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Expressão da informação genética

 1.1. Ácidos Nucleicos


As características estruturais e funcionais dos diferentes organismos dependem da
existência de uma grande diversidade de moléculas como as proteínas.

→ A produção destas moléculas pelas células está dependente da existência de


ácidos nucleicos.

→ Estes determinam a estrutura de cada proteína, condicionando os processos


de desenvolvimento e de funcionamento celulares.

Existem 2 tipos de
ácidos nucleicos:
→ DNA (ácido desoxirribonucleico)- garante o armazenamento e a transmissão de
informação genética
→RNA (ácido ribonucleico)- que participa na mobilização e expressão da
informação codificada no DNA, permitindo especificar as sequências de aminoácidos
das proteínas

DNA
Todos os seres vivos apresentam DNA nas suas células:
→ nos procariontes, este encontra-se no citoplasma, na nucleoide.
→ nas células eucarióticas, a maior parte deste encontra-se no núcleo, mas também
pode ser encontrado no interior das mitocôndrias e dos cloroplastos.
A molécula é um polímero de nucleótidos, que são monómeros constituintes de todos
os ácidos nucleicos. Cada nucleótido do DNA é constituído por:
→ 1 molécula de desoxirribose – glícido, com 5 carbonos (pentose)
→1 grupo fosfato
→ 1 base nitrogenada: purinas (2 aneis)—adenina (A) e guanina (G)
pirimídicas (1 anel)—citosina (C) e timina (T)
→ ligação fosfodiéster - liga os nucleótidos (entre o grupo fosfato e o carbono da
pentose do nucleótido seguinte)
→ligação de hidrogénio - liga as bases azotadas (T-A 3 liga. C-G 2 liga. )
-Em 1950, o bioquímico Erwin Chargaff, a partir do DNA obtido de muitas espécies
diferentes e de células distintas de um mesmo organismo, constatou que a quantidade de
adenina é muito próxima da timina e que a quantidade de guanina é muito próxima da
citosina. Com resultado desta observação, conclui-se que a quantidade de purinas é igual à
quantidade de pirimídicas, o que permitiu inferir que no DNA se estabelecem ligações
entre as bases nitrogenadas, ocorrendo emparelhamento: A+T e C+G.
-Apesar do conhecimento químico do DNA, desconhecia-se a estrutura tridimensional da
molécula. Esta começou a clarificar-se a partir de estudos de cristalografia de raios X
(técnica usada para determinar a posição dos átomos nas moléculas de uma substância
cristalizada). Os dados obtidos desta técnica, pela química Rosalind Franklin, sugeriram
que a molécula apresentava uma estrutura helicoidal.
-A partir dos dados relativos à composição, posição dos átomos e dos grupos químicos do
DNA, Francis Crick e James Watson propuseram em 1953, um modelo tridimensional do
DNA que explicava as propriedades químicas conhecidas da molécula. Este permitiu a
compreensão da sua função biológica e abriu novas linhas no domínio da genética.
A molécula do DNA:
→tem uma estrutura em dupla hélice com um diâmetro uniforme
→as 2 cadeias polinucleotídicas estão orientadas em sentidos opostos, ou seja,
apresentam uma disposição antiparalela
→apresenta sulcos, através dos quais as bases nitrogenadas ficam acessíveis para
ligações adicionais, estas regiões são fundamentais para as interações entre o DNA e
as enzimas que intervêm em processos como a replicação do DNA e a sua transcrição
RNA
As moléculas de RNA são polímeros de nucleótidos formados por:
→ 1 molécula de ribose (pentose)
→1 grupo fosfato
→ 1 de 4 bases nitrogenadas: purinas (2 aneis)—adenina (A) e guanina (G)
pirimídicas (1 anel)—citosina (C) e uracilo (U)
Do ponto de vista estrutural e funcional, distinguem-se 3 tipos principais de RNA:

 RNA mensageiro (mRNA)


-Este possui uma cadeia simples.
-Constitui uma molécula intermediária no processo de síntese proteica, estabelecendo a
interligação entre a informação contida no DNA e a sequência de aminoácidos das
proteínas.

 RNA de transferência (tRNA)


-Esta é uma molécula dobrada sobre si mesma em que alternam regiões de cadeia
simples com regiões de cadeia dupla, resultantes de ligações de hidrogénio, entre vários
pares de bases.
-Assim formam-se estruturas tridimensionais, com várias áreas funcionais que podem ser
diferenciadas:
→ destacando-se uma região varável de reconhecimento de mRNA, ao qual a
molécula se pode ligar
→ possui ainda um local de ligação a um aminoácido específico, que é transportado
até aos ribossomas, onde se dá a síntese proteica
 RNA ribossomal (rRNA)
-Este constitui cerca de 80% do RNA da célula.
-Encontra-se combinado com proteínas, formando os ribossomas. Estas estruturas,
fundamentais para a síntese de proteínas, apresentam 2 subunidades de diferentes
tamanhos que se ligam durante esse processo de síntese:
→ a subunidade menor possui uma região de ligação à molécula de mRNA
→ a subunidade maior possui regiões de ligação às moléculas de tRNA

 1.2. Replicação do DNA

-Um dos requisitos fundamentais para a reprodução, para o crescimento dos organismos e
para a renovação dos seus tecidos consiste na formação de células novas. Para que esta
formação ocorra, é necessário que sejam produzidas moléculas de DNA iguais às que
existiam nas células que lhes deram origem.
-Este processo denominado por replicação do DNA, ocorre, através da intervenção de
várias enzimas que garantem a produção de cópias com elevada fidelidade e de uma forma
rápida:
o no citoplasma das células procarióticas
o no núcleo das células eucarióticas (nucleoplasma- contem nucleótidos)

-Após a descoberta da estrutura do DNA, a forma como esta se replicava era alvo de
grande atenção, existindo várias propostas de modelos de replicação:

A molécula de DNA mantém-se, sendo pro


-duzida uma nova molécula constituída por
Modelo Conservativo duas cadeias recém-formadas, tendo como
molde a molécula original

As novas moléculas de DNA incorporam,


nas duas cadeias, segmentos com nucleótidos
Modelo Dispersivo novos e segmentos das cadeias antigas

Uma molécula de DNA preexistente é


desenrolada e as suas cadeias servem de
Modelo Semiconservativo moldes para a ligação de nucleótidos novos
(Watson e Crick)
e para a formação de duas novas cadeias

-A replicação é semiconservativa.

→ As duas cadeias polinucleótidos da molécula de DNA separam-se, por rutura de
ligações de hidrogénio entre as bases azotadas dos nucleótidos. É a enzima DNA helicase
que “abre” a dupla hélice.
→A replicação inicia-se ao mesmo tempo em vários locais da molécula de DNA, onde se
ligam os primers (ou iniciadores) que são sequências curtas de RNA, com cerca de 5-10
nucleótidos.
→Formam-se bolhas de replicação, e esta ocorre nos dois sentidos, formando-se garfos de
replicação, que são estruturas em forma de Y.


→Cada uma das cadeias polinucleotídicas da molécula de DNA serve de molde à
formação de uma cadeia complementar, a partir de nucleótidos livres na célula.
→A enzima DNA polimerase reconhece as regiões onde estão ligados os primers e, a
partir delas, adiciona nucleótidos lives com bases azotadas complementares àquelas que
ficaram expostas pela abertura da molécula.


→Cada uma das novas cadeias de DNA forma-se no sentido 5`→3`, pelo que começa a
crescer a partir da extremidade 3` da cadeia que lhe serve de molde. Assim, a partir da
cadeia molde da molécula de DNA que tem livre a extremidade 3, a nova cadeia começa a
crescer em 5` e os nucleótidos vão sendo adicionados de um modo contínuo.
→A partir da cadeia molde complementar, que tem livre a extremidade 5`, a nova cadeia
não começa a crescer a partir da extremidade, mas sim de uma localização mais avançada
no garfo de replicação e em direção à extremidade.
→Por esta razão, não se forma de um modo contínuo, mas sim por porções. Chama-se a
cada porção da cadeia de DNA sintetizada deste modo um fragmento de Okazaki.


→Os diferentes fragmentos de Okazaki ligam-se entre si por ligações fosfodiéster, que se
formam por ação da enzima DNA ligase, e os primers de RNA são removidos e
substituídos por DNA.

5 º Fim do processo de replicação, formam-se duas moléculas de DNA iguais entre si e


iguais à molécula original. Em cada uma das novas moléculas, uma das cadeias
polinucleótidos pertencia à molécula original e outra foi formada nova.
 1.3. Síntese de proteínas
-Um dos requisitos fundamentais para o funcionamento das células e do organismo
consiste na produção de proteínas a partir da informação contida nos genes.
o Gene →porção de DNA responsável pela síntese de várias proteínas
o Genoma →conjunto de todos os genes que caracterizam uma determinada espécie

-A síntese proteica divide-se em 2 etapas principais:


 a transcrição (processo que permite que a informação genética do DNA seja copiada
para uma molécula de mRNA)
 a tradução (processo da utilização da informação contida na (gene) molécula de DNA
para sintetizar proteínas)

Transcrição
-Esta consiste na polimerização de mRNA a partir dos genes do DNA, com intervenção da
enzima RNA polimerase.

esta enzima promove a ligação, orientada e sequencial, de ribonucleótidos (G,C,A e


U) de acordo com a sequência de bases nitrogenadas existentes na cadeia-molde
de DNA (nas células eucarióticas este processo ocorre no interior do núcleo )

-A transcrição efetua-se em 3 etapas:


→na iniciação, a RNA polimerase reconhece uma sequência específica do gene, o
promotor, ligando-se a ele e ficando orientada no sentido em que vai ocorrer a transcrição.
Desta forma tem início o processo de desenrolamento da molécula de DNA, permitindo a
exposição das bases das duas cadeias e o início da transcrição no sentido 5´→3`
→durante o processo de alongamento, os nucleótidos vão sendo ligados pela RNA
polimerase à cadeia-molde de DNA, de acordo com a complementaridade entre as bases,
originando cadeias de mRNA. À medida que a transcrição prossegue, as duas cadeias de DNA
voltam a ligar-se, devido ao restabelecimento das ligações de hidrogénio entre as suas bases
→a terminação deste processo está dependente do reconhecimento, por parte da RNA
polimerase, de uma sequência específica de bases da cadeia-molde do gene. (Os mecanismos de
terminação são complexos e variam entre os diferentes genes e organismos. Nos eucariontes
várias proteínas estão envolvidas no reconhecimento do local de terminação da transcrição e na
separação da molécula de RNA recém-formada da cadeia-molde de DNA e da RNA polimerase)

Em suma: Para que a transcrição ocorra é necessário que a RNA polimerase desenrole um
segmento de DNA. Assim uma das cadeias de DNA serve de molde para o mRNA (que se
constitui através dos nucleótidos existentes no nucleoplasma). A transcrição termina quando o
RNA polimerase encontra um codão de finalização.

Processamento do mRNA
-Nas células procarióticas, o DNA circular não apresenta intrões, pelo que as moléculas de
mRNA produzidas por estes seres (bactérias) não sofrem processamento.
-Nas células eucarióticas, após a transcrição, o mRNA sintetizado possui uma sequência de
bases complementares da cadeia do gene que lhe serviu de molde, não estando em condições de
ir para o citoplasma.
-Esta molécula recém-formada, pré-mRNA, vai ser sujeita a transformações que a convertem
em mRNA processado/maturado, pronto para ir para o citoplasma. Estas transformações
consistem na remoção de intrões (regiões não codificantes) e na união dos exões (segmentos
codificantes). Após sofrer processamento, o mRNA vai para o citoplasma da célula, onde
ocorrerá a tradução da informação genética que transporta

Em suma: Nos eucariontes o RNA utilizado na transcrição é pré-mRNA, uma vez que irá
sofrer maturação. Esta ocorre quando os intrões são removidos. Desta forma, os exões
constituem o mRNA maturado, ou seja a informação para a síntese proteica dispõe-se
fragmentada.
Código genético
-O mRNA resultante da transcrição e do processamento, constitui um mediador entre a
informação genética existente no DNA e a sequência de aminoácidos que vai constituir a
proteína codificada pelo gene transcrito.
-Os ácidos nucleicos são constituídos por 4 nucleótidos diferentes, enquanto que as proteínas o
são por cerca de 20 unidades de aminoácidos. Assim chegou-se há conclusão que para codificar
um aminoácido seriam necessários 3 nucleótidos, um tripleto. (diferentes combinações de
tripletos codificam diferentes tipos de aminoácidos)
-Cada tripleto do mRNA designa-se por codão (sendo o DNA- codogene)
código genético→ relação entre os diferentes codões de mRNA e os aminoácidos por eles codificados
→dicionário entre 2 linguagens: linguagem genética (sequências de bases nitrogenadas) e a
linguagem das proteínas (sequência de aminoácidos)

→Existem 64 possíveis combinações de bases, que podem corresponder a codões (61 codões
codificados).
→ UUA, UAG, UGA- não codificam aminoácidos, são sinais que finalizam o processo de
tradução
→AUG- para além de codificar o aminoácido metionina, serve tb de sinal de iniciação da
tradução
-O código genético é:
o universal- este constitui uma linguagem comum a praticamente todas as células
o não é ambíguo- o mesmo codão não codifica mais do que um aminoácido
o redundante- vários codões podem significar o mesmo aminoácido (sinónimos)

NOTA: o terceiro nucleótido do codão é o menos especifico

5´ cap→ sequência de nucleótidos não codificantes


Cauda Poly-A→ protege o mRNA

Tradução
-A informação presente no mRNA, sob a forma de uma sequência de codões, é usada para a síntese
de uma cadeia polipeptídica.
-Nesta etapa é necessária a intervenção de moléculas de tRNA, estas possuem numa determinada
região, uma sequência de 3 nucleótidos, é complementar de um codão de mRNA, chamada
anticodão, e transportam aminoácidos específicos.
-Este processo ocorre em 3 etapas:
→ na iniciação:
 A molécula de mRNA liga-se à subunidade pequena do ribossoma. No mRNA sucedem-se
sequências de 3 nucleótidos, os codões.
 A subunidade menor do ribossoma desliza ao longo da molécula de mRNA, de 5´ para 3´, até
encontrar o codão de iniciação, que marca o início da síntese proteica.
 A molécula de tRNA possui o anticodão, complementar ao codão de iniciação, estabelecendo-
se a complementaridade codão/anticodão.
 A subunidade maior do ribossoma liga-se à subunidade menor.

→no alongamento:
 O ribossoma desliza sobre a molécula de mRNA para o codão seguinte e dá-se a ligação
temporária, por complementaridade, de outro tRNA que possui um anticodão complementar
ao codão de mRNA e que transporta o aminoácido correspondente.
 Dá-se a ligação de um novo aminoácido à metionina. É uma ligação peptídica.
 O ribossoma avança para o codão seguinte e o processo repete-se. A subunidade maior do
ribossoma forma ligações peptídicas entre os aminoácidos transportados por tRNAs
consecutivos.
 Os tRNAs, após estabelecerem complementaridade com os codões e dar-se a ligação de
aminoácidos, vão-se desprendendo e ficam livres.

→ na terminação:
 Quando o ribossoma encontra um codão de finalização, que não corresponde a nenhum
aminoácido, o último tRNA abandona o ribossoma, as duas subunidades do ribossoma
separam-se e o péptido é libertado.

-A mensagem genética pode ser amplificada com recurso a diversas estratégias como:
o Produção de várias cópias de mRNA, por várias RNA polimerase em simultâneo, a partir
da transcrição de um único gene.
o Formação de polirribossomas. A tradução de uma única molécula de mRNA pode
ocorrer simultaneamente através da ação de vários ribossomas. Estes conjuntos
denominados polirribossomas, permitem aumentar a eficiência do processo de síntese
proteica, produzindo muitas cópias da mesma proteína a partir de uma molécula de
mRNA. Através da ação de enzimas, é possível que os ribossomas que chegam ao fim da
tradução da molécula se liguem novamente à extremidade 5´ do mRNA, iniciando de
novo a leitura da mensagem genética.

 1.4. Expressão dos genes e metabolismo


-O funcionamento das células depende da ação simultânea de uma grande quantidade de enzimas
que catalisam as inúmeras reações químicas que integram o metabolismo celular.
este exige uma renovação constante dessas proteínas catalisadoras

-O local da ação das proteínas pode estar afastado do local onde são sintetizadas, o que implica a
sua movimentação para outras regiões do citoplasma/núcleo/exterior à célula.
-Apesar de todas as células do organismo conterem todo o DNA correspondente ao genoma, nem
todos os genes são expressos nas diferentes células

Ex: fenótipo → aquilo que vemos (olhos azuis, pessoa mais alta)

-A síntese proteica permite a expressão da informação genética proteica, isto é, a informação


contida nos genes vai ser utilizada para sintetizar proteínas, as quais vão ser responsáveis pelas
características das células e pelas funções que estas desempenham.
-Os genes codificam proteínas e são estas as responsáveis pelas características manifestadas
pelos organismos. A informação genética, contida do DNA, é expressa através das proteínas
sintetizadas nas células.

 1.5. Alterações da informação genética- mutações genéticas


Mutações genéticas- são alterações/modificações na sequência dos nucleótidos do DNA, que
resultam de erros que ocorrem durante a replicação ou da exposição a agentes mutagénicos.

- físicos (radiações)

-químicos (substâncias químicas)

-biológicos (vírus)

-Na maior parte dos casos, as mutações consistem na inserção/adição ou deleção/eliminação de


um nucleótido ou na substituição de um nucleótido por outro.
-Estas mutações podem conduzir a alterações das sequências de aminoácidos das proteínas
codificadas.

EX: A anemia falciforme é uma doença hereditária que resulta do facto de as hemácias
apresentarem uma forma foice. Estas transportam menos oxigénio, perturbam o fluxo através dos
capilares sanguíneos podendo causar bloqueios que diminuem a oxigenação dos tecidos. Esta forma
particular das hemácias resulta de uma mutação no gene que codifica uma das cadeias
polipeptídicas da hemoglobina.

-As mutações podem ocorrer:


→ em células somáticas- que integram a generalidade dos órgãos e tecidos do organismo que
não estão envolvidas na produção de células destinadas à reprodução. Nestas as mutações ocorrem
num tecido específico, afetando apenas um conjunto de células do portador dessa mutação.
→ em células germinativas- células especializadas que dão origem a gâmetas. Nestas as
mutações podem ser transmitidas entre gerações, afetando todas as células dos organismos
descendentes portadores desta mutação.

- As mutações podem afetar a expressão dos genes de várias formas, podendo ser classificadas em
função do efeito que provocam nas proteínas que codificam. (mutação pontual-num único par de
bases)
o mutações silenciosas/sinónimas- não afetam a função do gene, uma vez que a alteração das
bases na sequência do DNA não tem efeito na tradução. Neste caso, o codão alterado
codifica o mesmo aminoácido que o codão original, mantendo-se a produção da mesma
proteína.

o mutações sem sentido- podem resultar da troca de nucleótidos, levando à formação de um


codão de terminação intercalado na cadeia de mRNA. Essa alteração tem como consequência
a interrupção da tradução. Noutros casos, a inserção ou eliminação de bases na sequência do
gene altera a grelha de leitura dos tripletos a partir deste ponto, alterando os aminoácidos da
sequência e conduzindo à formação de proteínas disfuncionais.

o mutações missense/não sinónimas- levam à produção de uma proteína alterada mas


funcional, como resultado da introdução de um aminoácido diferente. Caso o aminoácido
seja quimicamente semelhante, a mutação é neutra ou conservativa (uma vez que a função da
proteína se mantém), se o aminoácido trocado muda a estrutura da proteína, a mutação é não
conservativa, podendo ter efeitos nefastos para o organismo (anemia falciforlme).

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