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Enfª Amanda de Souza Santos Ala D

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA)

Conceito:

É um distúrbio em que os rins não conseguem retirar da corrente sanguínea os produtos


finais do metabolismo e regular a homeostasia dos líquidos, dos eletrólitos e do ph, dos
líquidos extracelulares. Pode ser classificada como aguda ou crônica. A lesão aguda tem
início súbito e geralmente e reversível, contando que seja diagnosticada precocemente e
tratada adequadamente. Por outro lado, doença renal crônica é o resultado final da lesão
irrecuperável dos rins. Essa condição se desenvolve lentamente, geralmente antes que se
manifestem sinais e sintomas.

Patologias que podem levar a IRA:

- Choque circulatório
- Sepse
- Desidratação
- Queimaduras extensas
- Excessos de diuréticos
- Obstrução dos rins
- Insuficiência cardíaca grave
- Glomerulonefrite aguda (inflamação nas unidades filtrantes do rim, chamados
glomérulos)
- Medicações nefrotóxicas (antibióticos, anti-inflamatórios, quimioterápicos e contraste
a base de iodo)

Tipos de lesão renal aguda:

- Pré renais: redução acentuada do fluxo sanguíneo renal.


- Intrarrenais: lesão das estruturas dos rins.
- Pós renais: obstrução da drenagem de urina produzida nos rins.

Sinais e sintomas:

- Fadiga
- Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico
- Produção insuficiente de urina
- Retenção urinaria
- Confusão mental
- Excesso de ácido no sangue e nos tecidos
- Dispneia
- Edema
- Êmese
Exames e Diagnóstico:

- Elevação nos níveis de ureia, creatinina e potássio.


- Diminuição nos níveis de bicarbonato, hemoglobina e hematócrito.
- Diminuição do ph sanguíneo
- Proteinúria e osmolaridade urinaria próxima a do plasma.
- Historia e exame físico.
- Ecografia renal

Tratamento:

O fundamento do tratamento da IRA é manter o paciente metabolicamente estável, sem


os problemas da uremia, evitando danos renais adicionais e tentando, enquanto isso, prevenir
possíveis complicações, permitindo que haja tempo para a recuperação da função renal.
São aspectos importantes:

 Estabilizar a perfusão renal e corrigir distúrbios hidroeletrolíticos e


acidobásicos.
 Retirar, quando possível, as drogas e toxinas agressoras.
 Diálise, se necessário (uremia, acidose metabólica grave, anormalidades
eletrolíticas severas, hipercalemia, hipervolemia e sinais e sintomas urêmicos como
pericardite, encefalopatia, sangramento, náuseas, prurido).

No manejo dialítico da IRA pode-se decidir por um método de substituição renal


contínuo ou intermitente. A diálise peritoneal também pode ser a escolha para pacientes não
hiper catabólicos e sem contraindicações para tal. A escolha do método dialítico depende da
presença de instabilidade hemodinâmica e da disponibilidade de recursos humanos e técnicos.
Em outras situações que não a necrose tubular aguda, pode-se necessitar de medidas
terapêuticas específicas, entre outras medidas:

 Desobstruir o trato urinário nos casos de obstrução.


 Uso de corticosteroides ou agentes citotóxicos em alguns casos de
glomerulonefrites.

Cuidados de enfermagem:

 Controlar rigorosamente líquidos ingeridos e eliminados e fazer o Balanço hídrico nas


24 horas.
 Controlar peso rigorosamente.
 Proporcionar repouso higiene e conforto tendo cuidados especiais com a pele.
 Fazer uso rigoroso de técnicas assépticas nos cuidados com os pacientes.
 Orientar paciente e familiares quanto a dieta e observá-lo durante as refeições.
 Controlar sinais vitais e registrar qualquer a normalidade.
 Preparar e a atender o paciente em diálise ou hemodiálise.
 Observar o estado neurológico do paciente e estar atento para crises de delírios
convulsões e coma.

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