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Gastroenterologia @leehgoes
Hipertensão portal:
⁻ Circulação colateral
Uma lesão, leva a uma inflamação pelas céls de (“cabeça de medusa”)
Kupffer e se nada for feito acarreta uma fibrose ⁻ Ascite
hepática. A fibrose começa normalmente, periportal, ⁻ Varizes
só nos espaços porta, podendo evoluir para uma esofagogástricas
fibrose generalizada, com septos fibrosos entre os ⁻ Esplenomegalia
espaços porta e entre eles tem uma ilha de Insuficiência hepatocelular:
hepatócitos em menor quantidade, reduziu-se a ⁻ ↓ hepatócitos que fazem menos a função
quantidade devido a apoptose, perdendo então a do fígado. Tem relação com os hormônios.
arquitetura. Por fim, geram os nódulos de ⁻ Hiperestrogenismo →telangiectasias,
regeneração que é a principal característica da ginecomastia e eritema palmar
cirrose. ⁻ Hipoandrogenismo → atrofia testicular,
rarefação de pelos e redução da massa
muscular.
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⁻ ↓ função → hipoalbuminemia, icterícia, →Fígado
coagulopatia e imunodepressão. Mais normal, sem
propenso a ter edemas. RNI alargado alterações,
(coagulopata). o fígado é responsável pela ocupando o
produção de imunoglobulinas então, o lugar que
paciente hepatopata está mais propenso a deve em
desenvolver infecções. hipocôndrio
Distúrbios hemodinâncos: direito.
⁻ Hipovolemia relativa → o corpo entende
que está faltando sangue e faz vasodilatação
esplâncnica
⁻ Vasodilatação esplâncnica → piorando a
hipertensão portal, aumento da resistência
vascular.
⁻ Ativação SRAA → a perfusão em outros
órgãos fica diminuída, por exemplo no rim,
ativando o SRAA.
⁻ Aumento do débito cardíaco → o fígado vai
aumentar a retenção hidrossalina, TC, acima, de um paciente com cirrose hepática, um
aumentando o débito cardíaco. fígado reduzido com bordas irregulares,
heterogêneo e com hipertensão portal. Em laranja,
demonstrando ascite.
Endoscopia digestiva alta → para ver consequências
Laboratoriais: hemograma: plaquetopenia, anemia, da cirrose, varizes
leucopenia esofágicas em
Coagulação: INR, fator V consequência da cirrose,
devido a hipertensão portal.
Hiponatremia
Também, é possível ver
Hipoalbuminemia
varizes gástricas e
Perfil hepático
gastropatia hipertensiva
⁻ É variável, em relação a etiologia da cirrose,
portal.
ao grau de estadiamento e se há
Biópsia → PADRÃO-OURO
descompensação.
⁻ Nódulos de regeneração
⁻ PULO DO GASTRO → aminotransferases
⁻ Paciente pode sangrar, é feita só em último
(TGO/AST e TGP/ALT), se aumentadas no
caso
sangue esse paciente tem uma lesão
Métodos não-invasivos:
hepatocelular. Compatível com hepatite.
⁻ Elastrografia: avalia o grau de rigidez
⁻ Se aumento de fosfatase alcalina (FA) ou
hepática, inferindo se há fibrose.
GGT, são enzimas canaliculares, de ducto
biliar, então tem uma patologia em via biliar. USG
⁻ Função → TP/RNI; albumina e bilirrubina, RNM
está se avaliando a função de síntese e ⁻ Escores: que utilizam dados clínicos e
excreção. laboratoriais para inferir se há fibrose
Exames de imagens: USG/TC/RNM avançada no fígado.
⁻ Fígado reduzido APRI
⁻ Bordas irregulares FIB 4
⁻ Heterogêneo
⁻ Hipertensão portal
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Laboratório → paciente com etiologia alcoólica AST
> ALT
⁻ AST/ALT > 2
⁻ < 300
⁻ ↑Gama-GT → maior sensibilidade e
pouco especificidade.
⁻ Hemograma → anemia macrocítica
Diagnóstico → é um paciente com cirrose e história
de etilismo importante
⁻ SEMPRE afastar diagnósticos diferenciais
⁻ Se precisar de biópsia hepática:
Alternativa A: correta, o fígado fica atrofiado Esteatose
Alternativa B: correta, o RNI fica alargado Balonização de hepatócitos
Alternativa C: incorreta, o gradiente > 1,1, mas a Corpúsculos de Mallory
proteína do líquido ascítico é baixa Fibrose perisinusoidal
Alternativa D: correta, é sinal de hipertensão portal Infiltrado neutrofílico
Alternativa E: correta, albumina sérica baixa Essas alterações não se
distinguem das alterações
encontradas na doença
hepática gordurosa não
alcoólica. É muito importante na
anamnese, caracterizar bem a
Doença hepática gordurosa alcoólica → tem risco de história de etilismo do paciente.
desenvolver hepatite alcoólica Tratamento → suspensão do etilismo
Hepatite alcoólica → quadro agudo, grave, com ⁻ Interdisciplinar
elevação importante de TGO e TGP, podendo ⁻ Atenção à síndrome de abstinência
evoluir para cirrose. ⁻ Suporte nutricional
Cirrose → é importante avaliar a quantidade álcool Hepatite alcoólica → o paciente tem uma libação
ingerido. alcoólica e se apresenta com hepatite na emergência.
Então, se precisa fazer um cálculo, é o índice de
Maddrey (IFD), função discriminatória do fígado.
⁻ Corticoide se > 32
⁻ Escore de LILLE na 1ª semana → se +
Ingesta de álcool → Homem > 30g/dia e mulher >
continuar o tratamento por mais 3
20 g/dia.
semanas e se vier -, não está
Manifestações clínicas:
melhorando, pode suspender o
⁻ Contratura de Dupuytren → contratura
corticoide.
na fáscia plantar, espessamento no 4º
⁻ Manter por 4 semanas
ou 5º quirodáctilo.
⁻ Intumescimento de parótidas
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Lembrar que tem várias causas para esteatose Tratamento: o principal é a perda ponderal (mais
hepática: importante). Dieta + exercícios.
⁻ Doença hepática gordurosa não alcoólica ⁻ Limitar álcool e outros hepatotóxicos
⁻ Álcool NASH: indicação de pioglitazona (principalmente para
⁻ Hepatite C DM ou com resistência insulínica) ou a vitamina E
⁻ Doença de Wilson (não-diabéticos).
⁻ Drogas..
O próximo passo é descartar outras causas, se não
tiver mais causas secundárias, esse paciente tem
DHGNA. Na história natural da doença, se não
melhorar os hábitos, fazer o tratamento, pode evoluir
em até 12 - 40% dos casos para esteatohepatite não Paciente com suscetibilidade genética + gatilho
alcoólica (NASH). ambiental + resposta imune
Esteatohepatite não alcoólica → é uma inflamação
crônica do fígado e uma lesão crônica no fígado,
com o tempo pode levar a cirrose em cerca de 3 –
5% e em 7% deles podem aparecer carcinoma Mulheres 3:1
hepatocelular. Em relação a idade tem uma distribuição bimodal,
Epidemiologia: prevalência de 22 – 28% e NASH: 1 com pico inicial na infância/adolescência e o outro na
– 6% idade adulta entre a 4ª e 6ª década de vida.
Fatores de risco: predisposição genética, disbiose,
resistência insulínica (principal), estresse oxidativo
(independente da causa, pode ser obesidade).
Exames complementares: Variável
⁻ ALT > AST Paciente assintomático, que faz exames de rotina e
⁻ ↑ferritina vê aumento de TGO e TGP e na investigação
⁻ Saturação de transferrina normal → é o que descobre. Tem também, aquele paciente com
diferencia da hemocromatose sintomas brandos, início insidioso. Tem aquele que
⁻ Biópsia: abre o quadro já com hepatite fulminante, um quadro
grave, que às vezes precisa até de transplante
Transaminases persistentemente
hepático. Por outro lado, 30% dos pacientes já
elevadas e precisa fazer o
abrem o quadro com o diagnóstico definitivo de
diagnóstico de NASH
cirrose hepática.
Suspeita de hepatopatia avançada
Na biópsia são encontradas as
mesmas alterações da doença
hepática alcoólica, o que muda é a Insidioso: mais comum, 2/3 dos pacientes
epidemiologia. Balonização dos Sintomas constitucionais inespecíficos:
hepatócitos (gordura). ⁻ Fadiga
⁻ Astenia
⁻ Prurido
⁻ Artralgia
⁻ Icterícia
⁻ Náusea
Exames:
⁻ ↑transaminases
⁻ Hipergamaglobulinemia policlonal
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⁻ ↑ IgG sérico HEMO = sangue; CROMA = cor mais escura; TOSE
⁻ Autoanticorpos → muito importante, = condição; hereditária = carga genética.
direciona a classificação Quando a doença foi descoberta, os pacientes iam
Tipo 1: mais comum (80 – 90%), positividade FAN e escurecendo a tonalidade da pele ao longo do tempo.
ANTI-MÚSCULO LISO
Tipo 2: positividade para ANTI - LKMA1 e ANTI -
LCA1
Tipo 3: controverso, ANTI - SLA; Acúmulo patológico de ferro no organismo
Pode ter ferro no fígado, pâncreas, coração, pele,
articulação, hipófise. Esses são os 6 principais.
Ferritina > 200 ng/ml (homens) ou > 150 ng/ml Acúmulo patológico de cobre no organismo
(mulheres) → porém é inespecífico, é uma proteína Principalmente, no fígado, SNC e rim
de fase aguda.
Precisa dosar a saturação de transferrina para pensar
em hemocromatose, essa é a principal diferença da
DHNGA > 45%. É uma doença genética, existe uma mutação
Teste genético (C282Y ou H63D) → o C282Y é o genética autossômica recessiva que leva ao déficit na
principal excreção do cobre.
Hemocromatose secundária → secundária a outras O metabolismo do cobre é feito no hepatócito,
causas: principalmente, no ATP 7B, que é responsável pela
⁻ Sobrecarga transfusional → paciente que ceruloplasmina (responsável pelo transporte do
recebe muita transfusão sanguínea, cobre). Absorve o cobre, chega no hepatócito, o
aumenta o estoque de ferro ATP 7B coloca o cobre na ceruplasmina (são 6
⁻ Anemias → talassemia maior, sideroblástica, moléculas de cobre) para transportar no sangue.
hemolítica Além disso, esse ATP 7B é responsável pela
⁻ Aumento da ingestão de ferro excreção, o cobre que não será usado vai para os
⁻ Doença hepática crônica → DAF, DHGNA canalículos biliares.
Rastreio → parentes de 1º grau de pacientes que Se tem uma doença que por mutação, dá um
tem hemocromatose hereditária. É feito o rastreio defeito no ATP 7B (justamente o defeito da doença
com ferritina + saturação de transferrina, de Wilson), o paciente cursa com acúmulo de cobre,
dependendo do resultado faz o teste genético. não consegue produzir a ceruloplasmina, quando for
dosar no sangue, vai estar baixa. Se não consegue
produzir a ceruloplasmina, não se consegue
transportar o cobre de maneira adequada no sangue
Precisa diminuir a quantidade de ferro no corpo, e se acumulando no tecido hepático. Então, aumenta
consegue através de flebotomia (retirar o sangue de o nível de cobre sérico e esse cobre que fica no
tempo em tempo), objetivando uma ferritina entre hepatócito, sofre reações, libera radicais livres e com
50 e 100 ng/ml. Pode, também, ser usado quelante o tempo pode levar a cirrose hepática.
de ferro (desferoxamina).
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⁻ Insuficiência renal (Fanconi)
⁻ Ceruloplasmina normal ou alta → porque
Pacientes jovens (5 – 35 anos) também é uma proteína de fase aguda que
Média de idade: 13 anos pode se elevar, essa é a principal alteração
da insuficiência hepática aguda do paciente
com cirrose por doença de Wilson.
Hepáticas:
⁻ Cirrose
⁻ Hepatoesplenomegalia Remover o cobre
⁻ Insuficiência hepática aguda (5%) Usar quelantes → cuprúria (eliminação de cobre pela
Neuro/psiquiátricas: urina)
⁻ Disartria/parkinsonismo ⁻ D – penicilanina
⁻ Demência ⁻ Tridentina
⁻ Depressão Também podem ser usados sais de zinco:
Anéis de KAYSER – FLEISCHEIR: ⁻ Reduzem a absorção do cobre
⁻ Depósito de cobre na
membrana de Descemet’s
(córnea) Colestase → elevação de fosfatase alcalina
⁻ Visto na lâmpada de Classificação:
fenda → é um exame que se ⁻ Obstrutiva (obstrui a via de saída da bile) →
pede para esse paciente tumor de papila duodenal, tumor de cabeça
de pâncreas. O paciente tem um
represamento da bile nas vias biliares, que
vão extravasar para o sangue e aumentar a
BB direta e FA.
⁻ Não obstrutiva
Lâmpada de fenda
↓ceruloplasmina A melhor maneira de diferenciar as duas é por
exames de imagem. Uma imagem pode mostrar por
↑cobre sérico
exemplo, tumor de papila, tumor de cabeça de
↑ cobre urinário → uma vez que não é possível
pâncreas, colangiocarcinoma, alguma causa que está
eliminar o cobre por via biliar.
obstruindo a saída da bile.
Anemia hemolítica coombs negativo
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Alternativa B: correta.
Alternativa C: incorreta, porque é mais comum em
mulheres
Alternativa D: incorreta, porque não tem diferença
da biópsia de um paciente com cirrose por etiologia
alcoólica, para um com DHGNA. Não tem nenhuma
alteração patognomônica na biópsia do paciente com
DHGNA
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