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A replicação semiconservativa do DNA

Docente: Maria Leonor Mota Morais Cecílio


Discentes:
- Ândria Viegas, nº 23265
-Rita Falcão, nº 23272
- Teresa Folque, nº 23253
Turma: 8
Lisboa, 21 de outubro de 2016
A replicação semiconservativa do DNA
A replicação é o processo da duplicação da molécula de DNA,
em que as moléculas replicadas são iguais à molécula original permitindo a transmissão de
informação de uma geração para a seguinte.
Existem 3 modelos para a explicação da replicação do DNA:
 Hipótese Conservativa: Segundo esta hipótese a molécula de DNA progenitora
mantém-se íntegra, servindo apenas de molde para a formação da molécula filha, a qual
seria formada por duas novas cadeias de nucleótidos.
 Hipótese Semiconservativa: cada uma das cadeias serviria de molde para uma nova
cadeia e, consequentemente, cada uma das novas moléculas de DNA seria formada por
uma cadeia antiga e uma cadeia nova.

 Hipótese Dispersiva: Segundo esta hipótese, cada molécula-filha seria formada por
porções da molécula inicial e por regiões sintetizadas de novo, a partir dos nucleótidos
presentes na célula.
Em 1957, as experiências realizadas por Meselson e Stahl demonstraram que a
replicação do DNA se processava de acordo com o modelo semiconservativo.
Meselson e Stahl cultivaram a bactéria E. coli durante várias gerações num meio
contendo um isótopo pesado de 15N, obrigando as bactérias a incorporam esse azoto no seu
DNA. Transferiram depois as bactérias para um meio só com 14N (leve). O novo DNA
sintetizado deveria ser mais leve que o DNA parental que usava 15N. Posteriormente
distinguiram os DNA’s, com diferentes densidades, por centrifugação.
De acordo com o modelo semiconservativo as bactérias cultivadas em 15N, quando
introduzidas numa cultura com 14N, utilizam esse azoto para produzir novas cadeias de DNA.
Assim, na 1ª geração, cada molécula de DNA apresenta uma cadeia de nucleótidos com 15N
(que provinha da geração parental) e outra com 14N (neoformada):Moléculas com densidade
intermédia.
Na 2ª geração, metade das moléculas são formadas por 2 cadeias leves e a outra metade
é formada por uma cadeia leve e uma pesada (densidade intermédia).

Processo de replicação
A polimerização dos nucleótidos faz-se através da DNA polimerase. Apenas os
nucleótidos trifosfatados podem ser utilizados para a síntese do DNA devido à energia
necessária para a formação de ligações covalentes entre os nucleótidos adjacentes, que só é
fornecida pela quebra de ligações covalentes de alta energia entre os fosfatos. Ao ser
incorporado o desoxirribonuclueótido 5’ trifosfato, perde 2 fosfatos, dando assim energia
suficiente para a polimerização.
As duas cadeias da dupla hélice na presença de uma enzima chamada DNA helicase,
separam-se por rutura das pontes de hidrogénio. Em seguida a primase sintetiza o primer (ou
fragmento iniciador) de modo a que a DNA polimerase consiga começar a polimerização a
partir da extremidade 5’.

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Devido ao antiparalelismo da cadeia de DNA parental, apenas
uma das cadeias-filhas poderá ser sintetizada de modo continuo na
direção 5’ para 3’. Assim existem dois tipos de replicação, a contínua e a descontinua
dependente da orientação das cadeias molde.
A cadeia que cresce no mesmo sentido que o deslocamento da forquilha de replicação e
cuja síntese ocorre continuamente é denominada cadeia continua. Por outro lado, a cadeia
descontínua vai ser sintetizada na direção oposta ao avanço da forquilha de replicação através
da síntese e posterior ligação de múltiplos segmentos de DNA, todos os iniciados por um
primer, os fragmentos Okazaki.
A remoção dos primers é feita por uma enzima e os espaços são preenchidos pela DNA
polimerase.
Finalmente, os fragmentos são unidos uns aos outros pela DNA ligase através de
ligações fosfodiéster.
Uma outra enzima, denominada topoisomerase, esta permite que ocorram alterações no
grau de enrolamento do DNA.
Pelo facto de os cromossomas eucariotas serem lineares, a DNA polimerase não
consegue replicar o segmento terminal da cadeia descontinua. Isto acontece porque quando o
primer de RNA no final do cromossoma é removido, deixa de haver um grupo 3´OH - que
possibilite a adição de nucleótidos pela DNA polimerase. A consequência seria o encurtamento
dos cromossomas a cada ciclo de replicação. Desta forma, a replicação dos telómeros não é
efetuada de forma convencional, sendo esta região final replicada por uma enzima denominada
telomerase.
Os telómeros possuem uma extremidade constituída por repetições de um conjunto de
seis nucleótidos TTAGGG. A telomerase possui uma componente de RNA que atua como
molde para o telómero. Este RNA liga-se por complementaridade ao DNA e a enzima adiciona
nucleótidos à extremidade 3’ de modo a aumentar o tamanho do cromossoma.

Bibliografia
Duclos, C. C. (2004). Evidência da replicação semiconservativa. Obtido de Biologia Molecular :
http://www.biomol.org/historia/replisemicon.shtml

Replicação do DNA. (s.d.). Obtido de Pathologika: http://pathologika.com/replicacao-do-dna/

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