A doença renal crônica consiste em uma lesão renal, com perda
progressiva e irreversível da função dos rins não conseguindo manter a normalidade do meio interno do paciente, e entre as principais causas da insuficiência renal crônica estão a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. Os rins exercem uma função vital, na medida em que são responsáveis pela eliminação de toxinas e pela regulação do volume de líquidos e filtragem do sangue. (GODOY, NETO e RIBEIRO, 2005)
Algumas destas doenças, como hipertensão arterial, diabetes melittus e
insuficiência cardíaca, predispõem à doença renal no idoso. Uma pessoa com idade média de 80 anos tem sua função renal reduzida pela metade e, se acometida por uma patologia crônica não-transmissível, que pode prejudicar ainda mais a função renal, a incapacidade de manter a homeostasia interna do organismo é o resultado final de múltiplos sinais decorrentes da insuficiência renal. Os primeiros sinais e sintomas causam impactos, pois, muitas vezes, manifestam as complicações da doença, fazendo surgir certas incapacidades e/ou limitações que levam o idoso a procurar suporte social para investigar o problema detectado (KUSUMOTA, RODRIGUES e MARQUES, 2004)
Na insuficiência renal crônica, os sintomas manifestam-se
lentamente. Contudo, no estágio inicial, os efeitos sobre o estado geral de saúde são assintomáticos. Com o progresso da doença, ou seja, à medida que a insuficiência renal avança e ocorre acúmulo de substâncias no sangue, o indivíduo apresenta sintomas de fadiga, cansaço fácil, espasmos musculares e câimbras, anemia, retenção de líquidos no corpo, redução do volume de urina, falta de ar, inchaço, hipertensão, falta de apetite, náusea, vômitos, coma e confusão
mental (GODOY, NETO e RIBEIRO, 2005).
A avaliação laboratorial da função renal é um dos mais antigos desafios
da medicina laboratorial, os exames laboratoriais que avaliam a função renal tentam estimar a taxa de glomerular, definida como o volume plasmático de uma substancia que pode ser completamente filtrada pelos rins em uma determinada unidade de tempo. (SODRÉ; COSTA; COSTA e LIMA, 2007).
Uréia e Creatinina
A relação entre a uréia e a creatinina sanguínea pode ser útil Entre os
principais exemplos de relação uréia: creatinina, poderíamos citar: desidratação, insuficiência cardíaca congestiva, estados febris prolongados e uso inadequado de diureticoterapia venosa, condições relativamente frequentes na prática clínica diária. O isolamento da uréia em 1773 marcou o início dos esforços para quantificar funcionalmente o rim. Em 1903, o nitrogênio uréico sanguíneo foi utilizado pela primeira vez como teste diagnóstico clínico da função renal. A uréia é o principal metabolito nitrogenado derivado da degradação de proteínas pelo organismo, sendo eliminado 90% pelos rins, o restante da uréia é eliminada basicamente pelo trato gastrointestinal e pela pele. A mudança significativa dos valores plasmáticos da uréia tem relação a função renal. A Creatinina é derivada principalmente do metabolismo da creatina muscular e a sua produção é diretamente proporcional à massa muscular. o nível sérico da Creatinina depende da idade, sexo, do estado nutricional. Adicionalmente, o nível sérico de creatinina pode se elevar na vigência de alguns medicamentos, como, por exemplo, trimetoprim e cimetidina. (SODRÉ; COSTA; COSTA e LIMA, 2007).