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AVALIAÇÃO LABORATORIAL

OU BIOQUÍMICA

Profª Adriana Cândida da Silva


adriana.silva@prof.unibh.br
Aspectos legais e
importância dos
exames bioquímicos
Exames Bioquímicos
Dados associados
Exames Bioquímicos
Exames Bioquímicos

SIGULEM et al., 2000


Quando solicitar?
Tipos de exames
AS AMOSTRAS MAIS UTILIZADAS PARA ANALISAR OS
NUTRIENTES E AS SUBSTÂNCIAS:

- fluido obJdo após coagulação e centrifugação do


sangue para remoção do coágulo e das células sanguíneas.

- fluido obJdo após centrifugação do sangue coletado


com anJcoagulantes.

- células sanguíneas vermelhas.

- células sanguíneas brancas e suas frações.


AS AMOSTRAS MAIS UTILIZADAS PARA ANALISAR OS
NUTRIENTES E AS SUBSTÂNCIAS:

• Outros tecidos - obJdos de fragmentos ou de biópsia de


amostras.

amostras aleatórias ou coletas periódicas.

• Amostras usadas mais raramente:


– saliva,
– unhas,
– cabelo e suor.
O QUE ESTAS ANÁLISES REVELAM?

• Ingestão nutricional.
• Composição corporal.
• Presença de produtos anormais no sangue.
• Níveis aumentados ou diminuídos de nutrientes.
QUAL TESTE LABORATORIAL PRESCREVER EM CADA SITUAÇÃO?
MATERIAL
INVESTIGAÇÃO TIPO DE EXAME JUSTIFICATIVA
EXAMINADO
MASSA • Urina • CreaJnina • Músculo – reserva proteica
MUSCULAR • Ureia somáJca (20% - Músculo
SOMÁTICA EsqueléJco)
• Sangue • Albumina • Depleção Proteica Grave -
MASSA • Transferrina diminuição das proteínas
MUSCULAR circulantes.
• Pré-Albumina / TransJreJna
VISCERAL • Proteína Transportadora de
ReJnol
• Sangue • FibronecJna • Permite idenJficar o
RESPOSTA • Proteína C reaJva (PCR) momento de iniciar a
INFLAMATÓRIA intervenção nutricional
mais intensa.
• Sangue • Hemograma completo • DN pode Interferir na
• Linfócitos Contagem Total Linfócitos.
COMPETÊNCIA • DN pode alterar a
imunidade e uma de suas
IMUNOLÓGICA
manifestações é a HCR
(Hipersensibilidade
Cutânea Retardada).
FONTE: Shils, 2002.
INTERPRETAÇÕES DE EXAMES

MASSA PROTEICA SOMÁTICA


BARBOSA et al., 2013
BARBOSA et al., 2013
BARBOSA et al., 2013
INTERPRETAÇÕES DE EXAMES

MASSA PROTEICA VISCERAL


PROTEÍNAS SÉRICAS

ROSA, 2008
PROTEÍNAS SÉRICAS vs. Tempo de vida

ROSA, 2008
Valores esperados:
Proteínas totais (6,0 - 8,0g) = Albumina (4,0 - 5,8g) + Globulinas (1,0 - 3,0g)
ALBUMINA

CUPPARI, 2005; VITOLO, 2008


ALBUMINA

• Maior proteína produzida no kgado.


• Mais abundante no plasma.
• Meia vida: 18 a 20 dias – marcador tardio de DN.
• Função: manutenção da pressão oncóJca, transporte de
moléculas (Ca, ácidos graxos, remédios).
ALBUMINA

WEFFORT & LAMONIER, 2009


PRÉ-ALBUMINA/ TRANSTIRETINA (TTHY)

ROSA, 2008
PRÉ-ALBUMINA/ TRANSTIRETINA (TTHY)

Referências
– Normal: 15,7 – 29,6 mg/dL
– Depleção leve: 10 – 15 mg/dL
– Depleção moderada: 5 – 10 mg/dL
– Depleção grave: < 5 mg/dL
ROSA, 2008
ROSA, 2008; WEFFORT & LAMONIER, 2009
ROSA, 2008
PONTOS DE CORTE

IDADE E SEXO RETINOL PLASMÁTICO


(mcg/100mL)
Todas as idades e ambos os sexos
DEFICIENTE menos de 10,0
BAIXA 10,0 a 19,0
SUFICIENTE mais de 20,0
FONTE: Adaptado de Jelliffe, 1966.
INTERPRETAÇÕES DE EXAMES
FIBRONECTINA
• Proteína envolvida na adesão e diferenciação celular, na
cicatrização de feridas e na promoção da fagocitose.
• Diminuída na DEP
• Meia-vida: 24h.
• Pequeno pool extravascular
• Possui alto peso molecular: evita sua saída do sistema vascular
junto com as outras proteínas (albumina, TTHY).
• É muito consumida em estados inflamatórios crônicos (sepse, lesão
pós-traumáJca)
• Referência: 220 – 400mg/dL
PROTEÍNA C-REATIVA (PCR)

• Função exata desconhecida.


• Aumenta rapidamente (até 1.000 vezes) na fase aguda do estresse
metabólico:
– monitora a resposta ao estresse e defini o momento exato da
intervenção nutricional.
• Quando os níveis de PCR começam a diminuir, o paciente entra em
anabolismo e este é o momento em que uma terapia nutricional
surJrá mais efeito.
• Referência: 0 a 1.0 mg/dL
Avaliação Hematológica
• Exame que avalia as células sanguíneas de um paciente.
• Para diagnosJcar ou controlar a evolução de uma doença.
• As células sanguíneas são divididas em 3 Jpos:
– células vermelhas (hemácias ou eritrócitos),
– células brancas (ou leucócitos) e
– plaquetas (ou trombócitos).
Glóbulos vermelhos

• número de glóbulos vermelhos: valores normais variam de


acordo com o sexo e com a idade.

– Homem: 5.000.000 - 5.500.000/litro


– Mulher: 4.500.000 - 5.000.000/litro
PONTOS DE CORTE

FAIXA ETÁRIA Hb (g/dL)


Adultos masculinos 13,5 a 18,0
Adultos femininos 12,0 a 16,0
Gestantes 10,5 a 14,0
FONTE: Vitolo, 2003.
CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS OU
LINFOCITOMETRIA (CTL)
• Avalia de maneira grosseira as reservas imunológicas atuais.
• Calculado através do leucograma = % linfócitos + contagem
total de leucócitos

CTL = % LINFÓCITOS x LEUCÓCITOS (mm³)


100
CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS OU
LINFOCITOMETRIA

Interpretação de resultados (Blackburn e col.)


– Normal: > 2.000 mm³
– Depleção leve: 1.200 – 2.000/mm³
– Depleção moderada: 800 – 1199/mm³
– Depleção grave: < 800/ mm³
INTERPRETAÇÕES DE EXAMES
• Colesterol
– Importante para:
• formação e função das membranas celulares,
• síntese de sais biliares, de hormônios esteróides e da
vitamina D.
• Triglicerides
– papel energéJco, para uJlização imediata ou após
armazenamento.
• Fosfolipides
- manter a integridade das membranas celulares e a solubilidade
dos ésteres de colesterol e dos TG no interior das LP.
DETERMINAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO
COLESTEROL TOTAL: CT = HDL-c + LDL-c + VLDL-c

• Fórmula de Friedwald, sendo o VLDL = TG/5

• LDL = CT - (HDL + VLDL)

Esta fórmula não deve ser empregada quando os níveis dos TG


forem iguais ou superiores a 400 mg/dL.
• Coleta após jejum de 12 a 14h.
• Para determinação isolada de CT não é necessário o jejum.
• Manter a alimentação habitual e evitar a ingestão de bebidas alcoólicas na
véspera.
• Não praJcar exercício ksico imediatamente antes da coleta.
• Punção venosa 5min após sentado ou deitado, evitando estase venosa
prolongada (manter torniquete por menos de 2min).
• Evitar a coleta no período das 3 semanas seguintes a uma enfermidade leve
ou nos 3 meses após doença grave clínica (inclusive infarto agudo do
miocárdio complicado), ou cirúrgica.
• IdenJficar eventual uso de medicamentos que possam alterar o perfil lipídico.
• A obtenção de valores confiáveis é fruto de bom controle de qualidade
praJcado pelo laboratório.
VALORES DE REFERÊNCIA

V DIRETRIZ BRASILEIRA DE DISLIPIDEMIAS E PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE, 2013


TIPOS DE DISLIPIDEMIAS
TRATAMENTO
INTERPRETAÇÕES DE EXAMES
BARBOSA et al., 2013
BARBOSA et al., 2013
Para
adultos
também!!!

BARBOSA et al., 2013


Para
adultos
também!!!

BARBOSA et al., 2013


BARBOSA et al., 2013
BARBOSA et al., 2013
SPB, 2012
Para
adultos
também!!!

BARBOSA et al., 2013


Em adultos
também!!!

BARBOSA et al., 2013


Em adultos
também!!!

BARBOSA et al., 2013


BARBOSA et al., 2013
BARBOSA et al., 2013
Em adultos
também!!!

BARBOSA et al., 2013


BARBOSA et al., 2013
SPB, 2012
SPB, 2012

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