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Faculdade Master de Parauapebas-FAMAP

Bacharelado em Nutrição 5° período

Insuficiência Renal Crônica


Andressa Aguiar Fernandes
Ester Souza dos Santos
Glaene de jesus Pequeno
Hellem kailvia Duarte Lindoso
Jecylane machado costa
Luiza Cunha
Marleide Lopes Ferreira
Vitoria Barros da silva Colins
INTRODUÇÃO
Diabetes Mellitus Significativo
Hipertensão No mundo

• Problema de Perda lenta,


saúde pública
• 13% nos EUA
DRC progressiva e
irreversível das
• HAS Brasil funções renais

• Doença
Terminal
• Nefropatia
• Mortalidade
Cardiovascular
Conceitos e o Planejamento e Prescrição
Dietoterápico/Dietético
OBJETIVO

Esta revisão sistemática da literatura objetivou a


obtenção da fisiopatologia da DRC e quais
condutas nutricionais e dietéticas deverão ser
adotadas pelos profissionais no manejo do
paciente renal crônico.
Histórico clínico
• Os rins são formados por um conjunto
de nefrons contidos na mesma capsula;

• Cada nefron é uma unidade funcional


autônoma composta por um glomérulo,
por túbulos e ductos coletores.

(Goolgle,2019) Funções renais :


• Exceção de produtos metabólicos;
! FALHA
• Sintetiza hormônios e enzimas;
• Controla a concentração de líquidos corpóreos;
Comprometer o • mantem a composição iônica do volume
estado nutricional extracelular;
do paciente com • Participa na regulação do equilíbrio ácido
DRC básico.
CONCEITOS DO PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÃO
DIETOTERÁPICO/DIETÉTICO
❖HISTORICO CLINICO
Perda da função Renal

Néfrons Ritmo de
remanescentes trabalho

Diminuição da Adaptações
TFG
Tubulares Homeostase
Histórico clínico

Embora isso leve, em curto prazo, à melhora da taxa de filtração, ocorre,


em longo prazo, perda acelerada dos néfrons e insuficiência renal
progressiva

É importante ressaltar que quando se fala em DRC não necessariamente


se refere a Insuficiência Renal Crônica. É caso da paciente em estudo, a
qual não está no estágio dialítico (estágio 5), como descrito na tabela
abaixo:
Tabela 1. Classificação da doença renal crônica, segundo a National Kidney
Foudation, adotada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia.

• Taxa de filtração glomerular < 60 ml/minuto /acompanhamento profissional;

• Minimizar sintomas (acompanhamento)


❖SINAIS E SINTOMAS
• Assintomáticas/ primeiros estágios;

• A perda de função(após meses);

• A medida que ela progride ocorre maior fração de excreção de sódio com maior expansão do volume
extracelular o que pode acarretar hipertensão arterial e edemas.

Sintomas comuns: Quando o funcionamento dos rins piora :

• Pele anormalmente clara ou • Aparição de hematomas;


• Mal-estar geral escura; • Hemorragia ou sangue nas
• Fadiga • Dor nos ossos fezes;
• Coceira generalizada (prurido) • sonolência; • Sede excessiva;
• Pele seca • Confusão dificuldade de • Soluços frequentes;
• Dores de cabeça concentração e raciocínio; • Interrupção do período
• Perda de peso não intencional • Dormência nas mãos, pés e menstrual;
• Perda de apetite outras áreas do corpo; • Síndrome das pernas
• Náuseas • Espasmos musculares irrequietas;
ou cãibras; • Apneia noturna;
❖EXAMES BIOQUIMICOS
ELEVADOS

BAIXOS
ELEVADOS

POLIÚRIA

ELEVADA

NORMAL

NORMAL

NORMAL

NORMAL

NORMAL

NORMAL
EXAMES BIOQUIMICOS

As alterações laboratoriais, devem servir para que o paciente inicie um


acompanhamento especializado. A identificação e o tratamento
precoce permitem o retardo da progressão da DRC, e impedem o
aparecimento de complicações de uremia, incluído a deterioração do
EN.
• CREATININA SÉRICA:

Cálculo da Filtração Glomerular, baseada na creatinina sérica da paciente A.L.C,


estimando o ritmo de filtração glomerular (RFG) da mesma:
• CREATININA SÉRICA:

• Conclui-se que a paciente está no estágio 4 da classificação de DRC,


com filtração glomerular entre 15 e 29 ml/min.

• Equação possui uso limitado para idosos

• Estimar a função glomerular no caso da paciente é por meio da


depuração da creatinina com urina 24 horas.
DEPURAÇÃO DA CREATININA

Paciente com baixa depuração


Indicativo de problemas renais

Formula de depuração da creatina:


RFG: Creatinina urinária x Volume Urinário/min
Creatinina sérica (mg/dl)
RFG: 20,3 x 1440
1,8
RFG: 16,240
UREMIA/UREIA URINÁRIA

• Elevada taxa ureia no sangue;

• Sistema nervoso central (sonolência, tremores, coma


e convulsões)

• Ureia urinária: valores elevados.


VOLUME URINÁRIO

• Poliúrica: 201 a 4000 ml/dia


SÓDIO SÉRICO

VALORES NORMAIS

ATÉ ESTÁGIOS FINAIS DE DRC O VOL DO FLUIDO SE MANTEM


NORMAL

OS RINS CONSEGUEM AUMENTAR A FRAÇÃO DE EXCREÇÃO DE SÓDIO NO


DECORRER DA DOENÇA.

PORÉM NOS ESTÁGIOS FINAIS ESSA FUNÇÃO É PERDIDA LEVANDO À


RETENÇÃO HÍDRICA, EDEMAS, HIPERVOLEMIA, E HAS.
❖DIETOTERAPIA

• . Os principais objetivos da NT:


• cada grau de
• Começa quando • controlar sintomas associados à síndrome;
DRC-
o paciente é
tratamento
diagnosticado
nutricional • reduzir o risco de progressão para a
com a doença.
diferente insuficiência renal, diminuir a inflamação e
manter as reservas nutricionais

A dieta deve procurar fornecer proteínas e energia em quantidades suficientes para manter
um balanço nitrogenado positivo e para sustentar a síntese tecidual, sem exigir
excessivamente dos rins
Algumas características nutricionais mais comuns na população de pacientes
com DRC :

• Ingestão inadequada Comprometimento da


de minerais utilização de nutrientes

Alteração dos valores laboratoriais


Ingestão excessiva de relacionados com a nutrição
minerais Interação entre alimentos e
fármacos

Desequilíbrio dos Ingestão excessiva de


nutrientes líquidos
MODIFICAÇÕES E CARACTERISTICAS DA
DIETA
As dietas terapêuticas: (conceito)

Mudança na consciência dos alimentos Aumento ou diminuição no tipo de alimento


(dieta geral, branda, pastosa, leve, cremosa, (dieta hipossódica, laxativa, com resíduos
pastosa liquidificada e líquidos) mínimos);

Ajustes na proporção e equilíbrio de proteínas,


Aumento ou diminuição no valor energético gorduras, carboidratos e/ou nutrientes
(dieta hipocalórica ou hipercalórica); específicos
(dieta para diabéticos, lipoprotéica, hipolipídica).
❖ CARACTERISTICAS DA DIETA

DE
ALIMENTOS
ALIMENTOS
CRUS Consistência MACIOS
abrandada

DIETA
BRANDA
• Fermentáveis;
• Frituras;
• industrializad
os;
• Leguminosas;
• Doces.
❖CRITERIOS DE INCLUSÃO

Quem deve utilizar ? Quando?

• pós-cirúrgico;
• Indivíduos com
problemas • Enfermidades do esôfago;
mecânicos de
• Dificuldade de mastigação
ingestão e digestão ou deglutição(próteses
dentárias) ;

• Gastrite e úlcera péptica


❖ALIMENTOS RECOMENDADOS

• Salada cozida;
• torradas, biscoitos, pães
enriquecidos (não integrais);
• Carnes frescas cozidas, assadas,
grelhadas;
• pastel de forno;
• Vegetais cozidos no forno, água,
• bolo simples;
vapor e refogados;
• sorvete simples;
• Ovo cozido, ponche ou quente

• Frutas (sucos, em compotas,
• óleos vegetais;
assadas, ou bem maduras, sem a
casca).
• gordura somente para cocção(não
para frituras)
• Sopas.
❖ALIMENTOS A SEREM EVITADOS

• Frutas de tipo A exceto em


• Cereais e derivados
sucos;
integrais;
• Leguminosas inteiras;
• frituras em geral;
• Doces concentrados;
• frutas oleaginosas;
• Condimentos fortes, picantes;
• vegetais do tipo A exceto em
sucos em cremes
• Queijos duros e fortes
CARACTERISTICAS DA DIETA PARA A DOENÇA RENAL
CRÔNICA

❖INFORMAÇÕES PESSOAIS
• A.L.C., sexo feminino,
• 79 anos, • Dores nas articulações (6 meses)
• Mora sozinha, • Relata crise de dores por causa da artrose.
• Natural de Paragominas/PA.

• HAS (30 anos),


Paciente nunca foi tabagista e não faz uso de
• Artrose (15 anos). bebida. Faz dança de salão 1 vez por semana
• Faz tratamento(16 anos)

Antecedentes familiares: desconhece parente com DRC. Nega familiar com diabetes. Pai era
hipertenso e faleceu por infarto do miocárdio.
❖ALIMENTAÇÃO

• Gosta de hortaliças cozidas e


• Sem impedimentos para
consome diariamente no almoço
mastigação e digestão;
• Relata que gosta de carne, mas
• Deglutição tranquila;
geralmente come frango (asa ou
pé).
• Relata hábitos intestinais
rotineiros (a cada dois dias)
• Não gosta muito frutas
• Todas as refeições são feitas
• Faz uso de temperos prontos
em casa, preparadas por ela
para preparar as refeições,
mesma.
apesar de ter sido orientada a
uma dieta hipossódica.
✓ Paciente consome alimentos inapropriados para seu estado de
saúde, especialmente a DRC;

✓ Os exames, além de comprovar o grau da patologia em questão,


mostra que a ingestão de sódio está aumentada;

✓ A creatina sérica está aumentada devido à dificuldade dos rins em


excretar por essa razão a depuração de creatinina está em baixos
níveis;

✓ Os níveis séricos de ureia estão aumentados devido a insuficiência


dos rins em excreta- lá.
❖DIETA BRANDA NA DRC

Objetivo:
Adequação de Macro e Micronutrientes e eletrólitos.
Manter a consistência, facilitando a absorção e ingestão.

Indicação:
Após o diagnóstico, com a meta de evitar a progressão da doença e aumentar a sobrevida,
consequentemente melhorar a qualidade de vida.

Caracteristica:
Deve ser abrandada por cocção, objetivando reduzir a quantidade de minerais nos alimentos.

Portanto a dieta branda deve ser hipoproteica, hipocalemica e hipossódica, hipolipidica,


hipoglicidica para que o quadro não se agrave.
DIETOTERAPIA PARA O PACIENTE RENAL CRÔNICO

o As últimas diretrizes relativamente às necessidades energéticas são de 30 a 35 kcal/kg/dia


para doentes estáveis com DRC;

o Proteína variam de acordo com a Taxa de Filtração Glomerular (TFG), ou depuração de


creatinina (Cano, 2004).

o As diretrizes da ingestão de micronutrientes de acordo com as necessidades nutricionais


nos doentes com DRC é de 600 a 1000mg/dia de Fosfato; de 1500 a 2000mg/dia de
Potássio e de 1,8 a 2,5g/dia de Sódio (Cano, 2004).
❖ FARMACOS UTILIZADOS PELA PACIENTE

Losartan (HAS) Furosemida (DIURÉTICO)

Atenolol (DOENÇAS
CARDIOVASLARES) AAS(ASPIRINA)

Anlodipino (HAS) Sinvastatina (REDUTOR DE


COLESTEROL)

Sulfato Ferroso Ácido fólico e complexo B.


REFERÊNCIAS
http://www.rbac.org.br/wp-content/uploads/2017/06/RBAC-1-2017-ref.-320.pdf
http://www.scielo.br/pdf/jbn/v36n1/0101-2800-jbn-36-01-0063.pdf
https://sbn.org.br/blog-categoria/guidelines/
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_clinicas_cuidado_paciente_renal.pdf
http://www.scielo.br/pdf/cadsc/2017nahead/1414-462X-cadsc-1414-462X201700030134.pdf
REFERÊNCIAS
Quantificação de micronutrientes em vegetais submetidos a diferentes métodos de cocção para doente
renal crônico
1; Eduardo Miranda Ethur 2; Simone Morelo Dal Bosco 3; Miriam Ines Marchi
Nutricionista – Univates. Lajeado, RS – Brasil.2 Químico Industrial, Doutor em Química, Docente do
Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento – Univates.Lajeado, RS – Brasil. 3
Nutricionista, Doutora em Ciências da Saúde, Docente e Coordenadora do Curso de Nutrição – Univates.
Lajeado, RS – Brasil. 4 Químico Industrial, Doutora em Química, Docente do Mestrado Profissional em
Ensino de Ciências Exatas – Univates. Lajeado, RS –Brasil.Recebido em 7 set. 2010. Aprovado em 26
nov. 2010

Sociedade Brasileira de Nefrologia

Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia


14ª EDIÇÃO
L. Kathleen Mahan, MS, RDN, CD Functional Nutrition Counselor Nutrition by Design Seattle, WA;
Clinical Associate Department of Pediatrics School of Medicine University of Washington Seattle, WA
Janice L. Raymond, MS, RDN, CD, CSG Clinical Nutrition Director, Thomas Cuisine Management
Providence Mount St. Vincent Seattle, WA; Affiliate Faculty Bastyr University
REFERÊNCIAS

Cano NJ, Aparicio M, Brunori G, Carrero JJ, Cianciaruso B, Fiaccadori E, et al. ESPEN Guidelines on Parenteral
Nutrition: adult renal failure. Clin Nutr. 2009; 28(4):401-14.
KDIGO, 2012 Clinical Practice Guideline for the Evaluation and Management of Chronic Kidney Disease. Kidney
International Supplements. 2013;3 vi:1-150.
SNB. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Nutrição. Pacientes em tratamento conservador. Disponível em:
<https://sbn.org.br/publico/nutricao/>. Acesso em: 05 de junho de 2019
ZANIN, T. Tua saúde. Dieta para insuficiência renal. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/dieta-para-
insuficiencia-renal/>. Acesso em: 09 de junho de 2019.
OBRIGADA!

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