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Escola Superior de tecnologia da saúde de Lisboa

2º ano de Licenciatura de Fisioterapia – 1º Semestre


Ano letivo: 2023/2024
Relatório nº2:
Entrevista a um sobrevivente de um Linfoma

Trabalho realizado no âmbito da Unidade Curricular de Psicologia na


Saúde e na Doença
Docente: Professora Margarida Santos
Discentes:
- Duarte Silva – 2022310
- Hugo Fernandes – 2022299
- Tomás Silva – 2022306
ÍNDICE
1. Introdução
2. Abordagem teórica
- Linfoma não hodgkin
- Análise de artigos
3. Análise da entrevista
4. Implicações para a fisioterapia
5. Conclusão
6. Referências bibliográficas
7. Consentimento Informado
8. Entrevista
1. Introdução
Este trabalho foi-nos pedido no âmbito da Unidade Curricular de
Psicologia na Saúde e na Doença, que faz parte dos planos de estudo do
curso de Fisioterapia do 1º semestre do 2º ano da Escola Superior da
Tecnologia da Saúde de Lisboa.
Neste trabalho foi-nos pedido para realizarmos uma entrevista
sobre um dos temas abordados em aula, sendo que escolhemos a
“reação à doença” uma vez que nos pareceu ser o tema mais adequado
tendo em conta a patologia que vai ser abordada durante a entrevista.
Uma vez que durante todo o relatório não pode ser referido
qualquer tipo de informação sobre o entrevistado que possa revelar a
identidade dele, iremos então trocar o nome do entrevistado pela letra
”X”.
No início deste relatório iremos então abordar esta patologia,
dando um pequeno enquadramento teórico explicando o que é a
patologia e as implicações que esta pode ter.
De seguida, o nosso grupo escolheu 3 artigos sobre este tema e
vamos analisá-los para fundamentar cientificamente o nosso relatório.
Após analisarmos os artigos iremos então fazer uma pequena discussão
sobre a entrevista onde iremos enquadrá-la com a matéria lecionada
nesta Unidade Curricular e iremos as implicações que a fisioterapia
pode ter nesta patologia.
Por fim iremos então anexar a entrevista, onde irá ser possível
perceber as reações que X teve durante todo o processo e os métodos
que ele utilizou para ultrapassar a doença.
2. Enquadramento teórico - (Linfoma não hodgkin)
O Linfoma não Hodgkin é um tipo de cancro hematológico.
Linfoma é um termo genérico para classificar todo o tipo de cancros
que se desenvolvem no sistema linfático.
No caso deste linfoma, as células que lhe dão origem são então os
linfócitos, e, o que acontecem nesta doença é que os linfócitos não
cumprem a sua função de proteção contra infeções e outras doenças.
Uma vez que estas células circulam por todo o organismo, as células
anómalas podem ter origem em qualquer zona do sistema linfático,
podendo desta forma atingir diversas partes do organismo.
Existem diversos tipos de linfomas não hodgkin, no entanto, neste
trabalho, o individuo que iremos entrevistar, ultrapassou um linfoma
não hodgkin difuso de células B grandes.
O linfoma não hodgkin difuso de células B grandes pode aparecer
em indivíduos que não apresentem qualquer tipo de fator de risco, no
entanto, existem um conjunto de fatores de risco que são conhecidos:
- Ser do sexo masculino;
- Idade (quanto mais velho maior a probabilidade de apanhar esta
doença);
- Ter terapêutica imunossupressora;
- Dieta rica em carnes e gorduras;
- Sofrer de doenças como por exemplo hepatite C, doença
autoimune e síndrome de imunodeficiência congénita.
Tal como diversos outros cancros, esta doença tem pode
encontrar-se em diversos estádios (I, II, III, IV) e o tratamento vai
depender muito do estadio em que a doença se encontra, no entanto,
na maioria dos casos, recorre-se sempre ao tratamento com base na
quimioterapia e na radioterapia.
Quando somos transportadores desta patologia é esperado
termos um conjunto de sintomas que são eles os seguintes:
- Suores noturnos;
- Aumento do tamanho dos gânglios das axilas, pescoço e virilhas;
- Enorme cansaço e febres sem razão;
- Perdas de peso sem razão.
Em relação ao diagnóstico desta doença, usam-se então exames com o
objetivo de perceber quantas são as regiões ganglionares afetadas pela
doença. Desta forma existem 3 tipos de exames que podem ser feitos:
- Exames detalhados ao sangue e à urina;
- Biópsia ao gânglio aumentado;
- Biópsia à medula óssea.

Enquadramento teórico – (Análise de artigos)


Agora irá então ser feito um resumo sobre todos os artigos
científicos que recolhemos para realizar o nosso relatório.

4. Implicações para a fisioterapia


Primeiramente gostaríamos de realçar a importância da relação entre o
profissional de saúde e o paciente uma vez que a mesma pode
determinar direta ou indiretamente o futuro do paciente. Isto deve-se
ao facto do fisioterapeuta ter como dever saber interpretar as reações
que o doente vai tendo uma vez que as mesmas trazem imensas
implicações para a fisioterapia. Ao contrário de alguns cuidados de
saúde, na fisioterapia cria-se uma relação que em grande parte dos
casos é de longa duração. Daí ser tão importante saber interpretar as
reações tidas pelos pacientes ao longo de todo o processo da patologia
de modo a que, como profissional, seja capaz de dar uma resposta
adequada ao paciente. No nosso caso o doente que entrevistamos
realçou a importância de nunca desistirmos dos nossos pacientes, que é
o nosso dever, e mesmo com os pacientes que por vez estão a chegar
ao seu “fim”, devemos interpretar a chegada do mesmo como um novo
começo, apoiando-o de todas as maneiras possíveis.
O indivíduo entrevistado por nós foi passando por uma variedade de
reações ao longo de todo o processo. Cabe-nos a nós como
profissionais de saúde ser capaz de interpretar as reações do doente e
tornar a vida dele o mais fácil possível. Pegando num exemplo mais
concreto: por vez torna-se difícil ultrapassar um problema se nos
focarmos nele como um todo, agora se formos criando pequenas metas
realísticas ao longo de todo o processo. Pessoalmente gosto da noção
do caos e ordem: são dois conceitos opostos e ao longo da vida tem
que se manter um equilíbrio entre os dois. Na minha opinião
demasiado caos não é produtivo mas demasiada ordem também não,
deve existir um equilíbrio entre os dois por vezes difícil de atingir, e é o
nosso papel como fisioterapeuta ajudar o paciente a impor ordem na
sua vida que por vezes tem excesso de caos. Deve-se ajudar o paciente
a focar-se no lado positivo e na criação de uma rotina diária pois uma
vez criado um ambiente em que o paciente se sente confortável todo o
processo se torna mais fácil. O paciente entrevistado revelou ter que
adaptar os seus objetivos de vida à sua nova realidade, focou-se nos
aspetos positivos e não naquilo que a doença lhe tirou. Também
revelou que a religião tinha sido um apoio fulcral no processo de
recuperação, principalmente nos momentos mais difíceis. Segundo o
próprio o fisioterapeuta que o acompanhou foi essencial uma que vez
que lhe forneceu o bem-estar e a paz que ele necessitava nos
momentos mais difíceis.

6. Consentimento Informado
Somos estudantes do 2º ano de Fisioterapia da Escola Superior da
Tecnologia da Saúde de Lisboa
No âmbito da Unidade Curricular de Psicologia na Saúde e na
Doença vimos por este meio convidá-lo para participar numa entrevista
quem tem como objetivo conhecer a sua perspetiva sobre uma
patologia que possa vir a ser encontrada na prática clínica, neste caso,
Linfoma não Hodgkin.
A sua participação nesta entrevista irá ser confidencial, é
voluntária e em nenhum momento da sua entrevista irá ser referido o
seu nome ou qualquer tipo de informação que possa identifica-lo. Esta
entrevista já está previamente estruturada e com a sua autorização ela
será gravada e será destruída logo após ser transmitida para o relatório.

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