Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
HEPATITE
Inflamação difusa do fígado, de origem não infecciosa ou infecciosa
Hepatite aguda dura menos de 6 meses; apresenta resolução completa com o retorno
da função hepática normal, ou evolui para Hepatite crônica, depois cirrose e,
possivelmente, insuficiência hepática.
2
Medicamentos e Toxinas• Álcool
CAUSAS
• Acetaminofeno
Doenças Infecciosas • Isoniazida
4
HEPATITE INFECCIOSA
5
FISIOPATOLOGIA
Os processos patológicos afetam os hepatócitos, os vasos sanguíneos e as células de Kupffer, que são
responsáveis pela captação e subsequente degradação de substâncias estranhas e potencialmente
perigosas no organismo.
Na lesão branda e reversível, os hepatócitos podem regenerar-se.
Na lesão mais grave ou sustentada, a regeneração é incompleta e o processo de cicatrização pode
provocar fibrose.
As alterações fibróticas modificam a arquitetura hepática e podem levar à cirrose e compromete o fluxo
sanguíneo através do fígado.
Uma lesão aguda do fígado pode progredir para a insuficiência hepática fulminante, a qual é definida
como a encefalopatia hepática que ocorre dentro de 8 semanas de icterícia.
A encefalopatia hepática é causada pela incapacidade do fígado de remover a amônia e outras toxinas do
sangue, evoluindo para edema cerebral, coma e morte por herniação cerebral.
6
ASCITE
A ascite é a complicação mais comum da cirrose hepática.
50% evoluem com ascite em 10 anos.
85% é causada por cirrose
Outras causas:
7
Veias abdominais colaterais na parede abdominal anterior de um paciente com
hepatopatia alcoólica - TELEANGECTASIA
8
ASCITE – PARACENTESE (EXAME DIAGNÓSTICO)
Celularidade total e diferencial Esfregaço e cultura para BAAR
Proteínas totais Citologia
Albumina Triglicerídeos
Calcular o GASA Bilirrubina
Cultura em frascos de hemocultura
pH
Glicose
Lactato
DHL
Colesterol
Amilase
Gram
BAAR = bacilo álcool-acidorresistente; DHL = desidrogenase láctica; GASA = gradiente de albumina soro- 9
10
11
12
13
14
VARIZES ESOFÁGICAS
As varizes esofágicas
desenvolvem-se em
consequência do aumento da
pressão porta. Na tentativa de
promover o retorno do sangue
à circulação sistêmica,
formam-se veias colaterais
para desviar o aumento da
resistência porta. Esses vasos
colaterais tornam-se tortuosos
e distendidos, sendo
chamados de varizes.
15
16
17
SengstakenBlakemore Minnesota
SINDROME HEPATORRENAL
síndrome potencialmente reversível caracterizada por insuficiência renal funcional,
que se instala em pacientes com insuficiência hepática aguda ou crônica.
Os fatores desencadeantes incluem infecções bacterianas, hemorragia gastrintestinal,
paracentese de grande volume (principalmente quando não realizada expansão
plasmática) e hepatite alcoólica.
A SHR é caracterizada por:
vasoconstrição renal acentuada, com consequente redução do volume plasmático e da taxa de
filtração glomerular;
ausência de alterações estruturais no parênquima renal;
função tubular renal preservada
18
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
é um distúrbio neuropsiquiátrico grave e potencialmente reversível
a patogênese da encefalopatia hepática parece estar relacionada à presença de
substâncias nitrogenadas na circulação sistêmica resultante da diminuição da função
hepática ou dos shunts portossistêmicos.
Diagnóstico diferencial
Encefalopatias metabólicas: Hipóxia, narcose por CO2, azotemia, cetoacidose
Encefalopatias tóxicas: Álcool (intoxicação aguda, abstinência, síndrome de Wernicke-Korsakoff),
psicotrópicos, salicilatos, metais pesados
Lesões intracranianas: Hemorragia intracerebral, subdural, subaracnoidea; infarto cerebral, tumor
cerebral, abscesso cerebral, meningite, encefalite, encefalopatia pós-comicial
Desordens neuropsiquiátricas: Distúrbios bipolares, depressão, demência
19
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
QUADRO CLÍNICO
podem apresentar alterações de personalidade e de comportamento, sem alterações
neurológicas específicas.
alteração do ciclo sono-vigília (sonolência diurna),
diminuição da atenção, desorientação, euforia ou depressão.
As alterações comuns neurológicas são ataxia, disartria, nistagmo e flapping
(Asterix).
À medida que o quadro progride, o paciente pode se tornar torporoso, despertando
apenas aos estímulos e, eventualmente, pode ocorrer evolução para coma hepático.
20
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
TRATAMENTO
Remover fatores desencadeantes: principal medida.
Evitar uso de sedativos, pois podem agravar o quadro.
Utilizar sonda nasogástrica (SNG) apenas em pacientes comatosos.
Utilizar intubação orotraqueal: necessária em pacientes comatosos para proteção das vias aéreas. A
sedação deve ser preferencialmente realizada com medicamentos de ação rápida, como o propofol.
Suspender os diuréticos e reintroduzi-los apenas após resolução do quadro.
21
TRATAMENTO
O tratamento apropriado depende da causa da ascite.
Pacientes com ascite e GASA menor que 1,1 g/dl, em geral, não apresentam
hipertensão portal e não respondem bem à restrição de sódio e diuréticos. Por outro
lado, aqueles com GASA maior ou igual a 1,1 g/dl apresentam boa resposta a essa
terapia.
Dieta hipossódica
Abstinência de álcool.
Diuréticos
22
SHUNT VENOSOPERITONEAL (SHUNT VP)
A extremidade distal do shunt
de LeVeen é tunelizada em
direção a uma veia central. O
shunt permite que o líquido
ascítico drene da cavidade
abdominal.
23
SHUNT PORTOSSISTÊMICO INTRAHEPÁTICO TRANSJUGULAR (TIPS)
Um stent é inserido por um cateter até a
veia porta para desviar o fluxo
sanguíneo e reduzir a hipertensão porta.
24
PARACENTESE DE GRANDE VOLUME
Retirada de até 5 l, pode ser realizada de forma segura, sem reposição de coloides.
Paracenteses de volume superior a 5 l devem ser repostas com albumina parenteral (8
g/l de fluido removido, incluindo os primeiros 5 l).
A apresentação usual da albumina é: albumina humana 20% 10g/50ml.
Calculo da albumina:
n litros de ascite retirados × 0,8 = n frascos de albumina
25
CASO CLÍNICO
Paciente com 55 anos, 70 kg, queixa de aumento do volume e desconforto abdominal,
portador de cirrose hepática por vírus de hepatite, nunca havia apresentado quadro
semelhante anteriormente.
Ao exame físico, não há evidência de encefalopatia e apresenta ascite moderada.
Realizar paracentese diagnóstica (celularidade total e diferencial, proteínas totais,
albumina, cultura). Enquanto aguarda resultados dos exames laboratoriais
(hemograma, função hepática, função renal, eletrólitos, sódio e potássio em amostra
isolada de urina, urina I), sugere-se:
26
PRESCRIÇÃO SUGERIDA
27
DIRETRIZES DE CUIDADO
28
DIRETRIZES DE CUIDADO
29
DIRETRIZES DE CUIDADO
30
DIRETRIZES DE CUIDADO
31
DIRETRIZES DE CUIDADO
32
DIRETRIZES DE CUIDADO
33
34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEDREIRA, Larissa Chaves, MERGULHÃO, Beatriz. Cuidados críticos em enfermagem.
Ribeiro Praseres. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
GUTIS - Guia da UTI Segura / Álvaro Réa-Neto, José Eduardo Couto de Castro,
KNIBEL, Marcos Freitas, OLIVEIRA, Mirella Cristine de -- 1ª ed -- São Paulo: Associação de
Medicina Intensiva Brasileira - 2010.
MICALLI, Juliana Lucia (org.). MANUAL DE ROTINAS DE ENFERMAGEM DA UTI DE
ADULTO. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva. Vila
Nova Cachoeirinha – SP. 2012
ORLANDO, José Maria C. MILANI JR., Rodolfo. Rotinas em Medicina Intensiva Adulto.
AMIB - Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Manual de medicina intensiva : AMIB. -- São Paulo : Editora Atheneu, 2014.
35