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Nefrologia

Quais as funções dos rins?


Quais as funções dos rins?

• Eliminação de toxinas – ureia, creatinina


• Regulação da formação óssea
• Regulação da pressão arterial
• Controle químico e de volume
Quais os sinais de falha renal?
Quais os sinais de falha renal?

• Edema bilateral
• Dificuldade de urinar
• Urina com frequência
• Hematúria ou Proteinúria
• Dor lombar persistente
Classificação da doença renal
aguda (DRA)
Insuficiência renal aguda (IRA)
Classificação da doença renal aguda (DRA)

DRA pré-renal:
• Redução do fluxo plasmático renal e da taxa de
filtração glomerular
• Hipotensão, hipovolemia
• Hemorragias, diarreias, queimaduras
Classificação da doença renal aguda (DRA)
DRA renal ou estrutural:
• Acometimento das estruturas do rim
• Isquemia; Picadas de cobra
• Toxemia:
• Antibióticos
• Anti-inflamatórios
• Imunossupressores
• Alergias
• Agentes infecciosos
• Lúpus
Classificação da doença renal aguda (DRA)

DRA pós-renal ou obstrutiva:


• Obstrução intra ou extrarrenal
• Cálculos
• Traumas
• Tumores
• Fibrose
Classificação da doença renal aguda (DRA)

DRA
• Altas taxas de mortalidade
• > 50%
• É reversível
Manifestações clínicas da IRA
Renais e extrarrenais
Manifestações clínicas da IRA
Manifestações clínicas da IRA

• Encefalopatia urêmica
“Flapping”
Doença Renal Crônica (DRC)
Doença Renal Crônica (DRC)
Perda progressiva da função renal
Definida através de:
1. Marcador de dano renal
2. Componente funcional: Taxa de Filtração
Glomerular (TFG)
3. Componente temporal: meses
Doença Renal Crônica (DRC)
Perda progressiva da função renal
Definida através de:
1. Marcador de dano renal
2. Componente funcional: Taxa de Filtração
Glomerular (TFG)
3. Componente temporal: meses
Doença Renal Crônica (DRC)
Sobrecarga dos néfrons Descontrole do
Descontrole da metabolismo ósseo
Acúmulo de excretas nitrogenadas concentração urinária Osteomalácia
Sobrecarga hídrica sistêmica Proteinúria Hiperparatiroidismo
secundário
Hematúria Hiperfosfatemia
Doença Renal Crônica (DRC)
Grupos de risco
Doença Renal Crônica (DRC)
Grupos de risco
Hipertensão arterial:
• 1ª causa de DRC no Brasil
• Fator de risco modificável
• Relacionado à mortalidade cardiovascular
• Recomendação: manter PA < 130 x 80 mmHg
• Nefroproteção: diminuição da PA; bloqueio
do Sistema Renina-Angiotensina
Doença Renal Crônica (DRC)
Grupos de risco
Doença cardiovascular:
• Pacientes com Insuficiência Cardíaca
• Pacientes pós-Infarto Agudo do Miocárdio
• Observar: TFG < 60 ml/min/1,73m2
Doença Renal Crônica (DRC)
Grupos de risco
Familiares de pacientes portadores de DRC:
• Maior prevalência de DRC: 26% vs 11%
• No Brasil: > prevalência de DRC entre
familiares de portadores de Nefropatia
diabética
• Condutas sugeridas:
• Campanhas de prevenção populacionais
• Programas de prevenção específicos para
esses familiares
Doença Renal Crônica (DRC)
Fatores de risco associados
1. Hiperlipidemia
2. Consumo exagerado de proteínas
3. Obesidade
4. Proteinúria
5. Fatores étnicos e pobreza
Doença Renal Crônica (DRC)
Fatores de risco associados
1. Hiperlipidemia
• Fator de risco para DRC e doenças cardiovasculares
• Conduta: correção do perfil lipídico

2. Consumo Proteico
• A redução da ingesta proteica diminui a progressão
da DRC
• > ingestão proteica > albuminúria
• Proteínas não lácteas de origem animal > declínio
da TFG
Doença Renal Crônica (DRC)
Fatores de risco associados
3. Obesidade
• IMC ≥ 35 kg / m2
• Fumo e inatividade física > incidência de DRC
e > mortalidade devido à DRC
• Redução do IMC → < proteinúria e > TFG

4. Proteinúria
• excreção de proteína em 1g/dia = 6x do risco
de progressão
Doença Renal Crônica (DRC)
Fatores de risco associados
5. Fatores étnicos e Pobreza • Educação deficiente,
• EUA, Austrália, Nova Zelândia, Havaí – grupos desnutrição, baixo peso ao
locais e brancos > prevalência DRC nascer, déficit habitacional,
• EUA: em pacientes afrodescendentes a DRC alcoolismo, drogadição,
avança mais rapidamente para o estágio infecções crônicas, exposição a
terminal – risco 9 vezes maior dejetos e poluentes
ambientais;
• Fatores socioeconômicos, políticos, culturais,
farmacológicos com > incidência de • Pior acesso a assistência
Hipertensão, Diabetes, Obesidade: médica, com referência tardia
Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Terapias Renais Substitutivas
Indicações relativas
Indicações absolutas
Risco de vida • Remoção de volume
• sobrecarga hídrica
• Controle ácido-básico
• Imunomodulação em pacientes
• Alterações iônicas
com sepse
• Controle de solutos
• Auxiliar no estado nutricional
• “Purificação” do sangue
durante quimioterapia
Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Eletiva ou de urgência:
• Hiperpotassemia
• Hipervolemia
• Pericardite urêmica
• Sintomas urêmicos
• Nível de consciência
• Flapping
• Anorexia
• Vômitos
Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Funcionamento básico:
• A máquina “filtra e limpa” o sangue
• Elimina resíduos do organismo
• Excretas nitrogenadas – ureia e creatinina
• Excesso de sal
• Excesso de líquidos
• Controla a pressão arterial
• Equilibra eletrólitos
• Sódio, potássio
Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Acesso vascular:
• Fístula arteriovenosa
• Longa duração
• Catéter
• Solução temporária
• Passível de infecções
Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Acesso vascular:
• Fístula arteriovenosa
• Longa duração
• Catéter
• Solução temporária
• Passível de infecções
Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Acesso vascular:
• Fístula arteriovenosa
• Longa duração
• Catéter
• Solução temporária
• Passível de infecções
Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Acesso vascular:
• Fístula arteriovenosa
• Longa duração
• Catéter
• Solução temporária
• Passível de infecções

Villa et al., 2015. Renal Replacement Therapy. Critical Care Clinics


Terapias Renais Substitutivas
Hemodiálise
Rotina:
• 3x semana / 4 horas
• Peso seco x peso cheio
• Ingesta alimentar e hídrica
• Sedentarismo
• Inflamação sistêmica
• Intercorrências
Terapias Renais Substitutivas
Diálise Peritoneal
Terapias Renais Substitutivas
Diálise Peritoneal
• Utiliza o peritônio como filtro
natural
Terapias Renais Substitutivas
Diálise Peritoneal
• Utiliza o peritônio como filtro
natural
• O cateter é introduzido através
de uma pequena cirurgia
Terapias Renais Substitutivas
Diálise Peritoneal
• A solução de diálise é infundida
e permanece por um
determinado tempo na
cavidade peritoneal, sendo
depois drenada
automaticamente
• A solução entra em contato
com o sangue, havendo
remoção de ureia, creatinina
potássio e excesso de líquido
não eliminado pelos rins
Terapias Renais Substitutivas
Diálise Peritoneal
Vantagens:
• Pode ser realizada em casa,
enquanto dorme
• Mais fácil o paciente manter um
emprego, p. ex.
• Mais fácil fazer uma viagem
• Não precisa visitar
frequentemente o ambiente
hospitalar
Terapias Renais Substitutivas

Diálise Peritoneal
Problemas:
• Peritonite
• Infecção do acesso
• Normalmente inviabilizam o
tratamento
Terapias Renais Substitutivas

Transplante Renal
• Doação de um rim saudável de
uma pessoa viva ou falecida
• É considerada a mais completa
alternativa de substituição da
função renal
• Melhor qualidade de vida
• Maior liberdade na rotina diária
do paciente
Terapias Renais Substitutivas
Transplante Renal
Características:
• Possibilidade de rejeição
• Imunossupressão
• Assiduidade nas consultas
• Tipos de transplante
• Doador vivo parente
• Doador vivo não-parente
• Doador cadáver
• % de sobrevida do enxerto
Terapias Renais Substitutivas
Transplante Renal
HLA – Antígenos Leucocitários Humanos
• HLA idêntico: igual ao dos pais
• HLA haploidêntico: parcialmente
compatível
• Doador Cadáver – compatibilidades:
• Tipo sanguíneo
• HLA
• Prova Cruzada ou Crossmatch –
anticorpos contra antígenos do doador
Terapias Renais Substitutivas
Transplante Renal
Desfechos:
• Estudo com 1873 receptores de
transplante
• 162 óbitos - 25% nos 3 primeiros meses
• Sobrevida em 5 anos: 91,4%
• Causas dos óbitos:
• Infecção 53%
• Doenças cardiovasculares 24%
Transplante Renal
Terapias Renais Substitutivas
Fatores associados à sobrevida do enxerto:
• Histórico diabetes
• Tipo e tempo diálise (DP > HD)
• Desemprego (EUA - < renda)
• Função tardia enxerto
• Número consultas
• Número hospitalizações
• Tempo de internação
• Acesso ao serviço de saúde / medicamentos –
adesão ao tratamento
Terapias Renais Substitutivas
Transplante Renal
Fatores associados à sobrevida do enxerto:
• Estilo de vida
• Falta de conhecimento sobre os cuidados de
saúde
• Dificuldade em compreender os benefícios de:
• Dieta equilibrada
• Atividade física
• Adesão ao tratamento
Complicações da HD
Complicações da HD
Hipotensão
• A retirada de água e solutos é realizada através da
ultrafiltração
• O cálculo do volume a ser retirado em uma sessão
baseia-se em uma medida pouco precisa: o peso
seco
• Problemas ocorrem quando o peso ideal do paciente
é maior do que o calculado pela equipe
• Nesses casos, haverá hipotensão por retirada excessiva
de fluidos corporais
• Logo, é fundamental o controle do ganho de peso
entre sessões de HD!

Fonte: Riella, 2004


Complicações da HD
Câimbras:
• Decorrem da hipoperfusão da musculatura;
• podem ser tratadas com estiramento passivo da
musculatura afetada e soluções hiperosmolares de
glicose a 50%, NaCl a 20% ou manitol a 25%;
• Câimbras recorrentes ou que ocorrem fora da
sessão de diálise, uma vez excluído que o paciente
se encontre abaixo do peso seco, podem ser
manuseadas com suplementação de quinina ou
vitamina E.
Complicações da HD
Complicações da HD
Em UTI | estudos com animais:
A instabilidade hemodinâmica é um dos principais
determinantes da lesão renal aguda durante a
ventilação mecânica.
• PEEP > 10 cmH2O:
• Estudos com modelos animais mostraram
diminuição de:
• 40% do fluxo urinário
• 23% no clearance de creatinina
• 63% na excreção de sódio urinário
Complicações da HD

Em UTI | estudos com seres humanos:


• PEEP alta pode causar, após 30 minutos, diminuição
de:
• Débito cardíaco
• Pressão arterial média
• Excreção de sódio
• Ritmo de filtração glomerular

• Possível estado pré-renal (IRA)


Sarcopenia Urêmica
Complicação da DRC / HD
Sarcopenia Urêmica

Fonte de questão!
Sarcopenia Urêmica
Mudanças Desequilíbrio
estilo vida hormonal

Alterações do sistema muscular


Doença renal crônica
Distúrbio
+ hemodiálise eletrolític

nutrição
+ idade avançada o

Depleção
Acidose
de ATP /
metabólica
glicogênio

Anemia
Sarcopenia Urêmica
Fatores associados:
• Estágio da DRC
• Idade avançada
• Baixo nível socioeconômico
• Baixo nível de atividade física
• Baixo nível nutricional
• Hipovitaminose D
• Hipertensão arterial
• Resistência à insulina
Sarcopenia Urêmica
Fatores associados:
Pacientes em hemodiálise:
• são menos ativos
• apresentam baixa tolerância ao exercício
• alto descondicionamento físico
• atrofia muscular, anemia, miopatia e
neuropatia urêmica
• diminuição da flexibilidade redução da força
muscular
• má nutrição
• Outras comorbidades associadas

Fonte: Bohm, Monteiro, Borba, 2012


Principal causa
Resistência
hormonal =
Catabolismo
proteico

Atrofia Fibras Anorexia


tipo II Apetite

Fonte: Souza et al., 2014


Fonte: Souza et al., 2014
Exercício Intradialítico
Durante as sessões de HD
Exercício Intradialítico
Segurança
Contraindicações para o exercício resistido:
• Infarto agudo do miocárdio nos últimos 6 meses
• Angina ativa
• Arritmias não-controladas
• Hipertensão pulmonar severa (PA pulmonar
média > 55 mmHg)
• Hipertensão descontrolada (> 180 / 110 mmHg)
• Limitações ortopédicas ou musculoesqueléticas
• (relativa) cateter femoral
Exercício Intradialítico
Segurança
Os exercícios parecem seguros nessa população, não
havendo relatos de efeitos adversos ou morte
diretamente relacionados ao treinamento após
30.000 horas de observação.
Exercício Intradialítico
Segurança
Cuidados:
• Membro com acesso não pode ser utilizado
durante a diálise
• (fora dela, sem problemas!)
• Diálise peritoneal – melhor com abdome vazio
Interrupção do exercício:
• Desconforto respiratório extremo
• Angina
• Dor de cabeça severa
• Tontura; Câimbras

Fonte: Smart et al., 2013


Recomendações:
Exercício Intradialítico
• 2 a 3x / semana, aumentando para 3 a 5x /
semana
• Aumentar a intensidade de acordo com a
tolerância do paciente
• Devem incluir exercícios aeróbios, resistidos e de
flexibilidade
• Exercícios de equilíbrio para pacientes com risco
de queda
Roshanravan B, Gamboa J, Wilund K. Exercise and CKD: Skeletal Muscle Dysfunction and Practical Application of Exercise to
Prevent and Treat Physical Impairments in CKD. Am J Kidney Dis. 2017;69(6):837-852. doi:10.1053/j.ajkd.2017.01.051
Heiwe S, Jacobson S. Exercise training for adults with chronic kidney disease(review) 2011.pdf. Cochrane Database Syst Ver.
2011;10(10).
Benefícios: Exercício Intradialítico
• Exercitar-se regularmente
• 30 minutos / sessão
• 3 sessões semanais
• Melhora a Capacidade física
• Melhora a Capacidade cardiovascular (VO2máx)
• Qualidade de vida relacionada à saúde
• Realizar nas duas primeiras horas de HD
• Após esse período: instabilidade cardiovascular
= possível hipotensão
Heiwe, Jacobson, 2011; Roshanravan et al., 2017.
Exercício Intradialítico
Benefícios:
• exercício resistido intradialítico realizado por
seis meses aumentou em 20% a remoção de
uréia.
Exercício Intradialítico
Benefícios:
• Cicloergometria intradialítica pode aumentar a
perfusão dos músculos dos membros inferiores
• Isso pode mover a ureia (e outras toxinas) dos
compartimentos musculares para a corrente
sanguínea
• 1 estudo sugeriu que 1 hora desse exercício
teria o mesmo benefício de adicionar mais 20
minutos de diálise
Questões
Nefrologia
Questões
Sarcopenia FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2019
15. A perda de massa muscular na Doença Renal Crônica (DRC) é considerada um importante
complicador, contribuindo para um estilo de vida sedentário e comprometendo a saúde
cardiovascular, sendo um objetivo terapêutico a manutenção e recuperação da função muscular
nesses pacientes. Sobre isso, assinale a alternativa que NÃO inclui mecanismos responsáveis pelo
desenvolvimento de fraqueza muscular e fadiga na DRC.
A) Desequilíbrio hormonal
B) Má nutrição
C) Acidose metabólica
D) Distúrbio eletrolítico
E) Leucocitose
Sarcopenia Urêmica

Fonte desta questão!


Questões
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2019
Sarcopenia
15. A perda de massa muscular na Doença Renal Crônica (DRC) é considerada um importante
complicador, contribuindo para um estilo de vida sedentário e comprometendo a saúde
cardiovascular, sendo um objetivo terapêutico a manutenção e recuperação da função muscular
nesses pacientes. Sobre isso, assinale a alternativa que NÃO inclui mecanismos responsáveis pelo
desenvolvimento de fraqueza muscular e fadiga na DRC.
A) Desequilíbrio hormonal
B) Má nutrição
C) Acidose metabólica
D) Distúrbio eletrolítico
E) Leucocitose
Questões
Efeitos dos exercícios sobre a sarcopenia urêmica
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2019
16. A sarcopenia urêmica representa o processo de perda de massa muscular progressiva e
cumulativa, que ocorre na Doença Renal Crônica (DRC), constituindo-se em um alvo terapêutico
prioritário no sentido de prevenção e tratamento da perda de massa muscular nesses pacientes.
Nesse contexto, assinale a alternativa que NÃO está de acordo com os conhecimentos científicos
sobre o exercício físico no paciente renal crônico.
A) Não há contraindicação para a realização de exercícios de resistência em pacientes na pré-
diálise e diálise, desde que o risco cardiovascular seja controlado.
B) Sessões de diálise curta (<2h), com retirada de grandes volumes plasmáticos, favorecem a
hipotensão como efeito rebote.
C) A perda do cateter femoral deve ser considerada como risco para evento adverso.
D) O exercício intradialítico melhora a depuração da ureia, da creatinina e do fosfato.
E) O exercício deve ser realizado nos últimos 60min da diálise programada, uma vez que esse
momento representa condição de menor congestão pulmonar e melhor troca gasosa.
Questões
Efeitos dos exercícios sobre a sarcopenia urêmica
16. A sarcopenia urêmica representa o processo de perda de massa muscular progressiva e
cumulativa, que ocorre na Doença Renal Crônica (DRC), constituindo-se em um alvo terapêutico
prioritário no sentido de prevenção e tratamento da perda de massa muscular nesses pacientes.
Nesse contexto, assinale a alternativa que NÃO está de acordo com os conhecimentos científicos
sobre o exercício físico no paciente renal crônico.
A) Não há contraindicação para a realização de exercícios de resistência em pacientes na pré-
diálise e diálise, desde que o risco cardiovascular seja controlado.
B) Sessões de diálise curta (<2h), com retirada de grandes volumes plasmáticos, favorecem a
hipotensão como efeito rebote.
C) A perda do cateter femoral deve ser considerada como risco para evento adverso.
D) O exercício intradialítico melhora a depuração da ureia, da creatinina e do fosfato.
E) O exercício deve ser realizado nos últimos 60min da diálise programada, uma vez que esse
momento representa condição de menor congestão pulmonar e melhor troca gasosa.
Questões
Complicações cardiorrespiratórias DRC FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2018
47 . São complicações cardiorrespiratórias comuns à Doença Renal Crônica (DRC):

A) fraqueza muscular inspiratória, padrão ventilatório restritivo, Shunt intracardíaco direito-


esquerdo.
B) hipertrofia do ventrículo esquerdo, hipertensão pulmonar, fibrose pulmonar.
C) calcificação pleural, hipertensão pulmonar, padrão ventilatório obstrutivo.
D) hipoxemia, fibrose pulmonar, dor torácica.
E) hipocapnia, padrão ventilatório obstrutivo, hipoxemia.
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2018
Complicações cardiorrespiratórias DRC
47 . São complicações cardiorrespiratórias comuns à Doença Renal Crônica (DRC):

Hipertrofia do ventrículo esquerdo – consequente à hipertensão arterial sistêmica;


Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e hipertensão – devido à sobrecarga de volume;
Entretanto, acidose metabólica e distúrbios eletrolíticos podem contribuir para o surgimento de
ICC e arritmias.
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2018
Complicações cardiorrespiratórias DRC
47 . São complicações cardiorrespiratórias comuns à Doença Renal Crônica (DRC):

O pico de VO2máx desses pacientes varia de 15 a 21 mL/kg/min, níveis que são 20 a 50% mais
baixos do que valores encontrados em sujeitos saudáveis sedentários, nos quais estes valores
variam entre 35 e 40 mL/kg/min.
Questões
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2018
Complicações cardiorrespiratórias DRC
47 . São complicações cardiorrespiratórias comuns à Doença Renal Crônica (DRC):
Hipertensão pulmonar: pressão arterial pulmonar > 25 mmHg.
Possíveis causas:
• Embolia pós-trombectomia de fístula arteriovenosa;
• Sarcoidose pulmonar (agregados de células inflamatórias);
• Disfunção endotelial urêmica;
• Calcificação vascular (hiperparatiroidismo secundário);
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2018
Complicações cardiorrespiratórias DRC
47 . São complicações cardiorrespiratórias comuns à Doença Renal Crônica (DRC):
Resultam em:
• Aumento do débito cardíaco;
• Disfunção do miocárdio;
• Elevação da pressão de enchimento do coração esquerdo;
• E hipertensão pulmonar.
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2018
Complicações cardiorrespiratórias DRC
47 . São complicações cardiorrespiratórias comuns à Doença Renal Crônica (DRC):
Fibrose pulmonar na DRC:
• Processo autoimune subclínico;
• Vasculite sistêmica (poliangite microscópica);
• Susceptibilidade genética de um subgrupo de pacientes com DRC;
• Correlação com idade avançada e diabetes;
• Correlação com certas classes de diuréticos nefrotóxicos;
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2018
Complicações cardiorrespiratórias DRC
47 . São complicações cardiorrespiratórias comuns à Doença Renal Crônica (DRC):

A) fraqueza muscular inspiratória, padrão ventilatório restritivo, Shunt intracardíaco direito-


esquerdo.
B) hipertrofia do ventrículo esquerdo, hipertensão pulmonar, fibrose pulmonar.
C) calcificação pleural, hipertensão pulmonar, padrão ventilatório obstrutivo.
D) hipoxemia, fibrose pulmonar, dor torácica.
E) hipocapnia, padrão ventilatório obstrutivo, hipoxemia.
Questões

Exercício e DRC
11 . A doença renal crônica (DRC) consiste em um relevante problema de saúde pública por suas altas
taxas de morbimortalidade. Em relação a esse agravo e ao manejo fisioterapêutico nessa população,
assinale a alternativa INCORRETA.

A) Tem-se como disfunção renal uma Taxa de Filtração Glomerular (TFG) menor que 60 mL/min./1,73 m2,
por um período superior a três meses.
B) DRC na fase terminal caracteriza-se quando o indivíduo atinge níveis de TFG menores do que 15
mL/min./1.73 m2.
C) Exercícios com bola manual para treino de vasculatura de fístula são benéficos para essa população.
D) Fortalecimento de membros superiores e inferiores com pesos estão contraindicados durante a
hemodiálise.
E) O treino de bicicleta estacionária dentro de uma faixa-alvo de FC com limites de 60 a 70% da FC de
treinamento é bem tolerado por esses pacientes durante a diálise.
Doença Renal Crônica (DRC)

DRC
Questões
Exercício e DRC
11 . A doença renal crônica (DRC) consiste em um relevante problema de saúde pública por suas altas
taxas de morbimortalidade. Em relação a esse agravo e ao manejo fisioterapêutico nessa população,
assinale a alternativa INCORRETA.

A) Tem-se como disfunção renal uma Taxa de Filtração Glomerular (TFG) menor que 60 mL/min./1,73
m2, por um período superior a três meses.
B) DRC na fase terminal caracteriza-se quando o indivíduo atinge níveis de TFG menores do que 15
mL/min./1.73 m2.
C) Exercícios com bola manual para treino de vasculatura de fístula são benéficos para essa população.
D) Fortalecimento de membros superiores e inferiores com pesos estão contraindicados durante a
hemodiálise.
E) O treino de bicicleta estacionária dentro de uma faixa-alvo de FC com limites de 60 a 70% da FC de
treinamento é bem tolerado por esses pacientes durante a diálise.c
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2020

• F - Sobrecarga hídrica leva a padrões respiratórios restritivos, com fraqueza muscular respiratória;
• V – Sarcopenia urêmica;
• F – DRC = Hipervolemia; HD tenta reverter isso;
• V – a capacidade e a coordenação musculares ficam alteradas (flapping); pode haver alteração do nível de
consciência;
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2020
J Bras Nefrol 2009;31(1):25-31
J Bras Nefrol 2009;31(1):25-31
Questões FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2020

TC6M!
• Shuttle walk test: caminhar ao redor de 2 cones separados por 10m de distância pelo maior tempo possível com velocidades crescentes e
interrompido pelo paciente por sua intolerância ao esforço máximo. Estudos já utilizaram o resultado deste teste para verificar a capacidade
funcional baseando-se em uma fórmula utilizada em pacientes com DPOC para o cálculo do VO2máx - 4,19 + (0,025 * distância total).
Para mim, deveria ser
anulada, porque a
afirmativa I é que
justifica a diminuição
da capacidade
funcional vista na
afirmativa II!
Questões
Grupos de risco para DRC FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2019
16 . A Doença Renal Crônica (DRC) é definida pela lesão do parênquima renal e/ou pela
diminuição funcional renal presentes por um período igual ou superior a três meses. Sabe-se que
alguns pacientes apresentam suscetibilidade aumentada para DRC e são considerados grupos de
risco. Dentre as alternativas abaixo, qual NÃO se enquadra nesse grupo?

A) Hipertensos
B) Diabéticos
C) Portadores de tuberculose
D) Pacientes com doença cardiovascular
E) Familiares de pacientes portadores de DRC
Referência:
Questões
Grupos de risco para DRC FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2019
16 . A Doença Renal Crônica (DRC) é definida pela lesão do parênquima renal e/ou pela
diminuição funcional renal presentes por um período igual ou superior a três meses. Sabe-se que
alguns pacientes apresentam suscetibilidade aumentada para DRC e são considerados grupos de
risco. Dentre as alternativas abaixo, qual NÃO se enquadra nesse grupo?

A) Hipertensos
B) Diabéticos
C) Portadores de tuberculose
D) Pacientes com doença cardiovascular
E) Familiares de pacientes portadores de DRC
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – SES 2019
Insuficiência renal na UTI
42 . Sobre o paciente portador de insuficiência renal, pode-se afirmar, EXCETO:
A) Quando em Ventilação Mecânica Invasiva, em conduções de sobrecarga hídrica, o acúmulo de fluido ao
redor das pequenas vias aéreas resultam em prematuro fechamento e aprisionamento de ar, levando ao
Auto-Peep.
B) Quando em Ventilação Mecânica Invasiva, a hipervolemia nesses pacientes está associada com
inabilidade de aumentar a ventilação alveolar, com retenção de gás carbônico e, consequentemente,
acidose respiratória aguda, impossibilitando o desmame.
C) Uma severa hipoxemia pode levar à diminuição de fluxo sanguíneo renal por aumento da resistência
vascular renal e consequente diminuição da filtração glomerular.
D) O tratamento da hipoxemia pelo uso de ventilação mecânica invasiva não pode agravar a queda da
filtração glomerular no portador de doença renal, com impacto na diurese.
E) A fisioterapia deve monitorar, no portador de Insuficiência Renal Crônica (IRC), o balanço hídrico, o
condicionamento cardiorrespiratório, a monitoração de complicações cardiorrespiratórias e a qualidade de
vida relacionada à saúde.
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – HOSPITALAR - SES 2021
Questões
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – HOSPITALAR - SES 2021
Questões
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – HOSPITALAR - SES 2021
Questões
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – FISIOTERAPIA – HOSPITALAR - SES 2021
FISIOTERAPIA EM NEFROLOGIA – HOSPITALAR - SES 2022
Dicas finais:

- Resolver também questões de provas


anteriores de outros concursos da
UPENET – as questões se repetem!
- Tentar encontrar as fontes das
questões; outras podem ser retiradas
dali;
- Utilizar os artigos da Revista Brasileira
@josecandidofisioterapia
de Nefrologia, da Sociedade Brasileira
de Nefrologia (SBN);
- Paciência, e continuar tentando!
“É preciso ir
além do
diagnóstico e
da sobrevida:
devemos
oferecer
qualidade de
@josecandidofisioterapia
vida sempre!”

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