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Definição e classificação
Historia de transplante renal - o fato de ter transplante não significa que está curado, continua sendo um doente renal crônico,
mesmo sendo a melhor terapia.
é um paciente que precisa de acompanhamento, de medicamentos, tomar imunossupressores
Estágios
Exames de imagem
São especialmente importantes para analisar a presença de obstrução do trato urinário, cálculos renais, cistos ou massas renais,
patência de artérias e veias renais com análise de fluxo sanguíneo, presença de refluxo vesicoureteral ou bexiga neurogênica. Os
exames mais comumente utilizados são ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e
cintilografia.
A presença de aumento da ecogenicidade, redução da espessura cortical e do tamanho renal e perda da relação corticomedular
são compatíveis com nefropatia parenquimatosa crônica. A presença de múltiplos cistos renais bilaterais aponta para o diagnóstico
de doença renal policística autossômica dominante, o que é um diagnóstico importante, pois pode estar associada a cistos
hepáticos e aneurismas cerebrais, além de acometer outros membros da família.
São alterações
rins policíticos
hidronefrose
Epidemio e fisiopatologia
Sintomas se manifestam quando já existe uma perda importante da função renal
Fatores de susceptibilidade predispõem à DRC, enquanto fatores iniciadores provocam diretamente lesão renal. Os fatores de
progressão (relação com perda de néfrons e sobrecarga dos remanescentes, levando a perda de função renal e fibrose) estão
associados com a piora da lesão renal preexistente. Os fatores de risco são ainda subdivididos em modificáveis (HAS,
albuminúria e doença cardiovascular, SRAA, Obesidade, dislipidemia, tabagsimo) e não modificáveis (idade, genero, raça,
genética e perda de massa renal). Os fatores de susceptibilidade incluem predisposição genética e familiar, raça (negra),
fatores materno-fetais (desnutrição intrauterina, baixo peso ao nascer), idade avançada, gênero masculino.
Etiologia
DM é a principal causa
HAS é a principal causa no Brasil 32,2% dos casos seguida de DM, dados de 2010.
outras causas:
Obesidade - semelhança entre a doença renal relacionada a obesidade e secundária a DM (precoce da doença renal). Além
de vários mecanismos imunológicos e cascata inflamatória prejudicam e são risco para DRC. Obesidade pode estar
independente associada ao risco de desenvolver doença renal crônica.
GRSF e glomerulopatia relacionada à obesidade ambos associadaos a proteinúria foram descritas em pacientes com
obesidade grave - a glomerulopatia relacionada à obesidade pode ser reversível com a perda de peso.
Tem risco aumentado de nefrolitíase - se for infecção de repetição pode ter lesão renal
Até o IIIA pede-se os exames anuais, a partir disso as complicações aparecem com mais frequência como hipovitaminose,
potássio aumentado, anemia;
Devido à perda de néfrons secundária ao dano renal crônico, os néfrons remanescentes são
sobrecarregados e hiperfiltram na tentativa de compensar os néfrons perdidos e preservar a função
renal. No entanto, essa sobrecarga dos néfrons leva à lesão renal progressiva. A progressão da DRC
está associada a mudanças estruturais renais caracterizadas por fibrose tubulointersticial,
glomeruloesclerose e esclerose vascular. Embora a lesão predomine em um dos compartimentos
renais inicialmente (glomerular, tubular, intersticial ou vascular), com a progressão da doença renal
crônica, a fibrose, habitualmente, afeta todos os componentes estruturais renais.
Caracterizado pela retenção de metabólitos nitrogenados tóxicos na corrente sanguínea, que levam ao aparecimento se
sintomas específicos - relacionado à fraqueza, anorexia, vômitos e cefaleia.
Alterações decorrentes da função deficiente dos néfrons: distúrbios eletrolíticos, alterações hormonais, entre outros
Anemia normocítica e normocrômica pode estar associada à redução do clearance de creatinina. A anemia começa a ser vista
na DRC a partir do estágio 3 (clearance de 30mL/min a 59mL/min) e é quase universal nos estágios 4 e 5 (clearance
<30mL/min).
VO
Sulfato ferroso - 1cp 40mg três vezes ao dia, nos intervalos de refeição
Melhor se acompanhado de agua ou suco de frutas (cuidar no DRC avançado por conta do nível de potássio que pode levar a
hipercalemia)
Efeitos colaterais diarreia, dor epigástrica, náuseas, vômitos, fezes escuras. ADM contínua: constipação
ENDOVENOSO
1. Estágios 3 a 5
3. Reservas adequadas de ferro - pois precisa de substrato para que faça efeito
A medicação é alfapoetina
EFEITOS COLATERAIS: hipertensão arterial de difícil controle, aplasia pura da série eritroide (Raro). Cuidar em pacientes com
neoplasia!!
1.50-100 UI/kg, via SC, divididas em uma a três aplicações por semana
HEMODIÁLISE
1.50-100 UI/kg, via SC, divididas em uma a três aplicações por semana
A resposta ao tratamento deve ser acompanhada por meio de dosagens de hemoglobina a cada 2 semanas até a estabilização
dos seus níveis, e após cada ajuste de dose. Quando houver nível de hemoglobina estável após duas medidas consecutivas, a
frequência de aferição pode ser mensal.
Pode fazer qualquer uma dessas opções; na pratica 4mil UI é o que acontece; geralmente pede 3 ampolas e divide em 3 vezes
por semanas, melhorou mantém, chega no alvo mantém, e se passou do alvo reduz menos vezes na semanas, de acordo com o
exame do paciente
Suspender também é arriscado, pois muitas vezes ao suspender em curto período de tempo diminui muito a meta, por conta disso
reduzir a dose é bem mais indicado. Na prática fica fazendo em um mês as medidas de hemoglobina, a não ser que esteja bem
descompensado faz a coleta mais vezes, para confirmar se não está caindo ainda mais a hemoglobina.
Está associada a eventos cardiovasculares
Sintomas que se relacionam com a incapacidade do rim de realizar funções básicas, mas também muitas manifestações são da
doença de base como DM, HAS, etc.
Alvo HB entre 10-12 (mais ou menos 11,5g/dL) pois acima disso tem risco de eventos cardio e AVC, TROMBOSE DE ACESSO
VASCULAR
Estima-se que a mortalidade cardiovascular seja de 10 a 100x maior em pacientes com DRC estágio 5.
Origem multifatorial
Idade: Envelhecimento leva a: Arterioescerose, HVE, Disfunção diastólica, Alterações valvares, Fibrose do sistema de
condução, entre outros.
HAS -> 80% dos pacientes com DRC possuem hipertensão arterial (NHANES) (como causa ou consequência). Comum HAS
isolada
Dislipidemia -> Gatilho para resposta inflamatória e o estresse oxidativo com formação de placa aterosclerótica. Atividade
anti-inflamatória do HDL é defeituoso em meio urêmico.
Desnutrição
Alteração do metabolismo mineral ósseo: Risco de morte súbita quando PTH > 495pg/ml
Estresse oxidativo -> Uremia é um estado pró-oxidante, resultando na redução de sistemas anti-oxidantes.
Costuma associar-se à hipertensão e tem múltiplas causas, como o excesso de angiotensina II, aldosterona, catecolaminas,
endotelina, a própria hipertensão, anemia, aterosclerose acelerada. A presença de HVE é um marcador de risco para infarto, AVC
e evolução para ICC.
Ateroesclerose
Arteriosclerose
Calcificação vascular
Hiperfosfatemia - medicação quelante é o carbonato de cálcio, muitas vezes doses altas, predispõem à calcificação vascular.
HAS
Espironolactona é um antagonista - Associada a proteínuria mas são poupares de potássio podendo aumentar a proteína
PREVENÇÃO RENAL COM IECA/ BRA
Menor progressão pra albumiúria quando usa o verapamil ou usa sozinho no caso de DM hipertenso sem ND pelo estudo
benedict. Com menor progressão de albuminúria.
Dada a evidência disponível, os inibidores da ECA ou ARBs parecem proporcionar renoproteção preferencial em
pacientes com nefropatia diabética.
Diabetes tipo 2 e doenças renais avançadas provavelmente progredirão implacavelmente para a doença renal em fase
final, apesar do tratamento com inibidores da ECA ou ARB, embora mais devagar.
Quando o pct começa perder a função renal, principalmente se menor a 30, se suspende o IECA OU BRA ou se mantém?
Antigamente suspendia para tentar recuperar um pouco da função renal ou reduzir hipercalemia. Alguns estudos viram que com o
tratamento continuado a sobrevivência era bem maior mesmo com o clearence menor que 30; Manter melhora a sobrevida do que
quando tirava. Aí deve-se monitorar a creatinina sérica e potássio assim como faz quando muda a dose) - se o potássio tiver bom
e não há queda de creatinina pode aumentar ou continuar na dose que tolerou
Na hipercalemia rever todas as medicações (como poupadores de potássio que induzem hipercalemia e controlar ingesta de
potássio) pode ver resinas de troca para reduzir potássio (não tão comum na pratica ambulatorial)
Se não consegue reduzir - ver para reduzir a dose ou interromper o uso de IECA ou BRA
Tratamento e evoluções
Quando chega no estagio IV:
Lei permite que em estagio V com clearence baixo que faça o transplante com doador vivo antes de iniciar qualquer uma dessas
modalidades.
Diálise peritoneal
Cateter no abd que alcança a cavidade abdominal; é infundida solução especial glicosada dentro do abd, o que serve de
dialisador nesse caso é a membrana peritoneal que faz a troca com esse líquido - geralmente terapias que vão de 6 a 10
horas feitas em casa - cateteres fixos e conectados a cada sessão - geralmente faz dormindo.
Tem várias máquinas conectadas a bolsinhas deixando tempo de permanência conforme indicado depois conecta a bolsinha
pra descartar
Transplante renal
Doador vivo
ABO
PRA
Cross-Match
Exame - painel de 0 a 100% (teoria de anticorpos se 100 quer dizer que rejeita todos os anticorpos e 0 não rejeitaria nenhum)
Tem aqueles que muito debilitados optam não dialisar, bem como a escolha do pct em estagio V por exemplo.