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Obj 1
1. Processo Patológico da Cirrose Hepática:
• A cirrose hepática é uma condição resultante de lesão crônica no fígado,
levando a necrose hepatocelular difusa e subsequente tentativa de
regeneração dos hepatócitos.
• Esse processo dinâmico de destruição e regeneração resulta em
modificações na matriz extracelular, levando à deposição progressiva de
tecido fibrótico, substituindo o parênquima funcional.
• A consequência é uma desorganização arquitetônica e vascular dos
lóbulos hepáticos, resultando em danos funcionais graves.
• A cirrose hepática envolve dois componentes principais: fibrose
hepática em ponte e rearranjo da arquitetura lobular nos chamados
nódulos de regeneração.
• A fibrose em ponte é caracterizada pela formação de shunts vasculares
(caminhos alternativos) no interior das traves fibróticas.
• Os nódulos de regeneração são massas de hepatócitos desprovidos de
funcionalidade, sem comunicação com uma veia centrolobular.
2. Mecanismos e Consequências do Processo Patológico:
• O processo de fibrose hepática ocorre devido à transformação das
células estreladas (ito) em miofibroblastos, que sintetizam matriz
extracelular, particularmente colágeno tipo I e III.
• A capilarização dos sinusoides resulta em obliteração das fenestras,
reduzindo a capacidade de metabolização hepática e a secreção de
macromoléculas pelos hepatócitos.
• A resistência vascular intra-hepática aumenta devido à diminuição do
calibre dos sinusoides, contribuindo para a hipertensão portal.
• Os ciclos de necrose, fibrose e regeneração celular continuam se
alternando até que a regeneração hepatocitária fique restrita aos
espaços entre as traves fibróticas, formando os nódulos de
regeneração.
• Os nódulos de regeneração representam uma tentativa frustrada do
fígado em reestabelecer sua arquitetura funcional em meio à fibrose
intensa e disseminada.
3. Diagnóstico e Características Clínicas:
• O diagnóstico de cirrose hepática é confirmado pela presença de fibrose
em ponte e nódulos de regeneração, geralmente avaliados por biópsia
hepática.
• A biópsia pode ser reservada para casos de dúvida diagnóstica
persistente ou em situações específicas.
• Macroscopicamente, o fígado com cirrose em estágio avançado pode
apresentar aspecto macro ou micronodular na superfície do órgão, com
tendência à redução e atrofia.
• Características clínicas incluem hepatimetria de percussão, onde o lobo
hepático direito é reduzido e o lobo esquerdo é aumentado, e sinais de
disfunção hepática como ascite, icterícia, e encefalopatia hepática.
1. Hiperestrogenismo e Hipoandrogenismo:
• Na cirrose hepática, ocorre um desequilíbrio hormonal caracterizado
por aumento dos níveis de estrógeno (hiperestrogenismo) e diminuição
dos níveis de testosterona (hipoandrogenismo).
• O hiperestrogenismo é responsável por alterações vasculares cutâneas,
como eritema palmar e telangiectasias do tipo "aranha vascular".
• O eritema palmar ocorre devido à vasodilatação cutânea,
principalmente na região da palma das mãos.
• As telangiectasias do tipo "aranha vascular" são caracterizadas por
dilatação arteriolar central ligada a capilares dilatados, frequentemente
encontradas no pescoço e região superior do tronco.
• O hipoandrogenismo leva a sintomas como diminuição da libido,
impotência masculina, atrofia testicular, redução da massa muscular e
rarefação de pelos. A ginecomastia também pode ocorrer como
resultado do desequilíbrio hormonal.
2. Baqueteamento (ou Hipocratismo) Digital:
• Refere-se a uma alteração na forma dos dedos, em que a ponta dos
dedos fica arredondada e a base da unha aumenta de volume.
• A causa exata do baqueteamento digital em pacientes com cirrose
hepática não é completamente compreendida, mas acredita-se que
envolva uma dilatação dos vasos sanguíneos na extremidade digital.
• O baqueteamento digital pode ser um sinal de várias condições,
incluindo cirrose hepática, embora também possa ocorrer em outras
doenças pulmonares e cardíacas.
3. Distúrbios Hemodinâmicos na Cirrose Hepática:
• Os distúrbios hemodinâmicos na cirrose hepática estão fortemente ligados à
hipertensão portal, mas a disfunção hepatocelular também desempenha um
papel na sua gênese.
• A teoria clássica do "Underfilling" explica que a hipertensão portal na cirrose
leva ao extravasamento de líquido intravascular para a cavidade peritoneal,
desencadeando uma resposta neuro-hormonal para restaurar a volemia.
• A "teoria da vasodilatação" é uma explicação mais abrangente, sugerindo que a
vasodilatação arteriolar esplâncnica é uma das primeiras alterações
hemodinâmicas na cirrose, levando a um desvio de sangue para o território
esplâncnico e uma redução do volume arterial efetivo.
• Como resultado, ocorre uma ativação dos sistemas renina-angiotensina-
aldosterona, nervoso simpático e liberação de ADH, levando à retenção de sal e
água pelos rins, exacerbando a vasodilatação e contribuindo para a formação
de ascite. (teoria do underfilling)
• Os pacientes podem apresentar uma série de sintomas decorrentes desses
distúrbios, incluindo hipotensão arterial, taquicardia, oligúria e
descompensação renal aguda.
4. Exames Laboratoriais na Cirrose Hepática:
• Os exames laboratoriais desempenham um papel crucial no diagnóstico e
monitoramento da cirrose hepática.
• Alterações nas aminotransferases podem indicar atividade inflamatória no
parênquima hepático, com uma inversão típica da relação ALT/AST conforme a
cirrose progride. (normal alt maior que ast -> cirrose inverte)
• Elevações na fosfatase alcalina e GGT sugerem etiologias colestáticas da
cirrose, como cirrose biliar primária.
• A hiperbilirrubinemia, hipoalbuminemia e prolongamento do tempo de
protrombina são marcadores de mau prognóstico na cirrose, refletindo a
disfunção hepática e a redução na síntese de fatores de coagulação.
• A hiponatremia indica gravidade na cirrose com ascite e está relacionada à
retenção de água induzida pelo ADH.
• O desenvolvimento de pancitopenia, especialmente plaquetopenia, está
associado à esplenomegalia e hiperesplenismo na cirrose avançada.
• Marcadores séricos diretos e indiretos de fibrose hepática, embora ainda não
amplamente utilizados na prática clínica, estão sendo estudados como
alternativas não invasivas à biópsia hepática para avaliação da gravidade da
cirrose.
Coagulopatia:
Hiperesplenismo:
O baço desempenha várias funções, incluindo a destruição de hemácias senescentes
ou defeituosas em um processo chamado hemocaterese. Em condições normais, parte
das hemácias passa pelos cordões esplênicos do baço, onde são fagocitadas por
macrófagos esplênicos. Na cirrose hepática, a hipertensão portal resultante da doença
leva a uma esplenomegalia (aumento do tamanho do baço) congestiva. Isso aumenta a
eficiência da hemocaterese, levando à destruição excessiva de hemácias senescentes
ou defeituosas. Como resultado, os pacientes podem desenvolver uma anemia
hemolítica leve, pois o aumento na destruição das hemácias é frequentemente
compensado pelo aumento na produção de hemácias pela medula óssea, levando à
reticulocitose.
Além disso, o baço normalmente "armazena" ou "sequestra" cerca de um terço das
plaquetas circulantes. No entanto, em casos de cirrose com hipertensão portal grave e
esplenomegalia, o baço congesto pode "sequestrar" um número ainda maior de
plaquetas, levando à plaquetopenia. A plaquetopenia causada pelo hiperesplenismo
pode ser significativa, com contagens plaquetárias na faixa de 30.000-60.000/mm3. A
neutropenia também pode ocorrer como resultado do "sequestro esplênico" de
leucócitos, embora geralmente seja leve a moderada. Em casos raros de citopenias
graves, a esplenectomia pode ser considerada como tratamento.
ESTADIAMENTO DE CHILD-PUGH
O sistema vascular porta é único no corpo humano, pois conecta duas importantes
redes capilares - a mesentérica e a hepática. A veia porta, responsável por este
sistema, é formada pela junção das veias mesentérica superior e esplênica. Isso
significa que todo o sangue que vem do intestino delgado, intestino grosso, baço e
pâncreas é coletado pela veia porta e transportado para o fígado antes de entrar na
circulação sistêmica.
A hipertensão portal é uma condição em que a pressão na veia porta está elevada, o
que pode levar a complicações graves, como formação de varizes esofagogástricas,
ascite e encefalopatia hepática. Esta pressão na veia porta é geralmente medida
indiretamente pelo gradiente de pressão venosa hepática (HVPG), que é a diferença
entre a pressão venosa hepática "encunhada" e a pressão venosa hepática "livre". Um
HVPG acima de 5 mmHg é indicativo de hipertensão portal.
As varizes esofagogástricas são um resultado direto da hipertensão portal. Quando a
pressão na veia porta é elevada, o sangue procura rotas alternativas para drenar para a
circulação sistêmica. Isso resulta na formação de vasos colaterais, como as veias
gástricas curtas, que se comunicam com as veias esofagianas, levando à dilatação e à
formação de varizes.
Além disso, a hipertensão portal pode levar a uma série de complicações, incluindo
ascite, que é o acúmulo de líquido no abdome devido ao aumento da pressão na veia
porta. A encefalopatia hepática também pode ocorrer, especialmente em casos de
cirrose, onde o fígado não consegue filtrar adequadamente as toxinas provenientes do
intestino, levando a distúrbios neurológicos.
O sistema vascular hepático também é mencionado, com a veia porta contribuindo
com cerca de 75% do fluxo sanguíneo para o fígado e a artéria hepática com os 25%
restantes. Isso destaca a importância da veia porta no fornecimento de oxigênio e
nutrientes para os hepatócitos, bem como na depuração de toxinas.
No entanto, em casos de hipertensão portal avançada ou derivações cirúrgicas, onde o
fluxo sanguíneo na veia porta é insuficiente, pode ocorrer uma piora na função
hepática devido à redução do suprimento de oxigênio e à sobrecarga de toxinas nos
hepatócitos. Isso pode resultar em complicações como encefalopatia hepática e
agravamento da insuficiência hepática.
Vascularização Hepática:
• O sistema vascular porta é único no corpo humano, conectando duas
importantes redes capilares - a mesentérica e a hepática.
• A veia porta é formada pela junção das veias mesentérica superior e esplênica,
coletando todo o sangue do intestino delgado, intestino grosso, baço e
pâncreas.
• A artéria hepática, ramo do tronco celíaco, origina as artérias hepáticas direita
e esquerda após a emergência da artéria gastroduodenal.
• Variações anatômicas podem ocorrer, como origens anômalas das artérias
hepáticas.
• O fluxo sanguíneo hepático é de aproximadamente 1.500 ml/min,
representando cerca de 25% do débito cardíaco.
• A veia porta contribui com mais da metade do suprimento de oxigênio
necessário para o fígado, além de transportar hormônios hepatotróficos e
toxinas.
Fisiopatologia da Hipertensão Portal:
• A hipertensão portal é uma condição caracterizada pelo aumento da pressão na
veia porta.
• Pode resultar de aumento da resistência vascular em nível pré-hepático, intra-
hepático ou pós-hepático.
• Na cirrose hepática, a obstrução ao fluxo portal resulta de resistência estrutural
secundária à fibrose e elevação primária do tônus vascular intra-hepático.
• Há uma interação complexa entre fatores locais, como o óxido nítrico, e a
ativação neuro-hormonal, contribuindo para o aumento do fluxo de sangue na
veia porta.
• Esse estado hiperdinâmico circulatório é típico em pacientes cirróticos e
contribui para a progressão da hipertensão portal.
Diagnóstico
QUADRO CLÍNICO
● Esplenomegalia
● Colaterais portossistêmicas: circulação colateral, varizes de esôfago e varizes
ectópicas.
● Sangramento digestivo
● Manifestações sistêmicas: taquicardia, ictus impulsivo e redução da pressão arterial.
● Ascite
● Encefalopatia hepática
● Baqueteamento de dedos/unhas em vidro de relógio.
● Taquipnéia e dispnéia aos esforços
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TRATAMENTO
Os passos do procedimento são os seguintes: (1) punção da veia jugular interna direita
e cateterismo da veia hepática direita, guiado pela radioscopia e injeção de contraste;
(2) encunhamento com balão em um ramo da hepática direita, após o qual uma
venografia com CO2 contrasta o sistema porta intra-hepático; (3) uma vez visualizados
a veia hepática direita e o ramo direito da veia porta intra-hepática, num ponto em
que estes vasos quase se encostam, uma agulha com um guia é transpassada pela
parede dessas veias, comunicando-as; onde, então, após nova venografia
portomesentérica, é colocado um stent metálico autoexpansível Palmaz ou Wallstent,
com diâmetro de 8-12 mm, para manutenção do shunt.
Obj 3
Fisiopatologia da PBE:
A PBE surge na ausência de uma fonte contígua de contaminação, como abscessos
intra-abdominais ou perfuração de víscera oca. A fisiopatologia envolve a translocação
bacteriana a partir do trato gastrointestinal, onde as bactérias migram para os
linfonodos mesentéricos, causando bacteremia. Posteriormente, esses patógenos são
depositados no líquido ascítico, que tem uma defesa imunológica precária. A
deficiência de opsoninas, como as proteínas do complemento, no líquido ascítico
também contribui para a suscetibilidade à PBE.
Agentes Causadores e Diagnóstico:
• A maioria dos casos de PBE é causada por Gram-negativos entéricos,
principalmente Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Streptococcus
pneumoniae (pneumococo) também pode ser um agente causador,
especialmente em casos relacionados à ascite nefrótica.
• O diagnóstico é feito com base na contagem de polimorfonucleares (PMN) no
líquido ascítico, com ≥ 250/mm³ e cultura positiva monobacteriana. Em casos
em que a cultura é negativa, mas a contagem de PMN é alta, é considerada
uma entidade chamada ascite neutrofílica cultura negativa, geralmente tratada
como PBE.
Quadro Clínico:
• Os sintomas mais comuns incluem febre, dor abdominal difusa, alteração do
estado mental devido à encefalopatia hepática e dor à palpação abdominal. Em
até um terço dos casos, os pacientes podem estar assintomáticos, sendo o
diagnóstico feito apenas pela análise do líquido ascítico.
Diagnóstico Diferencial:
• A PBE deve ser diferenciada da peritonite bacteriana secundária, que ocorre
devido a uma fonte contígua de contaminação. A peritonite secundária é
caracterizada por uma infecção polimicrobiana e pode exigir tratamento
cirúrgico imediato.
• Critérios como proteína total > 1,0 g/dl, glicose < 50 mg/dl e LDH maior que o
limite sérico normal podem indicar peritonite secundária.
Prognóstico e Tratamento:
• O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Todos os
pacientes cirróticos com ascite devem ser submetidos à paracentese
diagnóstica.
• A terapia de escolha para PBE é uma cefalosporina de terceira geração venosa,
como cefotaxima ou ceftriaxona. A expansão plasmática com albumina é parte
integrante do tratamento, reduzindo a incidência de insuficiência renal e
melhorando a sobrevida.
• A profilaxia com antibióticos, como norfloxacino ou ciprofloxacino, é
recomendada para prevenir recorrências em pacientes que tiveram PBE. A
profilaxia primária é indicada após hemorragia por varizes esofagogástricas e
em pacientes cirróticos com baixos níveis de proteína no líquido ascítico.
Considerações Finais:
• A PBE é uma complicação grave que requer diagnóstico e tratamento precoces
para reduzir a mortalidade e prevenir recorrências.
• A identificação adequada e o manejo diferencial entre PBE e peritonite
bacteriana secundária são essenciais para o prognóstico do paciente.
• A profilaxia com antibióticos desempenha um papel importante na prevenção
de recorrências e deve ser considerada em pacientes de alto risco.
Encefalopatia Hepática
A encefalopatia hepática (EH) é uma complicação neuropsiquiátrica grave associada a
disfunção hepática aguda ou crônica. Caracteriza-se por uma ampla gama de distúrbios
neurológicos, que vão desde alterações sutis de personalidade até coma. A patogênese
da EH é complexa e multifatorial, envolvendo disfunção hepática, aumento da amônia
no cérebro e alterações neuroquímicas.
Mecanismos Patogênicos:
1. Disfunção Hepática: A encefalopatia hepática (EH) surge como uma
complicação de disfunções hepáticas agudas ou crônicas, como cirrose ou
hepatite, resultando em uma incapacidade do fígado de realizar suas funções
metabólicas normalmente.
2. Amônia: Desempenha um papel central na patogênese da EH. A falha hepática
em metabolizar a amônia leva ao seu acúmulo no sangue, pois a absorção
intestinal de amônia é aumentada.
3. Alterações Neurotransmissoras: A amônia atravessa a barreira
hematoencefálica, afetando diretamente o sistema nervoso central. Isso resulta
em disfunção cerebral, incluindo alterações nos neurotransmissores, o que
contribui para os sintomas neurológicos observados na EH.
Fatores Precipitantes:
1. Hemorragia Digestiva: A perda sanguínea aumenta a carga de nitrogênio,
exacerbando a produção e a acumulação de amônia.
2. Infecções: Pioram a função hepática e aumentam a produção de amônia,
agravando os sintomas da EH.
3. Desidratação e Desequilíbrios Eletrolíticos: São comuns em pacientes com
cirrose avançada e podem desencadear episódios de EH.
Sinais e Sintomas:
1. Fases: Variam desde alterações sutis de personalidade até coma, com possíveis
flutuações entre períodos de lucidez e confusão.
2. Asterixis: Movimento involuntário caracterizado por flapping das mãos, é um
sinal clássico de EH.
3. Hálito Hepático: Odor característico descrito como "amônia" ou "urina" devido
ao acúmulo de substâncias tóxicas no organismo.
4. Comprometimento Cognitivo: Pode variar desde confusão mental até coma
profundo.
Diagnóstico:
1. Clínico: Baseado na história clínica e na observação dos sinais e sintomas
característicos da EH.
2. Exames Laboratoriais: Incluem dosagem de amônia no sangue, testes de
função hepática e eletroencefalograma para avaliar a atividade elétrica
cerebral.
3. Imagem: Embora a ressonância magnética possa mostrar algumas alterações, o
diagnóstico geralmente é confirmado com base nos achados clínicos e
laboratoriais.
Tratamento:
1. Lactulose: Utilizada para acidificar o cólon, reduzindo assim a absorção de
amônia no intestino.
2. Antibióticos: Podem ser prescritos para reduzir a flora intestinal produtora de
amônia.
3. Restrição Proteica: Deve ser limitada e individualizada para evitar o acúmulo
excessivo de amônia.
4. Transplante Hepático: Em casos graves e refratários, o transplante hepático
pode ser considerado como tratamento definitivo.
Prevenção:
1. Controle da Doença Hepática: Tratar a doença hepática subjacente é
fundamental para prevenir a progressão da EH.
2. Evitar Fatores Precipitantes: Hemorragia, desidratação e infecções devem ser
evitadas sempre que possível para reduzir o risco de descompensação hepática.
Acompanhamento e Prognóstico:
1. Monitoramento Regular: Avaliações neurológicas periódicas e dosagem de
amônia são essenciais para monitorar a progressão da EH e ajustar o
tratamento conforme necessário.
2. Prognóstico Variável: Depende da gravidade da doença hepática subjacente,
da resposta ao tratamento e da adesão às medidas preventivas.
Considerações Especiais:
1. Encefalopatia Hepática Aguda: Pode ocorrer em pacientes sem histórico prévio
de doença hepática, muitas vezes como resultado de insuficiência hepática
aguda fulminante.
2. Encefalopatia Mínima: Refere-se a alterações sutis de personalidade e
cognição em pacientes com cirrose compensada, muitas vezes detectadas
apenas por testes neuropsicológicos específicos.
Graus de EH