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Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

2º ano da Licenciatura em Fisioterapia

Fisiologia do Exercício
TEÓRICA
2021/2022

Docentes: Teresa Tomás, Hermínia Dias; Patrícia Mota (prática)


Discente: Daniela Tavares n.º2020695
Fisiologia do Exercício

Índice
TEÓRICA ............................................................................................................................ 0
Fisiologia do Exercício....................................................................................................... 0
20.09.2021 – aula teórica – revisões ............................................................................ 7
Aula prática ............................................................................................................... 8
27.09.2021 – Aula teórica............................................................................................. 8
Bioenergética E Metabolismo .................................................................................. 8
Via anaeróbia alática/ Sistema ATP-PC .................................................................... 9
Sistema glicolítico/ glicólise anaeróbia/ via anaeróbia latica .................................. 9
Sistema oxidativo/ produção aeróbia de ATP ........................................................ 10
04.10.2021- Aula teórica – Metabolismo ................................................................... 11
Metabolismo........................................................................................................... 11
Resposta Aeróbia mais favorável: ...................................................................... 12
Efeitos do treino de endurance .......................................................................... 12
Fatores limitantes da velocidade de produção de energia ................................ 12
Fadiga...................................................................................................................... 13
Excesso do consumo de oxigénio pós exercício – ECOP/ Débito de O2 ................ 15
Consumo máximo de oxigénio – VO2max ou potência aeróbia máxima .............. 15
Fatores fisiológicos que influenciam o VO2máx ................................................... 16
Fatores fisiológicos implicados na diminuição do VO2máx com idade ............. 17
Valores conhecidos para VO2 ................................................................................. 17
Como devemos referir o valor de oxigénio ........................................................ 17
Quociente respiratório — QR ou Q ........................................................................ 18
Equivalente calórico do oxigénio............................................................................ 19
Limiar anaeróbio (LANA) ou limiar de lactato ........................................................ 19
Metabolismo basal ................................................................................................. 19
Metabolismo em repouso -REE ou RMR ................................................................ 19
BMR/REE influenciado por ..................................................................................... 19
Classificação das atividades físicas em termos energéticos................................... 20
Determinação da capacidade aeróbia .................................................................... 20
Exercícios ............................................................................................................ 20
11.10.2021 – Aula teórica – Adaptações do sistema central ..................................... 21
Respostas respiratórias .......................................................................................... 21
Volumes pulmonares .............................................................................................. 22
Lei de Frank-Starling ................................................................................... 22

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Curva pressão volume do pulmão .......................................................................... 23


18.10.2021 – aula teórica – Adaptações do sistema central ..................................... 25
Trocas gasosas ........................................................................................................ 25
Barreira alvéolo-capilar ...................................................................................... 26
Transporte de O2 no sangue .............................................................................. 26
➔ Respostas crónicas .................................................................................... 27
Equilibrio ácido – base ........................................................................................ 27
Ciclo cardíaco .......................................................................................................... 28
Frequência cardiaca máxima (FCmáx) ................................................................ 28
Explicações para o alterações da FC: .......................................................... 29
➔ Volume sistólico/ Volume de ejeção ............................................................. 29
25.10.2021 – aula teórica – Adaptações do sistema central ..................................... 29
Débito cardiaco 𝑸 ................................................................................................... 29
Adaptações ......................................................................................................... 31
Alterações cardíacas ....................................................................................... 31
Sistema vascular ..................................................................................................... 31
Pressão Arterial (PA) ........................................................................................... 31
Regulação da PA ............................................................................................. 32
Duplo produto ................................................................................................ 32
Valores normais .......................................................................................... 32
Sangue .................................................................................................................... 32
Hematócrito ........................................................................................................ 32
Eritrócitos ........................................................................................................... 32
Adaptações ..................................................................................................... 33
Diferença entre o conteúdo arteriovenoso misto .............................................. 33
PRINCÍPIO DE FICK .................................................................................................. 34
Pessoa Não Treinada .......................................................................................... 34
Resposta Aguda .............................................................................................. 34
Componente central ................................................................................... 34
Componente periférica............................................................................... 34
Resposta Crónica ............................................................................................ 34
Pessoa treinada .......................................................................................... 34
Em repouso ............................................................................................. 34
08.11.2021 – aula teórica – Testes de Exercício......................................................... 35
TESTES DE EXERCÍCIO ............................................................................................. 35

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

22.11.2021 – aula teórica – Adaptações neuromusculares à atividade física .......... 36


Comportamento muscular ......................................................................................... 36
Tipos de tecido muscular ........................................................................................ 37
Músculo cardíaco................................................................................................ 37
Músculo Esquelético ........................................................................................... 37
Arquitetura ..................................................................................................... 38
Propriedades................................................................................................... 38
Anatomia ........................................................................................................ 38
Mísios .......................................................................................................... 38
Estruturas das fibras musculares .................................................................... 39
Membrana Celular ...................................................................................... 39
Células Satélite ........................................................................................... 39
Memória Muscular ................................................................................. 40
Estruturas das fibras musculares .................................................................... 40
Tendão ............................................................................................................... 41
Miofibrilhas e sarcómeros. ............................................................................. 41
Sarcómero................................................................................................... 42
Constituição de 1 sarcómero .................................................................. 42
Actina ...................................................................................................... 42
Miosina ................................................................................................... 42
Junção Neuromuscular ................................................................................... 43
Contração do músculo esquelético ............................................................ 43
Contração da fibra muscular ...................................................................... 43
Papel do cálcio na contração muscular ...................................................... 44
Teoria Do Filamento Deslizante ................................................................. 44
Tipos de fibras .................................................................................................... 44
Diferenciação do Tipo I VS Tipo II ................................................................... 45
Distribuição dos diferentes tipos de fibras: Rácio tipo I/Tipo II ..................... 46
Fibras Tipo I durante o exercício .................................................................... 46
Fibras do tipo II durante o exercício ............................................................... 46
Determinantes para o tipo de fibras .............................................................. 47
Recrutamento das fibras musculares ............................................................. 47
Tipo de fibras e sucesso desportivo ............................................................... 48
Trabalho/contração ........................................................................................ 48
Contração estática/isométrica ................................................................... 48

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Fisiologia do Exercício

Contração dinâmica .................................................................................... 48


Concêntrico............................................................................................. 48
Excêntrico ............................................................................................... 48
29.11.2021 – aula teórica – Adaptações Neuromusculares à Actividade Física (cont)
.................................................................................................................................... 49
Fitness do múscular/ aptidão muscular ................................................................. 49
Força ................................................................................................................... 49
Endurance/ Resistência muscular ...................................................................... 49
Qualidade muscular ............................................................................................ 50
Trabalho .............................................................................................................. 50
Potência .............................................................................................................. 50
Exercício 1 ....................................................................................................... 51
Mensuração do trabalho e da potência ......................................................... 51
Força ................................................................................................................... 51
Produção de força .......................................................................................... 52
Comprimento muscular .................................................................................. 52
06.12.2021 – aula teórica – Adaptações neuromusculares III ................................... 52
Adaptações neuromusculares ao exercício ............................................................ 52
Adaptações musculares .......................................................................................... 53
Aumento do volume muscular ........................................................................... 53
Hipertrofia ...................................................................................................... 53
Hipertrofia das fibras .................................................................................. 54
Hiperplasia das fibras ................................................................................. 54
Alteração do ângulo da penação .................................................................... 54
Hiperplasia ...................................................................................................... 55
Remodelação muscular .................................................................................. 55
Adaptações neurais ................................................................................................ 55
Melhoria da coordenação intramuscular ........................................................... 56
Melhoria da coordenação intermuscular ........................................................... 56
Ganhos de origem reflexa .................................................................................. 56
Adptações musculares em suma ............................................................................ 57
Princípios do treino................................................................................................. 58
Exercício 1 ........................................................................................................... 58
Princípios básicos do treino ................................................................................ 58
Individualidade ............................................................................................... 58
Especifidade .................................................................................................... 59
4

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Uso-desuso ou reversibilidade ....................................................................... 59


Princípio da sobrecarga progressiva............................................................... 59
Princípio do dificil e do fácil ............................................................................ 59
Princípio da periorização ................................................................................ 59
13.12.2021 – aula teórica – A fadiga .......................................................................... 61
Fadiga...................................................................................................................... 61
Motivação ........................................................................................................... 62
Origem central .................................................................................................... 62
A nível metabólico .............................................................................................. 63
Fadiga e subprodutos metabólicos ................................................................ 63
Dor Muscular de início retardado – DMIR.............................................................. 63
Sobrecarga e sobretreino ....................................................................................... 65
Sinais comuns de sobretreino ............................................................................ 65
Causas sobretreino podem incluir: ..................................................................... 66
Destreino/retenção de ganhos............................................................................... 66
Causas: ................................................................................................................ 66
Comparando indivíduos treinados com não treinados: ..................................... 67
Para prevenir perdas na condição física: ............................................................ 67
20.12.2021 – aula teórica – envelhicimento e composição corporal ........................ 67
Envelhecimento ...................................................................................................... 67
Sarcopénia .......................................................................................................... 67
Componentes na perda e manutenção de massa muscular: ......................... 68
Estudos: .......................................................................................................... 68
Treino de resistência: ......................................................................................... 69
Alterações neurais: ............................................................................................. 69
Alterações hormonal .......................................................................................... 70
Treino de força ....................................................................................................... 70
Guidelines ........................................................................................................... 70
Recomendações: ................................................................................................ 71
Performances nos diferentes desportos ............................................................ 72
Composição corporal .............................................................................................. 72
Avaliação da composição corporal: .................................................................... 72
Homem e mulher de referência de Bencke ....................................................... 73
Métodos laboratoriais ........................................................................................ 73
Pesagem hidrostática ..................................................................................... 73

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Fisiologia do Exercício

Métodos de terreno/ analíticos não laboratoriais ............................................. 74


Antropometria ................................................................................................ 74
Índice massa corporal ..................................................................................... 75
Rácio ou índice cintura/anca .......................................................................... 75
Bioimpedância ................................................................................................ 75
Nutrição e desporto................................................................................................ 76

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

20.09.2021 – aula teórica – revisões


Fisiologia do exercício é o estudo de como as estruturas e funções do corpo
são alteradas quando somos expostos a episódios agudos e crónicos de exercício. Não
vamos falar da fisiologia do esforço e do desporto mas sim dos limites de segurança
para a saúde.
Treino é prática regular de exercício. As linhas orientadoras para a saúde dizem
que devemos de fazer 150 min semanais mais 2 dias com treino muscular. (?)
36% dos pt são hipertensos e exercício é terapia recomendada. 28,7 são obesos.

Conteúdos programáticos
1. Conceitos básicos em fisiologia do exercício
2. Metabolismo e bioenergética
3. Dispêndio energético e fadiga
4. Sistema cardiovascular e respiratório em exercício
5. Estrutura e função neuromuscular em exercício
6. Princípios e metodologia do treino
7. Composição corporal e exercício
8. Adaptações ao exercício em ambientes extremos: calor, frio, altitude
9. Exercício físico e condição física
Conceitos gerais
Componentes da condição e aptidão física
Prescrição do exercício

Frequência: 15 novembro
Revisão de fisiologia aconselhada
Avaliação:
Teórica 2 testes teóricos – 50% cada
Prática - teste escrito prático (10%) e 1 trabalho a pares – relatório de uma aula prática
com aplicação a pelo menos 3 sujeitos e análise de resultados fundamentado na
literatura existente (90%)
Artigos com FI ou open acess (menos de 3 anos)
Entrega até 20/12/2021 – 23.59min moodle preferencialmente
9,5 em qq componente tanto teórico como prático
Nota final = (Nota teórica + Nota prática) /2
Temos q avisar 2 dias antes se fazemos avaliação continua ou exame
Bibliografia: physiology of sport and exercise w. larry kenney

Há muitos artigos virados para a prescrição por isso quando os lemos temos de
pensar que o exercício é a variável independente. Ex: 4x por semana treino de força,
como altera a função neuromuscular?
As respostas ao exercício dependem de muita coisa como o tipo de treino,
experiência, meio ambiente onde cresceu, nutrição, modelos, e a propia motivação. Não
há nenhuma resposta crónica aquilo que queremos, se não houver adesão ao exercício.
Qualquer que for a resposta tem a ver com o O2 existente e o seu caminho e a
forma como é transformado em energia.
Respostas crónicas são adaptações e as respostas agudas (tipo correr de
um lado da sala ao outro) são o aumento frequência cardíaca e respiratória, temperatura
corporal e sabemo-las ao monitorizar. As respostas agudas também variam de acordo
com o meio ambiente, por ex, ao fechar janelas a temperatura ambiente sobe logo a
resposta imediata vai ser diferente, com a hora, com a hora e tipo da última refeição,
consoante o sono.

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Adaptações é como devemos de dizer e não respostas crónicas. Estas são


respostas a períodos
As adaptações são altamente específicas ao tipo de treino que o individuo faz.

Aula prática
Trazer máquina calculadora
Trabalho prático – 2 a 3 pessoas – aplicar testes/exemplos das aulas
• 90% da componente pratica
• Referencias bem feitas e tabelas c os elementos/pessoas onde aplicámos os
testes/exercícios/tarefas
• Mostrar que pesquisámos/pensámos e explicar os resultados e trazer artigos
com 3 ano máximo

27.09.2021 – Aula teórica


Bioenergética E Metabolismo
As adaptações também variam com a aptidão, com o meio ambiente, do próprio
individuo dependente da intervenção. O exercício induz uma resposta no individuo e
temos que pensar que somos um sistema que procura a homeostasia e com resposta
coordenadas, vivendo dentro de amplitudes consideradas normais e saudáveis. A
homeostasia é uma resposta saudável mas o ambiente estável não é, por exemplo, não
é saudável ser a temperatura corporal se manter sempre a cima de 37º.
O exercício é o maior desafio à homeostasia dai a necessidade de ser bem
conhecido. Este induz alterações, é um estímulo/stress. O Síndrome geral de
adaptação diz: com um estímulo vai haver uma resposta adaptativa, se o estímulo não
for adequado esta resposta pode sair da amplitude e haver risco de lesão e
sobretreino/exaustão ou então não obtemos a resposta que procuramos. Se o estímulo
for adequado, a resposta é também adequada e encontra-se dentro de amplitudes
saudáveis. Isto é, existe um estímulo ótimo para a resposta/adaptação que queremos.
Dai ser importante percebermos o exercício de modo a ter a melhor adaptação possível.
Para indicar/prescrever exercício temos de perceber o que está por base. Nós
só consumimos alguns nutrientes e estes traduzem-se em 3 substratos energéticos
principais que vão resultar em ATP:
• Açúcar/hidratos carbono
• Lípidos/gordura
• Proteína

HIDRATOS: Os mais rápidos a darem resposta são os hidratos responsáveis


por 4kcal por cada grama, que se armazenam em glicogénio no músculo e no fígado
(onde está mais concentrado) havendo pouca glicose em circulação. Por cada grama
de açúcar conseguimos degradar a 97% (coeficiente de digestibilidade).
GORDURAS: As gorduras são de mais lenta resposta e dão cerca de 9 kcal por
grama, tendo mais depósitos do que os açúcares, mas sendo mais lentos precisamos
de perceber como podemos tirar proveito. Neste caso o coeficiente de digestibilidade é
de 95%.
A nível de armazenamento:
• Açúcares: O glicogénio representa 110g a nível do fígado, a nível muscular
(todos os músculos) 500g e temos cerca de 15g de glucose no sangue
• Gorduras: temos quase 8kg no individuo padrão, sendo 161 intramuscular e o
restante subcutâneo e visceral
PROTEINAS: As proteínas também dão 4kcal por grama (valor convencionado)
mas têm processo também lento sendo utilizadas em última análise e muito menos
porque a sua degradação liberta compostos que não são preferenciais. O coeficiente é
de 92%.

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Através da neoglucogenese e da lipogenese tb podemos degradar e obter


substratos.

Fatores de ATWATER (indicam a energia metabolizável global de que o


organismo poderá dispor a partir dos alimentos ingeridos):
• Hidratos de carbono – 4
• Lípidos – 9
• Proteínas – 4

A taxa metabólica é influenciada pela disponibilidade de substrato mas também


é importante haver enzimas (a partir de vitaminas) adequadas e em qt suficiente, e
também está relacionada com o exercício que temos.
Flexibilidade metabólica: ser capaz de utilizar o tipo de substrato mais
adequado ao exercício, através de variações na insulina. Pessoas mais ativas têm maior
flexibilidade metabólica, utilizando mais rapidamente a gordura armazenada do que
os açucares circulantes (apesar de precisarem sempre de algum açúcar para consumir
a gordura). A inflexibilidade metabólica está mais associada a doenças crónicas como
a diabetes, dai precisarmos de realçar a importância do exercício.
Todas as funções do organismo utilizam ATP que quando necessário passamos
a ADP e é libertada energia para ser utilizada a partir da reação exergónica.
Com a ação envolvida, a rapidez da utilização de ATP difere, o que envolve o
tipo de fibra muscular. O nosso organismo nunca deixa chegar ao nível 0, tal como com
os ATP.
Existem 3 sistemas para obter ATPs:
• Creatina fosfato/sistema ATP-PC/Via anaeróbia alática
• Glicólise Anaeróbia/sistema glicolítico/ via anaeróbia lática
• Oxidativo (onde temos a glicólise aeróbia e onde é preciso oxigenio)
Há reservas musculares para iniciar contração mas que duram poucos
segundos.

Via anaeróbia alática/ Sistema ATP-PC


Este sistema é muito rápido, pouco eficiente e não precisa de O2, usado para
dar um passo ou levantar de uma cadeira.
Ocorre em qualquer estrutura da célula
Temos mais fosfocreatina armazenada do que ATP
Demora 6 a 7 segundos
À medida que a reserva de fosfocreatina acaba a exaustão aumenta, como
quando se corre um bocadinho.

Sistema glicolítico/ glicólise anaeróbia/ via anaeróbia latica


Em simultâneo temos e com maior capacidade que o anterior, este sistema que
trabalha por exemplo quando temos de trabalhar depressa durante algum tempo. Este
caso leva mais tempo a ter ATP disponível.
Podemos pegar na glucose ou no glicogénio, até chegar ao ácido lático
Esta libertação tem mais etapas dai levar mais tempo: 12 reações sendo que
todas as enzimas atuam no citoplasma.
Dá energia nos minutos iniciais de alta intensidade.
Este sistema tem alguns contras:
• Forma 2/3 ATPs – pouco rendimento energético
• Produção ácido lático que acídica o músculo e provoca dores e fadiga graças ao
hidrogénio,
• Acaba por impedir a contração muscular (dificulta as pontes cruzadas de actina
e miosina)

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

• O ácido lático excessivo leva a acidose sistémica (hiperventilação, com


ventilação menos económica) que se torna grave em caso de asma ou de
doença respiratória crónica em que naturalmente já se utiliza mais músculos
respiratórios, causando fadiga, insuficiência ventilatória e possivelmente
necessidade de ventilador (ao colocar os músculos em repouso há perda de
massa muscular, situação muito complicada de recuperar)
Prós:
• Permite contração muscular quando O2 é limitado
• Permite exercício de maior intensidade e menor duração que o metabolismo
oxidativo
Os músculos tb podem utilizar lactato, como o musculo cardíaco, pode ser
convertido em neoglucogenese tb,
Precisamos deste sistema para andar depois de nos levantarmos, atividades que
vão de 15 segundos a 3/4 minutos.

Sistema oxidativo/ produção aeróbia de ATP


Este sistema demora mais tempo a libertar energia (apesar de começar a
trablhar quando os restantes), cerca de 4/5 minutos, sendo necessário quando os
anteriores não conseguem responder da mesma maneira.
Sem O2 não degradamos TG.
Ocorre no interior das mitocôndrias.
Este sistema é melhor para sistema de menor intensidade e longa duração –
atividade endurance, tendo 3 processos:
• Glicólise aeróbia - havendo oxigénio em quantidade suficiente (só temos
suficiente nesta altura porque os primeiros não precisavam de O2 e muito menos
na mitocondria, então este oxigénio leva tempo a entrar na mito) – esta não
existe em quantidades infinitas – neste caso como temos oxigénio, em vez de
se produzir ácido latico produz acetilCoA
• Ciclo de Krebs – oxidação completa de acetilCoA
Produção de ATP, libertação de CO2 (se aumentamos a freq respiratória obvio
que este aumenta) e H2O (para baixar a temperatura que aumenta com a
libertação de energia)
• Cadeia de transporte de eletrões/fosforilação oxidativa
No final, a degradação da glicose dá 38 ATP e do glicogénio dá 39.

O oxigénio é importante porque uma molécula de glucose completamente


degradada dá 6co2, 6h2o e 38 ATP.
Os corredores de longa distância conseguem predominantemente usar até
determinada altura o sistema oxidativo.
As moléculas de gorduras são maiores e permitem uma produção maior de ATP.
Os hidratos são preferenciais em alta intensidade e estes libertam 6,3 ATP por cada
molécula de o2, enquanto as gorduras libertam 5,6 ATP, ou seja, precisamos de mais
oxigénio para degradar gorduras.
As proteínas, só 5% são utilizadas p produção de energia e o azoto n degradado
é libertado sob a forma de ureia. Esta via só é utilizada em situações de fome.
A oxidação da gordura tem menor taxa de ATP por unidade de tempo enquanto
a fosfocreatina consegue produzir mais ATPs. Mas por unidade de susbtância é a
gordura que produz mais ATPs.
A capacidade oxidativa de um músculo é a medida da capacidade máxima
para utilizar o oxigénio e depende:
• Concentração enzimas
• O2 disponível
• Tipo de fibra muscular – trabalhamo-la para usar a gordura

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Açúcares - boa reserva, disponível a nível circulatório e rapidamente degradado.


Máxima intensidade
I I O exercício é no seu máximo de intensidade feito sem gorduras, à medida que
sem gorduras a intensidade aumenta utilizamos mais açúcares porque existe boa reserva, está
disponível a nível circulatório e porque rapidamente é degradado.
Quanto maior a duração de exercício, maior a percentagem de gordura que
Maior duração utilizamos. Não temos assim tanto açúcar mais andar 2 horas só com este.
Mais gorduras Inserir tabela c 4 processos e atps
Enquanto somos jovens a capacidade de usar hidratos é igual para quem tem
Indivíduos não 20 ou 70 anos, à medida que aumentamos a intensidade de exercício esta capacidade
treinados menor de usar os hidratos diminui nos mais velhos.
capacidade de usar A capacidade oxidativa varia também conforme a adaptação e é possível as
oxigénio próprias mitocôndrias em tamanho e número serem maiores de forma a recorrer ao
sistema oxidativo em maior escala, o que se vai traduzir no maior consumo de O2. Pelo
que indivíduos não treinados, têm menor capacidade de consumo de oxigénio.
Se aumentarmos a disponibilidade de TG, aumentamos a sua oxidação e
diminuímos o consumo de hidratos. Isto é importante para poupar os hidratos que são
precisos para o cérebro e outros sistemas funcionarem.
Intensidade e consumo:
• Em repouso consumimos preferencialmente gordura
• Esforços mais baixo – ácidos gordos sobretudo e algum açúcar
• 80% intensidade – glicogénio muscular e glicose circulante
Os açúcares podem ser armazenados sobre a forma de gordura, glicogénio ou
imediatamente usados sob a forma de glicose. Se fizermos exercício, favorece aumento
de glicogénio sintetase necessário para produção de glicogénio a partir do açúcar. Este
processo, de armazenamento/síntese de glicogénio, leva mais tempo a ocorrer do que
a armazenar sob a forma de gordura, pelo que é preferencial ingerir glícidos de absorção
lenta para ter glicogénio, isto porque o músculo usa preferencialmente e inicialmente
(primeiros segundos) o que tem disponível, ou seja, o glicogénio.
O metabolismo é um conjunto de processos que resultam na produção
(anabolismo) e destruição/gasto (catabolismo) de adenosina trifosfato (ATP)
e preferencialmente queremos o aeróbio que se refere às reações catabólicas geradoras
de energia nas quais o oxigénio funciona como um aceitador final de eletrões na cadeia
respiratória e se combina com o hidrogénio para formar água.
O metabolismo é um todo, não temos sistemas a trabalhar em separado, mas
estes respondem de forma adequada ao estímulo.
A nossa capacidade para o exercício é limitada pela entrada de oxigénio nas
células. Para fazer chegar mais oxigénio precisamos de ventilar mais, mais músculo
para não entrar em fadiga, otimizar a difusão trazendo mais sangue com oxigénio, ou
seja, esta velocidade de entrada de O2 nas mitocôndrias é limitada por:
• Função respiratória eficaz
• Função circulatória eficaz e boa capacidade de transporte no sangue
(hemoglobina)
• Circulação capilar, membrana celular, pressão parcial

04.10.2021- Aula teórica – Metabolismo


Metabolismo
É um conjunto de processos que resultam na produção (anabolismo) e destruição/gasto
(catabolismo) de adenosina trifosfato. O metabolismo aeróbico refere-se às reaçoes
geradoras de energia nas quais o oxigénio funciona como um aceitador final de eletrões
na cadeia respiratória e se combina com o hidrogénio para formar água.

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Como é possível observar no quadro ao lado


todos os metabolismos iniciam em
simultâneo. No entano, um deles tem a sua
máxima capacidade nos primeiros segundos,
o outro atinge-se entre os 30 segundos e os 5
minutos e o metabolismo aeróbio a partir dos
7- 8 minutos já e capaz de fornecer uma
grande quantidade de energia.
Todos os sistemas interagem em todas as
atividades. Não há um único sistema que
contribua a 100% mas um determinado
sistema frequentemente é dominante numa
determinada tarefa, existe assim uma maior
cooperação durante os periodos de transição.
A nossa dependência da energia
maioritariamento do sitema aerobio é mais
demorada por possuir diversas etapas.

Resposta Aeróbia mais favorável:


• caracteristicas genéticas especificas do atleta de endurance (resistência
aeróbia- treino de maior duração e menor intensidade) – tipo de fibras
musculares
• Adaptações locais específicas observadas com o treino e que favorecem menor
produção de Ácido Láctico
• Ritmo mais rápido de remoção
• Densidade capilar – angiogénese – maior chegada de oxigenio e capacidade
extrativa aumentada
• Tamanho e nº de mitocôndrias – muita maior quantidade consegue ser
processada em menos tempo
• Concentrações de enzimas e agentes de transferência – NAD; FAD

Efeitos do treino de endurance


Vai ocorrer uma maior poupança de glicogénio e maior consumo de gordura para
a mesma intensidade de esforço permitindo assim aumentar a capacidade de
armazenamento de glicogénio no fígado e nos músculos duplicando assim a reserva do
mesmo.
O indivíduo deixa de recorrer tanto ao glicogénio muscular uma vez que ganha
a capacidade de entrar mais rapidamente num metabolismo aerobio à custas das
gorduras.
É necessário ter por base, mesmo na degradação da gordura, algum glicogénio
portanto se tivermos uma maior poupança de glicogénio armazenado no músculo
consegue durar mais tempo e permite gastar durante mais tempo gordura porque senão
muito rapidamente perdemos “combustivel”.

Fatores limitantes da velocidade de produção de energia


• velocidade com que o oxigénio entra na mitocôndria- que é sempre um processo
lento
A entrade de oxigénio dentro da mitocôndria é influenciada pelo débito cardíaco
• função respiratória eficaz
• função circulatória eficaz e boa capacidade de transporte no sangue –
hemoglobina
• Circulação capilar, membrana celular ( sarcolema); pressão arterial

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Fadiga
Quado algumas destas componentes falha entramos em fadiga. Esta refere-se
simplesmente à incapacidade de efetuar uma tarefa e relaciona-se com a intensidade e
duração do exercício, assim em suma, a fadiga vai ser a menor capacidade de produção
de energia mecânica.
Falamos assim em duas componentes:
Incapacidade de fazer força porque o orgão efetor deixa de ser capaz de contrair
adequadamente
o falta de glicose e glicogenio – fadiga, o musculo fica sem energia
mecanica
• Depleção da PCr ou oxigénio o que dificulta a produção de ATP – em fibras
selecionadas ou músculos específicos dependendo do exercício
• Calor pode contribuir para a fadiga
o afeta a nivel central fazendo com que este envie feedback negativo para
a concentração muscular, porque se a temperatura coporal já se encontra
muito elevada a continuação da produção de contrações musculares vai
contribuir para o aumento da temepratura – fadiga a nível central com
efeito no orgão efetor
• Acumulação de ácido lático (e de H+) o que impede/ dificulta os processos
celulares que produzem energia e contração muscular ( diminuição pH)
• Falha de transmissão nervosa
o Limitação dos neurotransmissores – o orgão efetor não é capaz de
contrair com a capacidade que seria de esperar mesmo que não tenha
nenhuma lesão
• As respostas do sistemanervoso central ao trauma psicológico do exercício
exaustivo
o limitação a nivel central – fadiga a nivel central faz com que a cotração
não ocorra a nivel periferico
Quando um indivíduo realiza um exercício de determinada intensidade, chegará a
um momento m que estrá impossiblitado de continuar. Se existem reservas de hidratos
de carbono e de lípidos, porque entra o indivíduo em fadiga?
1. Uma razão poderá ser carência de cratina-fostafo (substrato inicial ausente), que
caso a intesidade do exercício não diminua, levará à fadiga por incapacidade de
produzir ATP
2. A acumulação de ácido láctico (acidose metabólica, impede formações de
pontes cruzadas e, consequentemente, a contração muscular e o movimento).
Não se deve confundir a dor que sentimos no momento, causada pela
acumulação de iões provenientes de ácido láctico que contribuem para edema
da fibra muscular, com a dor no dia seguinte ao exercício
3. Motivos de origem central, uma vez que o sistema nervoso impede que se
esgotem as reservas de ATP e, quando se aproxima do limite de riscos, o
própriosistema nervoso bloqueia os estímulos contrácteis
a. na depressão profunda, pode haver diminuição de neurotrasmissores,
provocando então a fadiga
4. Hipoglicémia – condutiva de açucar no sangue vai reduzir a capacidade de
utilização da glicose pelo o cérebro, o cérebro só consome glicose pura
circulante fazendo com que o feedback seja negativo logo a perceção do
exercício fica mais negativa
5. Depleção do glicogénio (≠ hipoglicémia), nas reservas de glicogénio no músculo

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Fisiologia do Exercício

Uma das respostas da fadiga real é a intesidade e a dificuldade do exercicio


medida pela perceção de esforço, como por exemplo a interrupção da transmissão
nervosa vai alterar os sinais de e para o músculo afentando negativamente a
coordenação e a força.
Quanto maior a quantidade de “ complicações” ao trabalho periférico há maior
um aumento na perceção de esforço.

Coseguimos classificar a nossa perceção de esforço através de escalas. A


escala de Borg (perceção subjetiva do esforço) é uma escala que permite perceber se
determinado exercício ou intensidade se adequa a um indivíduo.
Declínio do glicogénio no músculo gastrocnémios – tricipete plantar – durante
uma corrida de 3 horas a 70% do VO2 máximo
Notar que o esforço foi classificado como moderado durante quase 1,5 horas de
corrida. Apenas quando o glicogénio ficou muito baixo a perceção de esforço aumentou
sendo assim necessário um grande incentivo para continuar com o exercício.
Ao longo do tempo o glicogénio muscular vai diminuindo, mas, ao classificar
através de uma escala de perceção de esforço vemos a classificação a aumentar. O
esgotamento dos hidratos de carbono leva à sensação de que “ não conseguimos mais”
Sabe-se que as vias anaeróbias se adaptam muito rapidamente às necessidades
energéticas. O metabolismo aeróbio é lento ( na produção e na adaptação a novos
patamares de esforço)
Numa corrida lenta em velocidade uniforme:
• 1º segundos – predominantemente aláticos (p.e. sprint 100m)
• 1º 1 a 2 minutos – predominantemente lácticos (p.e 400/800m )
• A partir do 3º ou 4º minutos – via aeróbia passa a produzir ( progressivamente)
a totalidade da energia (p.e maratona)
os primeiros metros são efetuados em défice ou dívida de oxigénio – excesso de
consumo de oxigénio pós-exercício

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Fisiologia do Exercício

Sabemos através do consumo de


oxigénio, que é medido, que a primeira fase
foi produção de energia com deficiência de
oxigénio. Então no final do exercício, onde o
consumo de oxigénio deveria ser zero
(repouso), porém continua a haver um valor
basal ➔ permite repor ATP inicial disponível,
ATP para repor membranas ou tecidos
lesados, etc através do gasto de gorduras
pelo metabolismo aeróbio.
Podemos assim concluir que a o exercício é importante para a perda de peso
pois durante o mesmo é consumida gordura e também após (fase de recuperação).
Quanto maior a duração e as intensidades dos exercícios, maior o défice de oxigénio e
maior o débito de O2. Ou seja, vai-se gastar mais energia no final do exercício a repor.

Excesso do consumo de oxigénio pós exercício – ECOP/ Débito de O2


Conjunto de processos metabólicos que vão ser ativados para repor as condições
que foram alteradas pelo esforço prévio através de reações endergónicas como:
• ressíntese dos fosfatos de alta energia
• Restauração de stocks de oxigénio
• Reparação de tecidular
• Reparação dos efeitos da elevação da temperatura interna
• outros
Estes processos permitem o aumento do consumo calórico após o esforço ( colocar
gráficos)
Energia gasta é igual à sua produção - estado estável
Steady- state é a fase entre a intensidade de um esforço e o seu suprimento
aeróbio de energia. Quando a produção de energia iguala o seu dispêndio entra-se num
estado estável.
Só é possível atingir este estado se fizer um exercício, pelo menos durante 3 a
5 minutos – patamar de esforço – com igual intensidade para garantir que o que
estamos a produzir é igual ao que estamos a utilizar. Caso esta resposta se demonstre
estamos perante uma resposta metabólica equilibradas por parte do nosso organismo.
Para garantir que seja produzida energia à custa de um metabolismo aeróbio é
necessário manter o steady-state – gaste-e predominantemente gordura, porem, cada
vez eu se aumenta a intensidade do esforço troca-se para metabolismo anaeróbio e
utilizam-se hidratos de carbono.
FC constante O Steady-state aeróbio reconhece-se na prática pela existência de uma
frequência cardíaca constante. Se o esforço, apesar de uniforme, fizer recurso à via
metabólica anaeróbia já não estamos neste estado estável ( nem de VO2 nem da FC).
Quantidade de oxigénio que o organismo consegue consumir por unidade de tempo
Consumo máximo de oxigénio – VO2max ou potência aeróbia máxima
Representa a quantidade de oxigénio que o organismo consegue fixar e,
portanto, consumir por unidade de tempo, ou seja a quantidade de O2 que é consumida
para satisfazer as necessidades de produção de energia mecânica. Este serve assim
para a avaliar a capacidade aeróbia – maior capacidade de performance.
Quanto maior o consumo de oxigénio maior produção de energia nesse intervalo
de tempo.
Este VO2max é determinado através da Ventilação – minuto (VE) que é
avaliado na prova de esforço com analise de gases.
O papel do oxigénio no metabolismo é como aceitado de eletrões na fosforilaçao
oxidativa. Assim quanto mais oxigénio conseguimos consumir, maior a nossa
capacidade de produzir energia mecânica.

- Maior consumo de oxigénio - maior produção de energia;


- VO2max determinada através da VE (ventilação-minuto) 15
avaliada na prova de esforço por análise dos gases;
- Oxigénio funciona como aceitador final de eletrões logo
quanto mais consumimos maior a produção de energia mecânica;
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Fisiologia do Exercício

O consumo máximo de oxigénio diminui com o envelhecimento visto que as


estruturas onde o O2 é mais necessário diminuem ( ex. Massa muscular). Está
cientificamente associado à. Incapacidade funcional e à mortalidade
• Modificações da composição corporal — perda da massa magra e
aumento da quantidade de massa gorda
• Alterações cardiovasculares
• Alterações respiratórias
• Alterações neuromusculares

Esta diminuição de consumo máximo de oxigénio esta associada à perda da


capacidade funcional e de autonomia do idoso.
Capacidade funcional: capacidade de suportar níveis de esforço. Elevados por
períodos relativamente longos.
À medida que o esforço aumenta de intensidade do exercício, o VO2 sobe
paralelamente até um certo valor que já não consegue ultrapassar, apesar de novo
aumento da intensidade do esforço – não conseguimos produzir ATP essencialmente
por via aeróbia e recorremos à via anaeróbia, aumentando a quantidade de ácido láctico.
Esse valor denomina-se limiar anaeróbio onde o ácido láctico tem quantidades tão
elevadas que já não é possível degradar, a produção ultrapassa a degradação.
O consumo de oxigénio esta relacionado com a ventilação e com a diferença
arteriovenosa de oxigénio/conteúdo arterivenoso de oxigénio ( diferença entre FiO2 –
FeO2, ou seja, diferença entre a fração de oxigénio no ar inspirado e no ar expirado)
Produção de ácido láctico ultrapassa a
degradação - limiar anaeróbio. 𝑉𝑂2 = 𝑉𝐸 ∗ (𝐹𝑖𝑂2 − 𝐹𝑒𝑂2)
𝑉𝑂2 = 𝑉𝑆 ∗ 𝐹𝐶 ∗ 𝐷 (𝐴 − 𝑉)𝑂2 (𝐹𝐼𝐶𝐾)

FiO2 é de 21%, porém, só utilizamos 3% e assim 18% é a quantidade de oxigénio


que exalado. Ou seja um determinado grupo muscular retira 3% de oxigénio no sangue.
Com o exercício, esta diferença aumenta, porque o músculo se adapta de forma a
utilizar mais oxigénio ( até 5%; retira mais oxigénio, não inspira mais) =} diferença
arterivenosa de oxigénio treinado para a fórmula de Fick.
O consumo máximo de oxigénio:
• Depende da quantidade de massa muscular envolvida no esforço –
provas de esforço devem recorrer ao máximo da capacidade do
indivíduo ( passadeira utiliza mais massa muscular)
• VO2 máximo dos músculos habitualmente solicitados nas atividades
físicas para que o indivíduo está treinado é superior ao VO2 nos
restantes músculos.
Estes fatores são importantes na escolha do ergómetro adequado. Devemos
escolher o. exercício que utiliza a musculatura mais treinada pelo indivíduo (no caso de
fazer desporto).
Em repouso para um adulto normal são cerca de 0,3 LO2/min.
Representa o limite da capacidade do sistema de transporte de oxigénio de
libertar O2 nos músculos que estão a contrair-se.
É o melhor preditor da capacidade aeróbia, mas não é o melhor preditor da
resistência aeróbia ou endurance

Fatores fisiológicos que influenciam o VO2máx


• Capacidade máxima do sistema cardiorespiratório para libertar oxigénio
nos músculos
• Capacidade muscular de captar oxigénio e produzir ATP aerobicamente
• Motivação
• Treino

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Fisiologia do Exercício

• Genética
O VO2máx aumenta com o treino adequado. Após 2 a 3 meses de treino não há
mais aumento na generalidade das pessoas. Após um ano aproximadamente o VO2máx
atinge um plateau e não aumenta mais . A performance na endurance (aeróbio) pode
continuar a melhorar. E possível, com treino, exercitar-se a maior % do VO2máx.

Fatores fisiológicos implicados na diminuição do VO2máx com idade


• FC máx
o Diminuição da FC máxima surge como um dos principais motivos
para a diminuição do VO2máx com o envelhecimento
o Diminuição da FC máxima com a idade é a principal razão para
a diminuição do débito cardíaco e do VO2max.
• Alterações respiratórias
o Aumento do volume residual e diminuição da capacidade vital
o Diminuição da saturação arterial durante o exercício máximo
• Função sistólica e diastólica
o Diminuição da contratilidade cardíaca devido. Ao envelhecimento
saudável deve-se em parte à menor sensibilidade do miocárdio à
ação da noradrenalina e adrenalina
• Pulso de O2 – volume de oxigénio distribuído para a circulação em cada
batimento cardíaco
o Depende do volume sistólico e da D(a-v) VO2. Resultados
controversos
• Alterações musculares
o Diminuição da massa muscular com a idade reduz a capacidade
de utilização do O2
o Diminuição da xdensidade capilar, rácio capilar- fibras,,
densidade e volume das mitocôndrias e função oxidativa.
Valores conhecidos para VO2
Estudantes universitários normalmente ativos. (18-22 anos)
• Homens 44-50 mL/Kg/min – valor mais elevado pela composição corporal (mais
massa magra, por serem, em média, mais altos) e pelo conteúdo de
hemoglobina no sangue (maior que nas mulheres)
• Mulheres 38-42 mL/Kg/min
A partir dos 25-30 anos, se inativos, diminui 1% =} menos oxigénio, menos produção
de energia mecânica, menos movimento, menor capacidade funcional.
Atividade ou exercício regular com pequenos ou grandes grupos musculares,
preserva a integridade metabólica (Pcr e cinética do VO2) para o exercício subsequente
envolvendo estes músculos, contrariando assim a lentificaçao da cinética do O2 que
está também associada ao destreino.
Os valores dependem também da modalidade que se pratica.

Como devemos referir o valor de oxigénio


• Forma absoluta
• Forma relativa
Exemplo:
Indivíduo A de 100Kg, consomem 4L/min
Indivíduo B de 60 Kg, consomem 3L/min
Qual deles tem o maior consumo de oxigénio de forma relativa(ao peso

𝟒𝟎𝟎𝟎𝒎𝒍|𝒎𝒊𝒏 𝟑𝟎𝟎𝟎𝒎𝒍|𝒎𝒊𝒏
= 𝟒𝟎 𝒎𝒍|𝒌𝒈|𝒎𝒊𝒏 = 𝟓𝟎 𝒎𝒍|𝒌𝒈|𝒎𝒊𝒏
𝟏𝟎𝟎𝒌𝒈 𝟔𝟎𝒌𝒈

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Fisiologia do Exercício

Indivíduo B, terá maior capacidade que o A. devemos sempre referenciar o


consumo de oxigénio de forma relativa,, para que se possam comparar indivíduos e
populações.

Quociente respiratório — QR ou Q
Capacidade com que utilizamos o oxigénio dentro da célula. E a forma como é
utilizado em proporção com a produção de dióxido de carbono.
• Conceito celular que obtém analisando o ar expirado, uma vez que sabemos a
quantidade de ar inspirado é nos possível determinar o gasto
o Pela quantidade de dióxido de carbono no ar expirado podemos perceber
se as moléculas forma completamente degradadas
o É possível determinar a quantidade de oxigénio que foi degradado
Só é mensurável em análise metabólica em exercício, permitindo determinar que
substrato está a ser utilizado
O metabolismo da glicose e das gorduras depende da disponibilidade de O2 e
produz CO2 e água. A quantidade de O2 e de CO2 trocando nos pulmões normalmente
é igual à utilizada e. disponível pelos tecidos. O seu gasto metabólico pode ser estimado
pela mensuraçao dos gases respiratórios. O método de estimação do gasto energético
de calorimetria indireta:
• Mais simples
• Menos dispendioso.
• Mede o consumo indireto através da avaliação da troca de O2 e de CO2
• Estima a taxa metabólica por meio da mensuraçao do consumo de
oxigénio
• Todas as reações que libertam energia no corpo dependem
essencialmente da utilização do oxigénio

𝑉𝐶𝑂2
𝑄𝑅 =
𝑉𝑂2
𝑄𝑅 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑝𝑜𝑢𝑠𝑜 = 0,7
Para degradar a glicose são gastos 6 oxigénios enquanto para degradar
gorduras são necessários 8.
Quando se faz a relação entre o dióxido de carbono expirado face ao oxigénio
inspirado, obtém-se uma relação que permite dizer se a intensidade de exercício ainda
pode aumentar ou já está no máximo.
Ou seja, quando a intensidade do exercício aumenta, passamos a utilizar mais
substrato dos hidratos de carbono, onde a relação entre o oxigénio utilizado e dióxido
de carbono libertado é de 1:1. Sabendo que a relação na gordura é cerca de 0,7 (6:8 )
e nos hidratos é de 1 (6:6), ao aumentar a intensidade do exercício iremos ter
quocientes cada vez mais elevados
Se o quociente se mantiver a rondar os 0,7 a intensidade esta correspondente
àquela em que o indivíduo está confortável.
Quando o QR atinge 1, a intensidade do exercício esta a ser elevada e, caso se
mantenha, o indivíduo não vai conseguir acabar de degradar o ácido láctico, chegando
ao limiar anaeróbio, não conseguindo acabar o exercício. O valor máximo obtido
ultrapassará 1.
O quociente respiratório da gordura é sempre inferior aos hidratos de
carbono. Sabendo que o consumo de gordura está associado a intensidades mais
baixas e que o substrato predominante gasto em repouso, admitimos que o valor do
quociente em repouso é também de 0,7.

Quociente respiratório da gordura é sempre inferior ao dos hidratos de carbono.


Quociente a rondar os 0,7 - intensidade é confortável
Quando atinge o 1 o indivíduo não vai conseguir acabar com o ácido láctico chegando ao limiar anaérobio.
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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício
Hidrato - 5,0
Lípido - 4,6
Equivalente calórico para o oxigénio.
Equivalente calórico do oxigénio
Produção de energia à base de hidratos de carbono (QR aproximado a 1 ) =} 1
litro de oxigénio origina 5,047kcal
Produção de energia à base de lípidos =} 1 litro de oxigénio origina 4,686 kcal
1 litro de oxigénio corresponde a aproximadamente 5 kcal =} equivalente
calórico para o oxigénio
Acumulação de ácido láctico
Mais rápido - fadiga
Limiar anaeróbio (LANA) ou limiar de lactato
Intensidade do exercício a partir da qual começa a haver metabolismo
anaeróbio láctico concomitante
Corresponde a uma determinada intensidade de exercício variável de indivíduo
para indivíduo, a qual se exprime como percentagem da capacidade eraóbia máxima
desse indivíduo
Se a intensidade do esforço ultrapassa o LANA, vai atingir-se mais depressa a
fadiga
• Valor pouco consensual de 2,0 ou 4,0 mmol/litro sangue
• Lana de atletas de endurance de elite =80% VO2máx (entram mais tarde
no limiar)
• Lana de indivíduos saudáveis, mas sedentários = 55% a 60% do VO2máx
Quando expresso como percentagem do VO2 é uma das melhores
determinantes da velocidade ótima de um atleta em atividades de resistência
Como as corridas de distância (maratonas ou ciclismo p.e)
Limiar de lactato – ponto no tempo durante o exercício de intensidade
Maior produção progressiva em que a taxa de produção de lactato excede a taxa de remoção. (Gráfico)
que remoção Relação entre a intensidade do exercício (velocidade da corrida ). E a
concentração de lactato no sangue. Amostras de sangue retiradas de uma veia do braço
do corredor.
Sucesso em atividades de resistência eraóbia
• VO2máx elevado
• Elevado limiar de lactato quando expresso em percentagem do VO2máx
• Elevada economia de esforço ou menor VO2 para determinada taxa de trabalho
• Elevada percentagem de fibras tipo I

Metabolismo basal Não é igual ao metabolismo de repouso


Dispêndio energético que corresponde aos processos vitais quando a
atividade visceral. Física, sensorial e intelectual estão reduzidas ao mínimo. O seu
valor mais baixo verifica-se no sono.
Deve ser medido após 8 horas de sono e com 12 horas de jejum
Dispêndio quando
as atividades são Metabolismo basal é diferente do metabolismo repouso
reduzidas ao
mínimo. Metabolismo em repouso -REE ou RMR Mas sem dormir
Consumo de oxigénio VO2 de um indivíduo em posição confortável, em repouso
completo, em jejum, em ambiente silencioso, escuro e calmo, mas sem necessidade de
ter dormindo no local de teste.
Unidade metabólica O valor de VO2 basal traduz-se na unidade metabólica (1 MET= 3,5 ml/kg/min)
1 Met O metabolismo em repouso difere entre homens e mulheres ( equações )
Nos adultos oscila de 1,0 a 1,8 kcal/min. 1440 a 2550 kcal por dia
Nota: MET – quantidade de oxigénio consumida pelo corpo a partir do ar inspirado em
Quantidade condições basais e é igual em média a 3,5 ml/kg/min
Oxigénio consumido
pelo corpo BMR/REE influenciado por
• Idade – diminui com o envelhecimento BMR - taxa metabólica basal

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

oDiretamente relacionado com a massa isenta de gordura – composição


corporal
• Temperatura corporal – BMR aumenta com aumento de temperatura
• Hormonas – tiroxina – tiróide e epinefrina aumentam BMR
• Stress psicológico – provoca aumento da atividade do SN simpático, que
aumenta o BMR
• Superfície corporal
o Maior superfície corporal =} calor perde-se através da pele =} aumenta
BMR porque é necessária mais energia para o manter
o Média para um adulto =1,7 m2
o MDCalc (Net)
o BSA= (4*kg)+ 7 / kg+90
Classificação das atividades físicas em termos energéticos
Até 3 Leve menor de 3 MET
3a6 Moderada 3-6 MET
Mais que 6 Vigorosa/intensa maior ou igual a 6 MET
Leve Existem descritivos de equivalentes metabólicos para diversas atividades físicas,
Moderada o que nos permite prescrever atividades correspondentes à capacidade de cada
Vigorosa indivíduo (depois de medição de provas). Não aconselhamos a pessoa a trabalhar na
sua máxima capacidade, mas sim a cerca de 50%

Determinação da capacidade aeróbia


Testes submáximos permitem calcular o VO2 peak, estimam o consumo de
oxigénio.

Exercícios
1. Quantas calorias gasta um indivíduo a praticar jogging durante 30
minutos?
Jogging = 7 MET
𝟕 ∗ 𝟑, 𝟓 𝒎𝒍|𝒌𝒈|𝒎𝒊𝒏 = 𝟐𝟒, 𝟓 𝒎𝒍𝒐𝟐|𝒌𝒈|𝒎𝒊𝒏
Um indivíduo com 50 kg consome a praticar jogging cerca de 1,225 lo2/min
Convencionado 1l em 5kcal para um treino de 30 minutos, o consumo calórico será de
183,75 kcal

2. Quantos minutos tenho de andar para gastar o pacote de açucar?


6 g de açúcar , 1 g de hidratos de carbono equivale a 4kcal, logo 6g equivalem a 24
kcal
Caminhada ==3,5 MET
𝟑, 𝟓 ∗ 𝟑, 𝟓𝒎𝒍|𝒌𝒈|𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟐, 𝟐𝟓 𝒎𝒍|𝒌𝒈|𝐦𝐢𝐧
Sabendo que peso 58 kg irei ter um consumo de oxigénio de 710,5 ml/min, isto é
0,7105 LO2/min
Logo se 1 l esta pra 5 kcal, 24 kcal estão para X. X= 4,8 LO2
Assim se 0,7105 estão para 1min, 4,8 l estão para X. Logo X= 6,76 min

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

11.10.2021 – Aula teórica – Adaptações do sistema central

Principio de Fick
VO2= VS x FC x D (a-v)O2
Explica as interações entre a componente central e periferica que determinam a
capacidade funcional de um individuo
Consumo de oxigenio é igual a volume sistolico x frequencia cardica x diferença entre o
conteudo arterio-venoso misto em oxigénio

Respostas respiratórias
Consumimos O2 e produzimos CO2 para o metabolismo aeróbio, para efetuar
isto é necessário ocorrer a captação, a distribuição até aos alvéolos onde ocorrem a
CO2 troca gasosa sendo depois distrubuido para o resto do corpo. Ventilamos para para
Ácido carbónico captar oxigénio, durante o metabolismo é produzido CO2 sendo necessário libertar o
mesmo durante a ventilação para que não ocorra a acidificação do organismo – CO2
transforma-se em acido carbonico baixando o pH.
Quando começamos exercício físico aumentamos a ventilação para aumentar
a captação de O2 para o metabolismo aeróbio e libertar mais CO2. Há um momento
em que a ventilação vai estar a acompanhar a libertação de CO2, isto é, passa a
responder a necessidade de libertar CO2, acontece quando chegamos ao limiar
anaeróbio de forma a diminuir a acidez do meio.
No limiar anaeróbio tanto a via anaeróbio como a aeróbia estão a contribuir,mas
Carbonato se a intensidade do exercício continuar a aumentar a via anaeróbia irá contribui mais
Tampona uma vez que a via aeróbia deixa de conseguir fornecer tanta energia como está a ser
Ácido láctico precisa tão rapidamente. A utilização da via anaeróbia vai aumentando o ácido láctico
até que chega um momento onde o carbonato deixa de conseguir tamponar o mesmo
podendo provacar uma acidose láctica/ metabólica. Carbonato já não tampona
Por outro lado o CO2 que também está a aumentar cada vez mais – uma vez
que é um subproduto deste metabolismo -,vai-se dissolver na agua do plasma e
transforma-se em acido carbonico acidificando mais o meio.
Limiar anaeróbio é quando se instala a acidose metabólica/láctica
refletindo a maior produção de ácido láctico que não está a conseguir ser
tamponada pelo carbonato que se está a gastar.
Nota: O limiar anaeróbio NÃO É o ínicio da produção de ácido láctico. O ácido láctico é formado assim
que a via anaeróbia começa a trabalhar Começamos a produzir ácido láctico quando o sistema anaeróbio
esta em funcionar e não ao porque estamos no limiar anaeróbio.

Para compensar podiamos utilizar o rim mas este demora mais tempo a
Carbonato compensar o desiquilíbrio ácido-base, o bicarbonato também poderia ajudar mas este
já se gastou não havendo quantidade suficiente para se resolver. Então o que vai ajudar
a resolver este desiquilíbrio é a ventilação. Tem de ocorrer o aumento da ventilação
para que o excesso de CO2 seja libertado para não ocorrer a formação de ácido
carbónico e piore a acidose do organismo. Asim é possivel compensar o problema da
acidose através da libertação do CO2, visto que ocorre a libertação de uma molécula
que tinha a capacidade de se dissolver na água do plasma e formar um ácido.
A consequência de estar a ventilar mais para responder ao aumento da
concentração de CO2, é o aumento da capatação de O2, mas o estímulo que está a

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Fisiologia do Exercício

acontecer para que a ventilação aumente é o aumento da concentração CO2 e a


acidose.
Aumento da ventilação ➔ eliminação CO2
Quando estamos a ventilar normalmente mobilizamos o Volume Corrente (VC),
mas quando estamos a correr utilizamos à mesma o VC apenas é o VC para aquele tipo
de atividade/ intensidade de esforço que estamos a realizar. Logo o VC é o volume que
mobilizamos sem ter de pensar que estamos a mobilizar (dia-a-dia).
Ao realizar exercício físico vai ser necessário aumentar o VC para captar O2 e
libertar CO2. Vai ser necessário também aumentar a frequência com que faço a
ventilação, isto é, vamos ter de aumentar a frequência respiratória (FR). A respiração
vai ser realizada mais profundamente e mais vezes.
Ao produto do VC com a FR denominamos por Volume-minuto (VE) que por
definição é o volume do ar expirado por minuto. Medido em litros por minuto ou mililitros
por minuto.
VE =VC ×FE

O volume aumenta enchendo mais e deitando mais e numa fase mais inicial
ocorre o aumento do volume e da frequência, mas o o volume aumenta mais do que a
frequência.
Se a intensidade do exercício for aumentando cada vez mais a partir de um
determinado limite o aumento vai ser à conta do aumento da frequência e não o do
volume que vai deixar de aumentar.

Volumes pulmonares
Para aumentar o VC tenho de
aumentar indo buscar ar ao Volume de
Reserva Inspiratório e ao Volume de Reserva
Expiratório. Logo o Volume de Reserva
Expiratório e Inspiratório tornam-se
menores.
O volume residual é o que permanece
sempre dentro dos pulmões para que não
ocorra o colapso do pulmão (alvéolos) e
serve para continuar a efetuar as trocas
gasosas entre ventilações uma vez que
temos 60 batimentos por minuto e efetuo 12
a 20 respirações por minuto.
Capacidade residual funcional
volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração a volume corrente
(volume de reserva expiratória + volume de residual)

Quando inspiramos (enchemos o peito de ar) o diafragma vai para baixo e um


bocadinho para a frente, empurrando o conteúdo abdominal. Quando deito o ar fora os
músculos expiratórios contraem e empurram o diafragma e o conteúdo abdominal para
cima, ficando com um diafragma mais abóbadado e mais comprido. Assim se quando
aumentamos a ventilação aumentamos a quantidade de ar que expiramos aproximando-
nos mais do valor do volume residual permito que o diafragma aumente a sua abóbada
(ângulo), ou seja, fique mais comprido. Isto faz que seja possível uma maior contração
para próxima inspiração de acordo com a Lei de Frank- Straling.
Lei de Frank-Starling
Dentro de limites fisiologicos quanto maior for o comprimento do músculo antes da
contração maior vai ser a força de contração do mesmo
22

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Isto é extremamente importante e traduz-se numa vantagem mecânica


importante para a economia da ventilação, visto que o diafragma é capaz de contrair
com mais força preparando-nos melhor para uma próxima inspiração seguinte.

Curva pressão volume do pulmão


Descreve a variação do volume em
função das variações de pressão que tem
de acontecer para que essa variação de
volume ocorra.
Para encher o peito de ar tenho de
tornar a pressão alveolar inferior a
pressão atmosférica e para deitar o ar fora
a pressão alveolar tem de ser superior a
pressão atmosférica.
Se eu quero encher ainda mais o
peito com ar tenho de tornar ainda menor
a pressão alveolar e o contrário para
deitar mais ar fora, ou seja, tenho de
tornar a pressão alveolar mais superior à
pressão atmosférica.
Para o ar entrar é necessário a
contração dos músculos inspiratórios e
para o ar sair é necessário o relaxamento
do diafragma e o aumento da pressão
alveolar. Para que ocorra este aumento de
pressão a contração dos músculos
inspiratórios tem de cessar, isto permite
que o pulmão retraia aumentando a
pressão dentro dos alvéolos obrigando o
ar a sair.
O pulmão é um orgão elástico, logo vai ter tendência a regressar para o seu
comprimento de origem e fá-lo-á assim que a força dos músculos inspiratórios cessar,
ou seja, quando a tração dos musculos inspiratorios cessar a retração elastica do
pulmão vai fazer aumentar a pressao alveolar e o ar vai sair.
A VC só é necessario que ocorra o relaxamento dos musculos inspiratorios
que a retração elastica do pulmão vai fazer o ar sair. Ao encher mais ocorre uma maior
contração dos musculos inspiratórios para que entre mais ar, para deitar fora este ar
tem de ocorrer a contração dos musculos expiratorios uma vez que a retração do
pulmão não é suficiente para aumentar a pressão alveolar. Quando enchemos o peito
de ar o tórax vem para fora e o pulmão acompanha o movimento do tórax ficando
esticado. Estando a altos volumes pulmonares a tendencia quer do tórax quer do
pulmão é a retração logo se deixar de contrair os músculos inspiratorios a retração
elástica quer do tórax quer do pulmão provocam a expiração. A baixos volumes
pulmonares continua a acontecer a retração pulmonar, mas a torácica começa a
tentar contrariar esta força, força expansiva. Quando estas forças se equilibram – a
têndencia da caixa tóracica vir para fora e a do pulmão em retrair – deixamos de expirar
o ar e atingimos o ponto de equilibrio do sistema tóraco-pulmunar que vai determinar
a capacidade residual funcional.
Assim, quando queremos libertar uma maior quantidade de ar – usar ar do
volume de reserva expiratória – vai ser necessário o uso de dos musculos expiratórios
para aumentar a pressão alveolar, havendo gasto energético.

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Isto oferece outra vantagem importante a curva pressão volume do pulmão


que idica as variações da pressão e volume que ocorrem quando é mobilizado ar.
Tem os aspeto mais ou menos de um “S”.
Como deitomos mais ar fora é possível encher mais (parte mais de baixo), visto
que occore a diminuição da capacidade residual funcional (CRF) permite encher mais
mantendo longe da capacidade pulmonar total (CPT).
Para conseguir uma pequena variação de volume na zona do CPT teria de
ocorrer uma grande variação de pressão, enquanto que na pressão linear uma dada
alteração de pressão corresponde a uma dada alteração de volume. Concluimos que
quando me aproximo da ponta do s é necessário realizar uma grande variação de
pressão para ocorrer um variação de volume minima colocando sobre muita pressão os
músculos respiratórios podendo levar a fadiga não sendo económico.
Uma das vantagens de reduzir a capacidade residual funcional para além de
tornar os músculos inspiratorios mais compridos (capazes de produzir mais força)
também é permitir que o aumento do VC se verifique na porção linear da curva de
pressão-volume, afastando de me da zona de grandes variações de pressão onde
ocorre uma variação minima do volume.
Retração elástica do pulmão e máxima quando estamos em capacidade
pulmonar total e mínima o que dificulta a ventilação:
➔ Os doentes com enfisema pulmonar (DPOC) vão respirar mais acima na
curva porque têm volume residual aumentado (insuflação) o que faz aumentar a sua
capacidade residual funcional (CRF) e quando quer aumentar a ventilação aproxima-
se muito da CPT onde a retração pulmonar é maior o que dificulta o trabalho da
respiração. Além disso, em exercício começam a respirar mais superficialmente ao
respirar a volumes pulmonares mais elevados porque aumentam ainda mais a CRF –
enchem mais e deitam menos – fazendo isto porque
 Aumentar a ventilação significa aumentar volume mas também
aumentar frequência. Este aumento da FR é complicado para este tipo de
patologia pois tem dificuldade em deitar o ar fora uma vez que este leva tempo.
Como tem o calibre das vias aereas diminuido o ar demora tempo a passar, logo
se estamos a aumentar VE não tenho tempo para fazer esvaziar o que seria
necessário porque as vias estão obstruídas e o ar demora tempo a sair. Ficando
assim ar que não chega a sair
 Por outro lado, o facto de estarem a respirar a volume superior à aquele
que já tinham em repouso, com a CRF ainda mais aumentada, eles respiram
com um maior volume dentro do peito que permite que ocorra o alargamento
ligeiro das vias aéreas, devido ao aumento do volume do ar presente dentro das
vias, dando a perceção que respiram mais facilmente – hiperinsuflação
dinâmica porque ocorre durante o exercício físico e é uma resposta característia
destes indivíduos.
Assim, estes doentes estão muito limitados em termos de aumento da ventilação
para continuar a trabalhar, porque seria preciso um grande esforço para continuar a
aumentar a ventilação visto que já se encontram bastante próximos da CPT.
O controlo da ventilação sistema que permite adequar a ventilação à atividade
ou ao equilíbrio.
Temos recetores que adequam a nossa ventilação a situações especificas.
Apesar disso, temos recetores que monitorizam continuamente o pH do sangue, o pH
do líquido cefalorraquidiano, pO2 e pCO2 arterial, sendo estes os
quimiorrecetores.
Temos quimiorrecetores periféricos e centrais. Os quimiorrecetores centrais
localizam-se no bulbo raquidiano e são banhados pelo LCR. Os periféricos situam-
se na crossa da aorta (corpos aórticos) e na bifurcação da artéria carótida primitiva
(corpos carotídeos). Os quimiorrecetores centrais monitorizam o ph do LCR que é

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Centrais - localizados no bulbo raquidiano e banhados pelo LCR - monitorizam o ph do LCR (deve-se à pressãp parcial de
CO2)
Periféricos - crossa da aorta e na bifurcação da artéria carótida primitiva
Daniela Tavares nº2020695 2021/2022
Fisiologia do Exercício

influenciado pela pCO2 arterial. Os corpos aórticos monitorizam a pO2 e pCO2


arterial. Os corpos carotídeos monitorizam a pO2 e pCO2 arterial e o pH do sangue.
A pressão arterial de CO2 vai estimular os corpos carotídeos e carotídeos e vai
alterar o pH do LCR. A diminuição do pH do sangue vai ser sentida pelos corpos
carotídeos. Temos então 3 estímulos importantes que vão ser enviados para os
centros respiratórios, os quais vão dar ordem para que a ventilação se altere. A
ordem essa é conduzida por nervos e executada pelos músculos respiratórios.
A pCO2 arterial, vai influenciar o pH do sangue pela formação de ácido carbónico
e por isso influencia o pH do LCR.
Durante o exercício, a PaO2 mantém-se relativamente constante, sendo a
PaCO2 o condutor que leva ao diminui do pH do sangue e do pH do LCR e, deste forma,
conduzindo ao aumento da ventilação, uma vez que se instala uma acidose metabólica
e é necessário libertar a maior quantidade possível de CO2 para que não se acentue a
acidose.
O diafragma consegue contrair sem fadiga indefinidamente ao contrair com
40% da força de contração máxima.

Nem sempre depende apenas da ventilação (Quantidade e funcionalidade de hemoglobina


18.10.2021 – aula teórica – Adaptações do sistema central
Trocas gasosas
A ideia principal é ventilar e tirar O2 do sangue mas existem várias coisas que
influênciam a qualidade das trocas gasosas como por exemplo se não existir a
quantidade adequada de hemoglobinanao ou não possuir um hemoglobina capaz de
ceder o O2 o O2 não passa mas não por não ter ventilado mas por problemas com a
hemoglobina. Assim podem existir casos em que o facto de não estar a ser transportada
a quantidade de adequada O2 para certas zonas do nosso organismo não ter nada a
haver com a forma como a ventilação é efetuada.
Apesar disso no que depende do coração e do pulmão e necessário uma
ventilação adequada, a passagem dos gases através da membrana alvéolo-capilar e
precisamos que acha uma quantidade de sangue adequada a passagem para receber
o O2 e entregar o CO2. Isto vai determinar uma boa relação entre a ventilação – ar a
chegar aos alvéolos – e a perfusão.
Ventilação
Renovação do ar Podem haver alterações entre esta relação como:
• Alvéolos bem ventilados mas não são bem
Perfusão perfundidos
Fluxo sanguíneo pulmonar o embolia pulmonar, alvéolos estão a receber ar
mas não se encontra sangue a passar
Embolia pulmonar
Alvéolos recebem ar mas o sangue
o esta situação determina o efeito espaço
não passa - forma o espaço morto morto que significa que os alvéolos não
alveolar funcionam nas trocas gasosas formando
assim o espaço morto alveolar
Alvéolos perfundidos • Alvéolos não ventilados mas perfundidos
Vias com secreções o vias com secreções
Alterações da morfologia o muito alteradas na sua morfologia
Encharcados de líquido o encharcadas de líquido
Espaço morto anatómico – definição que tem por base
critérios meramente anatómicos/ estruturais. Isto é o ar nas vias de condução – que não
tem alvéolos.
Espaço morto fisiológico composto pelo espaço morto alveolar e o espaço
morto anatómico. Possui uma definição funcional, assim o este espaço é toda a zona
das vias aéreas que não participa nas trocas gasosas, cabe o espaço morto
anatómico mas no espaço morto anatómico não cabe o espaço morto alveolar. Num
indivíduo sem alterações fisiológicas significativas no pulmão o espaço morto fisiologico

Num indivíduo sem alterações o espaço morto fisiológico é igual ao anatómico.


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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício
Bases mais perfundidas e menos ventilados
Ápex melhores ventilados mas menos perfundidos
praticamente não existe, pois o espaço morto anatómico é praticamente igual ao espaço
morto fisiológico.
O ser humano possui zonas do pulmão que são mais perfundidas e mais
ventiladas do que outras, por exemplo as bases são mais perfundidas mas piores
ventiladas enquanto que os ápex são melhor ventilados e piores perfundidos.
Durante o exercício ventilamos mais, logo a ventilação é melhor ao longo de
todo o pulmão (porque também chega mais sangue há melhor perfusão nas bases).
Apesar de haver melhor adequação ventilação-perfusão das bases para os ápices (ou
seja, longitudinalmente), transversalmente isto piora havendo menos sangue a passar
por alvéolos ventilados, pelo que há menos CO2 a ser entregue. Contudo, o grande
aumento da ventilação verificado resolve isto tudo e elimina qualquer problema.
CO2 mais solúvel
Barreira alvéolo-capilar
A passagem dos gases pela membrana alveolo-capilar é extremamente
importante. O oxigénio e o CO2 tem de passar a barreira, o CO2 passa com mais
facilidade do que o O2, uma vez que é 20x mais solúvel do que O2.
Gradiente A passagem dos gases para um lado e para o outro depende de um gradiente
I de pressão, isto é, tem de de haver uma diferença de pressão para que a difusão
Maior para o ocorra. Este gradiente de pressão tem de ser maior para o O2 do que para o CO2.
oxigénio. O tempo de contacto de um eritrócito com o ar alveolar é de mais ou menos
0.75 do segundo, o tempo disponível para que haja a passagem dos gases. Num
individuo sem patologia e em repouso ocupa mais ou menos só o primeiro terço desse
tempo. Assim no primeiro terço já ocorreu o equilibrio entre os gases nos dois lados
da membrana.
Quando começamos a fazer exercício fisico o nosso débito cardiaco (DC)
aumenta, se este aumenta a velocidade de passagem do sangue também aumenta,
por tanto este tempo de contacto diminui. Para um indivíduo “normal” não existe
nenhum problema o tempo de contacto diminuir porque do tempo disponivel 1/3 é o
tempo necessário para que se de o equilibrio, se o tempo disponivel reduzir para mais
ou menos 1/3 não há problema pois o equilibrio já ocorreu.
Pessoas com problemas da membrana alveolo-capilar como a fibrose
pulmonar onde há espessamento da membrana e no enfisema pulmonar onde ocorre
perda de área de contacto pela destruição do parênquima e formação de bolhas de ar.
Em repouso, este tipos de doentes podem precisar destes 0.75 segundos ou pode até
já não chegar para alcançar o equilíbrio. Em exercício físico, o aumento do DC, pode
fazer com que o O2 não passe todo para o sangue.
Para o CO2 é menos problemático porque este é mais solúvel.

Transporte de O2 no sangue
O O2 é transportado dissolvido no plasma e ligado à hemoglobina.
A quantidade no plasma é muito pequena e não é suficiente para as atividades
basais, isto é quando nos encontramos em repouso. Mas é determinante para o
gradiente de pressão entre o O2 que se encontra nos alvéolos e nos capilares, sendo
esta pequena quantidade o principal responsável pela manutenção deste gradiente.
Quando a pressão do capilares igualiza com a pressão de O2 dos alvéolos deixa
de ocorrer o transporte, não passando mais O2.
A quantidade de O2 que o sangue pode transportar denomina-se por conteúdo
arterial de oxigénio que se vai relacionar com o O2 ligado á hemoglobina (Hb) e com
o dissolvido no plasma.
Esta quantidade que se encontra dissolvida no plasma depende de diversos
fatores como:
• Temperatura do sangue
• Pressão parcial
• Solubilidade do gás – constante do próprio gás

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Durante o exercício a temperatura altera-se (pouco) e a diferença de pressão


parcial será sempre um fator importante para poderem passar gases.
Quando sangue já captou o O2, vai libertá-lo quando chegar aos tecidos. Há
fatores que facilitam a libertação de O2 pela hemoglobina (proteína globular).
Durante o exercício dão-se vários fatores favorecem a libertação de O2, havendo uma
menor afinidade da Hb para o O2 e um desvio da
curva da dissociação da Hb para a direita o que
indica que o O2 está ser libertado com mais
facilidade:
• aumento de H+ (diminuição do pH
sanguíneo) diminui a afinidade da
hemoglobina para o O2
• o aumento da PaCO2
• aumento da temperatura
• aumento 2,3-DPG (2,3- disfosforo
glicerato) – produto da glicólise
anaeróbia dos eritrócitos.
➔ O transporte de CO2 é feito praticamente
pela forma de bicarbonato havendo apenas
uma pequena percentagem que vai ligada à
Hb e outra que vai dissolvida no plasma.

A mioglobina (proteína globular que realiza o transporte do O2 do sangue para


as mitocôndrias dentros das células músculares) possui uma maior afinidade para o
O2 do que a Hb só libertando este gás quando há uma diminuição significativa da
quantidade de O2 nos tecidos, sendo esta libertada mais facilmente em tecidos
metabolicamente mais ativos.
Durante o exercício físico, vai haver uma diminuição de O2 nos tecidos,
principalmente nos que estão a utilizar o metabolismo oxidativo, criando assim as
condições necessárias para que a mioglobina liberte facilmente o O2 que transporta.

➔ Respostas crónicas
• Músculos respiratórios mais fortalecidos (especialmente em nadadores e certos
desportos)
• Não existem grandes alterações na parte respiratória, não está provado que
haja grande modificação nos volumes pulmonares
• Parece haver alguns volumes que estão mais elevados (como o corrente), mas
relaciona-se com os músculos mas a CPT não se altera; DC aumenta
• Aumento da capacidade de difusão (maior volume de sangue) – mas isto não é
bem respiratório
• Mais enzimas para fazer o trabalho aeróbio

AB Equilibrio ácido – base


Alterações de pH do sangue são compatíveis com a vida numa faixa muito
pequena e a regulação destas situações são resolvidas com tampões e/ou rins (que
Regulado por:
Pulmões
demora mais que a respiratória) e/ou pulmões.
Bicarbonato Tampões químicos: bicarbonato é o mais importante, Hb, fosfato, proteínas
Rim plasmáticas
Bicarbonato Em exercício físico temos que usar o que está mais rápido e imediatamente
Mesma proporção
Respiração atua
disponível.O bicarbonato gasta-se na mesma proporção em que o ácido lático está a
Diminui Co2 no ser produzido. Quando não temos bicarbonato suficiente vai ocorrer o aumento da
Sangue concentração ácido lático vai ser a respiração que vai atuar para voltar a termos o
equilíbrio ácido-base, através da diminuiçao do CO2 no sangue. O rim não atua neste
tipo de situação visto que é um processo que leva tempo.

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Diminui mais

Contração Relaxamento
Ciclo cardíaco
O ciclo cardíaco é composto pela sístole e pela diástole, sendo que a diástole
ocupa mais tempo que a sístole.
Para aumentar FC durante o exercício é necessário diminuir o tempo de
sístole e o tempo diástole sendo que este último diminui mais.
Durante o tempo de diástole é realizada a perfusão coronária, isto é a irrigação
do próprio músculo sanguíneo. Num indivíduo normal não existe nenhum problema em
diminuir o tempo de diástole, mas em indivíduos que tenham altereções das artérias
coronárias a diminuição deste tempo pode significar que não exsite tempo suficiente
para o sangue passar para determinadas zonas do coração.
Assim, o tempo de diástole diminuir pode ser o fator que despoleta uma
alteração isquémica no coração, ou seja haver zonas do coração onde o sangue
passa com mais dificuldade. Em repouso até podia dar tempo para o sangue passar o
obstáculo, mas com o tempo de diástole diminuido já não vai dar tempo.
Prova de esforço cardíaca é feita com o objetivo de aumentar muito e
rapidamente a FC, diminuindo o tempo da diástole. No caso de haver algum obstáculo
à passagem do sangue este vai ser revelado através deste teste.
A FC é regulada pelo SNA), sendo que em repouso prevalence a estimulação
do SNParassimpático.
➔ Ação simpático (aurículas e ventrículos):
• Inotrópica positiva (aumenta força contração)
• Cronotrópicapositiva (aumenta FC)
• Dromotrópicapositiva (aumenta condução estimulo)
• Batmotrópicapositiva (aumenta excitabilidade)
➔ Ação parassimpático (aurículas):
• •Cronotrópicanegativa (diminui FC)
• •Dromotrópicanegativa (diminui condução supraventricular)

Para aumentar a FC é preciso


• Diminuir o tónus basal
• Diminuir a estimulação parassimpática
• Aumentar a estimulção simpática
• Libertação das catecolaminas – adrenalina e noradrenalina - efeitos
idênticos ao simpático mas mais duradouros
o aumento: FC;
o aumento força de contracção;
o aumento pressão arterial
o aumento da ventilação
o vasodilatação (músculos esqueléticos) e vasoconstrição
(vísceras e pele)
o Noradrenalina: após EF [ ] pode permanecer várias horas
elevada
o Adrenalina: após EF retorna [ ]de repouso em alguns minutos

Frequência cardiaca máxima (FCmáx)


Para calcular a frequência cardíaca máxima prevista dos indivíduos a fórmula
mais utilizada pelos profissionais é 𝟐𝟐𝟎 – 𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆. Esta fórmula não tem nenhuma
fundamentação científica sólida, tendo sido descoberta através de um estudo onde foi
obserdado que esta maneira de calcular a FCmáx correspondia aos valores da
população no estudo. Outras formas de calcular já apareceram uma vez que esta falha
em muitas pessoas, pois existe uma variação já provada de mais ou menos de 15
batimentos por minuto à FCmáx prevista daquilo que o indivíduo consegue realmente
atingir.

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Frequência cardiaca durante o exercício tem de aumentar, sendo que quando é


atingida a máxima é necessário que o indivíduo pare.
Quando se faz treino aeróbio a FC de repouso tende a diminuir (atletas de
endurance tem um FC de repouso baixa) ao contrário da FCmáx que a pessoa é capaz
de atingir não se altera com o treino mas diminui ± 1 um batimento por ano. Se a
FC repouso diminui, há mais tempo para trabalhar.
Explicações para o alterações da FC:
Não existe concenso quanto ás razões que levam a que a FC aumente. Há quem
defenda que está associado uma questão intríseca do controlo da FC pelo próprio
coração e pelo SNParassimpático. Enquanto outros defendem que pode estar
relacionado com o aumento do sangue que se encontra a circular pois a FC pode baixar
porque a quantidade de sangue distribuída por minuto permanece igual.

➔ Volume sistólico/ Volume de ejeção


Estamos preocupados com o debito cardíaco relacionado com o volume sistólico
e a frequência cardíaca.
Fração de ejeção

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡ó𝑙𝑖𝑐𝑜
× 100%
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠𝑡ó𝑙𝑖𝑐𝑜

Durante o exercício, há aumento da FC e do volume sistólico e para isso vamos


buscar sangue a órgãos metabolicamente menos ativos através de vasoconstrição
local e vasodilatação periférica de modo que o sangue seja redirecionado para os
músculos mais ativos (resposta aguda do organismo – justifica a dor de burro).
Esta forma de resposta vai levar ao aumento do volume diastólico final pelo
aumento do retorno venoso, diminui a resistência periférica por haver
vasodilatação periférica para os músculos que estão mais ativos, aumenta
quantidade de sangue dentro do coração que por sua vez vai levar ao aumento da
força de contração – Lei de Frank Starling :se as fibras musculares cardíacas estão
mais esticadas, quando contraem fazem-no com mais força – e por estimulação
simpática e das catecolaminas. Aumentar circulação - aumentar VS e FC
Circulação sistémica e pulmonar
25.10.2021 – aula teórica – Adaptações do sistema central
Débito cardiaco 𝑸̇
Pode ser caracterizado como o volume total de sangue bombeado pelo
ventrículo por minuto.
Durante o exercício físico temos de aumentar a FC e o VS de forma ser possível
aumentar o débito cardíaco , isto é, aumentar a quantidade de sangue que é ejetada
por minuto para a circulação de modo a que na circulação sistémica o O2 possa ser
entregue e enquanto que na circulação pulmonar vamos ter as trocas gasosas para
captar mais O2 e libertar CO2.
O aumento do VS é uma resposta aguda que acontece pelo aumento do
retorno venoso, pela diminuição da resistência periférica – que facilita a ejeção do
sangue – e vai haver aumento da força de contração ventricular (efeito da
estimulação simpática). A FC aumenta, diminuindo inicialmente a estimulação
parassimpática e aumentando a simpática e pela ação das catecolaminas.
Em repouso ou em taxas de trabalho sub máximas o DC pode estar igual ao
período pré treino, ou até ligeiramente inferior ao que era antes do treino
Na resposta crónica o DC também se vai encontrar aumentado, mas de uma
VS maneira diferente. Quando atingimos taxas de trabalho mais intensas e nos
Resposta aguda
Retorno venoso Taxas de trabalho mais intensas
Resistência periférica (permite maior fração de ejeção) Capacidade funcional máxima
Aumento da força de contração ventricular.
29 DC aumentado

Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício
FC diminui e VS aumenta logo DC não se altera muito.
Produto mais ou menos inalterado.
aproximamos da nossa capacidade funcional máxima aí sim o DC está claramente
aumentado.
A razão pela qual o nosso DC não sofrer alterações em relação ao período pré
treino quando realizamos taxa de trabalho submáximas ou nos encontramos em
repouso, deve-se à FC. Esta mais baixa em repouso, sendo que o DC é o produto da
FC com o VS, logo se o VS vai aumentar como resposta crónica ao treino mas a FC
diminui como resposta ao mesmo, o produto entre os dois vai permanecer mais ou
menos inalterado.
Uma das formas de determinar o DC é através do Princípio de Fick.

Principio de Fick O2 utilizado

VO2= VS x FC x D (a-v)O2
Explica as interações entre a componente central e periferica que determinam a
capacidade funcional de um individuo
Consumo de oxigenio é igual a volume sistolico x frequencia cardica x diferença entre o
conteudo arterio-venoso misto em oxigénio
Sabendo que VS x FC é igual a DC, logo resolvendo em ordem ao DC. Obtemos
que:
Débito Cardíaco
VO2
Q̇ = D(a−v)O2

Este princípio explica o que influência a capacidade funcional de uma pessoa.


De acordo com este eu tenho a capacidade funcional, o Volume de O2, determinado
pela componente central – DC – e periférica – D(a-v)O2 – de um indivíduo.
O conteúdo arterio venoso misto de O2 diz-nos o O2 que fica para ser utilizado
nos tecidos de todo o organismo, ou seja, diz-nos a quantidade de O2 que foi utilizada,
porque é a difernça entre o conteúdo arterial e o conteúdo venoso misto.
O sangue venoso misto é o sangue que regressa ao coração direito vindo de
todas as partes do corpo. Não é o sangue venoso dos músculos mais ativos.
Este conteúdo arterio-venoso acaba por ter um comportamento diferente
durante o exercício, porque o sangue venoso misto vai regressar com menos O2, uma
vez, que este vai ficar em maior quantidade nas zonas do nosso organiso que estão
mais ativas – músculos – durante o exercício. Assim, este conteúdo vai referir a maior
utilização de O2 por parte dos músculos mais ativos quando falamos de exercício
físico.
A diferença arterio-venosa mista é a componente periférica por dizer o O2 que
ficou para trás para ser utilizado, é porque presupõe músculos a funcionarem como
suposto, devido a chegada de O2 aos mesmos através de um sistema vascular e
arterial adequado, de uma quantidade de proteínas necessárias para transportar o
O2 e fibras capazes de utilizar o mesmo com mitcôndrias para utilizar. Por isso
esta diferença espelha a componente periférica.

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Tem também uma componente central porque o conteúdo arterial de O2 é


influenciado pela respiração. Se não houver uma ventilação adequada e uma difusão
adequada não vai haver um conteúdo arterial adequado.
O valor limite que esta diferença pode atingir é 15.

Principio de Fick
Tradicionalmente aparece defino como a interação que ocorre entre a componente
central e a componente periférica que vai determinar a capacidade funcional de um
índividuo. Explica assim o consumo de O2 de um indivíduo ou as alterações que
este possui.

Em repouso o aumento do DC inicialmente provem do aumento do VS e depois


passa a ser sobretudo pelo aumento da FC. O aumento da FC que se consegue por
diminuição do tempo de sístole e diminuição do tempo de diástole, vai impedir o período
de enchimento do coração – a diástole – e portanto vai limitar aumentos maiores do
enchimento que podiam ajudar a que saisse mais sangue em cada
contração.
Quando atingimos a FCmáx atigimos a possibilidade de continuar
a aumentar o DC, alcançando assim o DCmáx. Se este DCmáx for FCmáx DCmáx VO2máx
atingido vai ser possível atingir o VO2máx, não temos como continuar a
entregar mais O2 para ser mais consumido alcançando o platô de O2.

Adaptações
• Na resposta crónica o consumo de O2 vai se manter mais ou menos inalterado
em níveis submáximos ou em repouso, visto que resulta da intereção entre o
VS ( que se encontra mais elevado) e a FC (que se encontra mais diminuída).
• Quando falamos de níveis máximos o aumento do DC vai ser feito
principalmente pelo aumento do VS.
Alterações cardíacas
O exercício aeróbio vai aumentar as cavidades cardíacas mas ao mesmo
tempo vai fazer com que a parede muscular – músculo cardíaco – fique atrofiada, ou
seja a cavidade dilata mas a parede fica mais “expessa”. Isto singnifica que não à perda
da força de contração e da função articular.
Esta alteração é bastante tentável pois o uma cavidade dilatada sem o aumento
proporcional da hipertrofia da parede significaria uma má função ventricular (Ex: doentes
com cardiopatias diladas – coração dilatado mas músculo “fino”)
O treino de força promove o aumento da espessura da parede sem alteração no
diâmetro (Ex: halterofilista)

Sistema vascular
Na resposta aguda, vai haver uma redistribuição de sangue. Órgãos que
normalmente têm muito sangue, por ser metabolicamente muitos ativos, vão ter o
fornecimento de sangue direcionado para os músculos que estão mais ativos durante o
exercício através das arteriolas que possuem paredes de músculo liso. Esta
característica permite que ocorra a contração de um dos lados e a dilatação no outro.
Pressão Arterial (PA)
Pressão exercida pelo sangue na parede arterial. é determinada pela quantidade
de sangue ejetado e pela resistência ao dénito sanguíneo.
Durante o exercício a PA aumenta para valores de 220-100/220-90.
Em termos de resposta crónica esta não se altera permanentemente pelo facto
de nós praticarmos exercício físico, mas é possível um melhor controlo da hipertensão
se o indivíduo fizer exercicio. Uma vez que os efeitos da vasodilataçao periférica que

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

ocorre durante a resposta aguda, permanece durante algumas horas. Isto não é uma
adaptação, mas sim uma resposta que favorece o indivíduo hipertenso.
Assim um hipertenso controla melhor a PA se fizer exercício pelo menos 3
vezes por semana mais de 20 minutos (nos melhores casos todos os dias) - não a
trata, nem a modifica mas mantém valores “normais”.
Regulação da PA
• Sistema Simpático (barorreceptores)
o diminuição da actividade simpática ➔diminuição da PA
o aumento da actividade simpática ➔aumento da PA
• Rim (volume sanguíneo) (Ex: Indivíduos hipertensos tomam diuréticos
para libertarem água)

Duplo produto

Duplo Produto
DP = FC × PAsis
Produto da frequência cardíaca pela pressão arterial sistólica
Indica-nos que o consumo de O2 do miocárdio depende principalmente da FC e
também da PA, logo DP vai se relacionar com o VO2 miocárdio
Este vai refletir o esforço que o coração está a realizar para manter/aumentar
um dado DC
Na realidade vai nos informar sobre o consumo de O2 das próprias fibras
cardícas, porque o coração não tem metabolismo anaeróbio apenas tem metabolismo
aeróbio. É por este motivo que se não passar O2 acontece isquémia – enfartes.
Valores normais
• Varia na literatura mas valores em repouso começam a ser anormais acima de
10/12 (não é importante saber valores)
o um DP é normal em repouso se estiver abaixo de 12
• Aparece também entre 22/30.
o um DP superior a 22/30 já há um problema estando a ser aplicado um
grande esforço ao coração colocando-o em risco (trabalha contra uma
PAsis mais aumentada que vai dificultar o trabalho do coração)
Sangue
Tem como principais funções o transporte, a regulação de temperatura e manter
o equilíbrio ácido-base.
O volume sanguíneo varia com o tamanho corporal e com o nível de treino
(endurance).
É constituído por plasma – 90% água; 7% proteínas plasmáticas; 3% nutrientes,
hormonas,enzimas,etc – e por elentos figurados – eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
Hematócrito
É caracterizado como sendo o nº de elementos figurados em função do
volume de sangue total.
𝐄𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐅𝐢𝐠𝐮𝐫𝐚𝐝𝐨𝐬
𝐕𝐨𝐥𝐮𝐦𝐞 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐮í𝐧𝐞𝐨 𝐓𝐨𝐭𝐚𝐥
Se um indivíduo tiver um hematócrito muito aumentando significa que tem
hemoconcentração – muita concentração de elementos figurados

Eritrócitos
Estes podem ser destruídos durante o exercicio, isto acontece devido ao DC
aumentado que leva ao aumento da fricção nas paredes – capilar e dos eritrócitos –
(passam mais rapidamente pelos capilares) e ao facto de existir um aumento da
temperatura corporal durante a prática de exercício físico. Esta destruição é mais
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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

notável caso esteja presente um estado de desidratação severo, devido a uma grande
perda de água através do suor que vai levar a um aumento do hematócrito.
O sangue possui uma adaptação extremamente importante, que vai ser um fator
importante para outras adaptações que ocorrem a nível do sistema circulatório, é que
o volume de sangue vai aumentar como resposta crónica. Ocorre o aumento do
volume plasmático, aumento dos elementos figurados. Este aumento do volume
plamático vai ser superior ao aumento dos elementos figurados, o que faz com que seja
possível manter um valor de hematócrito menor com um maior nº de eritrócitos a
transportar O2.
Esta adaptação acaba por ser fundamental, visto que obtemos um sangue mais
fluído que é mais capaz correr dentro dos capilares com menos destruição de
eritrócitos, suportabdo melhor qualquer perda de água que possa acontecer.
Havendo mais sangue em circulação vai favorecer o aumento do VS em repouso
nos indivíduos treinados. A força de contraçao é maior mas a FC é mais baixa, quando
estamos em taxa de trabalho submáximas ou em repouso mantendo o DC igual. Assim
o VS vai estar aumentado em repouso porque há mais sangue a circular (fator
principal) e porque a força de contraçao também é maior.

Adaptações
• Aumento dos capilarização
• Dilatação dos capilares já existentes
• Mais eficaz redistribuição de sangue – possível chegar mais sangue ao
músculos porque há mais sangue em circulação e é possível transportar
mais sangue para os mesmos
• Aumento do volume sanguíneo (Vtotal)
Nota: um atleta quando começa a fazer exercício físico vai precisar na mesma da resposta aguda. A
resposta aguda é uma coisa que acontece nas pessoas não treinadas e treinadas, tem de acontecer
sempre como resposta ao exercício. O atleta já tem tudo isto como base o que faz com que a resposta
aguda seja optimizada.

Diferença entre o conteúdo arteriovenoso misto


O conteúdo arterial em oxigénio é toda a quantidade de O2 que o sangue arterial
pode transportar – Hb e plasma. O conteúdo do sangue venoso em O2 também é a
quantidade de O2 que o sangue venoso transporta, seja dissolvido no plasma seja
ligado à Hb.
A diferença entre o conteúdo arterial e o venoso diz o que ficou nos diferentes
territórios do nosso corpo para ser utilizado. Reflete o consumo de O2 – se não existe
uma grande quantidade de O2 nos tecidos (paO2 baixa)
significa que está a ser utilizado pelas mitocôndrias (Encontra-se intimamente
relacionado com o consumo de O2).
Não é o sangue que regressa de apenas uma parte do corpo mas sim do
organismo inteiro para o coração direito.
A diferença em repouso atinge o valor entre 4-5 mlO2/100ml enquanto que em
exercício aeróbio atinge um valor limite de 15 mlO2/100ml. Não é o conteúdo arterial de
O2 que aumenta, este mantem-se estável, é o conteúdo de O2 do sangue venoso misto
que diminui refletindo uma maior consumo/ utilização de O2 nos músculos mais ativos.
Conteúdo arterial permanece constante apesar de haver resultados em atletas
de alta competição em que diminui um pouco, isto pode ser explicado por uma limitação
da difusão através da membrana alveolo-capilar devido ao grande aumento do DC.
O tempo dos eritrócitos passarem junto dos álveolos é de 0,75 seg em repouso
que pode chegar a diminuir até aos 0,25 seg em exercício, este tempo é suficiente para
que se chegue ao equilíbrio, mas caso o DC esteja muito aumentado, em alguns atletas,
pode fazer com que este tempo de contacto não seja suuficiente. Não vai prejudicar
muito a quantidade que passa para o sangue, mas pode haver alguma diminuição do
nível de O2 no sangue.
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Fisiologia do Exercício

PRINCÍPIO DE FICK
Pessoa Não Treinada
➔Qual a sua resposta ao exercício aeróbio?
Resposta Aguda
Componente central
O consumo de O2 é explicado pela
↑Consumo de O2
intereção entre a componente central (DC –
distribuição de sangue) e a componente periférica
(distribuição periférica do sangue através das Exercício Físico
↑VS
arteriolas e dos capilares arteriais e a sua utilização
nas mitocôndrias). Este vai aumentar para ser
possível trabalhar o mais tempo possível com ↑FC
contributo predominante para a síntese de ATP pela
via aeróbia.
VS aumenta O VS aumenta devido ao aumento do retorno venoso, redistribuição de sangue
FC aumenta através da vasoconstriçao local e da vasodilataçao periférica, diminuição da resistência.
Contributo do mecanismo de Frank-Starling porwue entra mais sangue no coração as
VS predomina fibras vão ficar mais esticadas levando a uma maior contração.
FC incompatível A FC aumenta.
tempo de enchimento Tanto a FC como o VS começam a aumentar desde do início,mas há um
ventricular predomínio do aumento do VS e a partir do momento em que o aumento da FC deixa
VS mantém se ser compatível com o tempo de enchimento ventrícular, deixa de ocorrer o
FC aumenta aumento do VS e continua a aumentar a FC.
O consumo máximo de O2 aumenta

Componente periférica
O conteúdo arterial mantém-se; se este sofrer alterações como a diminuição
pode indicar que esta a ocorrer uma dessaturação - enfisema pulmonar, fibrose
pulmonar. Faz também parte da parte central pois se não houver uma respiração
(ventilação e difisão) adequado o conteúdo arterial de O2 diminui.
O sangue venoso misto vai diminuir, é possível deixar mais O2 nos músculos
(paO2 baixa) porque estes estão a consumir mais.

Resposta Crónica Deixado mais O2 porque estão a consumir mais.


Pessoa treinada Sangue venoso misto diminui.
Em repouso
Componente Central
Volume total O VS está aumentado, por haver mais sangue em circulação, o volume total de
Aumentado sangue está aumentado – aumento do volume plasmático e elementos figurados; valor
Mais fluido
do hematócrito menor (sangue mais fluído) – e pelo aumento da força da contração
(- hematócitos)
ventricular.
A FC diminui. Quando o indivíduo atinge a capacidade máxima de exercício a
FC diminui FCmáx não se vai alterar. Atinge a FCmáx, diminui a FC de repouso que permite um
Permite um maior aumento da FC.
maior aumento O DC em repouso é igual ou até ligeiramente reduzido, em taxas submáximas
de exercício continua a haver um FC baixa e o VS elevado logo fica igual. Em
capacidade máxima este aumenta, pois estamos a atingir a FCmáx ( que é igual ao do
não treino) e temos um VS aumentando.
Componente periférica
O conteúdo arterial mantém-se igual. O sangue venoso misto vai ser a utilização
em repouso (4-5 ml) mas durante o exercício físico vai atingir o valor limite.

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Fisiologia do Exercício

Consumo máximo de O2 aumenta por causa do treino, estamos a conseguir


entregar mais O2, é possível chegar mais O2 aos territórios mais ativos – mais capilares,
mais distribuição de sangue, utilização de mais O2 devido ao aumento de mitocôndrias.

O consumo máximo de O2
O consumo máximo de O2 é um conceito que depende do seu nível de
condição física e/ou do seu estadio de doença. O consumo máximo pode ser
assim melhorado, dentro dos limites fisiológicos de cada indivíduo e pode também
diminuir se houver algum problema em alguma destas partes.

08.11.2021 – aula teórica – Testes de Exercício


O Vo2 máximo do nível de condição física e/ou do estadio da doença, pelo
que este pode ser melhorado ou diminuir (cm c determinada doença).

TESTES DE EXERCÍCIO
Estes são testes de exercício para avaliar a condição cardiorrespiratória, sendo
Reprodutível
que estes dependem do nível de expertise do técnico e da capacidade do
Acompanhar
Evolução laboratório, há testes mais simples e outros mais complicados e há também testes
dirigidos para avaliar coisas especificas (n sendo para utilizar a condição
cardiorrespiratória).
Um teste de marcha é simples e as regras têm de ser seguidas para o teste ser
reprodutível (possível acompanhar evolução do doente ao longo do tempo). Utilizado
Distância
para avaliar a capacidade funcional, mas com este teste não sabemos porque é que
FC
PA a pessoa parou durante o teste, porque basicamente mede a distância percorrida e
adicionalmente podemos pedir a FC, uma oximetria, ou a pressão arterial Por fórmulas
podemos estimar o VO2, a partir dos valores da FC.
Há teste dirigidos para avaliar algo só do coração, como a prova de
esforço/stress cardíaco em que o individuo é monitorizado com as 12 derivações
eletrocardiográficas (ECG) e é medida a pressão arterial. Este é feito com o protocolo
de Brusse, bastante exigente em termos de resposta do indivíduo uma vez que quer a
inclinação como a velocidade do tapete aumentam de 3 em 3 minutos, então é um teste
feito para aumentar muito rapidamente a FC (para perceber se existe isquemia). Assim,
se houver isquemia na passagem do sangue do coração, este aumento da FC pode
tornar esta alteração patente. Então este teste é feito para avaliar isquemia e arritmias
(e não a condição cardiorrespiratória)
O teste de exercício cardiopulmonar é feito monitorizando o consumo de
oxigénio e eliminação de CO2, limiar anaeróbio, as 12 derivações eletrocardiográficas,
a pressão arterial, a ventilação (sensor de débito na boca), oxímetro de pulso (para
saber saturação O2) ou linha arterial (para recolher gases do sangue para avaliar trocas
gasosas). Com este teste conseguimos perceber porque é que o doente parou: se foi
pelo coração ou pelo pulmão. Um doente com limitação funcional, vai ter VO2 diminuído
e por análise da resposta cardíaca e respiratória percebemos de onde vem a limitação
e porquê. Este é o melhor teste para esclarecermos uma dada limitação da capacidade
funcional e identificarmos a causa.
• O problema deste teste é ser muito mais caro e o nível de expertise do
profissional ter de ser elevado, porque é difícil de compreender e interpretar.
• Com este teste recolhemos sinais que nos dão variáveis primárias que
combinadas entre si ainda dão mais variáveis
Num teste de exercício interessa-nos perceber a resistência
cardiorrespiratória de um individuo.
Para se obter benefícios cardiorrespiratórios são precisos pelo menos 20min
pelo menos 3x por semana, com uma intensidade um bocadinho adaptada à pessoa

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Fisiologia do Exercício

(com ou sem doença) e com exercícios como andar, remar, nadar, dançar, ciclismo.
Tem de ter duração suficiente para stressar as componentes que aprendemos até aqui.

Para perceber e prescrever a intensidade do exercício:


• Durante uma reabilitação, podemos monitorizar o consumo de oxigénio e
podemos colocar o utente a trabalhar a x% do seu VO2max.
• Em alternativa, podemos utilizar a escala de Borg
• Podemos também usar a FC (vai trabalhar a x% da sua frequência cardíaca
máxima).
Se usar uma previsão da FCmáxima vai ser igual para todas as pessoas da
mesma idade, então podemos utilizar a Fórmula/Método de Karvonen para
individualizar esta indicação:

FC treino (alvo) = (FCmáx (220-idade) – FCrepouso (medida)) x intensidade


desejada (60 a 80%) + FC repouso

Isto é chamado método de reserva cardíaca porque trabalhamos com a FC de


repouso de cada individuo e a sua capacidade para aumentar a FC. A diferença entre a
FCmáxima e a FCrepouso dá-nos a capacidade para aumentar - reserva cardíaca. A
esta capacidade de aumento aplico a intensidade que desejo. A FC alvo/treino é o que
queremos que aumente mais a de repouso, sendo essa a FC a que queremos que a
pessoa trabalhe.
Por exemplo uma pessoa com FCmáxima de 200 e FCrepouso de 60, tem
reserva de 140. Se aplicar intensidade de 50%, dá-nos 70, sendo este o valor que
queremos que aumente na pessoa. Agora a FCalvo é este aumento mais a FC de
repouso, dando 130, pelo que a pessoa tem de trabalhar a 130bpm.

22.11.2021 – aula teórica – Adaptações neuromusculares à atividade física

Comportamento muscular
O comportamento muscular é influenciado por dois grandes Aptidão física possui 5
fatores os aspetos intrínsecos, como as proteinas contrácteis e os componentes
elementos com funções energéticas, e o sistema nervoso que pode o Capacidade aeróbia
ser definido como o sistema que controla e convoca as contrações o Força muscular
musculares. É este ultimo que vai controlar as atividades rápidas o Flexibilidade
como a contração do músculo esquelético. o Resistência muscular
o Composição corporal
Intrínsecos
Proteínas contrácteis
Sistema nervoso
Elementos com função energética autónomo ou
Sistema vegetativo Responsável pela
Nervoso relação do indivíduo
Sistema nervoso Sistema nervoso com o seu
Controla as contrações musculares somático envolvimento e com
outros; controlo o
aparelho locomotor

A recepção de informação é feita através dos recetores os órgãos dos sentidos


(exteroceptiva), órgãos internos (interoceptiva); músculos, tendões e articulações
(proprioceptiva) e a dor (nociceptiva). Após a recessão do estímulo este é levado até
ao SNC pelas fibras sensitivas onde posteriormente será processado. O sistema
periférico leva a informação processada do estímulo para os órgãos efetores (músculo
esquelético, músculo liso, músculo cardíaco e glândulas) de forma a haja uma resposta
do nosso organismo.

Exteroceptiva - órgãos dos sentidos


Interoceptiva - órgãos internos 36
Proprioccptiva - músculos tendões e articulações Estímulo levado para os órgãos efetores
Nociceptiva - dor

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Fisiologia do Exercício

Perceber as funções do sistema nervoso e as suas relações com a atividade


física – exercício e desporto – é fundamental. Este conhecimento está em várias áreas
e em várias funções, nomeadamente:

Os neurónios eferentes controlam o movimento do musculo esquelético através do


sitema nervoso somático, assim quando o indivíduo contrai os músculos
esqueléticos e ocorre movimento desse segmento

O controlo voluntário, o pensamento, a memória, a tomada de decisões, a


criatividade, o consiente permite o controlo do corpo durante qualquer tipo de
movimento que o indivíduo participe
Nota: As raízes efetoras encontram-se anteriormente na medula.

Tudo isro tem haver com a resposta que cada um tem de diferente forma ao
exercício e é por isso que nos não fazemos exercício só de uma forma analítica (musculo
A trabalha de determinda forma), mas tentamos faze-lo o mais possível em formas
funcionais – respostas funcionais. Daí ser necessário perceber como aquele grupo
muscular trabalha em diferentes ações e diferentes formatos.
Tudo isto envolve a nossa tomada de decisão, o envio da resposta á periferia
para que haja uma resposta efetora.

Tipos de tecido muscular


Existem 3 tipos de tecido muscular
• músculo liso: involuntário, paredes dos vasos
sanguíneos e dos órgãos “ocos”
• músculo cardíaco: involuntário, coração
• músculo esquelético: voluntáro, fixam-se ao
esqueleto; inervado pelo sistema nervoso
somático

A contratibilidade muscular é sempre


regulada pelo sistema nervoso autónomo e
por exemplo o sistema nevoso simpático
causa a vasodilatação

Músculo cardíaco
Este é um músculo involutário não é possível chegar lá diretamente, mas
chegamos lá indiretamente.
Se imprimir uma ação efetora, sei que essa exige uma respota cardíaca.

Músculo Esquelético
• É cerca de 40% a 50 do peso corporal
• Tem 10 a 100 µm de espessura
• Mais de 10.000 fibras por músculo, 100 a 200 mionúcleos por milimetro de
comprimento

37

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Fisiologia do Exercício

• Vários centímetros de comprimento

O sistema muscular que existe demonstra que é díficil criar novos músculos, as
células tem o nº de núcleos para os quais foram criadas no entanto com o exercício
estes mionúcleos podem aumentar. Existe uma “chamada” de material genético para a
criação e formação de mionúcleos que esejam disponíveis para criar mais massa
muscular.
É por este motivo que o M.E é o maior local com as maiores trocas energéticas, 75%
de água 20% de proteína é o maior local de armazenamento de energia (glicogénio e
ATP).
Existem mais de 400 músculos, com diversas funções como a locomoção, a
sustentação postural e a produção de calor.
Vai ser o órgão final para o suporte primário dos sitemas envolvidos no exercício,
como o sistema cardiovascular e o pulmonar.
Arquitetura
O ângulo de penação permite a classificação dos músculos uma vez que
relaciona a orientação das fibras musculares relativamente ao eixo central.
Existem assim
• Músculos longitudinais e fusiformes – maior velocidade de
encuratamento são os que são mais solicitados quando necessitamos fazer
ATPase um movimento rápido São paralelos
Enzima que degrada o
ATP • Músculos unipenados e bipenados - maior capacidade de desenvolver
uma maior quantidade de força (deltoide- bipenado)
Degrada uma maior Propriedades
quantidade de ATP num
menor espaço de tempo • Funcionais – excitabilidade, contratibilidade, extensibilidade, elasticidade
• Bioquímicas – capacidade oxidativa, tipo da isoforma do ATPase ( enzima
que degrada o ATP)
Nota: quanto maior a concentração desta enzima vai ser possivel degradar uma maior
quantidade de ATP num menor espaço de tempo, o músculo estará assim vocacinado
para a ações mais rapidas
• Contráteis – capacidade de produzir força máxima, velocidade de
contração que vai traduzir a eficiência da fibra muscular

Anatomia
• Músculo – envolvidos por uma membrana epimísio. Este é constituído po
Músculos
Feixes
muitos feixes musculares.
Fibras • Feixes – envolvidos pelo perimísio, cada
um deles possui um “saco” de colagénio. Músculo
Epimísio Constituido por celulas musculares
Perimísio
Endomísio indivíduais/fibras musculares
Feixes
• Fibra muscular – centro da capacidade
de produção de força de movimento;
envolvida peloendomísio. Constituída Fibras
por miofibrilhas divididas em sarcómeros
o O sarcómeros são as unidades Miofibrilhas
funcionais do musculo

Epimísio
Sacrómeros
Perimísio

Endomísio
Mísios
Estes envolvem as diferentes estruturas do músculo. São divididos assim em três tipos:

38

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Fisiologia do Exercício

Fibras divididas em duas


• Epimísio – enolve o músculo na sua totalidade
estruturas: • Perimísio – envolve os feixes
• Endomísio – envolve as fibras musculares
Membrana celular/ lasmalemma
Células satélites
Estruturas das fibras musculares
Podem ser dividias em duas estruturas a membrana celular/ plasmalema e as
células satélite
Membrana Celular
• Fundem-se com o tendão
• Permite a condução do potencial de ação
Promoção da hipertrofia
• Transporta nutrientes
• Mantém o ph
Crescimento e desenvolvimento muscular
Lesão, imobilização e treino
Células Satélite
São células localizadas junto da membrana citoplasmática das fibras
musculares, envolvidas pela membrana basal. Possuem pouco citoplasma não se
distinguem dos núcleos das fibras musculares quando vistas no microscópio. Estas são
caracterizadas como pequenos núcleos na periferia da fibra muscular prontos a entrar
em ação para responder à lesão, imobilização e ao treino. Permitem o crescimento e o
desenvolvimento muscular (massa muscular e fibras).
Consideradas como as células potencialmente capazes de iniciarem a
diferenciação em miócitos
Possuem a capacidade de se fundirem com a fibra muscular o que vai promover
a hipertrofia
É uma fonte e reserva para a capacidade de regeneração muscular ou para o
aumento de volume do músculo. Quando é realizado um exercício é bom que ocorra
uma lesão muscular pequena, pois é esta lesão que vai induzir o aumento do volume
da fibra muscular. Daí ser necessário que acha sempre algum desconforto a seguir a
realização do exercicio, mas não dor. Se existir dor significa que a lesão que ocorreu é
demasiado grande.
Estas células são fundamentais em todos os processos relacionados com o
exercício mas também com o envelhecimento.
Lesão A nível celular com o exercício podesse verificar um aumento do nº e tamanho
Induz ao
das mitocôndrias, aumento das enzimas, aumento do depósito de glicogénio e de ATP.
aumento do volume O aumento destas componentes no citoplasma cria uma desproporção entre o
muscular citoplasma da célula e o próprio núcleo. Para combater esta desproporção o nosso
organismo vai buscar um núcleo, estes vão coaptar outra célula satélite de forma a
manter esta proporção de núcleos e conteúdo do citoplasma.

Equilíbrio muscular
Necessário existir um equilibrio entre a componente muscular e o seu núcleo, assim
quando há demasiado material temos de incorporar mais núcleos para manter
uma relação adequada.

Estas células podem contribuir para


• Aumento do nº de núcleos das miofibrilhas existentes
• Reparação ou regeneração das miofibrilhas existentes
• Formação de novas miofibrilhas

Este grau de resposta vai variar de acordo com (24:40)


• Grau de solicitação
Aumento do nº e tamanho de mitocôndrias
Aumento de enzimas e glicogénio e ATP

Mais núcleos
39
Para combater a desproporção ~
entre o citoplasma e o núcleo

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Fisiologia do Exercício

• Grau da lesão: esta não deve ser demasiada; A lesão ocorre principalmente
ao nível das linhas Z (garantem estabilidade do sarcómero e da fibra)
• (adicionar imagens pp)

Memória Muscular
As células satélite são constituidas por núcleo e por pouco citoplasma à volta.
Assim que á uma lesão, há uma chamada desses núcleos para dentro da fibra
muscular para que estes contribuam com todo o seu conteúdo para a reparação
celular.
Este tipo de atividade celular é importante para o exercício, especialmente em
jovens, isto deve-se ao facto de o exercicio causar microlesões o que leva ao
solicitamento das células satélite. Estas passam a integrar a fibra muscular e deixem
de estar apenas à periferia,
contribuindo assim para a hipertrofia.
Se isto acontece para uma fase de
desenvolvimento mais jovem não existe
uma perda de células satélite, estas
não desaparecem. Passam a fazer
parte da fibra musular
Se por qualquer razão o indivíduo
Não tem que reiniciar deixar de praticar exercício (diminuição
o processo de chamada
de células satélites da atividade) esses núcleos não
desaparecem o que quer dizer que
quando retomar a atividade física é
muito mais fácil recuperar a massa
muscular prévia.
É como se o músculo soubesse
previamente como vai aumentar a massa muscular, mas na realidade apenas responde
a um estímulo externo. Por ter uma quantidade aumentada de núcleos dentro das fibras
musculares vai ser mais fácil o músculo aumentar, mais rapidamente, o volume
muscular por não ser necessário estar a recrutar mais células satélite para dentro do
músculo, isto é, não vai ter de iniciar um outro processo de chamada das células satélite
para dentro da fibra muscular.

Jovens
•Perdem mais massa muscular
•Recuperam mais rapidamente

Idosos

•Perdem menos massa muscular


•Recuperam mais devagar
Nota: Importe induzir este treino e esta prática de exercício físico em idade mais nova porque
isto não se consegue tão facilmente. Esta chamada de células satélite perante os danos celulares
não é tão simples à medida que envelhecemos.

Estruturas das fibras musculares


• Sarcoplasma – unidade citoplasmática do músculo, possui as resevar de
glicogénio e mioglobina

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Fisiologia do Exercício

• Túbulos transversos (Tubos T) – Trasnportam o potencial de ação até á


profundidade da fibra muscular; da junção neuomuscular até à
profundidade da fibra.
• Retículo sarcoplasmático - armazenamento de Ca2+ , o cácio vai permitir
a contração muscular. Permite a ligação da mioseina à actina.

Tendão
Os tendões têm a mesma estrutura
que o músculo no que respeita à sua
divisão em feixes e fibras de colagénio. é
possível identificar duas zonas
• Junção musculotendinosa –
zona que se junta mais ao
ventre muscular, parte
contráctil.
Ponto mais fraco da unidade o a maior parte das lesões
músculo-tendão acontecem na junção
miotendinosa uma vez que
em teoria é o ponto mais
fraco da unidade músculo-tendão.
o Aumenta a área de contacto entre as fibras musculares e as fibras de
colagénio do tendão
• Junção osteotendinosa –componente que se liga à parte óssea
o pode sofrer lesão mas é menos frequente
o transmite a sua capacidade força para o ósso e para através das fibras
de sharpey, que são fibras que se ancoram no ósso segurando as fibras
do tendão, possuindo uma força muito elevada.
o 4 zonas principais
▪ tendão, fibrocartilagem, fibrocartilagem mineralizadas e ósso.

O tendão serve como transmissão das forças musculares ao esqueleto permitindo o


movimento.
Em termos gerais a imobilizam é um estimulo catabólico, vai alterar a orientação
paralela das fibras de colagénio diminuindo a presença de glicosaminoglicanos e água.
Para melhorar tendãoes, isto é, melhorar o estimulo anabólico é necessário uma
atividade diária suficiente para manter cerca de 80% das capacidades. O exercício vai
promover o aumento de fibroblastos e síntese de colagénio – isto ainda não é
consensual quando falamos em proporcionalidades biomêcanicas e geométricas.

Miofibrilhas e sarcómeros.
Componentes das fibras musculares.
• Miofibrilhas - constituída por centenas a milhares de sarcómeros
• Sarcómeros – fibras contrácteis

Músculo Feixes Fibras Miofibrilhas Sarcómeros

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Fisiologia do Exercício
Entre cada par de linhas Z
Servem como ponto de ancoramento para as proteínas contrácteis

Sarcómero
Esta unidade estrutural da miofibrilha, é
responsável pela geração de tensão e pela
produção de trabalho mecânico. Encontram-
se entre cada par de linhas Z.
Estas linhas Z servem como ponto de
aconragem para as diferentes proteínas
contrácteis que constituem o sarcómero –
actina, miosina, nebulina e titina – cotribuindo
para a estabilidade destas proteínas.

Constituição de 1 sarcómero
Actina • meia banda I – zona clara de apenas
Desaparece contração actina que pode desaparecer na
contração
Ambas
Constante na contração• banda A – zona escura composta por actina e miosina que
permanece constante durante a contração muscular
Meio da zona A • zona H – encontra-se no meio da zona A, é apenas constituida
Miosina
Apenas em relaxamento
por miosina e é só possível observá-la quando em relaxamento.
• linha M – no meio
M só no meio • uma segunda metade de banda I

As fibras de actina e miosina vai contribuir para a contração em


diferente disposição. A miosina é bastante mais espessa e por isso
também em menor quantidade que a actina – relação de 1:6.
As cabeças da miosina vão se conectar a actina, mas a própria
miosina está presa por outro tipo de proteínas as linhas Z. Estas
proteínas parecem estar envolvidas em determinadas doenças
neuromusculares.

Actina
A actina é um dos filamentos mais finos que se encontra na extremidade de cada
linha Z. Possui um diâmetro médio de 5-7 nm e um comprimento médio de 1 µm.
Existem cerca de 3000 filamentos de actina por cada miofibrilha, isto é, cerca de
25% da contituição da miofibrilha.
Na realidade ela não é só uma mas sim um composto de três moléculas
proteicas diferentes: a actina, a tropomiosina e o complexo de troponinas.
A tropomiosina e troponina atuam em conjunto com os iões de cálcio para
manter o relaxamento ou iniciar a contração A troponina possuí uma afinidade elevada
para o cálcio, enquanto que a tropomiosina na presença do cálcio e de um estimulo
elétrico, afasta-se dos locais ativos da actina promovendo a sua contração.

Miosina
A miosina é um filamento mais espesso.
Em cada miofibrilha é possível observar 1500 filamentos de miosina, sendo
assim cerca de 75% da constituição da miofibrilha. Existem 200 moléculas de miosina
por cada filamento

Troponina afinidade elevada com o cálcio


Tropomiosina afasta-se na presença de cálcio
Na presença de estímulo afasta-se dos sítios ativos e promove a contração

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Fisiologia do Exercício

O papel da titina é posicionar o filamento de miosina, no eixo longitudinal, para


manter o espaçamento igual entre os filamentos de actina. Funções estruturais,
mantendo a miosina alinhada durante a contração e estabilizando os sarcómeros
adjacentes. Quando os músculos são atividados algum do cálcio liga-se à titina
alterando a sua rigidez

Titina posiciona a miosina


Espaçamento igual entre actinas

Nebulina – presente no músculo esquelético mas não no cardíaco. é uma proteína


de ancoragem para a actina, reguar e estabilzar o comprimento dos miofilamentos
finos – actina. Regula assim as interações entre a actina e a miosina
Estas fibras permitem o melhor encurtamento do sarcómero

Nebulina
Junção Neuromuscular Proteína de ancoragem para a actina.
Local onde chega a informação so SNC. Melhor encurtamento do sarcómero
É neste local que ocorre a entrada de neurotransmissores para dentro do músculo.
Os neurotransmissores vão produzir um estímulo que vai dos túbulos T até ao retículo
sacroplasmático onde irá causar a libertação do cálcio, permitindo o processo de
contração
Quando falamos de unidade motora estamos-nos a referir ao motoneurónio e a
todas as fibras que este inerva. A quantidade de fibras musculares que um
motoneurónio inerva depende do motoneurónio, uma vez que existem motonerónios de
maior tamanho e outros de menor tamanho consoante a constituição do grupo muscular
para a ação que vai realizar.
Unidade motora - motoneurónio e todas as fibras que ele inerva
Contração do músculo esquelético

1. Potencial de ação (PA) que se inicia no cérebro


2. PA chega ao terminal axónico e liberta aceticolina (ACh)
3. ACh atravessa a sinapse, ligação aos recetores da ACh no plasmalema
4. PA viaja dentro do plasmalema, Tubos-T
5. Despoleta a libertação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático (RS)
6. Ca2+ possibilita a formação de ponte cruzada actina-miosina

Contração da fibra muscular

1. Excitação da fibra muscular esquelética, envolvendo o desencadear do potencial


de ação e a propagação ao longo do sarcolema
2. Acoplamento excitação/contração – conjunto de mecanismos que
desencadeiam a atividade das proteínas contrácteis (processo de transdução da
excitação em atividade contráctil)
3. Contração muscular – ciclo das pontes cruzadas
4. Relaxamento mnuscular

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Fisiologia do Exercício

Papel do cálcio na contração muscular


• Potencial de ação chega ao reticulo a partir dos túbulos de T o que causa a
libertação de cálcio no sarcoplasma
• Cálcio liga-se à troponina, movendo a tropomiosina que tapava locais de ligação
da miosina
• Miosina liga-se à actina e contração pode ocorrer

Teoria Do Filamento Deslizante


Miosina é que puxa a actina
Como os músculos criam movimento
• Processo de contração actina-miosina
• Estadio relaxado
o não existe interação actina-miosina
nos locais de ligação
o Miofilamentos sobeôem-se um pouco
• Estadio de contração
o As cabeças das miosinas puxam a
actina em diração ao centro do
sarcómero – power stroke
o Filamentos delizam em direção uns
aos outros
o Sarcómeros, miofibrilhas, fibra
muscular encurtam
• Logo que a contração (power stroke) termina
o miosina afasta-se dos sítios ativos
o Cabeças da miosina rodam de volta à
sua posição original
o Miosina liga-se a outro sítio ativo
• O processo continua até
o a linha Z atingir o filamento de miosina OU
o PA termina, Ca2+ é bombeado de volta para o RS
Nota: Estados de ligação actina-miosina: ligação fraca e ligação forte

A energia para a contração muscular vem dos neurotransmissores mas também


do ATP que se liga à cabeça de miosina e manter estado contração forte. ATP tem a
ver com diferentes substratos energéticos
Para saber constituição de cada grupo muscular é feita por biopsia muscular –
algo invasivo, permite estudar fibras musculares e observar efeitos do exercicio sobre a
composição da fibra.

Tipos de fibras
• Tipo I/ contração lenta/oxidativa lentas
o cerca de 50% das fibras num
músculo médio
o Força máxima em 110ms – slow
twitch
o mais mitocôndrias
o mais especializas para a
resistência muscular –
capacidade de realizar força ao
longo do tempo.
o Fibras oxidativas – com menos
enzimas glicolíticas
o Mais resistentes à fadiga
o Capacidade produção de força menos elevada

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Fisiologia do Exercício

o Contração lenta
o Força da unidade motora menor

• Tipo II/ contratibilidade rápida


o Força máxima em 50 ms – fast twitch
o Tipo IIa/ oxidativas rápidas
▪ aproximadamente cera de 25% das fibras num músculo médio
▪ capacidade oxidativa e glicólitica
Contração rápida ▪ Contração rápida
Motoneurónios grandes ▪ Resistência à fadiga moderada (a fadiga é mais rápida do que nas
fibras do Tipo I)
▪ Mais força
▪ Menor potência que as fibras do Tipo IIb
o Tipo IIb/ glicóliticas rápidas
▪ Aproximadamente cerca de 25% das fibras num músculo médio
▪ Mais envolvidas nas ações mais rápidas de mair velocidade-
potência, movimentos balísticos
▪ Maior capacidade glicólitica
▪ Menor resistência à fadiga
▪ Força de unidade motora maior

Se é necessário uma contração rápida, a informação tem que chegar muito


rápido, logo os motoneuronios têm de ser grandes.
As tipo II b são utilizadas em sprints e eventos explosivos pelo que mesmo entre
as do tipo II temos mais do tipo a.

Diferenciação do Tipo I VS Tipo II


• Velocidade da ATPase da miosina varia/ Força máxima
o ATPase da miosina rápida = ciclo de contração rápido
o ATPase da miosina lenta = ciclo de contração mais lento
o Nota: tipo I demora mais tempo, não tendo capacidade de produção de
força tão elevada mas conseguem manter estado de contração durante
mais tempo
• Biopsia muscular
o pequenas peças de músculo retiradas
o Preparação específica (congelada, fatiada) e depois examinada ao
microscópio
• Electroforese
o Diferentes tipos de miosinas
o Separa diferentes tipos de miosina pelo seu tamanho
• Retículo Sarcoplasmático
o Fibras do Tipo II têm um RS mais desenvolvido
o Libertação mais rápida do Ca2+, 2 a 3 x mais rápido
• Unidades motoras
o Unidades motoras do tipo I: neurónios de corpos celulares menores e que
enervam <300 fibras
o Unidade motorras do tipo II: neurónios com maior corpo celular e que
enervam >300 fibras

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Fisiologia do Exercício

Distribuição dos diferentes tipos de fibras: Rácio tipo I/Tipo II


Cada pessoa tem difrentes propoções, mas em termos gerais existe uma relação
de 50:50 . A porpoção em cada braço e/ou perna é semelhante na mesma pessoa.
Em atletas não podemos assumir esta rácio de 50:50, uma vez que o exercício promove
o desenvolvimento de determinadas fibras musculares. Num atleta de resistência existe
um predomínio de fibras fo tipo I, enquanto que em atletas de potência possuem um
predomínio de fibras do tipo II.
Os halterofilistas não têm relação assim tão diferente na proporção de fibras
porque estes precisam de trabalho durante muito tempo para ter hipertrofia mas ao
mesmo tempo precisam de velocidade e potência porque são movimentos de força
extrema
Podemos concluir assim que a proporção das fibras do tipo I em relação as
fibras do tipo II varia de acordo com o treino que o indivíduo realiza.

Diafragma possui mais fibras do tipo I, para que não entre em fadiga. Outro músculo
onde podemos evidenciar um maior predomínio destas fibras em todos os indivíduos
é o músculo solhar que permite uma marcha normal ( permite a realização da flexão
plantar).

Fibras Tipo I durante o exercício


• Resistência aeróbia elevada
o Podem manter exercício durante períodos prolongados
o Necessiam de O2 para a produção de ATP
o Atividades aeróbias de baixa intensidade, atividades da vida diária
• Mais eficientes, visto que produzem ATP de forma mais eficiente a partir das
gorduras e hidratos de carbono
• Vão possuir uma maior capacidade oxidativa por possuírem mais mitocôndrias
e elevadas concentrações de enzimas oxidativas

O treino de resistência vai aumentar a capacidade das fibras das fibras tipo II,
permitindo o maior desenvolvimento das mitocôndrias e a presença de mais
enzimas oxidativas por mitocôndria

Fibras do tipo II durante o exercício


No geral as fibras do Tipo II vãp possuir uma resistência aeróbia pobre tendo
assim uma fadiga mais rápida por produzirem ATP de forma anaeróbia

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Fisiologia do Exercício

O tipo IIa vai possuir mais força, uma fadiga mais rápida do que as do tipo I
estando mais adaptada para eventos de curta duração e intensidade elevada (ex:
corrida de 1,600m)
As do Tipo IIb são raramente utilizadas nas atividades da vida diária. São usadas
em atividades de curta duração e sprints explosivos (ex:100m)

Determinantes para o tipo de fibras


• Fatores genéticos determinam que motoneurónios inervam as fibras
• Treino
o Resistência versus força: treino versus destreino – mudança na isoforma
da mioglobina
o Tanto o treino de força como o da resistência mostraram reduzir a % de
fibras IIb enquanto aumentavam a % de IIb
o Pode induzir pequenas alterações – cerca de 10% - no tipo de fibras.
• Envelhecimento o músculo perde unidades motoras de tipo II, o que se vai
traduzir na perda de velocidade do movimento

Recrutamento das fibras musculares


Também denomiado por recrutamento de unidades motoras. É o método para
identificar a produção de força.
A ordem de recrutamento é

Ordem de recrutamento das unidades


motoras está relacionada com o tamanho
do motoneurónio. Tipo I Tipo IIa Tipo IIb

Recrutamos sempre o menor nº de unidades motoras necessárias para efetuar


o movimento. As mais pequenas unidades motoras – tipo I – são as 1ª recrutadas, de
seguida são as de tamanho médio – tipo IIa – e por fim as de maior tamanho – tipo IIb.
Esta forma de recrutamento acontece sempre na mesma ordem e em cada novo
movimento
Princípio do tamanho/ Princípio de Henneman
ordem de recrutamento das unidades motoras está diretamente relacionado com o
tamanho do motoneurónio α
Nem mesmo durante esforços máximos o SN recruta 100% das fibras
disponíveis de forma a proteger os músculos e os tendões.

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Fisiologia do Exercício

Tipo de fibras e sucesso desportivo


• Atletas de resistência – predomínio de fibras do tipo I
• Sprinters – Predomínio de tipo II
• Tipo de fibras não é o único preditoe de sucesso
o Função cardiovascular / capacidade aeróbia
o motivação (esta deve ser motivada em todos os atletas e não apenas nos
atletas)
o Hábitos de treino
o Tamanho do músculo

Trabalho/contração
Contração estática/isométrica
Aquela onde a carga externa é semelhante à que o conjunto muscular está a
desenvolver onde não existe movimento mas existe trabalho
Por não existir movimento o ângulo articular não se vai alterar, isto acontece
porque apesar de as pontes de miosina serem formadas a força externa que está a ser
exercida é demasiado grande para que estes filamentos possam ser movidos
Vai existir o aumento da tensão muscular
Este tipo de contração é comum nos músculos posturais.

Contração dinâmica

Concêntrico
É um trabalho dinâmico onde ocorre
encurtamento muscular. Os filamentos de actina são
puxados e aproximam-se uns dos outros ( aproximação
origem inserção) aumentando a tensão muscular, dando
origem a uma contração isotónica

Excêntrico
É um trabalho dinâmico onde ocorre
alongamento muscular. Os filamentos de actina são
afastados do centro do sarcómero ( afastamento origem
inserção) aumentando a tensão muscular.
Concentração isotónica

Cada movimento coorenado vai exifir a ação


• Agonistas – músculos principais responsáveis pelo movimento
• Antagonisas – músculos que se opõem aos motores primários. Papel protetor
• Sinergistas – auxiliam os motores primários

A Proteína produz menos energia, liberta ureia, mas é precisa para


reconstituição muscular e tecidular!

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Fisiologia do Exercício

29.11.2021 – aula teórica – Adaptações Neuromusculares à Actividade Física


(cont)

Fitness do múscular/ aptidão muscular

Força
muscular
Resistência
muscular

Potência
muscular

Fitness muscular
Força
É caracterizada como a energia mecânica, isto é, numa perspetiva biomecânica
a capacidade de produzir trabalho.
O conceito de força é independente do tempo necessário para a sua efetivação.
É algo que produz trabalho ou aceleração a uma massa, que pode ser positiva ou
negativa – travagem.
A força pode aparecer representada por Kilograma (Kg) – unidade de massa –
Kilopond (Kp) – sistema métrico – mas a mais utilizada é o Newton (N) – sistema
internacional.
A força muscular é a força máxima que um músculo ou grupo muscular pode
gerar, ou seja, a capacidade do músculo para exercer a força máxima numa única
ocasião
Para mensurar a força é necessário
• Monitorizar progressos em reabilitação
• Medir a efetividade do treino
• Identificar a fraqueza
• Avaliar a condição muscuar

O glod santardt da avaliação da força é 1RM.

1 repetição máxima (1 RM)


Peso máximo que pode ser levantado com um único esforço
11:02
Endurance/ Resistência muscular
É a capacidade de um músculo para realizar repetidas contrações ou para resistir
à fadiga. Capacidade do músculo para efetuar sucessivas repetições contra uma
resistência submáxima.
A avaliação da força e da resistência muscular não está estandardizada e não
há consenso quanto à melhor forma de avaliação
Nº de repetições a determinada percentagem do RM
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Fisiologia do Exercício

Compressão do diafragma na
artéria aorta
É possivel aumentá-la através de: Expiração na concêntrica
• Ganhos na força muscular
• Alterações metabólicas locais, função cardiovascular

Em cada contração muscular devemos sempre ter o cuidado de expirar quando o


movimento é concêntrico para evitar/diminuir a ação de compressão do diafragma na
artéria aorta.
Quem tiver mais massa magra
Qualidade muscular
A força ou resistência dão-nos valores absolutos.
A qualidade muscular ou tensão específica entendida como a força por unidade
de massa muscular, pode ser um melhor indicador da função muscular do que a força
per si. Devemos sempre comparar valores entre pessoas quando ajustados a outra
variável, seja o peso total ou a quantidade massa muscular idealmente (altura não tanto)
Ex:
1. Comparando a professora e o António quando exercem força de 50kg por 1RM
na extensão do joelho, quem tem menos massa muscular tem músculo mais
forte.
2. Força isocinética ajustada à massa muscular

Trabalho
O trabalho pode ser estático ou dinâmico
Todo o trabalho vai resultar da aplicação de uma força, ou seja de energia
mecânica (Ex: Um homem efetua extamente o mesmo trabalho ao caminhar 5 Km em
30 min ou 40 min – está dependente apenas do peso corporal e da distância.
O trabalho pode ser representado pela multiplicação entre a força e a distância
(W=FxD). Pode possuir como unidades o Kilogrâmetro (kgm), o Kilopondmetro (kpm)
mas a mais utilizada é o Joule (J)
𝑊 = 𝐹. 𝑑
Potência
Capacidade para exercer força por unidade de tempo.
Vai ser igual a dizer que é a divisão entre o trabalo e o tempo

𝑊 𝐹.𝑑
𝑃= 𝑃= 𝑃 = 𝐹. 𝑣
𝑡 𝑡
Importante porque descreve a velocidade a que o trabalho está a ser realizado
– taxa de trabalho. A taxa de trabalho ou produção de potência descreve a intensidade
do exercício
Para uma mesma velocidade (unidade de tempo), a potência máxima produzida
é maior no músculo com predomínio de fibras do que no músculo com maior
percentagem de fibras lentas
Atletas com predomínio rápidas geram mais potência do que atletas com
predomínio de fibras lentas
A potência máxima produzida por qualquer músculo aumenta com as
velocidades crescentes do movimento até 200-300 graus/segundo. Isto só é possível de
avaliar quando temos equipamentos isocinéticos em que se mede a força associada à
velocidade.
Em qualquer grupo muscular há uma velocidade de movimento ideal que irá
resultar numa maior produção de potência
A força muscular diminui com o aumento da velocidade
A potência é mais importante que a força em muitas atividades, por exemplo,
numa ação de proteção de queda. Mas não conseguimos trabalhar potência sem ter

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Fisiologia do Exercício

adequada força e resistência muscular adequadas porque o risco de lesão muscular iria
aumentar

Exercício 1

• A força foi determinada pela quantidade máxima de carga que o atleta foi capaz
de levantar uma única vez (1RM)
• A potência foi determinada enquanto o atleta esenvolvia o teste de 1 RM da
forma mais rápida que conseguia. Potência foi calculada como o produto da
força (peso levantado) vezes a distância percorrida desde o peito até à
extensão completa dos braços (0,6m), dividida pelo tempo que demorou a
complementar o levantamento.
• A resistência muscular foi determinada pelo maior nº de repetições que poderia
ser complementado utilizando 75% do RM.

Assumindo a necessidade de optimização nas 3 vertentes.


• O atleta A deve se focar no treino de desenvolvimento da força sem perder
veliocidade.
• O atleta B deve-se focar no treino de desenvolvimento da velocidade (pouco
provável – genético)
• O atleta C deve-se focar no treino de desenvolvimento da resistência muscular

Mensuração do trabalho e da potência


Ergometria – mensuração do trabalho realizado

Ergómetros: Existem equações para determinar a quantidade de


Degrau, trabalho
Bicicleta ergométrica Pode ser utilizado um método direto ou indireto para
Tapete rolanrte calcular o consumo de O2 (VO2máx)
Braços …..

2,3km em 30 min = 76,6 m/min


Substituindo na equação da marcha:
(76,6 m/min x 0,1 ml/kg/min) + (0,00 X 76,6 m/min x 1,8 ml/kg/min) + 3,5 ml/kg/min
Inclinação = 0% = 0,00
7,66 ml/kg/min + 3,5 ml/kg/min = 11,16 ml/kg/min
= 20088 ml O2 = 20,088 LO2
Sabendo que andou 30 minutos e pesa 60kg: 100,45 kcal
Força
Está dependente da
• Quantidade de unidades motoras ativas – quanto mais unidades motoras
ativadas nais a força produzida
• Tipo de unidades motoras ativadas – Tipo II (R) produzem mais força que tipo I
(L)
• Tamnaho do músculo – músculos maiores possuem mais fibras, logo existe uma
maior produção de força

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Fisiologia do Exercício

• Tamnaho do músculo – a força isométrica de um músculo é essencialmente


Proporcionalidades proporcional à área de seção transversal do múscuo e não tanto ao seu
comprimento
• Ângulo articular – conhecimento das alancas ósseas e inserções musculares
Força (local de aplicação da força) (foto32)
Aérea transversal
• Velocidade de ação muscular – No trabalho concêntrico, quanro maior a
Velocidade velocidade, menor a força máxima desenvolvida. No trabalho excêntrico, quanto
Comprimento maior a velocidade maior a possibilidade de força máxima
Potência é o produto
entre os dois A força vai ser proporcional à área transversal do músculo. A velocidade é
(Volume) proporcionalao seu comprimento
A potência é proporcional ao produto da área de seção transversal pelo seu
comprimento, ou seja, o seu volume
Em geral os músculos curtos são bons para estabilzar o corpo (podem gerar forças
elevadas para a quantidade de material contráctil que contêm mas nºao conseguem
encurtar muito nem muito depressa). Músculos longos conseguem encurtar muito e
rapidamente, mas geram força relativamente pequena.
Assim, um músculo curto e volumoso produzirá maior força mas terá uma velocidade
máxima de encurtamento mais baixa, enquanto que um músculo longo e fino
produzirá menor força mas encurtará rapidamente

Curtos - muita força e pouca velocidade


Longos - encurtam rápido mas pouca força
Produção de força
Relação força-velocidade:
• Concêntrico- desenvolvimento da máxima força diminui em velocidade maiores
• Excêntrico- desenvolvimento da força máxima aumenta a velocidade maiores

Comprimento muscular
CAE (Ciclo de alongamento-encuratamento) (saltos, corrida, marcha ou os
lançamentos com o membro superior) – A força máxima é reduzida num músculo
quando ele é primeiramente distendido até um comprimento aproximadamente 20%
superior ao seu comprimento de repouso. A combinação da energia armazenada e a
força da ação muscular são optimizadas resultando na produção da força máxima.
Melhor aproveitamento da energia elástica e da estimulação do fuso
neuromuscular, com aumento de ganho de origem reflexa, que permite uma ativação
mais intensa na fase concêntrica, bem como uma antecipação temporal desse
contributo – exercício plioétricos.

06.12.2021 – aula teórica – Adaptações neuromusculares III

Adaptações neuromusculares ao exercício

Com qualquer tipo de treino efetivo crónico, ocorrem várias adaptações no sistema
neuromuscular. O tipo e a extensão da adaptação dependem do tipo de treino:
• Treino aeróbico, como correr, ciclismo ou natação resulta em poucos ganhos no
tamanho e força muscular
• Treino de resistência origina adaptações neuromusculares

Algumas das adapatações do treino de resistência são o aumento da força


voluntária ou produção de força máxima, por estarem associados a adaptações
neurais primárias que resultam no aumento voluntário da ação do músculo.
É importante referir que este aumento de força resulta do aumento da ativação
neural. Os aumentos de força a longo prazo resultam, geralmente, da hipertrofia do

52

Aumento da força - primeiro devido ao aumento da ativação neural


Depois resulta da hipertrofia das fibras musculares.
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Fisiologia do Exercício

músculo treinado. Apesar disto, uma vez que o tempo de produção de proteínas é
demorado devido à diminuição da degradação das proteínas, aumento da sintese de
proteínas ou de ambos, os ganhos de força muscular iniciais devem-se a alterações nos
padrões pelos quais as fibras nervosas ativam o músculo.
Existe evidências cientificas que permitem afirmar que os fatores neurais são os
principais contribuintes para o aumento da força muscular durante as primeiras 8
a 10 semanas de treino. A hipertrofia vai contribuir pouco duante estas semanas iniciais
de treino, mas progressivamente vai ser possível observar um aumento da sua
contribuição, tornando-se o principal contribuinte após as 10 semanas de treino.
A ausência ou redução significativa de atividade apresenta um impacto negativo nas
capacidades musculares
Vamos dividir isto em:
• Adaptações musculares
o Alterações volume - tem que haver aumento dos constituintes
Produção de fibras e diminuição
da degradação demora tempo. musculares, tanto ao nível ao diâmetro da fibra – hipertrofia - como ao
Padrões de ativação dos nível do número de fibras - hiperplasia -, sendo que hiperplasia não é
músculos por parte das fibras consensual. Eventualmente intensidades de treino muito elevadas
nervosas
podem levar a hiperplasia.
o Remodelação muscular - mais mitocôndrias, enzimas, glicogénio
• Adaptações neurais – traduzem-se em melhor eficiência do movimento
o Coordenação intramuscular
o Coordenação intermuscular - entre agonista e antagonista
o Ganho de origem reflexa
Neurais:
Adaptações musculares Coordenação intramuscular
Coordenação extramuscular
Aumento do volume muscular Ganho de origem reflexa
• Hipertrofia
• Alteração ângulo penação
• Hiperplasia
Havendo mais colagénio permite maior volume muscular. As fibras de colagénio
têm duração prolongada, mas limitada, sendo que de 3 em 3 anos as fibras musculares
são substituídas.
Tensão muscular - estímulo primário - desencadeia o processo de crescimento e hipertrofia do ME
Hipertrofia Maior síntese de proteínas contrácteis e proliferação de células satélites
Um aumento na tensão muscular (força) induzido pelo treino físico proporciona
o estímulo primário que desencadeia o processo de crescimento ou hipertrofia do
músculo esquelético. As mudanças no tamanho do músculo tornam-se identificáveis
após apenas 3 semanas de treino e a remodelagem da arquitetura muscular precede
os ganhos na área muscular transversal. Duas adaptações fundamentais necessárias
para a hipertrofia muscular (maior síntese de proteínas e proliferação de células-
satélite) são mobilizadas durante as fases iniciais do treinamento de resistência.
Existem dois tipos de hipertrofia:
• Transitória: o aumento do tamanho muscular logo após a prática do
exercício físico. Isto acontece devido à acumulação de líquido (edema)
na zona intersticial e intracelular do músculo. Como o nome indica este
tipo de hipertrofia apenas dura algum tempo
• Crónica: refere-se ao aumento da massa muscular que acontece a longo
Transitória prazo com o treino de resistência. Isto reflete as alterações estruturais do
Logo após a prática músculo que resultam do aumento do tamanho das fibras musculares
Edema na zona intersticial e existentes (hipertrofia das fibras) e no número de fibras musculares
intracelular do músculo.
(hiperplasia das fibras), ou ambos.
Para haver hipertrofia
Aumento da síntese proteíca
Proliferação das células satélites
Crónica 53
Aumento da massa muscular a longo prazo
Alterações estruturais do músculo - Aumento do nº e do tamanho das fibras

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Fisiologia do Exercício

Se a massa muscular aumenta logo aumenta produção de Estudos com programas de


força. força menor a 6 meses –
Com o envelhecimento é mais fácil aumentar a força do que a traduzem-se em aumento
massa de massa a 9 e 23%
As fibras tipo II conseguem mostrar mais hipertrofia, embora
isto depende do tipo de treino. Cargas elevadas contribuem mais para as tipo II
enquanto menos carga e mais repetições induzir hipertrofia nas do tipo I.
Maior volume de treino, muitas repetições, logo menos carga externa – induz
maior hipertrofia nas do tipo I.
“Misturando-se” contrações concêntricas e excêntricas parece contribuir para
maior hipertrofia do tipo I.

Hipertrofia das fibras


De acordo com determinados estudos, o
número de fibras musculares é estabilizado à Causas de hipertrofia
nascença ou após a mesma, sendo que este • Mais proteínas contrateis –
permanece cosntante ao longo da vida. Se isto fosse actina e miosina
verdade, a hipertrofia do músculo poderia resultar • Mais proteínas estruturais
apenas para a hipertrofia de fibras musculares • Mais sarcoplasma
individuais. • Mais unidades de
Esta alteração pode ser explicada pelo: miofibrilas
Aumento das miofibrilhas
• Aumento de miofibrilhas • Mais tecido conjuntivo
actinas e miosinas
• Aumento de actina e miosina • Mais agua intracelular
Mais pontes cruzadas • Aumento do sarcoplasma • Mais células musculares 5 a
Maior produção de força
• Aumento do tecido conectivo 10% (eventualmente)
durante a contração • Combinação de todos
máxima
A efetividade do treino de resistência pode aumentar significativamente o
área de pontes cruzadas nas fibras musculares. Este aumento excessivo das fibras
não ocorre, em todos os casos de hipertrofismo.
A hipertrofia das fibras deve-se ao aumento do nº de miofibrilhas, de actina e
miosina, que permitem mais pontes cruzadas de forma a que seja possível produzir
mais força durante a contração máxima. O tamanho das miofibrilhas não parece
alterar, sendo que o aumento da área das pontes cruzadas resulta da adição de novos
sarcómeros paralalemanete uns aos outros.

Hiperplasia das fibras

Isto é facilitado pela testosterona, GH (hormona crescimento) e IGF-I. estas


substâncias são importantes dentro dos seus valores fisiológicos. O aumento dos
esteroides exógenos traduz-se em alterações a nível da voz, ginecomastia e outras.
O aumento da GH relaciona-se com alterações cardíacas graves, pelo que se
tem de ter cuidado na toma destes suplementos.
O aumento da proteína externa pode traduzir-se em lesão renal, principalmente
em diabéticos.
Se trabalhar de forma aeróbia quem vai mudar são as fibras tipo II que se
tornam mais oxidativas, principalmente as IIa, enquanto se o treino for mais anaeróbio
as fibras I melhoram a capacidade anaeróbia.

Alteração do ângulo da penação


A partir de determinado volume a hipertrofia torna-se negativa, porque importa
pensar nas condições biomecânicas. O ângulo de penação – ângulo da fibra em
relação a eixo de inserção de fibra – traduz-se em melhor capacidade de formação de

54
Ângulo de penação - ângulo da fibra em relação
ao eixo de inserção da fibra.

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Fisiologia do Exercício

força só até determinado valor. Assim, a hipertrofia nem sempre se traduz num aumento
funcional da força muscular.
O aumento do ventre muscular condiciona um aumento do ângulo de penação
que se acentua quando o músculo sofre encurtamento
A relação proporcional entre aumento da área de secção transversal do músculo
e a capacidade de geração de força que caracteriza o músculo, pode em músculos
penados deixar de se verificar quando é alcançado um determinado grau de hipertrofia

Tipo de treino que conduzem à hipertrofia - É importante desenvolver


contrações que levam o músculo à falência (não fadiga) e conseguimos isto a 60/90%
da 1RM.
• 6 a 12 repetições por serie
• 3 a 5 series por grupo muscular
• Intervalos curtos de forma a não permitir a recuperação total (±60’’)
• Hipertrofia só pode ser notada de forma significativa após 2 meses de treino
Antes das 8 semanas há adaptações neuromusculares, mas sem contributo da
massa muscular (ou seja, da hipertrofia).

Hiperplasia
A hiperplasia é caracterizada como o aumento do nº total de fibras
musculares, que pode ser um dos fatores da hipertrofia do músculo, sendo que ainda
não existem estudos suficientes para garantir esta relação entre as duas. Quando
acontece é minima.
Possíveis explicações:
• Danificação das fibras musculares por tensão excessiva (proliferação das
células satélites→novos mioblastos)
• Divisão longitudinal das fibras em consequência de treino intenso com cargas

Remodelação muscular
Dentro da fibra muscular, esta remodelação traduz-se em:
• adaptações do sarcolema com mais enzimas, mais glicogénio, Danificação das fibras
• melhor regulação de equilíbrio acido base, Divisão longitudinal das fibras
• adaptações metabólicas
• adaptações proteínas contrateis
• alterações na composição muscular

Se deixar de treinar, isto tudo se altera, logo com o desuso:


• Menor capacidade oxidativa
• Mais metabolismo glicolítico
• Diminui densidade mito
• Diminuição capilares que circundam fibra muscular
• Atrofia por perda de massa muscular
• Maios enzimas da glicólise

Adaptações neurais
Até às 8 semanas estas são as principais adaptações.
Se treinamos apenas do lado direito também há ligeiro aumento da força do lado
esq.
Resultados obtidos c sujeitos que treinam c contrações maxima imaginadas?
Fatores de adaptação neural a 3 níveis:
• Melhoria da coordenação intramuscular
• Melhoria da coordenação Intermuscular
• Ganhos de origem reflexa

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Fisiologia do Exercício

Melhoria da coordenação intramuscular


Dentro do próprio musculo há melhor sincronismo e rapidez no trabalho das
fibras musculares desse grupo, o que é visível com eletromiografia de superfície
(percebe-se potencial que chega à placa motora percebendo que há maior sincronismo
entre potenciais de ação e nível de fadiga menor).
Sincronização e recrutamento de UM adicionais
Frequencia de descarga (taxa de...) das UM
Combinação de ambas as anteriores (drive neural)
Inibição autógena (redução...)

Melhoria da coordenação intermuscular


Coordenação adequada de grupos musculares – agonistas e antagonistas. A
eficácia da ação depende também da cooperação adequada do grupo de músculos
envolvidos na tarefa motora
O processo de treino pode traduzir-se numa alteração qualitativa dos padrões de
coordenação dos músculos participantes optimizando o jogo de força entre músculos
agonistas, antagonistas e fixadores, através do estabelecimento de padrões neurais
óptimos no S.N.C.
Se isto se processar mais depressa, a contração e produção de força é mais
eficaz. Se precisar de fazer exercicio de força com velocidade mais elevadas, esta
coordenação é importante para o controlo da possível lesão mas também para a
capacidade de produção de força
Elemento-chave na regulação do parâmetros de movimentos com a amplitude e
velocidade.

Ganhos de origem reflexa


Alterações da excitabilidade reflexa, pela otimização dos efeitos reflexos que se
produzem durante a execução
Contribuem para que os motoneurónios enviem info quando é mais adequada
Estes treinam-se quando se treina especificamente determinada tarefa
sistematicamente para ser o mais perfeita possível.
Isto implica também conseguir usar o CAE que permite fazer melhor e maior
contração. Para um salto, o ângulo de contração será diferente para cada pessoa.
Défice bilateral de força: a força produzida simultaneamente pelos mesmos
músculos dos dois segmentos é inferior à soma da força produzida por cada um deles
individualmente, o que se deve a menor estimulação do grupo motor em ações
bilaterais. É como se houvesse uma poupança para que haja a melhor contração
muscular.
Contração muscular de 50kg num grupo muscular e noutro 40kg, a força
produzida simultaneamente será menor que 90kg. Logo a RM bilateral não será a soma
entre a RM de cada lado.
Este mecanismo não está totalmente esclarecido mas é utilizado no treino de
força unilateralmente e não bilateralmente.
Assim, em diferentes durações de programa de treino, o aumento da força
relaciona-se com:
• Início – contributo fatores neurais que vai começar a decrescer
• 8 semanas - Fatores hipertróficos – vai aumentando, não sendo significativa
antes das 8 semanas
Isto tem um limite fisiológico também, havendo uma estabilização do aumento
da força com estas duas componentes e a partir dai só dá com uso de esteroides. A
proteína é importante para a hipertrofia, sendo durante o exercicio degrado proteína e

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pós-exercicio a síntese supera a degradação, logo precisamos de ingestão acrescida


de proteína para possibilitar crescimento muscular, regeneração e recuperação.
➢ 0,8g/kg/dia de ingestão de proteína para pessoa sedentária
➢ 1,2 a 1,7g/kg/dia para programas de treino
Para pessoas mais novas este valor pode ser dados por 20g diárias (indivíduos
em exercicio). Os mais velhos precisam do dobro da quantidade proteína para promover
síntese proteica, porque têm uma resistência anabólica – 40g diárias de proteína.

Diferença arteriovenosa mista:Todas estas adaptações estão incluídas na


componente periférica na equação de Fick. Esta componente diz-nos que em exercício
a diferença arteriovenosa de O2 aumenta, aumentando a capacidade extrativa do
musculo. Em repouso o valor desta diferença é de 5mlO2/100ml sangue enquanto em
exercicio é de 15mlO2/100ml.
Esta diferença depende:
• Quantidade de sangue que lhe chega
• Grau de oxigenação – limitação central do exercicio pois depende da pressão
parcial de O2 do ambiente, da função respiratória e da quantidade e função da
Hb
• Capacidade do músculo em extrair

Adptações musculares em suma


(saber‼)
Adaptações musculares ao treino aeróbio
• Aumento do consumo máximo de oxigénio
• Aumento da capacidade de resistência
• Aumento da capacidade extratativa dos músculos
• Aumento das enzimas envolvidas na produção de energia (ATP) a partit dos HCO e
gorduras
• Aumento do conteúdo muscular e hepático de glicogénio
• Aumento da área de secção transversal das fibras do tipo I
• Aumento do conteúdo muscular em mioglobina
• Aumento do nº e tamanho das mitocôndrias
• Aumento do limiar de lactato
• Aumento da capacidade de produção máxima de lactato
• Aumento da capacidade de utilização de gorduras ( e não tanto HCO) para a produção
de energia a intensidade sub- máximas

Adaptações musculares ao treino anaeróbio


• Aumento da potência e capacidade anaeróbia
• Aumento da potência e capacidade aeróbia
• Aumento da força muscular
• Aumento do tamanho das fibras do tipo II
• Aumento do tamanho das fibras do tipo I mas menos do que nas fibras do tipo II
• Pequeno aumento na percentágem de fibras tipo II - embora isto não seja
completamente consensual
• Aumento da atividade das enzimas ATP-PCr
• Aumento da atividade das enzimas gicolíticas
• Aumento das enzimas envolvidas na produção aeróbia de ATP (Ciclo de Krebs)

Adaptações musculares ao treino de força


• Mais unidades motoras recrutadas
• Maior frequência de estimulação das unidades motoras
• Redução da inibição de unidades motoras
• Maior sincronização no recrutamento de unidades motoras
• Aumento do tamanho das células musculares (hipertrofia)
• Possivelmente um pequeno aumento no nºde células (hiperplasia)
• Aumento da força de ligamentos e tendões

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Fisiologia do Exercício

Princípios do treino
Aplicam-se a qualquer desporto, mas a qualquer movimento ou exercicio que seja
preciso reeducar ou treinar, sejam estes:
• Aumento força
• Aumento potência
• Aumento resistência

Exercício 1

a) A Força foi determinada pela quantidade máxima de carga que o atleta foi capaz de
levantar uma única vez (1-RM).
b) A Potencia foi determinada enquanto o atleta desenvolvia o teste de 1-RM da forma
mais rápida que conseguia. Potencia foi calculada como o produto da força (peso
levantado) vezes a distancia percorrida desde o peito até à extensão completa dos
braços (0,6m), dividida pelo tempo que demorou a completar o levantamento.
c) A Resistência muscular foi determinada pelo maior nº de repetições que poderia ser
completado utilizando 75% da 1-RM.
Assumindo a necessidade de optimização nas 3 vertentes, temos que o:
➢ Atleta A – treino força sem perder velocidade
➢ Atleta B – trabalhar velocidade
➢ Atleta C – trabalhar resistência muscular

Princípios básicos do treino


• Individualidade
• Especifidade
• Sobrecarga progressiva
• Uso-desuso ou reversibilidade
• Princípio do dificil e do fácil
• Periorização
Nota: Os 4 primeiros são fundamentais para prescrição de programa de exercicio.

Individualidade
Cada pessoa é diferente e os objetivos para aquele treino também o serão.
O nível de aptidão no início do treino também é diferente entre indivíduos.
Mesmo que os indivíduos sejam gémeos, se a aptidão inicial não é igual, a prescrição
terá de ser diferente. Logo os treinos têm de ser individualizados.
A genética influencia o ponto de partida e também a capacidade de resposta ao
programa de treino logo o produto final.
Há 4 diferentes tipos de resposta e aptidão:
• Nível mais alto de aptidão física que respondem muito bem ao programa, logo
respondem muito bem ao programa de treino
• Mesmo nível de aptidão física, mas que têm pior resposta ao treino

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Fisiologia do Exercício

•Indivíduos com aptidão mais baixa que respondem muito bem


•Indivíduos c aptidão mais baixa que respondem menos bem
Isto relaciona-se com genética, nutrição, próprio metabolismo, a
componente central e a resposta endócrina, entre outros fatores.

Especifidade
Prescrição tem de ser especifica para a atividade, volume e intensidade.
Qualquer programa de treino tem objetivo stressar/estimular sistemas fisiológicos
fundamentais para desempenho ideal.
Treino de força VS resistência VS flexibilidade
Cada individuo tem um programa de treino mesmo que trabalhe em grupo.

Uso-desuso ou reversibilidade
Princípio que justifica que quando as pessoas vão de férias perdem o que
ganharam durante o ano. Apesar de tudo não volta para o 0%.
Para quem treina regularmente é muito mais fácil recuperar as adaptações
comparando com alguém que não treina tanto (e que teve menores adaptações).

Princípio da sobrecarga progressiva


A partir de determinado momento tem que se aumentar a intensidade da carga
ou as repetições, ou sejam, o volume para se conseguir aumentar a força. Este
volume tem que se aumentar aos níveis iniciais de treino progressivamente.
Se aumentar frequência, intensidade ou duração há também aumento do
volume.

Princípio do dificil e do fácil


Não queremos entrar em sobretreino!
Um ou dois dias de treino intenso devem ser seguidos por um dia de treino
fácil, permitindo que o corpo e a mente se recuperem completamente antes do
próximo dia de treino mais intenso. O dia fácil proporciona um período de
recuperação ativa.
Logo para trabalhar a força é preciso haver dias com cargas mais baixas ou
foco noutros grupos musculares.

Princípio da periorização
Presente em programas de treino anuais em atletas de competição.

Existem perguntas que temos de fazer antes de prescrever:


• Que grandes grupos musculares vamos exercitar
• Tipo de treino
• Sistema de produção vai ser estimulado
• Prevenção lesões
• Exercícios
• Ordem
• Números serie
• Repouso
• Intensidade da carga
• Percentagem da carga (1RM)
• Velocidade

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Fisiologia do Exercício

➢ Se queremos trabalhar desenvolvimento da força – partir da 1RM chegando a


60/70% na fase inicial, 1 a 3 series de 8 a 12 rep com velocidade leve a
moderada, 2 a 3x por semana
➢ Se queremos trabalhar hipertrofia – 1RM a 70/80%, 1 a 3 series de 8 a 12 rep
➢ Potência – a nível mais avançado – 85/100% da 1RM, 3 a 6 series com menos
repetições com velocidade rápida, 4 a 5x por semana
➢ Resistência muscular – vamos trabalhar muito com isto – número repetições
mais elevado com carga leve (identificamos o tipo de carga a partir da 1RM e
trabalha-se com valores de 30 a 40%, ou pela escala de perceção de esforço,
ou há quem fale a 20/30% do peso do individuo para aquele movimento)
Na outra tabela: Resistência - <70% da 1RM, 12 a 20 rep, 2 a 3 series

O treino tem que ser monitorizado tanto na perceção de esforço como na


resposta e execução do exercicio (com ou sem compensações e porque)
Existem várias metologias de treino desde programas de força, hipertrofia, a
contração estática, programas de core, treino funcional, programas intervalados, etc.
Outras variantes mais recentes em alguns programas:

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Fisiologia do Exercício

• Estimulação elétrica – podem funcionar em situações de maior imobilização –


isto leva a contração supra máxima logo resposta mais intensa no que respeita
ao risco de lesão e dor que não justifica este uso
• Restrição fluxo sanguíneo – impede chegada de O2 e nutrientes e eliminação
de toxinas – parece funcionar em programas de reabilitação – pode funcionar
como fator que despoleta chamada de células satélite, mas o que está provado
como resultados positivos são em cargas leves (30% da 1RM) em pessoas em
reabilitação
• Roupa de compressão – não tem bem resultado, mas pode ser vantajoso pelo
conforto que dão – o dispêndio não justifica o resultado (menor risco de lesões
e estabilidade)

13.12.2021 – aula teórica – A fadiga

É importante distinguir:
• Hipertrofia – aumento volume da fibra muscular, o tamanho e o diâmetro
• Hiperplasia – aumento número de células que pode acontecer eventualmente
por divisão longitudinal das fibras musculares

Fadiga
Nem sempre conseguimos que a produção de força seja correspondente ao
volume de treino e ao exercicio solicitado. Fadiga tem diferentes razões e pode ser
central, periférica ou das duas componentes.
A fadiga pode não ser apenas física/operacional, mas mental, ou seja, relaciona-
se com o SNC e os próprios mecanismos de informação que chegam à fibra muscular.
Refere-se por definição “incapacidade de manter uma determinada tarefa”, que
será maior quanto maior a duração e a intensidade dessa tarefa.
Esta redução da capacidade do músculo em produzir força e potência, a que
vem juntar-se um decréscimo na taxa de produção de força e um aumento do
tempo necessário para o relaxamento implica:
• Redução produção de força em termos quantitativos
• Diminuição velocidade de contração
Embora se diga que não há fadiga periférica sem central, há estudos recentes
que mostram que há essencialmente alterações a nível dos processos de contração
dentro musculo e não só no SNC.
Fadiga – “diminuição da força muscular com o esforço acompanhado pela
sensação de fadiga”
A fadiga desaparece com o repouso e esta fadiga que desaparece passado
algum tempo, como horas, (de forma proporcional ao volume do exercicio e não só à
intensidade) há estudos que mostram que é importante para o aumento do volume
e massa muscular sendo fator desencante para o chamamento/estimular das células
satélites para as fibras musculares.

É um fenómeno complexo e multifatorial, que se relaciona:


• Tipo de músculo e a sua composição de fibras – as I tem menos fadiga
(maior resistência à fadiga) às IIa e às IIb
• Intensidade, tipo e duração do exercício – volume de exercício
• Estado de condicionamento físico dos indivíduos, dieta – alguém muito
treinado entrará menos rapidamente em fadiga

Há 4 causas principais de fadiga:


• Fornecimento inadequado de energia/metabolismo – não tem reservas de
glicogénio suficientes, microcirculação envolvente para fornecer O2 necessário
insuficiente
61
Fadiga - estímulo para o aumento da produção de força
e da massa muscular

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Fisiologia do Exercício

• Acumulação de subprodutos metabólicos – como o ácido lático


Proteínas contrácteis • Falência de mecanismos de contração muscular – por exemplo as
proteínas contrateis têm proteínas que ajudam a manter uma conformação
estável ligadas à linha Z, se estas se quebrarem há falência na forma de
Processos aferentes
contração do próprio sarcómero (nebulina e titina)
ou eferentes • Controlo neural da contração muscular – seja a nível de processos
aferentes ou eferentes

Motivação
Se a nível central a info for “não faz mais”, o SNC não envia a info correta e
não há produção de força. Ou seja, a motivação é também importante, podendo levar
à fadiga mesmo que haja capacidade periférica.
Isto consegue-se verificar com análises da estimulação elétrica que chega ao
músculo. Pediu-se para manter força a 35% da contração voluntária maxima (força
isométrica) o mais tempo possível, quando se analisou a quantidade de estímulos que
chega à placa motor, para manter a mm força isométrica tiveram que aumentar os
estímulos elétricos a esse grupo muscular logo há ponto em que os estímulos que
chegam não são suficientes para haver a contração sendo cd vez mais dificil de fazer
contração.
Músculos têm maior output que o SNC
Origem central Incapacidade de atingir os padrões motores para atingir os níveis requeridos
A origem da fadiga é de origem central quando sabemos que dá para manter a
força durante mais tempo ou mais força do que aquele que está a fazer. Há uma
Incapacidade de ativar os padrões motores para atingir os níveis requeridos ou
objetivados ou antecipados de determinada ação
No geral, atividade motoneurónios diminui durante contrações mantidas.
A fadiga relacionada com os metabolitos pode inibir a atividade dos
motoneurónios via aferente a partir dos músculos fatigados – os metabolitos (acido
lático, CO2) produzidos durante a contração, chegam ao SNC e funcionam como
feedback negativo.
A fadiga é maioritariamente de origem periférica e muitas vezes coincidente
com a de origem central, logo é dificil dizer que provém só de uma origem.

Locais identificados como potencial origem de fadiga muscular


•Comando excitatório sobre os centros superiores – SNC
•Comando excitatório sobre os motoneuronios
•Excitabilidade dos motoneurónios
•Quantidade neurotransmissores enviado pelos motoneurónios que chega à placa motora
e dps ao sarcolema - excitabilidade do sarcolema
•Diminuição da informação neuromuscular
•Acoplamento excitação/contração
•Mecanismo contrátil – por exemplo a neblina sustenta e mantem a organização da
actina e miosina
•Metabolismo energético e acumulação de metabolitos

Mecanismos possíveis causadores de fadiga


•Alterações na amplitude e propagação do potencial de ação ao longo do sarcolema e
tubos
•Recetor dos tubos T sensível às variações de voltagem
•Canais de libertação de Ca2+do retículo sarcoplasmático
•Fatores metabólicos, afetando o funcionamento do retículo sarcoplasmático, as
proteínas reguladoras do miofilamento fino e o ciclo das pontes cruzadas
•Há várias doenças neuromusculares que afetam a produção de força relacionadas com
as razões anteriormente referidas

Origem periférica - dá-se quando os músculos são incapazes de responder com a Atividade dos motoneurónios
mesma performance que tinham antes do exercício que originou a fadiga. Diminui em contrações repetidas
Metabolitos podem inibir a ação dos mesmos
(funcionam como feedback negativo)
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Maioritariamente periférica
Não provem de uma só origem
Central

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Fisiologia do Exercício

Perceção do esforço é maior e inversamente proporcional


Ao longo do tempo há aumento da perceção do esforço
A nível metabólico:
• Falta de PCr e de ATP é uma razão de fadiga em atividades mais precoces
• Depleção das reservas do glicogénio que são limitadas e se esgotam
rapidamente
Quando isto acontece a perceção de esforço é inversamente proporcional: ao
longo do tempo, com o glicogénio a diminuir aumenta a perceção de esforço.
Aumento da utilização de hidratos
Fadiga e subprodutos metabólicos Dificulta a função muscular
• Calor altera a taxa metabólica basal Tempo até atingir a fadiga depende da temperatura ambiente
o Aumenta taxa de utilização de hidratos – estes produzem menos ATP e
produzem outros subprodutos metabólicos, pelo que os lípidos são
preferíveis!
o Calor retido pelo corpo, aumenta temperatura corpo
o Aumento temperatura muscular pode dificultar a função muscular
• Tempo para a fadiga altera-se com temperatura ambiente
11ºC: tempo até exaustão é mais prolongado – lentifica processos metabólicos
31ºC: atinge mais rapidamente exaustão
Não se deve fazer exercicio a temperaturas muitas
altas (meio-dia no verão por exemplo), e a muito muito baixas
também não, mas a 11º é a temperatura onde individuo
demora mais tempo a atingir fadiga.

A recuperação da fadiga pode ter:


• Componente rápido – menos de 2 min de descanso
Menos de 2 min – relacionado com níveis de fosfocreatina
(níveis de fosfocreatina)
• Componente lento – entre horas e dias – relacionado
com reposição de metabolitos produtores de energia
Horas ou dias e com algumas consequências que possam acontecer
Reposição de metabolitos a nível da fibra muscular como dor e edema
produtores de energia
A força declina mais rapidamente do que a velocidade de produção da força. A
potência fica mais comprometida que as anteriores.
Força declina mais que a Músculos predominantemente oxidativos (ex: solhar) são mais resistentes á
velocidade fadiga do que os músculos predominantemente rápidos (ex. tibial anterior). Um dos
Potência ainda mais
músculos mais resistentes à fadiga é o diafragma, enquanto o tibial anterior se cansa
rapidamente.
Quando se faz exercício exigente ou prolongado no tempo, diminui a capacidade
de produção de força e isto pode estar relacionado com dor, fadiga e lesão.

Dor Muscular de início retardado – DMIR


Esta dor pode ser responsável pela incapacidade de produção de força e pode
ser sentida em qualquer altura, durante ou imediatamente a seguir ao exercício, mas
esta tem razões perfeitamente explicáveis. Quando esta dor aparece 1 a 2 dias mais
tarde tem uma razão diferente
A dor sentida do momento/aguda, não tem que haver uma lesão, mas se
levarmos grupo muscular ao limite paramos porque dói ou somos incapazes de contrair.
Esta desaparece em minutos ou horas e pode ter a ver com:
• acumulação de acido lático, mas também sabemos que esta dor tem razões
para desaparecer em minutos ou horas e que o acido lático pode ser aproveitado
noutros sistemas energéticos e noutros tipos de músculos, sendo metabolizado
em algumas horas
• a acumulação de plasma a nível intersticial – edema – que estimula terminações
nervosas e leva a dor, mas isto é imediato

Dor do momento aguda


Oxidativos - mais resistentes à fadiga do que os rápidos Acumulação de ácido láctico
Um dos mais resistentes é o diafragma. 63 Acumulação de plasma a nível intersticial (edema)
Que pode estimular terminações nervosas e provocar dor.

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Fisiologia do Exercício

Excêntricos
Dor e edema horas após A dor muscular de início tardio é a que parece no dia seguir e pode demorar
dias a desaparecer. É mais frequente em exercícios excêntricos, é responsável por
dor e edema horas depois do exercicio (não nas horas essenciais), não tem a ver
com níveis séricos de lactato, mas tem várias razões (umas com mais peso que outras):
• Teoria espasmo muscular – aumento atividade muscular em repouso após
exercicio – proteínas contrateis como se estivessem em tensão como se actina
e miosina estivessem em processo de semi-contração
• Teoria do acido lático – não pode ser porque na verdade o ácido lático 1hora
depois volta aos níveis pré-exercício
• Lesão tecido conjuntivo – não é consensual uma vez que as fibras I são mais
robustas e as lesões por estiramento ocorrem mais nas tipo II são maiores
• Inflamação – edema, infiltração de células inflamatórias após exercícios
excêntricos essencialmente, mas não justifica que se mantenha durante dias
• Produção enzimática - Lesão do sarcolema com acumulação de Ca e inibição
da respiração celulardegradação proteica na linha Z
Lesão da linha Z • Tensão lesão muscular – lesão na linha Z mais frequente após exercício, mais
Importante para o
aumenta da massa e frequente no excêntrico
volume muscular Há teorias mais fortes que as outras, nomeadamente a da lesão muscular, mas
não há consenso.
Sinal para as células Muitas análises por microscópio eletrónico mostram de facto esta lesão da linha
satélites entrarem
na fibra. Z, podendo acontecer tanto exercício concêntrico e excêntrico (sendo mais frequente
neste). Há estudos que dizem que dentro de determinados limites isto é importante para
o aumento do volume da massa muscular, logo no dia a seguir não queremos que a
pessoa sinta dor mas algum desconforto o que significará que existiriam algumas
lesões. Isto pode ser sinal para as células satélites entrarem na fibra muscular e
assim contribuir para a hipertrofia e aumento da produção de força.

Ao longo do tempo as alterações que existem com o treino, e que se podem


manter em 2/3 semanas, são: fraqueza, falta de glicogénio, dor, edema, creatina cinase
plasmática, dano ultraestrutural – sendo que estão na origem desta DMIR.
Análise dos gráficos comparando exercicio concêntrico com excêntrico:
• perde-se menos valor da contração voluntária maxima no exercicio concêntrico
do que no excêntrico e recuperação é mais rápida no concêntrico.
• após exercício há diminuição da amplitude de movimento, sendo a perda maior
no exercicio excêntrico e a recuperação mais demorada também
• a seguir ao exercicio, o volume muscular está alterado porque há edema (não
hipertrofia). O exercicio excêntrico contribui para maior volume muscular do que
exercicio concêntrico.
• quando levamos musculo a fadiga, no dia a seguir há dor. O grau da dor é maior
no exercicio excêntrico também.
Recuperação mais rápida no
concêntrico
Menor diminuição da amplitude de
movimento no concêntrico
Menor volume muscular no
concêntrico devido ao edema
Menor grau de dor no dia seguinte
com o concêntrico

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Inicialmente concêntrico e levar ao limite e depois começamos o trabelho excêntrico para atingir valores mais elevados de produção de força
Isto diz-nos que para haver trabalho muscular e aumento da força muscular
temos que levar músculo ao limite e devemos primeiramente preferir trabalho
concêntrico para determinado trabalho e só no final é que vamos buscar trabalhos
excêntrico para atingir valores mais elevados de produção de força (sendo que aqui o
risco de lesão está mais elevado).

A DMIR tem como consequências a diminuição de produção de força e esta


perda deve-se a:
• Lesão estrutural, especialmente ultraestrutural por ser a nível da linha z ou das
proteínas fixas na linha Z
• Falha formação de pontes cruzadas – parece ser dos aspetos mais
importantes
• Perda de proteínas contráteis

Prevenir/tratar/minimizar a DMIR:
• Reduzir a componente excêntrica durante treino inicial
• Iniciar treino com baixa intensidade e aumento gradual
• Iniciar com sessão de exercicio de ação excêntrica exaustiva e de alta
intensidade, a qual provoca muita dor inicialmente, mas reduz as dores futuras
– stor não recomenda!
Há estudos que dizem que esta dor pode estar associada a lesão do sarcómero
pode estimular e chamar as células satélites e aí hipertrofia e aumento produção força.
Assim, a DMIR é também uma causa para fadiga.
Ver tabela das causas da fadiga (já escreveste isto algures antes).

Sobrecarga e sobretreino
A sobrecarga no treino é fundamental para haver adaptações e respostas, mas
é diferente de sobretreino, que queremos evitar. Quando trabalhamos bem o grupo
muscular (carga adequada) há fadiga que pode demorar minutos ou horas sendo
reversível (conseguindo replicar o mesmo treino de força 2 dias depois).
O sobretreino é algo que se vai traduzir em aspetos negativos na produção de
força e na performance no seu total.
Tendo três hipóteses treino:
• Aumentar carga progressivamente e gradualmente conforme resultados até
atingir objetivo - isto seria o ideal mas não é o que acontece
• Se a carga inicial for demasiado elevada melhora-se até um ponto até que a
partir dai a produção de força não aumenta apesar de aumentar a carga
• Treinos com dias de repouso ativo ou diminuição carga e depois aumento da
carga leva a aumento gradual de força – é com o que trabalhamos na verdade
No sobretreino há uma má adaptação fisiológica e diminuição da
performance que podem durar dias, semanas ou mesmo meses.
A sobrecarga leva também à fadiga e o sobretreino também. Mas na sobrecarga
2 dias depois está tudo recuperado enquanto no sobretreino pode levar dias a recuperar
ou ser mesmo irrecuperável.
Sobrecarga - 2 dias
Sinais comuns de sobretreino Sobretreino - pode levar dias
(não têm que existir todos ao mesmo tempo)
• Exercício não agradável – menor motivação
• Reduzida capacidade para o treino (fadiga precoce)
• Perda de motivação e vigor
• Sentimentos de depressão
• Diminuição da força
• Redução da coordenação
• Perda de apetite
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Fisiologia do Exercício

• Perda de peso
• Distúrbios do sono
• Irritabilidade
• Incapacidade de concentração
• FC repouso aumentada ou diminuída – longe da alteração esperada
• PA aumentada ou diminuída
• Constipações frequentes - alterações imunitárias nos atletas que conduzem a
aumento das vias respiratórias extratorácica
• Fadiga/dor muscular frequente
• Ciclos menstruais irregulares
• Lesões de esforço frequentes

Causas sobretreino podem incluir:


• Neurotransmissores cerebrais
• Estruturas cerebrais
• Função nervo motor
• Respostas hormonais
• Respostas imunes
• Função muscular

Portanto, na sobrecarga a fadiga é reversível enquanto no sobretreino pode não


ser recuperar, demorar semanas/meses a passar e até precisar de
acompanhamento/apoio psicológico (falando de situações de extremas de competição).

Destreino/retenção de ganhos
Não devo treinar todos os dias, mas quando muito se vai de férias ou se deixa
de treinar por qualquer razão há uma perda das adaptações induzidas pelo treino. Esta
perda das adaptações induzidas pelo treino pode ser parcial ou completa devido à
cessação ou redução do treino.
Diferentes taxas de perda de força e potência
Causas:
• Atrofia (imobilização)
• Capacidade reduzida para recrutar fibra musculares
• Alteração da razão entre a síntese e a degradação proteica
Parece que exercícios de intensidade leve minimiza
estas perdas.
Perde-se mais rapidamente a resistência muscular e isto
observa-se com 2 semanas de inatividade.
As enzimas oxidativas diminuem cerca de 40% com
ausência do exercicio.
Análise do gráfico: Percentagem de perda no VO2max,
atividade da sucinatodesidrogenase muscular (SDH) e atividade
da citocromo oxidase durante 6 semanas de destreino. Estes
dados sugerem que o musculo experiencía um declínio no
potencial metabólico, apesar dos testes de VO2max mostrarem
pequenas alterações ao longo deste período de destreino. Perda
é maior a partir das 2 semanas, sendo que as enzimas oxidativas
perdem-se muito rapidamente
As reservas de glicogénio diminuem até 40%
Se fizermos teste de resposta ao exercicio semanalmente durante o destreino
há acumulação de lactato no sangue, o bicarbonato diminui e o pH também.

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Comparando indivíduos treinados com não treinados:


• Quando não é treinado não perde nada
• Quem treina perde significativamente reservas de glicogénio, mas nunca
chegam a 0, sendo também mais rápido de recuperar
As perdas induzidas pelo destreino são pequenas para a agilidade e a
velocidade, mas a flexibilidade parece perder-se muito rapidamente. Isto é ainda mais
preocupante nos idosos porque também perdem flexibilidade com a idade.

Para prevenir perdas na condição física:


• Os estudos mostram que sabendo que se a frequência for inferior a 2/3 do que
faz perde-se adaptações
• Treino a 70% (intensidade moderada) do VO2 máx 3x por semana é suficiente
para manter a capacidade aeróbia máxima – programas de manutenção são
importantes

20.12.2021 – aula teórica – envelhicimento e composição corporal

O exercicio é muito importante neste evento uma vez que a sua classificação tem
muitos parâmetros fisiológicos que justificam a sua perda ou não perda (se exercicio
incluído).
Há vários fatores que temos de ter em conta:
• Perdemos preferencialmente fibras do tipo II com o envelhecimento (são as
que mais se perdem, não as únicas) – então com o envelhecimento somos
capazes de fazer mais atividade de resistência do que força e potência
• A massa muscular começa a perder-se a partir dos 30 anos com taxa maior
a partir dos 50 anos e depois 80, logo a força tb diminui
• Perdemos também capacidade aeróbia e a nível central não há tanta
sustentação para trabalho muscular
• Qualidade óssea mais frágil – osteopenia que progressivamente leva a
osteoporose (avalia pela quantidade de osso por centímetro quadrado,
aparecendo em p-score (Desvio padrão face a valores de média)), osteoporose
com valores de 2.5
• Informação nervosa e informação efetora – leva a diminuição de força e eficácia
muscular
Perda gradual da massa óssea
Envelhecimento
Sarcopénia
Perda de massa, força e qualidade do músculo esquelético, que ocorre com o
envelhecimento, essencialmente de músculo esquelético
Documento europeu classifica sarcopénia segundo conceitos avaliáveis em
fisiologia do exercício:
• Massa muscular – avaliada pela densitometria/absosiómetria de duplo raiox
que avalia osso e tecidos moles, DEXA (dai tiramos valor da massa muscular e
dividimos por altura para ver se está dentro do valor de coorte), ou por
bioimpedância
DXA (apendicular) –H=7,25Kg/m2; M=5,67Kg/m2
BIA (total) –H=8,87 Kg/m2; M=6,42 Kg/m2
• Força muscular – avaliada através da força de preensão e tempo que
demoro a levantar e sentar 5 vezes da cadeira continuamente
Preensão –H<30kg; M<20kg
• Velocidade da marcha – precisamos de músculos ágeis para fazer percurso
com velocidade adequada – abaixo dos 0,8m/s diz que algo na função e
qualidade muscular não está correta

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

• Short Performance Physical Battery – pontuação inferior a 8


• Time up and go – sentar na cadeira e tempo entre levantar, andar 3 metros,
andar à volta de cone e voltar a sentar – superior a 20 seg é nivel de corte
• 400m walking – não completar os 400m ou demorar mais de 6 min – teste de
6min de marcha com menos de 400m tb será teste diagnóstico de sarcopénia

Acumulação progressiva de alterações, que ocorrem ao longo do tempo,


associadas ao, ou responsáveis pelo, aumento da susceptibilidade à doença e à morte,
que acompanham o avançar da idade, assim as manifestações acontecem a
velocidades diferentes nas pessoas porque somos todos diferentes e muito deste
processo está sob regulação genética sendo que existem influências ambientais.
A perda de massa muscular é seletiva e maior para as fibras tipo II rápidas e
isto verifica-se no seu número, mas também na aparência e distribuição (espessura)
acabando por fazer intramuscularmente zonas de gorduras. Se há menos fibras e
menos eficientes há problema de produção de força.
Assim, o peso aos 50 anos é inferior ao peso aos 30 anos, mesmo que o volume
possa ser maior, porque a massa muscular é mais pesada que a massa gorda.

• O número e tamanho das fibras diminui com a idade.


o Tamanho de ambas as fibras tipo I e tipo II diminui
o Perda de 10% por década após os 50 anos de idade
• Treino aeróbio/endurance não tem impacto no declínio da perda de massa
muscular – tem que ser complementado com treino de força e resistência porque
este não está dirigido para a massa muscular
• Treino muscular aumenta atrofia muscular com aumento de área de secção
transversal muscular.
Com o envelhecimento o treino de força e resistência muscular é imprescindível.
Por muito bom que seja o treino, pode aumentar força, mas massa muscular não
aumenta proporcionalmente, sendo a taxa de perda menor com o exercício.
• Se há perdas das fibras tipo II também se perde os motoneurónios deste tipo
de fibras musculares. Isto leva a maior lentidão de exercicio, sendo menor
quando individuo pratica atividade física.

Fibras tipo II atrofiam a um ritmo mais Existência de maior percentagem de fibras do


elevado que as fibras do tipo I tipo I

As fibras que se perdem são


substituídas por tecido adiposo e por Ilhas de gordura entre as células musculares
tecido conjuntivo

Componentes na perda e manutenção de massa muscular:


• Genética
• Ativação SNC seja a nível dos neurotransmissores ou motoneurónios
• Atividade física e nutrição
• Fatores ambientais
• Influências endócrinas – exercicio física tb diminui esta componente

3 cortes de braços de homens diferentes com 57 anos: sedentário, natação


e treino força – zona cinzenta é massa magra e mais escura é massa gorda, vemos
claramente que ser sedentário leva a perda de massa magra e aumento de gordura
Estudos:
• A nivel da massa muscular esta perde-se, mas os homens perdem mais
rapidamente a partir dos 50 anos do que as mulheres

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Fisiologia do Exercício

• Não é perdida uniformemente em todos os músculos e as dos MI perde-se


Excêntrica perde-se mais rapidamente do que a dos MS e tronco, isto acontece porque com o
menos que concêntrica envelhecimento há tendência para andar menos e trabalhar menos com as
e isométrica
pernas e além disso perde-se mais facilmente e rapidamente as fibras e músculo
que eram mais usados
• A força excêntrica perde-se um pouco menos que as concêntricas ou
isométrica, mas não há razão clara para isto, contudo é importante sabermos
Perda da produção de isto na prescrição de exercícios
força e número de unidades
motoras ativadas.
Treino de resistência:
• Ajuda a diminuir as perdas de massa muscular associadas com a idade
• Melhora a qualidade de vida e a saúde
• Ajuda a prevenir as quedas dada a importância da força muscular

Analisando força isométrica do quadricipete e perna ao longo da vida:


diminuição valores máximos ao longo das idades – tanto ao nivel de produção de força
como número de unidades motoras ativadas - há perda de info que chega à massa
muscular, perde-se vias aferentes e eferentes pelo que chega muito menos informação
Contudo, nos indivíduos treinados a taxa de perda é menor, porque os valores à
partida são diferentes, mas também porque a taxa de perda é diferente entre
sedentários e quem treina
A força isométrica mantém-se melhor que a força dinâmica enquanto a
excêntrica se mantém melhor que a concêntrica!
Os músculos proximais da anca e da coxa são ainda mais afetados pela atrofia
muscular e declínio da força – músculos associados à marcha

Dentro da fibra há diminuição do volume do reticulo sarcoplasmático, logo


menos cálcio há menor rapidez de contração, e há também diminuição
velocidade da bomba de cálcio então contração demora mais tempo a atingir
pico de força e a voltar ao estádio basal o que diminui tolerância ao exercício.

Estudo transversal: com mais de 6000 indivíduos com idade superiores a 70


anos verificou-se que:
• 26% não conseguia subir sequer um lanço de escadas sem parar
• 31% tinha dificuldades em levantar/carregar um saco de mercearias com cerca
de 10lb (5kg)
• 36% referiram problemas/dificuldades em andar vários quarteirões
Estudo: força de preensão declina ao longo da vida tanto para homens como
mulheres
Estudo de indivíduos de centro de dia: Ao contrário dos outros parâmetros,
em que os indivíduos com treino tinham melhor performance, a força de preensão
diminui mais nos indivíduos que fazem exercícios (como natação) do que os sedentários
(que ficavam a jogar às cartas, fazer tricot – estimulavam este trabalho muscular
específico) – ligado com princípio da especifidade

Alterações neurais:
• Alterações coordenação intra e intermuscular
• Alterações atividade reflexa
• Alterações processamento sensorial
• Perda unidades motoras
• Remodelação no grupo muscular

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Fisiologia do Exercício

Alterações hormonal:
• Influencia taxa de síntese e degradação proteica
• Interleucina e Fator necrose tumoral – contribuem para destruição/catabolismo
massa magra com inflamação crónica
• Mioquinas – susbtâncias libertadas pelo musculo em exercicio – interleucinas
como IL 6 produzida pelo musculo tem efeito oposto e são até anti-inflamatórias
• Dados experimentais indicam diminuição progressiva com a idade da taxa de
síntese de proteínas contrácteis (cadeia pesada de miosina) mas não da taxa de
síntese de outras proteínas da fibra muscular.
• Diminuição da síntese de proteínas contrácteis positivamente correlacionada
com a diminuição dos níveis circulantes de testoterona, insulin-like-growth factor-
I e dihidroepiandrosterona.
• Desequilibrio entre hormonas anabólicas e catabólicas (por ex o cortisol)
• Inflamação crónica com níveis elevados de IL-6, IL-1 e TNF- contribui para o
catabolismo da massa magra.
• As fibras tipo II parecem ser mais vulneráveis á atrofia induzida pela inflamação
crónica do que as fibras tipo

Treino de força
Regra simples: basta os idosos mais frágeis serem solicitados a levantarem-se de uma
cadeira, ficarem em pé com olhos fechados, abrir olhos e andar na sala (coisa básicas
de AVD) se:
• tem dificuldades a levantar da cadeira ou precisa dos braços - tem que fazer
força primeiramente;
• dificuldade de equilíbrio faz exercícios de equilíbrio;
• os dois testes são feitos sem dificuldade vão fazer treino de endurance e
trabalhar capacidade aeróbia

Assim temos de ter:


• Preocupação fundamental com grupos musculares do eixo do corpo (core):
extensores da coluna, abdominais, extensores do membro inferior e músculos
com acção na cintura escapular
• Atenção especial à força rápida ou potencia
• O trabalho de força não deve ser feito exclusivamente com recurso a máquinas
– são pouco eficazes ao nível de processos como a coordenação intermuscular,
a sensibilidade muscular ou o controlo do movimento. As máquinas não devem
substituir totalmente os exercícios com pesos livres e os exercícios que utilizem
o peso do próprio corpo, principalmente para os grandes grupos musculares.
• Fundamental desenvolver a força funcional recorrendo a situações similares a
tarefas do quotidiano nas quais a musculatura do membro inferior trabalha em
cadeia cinética fechada.(Treino Funcional)
• Garantir que se utiliza o máximo de amplitude do movimento durante a
execução dos exercícios de força, melhorando também a flexibilidade.

Guidelines
• Treino aeróbio como base
• Treino de força para tentar aumentar massa muscular dentro do possível
• Atividades para melhorar flexibilidade, equilíbrio, agilidade
• 2horas e meia de atividade moderada
• Treino força 2x semana
• Menos de 10 min não serve para nada – tempo necessário para predominar
exercicio aeróbio e porque não se encontraram benefícios com duração inferior
• Riscos controlados e com motivação

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Fisiologia do Exercício

• Programas de treino devem enfatizar treino aeróbio básico; exercícios para


melhorar a força e a massa muscular e atividades que melhorem a flexibilidade,
o equilíbrio e a agilidade
• Para os que conseguirem efetuar atividades mais vigorosas, recomenda-se
1h15min de atividade idêntica ao jogging ou á corrida, mais treino de força duas
vezes por semana
• Benefícios ainda maiores serão conseguidos duplicando a duração total semanal
de exercício.
• Completar pelo menos 2h30 min de atividade física de intensidade moderada
(ex: marcha rápida) + treino de força pelo menos 2x por semana, para todos os
grandes grupos musculares.
• Exercitar-se pelo menos 10mim de cada vez associa-se com melhorias
funcionais e da saúde
• Andar, bicicleta, natação e outras atividades de características continuas são
bons pontos de partida para melhorar a capacidade aeróbia
• Exercícios utilizando o peso corporal são exemplos de exercícios de resistência
que podem melhorar a capacidade funcional e a força muscular e podem ajudar
a prepara para exercícios de mais elevada intensidade com badas elásticas,
pesos livres e outros equipamentos ou simplesmente serem uma forma de
continuar a exercitar em casa.
• Classes de fitness de qualquer tipologia incluindo o Yoga são também
adequadas para motivarem idosos

O envelhecimento diminui a capacidade do sistea nervoso para detetar estímulos,


processat informação e ativat músculos para produzir uma resposta. Os movimento
tanto simples como complexos são mais lentos com o envelhicimento. Logo, em
indivíduos que se mantém fisicamente ativos esta lentidão motora é apenas ligeiramente
superior à dos indivíduos ativos mais jovens
A redução dos motoneurónios  juntamente com a atrofia das fibras musculares,
reduz o tamanho de cada unidade motora no músculo esquelético e consequentemente
da força produzida
Temos cada vez mais idosos pelo que temos de pensar ainda mais na atividade
física, Portugal é o pais da UE com os níveis mais elevados de sedentarismo. Segundo
dados do último World Health Report, a inactividade física contribui com 3,3% para o
peso da doença. Cerca de 3/4 da população com 15 anos ou mais descreve a sua
principal actividade de tempos livres como ler, ver televisão ou outras actividades
sedentárias.
Independentemente da idade que começamos a ser mais ativos, os resultados
de qualidade de vida são sempre positivos, seja em atividades de resistência ou de
potência

Recomendações:
• Sono adequado, 7 a 8 h
• Bom pequeno-almoço Redução dos motoneurónios
Atrofia das fibras musculares
• Refeições equilibradas e regulares Redução do tamanho
• Controlar peso UM
• Ausência hábitos tabágicos Menor força produzida
• Consumo moderado de álcool
• Exercicio regular

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Fisiologia do Exercício

Performances nos diferentes desportos

Natação Ciclismo Halterofilismo


•Diminui com a idade •O pico é entre os 25 e •O pico é entre os 25 e
•O declínio é mais os 35 anos de idade os 35 anos
acentuados após os •A velocidade diminui •Após a chegada a
70 anos cerca de 0,7% por este patamar de
•O declínio é maior em década idades a força
mulheres que em começa a diminuir
homens - isto pode se cerca de 1,8% por
dever à composição ano
corporal de cada um

Composição corporal
É importante perceber que a composição está associada à melhor aptidão física.
Existem 5 componentes da aptidão física relacionadas com a saúde: capacidade
aeróbia, força muscular, flexibilidade, resistência muscular e composição corporal.
Baseia-se na separação do peso corporal total em diversos compartimentos, cuja soma
é igual ao peso corporal.
A composição corporal pode falar-nos de osso, gordura, musculo, etc. Há várias
formas para estudar composição corporal como a primeira e mais simples a ser usada,
em que divide o corpo em massa gorda e massa isenta de gordura - modelo
bicompartimental
Massa magra/isenta de gordura (MIG) – componente óssea, muscular, água,
Massa gorda associada a muitas doenças relacionada com estilos de vida atuais
pelo que é importante perceber

Avaliação da composição corporal:


• Classificar a percentagem de massa gorda e o seu risco de doença
• Importante saber esta composição para prescrever exercicio adequado,
• utilizado também em atletas
• para monitorizar crescimento correto de crianças e adolescentes (desequilíbrio
pode estar associado a doenças que se apresentam em crianças que se
complicam quando mais velhos!).

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Fisiologia do Exercício

• Peso e altura não são suficientes para saber nivel de aptidão física da
componente de composição corporal. Em 99,9% dos casos maior percentagem
gordura implica menor performance, exceto no sumo.
• Estimar um peso corporal saudável e formular recomendações nutricionais e
prescrição para exercício.
• Estimar um peso corporal competitivo para os atletas que participam em
desportos que usam classificações baseadas no peso corporal para competição
(ex: wrestling, bodybuilding, judo, etc.)
• Monitorizar o crescimento de crianças e adolescentes e identificar os que estão
em risco devido a obesidade/sobrecarga ponderal ou déficit de peso
(anorexia??) - desequilíbrio pode estar associado a doenças que se apresentam
em crianças que se complicam quando mais velhos

Homem e mulher de referência de Bencke

Modelo teórico que se baseia nas dimensões físicas


médias obtidas de mensurações antropométricas em milhares de
indivíduos e é uma compilação de muitos relatórios de
investigação e é periodicamente actualizado
O homem de referencia actual tem entre 20 e 30 anos,
pesa cerca de 70 kg e tem cerca de 170 cm de altura e vive num
clima que varia em média entre os 10º e os 20º .
É caucasiano e europeu ocidental ou norte americano no
que respeita aos hábitos e costumes.

Métodos laboratoriais
Para avaliar composição - mais objetivos, informação mais
precisa mas nem sempre são acessíveis na pratica diária

Pesagem hidrostática
É uma técnica rara
Baseada no principio de Arquimedes: “Qualquer corpo
mergulhado num líquido recebe da parte deste uma impulsão
vertical de baixo para cima, e cuja intensidade é igual à massa de líquido deslocada”
A densidade corporal total é função das respectivas quantidades de músculo
(proteína), osso (mineral ósseo), água e gordura no corpo.
• Músculo mais pesado que a água
• Gordura menos pesada que a água Limitações
Avaliação do volume corporal e por equações ➢ Material dispendioso
estimar a percentagem massa magra e massa gorda ➢ Volume residual
segundo princípio Arquimedes ➢ Submersão da cabeça
Não há assim laboratórios a fazer isto ➢ Conversão da densidade corporal
Método tem de ser muito preciso e tem fatores para a % de gordura
como volume ar dos pulmões ➢ Densidade da massa magra
A massa magra na raça negra é mais densa e diferente entre populações
entre indivíduos também será diferente logo isto é fator
que pode alterar resultados finais
• Estimação de água corporal através de isótopos de hidrogénio como o
Deutério (D3) – forma de referência e mais estudada, mas não é assim acessível
com riscos associados de trabalhar com isótopos
D3 associa-se a creatina e é medido depois na urina sendo forma promissora de
calcular massa muscular
• Estimação de potássio corporal

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Fisiologia do Exercício

• Pletismografia – avalia descolamento do ar e densitométrica (densidade das


diferentes componentes do corpo) – fácil para o sujeito, dificil para operador e
dispendiosa
• DEXA – absorciometria de duplo raio x – gold standard!
Quantifica osso e tecidos moles, mas dá também quantidade de massa magra e
gorda para além do osso conseguindo dizer isto a nivel global ou em regiões de
interesse (abdominal, em cada membro)
Precisa-se: 10 a 20 min, individuo bem posicionado e dados bem metidos
Dá área, conteúdo mineral ósseo, densidade mineral óssea (que se avalia mais
a nível do colo do fémur e coluna lombar relacionado com o estudo de risco de
fratura com a queda)
Dá vários scores (T para população total e Z para população da mesma idade
e género) e quão longe está previsto para a idade
Dá quantidade de gordura total ou de região de interesse, massa magra e
conteúdo mineral ósseo, percentagem gordura

Métodos de terreno/ analíticos não laboratoriais


Antropometria
• Medição pregas – mais utilizadas e reconhecidas dentro destas medidas
antropométricas, recorrem à existência de adipómetros ou
plissómetros e mede-se em regiões bem definidas e pelo menos 3
pregas,
Valores em mm são colocados em equações complexas e validadas com
elevada fidedignidade
Certificação ISAK – ensina e dá cursos para isto
Ainda não existe equação validada para idosos porque estes têm pele
mais flácida e há perda de elasticidade com envelhecimento pelo que valor pode
não ser equivalente à gordura, além disso com esta medição medimos gordura
fora do músculo, mas nos idosos há muita gordura intramuscular nos espaços
que perderam miofibrilhas logo só se mede gordura fora do músculo
• Perímetros – fita antropométrica
São também apropriadas nas pessoas obesas, para determinar os
padrões de distribuição da gordura no organismo assim como as
modificações observadas na gordura corporal durante uma redução
ponderal
Pode ser utilizada uma escala de diagnóstico de risco de sarcopénia
chamada SARC-calf
Perímetro cintura só por si funciona indicador de risco de doença havendo
valores de corte para perímetro da cintura que andam 70-80cm para mulheres e
80-90cm para homens
A gordura perivisceral ditada e mostrada no perímetro da cintura tem fator
aterogénico muito elevado de doenças cardiovasculares, sendo aqui que o
exercicio atua mais rapidamente. A gordura perivisceral pode ser avaliada pelo
perimetro da cintura como pelo índice cintura-anca. Associado com IMC pode-
nos dar relação de risco de doenças cardiovasculares e HTA (não existe se IMC
inferior a 24,9 e perimetro cintura inferior a 88 ou 102 para homens)
• Diâmetros – antropometros específicos
• Comprimentos - antropometros específicos - tamanho esqueleto está
relacionado com massa magra dai dizermos que pessoas mais altas têm
mais massa magra

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Fisiologia do Exercício

Índice massa corporal


Muito bom, utilizado em populações clínicas, mas não serve para atletas (Atletas
são mais pesados porque têm mais massa magra, dando IMC mais elevado o que diria
que têm sobrecarga ponderal aproximando-se de risco de doença cardiovascular de
forma errada e viciada)
Representa o quociente entre o peso em quilogramas e o quadrado da altura em
metros.
Tem boa correlação com a mortalidade e a morbilidade gerais e/ou relacionadas
com diversas patologias, permitindo uma estratificação de riscos Permite a variação
individual dentro de cada zona de risco.
Correlaciona-se bem com a quantidade de massa gorda, que na população geral
pode ser predita por ele Permite avaliar variação individual dentro de zona risco dando
valores que idealmente se sitiam entre
19,6 e 24,4 dizendo que tem peso
ótimo e relação entre peso e altura
IMC aumentado aumenta risco
de doença cardiovascular, e pessoas
muito mais magras (abaixo 18) têm
também risco muito elevado e mais do
que pessoas com obesidade ligeira
IMC deve de ser apresentado
em todos os estudos clínicos

Massa magra - Ter muito


musculo não dá resistencia aerobia
Godura corporal relativa - Faz falta

Rácio ou índice cintura/anca


Nivel da circunferência mais estreita do abdómen a dividir pelo perímetro
medido da maior circunferência da região nadegueira
Deve ser inferior a 0,9 nos homens e 0,7 nas mulheres – relaciona-se com
deposição de gordura em que os homens depositam gordura mais perivisceral (Tronco
e ab) enquanto as senhoras é mais a nivel da anca. A gordura perivisceral tem relação
mais direta com risco cardiovascular uma vez que vai afetar órgãos ao comprimi-los e
complicando o seu funcionamento, para alem de que pode condicionar em termos
circulatórios por entrar na corrente sanguínea

Bioimpedância
Passagem de corrente elétrica pelas diferentes componentes do organismo e o
tempo que leva a passar é traduzido em diferentes equações que dão quantidade
de água, musculo, gordura e osso

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Fisiologia do Exercício

Há diferentes instrumentos e é mais fidedigno se passar nos dois braços e dois


pés – tetrapolares são as usadas para investigação!!!
Os que há nos ginásios e farmácias que são só de mãos – estima massa total
baseado nos valores de metade do corpo
Há tabelas de valores de massa gorda e valores de risco, mas não tanto de
massa magra. Segundo um autor, a massa gorda para homens deve andar entre 10 e
20% e para mulheres entre 15 e 25%, enquanto Heyward dá valores médios de 15 e
23%
A perda de peso ótimo está associada a perda de massa gordura e aumento
ou manter massa magra, feito através de exercicio com nutrição.
Evitar dietas porque causa mais perda de água e de musculo e menos perda de
gordura.
Não querer perder tudo em 2 dias.
Em suma:
• Electrodos no tornozelo, pés, punho e mãos
• Corrente electrica passa de locais proximais para locais distais
• Massa isenta de gordura bom condutor; gordura mau condutor
• Diferentes níveis de fidedignidade para diferentes equipamentos
• Identifica massa muscular ou massa magra

Nutrição e desporto
• Equilibrio de macronutrientes recomendado
o Hidratos de carbono: 55 a 60% das kilocalorias diárias
o Gordura: <35% (<10% saturadas)
o Proteina: 10 to 15%
• Optimo tanto para a performance como
• para a saúde

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Daniela Tavares nº2020695 2021/2022


Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
2º ano da Licenciatura em Fisioterapia

Fisiologia do Exercício
PRÁTICA
2021/2022

Docentes: Teresa Tomás, Hermínia Dias; Patrícia Mota (prática)


Discente: Daniela Tavares n.º2020695
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

Índice
PRÁTICA ............................................................................................................................ 0
Fisiologia do Exercício....................................................................................................... 0
01.10.2021 – aula prática – Sistemas Energéticos ....................................................... 4
Sistemas energéticos ................................................................................................ 4
Sensação fadiga ........................................................................................................ 4
Salto em comprimento ............................................................................................. 5
Corrida 800m ............................................................................................................ 6
Corrida 5000m .......................................................................................................... 7
08.10.2021 – aula prática – Estimação do metabolismo de repouso .................... 8
Atividade 1 ................................................................................................................ 8
Atividade 2 ................................................................................................................ 8
Atividade 3 ................................................................................................................ 8
Estudo de caso .......................................................................................................... 9
15.10.2021 – aula prática – Testes ............................................................................... 9
Teste de Rockport ..................................................................................................... 9
Exercício 1 ................................................................................................................. 9
Dados .................................................................................................................... 9
22.10.21 – aula prática – Respiração.......................................................................... 10
Exercício 1 ............................................................................................................... 10
Exercício 2 ............................................................................................................... 10
Six-Minute Walk Test .............................................................................................. 11
➔ M.I.................................................................................................................. 12
➔ R.F .................................................................................................................. 12
29.10.2021 – aula prática – Estimação da distância, VO2 e 6MWT ........................... 12
Estimação da distância e VO2 e 6MWT (teste funcional submáximo) .................. 13
Realização de 3 testes de 6MWT: ...................................................................... 13
Homens ............................................................................................................... 14
Mulheres ............................................................................................................. 14
VO2máx VS VO2pico ........................................................................................... 14
Estimação de predição VO2 a partir de protocolos ........................................... 15
05.11.2021 – Aula prática – teste 2 minutos de step................................................. 15
12.11.2021/19.11.2021 – aula prática – realização de teste ..................................... 15
Queens College Step Test ....................................................................................... 15
Procedimento ..................................................................................................... 15

1
Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

Ebbeling Submaximal Treadmill Test ..................................................................... 16


Equipamento ...................................................................................................... 16
Procedimento ..................................................................................................... 16
26.11.2021 – aula prática – Fibras musculares .......................................................... 17
Atividade 1 .............................................................................................................. 17
Atividade 2 .............................................................................................................. 18
Atividade 3 .............................................................................................................. 18
Atividade 4 .............................................................................................................. 18
Em suma ................................................................................................................. 19
Atividade 5 .............................................................................................................. 19
03.12.2021 - aula pratica – A valiação do trabalho muscular .................................... 20
Fitness ..................................................................................................................... 20
Força ....................................................................................................................... 20
Resistência .............................................................................................................. 20
Força isométrica ..................................................................................................... 20
Para prescrever exercícios devemos saber ........................................................ 21
Avaliação da função neuromuscular .................................................................. 21
Curva força- tempo ................................................................................................. 21
Força isomérica....................................................................................................... 21
Balanço muscular.................................................................................................... 21
Repetição maxima .................................................................................................. 21
Determinação da 1 rm atraves de testes de resistência sub maxima................ 21
Prescrever ............................................................................................................... 22
10.12.2021 – aula prática – Dinamómetros ............................................................... 22
Testar dinamómetros ............................................................................................. 22
Vantagens e desvantagens mmt ........................................................................ 22
Hidráulico e digital - pressão .............................................................................. 22
Digital .................................................................................................................. 22
Mmt ........................................................................................................................ 23
Digitais .................................................................................................................... 23
Aspetos positivos ................................................................................................ 23
Aspetos negativos............................................................................................... 23
Jamar hidráulico ..................................................................................................... 23
Aspetos positivos ................................................................................................ 23
Aspetos negativos............................................................................................... 23

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Jamar digital............................................................................................................ 23
Vantagens ........................................................................................................... 23
Desvantagens...................................................................................................... 23
17.12.2021 – aula prática - Fadiga............................................................................. 24
Exercício 1 ............................................................................................................... 24
Exercício 2 ............................................................................................................... 24
Exercício 3 ............................................................................................................... 24
Exercício 4 ............................................................................................................... 24
Exercício 5 ............................................................................................................... 25

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
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PRÁTICA

01.10.2021 – aula prática – Sistemas Energéticos


Sistemas energéticos
Corrida 100m – ATP-PC – única etapa
Corrida 1500m – glicolítico
Maratona – oxidativo
Gráfico ATP-PC e consumo de energia – fosfocreatina é degradada e vemos que
no segundo exemplo a energia de ativação da reação é menor.
1. Opção c) – a presença de enzimas acelera a degradação e diminuem a
energia de ativação necessária, a enzima facilita a formação de fosfocreatina
sendo necessária menos energia
O sistema atp por e o sistema predominante
2. Qual dos sistemas é o principal na realização de exercícios onde é
necessário maior resistência? C) – sistema glicolítico pois tem uma maior
capacidade de produção de energia
3. O sistema Glicolítico tem uma tremenda capacidade de produção de energia,
portanto é o principal sistema de produção de energia durante um evento de
resistência - Falso, o sistema oxidativo e o seu substrato é a gordura
armazenada
4. Quais são os substratos onde podemos ir buscar energia? B) hidratos,
lípidos, proteínas
É importante distinguir resistência aeróbia (endurance) de resistência muscular.
Proteína tem proporções muito pequenas; quando não há nada disponível o
corpo utiliza as proteínas ex utilização de sais e géis em provas para não ser
necessário a utilização de proteínas

Sensação fadiga
Fadiga aparece qd fazemos um exercicio até à exaustão acompanha a
diminuição da performance muscular
Exercício de flexões – contar o tempo e repetições, indicar o tempo que o ritmo
abranda e o tempo onde ocorreu a exaustão
Quando se chega à exaustão, há uma diminuição da força/capacidade de
contração.
A energia provém de hidratos, lípidos, proteínas, vitaminas, sais e água mas
como substratos energéticos só temos os 3 primeiros.
Exercício de flexões – avaliar resistência superior
1. Máximo flexões: 33 em 41seg; inicio de fadiga aos 24’’1’’’ e 19 flexões
2. porque parou? Anabela parou por incapacidade contração
3. Papel da depleção da ATP-PC e da depleção de glicogénio? – Digamos que
a creatina acaba aos 10s (porque a pessoa está treinada), o ATP de reserva e PC acaba,
logo esta depleção leva à mudança do sistema energético principal. Sistema glicolítico
torna-se o principal sistema de fornecimento de energia, levando à depleção de
glicogénio mas mesmo depois da exaustão, as reservas de glicogénio não estão 100%
esgotadas. A dada altura o ácido lático impede as pontes cruzadas das fibras e causa
a sensação de fadiga
Resposta: Se o ritmo inicial for muito rápido, o ATP e o PCr disponível
rapidamente diminuíram, conduzindo à fadiga nos primeiros 30 segundos. Mesmo que
o ritmo não tenha sido tão rápido, a intensidade desta atividade foi provavelmente muito
elevada para participantes destreinados, e foi provavelmente completado em menos de

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Fisiologia do exercício
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2 minutos, significando que os níveis de PCr se esgotaram precocemente nesta


atividade e foram incapazes de produzir mais ATP.
O Sistema glicolítico tornou-se provavelmente o principal produtor de energia
após os primeiros segundos do exercício.
E embora o glicogénio muscular tenha provavelmente diminuído rapidamente durante
os últimos segundos desta atividade, é provável as reservas de glicogénio muscular não
estejam completamente esgotadas.

4. Principais músculos fatigados – extensores cotovelo, grande peitoral,


tricipetes, peitorais e ombros
5. Subprodutos do glicolítico – dióxido de carbono, acido latico, água, atp
O acido lático impede a contração porque impede a formação das ponte
cruzadas e há acumulação de lactacto e assim de iões H+ que causa acidose metabólica
que interfere com enzima glicolítica que impede a utilização de glicogénio e/ou a
contração, sendo a principal causa de fadiga.
Resposta: Baixo pH muscular é a maior limitação à performance e a principal
causa de fadiga durante a execução máxima de um exercício completo de duração
superior a 20/30seg. O ácido lático é um subproduto da glicose anaeróbia. Quando não
esgotado, o acido lático dissocia-se convertendo-se em lactato e causando uma
acumulação de iões de hidrogénio. Esta acumulação de H+ causa acidificação
muscular. Os tampões (buffers) minimizam a influencia disruptiva do H+, mas o H+
continua a causar uma alteração no pH, que afeta negativamente a produção de energia
e a contração muscular. Dependendo do nível de pH, esta baixa de pH pode inibir a
ação da PFK, uma enzima glicolítica, impedir qualquer outra utilização (breakdown) de
glicogénio, ou interferir na formação de pontes cruzadas de actina-miosina diminuindo
a força de contração muscular. Afeta também a entrada de cálcio para as células
musculares afetando a contração muscular, uma vez que este ião é necessário para
que ocorra a contração harmoniosa dos músculos
O lactato demora várias horas a ser degradado
Fadiga central (que é aquela que não tem a ver com o órgão efetor) pode causar
fadiga periférica
6.Quantas flexões fez depois do encorajamento? Foram feitas tão rapidamente
como as primeiras ou a um ritmo mais lento? Como é que a sua resposta pode
ou não provar a teoria de que o SNC pode estar relacionado com a fadiga
neurouscular?)
R: C. O sistema nervoso central poderá ser uma possível causa de fadiga

Salto em comprimento
O luís é um saltador da turma de atletismo do ensino secundário. A sua força
parece ser a sua velocidade sprint, mas ele tem lutado ocasionalmente para obter um
bom salto. Na última temporada o treinador começou a utilizar exercícios biométricos
(exercícios que partem do alongamento para a contração com o objetivo de conseguir
aproveitar toda a energia proveniente da componente excêntrica) no seu programa de
treino. O Luís parece ter melhorado a sua capacidade para atacar a placa, atingindo a
altura e comprimento do salto. A combinação entre a velocidade do sprint e a potencia
da capacidade do salto fizeram do Luís um bom atleta no salto em comprimento.
Exercícios pliométricos – tem ciclo de alongamento seguido de ciclo de
encurtamento, como nos exercícios com salto ou arremassamento, havendo
aproveitamento da elasticidade para a contração; podem ser caracterizados como

5
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exercícios balisticos ex: agachamentos com velocidade, outro exemplo é levantar de


uma cadeira no caso de idosos
1. O corpo do Luís mantém os seus níveis de ATP durante o salto em
comprimento através do sistema... B- usou ATP-PC s/ajuda de oxigenio
2. O sistema mantém os níveis de ATP sem ajuda ... embora esteja presente –
glicogénio e/oxigénio ( ATP-PCr, Oxigénio – Este siste,a consegue
manter os níveis de ATP na presença de O2 mas não necessita do
mesmo para a produção de ATP~
Nota: é possível observar a utilização do sistema oxidadito quando o
indíviduo aumenta a frequência respiratória – permite o aumento das trocas
gasosas aumento o nível de oxigénio – e começa a suar.
3. Este sistema também utiliza molécula da fosfocreatina para reconstruir o ATP
e manter um acontecimento constante. A enzima ... atua sobre a Cr para
separar o Pi da Cr. A molécula de Pi é utilizada para formar ATP através de
ADP. – B) enzima creatina cinase
4. Vão ser adicionados, antes do salto, uma corrida de 800m, o treinado é
adequado ou não? B – é inadequado, vai precisar de entrar num sistema
metabólico para o qual ainda não tem adaptação.
R: O treino anterior era inadequado, pois ele foi treinado para uma prova de
duração de 10 segundos sendo estimulado o sistema ATP-PCr. A duração
da prova (800m) implica a utilização do seu sistema glicolítico. (é necessário
tempo para que se adaptar ao stress de exercício)
5. Quais os sistemas utilizados durante a corrida? c) sistema ATP/PCr e
glicolitico (Grandes contribuintes nas atividade de pequena duração – 2 mintos)
6. Antes de o Luís treinar completamente para a corrida de 800 m ele
provavelmente sentia que tinha um inicio ... e um fim ... - Opção: Forte, Fraco

Durante a corrida, os segundos iniciais não se sente fadiga, porém o resto da


mesma já é feita com algum esforço. Durante os segundos iniciais, é forte pois
já está habituado a utilizar o sistema ATP-PCR – utilizado no salto em
comprimento, depois passa a fraco, pois ainda não tem metabolismo treinado
para utilizar o glicolítico

Corrida 800m
Uma atleta realiza alongamentos e corridas de velocidade, com a duração de
5/10min e a seguir procede com o seu treino. Nas competições, faz a sua rotina de
alongamentos como de costume, porem os seus tempos são piores que nos treinos,
pois o tempo de espera entre os alongamentos e até iniciar a competição é de 15 min.
Qual o conselho que deve de dar à atleta?
Com o intervalo de tempo de 15 min entre o aquecimento e a corrida, ela tem de
recomeçar o processo de ativação do metabolismo e utilização do sistema oxidativo,
porque os seus sistemas metabólicos “desativam”. O aquecimento serve para estimular
o sistema oxidativo então, com o intervalo é convertido mais ácido lático do que durante
o treino o que vai diminuir a performance durante a prova (mas não o suficiente para
parar)
Resposta: Uma das funções do aquecimento é o aumento da atividade metabólica até
ao ponto em que o sistema oxidativo consegue produzir de forma máxima a situação
competitiva. Durantes os seus treinos e seguindo a sua rotina é estimulado o metabolismo
oxidativo. Durante as suas corridas de intensidade elevada o ácido pirúvico produzido durante
a atividade pode ser oxidado no ciclo de krebs do que se não tiver estimulado o Ciclo de Krebs
antes da corrida. O tempo entre o aquecimento e a corrida é demasiado longo para permitir que

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o seu sistema tenha vantagem do sistema oxidativo, logo o ácido pirúvico tem de voltar a ser
convertido em ácido lático para que a glicólise continue. - Deve aconselhar o atleta a encurtar o
tempo entre o aquecimento e a competição.
Conselho: encurtar o tempo entre aquecimento e corrida e encontrar equilíbrio
certo e momento para ela

Corrida 5000m
A sara está na faculdade. Qualificou-se para os campeonatos nacionais. Quando
começou a treinar no secundário, percebeu que se sentia exausta nas ultimas 2 voltas
da corrida de 12,5 voltas (cada volta tem 400m). Começou a adicionar variedade do
treino, intercalando a sua habitual corrida fácil de 2 milhas, com dias mais difíceis e
corridas mais longa. Ela percebeu que a sua resistência realmente tinha melhorado e já
não falhava nos minutos finais da corrida. O seu tempo melhorou de 21:07 para 19:50
numa época.
1. Durante os primeiros minutos dos 5.000 metros onde o sistema estará muito
provavelmente a fornecer energia à Sara? Que sistema energético é a fonte
primária da energia da Sara durante a maior parte da sua corrida de 5.000
metros? Descrever o que faz com que essa transição aconteça.
Durante os primeiros minutos, os sistemas privilegiados são o ATP-PC e o
glicolítico até as reservas de glicogénio se esgotarem. Quando o acido lático aumenta
funciona como um feedback negativo e coloca a glicólise aeróbia como principal
fornecedora de energia (principal sistema fornecimento)
Resposta: Durante o primeiro ou segundo minuto dos 5000m o ATP-PCr e o sistema
glicolítico providenciam a maior parte da energia da Sara. Inicialmente na corrida, as reservas
de PCr são esgotadas e já não podem produzir mais ATP. O seu sistema glicolítico, torna-se o
principal produtor de energia nos minutos seguintes, mas assim os níveis de acido lático
começam a subir. A consequente acidificação das fibras musculares inibe mais quebras de
glicogénio e diminui a capacidade de ligação do cálcio à fibra muscular, impedindo a contração
muscular. É provável que nesta altura o sistema oxidativo de Sara se torne a fonte principal de
produção de ATP. Este metabolismo aeróbio é o principal sistema de produção de energia de
Sara na corrida dos 5.000 metros.
2. Será que o sistema principal de produção de energia durante os 5.000 metros
produz ATP com ou sem oxigénio? Portanto, o que chamaremos a este
metabolismo - Com oxigénio – sistema oxidativo – metabolismo aeróbio
3. Quais as fontes de energia do metabolismo aeróbio e quais são o combustível
preferido para alta intensidade? Hidratos, lípidos e proteínas. Combustível de
alta intensidade: Açúcares para alta intensidade porque são mais rapidamente
acessíveis e porque por cada mol de oxigénio dá mais calorias (6,3Kcal).
Resposta: Gorduras, Hidratos de carbono e proteínas podem ser metabolizadas de
forma aeróbia, mas é provável que os hidratos de carbono e a gordura contribuam mais
para o esforço de Sara. Apesar da gordura fornecer mais quilocalorias de energia por
grama de hidrato de carbono, requer mais oxigénio do que a oxidação dos hidratos de
carbono. Portanto, os hidratos de carbono são o combustível ideal durante o exercício
de alta intensidade.
4. Que alterações fisiológicas podem ter causado um aumento na capacidade
oxidativa e portanto uma melhoria no tempo da Sara numa época? angiogénese,
maior capacidade extrativa do musculo para captar oxigénio e nutrientes, maior
capacidade ventilatória e aumento do débito cardíaco, maior numero numero de
mitocôndrias e maior volume
R: A adição de corridas mais longas melhorou o a capacidade oxidativa de todas
as fibras musculares especialmente as fibras rápidas, permitindo assim que

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PRÁTICA

ocorrecem adaptações cardíacas como o aumento do débito cardiaco e a


hipertrofia do miocárdio – é possível observar hipertrofia do miocárdio nos final
das gravidezes devido á necessidade de aumentar o debito cardiaco e o
aumento de volume de sangue, estamos assim perante um coração de um super
atleta – e respiratórias de forma a aumentar as trocas gasosas. Irá ocorrer
também um aumento da atividade das enzimas oxidaivas, aumento da
vascularização – angiogenese – e por fim o aumento da quantidade de
mitocôndrias presentes nas células, sendo que estas ficam mais robustas

08.10.2021 – aula prática – Estimação do metabolismo de repouso


Atividade 1
Teste de Rockport

• Tempo de 1 milha = 1,6 km


• Determinar a resistência aeróbia VO2máx por estimativa
132,853 − 0,1695 ∗ 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑚 𝑘𝑔 − 0,3877 ∗ 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 +
6,315 ( 0 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠; 1ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠) − 3,2649 ∗ 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 − 0,1565 ∗
𝐹𝑟𝑒𝑞ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑖𝑎𝑐𝑎

• Apresente o resultado em mL/Kg/min

Atividade 2
Dados
1 MET = 3,5 mL/Kg/ min
Dormir = 0,9 MET
Numa aula = 1,8 MET
Equação de VO2 = 5 kcal/L
1. Qual e o dispêndio energético total de 8 horas de sono em Kcal/hora
2. Qual o dispêndio energético por hora (kcal/h) numa aula de fisiologia de exercício
3. Dispêndio energético total em Kcal/h durante prova em cicloengómetro durante
6 minutos de potência de 150 W
4. Dispêndio energético total de Kcal/h durante um jogo de futebol a nível amador
5. Dispêndio energético total de Kcal/h durante praticas de canoagem de águas
bravas durante 20 minutos

Atividade 3
1. Baseado na definição de unidade de metabolismo calcule o VO2máx previsível
para um homem com 70 Kg
2. Qual o dispêndio energético diário, definido em Kcal de uma estudante
universitária com 58kg
a. 8h de sono (R: 438 kcal)
b. 2h de caminhada passo. (R: 365,4)
c. 2h de ténis (R: 852,6 kcal)
d. 8 horas de estudo (R: 876,96 kcal)
e. 2h de actividades domésticas (R: 365,4 kcal)
f. 2h de dança (discoteca) (R:548,1 kcal)
3. Calcule a quantidade total de O2 metabolizado definida em L (R: 689,292
LO2met/dia)
4. Dispêndio energético médio diário expresso em termos de unidades metabólicas

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Estudo de caso
Prótese da anca continua a realizar marcha assimétrica
VO2= 4,8km/h (3mph) com o seu padrão auto selecionado de marcha é de 14
mL/Kg/min ( mais elevado do que o previsto)
No treino para tornar a marcha mais simétrica o VO2 aumentou para 15mLO2/Kg/min
sendo assim mais desconfortável.
Para este paciente o padrão auto selecionado apesar de normalmente alto em termos
de custos energéticos é mais económico do que um padrão forçado mas mais normal.
Resposta: preocupação de que marcha mais auto selecionada pode colocar um maior
stress na sua anca não operada podendo levar a futuros problemas. Ortótese no sapato
promete um padrão de marcha mais normal e reduz o custo a caminhar a 3mph para 13
mL/Kg/min. Neste caso você encontrou uma solução que permite um padrão de marcha
mais normal. E reduz o custo energético do movimento.

15.10.2021 – aula prática – Testes


Teste de Rockport
132,853 − 0,1695 ∗ 58 − 0,3877 ∗ 19 + 6,315 ∗ 0 (𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠) − 3,2649 ∗ 12,57
− 0,1565 ∗ 100 ≈ 59,0 mL/Kg/min

Numa pessoa mais teinada vamo ter um maior número de mitocôndrias e uma
melhor capacidade pulmunar e de transporte logo o a FC vai diminuir o que traduz uma
valor de VO2máx menor

Exercício 1
Diana e maria são nadadoras de resistência, têm treinado lado a lado c o mesmo
treinador nos últimos 5 anos e apesar das suas técnicas diferentes, são muito similares.
➢ Diana – 58kg, VO2 2,2L/min, consegue competir a 80%, LANA ligeiramente
superior ao da Maria. 67% fibras musculares são de contração lenta/resistência
➢ Maria – 55,5kg, VO2 2,5L/min, consegue competir a 70% do VO2, 63%
fibras musculares contração lenta
Quem espera que nade mais rápido na competição de águas abertas de 5km?
(campeão do mundo faz em 1h)
Dados
Diana:
• 58kg
• VO2máx= 2,2 L/min
• Utiliza cerca de 80% do VO2máx
• 67% de fibras lentas (fibras do tipo 1)
• LANA superior ao da Maria
Maria
• 55,5kg Mais adaptadas a desportos de endurance
• VO2máx= 2,5 L/min
• Utiliza cerca de 70% do VO2máx
• 63% de fibras lentas (fibras do tipo 1)

Resposta: O LANA ser mais tardio diz que é mais tarde q há acumulação de acido lático
e que existe fadiga.
Em resumo, a Diana provavelmente será mais rápida. Porque a natação é um
desporto sem carga, as suas pequenas diferenças de peso n irão afetar a performance

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PRÁTICA

tanto cm os seus valores de VO2 o farão. Apesar de maria ter um VO2 mais elevado
consegue treinar a apenas 1,75L/min numa longa distância enquanto, que a Diana
consegue fazê-lo a 1,76L/min. Isto junto o seu LANA mais elevado e maior percentagem
de fibras lentas dá a Diana uma ligeira vantagem sobre Maria.

22.10.21 – aula prática – Respiração


Para calcular o metabolismo total precisamos de sbr primeiro o de repouso.
O coeficiente de atividade física diz-nos a proporção do que precisamos para
estar vivo basicamente. O metabolismo de repouso e o TEE varia entre 300-3000, sendo
que de um lado está alguém que não faz nada e do outro é alguém que é extremamente
ativo.
O TEE tb pode ser calculado através do PAC (cm fizemos na ficha) e este valor
é mais aproximado p o TEE real.

Exercício 1
Correr a respirar: Foi designado p trabalhar com um clube de atletismo. Após
ter participado em alguns treinos, você observa o treinador a dizer q precisam de respirar
profundamente, enquanto correm, p q n fiquem tao sem folego. O treinador explica-lhe
as suas crenças de q os corredores têm dificuldade em respirar pq têm “falta de
oxigénio”. Ele explica q o seu padrão ventilatório rápido, impede um boa troca gasosa e
q ele tenta corrigir este padrão ventilatório ineficaz. – pede p aumentar o VC
basicamente
Resposta: Em exercício, aumenta a FR e o VC. O que para primeiro de aumentar é o
VC, enquanto a FC consegue continuar a aumentar.
Se quisermos controlar isto como n é um trabalho fisiológico vai requerer mais trabalho
e ainda mais oxigénio. – precisa de explicar ao treinador q o padrão ventilatório adotado
por uma pessoa é normalmente o padrão mais eficiente, e que essa tentativa de ventilar
num padrão diferente irá aumentar a energia gasta p ventilar, potencialmente roubando
energia aos músculos que estão a trabalhar.Assim, o padrão ventilatório auto-
selecionado é o padrão mais eficiente, essa tentativa de ventilar num padrão diferente,
irá aumentar a energia necessária para a ventilação não sendo assim energeticamente
economico.

Exercício 2
Jogadores de futebol respiram pelo um tanque de O2 puro nos intervalos do jogo.

Dados

➢ O2 no ar = 23%
➢ O2 no sangue = 97/98%
➢ 1g Hb transporta 1,34 mlO2 – completamente saturada
➢ quantidade de Hb no sangue – 15 g/100ml
➢ Hb= 20,1 mlO2/ 100ml

Resposta: O efeito é apenas quando os jagadores têm as mascaras colocadas, pois


assim que tiram continua a ventilação o que faz com que a quantidade de O2 no sangue
volte aos valores normais

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

Six-Minute Walk Test

Guidelines p efetuar teste de 6min marcha. Teste simples, indoor, com corredor
de 30,5m. corredor marcado de 3 em 3m.
Self-passed – o q o individuo consegue andar, mas o individuo pode parar em
caso de dor, fadiga ou outra caso
Não pode ser feito em passadeira rolante (pq a passadeira obriga uma
velocidade) ou percurso ovais pq ai n tem de abrandar a velocidade, mas no fim da reta
tem (ai não se aproxima tanto do VO2max, mas do funcional).
Mínima diferença clinicamente significativa (MDCS) – 70m – valor q mostra q o
doente melhorou na condição clinica, se for uma pessoa mais frágil 54m já é aceite cm
mudança positiva.
p é menor que 0,05 significa que houve diferença entre valores, o q significa q o doente
melhorou do ponto de vista clinico.
Avalia sistemas envolvidos no exercício de doentes respiratórios
100 pés, em chão direito e duro, individuo pode parar
Avalia capacidade submáxima funcional
Output: distancia percorrida nos 6 min
O VO2 avalia-nos a capacidade aeróbia. Isto pode ser avaliado em lab (teste de
resposta cardiopulmonar em exercicio, prova de esforço c gases expirados – vai se até
ao VO2 máximo e n aumenta mais) ou em terreno. Podemos medir de forma indireta

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

pela resposta fisiológica do individuo, e isto é o VO2 pico (VO2 máximo consumido
naquela prova específico, não é exatamente o máximo). Num teste submáximo leva-se
a FC até 80/85% da sua capacidade. Funcional é sempre submáximo.
Teste criado inicialmente p doentes respiratórios e todos os fisios têm de o sbr
fazer. Agr aplica-se a todas as condições clínicas p avaliar a capacidade funcional
respiratória.
Imaginando 2 pessoas q andaram a mm distancia, um c 50kg e outro c 100 kg.
Quem tem 100kg gasta mais. Se associarmos o peso à distância percorrida, dá nos uma
ideia mais aproximada do valor de consumo de oxigénio.
Estudo de 2014 – mais infos – MDCS como 30 m (média)
O que precisamos:
Cronometro, conta voltas, cones p marcar percurso, cadeira q possa ser
facilmente, fonte de O2 (se a pessoa desaturar), esfigmomanómetro, telefone,
disfibrilhador automático externo, escala de borg de 0 a 10 (mede perceção subjetiva de
esforço, esta avalia a dispneia sendo adequada p doentes respiratórios), a de 6 a 20 é
somente para o esforço e n especificamente p dispneia)

➔ M.I
Sexo: feminino
Efetuo 12 voltas = 733M
altura:1,66m
TA: 146-74
Medicação eutirox de manha em jejum
FC: 106
TA: 114-68
Escala de Borg: 4
FC: 63
Escala de Borg: 0
Efetuo 12 voltas = 733M

➔ R.F TA: 146-74


Sexo: masculino Efetuo FC:
14 106
voltas e 54 m = 894m
Altura: 1,86m TA: 151-76
Peso: 86kg FC: 98 Escala de Borg: 4
TA:140-74 Escala de Borg: 2
FC:58
Escala de Borg: 0 Efetuo 12 voltas = 733M

TA: 146-74
29.10.2021 – aula prática – Estimação da distância, VO2 e 6MWT
O teste de marcha de 6min serveFC:para 106 avaliar a capacidade aeróbia
funcional/submáximo. Neste teste estão envolvidos todos os sistemas: cardíaco,
Escala de Borg: 4
respiratório, neuromuscular.
Avaliamos a capacidade aeróbia pelo consumo de O2.
Output medido: número de metros percorridos
Efetuopodemos
Para saber se os valores são bons ou maus 12 voltas =ver
733M
qt seria o esperado p
os indivíduos ou então ver valores tabelados. TA: 146-74

FC: 106

Escala de Borg: 4

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Estimação da distância e VO2 e 6MWT (teste funcional submáximo)


Guidelines da ATS e há valores de referencia p diferentes populações (conforme
sexo, nacionalidade, idade, doente ou não). Em 2019 apareceu um estudo c valores p
população pt através de uma equação.
Mínima diferença clinicamente significativa: 70m
Para doentes cardiorrespiratórios temos um valor de corte que são os 300m. Se
alguém andou menos q 300 m tem risco aumentado de morte ou morbilidade, fragilidade
mt grande.
O artigo de 2014 encontrou que a MDCS devia ser de 30 m (entre 25 e 33m)
Artigo de 2019 p população pt – equação o:
Nós diminuímos 1,6 m por ano, quando o BMI aumenta um valor anda menos 4m, os
homens andam mais 58,4m
Se alguém andar 563m e era suposto 738m, andou 76% do suposto, significa
que há muito a trabalhar.
Nas equações n tem nd q associe a condição clinica do utente.
O r´2 explica o qt a equação se aproxima do valor real. Qt mais próximo de 1
melhor.
O VO2 máximo só é possível obter em condições laboratoriais em q aumentamos
a carga gradualmente até perceber q a pessoa n consegue consumir mas O2 (através
da analise de gases). O VO2 máximo real tb tem q contar um bocadinho c a motivação
da pessoa. O VO2 pico pode ser estimado mas é o máximo de consumo de O2 para
determinada tarefa.
A pressão arterial sistólica tem a ver com a força/Resistência q o coração tem q
vencer p ejetar sangue. C o exercício há aumento de vascularização q contribuem p
dispersar o sangue, o q diminui a pa sistólica.
Qd temos protocolo de exercício, o VO2 máximo é mais próximo.

Trabalho da marcha - Aos 6min de marcha podemos associar o peso (distancia a


multiplicar pelo peso). Associa-se mais ao VO2 máx pq tem em consideração o trabalho
de fzr andar diferentes pesos.
Realização de 3 testes de 6MWT:
(* 25m)
➔ R.M
Sexo: feminino (18 anos)
altura:1,62m Efetuo 13 voltas = 627m*
TA: 119-76
TA: 125-93
FC: 100
Escala de Borg: 0 FC: 130

➔ B. L Escala de Borg: 3
Sexo: Masculino (19 anos)
altura: Efetuo *
TA:
TA:
FC:
Escala de Borg: 0 Efetuo
FC: 12 voltas = 733M

TA: 146-74
Escala de Borg:
➔ D.T FC: 106
Sexo: feminino (19 anos)
altura:1,64m Efetuo 651m*
Escala de Borg: 4
TA: 123-62; FC: 72; Escala de Borg: 0 TA: 146-85
Efetuo 12 voltas = 733M
FC: 12912 voltas = 733M
13 Efetuo
TA: 146-74
Daniela Tavares n.º2020695 Escala
TA: de Borg: 1
146-74 2021/2022
FC: 106
FC: 106de Borg: 4
Escala
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

Existem valores de referência diferentes de populações para populações


A mínima diferença clinicamente significativa (MDCS) é aproximadamente 70m,
54 em pacientes frágeis ( atualmente 30 para indivíduos com DPOC)
Menor ou igual a 300m preditor de aumento do risco de mortalidade em
pacientes com doença cardíaca leve/moderada ou doença respiratória crónica.

Homens
6𝑀𝑊𝐷 = (7,57 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑚) − (5,02 × 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) − (1,76 × 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑘𝑔) − 309𝑚

Pode também ser calculada a partir do IMC

6𝑀𝑊𝐷 = 1,140 𝑚 − (5,61 × 𝐼𝑀𝐶) − (6,4 × 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

Subtrair ao limite inferior obtido/ valor previsto 153 caso o indíviduo fique a baixo
do mesmo

Mulheres
6𝑀𝑊𝐷 = (2,11 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑚) − (2,29 × 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) − (5,78 × 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑘𝑔) + 667𝑚

Pode também ser calculada a partir do IMC

6𝑀𝑊𝐷 = 1,017 𝑚 − (6,24 × 𝐼𝑀𝐶) − (5,83 × 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

Subtrair ao limite inferior obtido/ valor previsto 139 caso o indíviduo fique a baixo
do mesmo

Homens Mulheres

850
934

Predito
854 661

648 587

748
651
Real
704 627

VO2máx VS VO2pico
O VO2máx é a quantidade de O2 máxima que o indivíduo tem a capacidade de
utilizar, enquanto que o VO2pico é a capacidade máxima de O2 atingida num teste.
Este último é mais prático de medir e mais standard.
O VO2pico pode ser diferente ao VO2máx.

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

Estimação de predição VO2 a partir de protocolos

70,161 + (0,023 × 6𝑀𝑊𝐷) − (0,276 × 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑘𝑔) − ( 6,79 × 𝑔é𝑛𝑒𝑟𝑜 𝑚 = 0; 𝑓 = 1)


− (0,193 × 𝐹𝐶𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑢𝑠𝑜) − (0,191 × 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)

05.11.2021 – Aula prática – teste 2 minutos de step


Teste 2 minutos de step - Avaliar a capacidade aeróbia funcional na
impossibilidade de fzr o de 6 minutos - Avaliar em 2 min qts vezes sou capaz de levantar
o joelho (step)
Protocolo para ser comparável:
• Sinais vitais antes
• Parede livre. Medir altura entre a crista ilíaca e rotula e marcar na parede a
meia distancia.
• Ao sinal “go” iniciar o step sem correr elevando o joelho até à marca tanta
vezes qts possíveis em 2 minutos
• Contar apenas o número de vezes de um joelho, se inicia c a perna direita
contamos da perna esquerda
• O relógio aqui tb não para
• Dps anda lentamente durante 1 minuto para providenciar um arrefecimento
• Se tiver problemas de equilíbrio diagnosticado coloca-se cadeira ao lado p
precaução
• Final: avaliar sinais vitais again
• Finalmente comparar numa tabela com resultados médios consoante as
idades
Este teste é direcionado para maiores de 60.
Discurso do FT –“ vamos realizar um teste em que durante 2 min vai levantar o
seu joelho até à marca na parede, abaixo não conta e o relógio não para. Tente não se
apoiar na parede, a não ser que tenha problemas de equilíbrio. Vai se virar para mim
(De lado para a parede) – e ai medir a distancia e a marca na parede.”

12.11.2021/19.11.2021 – aula prática – realização de teste


Queens College Step Test
Como vários testes de step este utiliza o tempo de recuperação a FC para
estimar o nível físico do indivíduo.
Procedimento
1. A precisão do teste está dependente da resposta
da FC do indivíduo, logo devemos eliminar
qualquer fator que altere a mesma. Idealmente o
indivíduo não deve fazer exercício físico 24 horas
antes da realização do teste, deve estar em jejum
de pelo menos 2 horas e evitar o consumo de
bebidas ou comidas que alterem a FC (café,
bebidas energéticas, refrigerantes, beta-
bloqueadores)
2. Realizar o teste com outro colega. Um é o sujeito
que vai realizar o teste o outro fica de examinador
3. Preencher a folha de dados pessoais. Colocar o
monitor da FC e sentar-se durante 3 minutos –
tempo de repouso. Após estes 3 minutos o

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

examinador mede o pulso radial durante 15 segundos (devrá multiplicar por 4).
Registar os dados do monitor
Nota: não foi usado monitor de FC foi apenas medido o pulso radial após
os 3 minutos de repouso
4. Se o sujeito for uma mulher:
a. Colocar o metronomo a 88 btm.min para que esta consiga fazer contacto com os
pés em cada beep. Com esta cadência vão ser realizados 22steps.min.
Se o sujeito for um homem
b. Colocar o metronomo a 96 btm.min, vai permitir 24 setps.min
5. Quando o indivíduo estiver pronto, iniciar o teste durante 3 minutos
6. Para evitar a fadiga o indivíduo deve trocar pelo menos uma vez a perna com que
sobe ( foi pedido que esta troca fosse efetuada a meio do teste)
7. Após o s3 minutos de teste, o sujeito deve parar. O examinador deve voltar a
medir o pulso radial, sendo que deve começar a contar quando o cronómetro
indica 3:05 e deve parar quando o mesmo indica 3:20 (15seg). Registar a FC de
recuperação.
8. Calcular o valor predito de 𝑉̇ O2máx através da FC de recuperação segunfo as
seguintes equações.

Homens: 𝑉̇ O2máx (ml ∙ kg −1 ∙ min −1 ) = 111.33 − (0.42 × HR)


Mulheres: 𝑉̇ O2máx (ml ∙ kg −1 ∙ min −1 ) = 65.81 − (0.1847 × HR)
9. Comparar os resultados obtidos com as tabelas

Ebbeling Submaximal Treadmill Test


Estima a capacidade fisica do sistema cardiorrespiratório em indivíduos de baixo risco (20-59
anos)

Equipamento
• Balança
• Passadeira
• Stadiometer
• estetoscópio e esfignomanómetro
• Monitor da FC
• Cronometro
• Folha de registo

Procedimento
1. A precisão do teste está dependente da resposta da FC do indivíduo, logo
devemos eliminar qualquer fator que altere a mesma. Idealmente o indivíduo não
deve fazer exercício físico 24 horas antes da realização do teste, deve estar em
jejum de pelo menos 2 horas e evitar o consumo de bebidas ou comidas que
alterem a FC (café, bebidas energéticas, refrigerantes, beta-bloqueadores)
2. Preencher a folha de dados pessoais. Colocar o monitor da FC
3. Determinar a Fcmáx predita do indivíduo (220-idade ou 208- (0.7xidade)
4. Medir a tensão arterial
5. Selecionar a velocidade da passadeira ( entre o 2 e os 4,5 mph) – esta vai
variar de acordo com o sujeito, qd foi realizado esta seleção foi escolhidos
valores superiores a 6.
6. Colocar o indivíduo na passadeira, com uma inclinação de 0º durante os
primeiros 4 minutos.

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

a) registar a FC, e a RPE nos 2 minutos e nos 4 minutos


Este aquecimento deve colocar o valor da FC a 50% a 70% da Fcmáx. Se a resposta for
muito baixa ou muito alta devemos ajustar a velocidade

7. Após estes 4 minutos devemos aumentar até aos 5 graus de inclinação.Deve ser
medido novamente A FC e a RPE nos minutos 6, 7 e 8
8. Após os 8 minutos se a FC estiver estabelizada descer a inclinação até ao 0º.
Voltar a registar a FC e RPE nos minutos 10 e 12.
9. Calcular o 𝑉̇ O2máx através da equação seguinte:
𝑉̇ 𝑂2𝑚á𝑥 = 15.1 + (21.8 × 𝑠𝑝𝑒𝑒𝑑 𝑖𝑛 𝑚𝑝ℎ) − (0.327 × 𝐻𝑅) − 0.263 × (𝑠𝑝𝑒𝑒𝑑 𝑖𝑛 𝑚𝑝ℎ × 𝑎𝑔𝑒 𝑖𝑛 𝑦)
+ 0.00504 × (𝐻𝑅 × 𝑎𝑔𝑒 𝑖𝑛 𝑦) + 5.98 × (𝑠𝑒𝑥 𝑤ℎ𝑒𝑟𝑒 0 = 𝑓𝑒𝑚𝑎𝑙𝑒 𝑎𝑛𝑑 1 = 𝑚𝑎𝑙𝑒)

26.11.2021 – aula prática – Fibras musculares


Lei do tudo ou nada - o estimulo e suficiente forte para estimular a contração ou nao é
suficiente forte e nao há estimulação; A membrana quando esta em repouso tem um
potencial negativo quando há um estimulo o membrana despolariza
Estímulo elétrico chega as fibras enervadas por esse motoneuronio. Pode ser:
1. químico
2. elétrico - importante para reflexos atividades cíclicas - respiraçao e
batimento cardiaco
3. mecânico - estimulo mecânico faz com que o motoneurio ative todas as
fibras
Nota: Pode também ser estimulado com gelo, ou que for lógico para aquela unidade motora

Atividade 1
a. musculo
b. epimisimiso

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PRÁTICA

c. Endomisio
d. Perimisio
e. Feixe
f. Fibra
g. Miofibrilha

Atividade 2
a. Sarcolema
b. Abertura para os tubulos t
c. Tubulos transversos
d. Retículo sacroplasmatico
e. Miofibrilha
f. Sacroplasma

Atividade 3
1. miofibrilha
2. Núcleo
3. Fibra muscular
4. Feixe
5. Periminisio
6. Endominisio
7. Epimisio
8. Músculo
9. Tendão
10. Osso
11. Epimisio
12. Perimisio
13. Fibra muscular
14. Vaso sanguíneo
15. Endomisio

Fibras de contração rápida - motoneuronio s mais desenvolvidos - maior quantidade


de fibras - mais desenvolvidos maior musculo
Quando estimulamos o musculo para sentir a subcarga - proteína - maior musculo
O desuso - períodos de imobilização - sai proteína para outros sítios - perda de massa
muscular

1. Encontrado na maior parte dos musculos - c ambas


2. Levam mais tempo do que as outras fibras musculares a atingir o pico de tensão
- a tipo I
3. Contém predominantemente a forma lenta de miosina atp-ases - a tipo I
4. Tem um retículo sarcoplasmatico mais desenvolvido o que ajuda na libertação
do cálcio à célula quando esta é estimulado - b tipo II; mais ajuda na contraçao
qd ela e precisa rapidamente e algo que e benéfico
Atividade 4
A Matilde pratica natação na universidade. Antes de cada competição gasta
algum tempo à volta da area da piscina, preparando se psicologicamente para o

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PRÁTICA

acontecimento. Balança um pouco os braços sacode as pernas, e geralmente apenas


tenta descontrair e aquecer um pouco. Brevemente esta em posição nos blocos de
partida a espera do som da pistola de partida. A arma dispara e a Matilde
salta/mergulha do bloco para a agua, nadando o seu melhor estilo - 50 m livres
1. Enquanto a Matilde descontrai e anda à volta Primeitro as fibras de tipo 1 sao
recrutadas para criar a força necessária
2. Durante a fase de aquecimento a Matilde usa todoas as fibras?
R: Sim. Todas as fibras musculares que foram recrutadas estao a atuar de
forma maxima. Este é um exemplo da resposta tudo-ou-nada
3. Quando a Matilde mergulha na piscina e nada 50m livres, que fibras musculares
foram adicionadas para produzir força
R: As fibras do tipo 2a 2b foram ativadas para produzir a força de que precisa
para saltar do bloco e nadar os 50m
4. De que forma a força da Matilde produz força para saltar do bloco e nadar um
estilo rápido? O que tem o numero de fibras ativadas e o tamanho do
motoneuronio a ver com isto?
R: O sistema nervoso da Matilde ativou mais fibras musculares de modo a produzi
mais força. Adicionalmente as unidades motoras grandes motoneuronio foram as
que foram recrutadas

Em suma
A contraçao do músculo esquelético envolve o recrutamento progressicvo de
diferentes fibras músculares dependo das necessidades da atividade que esta a ser
efetuadas.
Nas atividades de baixa intensidade a maior parte da força e gerada por parte das
fibra do tipo I. A medida que a intensidade aumenta as fibras do tipo IIa sao recrutadas e a
intensidades mais elevadas as fibras de tipo IIb sao ativadas
O principio de tamanho define que a ordem de recrutamento das unidades motoras
esta diretamente relacionada com o tamanho dos motoneuronios portanto as unidades
motoras com motoneuronios mais pequenas serão recrutadas primeiro .

Atividade 5
A Naide foi correr as sua primeira maratona. Treino bastante para este
acontecimento e sente que as primeiras 15 milhas nao sao assim muito mas. Tem
corrido a uma velocidade confortável para ela, tentando estabelecer uma velocidade
que consiga manter a durante a corrida inteira. A volta das 15 milhas, Naide sente
alguma fadiga. Toma uma bebida continua a correr a mesma velocidade e a fadiga.
Toma uma bebida continua a correr a mesma velocidade e a fadiga acaba por
desaparecer. A volta das 22 milhas surpreende-se por se sentir extraordinariamente
cansada. Ela sente que bateu numa parede e de facto tem de estar a forçar-se a ela
própria para se manter a mesma velocidade e acabar a corrida. As ultimas 4 milhas são
cruéis mas Naide fá-lo. Colapsa na linha de chegada exausta mas contente
1. Nas primeiras milhas da maratona que fibras musculares estão principalmente a
fazer o trabalho
R:As fibras tipo 1 e tipo 2a foram as primeiras/principais fibras usadas durante as
primeiras milhas de maratona
2. Descreva o que aconteceu à volta das 15 milhas? Que fibras musculares estão
esgotadas? Estão esgotadas de quê? Que fibras musculares foram
provavelmente recrotadas?

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Fisiologia do exercício
PRÁTICA

R:A volta das 15 milhas as fibras do tipo I e IIa estavam esgotada de glicogenio,
o seu combustível principal e mais fibras tipo IIa foram recrutadas para manter a
tensão muscular
3. Nas milhas finais, Naide sentiu-se extremamente exausta. O que terá acontecido
em termos de recrutamento de fibras musculares durante estas últimas milhas?
R:Nas ultimas milhas maratona tanto as fibras tipo 1 como as fibras tipo2a ficaram
exaustas e as fibras tipo2b foram provavelmente recrutadas para ajudar a naide
a terminar a corrida

Sugestões: os 3 tipos de ações musculares sao: concêntricas, estáticas ou isometrics


e excêntrica. Em muitas atividades os 3 tipos de ações ocorrem na execução de um
movimento coordenado. Encontre 1 local bom para observar pessoas. Procure
exemplos de ações musculares concêntricas, excêntricas e estáticas e descreva-as
numa folha de papel. Tente encontrar encontrar pelo menos 10 exemplos dos vários
tipos de ações musculares

03.12.2021 - aula pratica – A valiação do trabalho muscular

Apresentar na discussão a dificuldade em encontrar artigos nos últimos três anos

Fitness
Ou avaliaçao física e um conjunto de capacidades que permitem a uma pessoa
satisfazer com êxito as exigências físicas presentes e potencias da vida quotidiana.
Relacionado com a saúde porque melhora ou mantém
• Massa livre gorda
• Massa óssea
• Taxa metabólica basal
• Integridade musculo tendidas

Força
Necessário gerar trabalho
O que da mais fadiga - e a isometrica - grande período de contrçao sem possibilidade
de relaxamento; ocorre compressão dos vasos nao chegando o2 tao rapidamente
Dinamómetros estáticos mais fácil para protocolos mas mais difícil para os doentes
Há sempre uma posição em que ha mais desenvolvimento de força - a sobreposiçao da
actina sobre o miosina vai permitir a formação de pontes cruzadas que nao acontecem
quando ha o estiramento (ex: bicípite)

Resistência
Os participantes devem ser encorajados a expirar durante a açao concêntrica e inspirar
durante a ação excêntrica

Valsava
Expiração forçada com a glote fechada.
A força dissipa-se do centro para a periferia mas isto tem um problema aumenta a
pressão intracraniana a intratorácica, etc. quando expiramos diminuímos a pressão

Força isométrica

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Fisiologia do exercício
PRÁTICA

Força máxima - por definição e o valor mais elevado de força que o sitem a
neuromuscular é capaz de alcaçuz independentemente do facto tempo, contra uma
resistencia imóvel
Para prescrever exercícios devemos saber
A força isometrica, força maxima (exc. e con), força de resistencia, entre outras

Avaliação da função neuromuscular


1. Características de produção de um grupo muscular
a. Nível de produção de força maxima - indicador importante sobre a
quantidade de massa muscular e a capacidade de ativação nervosa
b. Taxa de produção de força - indicador da capacidade de produzir força rápida
2. Características de ativação nervosa de um grupo muscular ( relação entre a curva
de força e intensidade do sinal EMG. A partir da EMG)
a. Permite uma valiaçao qualitativa dos processos de avaliaçao inter e intra
muscular

Curva força- tempo


• força maxima - valor mais elevado atingindo pela curva força-tempo
• Taxa média de produção de força - derivada entre o nível inicial de força e o
valor

Força isomérica
• medida de contraçao muscular que ocorre quando um músculo gera força e tenta
encurtar-se mas nao consegue superar a resistencia externa. Como resultado,
nenhum trabalho externo é realizado
• O pico de força isometrica está dependente de o n de cabeças de miosina dai
haver uma amplitude ótima para a força
• Força isoci.
• medida de trabalho e potencia a uma velocidade angular constante de
movimento, sendo a .....
• Mobilidades
o Concêntrico/Concêntrico
o Excêntrico/ Excêntrico
o Concêntrico/excêntrico
• Momento máximo
• Trabalho total
• Potência media
• Racio agonists/antagonista

Balanço muscular
E muito importante verifica-se o quilibrio muscular entre grupos contrabaterias. Assim
Lado direito/ lado esquerdo

Repetição maxima
O maior peso que pode ser levantado/ carregado uma única vez
Ligeiro aquecimento de 5 a 10 repetições de 40 a 60 do máximo percepcionado ou
esperado, 3 a 5 repetições de 60 do máximo percecionado ….

Determinação da 1 rm atraves de testes de resistência sub maxima


Utilizada para crianças, adolescentes e idosos
Para qualquer carga submáximas .
Força absoluta - força total em lb ou kg. Em geral os homens sao mais fortes que as
mulheres para todos os grupos musculares testados

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PRÁTICA

Força relativa - valor da força dividido por um valor de referencia (mais figdinea)

A qualidade muscular ou tensão especifica entendida como a força por unidade de


massa muscular pode ser um melhor indicador

Prescrever
Necessário ter em conta
• Intensidade
• Número de repetições
• Rapidez da execução e pausas
• Nº de series
• Frequência dos movimentos
• Somatório das repetições totais do exercicio
• Tempos de recuperação
• Frequência das sessões semanais
• Nº de kg e de repetições numa sessão completa

Normalmente a potencia nao se treina - em pessoas gravidas, idosas ou condições mais


especificas porque nao queremos que elas entrem em fadiga

10.12.2021 – aula prática – Dinamómetros


Testar dinamómetros

Vantagens e desvantagens mmt


• varias pegas
• Mais versátil
• Pré-programados
• Duração em segundos
• Emite o som
• Caro
• Energia
• Muito dependente do avaliador
• Instável - redondo

Hidráulico e digital - pressão


• calibraçao - rodamos um botão, mudar as forças de apreensão e arcaica
• Tirar valor e a olhametro

Digital
• mede nas várias posições a melhor de tres, o desvio padrão, o tempo que
demora a atingir o pico

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PRÁTICA

Mmt Flexores do antebraço


• posições estandardizaras B:
• Kg força Duração 11,6 segundos
Para medir analiticamente eletromiografia Pico de força 57,8
força de apreensão relacionada com várias variáveis como o D:
envelhecimento Duração 10,4
Vai no sentido evolutivo, da nos informação sobre o a nossa Pico de força
funcionalidade Extensores
D:
Duração:5.6
Digitais Pico de força:52
Aspetos positivos
• quantidade de variáveis
Aspetos negativos
• so da a apreensão
• Custo
• Menos portátil
• Curva de aprendizagem

Jamar hidráulico
Aspetos positivos
• Não falha
• Portátil
• Mais barato
• Alta menos robusto

Aspetos negativos
• Nao e sensível a mudança
• Indica mais pontos de erro
• Mais gasto de energia

Jamar digital
Vantagens
• Consegues se programar uma seria de dados
• Bastante sensível a mudança

Desvantagens
• Curva de aprendizagem
• Calibraçao
• Mais caro

Adultos tipicamente desenvolvidos na poisçao dois e onde e desenvolvida a maior


quantidade de força
Nos outros grupos musculares e necessario uma maior atenção com o
posicionamento do paciente
Ter apenas uma articulação em teste

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Fisiologia do exercício
PRÁTICA

17.12.2021 – aula prática - Fadiga

Exercício 1
Fadiga no trabalho
A companhia XPTO contratou-o para melhorar a produtividade. Os trabalhadores
queixam-se de fadiga muscular no final do turno, que se prolonga no dia seguinte. O
trabalho é repetido de baixa intensidade e longa duração Qual é o principal problema a
afetar estes trabalhadores e qual seria a sua recomendação para melhorar a
produtividade?
R: Os trabalhadores experienciam fadiga de baixa frequência que é seletiva para as
unidades motoraslentas e tem uma recuperação longa, possivelmente durando até ao
dia seguinte. Você pode sugerir que seja dado aos trabalhadores tarefas diferentes em
dias diferentes. Mesmo fatigados por tarefas de longa duração e de baixa intensidade,
devem ser capazes de efetivamenre efetuarem atividade de curta duração e alta
intensidade que utilizam diferentes unidades motoras

Exercício 2
Descreva como é que a orientação das fibras (ângulo de penação) afeta a produção e
força muscular
R:Alguns músculos têm as suas fibras dispostas em paralelo ao seu eixo de ação, o que
significa que toda a força é transmitida diretamente ao tendão. Outros têm fibras
dispostas de acordo com um ângulo como o eixo longitudinal, o que reduz a força
transmitida ao tendão por cada fibras mas permite a existência de mais fibras no
músculo. Isto resulta em mais força total.

Exercício 3
Tem um paciente sedentário o que fez uma fratura da tíbia. Foi imobilizado durante 4
semanas com gesso, que efetivamente lhe provocou imobilização e atrofia muscular.
Qual o tipo de fibras musculares mais afetados no músculo imobilizado e porquê? Qual
seria a diferença na resposta entre estes paciente e um outro que fosse um sprinter
altamente treinado
R:As pessoas sedentárias recrutam mais frequentemente as unidades motoras de
contração lenta dado que estas são utilizadas essencialmente para as atividades da
vida diária e raramente recrutam as uidades motoras de contração rápida (força elevada
ou potência). Quando um membro é imobilizado, o tipo de fibras mais utilizado será o
mais afetado – neste caso as fibras lentas. No sprinter as fibras rápidas serão as mais
desenvolvidas, e estas serão as mais afetadas relativamente à perda de massa
muscular comparativamente à pessoa sedentária.

Exercício 4
Está a usar um aparelho de exercício isocinético para fortalecer o quadricipete de um
paciente que está a recuperar de uma lesão no joelho. Uma máquina isocinéica permite-
lhe regular a velocidade coma qual o paciente move o braço da alavanca ao longo de
toda a ROM. Vocé é capaz de escolher contrações concêntricas ou excêntricas no seu
programa. Quais escolheria e porquê?
R:Um dinamômetro isocinético permite-lhe regular a velocidade do movimento.
Portanto, vovcê escolheria numa fase inicial do seu programa de exercícios, um
movimento concêntrico porque nos movimentos concêntricos a força depende da

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022
Fisiologia do exercício
PRÁTICA

velocidade (> velocidade ➔ < força). Você não escolheria um movimento excêntrico
porque neste movimento a força é largamente independente da velocidade ( quase
todas as velocidades a força é muito alta). À medida que a força muscular aumente, os
movimentos excÊntricos podem ser apropriados mas precaução é sempre necessária

Exercício 5
Numa das suas visitas regulares ao seu ginásio, você ouve dois jogadores da seleção
de futebol americano a discutirem o quanro conseguem fazer no “leg press” e o quanto
isto os irá ajudar no jogo da próxima semana. Você pergunta-lhes em que parte do jogo
acham eles que o aumento do “leg press” irá ajudar. Eles respondem- lhe mostrando-
lhe a posição “up” tal como estivessem a empurrar um oponente O que lhes poderia
dizer que se relacionasse com o princípio da especificidade no treino?
R: O exercício de “leg press” não vai ser suficiente uma vez que não trabalham todos
os músculos necessários para uma melhor performance quando naquela posição, por
exemplo uma vez que estão sentados/semi-deitados vão trabalhar os músculos numa
posição difrente à do “up” logo o rabalho muscular vai ser diferente.

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Daniela Tavares n.º2020695 2021/2022

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