Os anticorpos podem reconhecer como antígenos
praticamente todos os tipos de moléculas biológicas, incluindo simples metabólitos
intermediários, açúcares, lipídios, autacoides e hormônios, bem como macromoléculas tais
como carboidratos complexos, fosfolipídios, ácidos nucleicos e proteínas. Isso se contrapõe às
células T, que reconhecem principalmente peptídeos... Todas as moléculas de anticorpo
compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam marcante
variabilidade nas regiões onde os antígenos se ligam. Esta variabilidade das regiões de ligação
do antígeno é responsável pela capacidade de diferentes anticorpos se ligarem a muitos
antígenos estruturalmente diversos. Em todos os indivíduos, existem milhões de diferentes
clones de células B, cada uma produzindo moléculas de anticorpo com os mesmos locais de
ligação do antígeno e diferentes nestes locais dos anticorpos produzidos por outros clones.”

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ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Conhecer os conceitos de antígeno e anticorpo e bem como a relação das referidas
moléculas com a imunidade;
2. Compreender as diferenças entre os diversos tipos de anticorpos e sua relação com a
resposta imunológica.
3. Caracterizar imunidade humoral e imunidade celular;
4. Conhecer o mecanismo pelo qual se estabelece a memória imunológica no corpo
humano.

CONTEÚDO PEDAGÓGICO
 Apresentação e reconhecimento do antígeno;
 Anticorpos e seu papel na defesa;
 Classificação de anticorpos;
 Respostas imunes adaptativas (celular e humoral);
 Memória imunológica.

REFERÊNCIAS

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. p.212 a 250– Capítulo 5: Anticorpos e Antígenos. p.436 a
470 - Capítulo 9 - Ativação do Linfócitos T ; p.534 a 545 ; Capítulo 10 - Diferenciação e
Funções das Células T CD4+ Efetoras. p.532 a 553 - Capítulo 12: Ativação da Célula B
e Produção de Anticorpos; p.585 a 613 - Capítulo 13: Mecanismos Efetores da Imunidade
Humoral.

ROITT, I.M.; DELVES, P.J. Fundamentos de Imunologia. 12ᵃ Edição. Editora Guanabara
Koogan, 2013. Capítulo 3; págs. 64 – 90.

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TBL – SESSÃO 4 – A criação

Miguel, muito curioso e inspirado pelo módulo MAD, acompanha a gestação de sua irmã
e pensa em como seu sobrinho está se desenvolvendo intraútero e se preparando para esta
relação com o meio externo e com a própria mãe. Reflete sobre a passagem pelo canal do parto,
a primeira inspiração do “ar hospitalar” e a primeira mamada no centro cirúrgico, tudo tão
inóspito!

https://www.soldiagnosticos.com.br/wp-content/uploads/2021/03/vida20no20ventre-e1614770471892-715x365.jpg

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Explicar o a produção e desenvolvimento (até a maturação) das células do sistema imune
correlacionando com o processo de reconhecimento dos antígenos próprio, que
viabilizam a vida extra útero (seleção positiva e negativa).
2. Discorrer sobre a relação de equilíbrio dinâmico entre resposta da mãe/filho que induzem
tolerância mútua e permitem a evolução da gravidez (decídua/trofoblasto).
3. Explicar como o recém-nascido aprende a diferenciar antígenos patogênicos e
comensais presentes na natureza e a responder de forma adequada.

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CONTEÚDO PEDAGÓGICO
♦ Células do sistema imune: origem, maturação, destino e função.
♦ Marcadores celulares;
♦ Equilíbrio entre o próprio e o não próprio e a integridade biológica do ser humano -
“Próprio e não próprio”. (MHC)
♦ Vigilância imunológica.
♦ Resposta imune entre mãe/filho durante a gravidez
♦ A diferença entre microrganismo que causam doença e os que convivem
pacificamente (Equilíbrio/tolerância).

REFERÊNCIAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Capítulo 2 – Células e Tecidos do Sistema Imune. p.58 a
79. Capítulo 6 - Moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade e
Apresentação de Antígenos aos Linfócitos. p.268 a 312. Capítulo 8.

Desenvolvimento de Linfócitos e Rearranjo dos Genes dos Receptores de Antígenos. p.


387-390. Capítulo 15 - Tolerância Imunológica e Autoimunidade. p.685 a 716.

CREASY, R.K & RESNIK, R. et al. Medicina Materno Fetal, 7.ed. Rio de Janeiro: Editora
Elsevier, 2016.

WATANABE, Maria Angelica Ehara et al. Gestação: um desafio imunológico. Semina:


Ciências Biológicas e da Saúde, v. 35, n. 2, p. 147-162, 2014.

LIMA, Francisco Jamilton Bezerra; DE SOUSA, Naiane Maria; PINTO, Ana Carolina
Matias Dinelly. Relação do tipo de parto na constituição da microbiota infantil. Encontro
de Extensão, Docência e Iniciação Científica (EEDIC), v. 5, n. 1, 2019.

DINIZ, Lílian Martins Oliveira; FIGUEIREDO, Bruna de Campos Guimarães. O sistema


imunológico do recém-nascido. 2014.

26
TBL – SESSÃO 5 – Vitamina S (sujeira)

https://imer.ag/wp-content/uploads/2017/10/OMO-porque-se-sujar-faz-bem-II-1024x520.jpg

“Porque se sujar faz bem!”


“Mais de 20 anos se passaram desde que foi proposta pela primeira vez a ideia de que
as “infecções” e o “contato não higiênico” poderiam conferir proteção contra o desenvolvimento
de doenças alérgicas. Conforme postulada originalmente pelo Dr. Strachan, a Hipótese da
Higiene (HH) sugeria que irmãos mais novos apresentavam menos rinite alérgica do que seus
irmãos mais velhos, porque tinham infecções mais frequentes e, portanto, menos alergia...
Assim, as evidências obtidas nas últimas décadas mostram claramente que a HH está longe de
ser uma ideia simples e única e que se trata, na verdade, da interação complexa entre muitos
fatores que incluem: as várias doenças alérgicas e seus diferentes fenótipos, o nível e a
variedade de exposições ambientais, o momento em que ocorrem as exposições e a
suscetibilidade genética para reagir a tais exposições.”

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Discutir a teoria da higienização confrontando-a com a cultura da higienização pessoal e
do meio.

27
2. Compreender os processos envolvidos na tolerância imunológica (oral e central);
3. Compreender o processo de regulação da resposta imunológica.

CONTEÚDO PEDAGÓGICO
 Tolerância oral;
 Tolerância central;
 Barreiras imunológicas naturais;
 Modulação da resposta imune;
 Teoria da higienização;

REFERÊNCIAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2015. Páginas 633 a 636 / 658 a 661. Capítulo 14 – Imunidade
Especializada em Barreiras Epiteliais e em Tecidos Imunologicamente Privilegiados.
Página 659 a 661. Capítulo 14 – Tolerância Oral e Vacinas Orais. p.685 a 716 – Capítulo
15 - Tolerância Imunológica e Autoimunidade.

BACH, Jean-François. The hygiene hypothesis in autoimmunity: the role of pathogens


and commensals. Nature Reviews Immunology, v. 18, n. 2, p. 105-120, 2018.

PEIXOTO. R.P.L.S. A Hipótese da Higiene: Sustentação Científica. 2011. 28 páginas.


Dissertação (mestrado) – Instituto de Ciências Abel Salazar, Universidade do Porto,
Portugal.

28
TBL – SESSÃO 6 - A nova Revolta da Vacina*?

*Revolta da Vacina: manifesto popular ocorrido em 1904 na cidade do Rio de Janeiro

“(...) os dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
mostram que a taxa de vacinação infantil no Brasil vem sofrendo uma queda brusca: a taxa caiu
de 93,1% para 71,49%. De acordo com a pesquisa, realizada em parceria com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), esse número coloca o Brasil entre os dez países com menor cobertura
vacinal do mundo.
A baixa cobertura vacinal no país deixa a população infantil exposta a doenças que antes
não eram mais uma preocupação, como o sarampo, que foi erradicado no país em 2016 e em
2018 voltou para a lista de doenças no Brasil. Além do sarampo, outras doenças que correm o
risco de voltar a acometer as crianças são a poliomielite, meningite, rubéola e a difteria.”

Objetivos:
1. Explicar os princípios e tipos de imunização e seus benefícios na saúde individual e
coletiva.
2. Conhecer os diferentes tipos de vacinas e sua utilização na prática clínica.

29
Conteúdo:
 Princípios da imunização
 Imunização passiva e ativa
 Estratégias para o desenvolvimento de vacinas:
o Vacinas Bacterianas e Virais Atenuadas e Inativadas;
o Vacinas de Antígeno Purificado (Subunidade);
o Vacinas de Antígenos Sintéticos;
o Vacinas de Vírus Vivos Envolvendo Vírus Recombinantes;
o Vacinas de DNA e RNA.
 Adjuvantes e Imunomoduladores

REFERÊNCIAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Estratégias para o desenvolvimento de
vacinas. In: ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e
Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, Capítulo 16, P. 770- 777, 2015
DOMINGUES, Carla Magda Allan Santos et al. Vacina Brasil e estratégias de formação
e desenvolvimento em imunizações. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 28, p.
e20190223, 2019.
POLLARD, A. J.; BIJKER, E. M. A guide to vaccinology: from basic principles to new
developments. Nat Rev Immunol 21:83–100, 2021. https://doi.org/10.1038/s41577-020-
00479-7.
SILVA, T.; ALMEIDA, E. Vacinas SARS-COV-2: principais características e perspectivas
futuras - revisão da bibliografia. HIGEIA(Ed. Especial):P57-65, 2020.
VILANOVA, M. Vacinas e imunidade Prevenção de doenças infeciosas. Rev. Ciência
Elem., 8(02):021, 2020.

30
TBL – SESSÃO 7 – TODO O CUIDADO É POUCO...

https://www.frontiersin.org/files/Articles/579220/fimmu-11-579220-HTML-r1/image_m/fimmu-11-579220-g001.jpg

“A principal função do sistema imunológico é a de combater os agentes infecciosos e


eliminar células malignas. Esta tarefa desafiadora é efetuada por dois mecanismos de defesa
que interagem intimamente, definidos como imunidade inata e imunidade adaptativa. O sistema
imunológico constitui um sistema dinâmico altamente dependente do poder de regeneração das
células precursoras hematopoiéticas e cuja homeostase sofre ameaças constantes. Alterações
progressivas ocorrem com a idade, atingindo em particular a imunidade adaptativa, que é regida
por mecanismos complexos que pressionam o sistema imunológico para a procura do equilíbrio
entre a manutenção da homeostase e a adaptação às agressões externas. O envelhecimento
imunológico, portanto, abrange tanto a experiência, adquirida pelo contato com diversos
antígenos, assim como o armazenamento, mantido pela memória imunológica.
Consequentemente, a principal manifestação clínica do envelhecimento imunológico é o
aumento da suscetibilidade às infecções, sejam elas novas, crônicas ou latentes.”

31
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Reconhecer os vírus como agentes causadores de doenças e suas características
morfológicas e estruturais relacionadas à patogênese, especificamente os vírus da
família Ortomyxoviridae (influenza);
2. Compreender o fenômeno de variação antigênica no vírus influenza A e sua relação com
a sazonalidade;
3. Traçar a rota do vírus explicando o processo de invasão e os mecanismos de defesa
(inatos e adaptativos) do organismo às infecções virais que justifiquem os sintomas;
4. Caracterizar as alterações morfofuncionais (da via respiratória) e imunológicas no idoso
(quantitativas e qualitativas), que contribuem para o aumento das infecções virais
(imunosenescência).

CONTEÚDO
 Vírus: Morfologia e características estruturais (ácido nucléico, capsídeo, envelope
viral).
 Família Ortomyxoviridae: características morfológicas, estruturais, fatores de
patogenicidade e variação antigênica.
 Gripe: agente etiológico, epidemiologia, sazonalidade e fisiopatologia.
 Sistema imune: Resposta imune inata e adaptativa aos vírus
 Imunosenescência

REFERÊNCIAS

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio


de Janeiro: Elsevier, 2015. Página 756 a 764. Capítulo 16:Imunidade aos Microrganismos
BROOKS, Geo F.; CAROLL, Karen C.; BUTEL, Janet S.; et al. Microbiologia Médica de
Jawetz, Melnick & Adelberg. 2014. Cap. 29 págs 407 - – 428
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informações Técnicas e Recomendações Sobre a
Sazonalidade de Influenza 2019. Disponível em
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=6yTyEHnPs2g%3D
LEAL, Angélica Seixas et al. Os diversos aspectos da Imunessenescência: uma revisão
sistemática The various aspects of immunosenescence: a systematic review. Brazilian
Journal of Development, v. 8, n. 3, p. 15553-15584, 2022.
Torres, Karen CL ; Pereira PA ; Lima G S ; SOUZA, B. R. ; Miranda D M ; Bauer M. E. ;
ROMANO-SILVA, M. A. . Imunossenescência. Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia (UnATI. Impresso) , v. 5, p. 163-169, 2011.

32
Macena, Wagner Gonçalves, Lays Oliveira Hermano, and Tainah Cardoso Costa.
"Alterações Fisiológicas Decorrentes Do Envelhecimento." Revista Mosaicum 27 (2018).

TBL – SESSÃO 8 – RESPOSTAS EXAGERADAS

https://www.biomedicinapadrao.com.br/2014/02/reacoes-de-hipersensibilidade.html

Miguel, no primeiro semestre, durante as aulas práticas de Habilidades Médicas I no


ambulatório, colhia as histórias para seus relatórios de atendimento diário. O que lhe chamou a
atenção foi o fato de o preceptor realizar os diagnósticos agrupando as mais diferentes doenças,
baseando-se na resposta imunológica dos doentes e não nos agentes causais. Os diagnósticos
observados mais frequentes foram: Rinite, Dermatite Atópica, Dermatite de Contato, Lúpus,
Miastenia e Artrite Reumatoide. O tratamento mais frequente foi a corticoterapia.
Por fim, se comoveu com a história do Sr. João de 68 anos que apresentava múltiplas
lesões de pele, com perda de sensibilidade. As lesões apresentavam limites imprecisos e
estavam difusas pelo corpo. Além disso, apresentava febre e mal-estar. Durante o atendimento,
relatou que há 20 anos, quando foi diagnosticado no Hospital das Clínicas, apresentava poucas
lesões, com limites bem definidos. Muito curioso, Miguel questionou-se como a mesma doença,
no mesmo indivíduo, poderia evoluir a apresentar-se de formas tão diferentes.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Conceituar e explicar a existência de doenças em que o agente causador são os agentes
endógenos (próprias células ou autoanticorpos) ou inócuos que deveriam ser tolerados
(pólen, alimentos, fungos do ar, entre outros) – Autoimunidade/tolerância;

33
2. Explicar o que se assemelha e difere nos mecanismos de resposta imunes dos diferentes
pacientes e ao mesmo tempo faz que sejam tratados com o mesmo medicamento.
(Hipersensibilidades I, II, III, IV)
3. Explicar os diferentes comportamentos do organismo frente ao bacilo de Hansen
(Mycobacterium leprae) e fatores que podem levar a respostas diferentes (polos Th1 e
Th2).

CONTEÚDOS
 Tolerância/Autoimunidade;
 Hipersensibilidade I, II, III e IV;
 Mecanismo de lesão tecidual e atuação do sistema complemento;
 Fatores ambientais, genéticos (genes MHC - sorotipo HLA) e emocionais
envolvidos nas respostas imunológicas.
 Micobacterias – Hanseníase.

REFERÊNCIAS
 ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. P.252 a 312 – Capítulo 6 - Moléculas do Complexo
Principal de Histocompatibilidade e Apresentação de Antígenos aos Linfócitos T. P. 600
a 628; Capítulo 13 - Sistema Complemento. P.716 a 733; Capítulo 15 – Tolerância
Imunológica e Autoimunidade. P. 868 a 907; Capítulo 19 – Reações de
Hipersensibilidade. P.908 a 953; Capítulo 20 – Alergia.
 COSTA, D.R; ANTUNES, C.M. Imunologia da Hanseníase. Anais Brasileiros de
Dermatologia, v.83, n.4, pag.343-50. 2008.
 GOULART, Isabela Maria Bernardes; PENNA, Gerson Oliveira; CUNHA, Gabriel.
Imunopatologia da hanseníase: a complexidade dos mecanismos da resposta imune do
hospedeiro ao Mycobacterium leprae. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical, v. 35, p. 363-375, 2002.

34
TBL – SESSÃO 9 – A DÚVIDA: INQUIETA OU RECONFORTA?

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

“A infecção pelo HIV envolve diversas fases, com durações variáveis, que dependem da
resposta imunológica do indivíduo e da carga viral. A primeira fase da infecção (infecção aguda)
e o período do surgimento de sinais e sintomas inespecíficos da doença, que ocorrem entre a
primeira e terceira semana após a infecção. A fase seguinte (infecção assintomática) pode durar
anos, até o aparecimento de infecções oportunistas (tuberculose, neurotoxoplasmose,
neurocriptococose) e algumas neoplasias (linfomas não Hodgkin e sarcoma de Kaposi). A
presença desses eventos define a AIDS.”

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1. Aprofundar na relação do vírus HIV com as células do organismo explicando os diferentes


possíveis desfechos: doença, latência e cura.
2. Compreender as formas de transmissão do HIV para os seres humanos.

35
3. Conceituar portador: são, ativo, crônico, conceituar doença e cura.
4. Compreender as bases dos exames para diagnóstico da infecção pelo HIV.

CONTEÚDO
 Fatores que contribuem para o desequilíbrio da balança saúde/doença: contato,
questões socioeconômicas, higiene, entre outros.
 Transmissão (vias, meios, agentes, entre outros)
 Infecção
 Latência
 Imunossupressão
 Técnicas laboratoriais para o diagnóstico do HIV

REFERÊNCIAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Página. 627 e 628 – Capítulo 13 - Mecanismos Efetores
da Imunidade Humoral. Página 737 a 739 e 760 a 765 - Capítulo 16 - Imunidade aos
Microrganismos. Página 986 a 1007 - Capítulo 21 - Imunodeficiências Congênitas e
Adquiridas.
BRASIL et al. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção
pelo HIV em adultos, pág.416, 2018.

Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças.


Brasília: Ministério da Saúde, pág.145, 2018.

TBL – SESSÃO 10 - MAL ANTIGO!



Peste branca, tísica consumpção/consunção ou popularmente chamada de doença do peito.
Estes são alguns dos termos pelos quais essa velha moléstia foi e é conhecida através dos
tempos. O termo tuberculose é recente: ele foi cunhado em 1839 por Schöenlein (1793-1864),
baseado no nome dado em 1680 por Sylvius à lesão nodular, o tubérculo, encontrado em
pulmões de doentes autopsiados. As origens desta enfermidade infecto-contagiosa não estão,
até o momento, completamente esclarecidas. A hipótese mais aceita é que ela tenha surgido há
aproximadamente oito mil anos, a partir do contato com auroques (Bos primigenus) – bois
selvagens - contaminados com a bactéria causadora da tuberculose bovina – Mycobacterium

36
bovis. Acredita-se que pequenos núcleos populacionais mantiveram desde o período pré-
histórico uma discreta endemicidade e a disseminação da tuberculose teria acompanhado as
sucessivas e crescentes correntes migratórias humanas.”

https://escolakids.uol.com.br/ciencias/tuberculose.htm

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Discutir a etiologia, a transmissão e os principais fatores de risco para a doença
tuberculosa;
2. Descrever as formas clínicas da tuberculose e suas características;
3. Identificar as principais formas de diagnóstico da tuberculose;
4. Estudar como o organismo humano responde frente a infecção pelo
Mycobacterium tuberculosis.

CONTEÚDO
1. Micobactérias – características gerais.
2. Tuberculose – transmissão, formas clínicas, diagnóstico e imunopatologia.

REFERÊNCIAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2015. Página 744 a 753 – Capítulo 16 - Imunidade aos
Microrganismos.

37
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da
Tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Parte I – Aspectos básicos e
epidemiológicos, p. 25-42.
MOUTINHO, I. L. D. Tuberculose: aspectos imunológicos na infecção e na doença. Rev
Med Minas Gerais 2011; 21(1): 42-48.
SILVA, M. E. N.; LIMA, D. S.; SANTOS, J. E.; MONTEIRO, A. C. F.; TORQUATO, C. M.
M.; FREIRE, V. A.; RIBEIRO, D. B. C.; FEITOSA, A. C. S.; TEIXEIRA, A. B. Aspectos
gerais da tuberculose: uma atualização sobre o agente etiológico e o tratamento. Rev.
Bras. Anal. Clin; 50(3): 228-232, 2018.

TBL – SESSÃO 11 - O FIM DO MUNDO...

Miguel chegou em casa e encontrou seu avô, Sr. João, agitado e preocupado. Sua mãe
logo lhe disse que que ele não estava bem. “É o fim dos tempos, meu filho! O mundo vai se
acabar por conta desse vírus! Onde já se viu o pessoal brincar com as coisas da natureza. O
vírus tava lá quieto no lugar dele e o “bicho homem” foi perturbar!”

Miguel tentou acalmar o avô, mas ele mesmo não tinha respostas. Que tipo de vírus é o
coronavírus? Como a transmissão pode ser tão fácil e rápida? Como esse microrganismo atua
no corpo humano? Enquanto Juliano se perdia nos seus próprios pensamentos seu avô seguia
se queixando de dificuldade respiratória. Miguel tentou tranquilizar o avô enquanto pensava em
como contar a todos em casa que ele mesmo estava com dor de cabeça e sem paladar a dois
dias...

38
https://abelardoluz.sc.gov.br/uploads/sites/87/2021/12/2989919.jpg

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Explicar as formas de transmissão do SARS-COV2 e como o vírus atua no organismo
humano.
2. Identificar o risco de contrair e transmitir a COVID19 e medidas protetivas.
3. Descrever as formas clínicas da COVID19;
4. Descrever mecanismos imunes de defesa do hospedeiro na infecção causada pelo
SARS-COV2.

CONTEÚDO
 Fatores que contribuem para o desequilíbrio da balança saúde/doença: contato,
questões socioeconômicas, higiene, entre outros.
 Transmissão (vias, meios, agentes, entre outros).
 SARS e COV2 e COVID19.
 Manifestações clínicas da COVID-19.

REFERÊNCIAS
DE SOUZA, Layse Costa et al. SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2: uma revisão
narrativa dos principais Coronavírus do século. Brazilian Journal of Health Review, v. 4,
n. 1, p. 1419-1439, 2021.
FERREIRA, Eskálath Morganna Silva et al. Sars-cov-2-aspectos relacionados a biologia,
propagação e transmissão da doença emergente covid-19. DESAFIOS Revista
Interdisciplinar da Universidade Federal do Tocantins, v. 7, n. Especial 3, p. 9-17,
2020.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Protocolo de manejo clínico da Covid-19 na Atenção
Especializada. 2020.
XAVIER, Analucia R. et al. COVID-19: manifestações clínicas e laboratoriais na infecção
pelo novo coronavírus. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 56,
2020.

39
REFERÊNCIAS RECOMENDADAS

BÁSICAS

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H; POBER, J. S. Imunologia Celular e Molecular. 8.ed.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 564p.

JAWETZ, E.; MELNICK, J.L.; ADELBERG, E.A. Microbiologia Médica, 24. ed. Rio de
janeiro Ed. Guanabara-Koogan, 2009. 817p.

MURRAY, P. et al. Microbiologia Médica, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


2014. 873p.

ROITT, I.; BROSTOFF; J.; MALE, D. Imunologia. 10. ed. Rio de Janeiro. Editora
Guanabara Koogan, 2004. 489p.

CREASY, R.K & RESNIK, R. et al. Medicina Materno-Fetal, 7.ed. Rio de Janeiro: Editora
Elsevier, 2016.

COMPLEMENTARES

GUYTON, A.C. & Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11. ed., Rio de Janeiro,
Elsevier, 2006. 1115p.

JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica, 11.ed., Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2008. 524p.

AIRES, M. G. Fisiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 934p.

ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

AMATO NETO, V.; BALDY, J. L.; SILVA, L. J. Imunizações. 3. ed. São Paulo: Sarvier,
1991.

BRAUNWALD, E. et al. Harrison Medicina Interna. 15. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill,
2002.

BURNS, G.W. & P. J. BOTTINO. Genética 6. ed. Guanabara Koogan, 1991.

CARVALHO, H, Fundamentos de Genética e Evolução. 3. ed. Livraria Atheneu, 1987.

CECIL R.L. Tratado de Medicina Interna. 21. ed., Guanabara Koogan, 2001.

40
COTRAN, R.; KUMAR, V.; ROBBINS, F. Patologia Estrutural e Funcional. 6 ed.
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ, 2001. 766p.

DI FIORE, M. S. H. Atlas de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.


229p.

FUTUYMA, D.J. Biologia Evolutiva. 2. ed. SBG E CNP, 2001.

GENESER, F. Atlas de Histologia. 3. ed. Buenos Aires: Panamericana, 2003. 224p.

GOODMAN & GILMAN, As Bases Farmacológicas da Terapêutica, 9. ed. McGraw- Hill,


México, 1996.

GRAY, Henry. Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

JANEWAY JR., Charles A. et al. Imunobiologia: o sistema imune na saúde e na doença.


5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 6 ed. Guanabara


Koogan, 1997.

KONEMAN, Elmer W. et al. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido. 5. ed.


Rio de Janeiro: Medsi, 2001.

LESSOF, M. H. Alergia: aspectos clínicos e imunológicos. São Paulo: Roca, 1988.

LIMA, C. P. Genética Humana. 3. ed. Harper & How do Brasi, 1996.

MARCONDES, E. Pediatria Básica. São Paulo: Médicas, 1997.

MURRAY, R.K. et al. Harper. Bioquímica. 8. Ed. São Paulo. Atheneu, 1998.

NELSON, W.E. Tratado de Pediatria. 15. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

NETTER. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre, Artmed, 1998.

RANG; DALE & RITTER, Farmacologia, 3. ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ,
1997.

ROSS, M.H., E. J. REITH & ROMRELL. Histologia Texto e Atlas. 5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. 908p.

SALYERS, A. A; WHITT, D. D. Bacterial pathogenesis: a molecular approach. 2. ed.


USA: ASM Press, 2002.

41
SOBOTTA. Atlas de anatomia Humana. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1995.

STITES, D. P.; TERR, A. I.; PARSLOW, T. G. Imunologia Médica. 9.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004. 187p.

TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

WHITE, D. O.; FENNER, F. J. Medical virology. 4. ed. San Diego: Academic Press, 1994.

SITES

Sociedade Brasileira de Imunologia http://blogdasbi.blogspot.com http://sbi.org.br/

Centers for Diseases Control and Prevention https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-


ncov/index.html

Imperial College London https://www.imperial.ac.uk/about/covid-19/

Wordl Health Organization https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-


2019

Painel Coronavírus https://covid.saude.gov.br/

British Society for Immunology https://www.immunology.org/

The American Association of Immunologists https://www.aai.org/

Una SUS https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/45293

Ministério da Saúde http://saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose

https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-
Hanseniase-WEB.pdf.

42

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