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Secção I - Introdução

Aristóteles filósofo grego da antiguidade clássica, foi durante muito tempo


discípulo de Platão até fundar o Liceu, sua escola filosófica e viveu entre
348-322 a.C nasceu em Estagira cidade da Macedónia, ficou conhecido
por educar Alexandre "o grande". Descendente de uma família
de Ascleíades nas quais a arte da medicina se transmitia de Pai para
Filho.

Sobre sua Obra, o que nos é transmitida e atribuída como sendo escritos
de Aristóteles, versam sobre quase todas as ciências conhecidas da
Antiguidade. Assim separada e classificas por ele como:  Ciências
teoréticas cujo objectivo é o SER e seus diversos géneros (matemática,
física e teologia ou filosofia primeira), as Ciências práticas cujo objecto é
o bem como finalidade da AÇÃO (ÉTICA E POLÍTICA) e as ciências
poéticas que estudam as condições de produção da obra bela (POÉTICA
E RETÓRICA).

1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo geral

  Explicar Sobre a vida e obra de Aristóteles;


 Analisar a suas etapas.

1.1.2 Objectivos específicos

 Aprofundar mais nos conhecimentos desta matéria.

1.1.3 Metodologia

 A metodologia utilizada neste trabalho foi indutiva e dedutiva;


 O método utilizado neste trabalho foi o método científico porque
foi a base de pesquisa de livros científicos e páginas virtuais.

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Secção II - A vida e obra de Aristóteles

2.1 Noções sobre a vida e obra de Aristóteles

Aristóteles  foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor


de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos,
como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música,
a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia, a linguística,
a economia e a zoologia.

Juntamente com Platão e Sócrates  (professor de Platão), Aristóteles é


visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-
se tutor de Alexandre da Macedónia, na época com treze anos de idade,
que será o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em 335
a.C. Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Atenas onde
funda o Liceu.

Todos os aspectos da filosofia de Aristóteles continuam sendo objecto de


estudos académicos. Embora Aristóteles tenha escrito muitos tratados e
diálogos formatados para publicação, apenas cerca de um terço de sua
produção original sobreviveu, nenhuma delas destinadas à publicação.
Aristóteles foi retratado por grandes artistas, como Rafael
Sanzio e Rembrandt.

As primeiras teorias científicas modernas, incluindo a circulação do


sangue de William Harvey e a cinemática de Galileu Galilei, foram
desenvolvidas em reacção às de Aristóteles. No século XIX, George
Boole deu à lógica de Aristóteles uma base matemática com um sistema
de lógica algébrica. No século XX, Martin Heidegger criou uma nova
interpretação da filosofia política de Aristóteles, entratando em outros
lugares Aristóteles foi amplamente criticado, até mesmo ridicularizado
por pensadores como o filósofo Bertrand Russell e o biólogo Peter
Medawar.

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Mais recentemente, Aristóteles foi novamente levado a sério, como no
pensamento ético de autores como Ayn Rand, Alasdair MacIntyre, John
McDowell e Philippa Foot, enquanto Armand Marie Leroi reconstruiu a
biologia aristotélica. A imagem de Aristóteles orientando o
jovem Alexandre permanece actual, como foi retratada no filme de 2004,
Alexandre. Sua obra Poética continua a exercer influência no cinema
norte-americano.

2.2 Vida

Aristóteles era natural de Estagira, na Trácia, sendo filho de Nicômaco,


amigo e médico pessoal do rei macedónio Amintas III, pai de Filipe II. É
provável que o interesse de Aristóteles por biologia e fisiologia decorra
da actividade médica exercida pelo pai e pelo tio, e que remontava há
dez gerações.

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Segundo a compilação bizantina Suda, Aristóteles era descendente
de Nicômaco, filho de Macaão, filho de Esculápio.

Com cerca de 16 ou 17 anos partiu para a cidade de Atenas, maior


centro intelectual e artístico da Grécia Antiga. Como muitos outros jovens
da época, foi para lá prosseguir os estudos. Duas grandes instituições
disputavam a preferência dos jovens: a escola de Isócrates, que visava
preparar o aluno para a vida política, e Platão e sua Academia, com
preferência à ciência (episteme) como fundamento da realidade.

Apesar do aviso de que, quem não conhecesse geometria ali não deveria


entrar, Aristóteles decidiu-se pela academia platónica e nela permaneceu
vinte anos, até a morte de Platão, no primeiro ano da 108 aolimpíada (348
a.C.). Aristóteles provavelmente participou dos Mistérios de Eleusis.

Em 347 com a morte de Platão, a direcção da Academia passa


a Espeusipo que começou a dar ao estudo académico da filosofia um
viés matemático que Aristóteles (segundo opinião geral, um não-
matemático) considerou inadequado,  assim Aristóteles deixa Atenas e
se dirige, provavelmente, primeiro a Atarneu convidado pelo
tirano Hérmias e em seguida a Assos, cidade que fora doada pelo tirano
aos platónicos Erasto e Corisco, pelas boas leis que lhe haviam
preparado e que obtiveram grande sucesso.

Durante 347 a.C e 345 a.C, dirige uma escola em Assos, junto
com Xenócrates, Erasto e Corisco e depois em 345/344
a.C. conhece Teofrasto e com sua colaboração dirige uma escola
em Mitilene, na ilha de Lesbos e lá se casa com Pítias, neta de Hérmias ,
com quem teve uma filha, também chamada Pítias e
Nicômaco. Em 343/342 a.C. Filipe II da Macedônia escolhe Aristóteles
como educador de seu filho Alexandre, então com treze anos, por
intercessão de Hérmias.

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Pouco se sabe sobre o período da vida de Aristóteles entre 341
a.C. e 335 a.C., ainda que se questiona o período de tempo da tutela de
Alexandre, alguns estimam em apenas dois ou três anos e outros em
sete ou oito anos.

Em 335 a.C. Aristóteles funda sua própria escola em Atenas, em uma


área de exercício público dedicado ao deus Apolo Lykeios, daí o
nome Liceu.  Os filiados da escola de Aristóteles mais tarde foram
chamados de peripatéticos. Os membros do Liceu realizavam pesquisas
em uma ampla gama de assuntos, os quais eram de interesse do próprio
Aristóteles: botânica, biologia, lógica, música, matemática, astronomia,
medicina, cosmologia, física, história da filosofia, metafísica, psicologia,
ética, teologia, retórica, história política, do governo e da teoria política,
retórica e as artes. Em todas essas áreas, o Liceu colectou manuscritos
e assim, de acordo com alguns relatos antigos, se criou a primeira
grande biblioteca da antiguidade.

Em 323 a.C, morre Alexandre e em Atenas começa uma forte reacção


antimacedônica, em 322 a.C. por causa de sua ligação com Alexandre,
Aristóteles foge de Atenas e se dirige a Cálcides, onde sua mãe tinha
uma casa, explicando, "Eu não vou permitir que os atenienses pequem
duas vezes contra a filosofia" uma referência ao julgamento
de Sócrates em Atenas. Ele morreu em Cálcis, na ilha Eubeia de causas
naturais naquele ano. Aristóteles nomeou como chefe executivo seu
aluno Antípatro e deixou um testamento em que pediu para ser enterrado
ao lado de sua esposa.

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Aristóteles e Platão

Aristóteles nasceu em Estágira, colónia de origem jónica, na Macedônia,


Grécia, no ano de 384 a. C. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas III,
recebeu sólida formação em Ciências Naturais. Com 17 anos partiu para
Atenas, foi estudar na "Academia” de Platão. Com sua prodigiosa
inteligência, logo se tornou o discípulo predileto do mestre, que observou:
"Minha Academia se compõe de duas partes: o corpo dos alunos e o
cérebro de Aristóteles".

Aristóteles foi suficientemente crítico para ir além do mestre. Demonstrou


sua grande capacidade de pensador escrevendo uma série de obras nas
quais aprofundava, e muitas vezes, modificava as doutrinas de Platão. A
teoria de Aristóteles, de forma geral, é uma refutação ao seu mestre.
Enquanto Platão era a favor da existência do mundo das ideias e do
mundo sensível, Aristóteles defendia que poderíamos captar o
conhecimento no próprio mundo que vivemos.

Quando Platão morreu, em 347 a. C. Aristóteles fazia vinte anos de


Academia, inicialmente como discípulo, depois como professor, e
esperava ser o substituto natural do seu mestre na direção da escola,
mas foi rejeitado por ser considerado estrangeiro. Decepcionado, deixou
Atenas e foi para Atarneus, na Ásia Menor, onde se tornou conselheiro
de estado de seu antigo colega, o filósofo político Hermias. Casou-se
com Pítia, filha adotiva de Hermias, mas entrou em choque com a sede
de riqueza de seu colega, em contraste com seus ideais de justiça.
Quando os persas invadiram o país e crucificaram seu governante, mais
uma vez Aristóteles ficou sem pátria.

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Aristóteles e Alexandre Magno

De volta à Macedônia, em 343 a. C., quando o rei Filipe II da Macedônia


o chamou para ele ser o tutor de seu filho Alexandre. O rei queria que
seu sucessor fosse um requintado filósofo. Aristóteles permaneceu com
Alexandre durante quatro anos. O soldado partiu para conquistar o
mundo e o filósofo tornou-se seu amigo e ficou a alimentá-lo de
sabedoria.

Secção III - Campos de estudo


A filosofia de Aristóteles dominou verdadeiramente o pensamento
europeu a partir do século XII.  A revolução científica iniciou-se no século
XVI e somente onde a filosofia aristotélica foi dominante é que sobreveio
uma revolução científica.

Parte das afirmações a respeito da Física e da Química de Aristóteles


são desmentidas nos dias de hoje e a principal razão disso é que nos
séculos XVI e XVII os cientistas aplicaram métodos quantitativos ao
estudo da natureza inanimada, assim algumas observações de
Aristóteles são irremediavelmente inadequadas em comparação com os
trabalhos dos novos cientistas.

Apesar do alcance abrangente que as obras de Aristóteles gozaram


tradicionalmente, os académicos modernos questionam a autenticidade
de uma parte considerável do Corpus aristotelicum.

3.1 Lógica

A lógica aristotélica, que ocupa seis de suas primeiras obras, constitui o


exemplo mais sistemático de filosofia em dois mil anos de história. Sua
premissa principal envolve uma teoria de carácter semântico
desenvolvida por ele para servir de estrutura para a compreensão da
veracidade de proposições. Foi por meio de sua lógica que se
estabeleceu a primazia da lógica dedutiva.

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Aristóteles sistematizou a lógica, definindo as formas de interferência que
eram válidas e as que não eram - em outras palavras, aquilo que
realmente decorre de algo e aquilo que só aparentemente decorre; e deu
nomes a todas essas diferentes formas de interferências. Por dois mil
anos, estudar lógica, significou estudar a lógica de Aristóteles.

A lógica, como disciplina intelectual, foi criada no século IV a.C. por


Aristóteles.  Sua teoria do silogismo constitui o cerne de sua lógica e
através dela tenta caracterizar as formas de silogismo e determinar quais
deles são válidas e quais não, o que conseguiu com bastante sucesso.
Como primeiro passo no desenvolvimento da lógica, a teoria do silogismo
foi extremamente importante.

3.2 Física

Aristóteles não reconhecia a ideia de inércia, ele imaginou que as leis


que regiam os movimentos celestes eram muito diferentes daquelas que
regiam os movimentos na superfície da Terra, além de ver o movimento
vertical como natural, enquanto o movimento horizontal requereria uma
força de sustentação. Ainda sobre movimento e inércia, Aristóteles
afirmou que o movimento é uma mudança de lugar e exige sempre uma
causa, o repouso e o movimento são dois fenómenos físicos totalmente
distintos, o primeiro sendo irredutível a um caso particular do segundo.
No livro II, Do Céu, ele afirma explicitamente que quando um objecto se
desloca para seu estado natural o movimento não é causado por uma
força, assim ele afirma que o movimento daquilo que está no processo
de locomoção é circular, rectilíneo ou uma combinação dos dois tipos.

3.3 Óptica

Na época de Aristóteles, a óptica matemática era ainda uma disciplina


nova, contrariamente às outras matemáticas e especialmente
à geometria, ele faz recorrentes referências à cor, à sua "unidade" e à
sua constituição, nos mesmos contextos em que se fala de outros

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sectores do real que pertencem a outras ciências matemáticas, e do que
neles é unidade.

Aristóteles fez objecções à teoria de Empédocles e ao modelo de Platão


que considerava que a visão era produzida por raios que se originavam
no olho e que colidiam com os objectos então sendo visualizados. Ao
refutar as teorias então conhecidas, ele formulou e fundamentou uma
nova teoria, a teoria da transparência: a luz era essencialmente a
qualidade acidental dos corpos transparentes, revelada pelo fogo.

Aristóteles sugeria que a óptica contempla uma teoria matemático-


quantitativa da cor, que corresponde a uma teoria da medição da luz,
assim ele afirma que a luz não era uma coisa material mas a qualidade
que caracterizava a condição ou o estado de transparência: "Uma coisa
se diz invisível porque não tem cor alguma, ou a tem somente em grau
fraco" 

3.4 Química

Enquanto Platão, seu mestre, acreditava na existência


de átomos dotados de formas geométricas diversas, Aristóteles negava a
existência das partículas e considerava que o espaço estava cheio
de continuem, um material divisível ao infinito.

Sua obra Meteorologia, sintetiza suas ideias sobre matéria e química,


usando as quatro qualidades da matéria e os quatro elementos, ele
desenvolveu explicações lógicas para explicar várias de suas
observações da natureza. Para Aristóteles a matéria seria formada, não
a partir de um único, mas por quatro elementos: terra, água, ar e fogo,
mas existiria sim um substrato único para toda a matéria, mas que seria
impossível de isolar serviria apenas como um suporte que
transmite quatro qualidades primárias: quente, frio, seco e úmido.

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 A fundação da Alquimia se baseou nos ensinamentos de Aristóteles,
curiosamente ele afirmou que as rochas e minerais cresciam no interior
da Terra e, assim com os humanos, os minerais tentavam alcançar um
estado de perfeição através do processo de crescimento, a perfeição do
mineral seria quando ele se tornasse ouro.

3.5 Astronomia

Aristóteles concorda com seu mestre (Platão) em considerar


a astronomia uma ciência matemática em sentido pleno, não menos do
que a geometria, ele também concordava que os movimentos estudados
pela astronomia, como diz a A República, não se percebem "com a
vista".

O cosmos aristotélico é apresentado como uma esfera gigantesca,


porém finita, à qual se prendiam as estrelas, e dentro da qual se
verificava uma rigorosa subordinação de outras esferas, que pertenciam
aos planetas então conhecidos e que giravam em torno da Terra, que se
manteria imóvel no centro do sistema (sistema geocêntrico).

3.6 Biologia

Considerado o fundador das ciências como uma disciplina, Aristóteles


deixou obras naturalistas como História dos Animais, As partes dos
animais e A geração dos animais, opúsculos como Marcha dos
animais, Movimentos dos animais e Pequeno tratado de história natural e
muitas outras obras sobre anatomia e botânica que se perderam e
tratavam sobre o estudo de cerca de 400 animais que buscou classificar,
tendo dissecado cerca de 50 deles.

Também realizou observações anatómicas,  embriologias e etológicas


detalhadas de animais terrestres e aquáticos (moluscos e peixes), fez
observações sobre cetáceos e morcegos.

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Embora suas conclusões sejam, muitas vezes, equivocadas, sua obra
não deixa de ser notável.  Seus escritos de biologia e zoologia
correspondem a mais de uma quinta parte de sua obra. Neles, trabalha
sobre a noção de animal, a reprodução, a fisiologia e a classificação
científica.

Segundo alguns cientistas da atualidade, Aristóteles teria "descoberto"


o DNA, por ele identificar a forma, isto é, o eixos preexistente no pai, que
é reproduzido na prole.

Aristóteles foi quem iniciou os estudos científicos documentados sobre


peixes, sendo o precursor da ictiologia  (a ciência que estuda os peixes).
Catalogou mais de cem espécies de peixes marinhos e descreveu seu
comportamento.

É considerado como elemento histórico da evolução da piscicultura e


da aquariofilia,  separou mamíferos aquáticos de peixes e sabia
que tubarões e raias faziam parte de grupo que chamou
de Selachē (Chondrichthyes).

Em sua obra De Moto Animalium  (traduzido do latim, Do Movimento dos


Animais), Aristóteles discorre especificamente sobre os princípios físicos
que regem o movimento dos animais em geral, assim como as suas
causas. No livro, Aristóteles postula que, para que houvesse o
movimento de algum membro do animal, era necessária a existência de
uma parte imóvel, a qual Aristóteles atribuía ser a origem do movimento.

Para que o animal inteiro se desloque, no entanto, Aristóteles acreditava


que era necessário algo em repouso absoluto em relação ao animal, e,
apoiando-se neste ente imóvel, o animal desencadearia o deslocamento.
Sobre a origem primordial do movimento em seres vivos, Aristóteles
atribuía a mente e o desejo como causas primárias do movimento nos
animais.

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3.7 O papel da mulher

A análise sobre a procriação de Aristóteles descreve um elemento


masculino activo, animante trazendo vida a um elemento do sexo
feminino inerte e passivo. Por este motivo, as feministas acusam
Aristóteles de misoginia e sexismo.

No entanto, Aristóteles deu igual peso à felicidade das mulheres e à


felicidade dos homens e comentou, em sua obra A Retórica, que uma
sociedade não pode ser feliz a menos que as mulheres também estejam
felizes. Sobre as mulheres, ainda disse que eram totalmente incapazes
de serem amigas, e ele com certeza não esperava que a esposa se
relacionasse com o marido em nível de igualdade.

3.8 A homossexualidade

Visto não contribuir para a fundação de famílias, Aristóteles tinha


a homossexualidade em conta de desperdício, não apenas inútil, mas até
perigoso. Porém, isso não significa que a condenasse sempre. Ele
tomava, em consideração, as circunstâncias em que era praticada.
Assim, em Creta, onde havia um problema de superpopulação e a
relação entre o mesmo sexo era difundida,  ele propôs que esse tipo de
relação fosse regulamentado e tolerado pelo Estado, a fim de contornar a
superpopulação, pois a ilha dispunha de poucos recursos naturais.  Em
um fragmento sobre amor físico, embora referindo-se ao tema com
indulgência, parece ter feito distinção entre a
homossexualidade congénita a normal e o vício homossexual adquirido.

3.9 Empirismo

Sendo o primeiro filósofo a fundamentar a necessidade do conhecimento


prático advindo da observação e da atenção aos sentidos do corpo,
Aristóteles deixou em seu legado intelectual o conhecimento empírico,
que mais tarde ressoaria na Filosofia Escolástica e na Filosofia Moderna,

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chamando a atenção dos pensadores para o entendimento dos efeitos do
mundo com base em suas causas.

Isso representou um afastamento do modelo de conhecimento platónico,


baseado na busca intelectual pela Ideia, que seria pura,
eterna e imutável. Platão considerava que o conhecimento advindo dos
sentidos seria imperfeito e enganador. Na pintura apresentada abaixo, o
pintor renascentista Rafael Sânzio mostra essa discordância entre os
dois pensadores ao compor a cena com Platão apontando para cima,
como quem aponta para o Mundo das Ideias, e Aristóteles com a mão
espalmada para o chão, como quem defende que o conhecimento está
aqui, no mundo material.

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Secção IV - Principais Ideias de Aristóteles

Metafísica

O termo Metafísica não é aristotélico; o que hoje chamamos de


metafísica era chamado por Aristóteles de "filosofia primeira", sendo por
isso identificada com a teologia.

Não é fácil discutir a metafísica de Aristóteles, em parte porque está


profusamente espalhada por toda a obra, e em parte por certa ausência
de uma exposição bem detalhada.

A Metafísica de Aristóteles é, em essência, uma modificação da Teoria


das ideias de Platão. Grande parte dessa obra parece uma tentativa de
moderar as muitas extravagâncias de Platão. Seus dois principais
aspectos são a distinção entre o "universal" e a mera "substância" ou
"forma particular" e a distinção entre as três substâncias diferentes que
formar a realidade cada uma com sua essência fundamental.

4.1 Psicologia

Na medida em que se ocupa das mais elaboradas entidades naturais, a


psicologia foi considerada também o ápice da filosofia natural de
Aristóteles. A palavra psychê  (de que deriva nosso termo psicologia)
costumar ser traduzida como "alma", e sob a rubrica psyche Aristóteles
de fato inclui as características dos animais superiores que pensadores
posteriores tendem a associar com a alma.

Objecto geral da psicologia aristotélica é o mundo animado, isto é,


vivente, que tem por princípio a alma e se distingue essencialmente do
mundo inorgânico, pois, o ser vivo diversamente do ser inorgânico possui
internamente o princípio da sua actividade, que é precisamente a alma,
forma do corpo.

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Muitas das hipóteses de Aristóteles sobre a natureza da lembrança e dos
esquecimentos deram origem a grande número de experimentos na área
da aprendizagem.

Sua doutrina da associação afirmava que a memória é facilitada quer


pela semelhança e dissemelhança de um fato actual e um passado, quer
por sua estreita relação no tempo e espaço.

Sua obra De Anima (Sobre a Alma) trata-se do primeiro objectivo em


larga escala para estudar a psicologia. Muitas das questões que levanta
continuam por responder até hoje, e ainda são objecto de exame.

Aristóteles formulou teorias sobre desejos, apetites, dor e prazer,


reacções e sentimentos. Sua doutrina da catarse ensinava, por exemplo
que os temores podem ser transferidos ao herói da tragédia ideia que
muito mais tarde veio formar uma das teses da psicanálise e da terapia
do jogo.

4.2 Ética

Alguns vêem Aristóteles como o fundador da Ética, o que se justifica


desde que consideremos a Ética como uma disciplina específica e
distinta no corpo das ciências. Em suas aulas, Aristóteles fez uma
análise do agir humano que marcou decisivamente o modo de pensar
ocidental. O filósofo ensinava que todo o conhecimento e todo o trabalho
visam a algum bem. O bem é a finalidade de toda a acção. A busca do
bem é o que difere a acção humana da de todos os outros animais.

Para Aristóteles, estudamos a ética, a fim de melhorar nossas vidas e,


portanto, sua preocupação principal é a natureza do bem-estar humano.
Aristóteles segue Sócrates e Platão ao dispor as virtudes no centro de
uma vida bem vivida. Como Platão, ele considera as virtudes éticas
(justiça, coragem, temperança etc.), como habilidades complexas
racionais, emocionais e sociais, mas rejeita a ideia de Platão de que a

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formação em ciências e metafísica é um pré-requisito necessário para
um entendimento completo de bem.

Segundo ele, o que precisamos, a fim de viver bem, é uma apreciação


adequada da maneira em que os bens tais como a amizade, o prazer, a
virtude, a honra e a riqueza se encaixam como um todo. Para aplicar
esse entendimento geral para casos particulares, devemos adquirir,
através de educação adequada e hábitos, a capacidade de ver, em cada
ocasião, qual curso de acção é mais bem fundamentado.

Portanto, a sabedoria prática, como ele a concebe, não pode ser


adquirida apenas ao aprender regras gerais, também deve ser adquirida
através da prática. E essas habilidades deliberativas, emocionais e
sociais é que nos permitem colocar nossa compreensão geral de bem-
estar em prática em formas que são adequados para cada ocasião. 

Aristóteles propõe que a vida contemplativa (intelectual) traria uma


felicidade maior e mais constante ao ser humano, quando comparada à
vida política (procura da honra) e da vida baseada em prazeres
sensoriais.

4.3 Retórica

A retórica de Aristóteles teve uma enorme influência sobre o


desenvolvimento da arte da retórica. Não apenas sobre os autores que
escrevem na tradição peripatética, mas também os famosos professores
romanas de retórica, como Cícero e Quintiliano, frequentemente usaram
elementos decorrentes aristotélicas.

É na obra Retórica de Aristóteles que se assentam os primeiros dados


cuja articulação passa a definir a Retórica como a "faculdade de
descobrir especulativamente sobre todo dado o persuasivo".

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No prémio do Livro I de sua Arte Retórica, ele se refere à possibilidade
se ter uma técnica da retórica, de um método rigoroso não diferente do
que seguem as ciências lógicas, políticas e naturais. É evidente a
diferença entre as concepções de Aristóteles sobre a arte da oratória
entre o Livro I e o Livro II, enquanto neste último destaca o estudo das
paixões, desfazendo a caracterização da retórica como puramente
dialéctica, no Livro I Aristóteles valoriza a função da sedução da alma. A
retórica deve ser, portanto,  demonstrativa e emocional.

4.4 Artes

Aristóteles concedia às artes uma importância valiosa, na medida em que


poderiam reparar as deficiências da natureza humana, contribuindo na
formação moral dos indivíduos.

4.5 Música

Em Política, Aristóteles questiona a participação da música na educação,


pois sua associação imediata com o prazer faz com que o autor oponha
a música a qualquer actividade, pois esta parece se adequar melhor ao
desfrute no tempo livre. No decorrer do texto, ele enfatiza que o ensino
da música deve ter ênfase na escuta e não à prática instrumental, já que
a execução de instrumentos se relaciona aos trabalhos manuais,
actividade imprópria para a educação de um homem livre.

A obra Problemas constitui uma das mais antigas discussões


sobre música, se no livro VII da Política Aristóteles procurou mostrar a
importância da música na educação, no livro XIX de Problemas ele
levanta questões de várias ordens: referentes à acústica, às escalas, aos
intervalos, à voz, aos encordoamentos, aos harmónicos, aos tipos de
composição etc., o autor levanta cinquenta problemas e a esses ele
mesmo procura responder.

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4.6 Poética

Aristóteles foi o primeiro filósofo a consagrar todo um tratado, ainda que


incompleto, ao exame do fenómeno poético, a Arte Poética. Ele
propunha-se a reflectir acerca do objecto estético, ou antes, acerca da
criação do objecto estético.

Em Arte Poética, o filósofo trata da arte poética a partir de duas


perspectivas, a definição da poética como imitação e a apresentação da
estrutura da poesia de acordo com suas diferentes espécies. No primeiro
caso, reduz a essência da poética à imitação - que crê ser congénita no
homem. A sua importância, contudo, deriva do fato de que a mimese é
capaz de fornecer, ao ser humano, dois elementos essenciais: prazer e
conhecimento.

Aristóteles era um apurado coleccionador sistemático de enigmas,


folclores e provérbios, ele e sua escola tinham um interesse especial nos
enigmas da Pítia e estudaram também as fábulas de Esopo.

4.7 Política

A política aristotélica é essencialmente unida à moral, porque o fim último


do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto
dos meios necessários para isso. O estado é um organismo moral,
condição e complemento da actividade moral individual, e fundamento
primeiro da suprema actividade contemplativa.

A política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como


objectivo o indivíduo, aquela a colectividade. A ética é a doutrina moral
individual, a política é a doutrina moral social. Desta ciência trata
Aristóteles precisamente na Política, de que acima se falou.

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Em Ética a Nicômaco Aristóteles descreve o assunto como ciência
política, que ele caracteriza como a ciência mais confiável. Ela prescreve
quais as ciências são estudadas na cidade-estado, e os outros como a
ciência militar, gestão doméstica e retórica caem sob a sua autoridade.
Desde que rege as outras ciências práticas, suas extremidades servem
como meios para o seu fim, que é nada mais, nada menos do que o bem
humano.

4.8 O Liceu

De volta à Atenas, em 335 a. C., Aristóteles decidiu fundar sua própria


escola, chamando-a “Liceu”, instalada no ginásio do templo dedicado ao
deus Apolo Lício. Além de cursos técnicos para os discípulos, ministrava
aulas públicas para o povo em geral. A sabedoria de Aristóteles chegou
até nós através de alguns escritos, mas que representam em si mesmo,
uma enciclopédia inteira, pois contêm praticamente o começo de todas
as nossas modernas artes e ciências.

 Aristóteles foi o pai da Lógica: ensinou a todos os que vieram


depois dele a pensar com clareza. Foi o fundador da Biologia:
ensinou ao mundo como observar e classificar correctamente os
seres vivos. Foi o organizador da Psicologia: mostrou à
humanidade como estudar a alma cientificamente. Foi o mestre da
Moral: demonstrou como é possível amar e odiar racionalmente.
Foi professor de Política: ensinou os governantes a governar com
justiça. E deu origem à Retórica: foi o primeiro a demonstrar a arte
de escrever com eficiência.

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4.9 A escravidão

Aristóteles não nega a natureza humana ao escravo,  para ele a


escravidão faz parte da própria natureza, de modo que o escravo nascido
para ser escravo tem uma função útil de escravo, é esta a função
corporativa para a qual existe. Ele não sacrifica nada, pois sua natureza
não exige mais do que compete na sociedade.

Ele discorda da opinião daqueles que pretendem que o poder do patrão é


contra a natureza, para ele, a natureza em vista da conservação, criou
alguns seres para mandar e outros para obedecer, é ela que dispõe que
o ser dotado de previdência mande como patrão, e que o ser, capaz por
faculdades corporais execute ordens.

4.1.1 Obras

Das 22 obras deixadas por Aristóteles, especula-se que algumas podem


ter sido, na verdade, compilações e anotações de seus alunos do Liceu
tiradas durante as aulas do mestre. Os historiadores não sabem, ao
certo, a autoria correcta dessas obras, com excepção das principais.

A seguir, estão seleccionados alguns dos principais escritos de


Aristóteles:

 Metafísica: conjunto de dez livros, escritos como “Estudos de


Filosofia Primeira” e reunidos e renomeados mais tarde por
Andrônico de Rodes como “Metafísica”. Tratavam de um
conhecimento geral sobre o ser e como o conhecemos, ou seja,
uma espécie de ciência geral que tinha como objecto o próprio ser
e não recortes dele (como a Matemática é um recorte do ser que
estuda apenas as relações numéricas uma parte de todo o ser).
 Categorias: pequeno livro sobre Lógica que apresenta a
necessidade da classificação e separação de conceitos diferentes
para o tratamento de assuntos diferentes, a fim de que equívocos

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sejam evitados. Seria uma espécie de distinção das diversas
categorias do pensamento.
 Physica: tratado de oito livros com observações de Aristóteles
sobre a Ciência da Natureza.
 Da alma, ou Sobre a alma: escritos sobre a noção dos antigos de
alma, que equivale, para nós, à noção de mente. O filósofo trata de
assuntos relacionados a como o ser humano constitui-se com base
em sua personalidade e a como essa alma actua na distinção
entre nós e os outros animais.
 Ética a Nicômaco: livro que fala sobre Ética expondo as noções
de virtude, racionalidade prática (uma racionalidade voltada para o
quotidiano e o convívio político) e eudaimonia (uma noção dos
gregos antigos de que haveria um guia a consciência para as
nossas acções).
 Política: livro em que o pensador defendeu as suas teses sobre a
organização política das cidades, baseada na acção ética
individual e no exercício da democracia, além de um conjunto de
factores que levariam os cidadãos à vida perfeita.

4.1.2 Legado

Mais de 2 300 anos depois de sua morte, Aristóteles continua sendo


uma das pessoas mais influentes que já viveram. Ele contribuiu para
quase todos os campos do conhecimento humano e foi o fundador de
muitas áreas novas. De acordo com o filósofo Bryan Magee, "é duvidoso
que qualquer ser humano saiba o tanto quanto ele sabia".

Entre inúmeras outras realizações, Aristóteles foram o fundador da lógica


formal e pioneiro no estudo da zoologia, deixando cada futuro cientista e
filósofo em débito para com ele por suas contribuições para o método
científico.

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Apesar dessas realizações, a influência dos erros de Aristóteles é
considerada por alguns como tendo sido de grande empecilho para o
desenvolvimento da ciência. Bertrand Russell observa que "quase todo o
avanço intelectual sério teve de começar com um ataque a alguma
doutrina aristotélica".

Russell também se refere à ética de Aristóteles anacronicamente como


"repulsiva", e sobre sua lógica disse ser "definitivamente antiquada como
a astronomia ptolomaica". Russelll observa que esses erros tornam difícil
fazer uma justiça histórica a Aristoteles, até o momento em que
lembramo-nos de quão grande foi o avanço que ele fez em cima de todos
os seus predecessores.

 Filósofos gregos posteriores: A influência obra de Aristóteles foi


sentida quando o Liceu se transformou na Escola peripatética.
Entre os estudantes notáveis de Aristóteles estão Aristóxenes,
Dicearco,  Eudemo de Rodes, Demétrio de Faleros,  Hárpalo,
Heféstion,  Mênon,  Mnason de Fócis,  Indomado e Teofrasto.
 Influência sobre os eruditos bizantinos: Os escribas cristãos
gregos desempenharam um papel crucial na preservação das
obras de Aristóteles, copiando todos os manuscritos gregos
existentes do "corpus". Os primeiros cristãos gregos que muito
comentaram Aristóteles foram João Filopono, Elias e David,
no século VI, e Estéfano de Alexandria no início do século VII.

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4.1.3 Morte

O fim de Aristóteles foi trágico. Quando o rei da Macedônia, Alexandre


Magno morreu, irrompeu em Atenas uma grande explosão de ódio, não
somente contra o conquistador, mas contra todos os seus admiradores e
amigos. Um dos melhores amigos de Alexandre era Aristóteles. Estava
prestes a ser preso, quando conseguiu escapar em tempo.

Deixou Atenas dizendo que não daria à cidade oportunidade de cometer


um segundo crime contra a filosofia. Pouco tempo depois do exílio que
se impusera, adoeceu. Desiludido com a ingratidão dos atenienses
decidiu por fim à vida bebendo, como Sócrates, uma taça de cicuta.

Aristóteles morreu em 322 a.C., em Cálcia, na Eubéia. Em seu


testamento determinou a libertação de seus escravos. Foi essa talvez, a
primeira carta de alforria da história.

4.1.4 Cronologia

 387 a.C. - Platão funda a Academia em Atenas.


 384 a.C. - Nasce Aristóteles em Estagira, na Calcídia, região
dependente da Macedônia.
 367/66 a.C. - Aristóteles chega a Atenas e ingressa na Academia
platônica.
 359 a.C. - Filipe inicia seu governo na Macedônia e, logo em
seguida, invade a Grécia.
 356 a.C. - Em Pela, capital da Macedónia, nasce Alexandre, filho
de Filipe.
 347 a.C. - Morte de Platão. Aristóteles deixa Atenas.
 347/44 a.C. - Aristóteles permanece em Assos, na corte do tirano
Hérmias, ex-integrante da Academia. 344 a.C. - Hérmias é
assassinado. Aristóteles deixa Assos.
 344/43 a.C. - Permanência em Mitilene.

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 343 a.C. - A chamado de Filipe, Aristóteles vai para Pela e torna-se
preceptor do jovem Alexandre.
 338 a.C. - Os macedônios derrotam os gregos em Queronéia.
 336 a.C. - Filipe é assassinado e Alexandre ascende ao trono da
Macedônia.
 335 a.C. - Aristóteles retorna-a Atenas, onde funda o Liceu.
 334 a.C. - Alexandre desembarca na Ásia Menor.
 333 a.C - Alexandre vence em Isso, na Cilícia, e entra na Fenícia.
 332 a.C. - Alexandre cerca e conquista Tiro, depois o Egipto.
326/25 a.C. — Incursão de Alexandre até as margens do Indo.
 323 a.C. - Alexandre morre na Babilónia. 322 a.C. - Aristóteles
morre em Cálcis, na Eubéia, ilha do mar Egeu.

4.1.5 Frases de Aristóteles

 Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de


loucura.
 As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se
vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem
morrer amanhã.
 O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o
que diz.
 A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e
aprender ainda mais.
 Valor fundamental da vida depende da percepção e do poder
de contemplação ao invés da mera sobrevivência.
 Nosso carácter é o resultado da nossa conduta.
 Valor final da vida depende mais da consciência e do poder de
contemplação, que da mera sobrevivência.
 Tive pena do ser humano por trás do erro, e não de seu
carácter.

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Secção V - Considerações Finais

Pelas pesquisas por nós feitas chegamos em considerações finais, que


Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) foi um importante filósofo grego. Um dos
pensadores com maior influência na cultura ocidental. Foi discípulo do
filósofo Platão. Elaborou um sistema filosófico no qual abordou e pensou
sobre praticamente todos os assuntos existentes, como a geometria,
física, metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia,
ética, drama, poesia, retórica, matemática e principalmente lógica.

Interessou-se por Ciências da Natureza, foi discípulo de Platão, aluno e


professor da Academia, foi professor do imperador Alexandre, o Grande,
fundou a sua escola filosófica em Atenas, o Liceu, sistematizou e
separou o conhecimento filosófico da Antiguidade, escreveu sobre
diversos assuntos, como Ética, Política, Ciência, Metafísica e Lógica.

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Bibliografia

 Jonathan Barnes, "Life and Work" em The Cambridge Companion to


Aristotle (1995), p. 12; o próprio Aristóteles: Ética a Nicômaco 1102a26-
27. O próprio Aristóteles nunca usa o termo "esotérico" ou "verbal". Para
outras passagens em que Aristóteles fala de exōterikoi logoi, ver W. D.
Ross, Aristotle's Metaphysics (1953), vol. 2, pp. 408–410. Ross defende
uma interpretação segundo a qual a expressão, pelo menos nas próprias
obras de Aristóteles, geralmente se refere a "discussões não peculiares
à escola peripatética", em vez de trabalhos específicos do próprio
Aristóteles.
 Barnes, "Life and Work", p. 12.
 Barnes, "Roman Aristotle", in Gregory Nagy, Greek Literature, Routledge
2001, vol. 8, p. 174 n. 240.
 Jonathan Barnes, "Life and Work" in The Cambridge Companion to
Aristotle (1995), p. 9.
 Magee, Bryan (2010).  The Story of Philosophy. [S.l.]: Dorling Kindersley.
p. 34
 W. K. C. Guthrie (1990). "A history of Greek philosophy: Aristotle : an
encounter". Cambridge University Press. p. 156. (em inglês)
 «Aristotle (Greek philosopher) – Britannica Online Encyclopedia».
Britannica.com. Consultado em 26 de Abril de 2009. Cópia arquivada em
22 de Abril de 2009
  Durant, Will  (2006) [1926].  The Story of Philosophy. United States:
Simon & Schuster, Inc. p. 92. 
 Bertrand Russell, "A History of Western Philosophy", Simon & Schuster,
1972
 Giovanni Reale. A History of Ancient Philosophy III: Systems of the
Hellenistic Age. SUNY Press; 1985.p. 101.
 Richard Sorabji. Aristotle transformed: the ancient commentators and
their influence. Duckworth; 1990. p. 35–36.

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Referência

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
 https://www.ebiografia.com/aristoteles/
 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/aristoteles.htm
 https://www.suapesquisa.com/aristoteles
 https://www.todamateria.com.br/aristoteles/
 http://insustentavelevezadeser.blogspot.com/2013/07/aristoteles-vida-e-
obra.html
 https://geovest.files.wordpress.com/2013/07/aristoteles.pdf
 https://www.ebiografia.com/aristoteles/

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