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A insuficiência renal é uma doença sistêmica e é caracterizada pelo fato de o rim deixar de conseguir retirar do organismo
os resíduos metabólicos ou realizar suas funções reguladoras.
O uso prolongado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios e analgésicos, também podem contribuir para o
desenvolvimento da insuficiência renal. Além disso, podemos destacar também a obstrução das vias urinárias, causada
por exemplo, por um cálculo renal.
A insuficiência renal pode ser causada por inúmeros fatores que podem ser classificados como pré-renal, intrarrenal e pós-renal.
Embora os sintomas citados anteriormente possam ser indicativos de insuficiência renal, é necessária a realização de
exames laboratoriais para a conclusão do diagnóstico, como o de dosagem de creatinina sérica, além de exames de
imagem.
É importante destacar que a insuficiência renal aguda é uma patologia reversível. A insuficiência renal aguda é uma das
principais complicações em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo que a sua
incidência pode chegar a 40%, com uma taxa de mortalidade de cerca de 70%.
As causas da insuficiência renal aguda podem ser podem ser classificadas como pré-renal, intrarrenal e pós-renal:
Pré-renal: as causas da insuficiência renal são classificadas como pré-renais quando se originam antes dos rins,
como hemorragias, sepse, entre outras.
Intrarrenal: as causas da insuficiência renal são classificadas como intrarrenais quando se originam de lesões no
parênquima renal ou nos glomérulos. Essas lesões podem ser decorrentes, por exemplo, de processos infecciosos.
Pós-renal: as causas da insuficiência renal são classificadas como pós-renais quando se originam após os rins, por
exemplo, uma obstrução no trato urinário.
A insuficiência renal aguda pode apresentar diversos sintomas, entretanto, é preciso ficar atento, pois muitos desses
sintomas podem ser mascarados pela doença que desencadeou a insuficiência renal aguda.
Entre os sintomas da insuficiência renal aguda, podemos citar febre, dor lombar, dificuldade para urinar, além de outras
manifestações que podem ocorrer, por exemplo, no sistema digestório, como náuseas e vômitos; no sistema imunológico,
como a imunodepressão; e no sistema nervoso, como convulsões e coma.
O diagnóstico é realizado por meio da análise clínica dos sinais e sintomas, além da realização de exames laboratoriais,
como exames de sangue e urina, exames de imagem, como ultrassonografias com doppler, e biópsia renal, quando for
necessária.
A insuficiência renal crônica em sua fase inicial é assintomática, podendo levar muito tempo a ser diagnosticada. Em sua
fase mais avançada, o doente pode apresentar alterações sistêmicas, afetando, assim, todo o organismo. Dessa forma,
sintomas como alterações ósseas, cardíacas, entre outros, poderão ocorrer.
A insuficiência renal crônica pode ser dividida em seis fases, como pode-se observar a seguir:
Fase de função renal normal sem lesão renal – estão incluídos indivíduos que estão no chamado grupo de risco,
ou seja, apresentam os fatores de risco citados no tópico anterior, como indivíduos hipertensos e diabéticos, no
entanto, ainda não apresentam lesões renais.
Fase de lesão com função renal normal – essa fase é caracterizada pelo início das lesões, mas sem alteração na
filtração glomerular. A taxa de filtração glomerular encontra-se acima de 90 ml/min/1,73m2.
Fase de insuficiência renal funcional ou leve – essa fase da insuficiência renal crônica é caracterizada pelo início
da perda da função renal e só pode ser detectada com exames específicos. A taxa de filtração glomerular encontra-
se entre 60 e 89 ml/min/1,73m2.
Fase de insuficiência renal laboratorial ou moderada – essa fase é caracterizada por alterações nos níveis de
ureia e creatinina, entretanto, o paciente apresenta-se bem. A taxa de filtração glomerular encontra-se entre 30 e 59
ml/min/1,73m2.
Fase de insuficiência renal clínica ou severa – essa fase é caracterizada pelo aparecimento de sintomas de
uremia, ou seja, do aumento de ureia no sangue. Entre esses sintomas podemos citar a hipertensão arterial,
fraqueza, mal-estar, anemia, náuseas e vômitos, entre outros. A taxa de filtração glomerular encontra-se entre 15 e
29 ml/min/1,73m2.
Fase terminal de insuficiência renal crônica – essa fase caracteriza-se pelo grande comprometimento renal, em
que os rins já não conseguem realizar suas funções e o organismo encontra-se bastante afetado. Nessa fase, os
tratamentos recomendados são os dialíticos ou o transplante renal. A taxa de filtração glomerular encontra-se inferior
a 15 ml/min/1,73m2.
O tratamento dialítico é recomendado, principalmente, para pacientes que corram risco de morte.
É importante destacar que o transplante renal é recomendado para pacientes com insuficiência renal irreversível e tem
apresentado excelentes resultados, melhorando a sobrevida dos pacientes.