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1) A insuficiência hepática grave apresenta-se como uma das complicações a

encefalopatia hepática. Descreva 10 sinais e sintomas desta complicação.

R: Os sintomas mais precoces da encefalopatia hepática consistem em:

1- alterações mentais menores e distúrbios motores;


2- Há confusão leve e oscilações do humor;
3- Apresenta padrões alterados do sono e tende a dormir durante o dia e
apresentar inquietação e insônia à noite. Com a progressão, o cliente pode ter:
4- Dificuldade em acordar e ficar totalmente desorientado quanto ao tempo e
espaço. Com a progressão contínua da doença:
5- o cliente entra em coma franco e pode apresentar crises convulsivas;
6- asterixe;
7- hálito hepático;
8- apraxia de construção;
9- desaparecimento de reflexos;
10- membros tornam-se flácidos.

2) A cirrose é uma doença crônica caracterizada pela substituição do tecido


hepático normal por fibrose difusa, a qual rompe com a estrutura e função
do fígado. Descreva a fisiopatologia da hipertensão porta na cirrose hepática,
destacando os mecanismos envolvidos na ascite, varizes de esôfago icterícia.

R: Na hipertensão porta o fluxo sanguíneo obstruído através do fígado lesionado resulta


em pressão arterial aumentada por todo o sistema venoso porta. Podendo ocasionar ascite
e as varizes esofagianas. Na ascite, como resultado do comprometimento hepático,
grandes quantidades de líquido rico em albumina, podem acumular-se na cavidade
peritoneal. Com o movimento da albumina do soro para a cavidade peritoneal, a pressão
osmótica do soro diminui. Isso, combinado à pressão porta aumentada, resulta no
movimento do líquido para dentro da cavidade peritoneal. Nas varizes esofágicas a cirrose
com hipertensão porta causada pela resistência ao fluxo portal e aumento do influxo
venoso portal, resulta no desenvolvimento do gradiente de pressão de 12 mmHg ou mais
entre a veia porta e a veia cava inferior, formando vasos varicoides anormais, a ruptura
destes vasos provocam hemorragia fatal. Na icterícia, quando a concentração de
bilirrubina no sangue está anormalmente elevada, todos os tecidos do corpo, inclusive as
escleras e a pele, tornam-se amarelados ou esverdeados. Clinicamente quando o nível
sérico de bilirrubina supera 2,5 mg/dl. Os níveis séricos aumentados de bilirrubina e a
icterícia podem resultar do comprometimento da captação hepática, conjugação da
bilirrubina ou excreção de bilirrubina no sistema biliar. Existem vários tipos de icterícia:
hemolítica, hepatocelular e obstrutiva, hiperbilirrubinemia hereditária. Sendo, a icterícia
hepatocelular e a obstrutiva constituem os dois tipos comumente associados à doença
hepática.
3) A encefalopatia hepática é uma possível complicação da cirrose resultante
acúmulo de amônia e de outros metabólitos tóxicos no sangue. Relacione 05
ações de enfermagem para o paciente com esta complicação na prevenção do
coma hepático.

1- Manter um ambiente seguro, a fim de evitar a ocorrência de lesão, sangramento e


infecção;

2- Supervisionar o padrão respiratório, atentando para respirações profundas;

3- Garantir a mobilidade no leito para prevenção de lesão por pressão, atelectasia e


pneumonia;

4- Avaliar o estado neurológico;

5-Acompanhar a curva dos níveis séricos de amônia.

4) A autodigestão do pâncreas pelas suas próprias enzimas proteolíticas,


principalmente tripsina, provoca pancreatite aguda, cerca de 80% dos
clientes com essa condição apresentam doença da via biliar, tais como
cálculos biliares ou história de consumo excessivo e prolongado de bebidas
alcoólicas. A gravidade da pancreatite aguda e seus resultados podem ser
previstos com base nos dados clínicos e laboratoriais. Assim, quais são os
critérios para antecipar a gravidade da pancreatite aguda na admissão
hospitalar? E 48h após a admissão hospitalar?

R: Critérios de Rason: Na admissão: idade > 55 anos, leucocitosse > 16000/mm³; glicose
> 200 mg/dl; LDH >350UI/L; TGO >250 UI/L. 48h depois: Queda do hematócrito > 10%;
Aumento da ureia > 5 mg/dl; cálcio <8mg/dl; PO2 < 60 mmHg; Déficit de bases > 4
mEq/l; Perda de fluidos > 6L.

5) Hipoglicemia é caracterizada por glicemia plasmática ou capilar ≤ 60 mg/dL


associada a sintomas de hipoglicemia (sonolência, tonturas, cefaleia, ataxia,
astenia, tremor, sudorese, fome e parestesias). Relacione 05 cuidados de
enfermagem obrigatórios no cuidado a pacientes com este agravo para
correção dos níveis glicêmicos.

1- Administrar glucagon, conforme indicado;

2- Administrar glicose endovenosa, conforme indicado;

3- Manter o acesso EV;


4- Monitorar os níveis de glicose no sangue;

5- Orientar uma instrução sobre a dieta.

6) O indivíduo com doença renal terminal necessita de cuidado de enfermagem


experiente para evitar complicações da função renal reduzida. Nesse grupo
de pacientes o diagnóstico de enfermagem, volume de líquido excessivo
relacionado com o débito urinário diminuído, excessos da dieta e retenção de
sódio e água, é comumente identificado. Assim, relacione 05 cuidados de
enfermagem para alcançar o resultado, manutenção do peso corporal ideal,
sem excesso de líquido.

1- Manter equilíbrio eletrolítico adequado;


2- Limitar a ingesta hídrica ao volume prescrito;
3- Monitorar quanto a níveis séricos anormais eletrolíticos;
4- Manter registro preciso de ingestão e eliminação;
5- Pesar diariamente e monitorar tendências.

7) Cerca de 50 a 75% das amputações nos membros inferiores são realizadas


em indivíduos diabéticos. Quais as complicações do Diabetes mellitus que
contribuem para o risco aumentado de problemas e infecções nos pés?
Justifique sua resposta.

Neuropatia, Doença vascular periférica, Imunocomprometimento. A neuropatia sensorial


leva à perda da sensação de dor e pressão, enquanto a neuropatia autônoma leva a um
ressecamento aumentado e formação de fissuras da pele. A neuropatia motora resulta em
atrofia muscular, que pode levar a alterações no formato do pé. Na Doença vascular
periférica a circulação é deficiente nos membros inferiores e contribui para a cicatrização
deficiente das feridas e o desenvolvimento de gangrena. Em Imunocomprometimento a
hiperglicemia compromete a capacidade dos leucócitos especializados de destruir as
bactérias. Consequentemente no diabetes mal controlado, observa-se uma resistência
diminuí a determinadas infecções.

8) A cetoacidose diabética é um quadro clínico comum em pacientes com DM


tipo 1 e é consequente dos distúrbios metabólicos subjacentes a
hiperglicemia, acúmulo de corpos cetônicos e acidose. Relacione 05 cuidados
de enfermagem obrigatórios no cuidado a pacientes com este agravo para
prevenir a acidose metabólica.

1- Identificar os sinais e sintomas sugestivos de complicação;


2- Realizar teste de glicemia capilar a cada três horas e fazer quadro do controle;
3- Administrar a reposição eletrolítica e/ou bicarbonato de sódio, conforme ordem
médica;
4- Estabelecer monitorização hemodinâmica rigorosa;
5- Avaliar constantemente o nível de consciência.

9) A diálise é usada para remover líquido e produtos residuais urêmicos do


corpo quando os rins não conseguem fazê-lo. Descreva os mecanismos
envolvidos na hemodiálise: difusão, osmose e ultrafiltração.

R: A difusão é o processo no qual as toxinas e os resíduos no sangue são removidos se


movimentando de uma área de maior concentração no sangue para uma área de menor
concentração no dialisado. A osmose é o mecanismo em que o excesso de água é
removido do sangue, na qual a água se move de uma área de maior concentração de soluto
(o sangue) para uma área de menor concentração de soluto (o dialisado). Na ultrafiltraçáo
a água se move sob alta pressão para uma área de menor pressão se aplicando a pressão
negativa ou uma força de aspiração na membrana de diálise.

10) Fisiopatologia da artrite reumatoide.

A reação autoimune ocorre principalmente no tecido sinovial. A fagocitose

produz enzimas na articulação que clivam o colágeno, provocando edema,

proliferação da membrana sinovial e formação de pano que destrói a cartilagem

do osso, fazendo erosão do mesmo.

INTERVENCÕES.

1) Orientar o paciente e a família sobre a importância da realização de

exercícios contra resistência para melhorar a força muscular e o tempo

de deslocamento;

2) Orientar a realização de fisioterapia;

3) Orientar o paciente sobre os benefícios de um tratamento psicológico

(terapia), associado a exercícios físicos;

4) Orientar a realização de exercícios aeróbicos para a melhora da

capacidade funcional e das dores;

5) Apoiar o paciente em caso de intervenções cirúrgicas, se necessário

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