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CONSIDERAÇÕES INICIAS............................................................................................1
3.5. HEREDITARIEDADE..............................................................................................15
CONSIDERAÇÕES INICIAS
"O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um tipo de ácido nucleico que possui destaque por
armazenar a informação genética da grande maioria dos seres vivos. Essa molécula é
formada por nucleotídeos e apresenta, geralmente, a forma de uma dupla-hélice. Nos
organismos eucarióticos, o DNA é encontrado no núcleo da célula, nas mitocôndrias e nos
cloroplastos. Nos procariontes, o DNA está localizado em uma região que não é delimitada
por membrana, denominada de nucleoide."
O DNA é composto por nucleotídeos, os quais são compostos por três partes:
O DNA é formado por duas cadeias de polinucleotídeos (fita), que são constituídas por
vários nucleotídeos. Os nucleotídeos são unidos uns aos outros por ligações
denominadas fosfodiéster (grupo fosfato ligando dois açúcares de dois nucleotídeos).
Nessas ligações, um grupo fosfato conecta o carbono 3’ de um açúcar ao carbono 5’ do
próximo açúcar.
Essa junção dos nucleotídeos forma um padrão típico de repetição de unidade de açúcar-
fosfato, que forma a cadeia principal. A essa cadeia principal estão ligadas as bases
nitrogenadas.
A união entre as bases nitrogenadas é que faz com que as duas cadeias fiquem
unidas. Vale destacar que o pareamento ocorre entre bases complementares, sendo
observada sempre a união de uma base pirimidina com uma base purina. O pareamento
entre as bases só acontece das seguintes formas:
Como as bases são combinadas de maneira específica, podemos concluir que, na dupla-
hélice, uma cadeia sempre será complementar à outra. Sendo assim, se uma cadeia
apresentar a sequência de bases 5'-ACCGTCCA-3', teremos como cadeia complementar a
sequência 3'-TGGCAGGT- 5'. Podemos concluir, portanto, que a quantidade de A é a
mesma de T e a quantidade de G é a mesma que C.
O modelo descrito acima para a molécula de DNA é a estrutura proposta por Watson
e Crick, no ano de 1953. O modelo por eles proposto pode ser comparado a uma escada
em caracol, em que as bases nitrogenadas formariam os degraus, e as cadeias de açúcar e
fosfato formariam os corrimãos.
O DNA é uma molécula extremamente importante para os seres vivos. São funções do
DNA:
Replicação e transcrição
As bases nitrogenadas presentes no DNA são citosina, guanina, adenina e timina. No RNA,
são encontradas a citosina, guanina, adenina e uracila.
Síntese proteica é o processo pelo qual são produzidas as proteínas. Esse processo ocorre
nos ribossomos tanto de células procarióticas quanto eucarióticas.
A seguir, descreveremos mais detalhadamente cada uma das etapas desse processo e
falaremos sobre as proteínas, destacando a sua importância para todos os seres vivos.
A síntese proteica é o processo de formação das proteínas. Esse processo é realizado por
estruturas denominadas de ribossomos, presentes tanto em células procarióticas quanto
eucarióticas. Na molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico) estão contidas todas as
informações genéticas do indivíduo, assim, para que a síntese de uma determinada proteína
seja realizada, é necessário que a região específica do DNA onde está contida essa
informação seja decodificada.
Para que ocorra a síntese proteica, a informação genética fluirá do DNA para o RNA e,
em seguida, para as proteínas. Esse princípio é conhecido como Dogma Central da
Biologia Molecular. Em células procarióticas, como não há núcleo definido, o DNA não
está separado das demais estruturas envolvidas na síntese, e, assim, o processo de tradução
inicia-se enquanto ainda ocorre a transcrição. Nas células eucarióticas, o processo de
transcrição ocorre no núcleo e o RNAm é transportado para o citoplasma, no qual ocorrerá
a tradução.
Os ribossomos são constituídos por duas subunidades (uma maior e uma menor) que se
unirão, na realização da síntese proteica, ao RNAm e RNAt. Durante esse processo, o
RNAm descola-se pelo ribossomo, enquanto o RNAt traduz as suas sequências de
nucleotídeos em aminoácidos. Quando se encontra um códon de término (uma trinca que
indica o fim do processo de tradução), o ribossomo libera a proteína produzida e suas
subunidades separam-se.
Na síntese proteica ocorre três etapas, que estão descritas de forma sintetizada a seguir:
Iniciação da tradução
Nessa etapa ocorre a união das duas subunidades do ribossomo com o RNAm e RNAt, este
trazendo o primeiro aminoácido da cadeia polipeptídica.
Durante essa etapa, os demais aminoácidos que compõem a cadeia polipeptídica são
adicionados. O anticódon do RNAt pareia-se com o RNAm no sítio A. O RNAr (RNA
ribossômico) catalisa a formação da ligação peptídica entre o novo aminoácido e a cadeia
em formação.
Término da tradução
Após a identificação do códon de término, uma proteína, chamada de fator de término, liga-
se a esse códon induzindo a ligação de uma molécula de água na porção final da cadeia,
fazendo com que ocorra a quebra da ligação entre o peptídio e o RNAt presente no sítio P.
O peptídio formado é então liberado através do túnel de término presente na subunidade
maior do ribossomo.
Após esse processo, as cadeias polipeptídicas formadas podem passar por diferentes
processos de transformação, de modo a tornar essas proteínas funcionais.
Proteínas
O processo de replicação inicia-se com a separação das duas fitas que formam a
molécula de DNA. Em seguida, ocorre a ligação dos nucleotídeos livres no núcleo a um
nucleotídeo correspondente em uma das fitas. Tem-se agora duas moléculas de DNA,
constituídas por uma fita antiga, pertencente à molécula original, e uma fita nova. Esse
processo é considerado, assim, semiconservativo.
O processo de replicação inicia-se com a separação das duas fitas que formam a molécula
de DNA, por meio da ação de enzimas, como a helicase. Isso ocorre em pontos em que
existem sequências específicas de nucleotídeos, esses pontos são denominados origens de
replicação. As enzimas que atuam nesse processo identificam-nos e ligam-se ao DNA,
formando as chamadas “bolhas” de replicação.
Em células procarióticas, cujo DNA é circular, esse processo inicia-se em um único ponto.
Em células eucarióticas, como na espécie humana, ele se inicia em diversos pontos. As
diversas bolhas formadas fundem-se posteriormente, fazendo com que a replicação ocorra
de forma mais rápida. O processo de replicação ocorre nos dois sentidos da fita de DNA.
Na replicação, uma cadeia de DNA separa-se, nucleotídeos livres ligam-se nas fitas simples
e, assim, duas novas moléculas surgem.
A cadeia que vai ser formada inicia-se com uma porção de RNA. Essa cadeia inicial de
RNA, sintetizada por meio da ação da enzima primase, é denominada de oligonucleotídeo
iniciador (primer, em inglês).
Ao fim, a enzima DNA ligase liga os fragmentos, formando uma fita única de DNA. Tem-
se agora duas moléculas de DNA, exatamente iguais em relação à sequência de
nucleotídeos, sendo que essas moléculas são constituídas por uma fita antiga, pertencente à
molécula original, e uma fita nova.
O processo realizado com duas fitas-molde busca evitar erros de replicação. Quando isso
ocorre, diversos mecanismos podem atuar buscando reparar o erro. Por exemplo, quando
uma base liga-se de forma errônea à cadeia, enzimas identificam o erro e substituem a
base. No entanto, dependendo do tipo de erro, o ciclo celular pode ser paralisado
temporariamente ou permanentemente ou até mesmo a morte programada da célula, por
apoptose, pode ser induzida.
3.5. HEREDITARIEDADE
Assim, depois de várias hipóteses que se mostravam falhas ao explicar alguns aspectos da
hereditariedade, surge a hipótese da herança particulada. Nessa hipótese, os pais
transmitem partículas com suas características aos seus descendentes, surge assim a ideia
de gene. Embora a natureza do material genético só tenha sido desvendada em meados do
século passado com avanços tecnológicos e a apresentação do modelo de DNA por Watson
e Crick (1953).
Cada característica é condicionada por dois fatores que se separam na formação dos
gametas. Cada gameta recebe apenas um desses fatores.
Os genes para duas ou mais características são transmitidas aos gametas de forma
independente e se recombinam ao acaso.
A transmissão dos genes depende do processo de duplicação do DNA. Esse
processo ocorre por meio da mitose, em organismos que apresentam reprodução
assexuada, e da meiose, em organismos com reprodução sexuada.