O sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, a bexiga, dois músculos esfincterianos, e a uretra. Rins: Tem função de filtrar o sangue, selecionando e retendo as substâncias para o organismo e excretando o restante por meio da urina. Esses órgãos são compostos de Néfrons: Cada Néfron é composto por Glomérulo e Túbulo renal. A finalidade do Glomérulo é filtrar o sangue, já o Túbulo é o local e que o liquido é convertido em urina Néfron Revisão do Sistema Urinário Ureteres:São canais de transporte da urina para a bexiga. Bexiga: Órgão que é feito o armazenamento temporário da urina.Quando a bexiga atinge sua capacidade máxima (350 á 650 ml),é emitido sinais para SNC, assim acontece a estimulação da contração da bexiga associada ao relaxamento esfincteriano, permitindo que a bexiga elimine a urina do organismo pela uretra. Sistema Urinário Cuidados de Enfermagem para pacientes com Afecções Urinarias Observação de freqüência, volume e características das eliminações urinarias; Controle de sinais vitais; Estimular aceitação da dieta hipossódica, mudança na ingestão hídrica e deambulação se possível; Induzir abstenção do álcool e do fumo; Prevenir e tratar sinais e sintomas nas possíveis complicações. Drogas que atuam no Sistema Urinário Diuréticos: São drogas que atuam aumentando o fluxo urinário. Furosemida – Lasix ® Antissépticos urinários: Medicamentos que promovem uma desinfecção do trato urinário, inibindo ou reduzindo microorganismos . Sepurin / Metronidazol ( Flagyl). Principais Afecções do Sistema Urinário Insuficiência Renal É a redução súbita ou gradativa da função renal de remover água, eletrólitos do organismo. Pode ser aguda ou crônica. Insuficiência Renal Aguda (IRA):Tem inicio súbito e é com freqüência reversível. Insuficiência Renal Crônica (IRC): Surge gradativamente, mas também pode ocorrer como resultado de um episodio agudo precedente. Principais Causas Abuso de antiinflamatórios e antibióticos; Cálculos renais e tumor; Glomerulonefrite e obstrução da artéria ou da veia renal; Inflamação tubular (abscessos renais e septicemia); Diabetes e Hipertensão Arterial; Doença Auto-Imune (Lúpus). Principais Sintomas Tanto na insuficiência renal aguda como na crônica os sintomas principais são: Oliguria ou a anúria Sonolência, cefaléia, fraqueza; Edema em geral; Hipertensão arterial; Insuficiência cardíaca congestiva; Confusão mental. Diagnóstico O diagnostico pode ser feito através de anamnese e exame físico, complementados pelos exames: Urina I Proteinúria de 24 horas; Dosagem de Uréia; Creatinina e Proteína C reativa no Sangue Biopsia Renal Arteriografia Renal Tratamento e Assistência de Enfermagem Controle rigoroso dos sinais vitais; Balanço hídrico; Controle de peso diário; Dieta hipossódica e restrição hídrica; Administração de Medicamentos: Diuréticos e hipotensores. Diálise e hemodiálise. Transplante Renal. Glomerulonefrite difusa aguda(GNDA) Caracterizada por inflamação glomerular resultantes dos efeitos colaterais dos mecanismos de defesa do organismo Causas Infecções Urinarias Infecções em geral Principais Sintomas Oligúria; Edema em geral; Palidez; Hematuria(presença de sangue na urina); Hipertensão arterial Sonolência,confusão mental,distúrbio visual e convulsões; Fraqueza e cefaléia. Náuseas e vômitos. Tratamento e Assistência de Enfermagem Os objetivos do tratamento são proteger os rins e reconhecer e tratar imediatamente as complicações. Medicamentoso:anti-hipertensivo,diuréticos e antibióticos(quando houver uma infecção). Repouso. Dieta hipossódica e Restrição hídrica. Controle dos Sinais vitais. Balanço hídrico Controle do peso diário; Nefrectomia Consiste na retirada do rim por meio cirúrgico. Indicação Nos casos de hidronefrose provocada por cálculos renais,tumores renais, infecções e deformidades renais. Complicações Hemorragia; Infecção na ferida operatória Assistência de Enfermagem Pré-Operatório Estimular a ingestão hídrica para aumentar a diurese; Tricotomia na região lombar. Assistência de Enfermagem Pós-Operatório Controlar a diurese,anotando volume,cor e densidade. Estimular a ingestão de líquidos. Trocar o curativo,observando características de ferida operatória. Administrar analgésicos e antieméticos conforme prescrição em caso de algia e náusea. Observar as complicações e prestar os cuidados específicos. Procedimentos Terapêuticos Hemodiálise Na hemodiálise, o sangue é obtido através de um acesso vascular e impulsionado por uma bomba até dialisador(rim artificial).No dialisador ocorre a filtragem do sangue, o sangue filtrado é então devolvido ao paciente pelo acesso vascular. As maquinas de hemodiálise possuem vários sensores que tornam o procedimento seguro e eficaz. Cada sessão leva em média 4 horas,de 2 a 3 vezes por semana,dependendo da prescrição medica Dialisador Objetivo Extração de substância toxicas e excesso de líquido na circulação. Indicação Hiperpotassemia, Hipercalcemia e acidose metabólica; Diminuição do volume urinário e hipervolemia (aumento de líquidos no corpo); Intoxicação por drogas; Falência Renal. Cuidados antes da hemodiálise Preparar a unidade e o material; Pesar o paciente; Esvaziar a bexiga e medir a diurese. Controlar os sinais vitais; Realizar anti-sepsia rigorosa da região de implantação do acesso ou da fistula; Ligar o acesso ás conexões do dialisador. Cuidados durante a hemodiálise Controlar os sinais vitais (PA, P, FR). Observar as reações do paciente Oferecer dieta e hidratação conforme orientação medica. Vigiar continuamente os equipamentos e as reações do paciente. Complicações durante a hemodiálise Cãibras musculares. Hipotensão Hipovolêmia. Náuseas, vômitos, vertigem, sonolência e tremores Extravasamentos sanguíneos: ocorre quando as linhas sanguíneas se desconectam, ou quando as agulhas de diálise são deslocadas acidentalmente. Cuidados após a hemodiálise Avaliar as condições gerais do paciente. Realizar anti-sepsia e curativo compressivo da região do acesso; Pesar o paciente para avaliar as perdas. Orientar o paciente a não pegar o peso, não aferir pressão arterial ou administrar medicação no membro do acesso. Limpar e desinfetar a maquina, o que deve ser feito por enxágües sucessivos para remover resíduos. Fistula Artério Venosa (FAV) A fístula artério venosa consiste em uma veia suturada em uma artéria por meio cirúrgico.Com essa ligação, o sangue arterial que tem alta pressão, vai para a veia e assim aumenta o calibre e fluxo sangüíneo. A FAV leva em media 30 dias para amadurecer, não podendo portanto ser puncionada antes desse prazo Fistula Artério Venosa (FAV) Diálise Peritoneal A Diálise Peritoneal é um processo de filtração do sangue, este tipo de diálise aproveita o revestimento interior do abdômen chamado de peritônio Pode se realizada no hospital ou no domicilio do paciente, é planejada segundo as necessidades do paciente. A diálise realizada no domicílio do paciente é conhecida como DPAC (Diálise Peritoneal Ambulatorial Crônica). Diálise Peritoneal Ambulatorial Crônica O próprio paciente introduz a solução na cavidade abdominal, fazendo três trocas diárias de quatro horas de duração e depois de drenada, nova solução é introduzida e assim por diante. Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite. A diálise peritoneal pode ser usada cronicamente por anos, exigindo do paciente somente visitas médicas periódicas. Acesso Peritoneal Através de uma pequena cirurgia, um cateter é implantado no abdômen e permite que a solução entre e saia da cavidade peritoneal. Cuidados Antes da Diálise Preparar a unidade do paciente; Possibilitar o esvaziamento da bexiga e medir a diurese. Verificar peso do paciente. Controlar os sinais vitais; Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal. Auxiliar na instalação da diálise Cuidados durante a Diálise Anotar o inicio e a duração de cada diálise, o volume infundido e o volume drenado. Controlar sinais vitais, diurese, posicionamento correto do cateter de diálise, cor e aspecto de liquido drenado (a coloração é amarelo-palha). Observar e comunicar sinais de dor, hemorragia, hipotensão, edema, dificuldade respiratória. Cuidados após a Diálise Observar e anotar as condições do paciente; Trocar curativo e fixar o cateter; Verificar o peso do paciente. Controlar rigorosamente a diurese. Realizar o fechamento da folha de balanço hídrico: anotar a quantidade do liquido infundido e drenado e calcular a diferença entre o volume infundido e o drenado.