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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 0

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Tutores:
A.1. Lilian Mara Moraga Colaboradores:
A.2. Maria Lúcia Magalhães Palma
A.3. Marlon Krubniki de Mattos Profa Dra Andressa Durans – FIOCRUZ
A.4. Sara Suerda Lopes Oliveira
Profa Dra Joanna Santos-Oliveira – IFRJ
B.1. Áthila Ferreira Bessa
B.2. Bianca Sequeira Profa Dra Fabiana Nakashima – UFRR
B.3. Gabrielle Mendes Lima Prof Dr. Umberto Zottich – UFRR
B.4. Nilo Brandão

Curso de Medicina – Segunda Série


UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA

MÓDULO 2
(MED – 2.2)

MACANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA II


MANUAL DO ESTUDANTE

2023
Boa Vista- RR

1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA

2ª SÉRIE

MÓDULO 2
MED 2.2/2023.1 – MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA II

Área de concentração: Parasitologia, Imunologia, Microbiologia, Epidemiologia, Saúde


Pública, Infectologia.

Carga horária: (6 semanas)


Início: 17/04/2023
Término: 26/05/2023

Coordenadores: Profa. Maria Fantinatti e Prof. Alexander Sibajev

Colaboradores: Profa Dra Fabiana Nakashima, Prof Dr. Umberto Zottich

Convidados: Profa. Dra Andressa Durans (Fiocruz), Profa Dra Joanna Reis-Oliveira
(IFRJ)

2023
Boa Vista- RR
2
TUTORES

TURMA A
(7h30 às 9h30)

Tutores:
A.1. Lilian Mara Moraga
A.2. Maria Lúcia Magalhães Palma
A.3. Marlon Krubniki de Mattos
A.4. Sara Suerda Lopes Oliveira

TURMA B
(14h00 às 16h00)

B.1. Áthila Ferreira Bessa


B.2. Bianca Sequeira
B.3. Gabrielle Mendes Lima
B.4. Nilo Brandão

3
SUMÁRIO

1. EMENTA ..........................................................................................................................5

2. OBJETIVOS .......................................................................................................................5

3. ÁRVORE TEMÁTICA ..........................................................................................................6

4. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................7

5. A DINÂMICA TUTORIAL ....................................................................................................8

6. ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICA .............................................................................9

7. AVALIAÇÃO .....................................................................................................................9

8. AVALIAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS .................................................................................... 11

9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO MÓDULO ................................................................. 13

10. PROBLEMAS................................................................................................................. 18

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS .......................................................... 26

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1. EMENTA

Este módulo irá abordar os principais protozoários e helmintos de interesse médico, com
ênfase na morfologia e patogenia destes organismos relacionando as características
ambientais para manutenção dos seus ciclos e epidemiologia da doença. Adicionalmente
serão abordadas estratégias de saúde pública para vigilância, prevenção e controle destes
agravos na população. As indicações dos principais fármacos disponíveis para o
tratamento também serão expostas. Os mecanismos da resposta imunológica responsáveis
pelo processo saúde-doença também serão destacados neste módulo.

2. OBJETIVOS

2.1 GERAL
- Conhecer os mecanismos envolvidos na agressão e defesa do organismo gerados pela
resposta imunológica, por fungos e agentes parasitários de interesse médico.

2.2 ESPECÍFICOS
- Identificar os principais agentes etiológicos das doenças infecciosas e parasitárias de
interesse médico no contexto da região Amazônica
- Conhecer o ciclo biológico destes agentes parasitários
- Compreender a patogenia da doença, relacionando ao estágio evolutivo do parasito e ou
da doença
- Conhecer as principais características morfológicas dos parasitas, relacionando a fase
evolutiva do parasito
- Identificar os principais fármacos disponíveis para o tratamento
- Conhecer as principais medidas de controle e prevenção no âmbito da saúde pública e de
cuidados pessoais
- Associar os processos de ocupação do meio ambiente e o favorecimento da instalação das
parasitoses
-Associar os aspectos epidemiológicos e a ocorrência das parasitoses
-Compreender os mecanismos imunológicos (imunologia celular e humoral) em reposta ao
agente infeccioso
-Associar o perfil imunológico do indivíduo ao potencial de gravidade da doença
(imunodeficiência primária e secundária)

5
- Compreender a autoimunidade como um mecanismo de quebra da tolerância e a geração
de doenças mediadas pelo sistema imunológico
- Entender as reações de hipersensibilidade como diferentes mecanismos de resposta
imunológica e suas manifestações clínicas esperadas

3. ÁRVORE TEMÁTICA

Imunologia

Parasitologia Micologia

Mecanismos
de Agressão
e Defesa II

Infectologia Saúde coletiva

Patologia

6
4. INTRODUÇÃO

Olá!!! Sejam bem-vindos ao Módulo 2.2!!! Neste momento vamos estudar os


mecanismos envolvidos na resposta do hospedeiro aos agentes infecciosos. Vamos
compreender que a ocorrência de doenças autoimunes e doenças primárias ou secundárias
do sistema imunológico têm impacto na interação do parasita com o hospedeiro e,
consequentemente, na relação saúde-doença.
Neste módulo também iremos estudar sobre os problemas de saúde associados à
pobreza e más condições higiênico-sanitárias, para as quais, há baixo grau de prioridade
e pouco investimento em novas tecnologias de diagnóstico e terapêutica. Algumas
mantêm-se como doenças endêmicas enquanto outras têm possibilidade de controle,
como aquelas preveníveis através de vacinação.
É importante que se tenha consciência que as condições econômicas e sociais
influenciam decisivamente as condições de saúde, estando diretamente relacionadas com
o modo de nascer, viver, trabalhar e envelhecer que existem nos países e que são os
chamados determinantes sociais de saúde. A desigualdade em saúde é um importante
indicador da injustiça social existente em uma sociedade. No Brasil do século XXI muitos
avanços foram conseguidos como a redução da mortalidade por doenças infecciosas e
parasitárias e isso se deveu à urbanização, melhorias nas condições de vida, maior acesso
ao saneamento e à incorporação de algumas tecnologias no setor da saúde, como as
vacinas.
Apesar disto, ainda temos que lidar com a relativa estabilidade na prevalência de
endemias como helmintíases, malária, leishmaniose, tuberculose, hanseníase, febre
amarela, DST´s e a reemergência de doenças como o sarampo, a dengue e situações novas
como a zika, chikungunya e COVID. O envolvimento de todas as esferas de governo
organizada de acordo com o nível de complexidade, a qualificação de equipes
profissionais, o registro epidemiológico dos casos e os reforços nas redes laboratoriais
são metas para o enfrentamento destas questões e a construção de um país melhor.
Portanto, mãos à obra! Temos muito que aprender para poder contribuir em todo
este esforço!!!
A Coordenação.

7
5. A DINÂMICA TUTORIAL
Os Sete Passos

1. Ler atentamente o problema e esclarecer os termos desconhecidos;


2. Identificar as questões (problemas) propostas pelo enunciado;
3. Oferecer explicações para estas questões com base no conhecimento prévio que o
grupo tem sobre o assunto;
4. Resumir estas explicações;
5. Estabelecer objetivos de aprendizagem que levem o aluno ao aprofundamento e
complementação destas explicações;
6. Estudo individual respeitando os objetivos levantados;
7. Rediscussão no grupo tutorial dos avanços de conhecimento obtidos pelo grupo.

É função do secretário:

• Deve anotar no quadro, de forma legível, as discussões e os eventos ocorridos no


tutorial de modo a facilitar uma boa visão dos trabalhos por parte de todos os
envolvidos.
• Sempre que possível, deve ser claro e conciso em suas anotações e fiel às
discussões ocorridas.
• Respeitar as opiniões do grupo e evitar privilegiar suas próprias opiniões ou as
com as quais concorde.
• Anotar com rigor os objetivos de aprendizado apontados pelo grupo.

É função do coordenador:
• Orientar os colegas na discussão do problema, segundo a metodologia dos 7
passos, favorecendo a participação de todos e mantendo o foco das discussões no
problema.
• Evitar a monopolização ou a polarização das discussões entre poucos membros,
favorecendo a participação de todos.
• Apoiar as atividades do secretário.
• Estimular a apresentação de hipóteses e o aprofundamento das discussões pelos
colegas.

8
• Respeitar posições individuais e garantir que estas sejam discutidas pelo grupo
com seriedade e que tenham representação nos objetivos de aprendizado, sempre
que o grupo não conseguir refutá-la adequadamente.
• Resumir as discussões quando pertinente.
• Exigir que os objetivos de aprendizado sejam apresentados pelo grupo de forma
clara, objetiva e compreensível para todos e que sejam específicos e não amplos
e generalizados.
• Solicitar auxílio do tutor quando pertinente e estar atento às orientações do tutor
quando estas forem oferecidas espontaneamente.

6. ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

6.1. ATIVIDADES TEÓRICAS


- Metodologia ativa de ensino de aprendizagem baseada em problemas (PBL) com
sessões tutoriais,
- Conferências expositivas,
- Fórum de dúvidas.

6.2. ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS


- Discussões em grupo,
- Leitura e interpretação de artigos científicos.

6.3. ATIVIDADES PRÁTICAS (HABILIDADES)


- As habilidades serão presenciais, conforme no cronograma:
• Habilidade 1: Diagnóstico Parasitológico
• Habilidade 2: Diagnóstico Imunológico e Diagnóstico Molecular

7. AVALIAÇÃO

7.1. AVALIAÇÃO DE TUTORIAL (AT)


Avaliação contínua que o tutor realiza durante os encontros de tutoriais (média de 8
tutoriais).

7.2. AVALIAÇÃO DE HABILIDADES (AH)

9
Serão realizadas 2 habilidades presenciais. A turma deve se dividir em 3 grupos para
realização das habilidades. A avaliação da habilidade se dará através da participação na
atividade proposta e por relatório que será realizado em grupo.

Cálculo da avaliação das habilidades:


AH = AH1 + AH2
2

7.3. AVALIAÇÃO COGNITIVA (AC)


Serão realizadas 2 avaliações cognitivas através de questões objetivas e/ou dissertativas.
Estas avaliações serão realizadas presencialmente.
• A avaliação cognitiva 1 (AC1) será composta pelos temas: 1) das conferências 1-4;
2) dos problemas abordados nos tutoriais de 1-4; 3) da habilidade 1.
• A avaliação cognitiva 2 (AC2) será composta pelos temas: 1) das conferências 5-8;
2) dos problemas abordados nos tutoriais de 5-8; 3) da habilidade 2.

Cálculo da avaliação cognitiva:


AC = AC1 + AC2
2

7.4. NOTA FINAL (NF)


Cálculo para o resultado da nota final:
4 X (AT) + 2 X (AH) + 4 X (AC)*
10

* Para a aprovação na disciplina, em atenção ao preconizado pela legislação em vigor, é


necessário que o acadêmico atinja um índice da frequência às atividades didáticas
realizadas no módulo igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) e a média final
igual ou superior a 7,0 (sete vírgula zero).

10
8. AVALIAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO EM CASO DE PERDA DE TUTORIAIS


Aquele(a)s acadêmico(a)s que tiverem dificuldade de acesso durante toda ou parte de uma
sessão de tutorial, deverão prontamente justificar o motivo e requerer reposição de
atividades por e-mail ao tutor e, em seguida, deverão encaminhar um relatório manuscrito
no formato disponível na Secretaria do Curso de Medicina referente a todos os passos não
desenvolvidos da atividade (abertura ou fechamento) e entregar por e-mail ao tutor até o
próximo tutorial.

SEGUNDA CHAMADA
Poderá ser realizada no caso de não comparecimento no dia e horário da aplicação das
avaliações cognitivas do módulo por motivos previstos pela legislação em vigor,
mediante preenchimento da adequada requisição na Secretaria do Curso no prazo máximo
de três (03) dias úteis. Em caso de aprovação do requerimento, a data da segunda chamada
encontra-se neste manual e será constituída de uma avaliação com questões objetivas.

EXAME RECUPERAÇÃO
Poderá ser realizado por discentes regularmente matriculados no módulo que cumprirem
simultaneamente as duas exigências abaixo: 1-Índice igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento da frequência às atividades didáticas realizadas no módulo; 2- E que
apresentaram média final igual ou superior a 6,0 e igual ou inferior a 6,9.

A data do exame, que constituirá de uma avaliação com questões objetivas, será agendada
no cronograma do módulo, com a data prevista neste manual. Para mais detalhes,
consultar a Resolução CEPE nº 015/2006.

ATENÇÃO: As informações desse manual poderão sofrer ajustes visando o bom


andamento do módulo, as quais serão previamente comunicadas aos acadêmicos.

11
SEMANA PADRÃO -2° ANO
Horário SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO

7:30 as TUTORIAL TUTORIAL


9:30 TURMA A TURMA A
(1-40) (1-40)
10:00 as HABILIDADE HABILIDADE HABILIDADE
12:00 G1 G2 G3
12:00 as 14:00 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO
14:00 as TUTORIAL TUTORIAL
16:00 TURMA B TURMA B
(41-80) (41-80)
16:30 as CONFERENCIA CONFERENCIA
18:30 (1-80) (1-80)

19:00 as
21:00

12
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO MÓDULO

Primeira semana
Data Horário Grupos Atividade Professor
17/04/2023
Segunda- 10h-12h Todos Estudo individual -
feira

Tutorial 1
7h30-9h30 Turma A Tutores
18/04/2023 (Abertura do problema 1)
Terça-feira Tutorial 1
14h-16h Turma B Tutores
(Abertura do problema 1)

19/04/2023
10h-12h Todos Estudo individual -
Quarta-feira

20/04/2023
10h-12h Todos Estudo individual -
Quinta-feira

21/04/2023
FERIADO
Sexta-feira

Segunda semana
Data Horário Grupos Atividade Professor

24/04/2023
Segunda- 10h-12h Todos Estudo individual -
feira

Tutorial 2
7h30-9h30 Turma A (Fechamento do problema 1 e Tutores
abertura do problema 2)

Tutorial 2
25/04/2023
14h-16h Turma B (Fechamento do problema 1 e Tutores
Terça-feira abertura do problema 2)

Prof. Alexander Sibajev


Abertura do módulo e
16h30-18h30 Todos Conferência 1:Protozoários e
Geohelmintos Intestinais
Profa. Maria Fantinatti

26/04/2023 10h-12h Todos Estudo individual -

13
Quarta-feira

27/04/2023
10h-12h Todos Estudo individual -
Quinta-feira

Tutorial 3
7h30-9h30 Turma A (Fechamento do problema 2 e Tutores
abertura do problema 3)

10h-12h Todos Estudo individual -


28/04/2023
Sexta-feira Tutorial 3
14h-16h Turma B (Fechamento do problema 2 e Tutores
abertura do problema 3)
Conferência 2:
16h30-18h30 Todos Prof. Alexander Sibajev
Leishmaniose

Terceira semana
Data Horário Grupos Atividade Professor

01/05/2023
Segunda- FERIADO
feira

Tutorial 4
7h30-9h30 Turma A (Fechamento do problema 3 e Tutores
abertura do problema 4)

Tutorial 4
02/05/2023
14h-16h Turma B (Fechamento do problema 3 e Tutores
Terça-feira
abertura do problema 4)

Conferência 3 remota:
Profa. Joanna Reis
16h30-18h30 Todos Resposta imune da interação Oliveira
parasito-hospedeiro

03/05/2023 Prof. Alexander Sibajev


10h-12h Grupo 1 Habilidade 1
Quarta-feira Profa. Maria Fantinatti

Prof. Alexander Sibajev


04/05/2023
10h-12h Grupo 2 Habilidade 1
Quinta-feira
Profa. Maria Fantinatti

05/05/2023 7h30-9h30 Turma A Tutorial 5 Tutores

14
Sexta-feira (Fechamento do problema 4 e
abertura do problema 5)

Prof. Alexander Sibajev


10h-12h Grupo 3 Habilidade 1
Profa. Maria Fantinatti

Tutorial 5
14h-16h Turma B (Fechamento do problema 4 e Tutores
abertura do problema 5)

16h30-18h30 Todos Conferência 4:Fungos Prof. Umberto Zottich

Quarta semana
Data Horário Grupos Atividade Professor

08/05/2023
Segunda- 10h-12h Todos Estudo individual -
feira
Tutorial 6
7h30-9h30 Turma A (Fechamento do problema 5 e Tutores
abertura do problema 6)
09/05/2023
Tutorial 6
Terça-feira
14h-16h Turma B (Fechamento do problema 5 e Tutores
abertura do problema 6)

16h30-18h30 Todos Conferência 5: Malária Profa. Maria Fantinatti

10/05/2023
10h-12h Todos Estudo individual -
Quarta-feira

11/05/2023
10h-12h Todos Estudo individual -
Quinta-feira

Tutorial 7
7h30-9h30 Turma A (Fechamento do problema 6 e Tutores
abertura do problema 7)

Prof. Alexander Sibajev


10h-12h Todos Avaliação Cognitiva 1
12/05/2023 Profa. Maria Fantinatti
Sexta-feira Tutorial 7
14h-16h Turma B (Fechamento do problema 6 e Tutores
abertura do problema 7)

Conferência 6 remota: Profa. Andressa


16h30-18h30 Todos
Doença de Chagas Durans

15
Quinta semana
Data Horário Grupos Atividade Professor

15/05/2023
Segunda- 10h-12h Todos Estudo individual -
feira

Tutorial 8
7h30-9h30 Turma A (Fechamento do problema 7 e Tutores
abertura do problema 8)

Tutorial 8
16/05/2023
14h-16h Turma B (Fechamento do problema 7 e Tutores
Terça-feira abertura do problema 8)

Conferência 7: Profa. Fabiana


Nakashima
16h30-18h30 Todos Toxoplasmose
Prof. Alexander Sibajev
Feedback – Avaliação 1
Profa. Maria Fantinatti
17/05/2023 Prof. Alexander Sibajev
10h-12h Grupo 1 Habilidade 2
Quarta-feira Profa. Maria Fantinatti

18/05/2023 Prof. Alexander Sibajev


10h-12h Grupo 2 Habilidade 2
Quinta-feira Profa. Maria Fantinatti

Tutorial 9
7h30-8h30 Turma A Tutores
(Fechamento do problema 8)

Prof. Alexander Sibajev


10h-12h Grupo 3 Habilidade 2
19/05/2023 Profa. Maria Fantinatti
Sexta-feira Tutorial 9
14h-15h Turma B Tutores
(Fechamento do problema 8)

Conferência 8:
15h30-17h30 Todos Profa. Maria Fantinatti
Teníase e Cisticercose

16
Sexta semana
Data Horário Grupos Atividade Professor

22/05/2023
Segunda- 10h-12h Todos Estudo individual -
feira

23/05/2023 Prof. Alexander Sibajev


14h-16h Todos Avaliação cognitiva 2
Terça-feira Profa. Maria Fantinatti

24/05/2023
10h-12h Todos Feedback – Avaliação 2 Prof. Alexander Sibajev
Quarta-feira Profa. Maria Fantinatti

25/05/2023
10h-12h Todos Estudo individual -
Quinta-feira

Segunda chamada Prof. Alexander Sibajev


7h30-9h30 Todos
26/05/2023 (se necessário) Profa. Maria Fantinatti

Sexta-feira Prova final Prof. Alexander Sibajev


16h-18h Todos
(se necessário) Profa. Maria Fantinatti

17
10. PROBLEMAS

Problema 1: Quanto verme!!!


Carlos, interno do 5º ano de Medicina da UFRR, ao olhar o prontuário de seu próximo
paciente no ambulatório de Pediatria, respira fundo. Na realidade não é um paciente, mas
sim três irmãos que vieram à consulta há duas semanas e retornam para trazer os
resultados dos exames. Ele se lembra bem da situação dessa família: moradores do bairro
Brigadeiro, em uma casa de dois cômodos, sem banheiro e sem água encanada, situada
em rua sem pavimentação, que sempre alaga na época da chuva. A mãe mora só com as
três crianças, uma de 4 anos, uma de 2 anos e a mais nova de 1 ano de idade. As três
crianças estão abaixo do peso esperado. Na consulta anterior, foram solicitadas 3 amostras
de exame parasitológico de fezes para cada criança, o que foi objeto de discussão com a
professora: Por que 3 amostras? Se este exame é tão ruim que precisa repetir 3 vezes, será
mesmo necessário fazer? Não é melhor tratar empiricamente? Agora com os resultados
em mãos, está mais confuso ainda:

EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES DOS PACIENTES:


ANIELLY SILVA IDADE: 4 anos
AMOSTRA 1 Cistos de Giardia lamblia (= Giardia duodenalis)
AMOSTRA 2 Ausência de ovos, cistos ou larvas
AMOSTRA 3 Ovos de Ascaris lumbricoides e Ovos de Ancilostomídeos
DHYONATTAN SILVA IDADE: 2 anos
AMOSTRA 1 Ausência de ovos, cistos ou larvas
AMOSTRA 2 Ovos de Trichuris trichiura
AMOSTRA 3 Ovos de Ascaris lumbricoides
KRISTYELLY SILVA IDADE : 1 ano
AMOSTRA 1 Cistos de Entamoeba coli e Cistos de Giardia lamblia (= Giardia duodenalis)
AMOSTRA 2 Ausência de ovos, cistos ou larvas
AMOSTRA 3 Ovos de Ancilostomídeos

18
Problema 2. Barriga grande
Jorge, acadêmico do 6 ano do curso de medicina está realizando parte de seu estágio do
internato rural no município de Normandia. Durante uma visita na comunidade rural do
município, juntamente com a equipe de Saúde da Família, Jorge observou que 2 crianças
apresentavam o abdome bastante distendidos. Estas crianças ao serem examinadas
apresentavam fígado e baço palpáveis, e sinais característicos de anemia. Jorge solicita
um hemograma, exames bioquímicos (incluindo dosagem de proteínas totais) e exame de
fezes. Ao sair da comunidade, o motorista desatento atropela um pobre cachorro que
estava debaixo do carro. A agente de saúde Roseli tenta consolar o motorista dizendo,
não se sinta tão culpado, aquele cão já não teria muitos dias de vida, ele estava em estado
caquético, com pelos e unhas horrorosas, provavelmente, tinha leishmaniose.

19
Problema 3: Doença de nome Japonês

Josiane é uma mulher de 32 anos, solteira e sem filhos. A paciente procurou a Dra.
Beatriz, endocrinologista, para uma consulta. Durante a consulta, a paciente se queixou
do considerável ganho de peso nos últimos 2 anos (total de 15kg) e ressaltou: “Doutora
eu preciso de um remédio para emagrecer urgentemente! Vou me casar em dezembro e
se continuar assim não vou achar vestido de noiva que me caiba!”. A Dra. Beatriz, após
uma detalhada anamnese solicitou alguns exames laboratoriais os quais evidenciaram:
aumento de TSH, diminuição dos níveis T3 e T4 livre e a busca de anticorpos anti-TG e
anti-TPO positiva. A Dra. Beatriz logo disse a Josiane que ela possuía uma doença
autoimune denominada tireoidite de Hashimoto e que esta era facilmente controlada com
um medicamento diário. Josiane ficou um pouco assustada com a notícia, mas ficou
satisfeita em saber que tinha um remédio para a doença. No dia seguinte, ao encontrar seu
noivo, Josiane logo foi compartilhar a notícia: “Querido estou com uma doença de nome
japonês, mas não se preocupe que já estou medicada e vou ficar bem!”

TG – tireoglobulina
TPO – tireoperoxidase
TSH – do inglês, thyroid-stimulating hormone ou hormônio estimulador da tireoide.

20
Problema 4: Pé de atleta
Um técnico em micologia está realizando sua capacitação em um laboratório da UFRR.
Durante o estágio observa que seu colega de curso está reclamando de uma coceira entre
os dedos do pé. Curioso, pede para fazer uma raspagem da lesão para poder visualizar ao
microscópio. Após análise, o técnico acredita ser uma Onicomicose. O orientador e chefe
do laboratório o questiona sobre a investigação e o técnico lhe conta o ocorrido. O
orientador rapidamente dá um sermão sobre biossegurança, mas não resiste e pergunta ao
seu aluno: “As hifas são septadas?”

21
Problema 5: “Malária na Amazônia”

A malária é considerada uma das doenças de maior impacto na mortalidade e morbidade


em populações de países tropicais e subtropicais. Dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS) mostram que, em 2019, 229 milhões de novos casos da doença foram
notificados no mundo, além do registro de mais de 409 mil óbitos.
Já o Ministério da Saúde relata que em 2020 foram registrados 145 mil casos da doença
em todo o País – mais de 99% deles somente na região Amazônica brasileira.
A malária, também conhecida como sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã,
é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada da fêmea do mosquito
Anopheles infectada por protozoários do gênero Plasmodium.

(parte do texto extraída da reportagem)

22
Problema 6: Açaí regional
Dona Fátima, aposentada, residente no bairro jardim das laranjeiras, queixa-se
recentemente de febre, dor de cabeça, vômito e dores musculares e articulares. No
momento do exame físico, durante a palpação, o médico Jorge nota que Dona Fátima
apresenta edema generalizado, linfonodos palpáveis e hepatomegalia. Ela relata ao
médico que, recentemente, retornou de uma viagem ao interior do Estado do Pará, onde
teve a oportunidade de realizar diversos passeios e consumir alimentos regionais. Com
muita ênfase, diz: “Que coisa boa é consumir um açaí fresquinho, o gosto é outro, não é
igual esta coisa industrializada que se vende por aqui!”
Jorge lembrou que atendeu um paciente há cerca de três anos com os mesmos sintomas e
com um histórico de viagem parecido ao de Dona Fátima. Atualmente este antigo paciente
está sob cuidados de seu amigo cardiologista, Carlos. O amigo cardiologista comentou
que o antigo paciente sofre de insuficiência cardíaca.

23
Problema 7: “Tatuagem de chinelo”
Jéssica, 19 anos, estudante, acaba de se mudar para Boa Vista-RR com sua família. A
família continua um negócio de gerações, possuem uma fábrica de luvas de látex, e
pretendem também iniciar negócios em Roraima. Muito sociável, Jéssica já fez amizade
com seus vizinhos. No sábado, foi convidada por um grupo de amigos para ir ao famoso
“Lago do Robertinho”. Assim, ainda na sexta foi comprar um biquíni e chinelo para poder
acompanhar seus amigos. Para economizar, comprou tudo no conhecido Caxambu, que
possui uma grande variedade de produtos, embora não sejam de marcas conhecidas. A
tarde de sábado no “Lago do Robertinho” foi muito boa, mas ao retornar, ainda no sábado
a noite, Jéssica achou que tinha tomado muito sol, apresentando os pés avermelhados e
inchados. No domingo achou melhor procurar atendimento médico. Ao ser atendida a
garota falou para a médica de plantão: “Doutora estou com uma tatuagem de chinelo,
acho que deveria ter passado protetor nos pés. Não imaginei que o sol de Boa Vista era
tão forte”. A médica logo tranquilizou a menina e disse que seu quadro não tinha relação
com o sol, mas se tratava de um tipo de alergia.

24
Problema 8: Cegueira dos Rios

Em janeiro de 2023 foi amplamente divulgada a grave crise de saúde pública vivida pelos
indígenas Yanomamis. Para auxiliar especialmente no atendimento dos Yanomamis, o
Ministério da Saúde abriu inscrições para voluntários de todo o Brasil. M.G.S., carioca,
33 anos, integrou um dos grupos de voluntários que foram levados para região do rio Alto
Mucajaí e da serra dos Surucucus, em Roraima. M.G.S. retornou ao Rio de Janeiro em
março de 2023. Quase um ano depois, em fevereiro de 2024, durante um banho, notou
um nódulo na região sacra. Foi realizada uma cirurgia para remoção do nódulo e a peça
foi enviada para exame histopatológico. Ao abrir o resultado do exame M.G.S. viu que
se tratava de oncocercose. M.G.S. ligou imediatamente para seu médico, pois o tempo
que ficou na região norte vivenciou oncocercose ser chamada de “cegueira do rio” e ela
queria entender o motivo de não ter apresentado problemas na visão.

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS

• Sandro Veronesi, Roberto Focaccia. Tratado de Infectologia, 2021.


• José R. Coura, Nelson G. Pereira. Fundamentos das Doenças Infecciosas e Parasitárias,
2019.
• David P. Neves, Alan L. de Melo, Pedro M. Lenardi, Ricardo W. A. Vitor. Parasitologia
Humana, 2016.
• Abul K. Abbas, Andrew H. Lichtman. Imunologia celular e molecular, 2019.

COMPLEMENTAR
Fátima Conceição-Silva (org.). Leishmanioses do Continente Americano. Ed. Fiocruz,
2014.
MORAES, F. C. A. de; PASSOS, E. S. dos R.; COSTA, P. M.; PESSOA, F. R.; LOPES,
L. de J. S. Chagas Disease in the North Region of Brazil: Analysis of cases in the period
from 2010 to 2019. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p.
e48210514193, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14193. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14193.
JOANNA M. T. LIMA, AMY VITTOR, SAMI RIFAI, DENIS VALLE. Does
deforestation promote or inhibit malaria transmission in the Amazon? A systematic
literature review and critical appraisal of current evidence. Philosophical Transactions B,
v. 372, n. 1722, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1098/rstb.2016.0125
JANSEN, F., DORNY, P., GABRIËL, S. et al. The survival and dispersal of Taenia eggs
in the environment: what are the implications for transmission? A systematic review.
Parasites and Vectors 14, 88 (2021). Disponível em: https://doi.org/10.1186/s13071-021-
04589-6
DE ALMEIDA, J.V., DE SOUZA, C.F., FUZARI, A.A. et al. Diagnosis and
identification of Leishmania species in patients with cutaneous leishmaniasis in the state
of Roraima, Brazil's Amazon Region. Parasites Vectors 14, 32 (2021). Disponível em:
https://doi.org/10.1186/s13071-020-04539-8
Sites recomendados:
www.bc.ufrr.br/index.php/biblioteca-digital
www.periodicos.capes.gov.br
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed

BONS ESTUDOS!!!

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