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ALUNA: RAQUEL EMIKO HIRAIDE

DISCIPLINA: ESTUDOS EM NEFROLOGIA II


TEMA: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Os rins são órgãos retroperitoneais em forma de grão de feijão e de cor


avermelhada que pesam cerca de 150g cada e junto com o pulmão e a pele são as
principais vias de excreção de restos prejudiciais ao organismo.

Suas principais funções são: a regulação do volume plasmático e do equilibro


hidroeletrolítico, a regulação da osmolalidade sanguínea, regulação do equilíbrio ácido-
base, manutenção do equilíbrio eletrolítico e excreção de metabólitos.

Uma falha na função renal pode ocorrer pela intensidade de estímulos agressivos
aos rins, o que provoca perdas da unidade funcional desse órgão, chamada de néfrom.

A insuficiência renal crônica ocorre quando os rins sofrem uma perda irreversível
de néfrons e perda parcial de suas funções básicas de forma lenta, progressiva e
irreversível. As maiores causas são a diabetes melittus, a hipertensão arterial sistêmica,
glomerulonefrite, doença renal policística e doenças autoimunes.

É definida quando a lesão renal com taxa de filtração glomerular menor que
60mL\min\1,73m² está persistindo por mais de 3 (três) meses. O caráter progressivo da
insuficiência renal crônica é um fato que ocorre até mesmo na ausência da causa inicial
que determinou a lesão renal. Acredita-se que os néfrons remanescentes sofrem cada vez
mais lesões para tentar manter as funções dos glomérulos que foram perdidos, levando-
os a uma hipertrofia.

A insuficiência renal crônica no início pode não apresentar sintomas iniciais e a


gravidade pode surgir de acordo com a perda dos néfrons e da diminuição da capacidade
das funções renais. Porém alguns pacientes relatam observar sinais de cansaço,
dificuldades na concentração, falta de apetite, insônia, câibras, inchaços e dores nos pés
e tornozelos, pele seca e irritada e formigamento nas mãos e pés.

O diagnóstico da insuficiência renal é feito por meio de exames de sangue, como


dosagem de creatinina, ureia, sódio e potássio, e exames de urina com o objetivo de
identificar a presença de proteínas na urina e o médico também pode solicitar exames de
imagens como ultrassom, ressonância magnética e tomografia computadorizada.
Em estágios mais avançados os pacientes podem apresentar manifestações
clínicas como uremia, distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos, distúrbios minerais
ósseos, anemias, hipertensão arterial, distúrbios gastrintestinais, complicações
neurológicas, distúrbios dermatológicos e do sistema imunológico.

O tratamento conservador deve ser realizado para tratar as complicações e evitar


a progressão da doença e se dá por meio de orientações nutricionais, utilização de
medicamentos para controle da glicemia, normalização da pressão arterial, reposição de
eritropoietina para tratar a anemia urêmica e vitamina D ativada para aumentar a absorção
de cálcio no tratamento de distúrbios ósseos e suplementação de bicarbonato para o
controle da acidose metabólica.

Conforme a evolução da doença, o paciente vai receber outras formas de


tratamento, dentre eles as terapias renais substitutivas como diálise peritoneal,
hemodiálise e por fim o transplante renal

Para a diálise peritoneal é necessário que seja implantado um cateter de diálise no


abdome do paciente, próximo ao umbigo. Este cateter é implantado através de uma
cirurgia pequena, em geral, com anestesia local, podendo receber alta no mesmo dia. Este
cateter, ou acesso peritoneal, deve ser colocado alguns dias ou semanas antes da primeira
diálise. Esse cateter é flexível, pouco incomoda e fica instalado por tempo indefinido.

A hemodiálise consiste em um tratamento que é feito por uma máquina onde o


paciente deve ir ao hospital ou em clínicas de diálise, três vezes por semana e ficará por
um período de três a quatro horas para que ocorra a filtragem do sangue por meio de um
acesso que pode ser um cateter duplo lumen, que é um cateter de curta permanência,
permcath, um cateter de longa permanência ou fístula arteriovenosa interna para
eliminação das toxinas prejudiciais à saúde.

O transplante consiste na substituição do rim sem funcionamento por outro vindo


de um doador, o órgão implantado passará a exercer as funções de filtrar o sangue e
eliminar líquidos e toxinas do corpo do paciente com insuficiência renal crônica.

A escolha do tratamento adequado vai depender do estágio da insuficiência renal


e de outros problemas de saúde do paciente, assim como suas condições físicas,
psicológicas e financeiras.

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