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1. Definição
O termo engloba um espectro de processos fisiopatológicos associados à função renal
anormal e ao declínio progressivo da taxa de filtração glomerular;
Segundo estudos, nos Estados Unidos, no mínimo 6% da população adulta tem DRC em
estágios 1 e 2, e 4,5% tem DRC nos estágios 3 e 4.
No Brasil, cerca de dez milhões de pessoas têm alguma disfunção renal. A prevalência de
doença renal crônica é de 50/100.000 habitantes, inferior ao que é visto nos Estados Unidos
(110/100.000) e no Japão (205/100.000), o que sugere que seja uma doença
subdiagnosticada no nosso meio.
As principais causas de perda da função renal no nosso meio são a hipertensão arterial
(35% das causas), diabetes mellitus (28,5%) seguidas das glomerulonefrites (11,5%).
Por fim, essas adaptações de curto prazo (hiperfiltração e hipertrofia) para manter a TFG
tornam-se mal-adaptativas à medida que a pressão e o fluxo sanguíneo aumentados dentro
do néfron predispõem à distorção da arquitetura dos glomérulos, função anormal dos
podócitos e rompimento da barreira de filtração, levando à esclerose e à destruição dos
néfrons remanescentes.
- Metabolismo da vitamina D:
Na natureza, a vitamina D pode ser obtida de duas formas - ingestão ou síntese endógena
induzida por luz solar na pele.
Há vários mecanismos através dos quais a 1,25(OH)2 D fica reduzida durante o curso de
DRC, como a diminuição de substrato pela redução na taxa de filtração glomerular (TFG),
que limita o fornecimento de 25(OH)D para a enzima 1-α-hidroxilase no túbulo renal
proximal.
- Metabolismo do cálcio
4. Diagnósticos diferenciais:
ICC, hipertensão não controlada, deficiências vitamínicas, neoplasia, cirrose.
5. Abordagem diagnóstica:
Quadro clínico + exames laboratoriais, que devem enfatizar a busca por indícios de um
processo patológico desencadeante ou agravante subjacente, bem como a avaliação do
grau de disfunção renal e suas consequências.
Em pacientes com DRC para os quais a biópsia renal é indicada (p. ex., suspeita de
processo concomitante ou superposto em atividade, como nefrite intersticial, ou nos casos
de perda acelerada da TFG), o tempo de sangramento precisa ser determinado e, se estiver
aumentado, deve-se administrar desmopressina imediatamente antes do procedimento.
Um ciclo breve de hemodiálise (sem heparina) também pode ser considerado antes da
biópsia renal para normalizar o tempo de sangramento.
É contraindicada:
- Nos pacientes com rins pequenos bilateralmente
- hipertensão descontrolada
- infecção urinária em atividade
- diátese hemorrágica (inclusive sob tratamento anticoagulante)
- obesidade grave.
6. Conduta terapêutica:
- Tratamento das causas específicas de DRC (dieta de restrição de Ca, P e Na (menos de
2g de Na por dia), tratamento da dislipidemia, cessação de tabagismo, tratamento e controle
da hipertensão, restrição proteica a partir do estágio 4…);
- Imunizações: hepatite A, B; varicela; influenza.
- Reduzir a progressão da DRC:
● Redução da hipertensão intraglomerular e da proteinúria:
Vários estudos controlados demonstraram que os inibidores de ECA e BRAs são efetivos
para retardar a progressão da insuficiência renal em pacientes que estão nos estágios
avançados da DRC, seja diabética ou não diabética.
Essa efetividade se deve, em grande parte, aos efeitos desses agentes sobre a
vasodilatação eferente e o subsequente declínio da hipertensão glomerular.