DOENÇA RENAL

CRÔNICA
Disciplina: Fisiopatologia
Curso: Biomedicina
Professora: Dra. Caroline Calloni
Acadêmicas: Camila Mohr, Gabriela Detogni e Gabriela Rigo
 A doença renal crônica é o resultado
final da lesão irrecuperável dos rins.

A função renal é avaliada pela taxa de filtração glomerular (TFG) e a sua

diminuição é observada na Doença Renal Crônica (DRC), associada a perda
das funções regulatórias, excretórias e endócrinas do rim.

Doença renal crônica é definida como anormalidades da estrutura ou função

renal, presentes por mais de 3 meses, com implicações para a saúde.
A DRC é definida por lesão renal ou TFG menor que 60 mℓ/min/1,73 m2
.
A DRC pode ser causada por alguns distúrbios que acarretam perda irreversível
dos néfrons, inclusive diabetes, hipertensão, glomerulonefrite, lúpus eritematoso
sistêmico e doença renal policística.

A doença renal crônica costuma ser classificada em estágios de acordo com o

grau de comprometimento da capacidade de filtração em mililitros por minuto

As diretrizes usam a TFG para classificar a DRC em cinco

estágios, que começam com lesão renal com TFG normal ou aumentada,
progridem para DRC e podem evoluir para
insuficiência renal.
Fase de função renal normal sem lesão renal
Fase de lesão com função renal normal;
Fase de insuficiência renal funcional ou leve;
Fase de insuficiência renal laboratorial ou
moderada ;
Fase de insuficiência renal clínica ou severa;
Fase terminal de insuficiência renal crônica.

https://bjnephrology.org/wp-content/uploads/2019/11/jbn_v26n3s1a02.pdf
 Os principais fatores de risco para as doenças renais crônicas são:
Pessoas com diabetes (quer seja do tipo 1 ou do
tipo 2);
Pessoa hipertensa, definida como valores de
pressão arterial acima de 140/90 mmHg em duas
medidas com um intervalo de 1 a 2 semanas;
Idosos;
Portadores de obesidade (IMC > 30 Kg/m²);
Histórico de doença do aparelho circulatório
(doença coronariana, acidente vascular cerebral,
doença vascular periférica, insuficiência cardíaca);
Histórico de Doença Renal Crônica na família;
Tabagismo; https://bjnephrology.org/wp-content/uploads/2019/11/jbn_v26n3s1a02.pdf

Uso de agentes nefrotóxicos, principalmente

medicações que necessitam de ajustes em
pacientes com alteração da função renal.
 A DRC afeta quase todos os sistemas do corpo. A doença causa
acumulação de escórias nitrogenadas (azotemia), altera a excreção de
sódio e água e acarreta distúrbios da regulação dos níveis corporais de
potássio, fosfato, cálcio e magnésio.

Além disso, a DRC causa distúrbios ósseos, anemia, doença cardiovascular,

anormalidades neurológicas, disfunção gastrintestinal e problemas
dermatológicos desconfortáveis
Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal de insuficiência
renal crônica-IRC), os rins não conseguem mais manter a normalidade
do meio interno do paciente.

A IRC representa a perda da função renal de maneira lenta e

progressiva, especialmente pela redução do número de néfrons
funcionantes .
 Patogênese
Perda irreversível de néfrons resulta em um fardo funcional maior
suportado por menos néfrons, levando a um aumento da pressão de
filtração glomerular e hiperfiltração;

Como resultado, a proporção de destruição e perda de néfrons

aumenta, acelerando a progressão para uremia, o complexo de
sintomas e sinais que ocorre quando a função renal é inadequada.

Uremia: falência da função excretora renal e alterações metabólicas e endócrinas.

Fisiopatologia Porth 9Ed.
 sinais e sintomas
cansado e com menos energia;
redução do volume urinário;
urina com muita espuma;
dor lombar;
urina com aspecto sanguinolento;
dificuldades para se concentrar;
apetite reduzido;
pés e tornozelos inchados;
dificuldade para dormir;
pele seca e irritada;
urina com mais frequência;
interrupção do ciclo menstrual.
 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico depende de uma avaliação clínica de um nefrologista que inclua
uma análise especifica da história do indivíduo, para identificar possíveis
doenças crônicas, e a realização de diversos exames de sangue e de urina.

Exames: dosagem da ureia e a creatinina, que servem para indicar o grau da

insuficiência (reserva renal diminuída, quando os rins trabalham com 50% de
sua capacidade, até doença renal terminal, quando menos de 10% de suas
funções estão preservadas).

A investigação se completa com métodos de imagem para investigar

alterações morfológicas locais (ultrassonografia).
 tRATAMENTO
Rim com mais de 10% de sua capacidade de funcionamento, o tratamento pode
ser feito com medicamentos como diuréticos e anti-hipertensivos e com dieta
com restrição de líquidos, para não sobrecarregar a função renal, e de alimentos
ricos em proteínas, sódio, potássio e fósforo, para reduzir o nível das toxinas que
sobram na circulação, por causa da má filtração do sangue.

Com menos de 10% da função renal, o portador da doença precisa remover de

forma artificial as toxinas da circulação ou, até mesmo ser submetido a
transplante renal.
 Remoção de toxinas
Pode ser efetuada por diálise peritoneal, em que um líquido é introduzido no
interior do abdome várias vezes ao dia pelo próprio indivíduo;

https://nefroclinicas.com.br/como-e-feita-a-dialise-peritoneal
Hemodiálise, procedimento em que uma máquina filtra todo o sangue em três
sessões semanais, feitas em clínicas especializadas;

https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/dialise-e-hemodialise-entrevista/
No transplante renal, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um
paciente portador de insuficiência renal crônica avançada.

O rim do doador é retirado em conjunto com

uma porção da artéria, veia e ureter através
da cirurgia no abdome;
O órgão é inserido em um recipiente, as
porções da veia e artéria são ligadas às
veias e artérias do paciente receptor
enquanto o ureter transplantado é ligado à
sua bexiga;
O sangue do doador será cruzado com um
dos receptores da fila de transplante e
https://falesaude.com/transplante-de-rim/
aquele paciente que for compatível com o
órgão disponível irá receber o rim.
Cistostomia é uma cirurgia de derivação urinária. O objetivo é possibilitar a
drenagem da Bexiga em situações que a uretra não permite seu esvaziamento.
A indicação mais comum para cistostomia é quando temos estenose uretral e
queremos evitar o acúmulo de urina que pode levar a insuficiência renal
obstrutiva. Está cirurgia resulta na colocação de uma sonda na bexiga, que fará a
drenagem continuamente da urina para uma bolsa coletora, que deve ser
trocada a cada 30-40 dias.

https://sobest.com.br/estomias/
https://www.primecirurgica.com.br/bolsa-coletor-de-urina-sistema-fechado-2000ml-descarpack-p357/p
É imprescindível que para evitar esse empecilho deve se ter o controle
da glicemia e hipertensão arterial, podendo serem administrado com um
conjunto de medidas que incluem alimentação adequada, medicamentos
e pratica de exercícios físicos;

Também é preciso abandonar o tabaco, para evitar os danos nos rins;

Recomendado reduzir os níveis de colesterol no organismo.

 Referencias
Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 9ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de
Janeiro, 2010.
GROSSMAN, Sheila C.; PORTH, Carol Mattson. Fisiopatologia. 9 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2016
HAMMER, G. D.; MCPHEE, S. J. Fisiopatologia da doença: uma introdução à medicina clínica. 7. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2016.
de HN Lima · 2022 — Distribuição das nefropatias em Joinville, Santa Catarina: análise de um banco de
dados de biópsia renal entre 2008 a 2019.
https://nefroclinicas.com.br/como-e-feita-a-dialise-peritoneal
https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/dialise-e-hemodialise-entrevista/
https://falesaude.com/transplante-de-rim/
https://sobest.com.br/estomias/
https://www.primecirurgica.com.br/bolsa-coletor-de-urina-sistema-fechado-2000ml-descarpack-
p357/p
https://www.gov.br/ptbr/servicosestaduais/cistostomia#:~:text=Cistostomia%20%C3%A9%20uma%20
cirurgia%20de,levar%20a%20insufici%C3%AAncia%20renal%20obstrutiva
https://fb.watch/g9Rxi4LF0V/
https://bvsms.saude.gov.br/insuficienciarenalcronica/https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-
cronica/
https://www.fleury.com.br/manual-de-doencas/insuficiencia-renal-cronica
OBRIGADA!