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Genética

1º MÓDULO

• Organização do Genoma Humano


→ Genoma é todo material genético de qualquer célula; nosso material genético.

→ Genoma humano: nuclear e mitocondrial.

• genoma nuclear: DNA dupla hélice linear

- uma cópia/célula

- genes necessários para o funcionamento da célula.

- grandes porções sequenciais sem função conhecida.

- complexidade: 3 bi de pares de base.

• DNA no núcleo interfásico: 23 pares de cromossomos (22 autossômicos e 1 sexual).

• O genoma nuclear pode ser classificado em sequência codificante e não codificante.


- O termo codificante são sequências que carregam informação para a síntese de
proteínas (DNA → mRNA → proteína).

- O termo não codificante é para sequências que só produzem RNA (funcionais).

• O gene é uma porção de DNA que produz um RNA, o RNA possui uma função
dentro da célula.

• Cerca de 1-2% do genoma é


codificante. 98-99% do genoma
corresponde a porção não
codificante

- Esses genes codificadores de


proteínas possuem uma estrutura
básica, tendo uma região promotora
(porção regulatória), exons e íntrons.
Os íntrons correspondem a porção
não codificadora, já os exons
correspondem a sequência
codificante (mRNA).
• DNA, RNA e Ácidos Nucleicos.

→ O DNA possui seu material genético em dupla hélice, já o RNA possui uma fita
simples que pode se conformacionar de diversas maneiras.

→ Os genes são formados por ácidos nucleicos, e esses são constituídos por: fosfato,
glicídios e bases nitrogenadas (nucleotídeos).

• DNA: adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina (C). Possui uma desoxirribose no
carbono 2’. Cadeia polinucleotídica.

- O DNA possui direção 5’-3’; o fosfato do nucleotídeo estará ligado no carbono 5’ da


pentose e o fosfato do outro nucleotídeo estará ligado ao carbono 3’ da pentose.

- O DNA é constituído por duas cadeias antiparalelas, ou seja, enquanto uma cadeia
segue o sentido 5’ 3’, a segunda cadeia segue o sentido 3’ 5’. Além disso, as cadeias
precisam seguir uma sequência de complementaridade: Adenina = Timina,
Guanina=Citosina. É justamente essa característica de antiparalelismo e
complementaridade do DNA que faz com que o mesmo se torça para formar sua
estrutura secundária.
• A parte de fora da dupla hélice é um arcabouço/esqueleto de açúcar-fosfato, e esse
esqueleto é importante para que as bases nitrogenadas fiquem mais protegidas do
ambiente externo, pois são nelas que contém a informação genética do DNA. Essa
conformação diminui as chances de ocorrerem mutações.

• RNA: adenina (A), uracila (U), guanina (G) e citosina (C).

- O RNA possui uma ribose ao invés de uma desoxirribose, e a diferença entre as duas
é a falta de uma molécula de oxigênio no carbono 2’. A cadeia formada por
nucleotídeos também segue a regra 5’ 3’, com a diferença de ser formada por uma
cadeia simples.

- A conformação do RNA permite que a cadeia interaja com si própria, outros RNAs e
com o DNA.

- Há diversos tipos de RNAs sendo produzido pelo DNA nuclear: mRNA, rRNA, tRNA.

- A ligação entre adenina e uracila forma duas pontes de hidrogênio, já a ligação entre
citosina e guanina forma três pontes, logo, as ligações de hidrogênio entre adenina e
uracila são mais fracas.

• Função principal do genoma humano:

- Converter a informação genética armazenada na sequência de bases do DNA em


todas as proteínas e outros componentes necessários para a sobrevivência,
desenvolvimento e reprodução do organismo (expressão gênica), e perpetuar esta
informação (replicação). DNA → RNA → PTN.
→ Como a informação genética contida no DNA se transforma em organismos?

- Através do fluxo e manutenção de informações o DNA se transforma em


organismos. A informação genética presente no DNA é convertida em RNA, e esse
RNA é convertido em uma proteína.

- A manutenção e fluxo da informação genética ocorre através de três processos:

1- Replicação (manutenção)

2- Transcrição (fluxo)

3- Síntese proteica (fluxo)


1- Replicação/duplicação (no núcleo)

Quando a dupla hélice se duplica, esse processo de síntese é bidirecional, ou seja, age
nos dois lados da molécula. Assim, o processo de inicia com a formação de uma bolha,
ou de uma forquilha de replicação, ocorrendo em ambos os lados dessa bolha.

• Início da replicação.

- O processo de replicação começa


em áreas de origem de replicação
que podem existem ao longo de
todos os cromossomos.

- Essa característica serve para


acelerar o processo de replicação.
- Esses pontos de origem sofrem
desnaturação do DNA através da
ação de enzimas helicases.
- Essas enzimas vão abrir a fita dupla
de DNA, e assim se forma as
forquilhas de replicação em todos os pontos de origem.

- Como o processo de abertura das forquilhas é bidirecional, em algum momento


essas aberturas vão se encontrar, e ao final do processo é formada uma segunda dupla
hélice.
→ Alongamento no processo de replicação

• A DNA helicase é responsável por abrir as forquilhas, e a partir da abertura do DNA


começa a síntese de uma nova cadeia polinucleotídica antiparalela, em comparação
com a fita molde.

• A DNA polimerase é responsável por adicionar nucleotídeos na fita de DNA em


formação, a adição desses nucleotídeos segue a regra de complementaridade dos
nucleotídeos da fita molde.

• Quando a DNA polimerase adiciona o nucleotídeo trifosfatado na molécula que está


sendo sintetizada, ela forma uma ligação chamada fosfodiéster, que possui um gasto
energético pois libera fosfato durante a ligação, essa ligação ocorre por uma mudança
de conformação da DNA polimerase, o que permite a aproximação do grupamento
fosfato de um nucleotídeo com a hidroxila do carbono 3’ do outro nucleotídeo.

• A aproximação desses dois componentes permite que o grupamento fosfato


compartilhe elétrons com o oxigênio da hidroxila, fazendo com que ocorra liberação
de água.

• Essa ligação fosfodiéster sempre ocorre no sentido 5’ 3’, assim, um nucleotídeo se


liga a outro através do grupamento fosfato presente no carbono 5’, esse grupamento
fosfato se liga a outro nucleotídeo através do carbono 3’.

• Quando duas forquilhas se encontram, ocorre a ligação dessas pontas através da


enzima DNA ligase que realiza a ligação fosfodiéster entre essas pontas. A DNA
polimerase começa o processo de adicionar nucleotídeos através da ação das enzimas
primases.

• Enzimas primases sintetizam pequenos segmentos de RNA para fornecer as DNA


polimerases um ponto inicial no sentido 5’ 3’ com uma ponta OH.

• Quando o processo de síntese acontece, outras enzimas agem retirando essa


sequência primer de RNA e substituem por um DNA.
• Durante o processo de replicação, as duas fitas são sintetizadas ao mesmo tempo,
A DNA polimerase faz a síntese das duas subunidades, sendo que cada subunidade
sintetiza uma das fitas.

• Durante a síntese 5’ 3’, a fita que está sendo construída é contínua. Já durante a
síntese da fita 3’ 5’, a construção da fita é feita por etapas, formando fragmentos da
okazaki.

OBS: A fita líder possui síntese contínua; a fita atrasada, também chamada de tardia
possui sua síntese descontínua.

- Fita líder (contínua): um único primer, sintetizada continuamente;

- Fita tardia (descontínua): vários primers; síntese de vários fragmentos que são unidos
posteriormente (DNA ligase).

• A síntese da fita líder possui um único primer e a sua síntese é feita de maneira
contínua. A fita tardia possui vários primers, e por não seguir sendo 5’ 3’ a sua síntese
é feita através de fragmentos que são unidos posteriormente através da DNA ligase.

• Toda vez que a síntese da fita líder continua, ela dá uma pausa e então a subunidade
da fita atrasada volta e produz um fragmento seguindo a ordem 5’ 3’, por isso surgem
os fragmentos de okazaki apresenta um primer para a síntese do DNA.

• O processo de síntese da fita atrasada acontece através da formação de uma alça.


Ao final da replicação, são geradas duas duplas hélices de DNA a partir de uma dupla
hélice. O processo de replicação é responsável pela manutenção e perpetuação do
material genético.
2- Transcrição
A transcrição é o processo onde ocorre o fluxo do material genético, a partir da
expressão desse material. O processo de transcrição, que ocorre a formação de um
RNA a partir de uma sequência de DNA, ocorre o tempo todo

• No processo de transcrição há uma RNA polimerase, logo, nesse processo não


precisa de um primer, porque a RNA polimerase não necessita de uma sequência
primer para iniciar sua função.

• A partir de uma informação genética presente no DNA, há produção de um RNA, a


informação transcrita do DNA é apenas um gene utilizando apenas uma fita como
molde.

• O processo de síntese do RNA é igual ao do DNA, adicionando nucleotídeos na


ponta 3’ OH do nucleotídeo anterior. O sentido da síntese da fita de RNA é 5’ 3’, a
diferença é que são usados nucleotídeos de RNA e que se utiliza apenas uma fita
como molde e gera apenas uma fita simples de RNA.

• A fita de DNA 5’ 3’ é chamada de fita codificante porque ela é idêntica a fita de RNA
sintetizada, apenas modificando timina por uracila. Assim, a fita codificante vai
mostrar qual vai ser a sequência do RNA.

• Já a fita 3’ 5’ é a fita molde no RNA a ser sintetizado, ela possui complementaridade


com a fita de RNA.

• No processo de transcrição, o produto pode ser RNAs de diversos tipos: mRNA


→carrega a informação para a produção de uma proteína; RNA não codificante → não
carrega a informação para a produção de uma proteína, sendo sua forma final o RNA,
rRNA, tRNA, etc.
• Com o foco em fluxo de informação, o mRNA terá papel central. Os genes
codificadores de proteínas possuem uma estrutura típica, com promotores, exons,
íntrons.

• O promotor indica qual gene será expresso, mas o transcrito não carrega a
informação do promotor, assim, o promotor tem a função de ser reconhecido e o
gene será transcrito a partir do ponto que ele indicar.

• Os promotores de eucariotos possuem sequências semelhantes na maior parte dos


genes, além disso, há promotores que são específicos para outros genes.

• Para ativar a região promotora, é necessário a ativação de fatores de transcrição,


proteínas que possuem a função de reconhecer os promotores. Com a ligação dos
fatores de transcrição na região promotora, a RNA polimerase reconhece a área que
deverá ocorrer a síntese do RNA.

• Os fatores de transcrição modulam quando deve ocorrer a síntese da fita de RNA. A


polimerização da fita de RNA segue sendo 5’ 3’, sendo complementar a fita molde, o
RNA que vai sendo sintetizado já vai sendo liberado, e ocorre o fechamento da dupla
fita enquanto há essa liberação da estrutura da estrutura sintetizada.

• A síntese de RNA termina quando chega na sequência de término, essa sequência


pode ser AAU, AAA. Esse término acontece com uma enzima que reconhece essa
sequência específica e que corta o mRNA logo após essa sequência e o mRNA é
dissociado, liberando a fita de mRNA pronta.

• A fita de mRNA sintetizada nesse momento é imatura, sendo chamada de pré-


mRNA. Ela ainda possui sequências que devem ser removidas e sofrer maturação para
ficar mais protegida e estável. Assim, esse pré-mRNA passa por um processamento
para ser formado o mRNA maduro, esse mRNA maduro que vai ser utilizado para a
tradução de uma proteína.
• Processamento

O mRNA sintetizado pelo processo de transcrição é imaturo, e por isso é chamado de


pré-mRNA, nesse estado ele não está pronto para ser traduzido, e por isso é
necessário passar por um processamento para que ele se torne um mRNA maduro e
estável.

O mRNA imaturo possui uma sequência 5’UTR (sequência transcrita, presente no


mRNA, mas não é traduzida durante a síntese proteica), 3’UTR, exons e íntrons. O
mRNA precisa remover as sequências não codificantes, os íntrons.
OBS: UTR (unstraslated region) significa regiões não codificantes, não são traduzidas.

→ O processamento envolve 3 processos:

- Splicing – remoção dos íntrons

- Capping – capeamento da sequência na ponta 5’.

- Poliadenilação – adição de uma cauda poly-A na ponta 3’.

• O capping é um nucleotídeo de guanina ligado invertido, ligando a ponta 5’ na


ponta 5’ do outro nucleotídeo. Esse processo forma uma proteção na ponta do mRNA,
porque há enzimas que degradam o mRNA pela ponta 5’, e quando a ponta 5’ se liga
em outra 5’ forma-se uma estrutura que protege o RNA de ser degradado e gera
estabilidade. O capping também é importante no processo de transporte do mRNA
para o citoplasma e também no processo de tradução da síntese das proteínas. Essa
inversão na ligação se dá através de uma enzima que realiza essa função.

• Na ponta 3’ há uma enzima A-polymerase que adiciona adeninas na ponta 3’ de um


mRNA imatura. Essa adição faz com que o
mRNA ganhe proteção e estabilidade.
Também é importante no transporte para o
citoplasma.

• No splicing, há remoção dos íntrons, as


proteínas que realizam esse processo estão
no núcleo. Todos os 3 processos ocorrem
praticamente ao mesmo tempo em uma
velocidade alta.

• O splicing ocorre através da interação com


proteínas que se ligam nas sequências dos
íntrons e formam alças que aproximam os
exons, assim, pode ocorrer o corte dos
íntrons através das ribonucleoproteínas (snRNPs). Os spliceossomos são esses
arranjos formados durante a remoção dos íntrons.

• E então há a formação do mRNA maduro, somente com exons, o capping 5’ e a


cauda poly-a

• Esse mRNA vai para o citoplasma a partir da interação com proteínas que tem a
função de transporta-lo, essa interação ocorre pela existência do cap 5’ e da cauda
poly-a. O mRNA é transportado para o citoplasma e tem sua passagem através do
poro nuclear, o citoplasma é o local onde esse mRNA será traduzido.

3- Tradução (síntese proteica → no citoplasma)


O mRNA maduro se torna o molde para que ocorra síntese da proteína no citoplasma.

- A tradução é a leitura do gene carregado pelo mRNA e é a tradução em aminoácidos


que vão constituir a proteína. O código genético dá a relação das bases do RNA e o
aminoácido a ser inserido. As proteínas podem ser constituídas por 20 aminoácidos
diferentes. O código genético é uma trinca de bases nitrogenadas.
3 bases → códon → aminoácido

Ala - alanina

Nesse código genético, existem 4 sequências fundamentais para o processo.


AUG → códon que indica o início da tradução, com o aminoácido metionina. UAA,
UAG e UGA são sequências que indicam a parada de tradução.
- O código genético tem a característica de ser degenerado, pois há 20 aminoácidos,
mas há 64 códons. Assim, significa que um aminoácido pode possuir mais de um
códon. Além disso, o código genético é não ambíguo, um códon corresponde a
apenas um aminoácido. O código genético é quase universal, já que todos os seres
vivos possuem o mesmo código genético, a exceção ocorre no genoma mitocondrial.

• O mRNA presente no citoplasma precisa dos ribossomos, dos tRNA e dos rRNA. O
tRNA possui uma forma cruciforme, sendo uma fita simples que interage com ele
mesmo.

• Na ponta 3’ esse tRNA carrega um aminoácido, esse aminoácido carregado pode


ser um dos 61 códons (excluindo os de parada), o anticódon presente no tRNA
representa o aminoácido que está sendo carregado. O tRNA adiciona o aminoácido
correspondente ao códon do mRNA, assim, cada tRNA adiciona um aminoácido
diferente.

• O ribossomo é um complexo de rRNA interagindo com proteínas


(ribonucleoproteínas), o ribossomo é a maquinaria de tradução. No ribossomo estão
presentes duas subunidades, a subunidade maior e a subunidade menor. Na estrutura
do ribossomo há dois sítios P e A, nesses sítios que os tRNA atuam com o mRNA.
• Assim, o primeiro tRNA que possui o anticódon de iniciação com o aminoácido
metionina se liga ao sítio P, e o próximo tRNA complementar ao códon do mRNA se
liga no sítio A.

• A metionina então se solta do primeiro tRNA e se liga segundo tRNA que está no
sítio A, o primeiro tRNA se solta do ribossomo, e então esse se move ao longo do
mRNA, e o próximo tRNA entra.

• Assim, toda vez que o sítio P adiciona uma estrutura de aminoácido, ele passa a
cadeia polipeptídica para o tRNA do sítio A e se solta do ribossomo. Dessa forma, o
tRNA que está ligado ao sítio A recebe toda a estrutura polipeptítica e adiciona o
aminoácido que está ligado a ele.

- Conforme o ribossomo se move ao longo do mRNA, o tRNA que está no sítio A


passa o sítio P e outro tRNA se liga no sítio A... E assim, essa sequência é mantida até
finalizar a tradução, que é indicada pelas sequências stop UAA, UAG E UGA. E assim
se dá a etapa de alongamento.

• Início da tradução no citoplasma.

• Esse processo começa com o mRNA sendo reconhecido pelos ribossomos, esse
reconhecimento ocorre através do cap 5’, há fatores (proteínas) que se ligam no cap
5’, essa ligação faz com que ocorra o recrutamento da subunidade menor do
ribossomo.

• Nesse complexo em formação também se liga o tRNA iniciador que carrega o


anticódon da metionina (AUG). Essa estrutura é formada praticamente ao mesmo
tempo, de maneira rápida.

• O ribossomo vai “andando” na fita do mRNA ao mesmo tempo que o tRNA adiciona
os aminoácidos, o ribossomo para somente quando é encontrada a sequência de
parada, que não codificam nenhum aminoácido

• A sequência UTR (untraslated) 5’ 3’ é uma sequência transcrita em RNA, mas que


não é traduzida. O UTR 5’ é uma sequência que vem antes da metionina, ele tem
função de receber toda a interação para que ocorra síntese de proteína, mas não será
traduzida em proteína, o mesmo vale para UTR 3’.
• Mutações

É qualquer alteração súbita, permanente e hereditária no material genético que passa


despercebido pela maquinaria de reparo (proteínas e enzimas que tem a função de
reconhecer erros e/ou alteração na estrutura do DNA).
- As mutações gênicas são alterações na sequência de nucleotídeos do DNA, que
consequentemente passam para o RNA e isso faz com que haja uma informação
errada no processo de tradução. Podem assumir 3 tipos:

• Substituição de bases

• Deleção de bases

• Inserção de bases

1) Substituição de bases:

Exons:

• Mutações em sequência se exons costumam ser menos piores na terceira base dos
códons. Ex: ACC → ACG, o aminoácido do códon antes de ser substituído era treonina,
e após a substituição de bases continuou a ser treonina,
o que não irá afetar na função da proteína a ser
sintetizada. Então, essas mudanças na terceira base na
maioria das vezes não é prejudicial.
Substituição de bases que resultam em novos códons,
porém o aminoácido permanece o mesmo é chamada
de mutação sinônima/conservativa.

• Quando a substituição resulta em um novo códon e em


um novo aminoácido, o que afeta na função da proteína,
é chamado de mutação não sinônima com o sentido
trocado. Em geral acontecem com a primeira e segunda
base do códon.
• Quando a substituição resulta em um novo códon que resulta em um códon de
parada (UAA, UAG, UGA), a proteína sintetizada será uma proteína curta, que por ser
curta, terá suas funções prejudicadas, o que fará falta dentro da célula, essa mutação
é chamada de mutação não sinônima sem sentido.

Íntrons:

- Mutações em sítios de splicing. Começa na sequência GT e termina com AG.

Ex: caso a sequência de parada ocorra troca de base: AG → GG, não é encontrado a
sequência de parada, e essa sequência pode ser encontrada mais pra frente, podendo
clivar um exon junto, ou seja, um pedaço funcional que não era ser clivado. Caso a
sequência de parada ocorra mais para trás, vai ser clivado um pedaço que também
não era pra estar ali, resultando em uma sequência mais curta. + RNA ou – RNA. O
que consequentemente altera a função da proteína.

- Mutações em sequências regulatórias → no promotor

Aumento ou diminuição da expressão gênica.

2) Deleção ou inserção

Exons:

- Quando há uma inserção ou deleção de base, muda todo o deslocamento no


módulo de leitura.

- Muda aminoácido, proteína, função...TUDO

- Quando há uma inserção ou deleção de 3 bases, não há um efeito tão grave.

Íntrons:

- Se houver uma inserção ou deleção no sítio crítico (GT, AG), há um aumento ou


diminuição de material genético.

→ Mutação em Alelos: Qualquer tipo de alteração forma um alelo novo.

• Origem das mutações:

• Espontâneas (endógenas):

- Erros de replicação: 1 em cada 109 – 1010 da DNA polimerase.


• Modificação química das bases:

- Tautomerismo

- Depurinação

- Metilação da C
- Desaminação → Bases nitrogenadas perdem seu grupo amino, e se tornam uma

base não usual do DNA. Essas bases não usuais pareiam com bases diferentes:

substituição de bases, deleção.

• Induzidas (exógenas)
a) Raios ionizantes: raio x, alfa, beta, y.
- efeitos indiretos: radicais livres (H2O2) e íons reativos.

- efeitos diretos: alterações nas bases, quebras simples e duplas de cadeia.

b) Raios não ionizantes: (UV) = dímeros de pirimidina (T-T). A formação de dímeros


gera uma torção na molécula de DNA e quando a maquinaria de reparo não

consegue corrigir diretamente o erro, ela pode acabar removendo parte do DNA.

Já quando ocorre o processo de replicação, a DNA polimerase é incapaz de


reconhecer as timinas que estão na forma de dímero, assim, ela pode inserir uma

base aleatória ou pular essa parte.


c) Agentes mutagênicos: como
reagentes análogos de bases, penetrando na célula e a DNA polimerase pode

utilizar essas moléculas para realizar a síntese de DNA, como o caso da 5-

bromouracil (análogo da timina, mas pareia com guanina). Agentes desaminantes


são capazes de gerar a desaminação das bases, esses agentes são o ácido nitroso

e bisulfito sódico. Já os agentes intercalantes e alquilantes possuem o efeito de se

intercalar na molécula de DNA.


• Consequências maiores das mutações

• Germinativas: doença nas futuras gerações.


• Somáticas: doença no indivíduo.

• Afeta diretamente de forma significativa e negativamente a função do

gene/proteína/célula? SIM = Doença; NÃO = Polimorfismo: fonte de variabilidade.


(acima de 1% da população).

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