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Base Azotada Cada nucleótido é constituído
por uma base azotada (Adenina,
Guanina, Citosina, Timina, Uracilo),
Grupo uma Pentose (Desoxirribose ou Ribose)
Fosfato Pentose e por um grupo fosfato.
Bases púricas: Adenina e Guanina, que formam um anel duplo (sendo ambas presentes no
RNA e DNA)
Bases Pirimídicas: Uracilo (apenas presente no RNA), Timina (apenas presente no DNA) e
Citosina (presente em ambos) que formam um anel simples.
Os nucleótidos formam ligações entre si, formando cadeias polinucleotídicas. Estas ligações
estabelecem-se entre o grupo fosfato de um dos nucleótidos e o carbono 3’ da pentose do
nucleótido seguinte. Chamam-se ligações fosfodiéster.
Através da análise do DNA de vários organismos por Chargaff foi possível chegar-se à
conclusão de que a percentagem de Adenina é igual é de Timina e que a de Guanina é igual à
de Citosina. Assim, a percentagem de Purinas é igual à de Pirimidinas. A partir destas
investigações e da descoberta de Rosalind Franklin, Watson e Crick apresentaram na
Universidade de Cambridge o Modelo de Dupla Hélice do DNA.
Estrutura do DNA:
Modelo de Dupla Hélice do DNA:
Os nucleótidos que formam uma cadeia polinucleotídica ligam-se entre si através de ligações
covalentes (do tipo fosfodiéster) que se estabelecem entre o grupo fosfato e os carbonos 3’ e
5’ das pentoses. As cadeias designam-se por antiparalelas uma vez que a extremidade 5’ de
uma cadeia corresponde a extremidade 3’ da outra cadeia. Entre as bases azotadas verifica-se
uma ligação por pontes de hidrogénio. Ou seja a Adenina emparelha com a Timina (por duas
pontes de hidrogénio) e a Guanina à Citosina (por três pontes de hidrogénio). Por isso são
bases complementares, o que justifica as proporções encontradas por Chargaff.
Estrutura do RNA:
A molécula de RNA é formada por uma cadeia simples de nucleótidos e é muito mais pequena
que a molécula de DNA. Esta molécula é sintetizada a partir do DNA e pode apresentar três
formas:
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Replicação do DNA:
Síntese Proteica:
Os ácidos nucleicos são constituídos por quatro nucleótidos diferentes, enquanto que as
proteínas o são por cerca de vinte unidades aminoácidos. Assim, chegou-se à conclusão de que
para codificar um aminoácido seriam necessários três nucleótidos, um tripleto.
Após esta descoberta, realizaram-se duas experiências que a vieram desenvolver. Nirenberg
chegou à conclusão de que quando utilizava mRNA poli-U apenas obtinha um tipo de
aminoácido, e a mesma coisa com poli-A e poli-C. Khorana sintetizou moléculas com
nucleótidos alternados (ACACACA), e como esta cadeia permitia duas combinações (ACA e
CAC) formaram-se dois tipos de aminoácidos. Estas experiências permitiram concluir que
diferentes combinações de tripletos codificam diferentes tipos de aminoácidos. Cada tripleto
do mRNA designa-se Codão (sendo o de DNA, codogene). 3
O código genético tem as seguintes características:
o Cada aminoácido é formado por um codão.
o O tripleto AUG tem duas funções, codifica a metionina e constitui o codão de
iniciação para a síntese proteica.
o Os tripletos UAA, UGA e UAG são codões de finalização.
o Existe mais do que um codão para codificar um aminoácido (degenerescência do
código genético)
o O terceiro nucleótido é o menos específico.
o Um determinado codão não codifica dois aminoácidos diferentes (não é ambíguo)
o O código genético é universal. (tem o mesmo significado para todos os organismos)
o Transcrição:
Para que a transcrição ocorra é necessário que a RNA polimerase desenrole um segmento
de DNA. Assim, uma das cadeias de DNA serve de molde para o mRNA (que se constitui através
dos nucleótidos existentes no nucleoplasma). A transcrição termina quando a RNA polimerase
encontra um codão de finalização. Nos seres eucariontes o mRNA utilizado durante a
transcrição é designado por RNA pré-mensageiro, uma vez que ainda irá sofrer uma
maturação. Esta ocorre quando diversas secções do mRNA, os intrões, são removidas. Desta
forma, os exões constituem o mRNA maturado, ou seja a informação para a síntese proteica
dispõe-se de forma fragmentada. Nos seres procarioentes a fase de processamento do mRNA
não ocorre. No final deste processo, o mRNA migra do núcleo para o citoplasma, onde
ocorrerá o processo de tradução.
o Tradução:
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Alterações do Material Genético:
o Mitose
Quando uma célula se divide é necessário que a molécula de DNA se replique, sendo
que a célula filha herda toda a informação genética da célula mãe. No caso das células
procarióticas, o processo é bastante simples. Ocorre logo após a replicação da molécula de
DNA. No entanto, nas células eucarióticas, o processo é bastante mais complexo, uma vez que
o DNA está armazenado em várias moléculas, sendo que está associado a uma proteína, as
histonas. Cada porção de DNA, associada às histonas, constitui um filamento de cromatina.
Estes filamentos encontram-se dispersos na célula, exceto no processo de divisão, em que se
condensam em cromossomas.
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Ciclo Celular:
Fase Mitótica:
Profase: A etapa mais longa da mitose. Os cromossomas enrolam-se tornando-se
condensados, curtos e grossos. Os centrossomas (2 centríolos) afastam-se para pólos
opostos, formando um fuso acromático, o qual é formada por fibrilas de microtúbulos
proteicos. No final da profase o núcleo desagrega-se. Nas células vegetais as fibras do
fuso acromático são formadas por centros organizadores de microtúbulos existentes
nos pólos.
Metafase: Os cromossomas dispõem-se no plano equatorial da célula, formanda a
placa equatorial. Os centrómeros encontram-se nesta placa, enquanto que os braços
dos cromossomas se voltam para fora deste plano.
Anafase: O centrómero rompe-se, separando os dois cromatídeos. Os cromossomas
iniciam a ascensão polar ao longo do fuso acromático. No final da Anafase cada pólo
contém um conjunto de cromossomas exatamente igual.
Telofase: Forma-se um invólucro nuclear em torno dos cromossomas, que iniciam um
processo de descondensação. O fuso acromático desorganiza-se. A mitose termina e a
célula possui dois núcleos.
Citocinese: A citocinese inicia-se durante a Anafase ou a Telofase. Nas células animais
ocorre devido ao estrangulamento do citoplasma, devido a contração de um conjunto
de filamentos proteicos. Nas células vegetais a existência da parede não permite o
estrangulamento. Assim, vesículas resultantes do complexo de Golgi depositam-se na
região equatorial, formando uma membrana celular que divide a célula em duas,
ambas com parede celular completa.
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Nos tecidos adultos apenas existem células multipotentes, que não são capazes de produzir
células de outro tipo. No entanto, nos tecidos adultos vegetais existe um outro tipo de células
indiferenciadas, os meristemas, que são capazes de renovar zonas lesadas e levar ao
crescimento de órgãos.
o Clonagem:
Durante os processos de diferenciação celular e divisão ocorrem por vezes erros que
conduzem à produção de células cancerosas. Uma das mais preocupantes alterações que
ocorrem na célula é a perda dos mecanismos de regulação celular na expressão dos genes,
assim as células podem tornar-se imortais, por diminuição da apoptose. O resultado desta
divisão infinita leva à produção de tumores. As células de alguns tumores malignos podem
formar metástases. De uma forma geral podemos identificar as seguintes etapas no
desenvolvimento de um cancro (neoplasia):
Proliferação celular não controlada
Perda de diferenciação (Displasia) 8
Cancro in situ (localizado, não invasivo)
Cancro invasivo (resultante da acumulação de vários alterações genéticas nas
células).
Reprodução
o Reprodução Assexuada
A reprodução assexuada ocorre quando um indivíduo dá origem a outros sem ocorrer
fecundação, isto é, sem a união de duas células especializadas, denominadas gâmetas. Assim
originam-se clones da célula-mãe, o que permite concluir que este tipo de reprodução não
contribui para a variabilidade genética, embora assegure o rápido crescimento em colonização
em ambientes favoráveis. Muitos dos organismos que se reproduzem assexuadamente
também o podem fazer sexuadamente, sempre que as condições do meio se tornem
desfavoráveis. 9
Estratégias reprodutoras:
Bipartição:
Também denominada cissiparidade, divisão simples ou divisão binária. Processo em que uma
célula se divide em duas mais pequenas, semelhantes entre si, que alcançarão mais tarde o
tamanho da progenitora. Unicelulares procariontes e eucariontes.
Divisão Múltipla:
Fragmentação:
Gemulação:
Partenogénese:
Esporulação:
Consiste na formação de células que originam novos seres vivos, os esporos. Estas células são
constituídas nos esporângios e possuem uma camada protetora muito resistente.
Multiplicação vegetativa:
Processo exclusivo das plantas que ocorre devido aos meristemas. Como estas células
mantêm a diferenciação, através da multiplicação vegetativa, é possível que se formem
novas plantas através de estruturas multicelulares da planta mãe.
o Multiplicação vegetativa natural
Folhas
Algumas plantas desenvolvem pequenas folhas. Cada uma delas é uma plântula em miniatura
que cai e se desenvolve.
Estolhos
Rizomas 10
O lírio, o bambu e os fetos possuem rizomas, que armazenam substâncias de reserva que lhes
permitem sobreviver, mesmo que a parte aérea morra. A partir destas raízes, e por gemulação,
podem formar-se novas plantas.
Tubérculos
As batatas possuem tubérculos que armazenam substancias de reserva que, tal como as raízes,
lhes permitem sobreviver. A partir destas raízes, e por gemulação, podem formar-se novas
plantas.
Bolbos
A cebola e as tulipas possuem bolbos. Estes caules subterrâneos possuem um gomo terminal
rodeado de folhas carnudas, ricas em substâncias de reserva. Para a reprodução forma-se um
gomo lateral que se rodeia de folhas carnudas.
Estacaria:
Mergulhia:
Dobrar um ramo da planta até ser possível enterrá-lo no solo. Essa parte irá gerar raízes
adventícias que criarão uma planta independente. No caso de não ser possível dobrar o ramo,
por vezes utiliza-se alporquia, um processo em que se corta um pouco da casca do ramo e se
envolve este num plástico contendo terra, de modo a gerar raízes.
A micropropagação:
Através dos tecidos meristemáticos replicam-se várias vezes os fragmentos da planta mãe, o
que permite criar muito rapidamente uma série de novas plantas
Enxertia:
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Enxertia por encosto:
o Reprodução Sexuada:
Meiose e Fecundação:
A meiose é um processo de divisão celular em que a partir de uma célula diploide (2n),
se formam 4 células haploides (n). Assim as células filhas apresentam metade dos
cromossomas da célula mãe. A meiose consiste em duas divisões sucessivas. Na divisão I, ou
divisão reducional, um núcleo diploide origina dois núcleos haploides. Na divisão II, ou divisão
equacional, ocorre a separação de cromossomas, formando-se assim quatro células haploides
cujos cromossomas são constituídos por apenas um cromatídeo.
Divisão I da meiose:
Divisão II da meiose:
A fecundação permite que as duas células somáticas haploides se juntem e formam uma nova
célula diploide.
Evolução Biológica:
o Unicelularidade e Multicelularidade:
Todos os seres vivos podem ser divididos em dois grandes grupos: seres eucariontes e 14
procariontes, sendo que o que os distingue é a sua organização celular. Para perceber o que
poderá ter levado a esta diferenciação é necessário ter em conta a história da Vida na Terra. O
que originou as células procariontes foram os protobiontes, que eram agregados moleculares
de proteínas, DNA, RNA entre outros constituintes celulares que eram capazes de manter um
equilíbrio entre o seu meio interno e os estímulos do meio externo. Contudo, com a
proliferação do oxigénio, estas estruturas modificaram-se. Por exemplo, estruturas
semelhantes às mitocôndrias adaptaram-se de modo a aproveitar este gás para oxidar os
compostos orgânicos.
Existem duas hipóteses que tentam explicar a evolução dos organismos procariontes:
Hipótese Autogénica:
Os seres eucariontes são o resultado de uma evolução gradual dos seres procariontes.
Inicialmente, as células desenvolveram sistemas endomembranares a parir de invaginações da
membrana plasmática, que formaram o núcleo e outros organelos como o reticulo
endoplasmático. Posteriormente, algumas estruturas abandonaram o núcleo e evoluíram no
interior da membrana, como é o caso das mitocôndrias e dos cloroplastos. Esta hipótese não é
atualmente aceite, uma vez que o DNA das mitocôndrias e dos cloroplastos é diferente do DNA
nuclear.
Hipótese Endossimbiótica:
Lynn Margulis sugeriu que as mitocôndrias e os cloroplastos tivessem origem em
estruturas procariontes diferentes. Este fator verificou-se quando se provou que o DNA
mitocondrial e dos cloroplastos não tinham a mesma origem que o nuclear. Esta hipótese
sugere que as células procarióticas de maiores dimensões capturariam células mais pequenas.
Algumas destas últimas conseguiam sobreviver no interior da célula hospedeira,
estabelecendo-se relações de simbiose estável e permanente. Atualmente acredita-se que a
célula hospedeira estabeleceu em primeiro lugar relações com os ancestrais das mitocôndrias
e só posteriormente com as cianobactérias, o que explica porque é que apenas algumas
células possuem cloroplastos. Esta hipótese é apoiada por vários fatores: o facto de as
mitocôndrias e os cloroplastos terem dimensões semelhantes às bactérias, produzirem as suas
próprias membranas internas e terem capacidade de replicação por cissiparidade. Possuem
também o seu próprio material genético, e a nível ribossómico são mais semelhantes com as
células procarióticas do que com as eucarióticas, tal como a nível de estruturas de transporte.
Atualmente, continuam a verificar-se alguns casos de endossimbiose entre bactérias e células.
A crescente competição por alimento e espaço destas novas células eucarióticas levou a
que se tornasse vantajoso criar agregações em colónias, ou mesmo em organismos
multicelulares. Inicialmente, estes organismos eram formados por células que não se
libertavam da célula-mãe após a divisão e formavam colónias em que todas as células
desempenhavam a mesma função. O que permitiu que a partir destes agregados coloniais se
formassem organismos multicelulares foi a diferenciação celular.
Vantagens da Multicelularidade:
1. Maiores dimensões o que facilita a realização de trocas com o meio.
2. Maior diversidade, o que contribui para a adaptação ao meio.
3. Diminuição da taxa metabólica, o que permite a utilização de energia de forma mais
eficaz.
4. Maior independência em relação ao meio ambiente, devido a uma eficaz homeostasia
resultante da interdependência dos vários sistemas de órgãos.
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o Mecanismos de evolução:
Fixismo:
A partir da observação das espécies no período normal de vida humana é fácil concluir
que estas são imutáveis. As ideias dos primeiros filósofos e naturalistas basearam-se neste
facto. A perspetiva que acredita que as espécies não se alteram com o passar do tempo
prevaleceu por mais de dois mil anos e denomina-se Fixismo. Este princípio condicionou o
avanço da ciência durante a idade média, uma vez que para os medievais o criacionismo
apoiava-se também no princípio fixista, e justificava a imutabilidade das espécies com a criação
de Deus, o que implicava perfeição e estabilidade. No final do séc. XVIII o Fixismo começou a
ser posto em causa, o que abalou irremediavelmente a conceção do mundo.
Evolucionismo:
Lineu, um criacionista convicto, iniciou um vasto trabalho de classificação dos seres
vivos e é considerado como o pai da sistemática. O sistema de classificação de Lineu levou à
compreensão das muitas semelhanças entre organismos de origem diferente, o que, com o
avanço da paleontologia permitiu o desenvolvimento da teoria evolucionista. O estudo dos
fósseis apresentou organismos que não tenham correspondência com as espécies atuais, o
que contrariava a imutabilidade das espécies. A teoria do catastrofismo tentou conciliar as
ideias fixistas com os novos desenvolvimentos da paleontologia, afirmado que os fósseis eram
restos mortais de espécies que foram dizimadas em catástrofes que ocorreram a nível global,
depois das quais ocorriam novos processos de criação.
De seguida, Buffon criou o Transformismo que admitia que as espécies derivavam
umas das outras, existido espécies intermédias ate às formas atuais, foi assim a primeira teoria
que apoiava as transformações, na qual o tempo geológico é fundamental. Buffon acreditava
que o clima e o acesso aos alimentos condicionavam esta transformação. Maupertuis
acreditava que os seres vivos resultavam de uma seleção provocada pelo ambiente, contudo
estas teorias não foram aceites na época. Com a evolução da Geologia e a aceitação geral da
ideia que a Terra era um planeta em constante mudança, o desenvolvimento da Teoria
Uniformitarista, de Hutton, foi melhor aceite pela população. Lyell desenvolveu e popularizou
a obra de Hutton, embora fosse relutante à transformação das espécies. Lyell e Hutton
afirmam que:
As leis naturais são constantes no espaço e no tempo;
Os acontecimentos do passado devem ser explicados a partir dos mesmos processos
naturais que se observam na atualidade, dado que as causas que provocaram
determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam os mesmos
fenómenos atualmente;
A maioria das alterações geológicas ocorre de forma lenta e gradual.
Lamarckismo:
Lamarck era um taxonomista francês e admitia que os seres vivos provinham de outros
seres vivos e que cada espécie ocupava um lugar na escala natural, sendo o Homem o topo.
Lamarck defendia que os seres vivos têm um impulso interior que lhes permite adaptarem-se
ao meio, quando o ambiente se torna adverso. Essa necessidade de adaptação levaria ao uso e 16
desenvolvimento de alguns órgãos (hipertrofia) ou desuso e atrofia de outros. Estas
adaptações seriam transmitidas à descendência, lei da transmissão dos carateres adquiridos.
Lamarck apresentou a primeira teoria acerca da evolução das espécies. As principais críticas
apontadas a Lamarck eram:
O facto de se admitir que a matéria viva teria uma “ambição natural” para se tornar
melhor;
A lei do uso e do desuso, embora válida para os músculos, não explicava todas as
modificações
A lei da transmissão dos carateres adquiridos não é válida, uma vez que não é possível
transmitir algo que não está no código genético à descendência.
Darwinismo:
Lamarckismo e Darwinismo:
A Teoria da Evolução baseou-se, inicialmente, em dados fornecidos pela Anatomia
Comparada, pela Paleontologia, pela Biogeografia e pela Embriologia. Posteriormente, os
avanços da ciência produziram novos dados evolucionistas a partir da Citologia, da Biologia
Molecular e da Genética.
Anatomia Comparada:
Animais aparentemente diferentes apresentam semelhanças anatómicas, que sugerem um
ancestral comum. Os órgãos homólogos são órgãos que desempenham uma função diferente,
embora apresentem uma posição relativa, embriológica e um plano estrutural semelhantes.
Dá-se evolução divergente, uma vez que a seleção natural atuou sobre organismos
semelhantes que conquistaram meios diferentes. A partir das estruturas homólogas foi
possível constituir séries filogenéticas progressivas e regressivas.
Nas séries filogenéticas progressivas, os órgãos homólogos apresentam uma
complexidade crescente, isto é a partir de um órgão ancestral simples, desenvolvem-se órgãos
mais complexos.
Nas séries filogenéticas regressivas, os órgãos homólogos simplificam-se, ou seja a partir
de um órgão ancestral mais complexo formam-se órgãos rudimentares ou inexistentes. É o
caso da perda dos membros nas serpentes e da atrofia dos ossos das aves.
Os órgãos análogos são os que desempenham uma função semelhante, e apresentam uma
posição relativa e embriológica diferentes. Estes órgãos desenvolveram-se devido a pressões
do meio ambiente semelhantes em organismos de grupos distintos. Ocorre assim evolução
convergente.
Os órgãos vestigiais são órgãos atrofiados que não apresentam função evidente na
atualidade em determinado grupo de seres vivos, embora outros grupos os apresentem bem
desenvolvidos.
Paleontologia:
A paleontologia é a ciência que oferece mais dados acerca dos organismos intermédios ou
sintéticos, também denominados de formas fosseis de transição, e aqueles que não têm
representação na atualidade. Assim, é a partir destes dados que se constroem árvores
filogenéticas, que representam a evolução de um determinado grupo, desde o seu ancestral
até à atualidade. No entanto, os dados paleontológicos têm algumas limitações, uma vez que é
necessário um elevado número de anos para que o fóssil se constitua, para além de variadas
condições muito específicas.
Embriologia:
A partir do acompanhamento do desenvolvimento embrionário, foi possível estabelecer
relações de homologia entre diversos grupos. Numa fase inicial, todos os organismos
vertebrados possuem uma cauda e fossetas branquiais, que desaparecem no caso do Homem.
Assim é possível concluir que os indivíduos mais complexos, sofrem bastantes modificações
desde o estado embrionário, ao contrario dos organismos mais simples, que mantêm uma
estrutura e aparência semelhante. 18
Biogeografia:
Esta ciência conclui que as espécies tendem a ser mais semelhantes quanto maior é a sua
proximidade geográfica.
Biologia Molecular:
Os dados bioquímicos afirmam que todos os organismos são constituídos pelos mesmos
compostos orgânicos (glícidos, lípidos, prótidos e ácidos nucleicos) e que toda a síntese
proteica tem a intervenção do DNA e do RNA. Para estimar a proximidade de espécies, pode
recorrer-se a vários processos. Um deles é comparar a sequência de aminoácidos das
proteínas. Outro é a hibridação do DNA em que se conjugam duas cadeias separadas de DNA
de organismos diferentes. Quanto mais rápido for o emparelhamento das bases
complementares e a formação das moléculas híbridas, mais próximas serão as espécies do
ponto de vista filogenético.
Wright, Dobzhansky e Mayr desenvolveram uma teoria apoiada na teoria de Darwin, como
uma adaptação da mesma de acordo com as novas tecnologias. Consideravam a seleção
natural como mecanismo principal da evolução, que as grandes alterações resultam das
pequenas modificações que ocorrem ao longo do tempo e que as populações constituem
unidades evolutivas que apresentam variabilidade.
Mutações:
A variabilidade das populações resulta das mutações e recombinações genéticas durante a
meiose e a fecundação. As mutações são alterações bruscas do património genético, podendo
ocorrer a nível genético (mutações génicas) ou envolver proporções significativas de
cromossomas (mutações cromossómicas). A maior parte destas mutações inviabilizam o
embrião, no entanto, por vezes, ocorrem mutações que conferem vantagens ao indivíduo,
tornando-o mais apto. Todas as evoluções, a partir destas mutações, que ocorrem numa
pequena escala, ou seja apenas num pequeno grupo da população, são consideradas
microevolução.
A recombinação génica é outra fonte de variabilidade genética e resulta dos fenómenos de
crossing over, à separação aleatória dos cromossomas homólogos e da fecundação.
Uma população mendeliana é um conjunto de indivíduos que se reproduz sexuadamente e
partilha um determinado conjunto de genes, conjunto este que se denomina gene pool (ou
fundo genético).
Migrações:
Deslocações de indivíduos de uma população para outra. Conduzem a alterações no fundo
genético.
Deriva Genética:
Ocorre em populações reduzidas e corresponde à variação do fundo genético, devido
exclusivamente, ao acaso. Existem duas situações em que ocorre uma diminuição drástica do
tamanho de uma população: o efeito fundador e o efeito de gargalo. 19
O primeiro ocorre quando um reduzido número de indivíduos se desloca para uma nova área
transportando uma parte restrita do fundo genético. O segundo quando uma determinada
população sofre uma diminuição brusca devido a alterações climatéricas, epidemias,
incêndios, inundações, terramotos, etc. Assim apenas os genes dos sobreviventes se mantêm,
sendo os outros eliminados por deriva genética, e não por seleção natural.
Cruzamentos ao acaso:
Verticais – têm em conta o fator tempo e permitem constituir árvores filogenéticas (ou filética, clad
mpo e permitem construir árvores fenéticas, que têm como objetivo a identificação rápida de um organismo, sem ter em conta a sua ev
o Diversidade de Critérios:
Simetria corporal (sem, radial e bilateral)
Paleontologia
Modo de Nutrição (Plantas - Fotoautotróficos; Animais – Quimio-Heterotróficos;
Bactérias – A maioria é quimio-heterotrófica, mas algumas são quimioautotróficas, e
outras foto-heterotróficas; também é distinguido o processo de obtenção de matéria:
por ingestão (digestão intracorporal) ou absorção (enzimas são lançadas para o
exterior do corpo) que é o caso dos fungos. 20
Embriologia
Cariologia (estudo do número de cromossomas)
Etologia (estudo do comportamento animal)
Critérios Bioquímicos
Organização Estrutural ou citológicos (diferença a nível celular)
o Taxonomia e Nomenclatura:
Os principais taxa utilizados nas classificações atuais são: REINO, FILO, CLASSE,
ORDEM, FAMÍLIA, GÉNERO e ESPÉCIE.
A espécie, unidade básica da classificação é constituída por um conjunto de indivíduos
que partilham o mesmo fundo genético, que lhes permite originar descendência fértil.
Quanto mais semelhantes são organismos, maior o número de taxa que partilham.
Lineu criou um sistema binominal em latim, que facilitou a compreensão intercontinental
deste ramo da ciência, sendo que:
O nome da espécie é formado por duas palavras latinas, sendo a primeira o
nome do género a que a espécie pertence, e iniciada com letra maiúscula. A
segunda palavra designa-se restritivo ou epíteto específico e inicia-se por
minúscula.
Todos os taxa superiores à espécie são designados por apenas uma palavra,
iniciada por letra maiúscula.
O nome das famílias é obtido acrescentando –idae. Nas plantas o sufixo é –
aceae.
A subespécie é denominada com três nomes. O género, o restritivo específico
e o restritivo subespecifico.
Caso o texto seja manuscrito, os nomes deverão ser sublinhados. Senão deverá
escrever-se em itálico.
Pode escrever-se o nome e a data do taxonomista em letra de texto (Canis
familiaris L.(1758))
Reino Monera:
Reino Protista:
No reino Protista existem diversos organismos muito diferentes entre si: é o caso da
paramécia e da amiba que se assemelham a animais (geralmente protozoários), contra
algumas algas multicelulares que podem atingir dezenas de metros de comprimento. Os
protistas existem essencialmente em ambientes húmidos e constituem grande parte do
plâncton e têm bastante importância para adubos, substâncias utilizadas na medicina e
alimento. Por outro lado, são também causadores de diversas doenças.
Reino Fungi:
Reino Plantae:
Reino Plantae
Reino Animalia:
FIM!!!!! :D