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AULA 05: DOENÇA

INFLAMATÓRIA INTESTINAL
Ana Beatriz Galgaro 2023/2
Quanto mais rico o país maior a incidência de e prevalência de doenças
inflamatórias intestinais. (DII)
São consideradas em populações mais desenvolvidas, com um bum no século XXI
Dois fenótipos - Doença de Crohn e retocolite ulcerativa - inflamações de origem
autoimune.

sem causa esclarecida

incapacitantes

evoluem com episódios de crise e remissão

RETOCOLITE ULCERATIVA

Inflamação de mucosa do colo - superficial que não adentra demais camadas

Mucosa muitas vezes destruída

atinge mais região anal para parte proximal do intestino - colite esquerda,
pancolite, mas a maioria tem o reto atingido

Se torna mais rara conforme proximal

DOENÇA DE CROHN

Transmural

Atinge da boca ao intestino

Úlcera aftoide - branco, halo avermelhado

Características

Atinge principalmente a região ileocecal comprometida em 70%; 10%


comprometido o reto

Assimetria no mesmo cólon - descontínua. Uma parede sadia e outra


comprometida, por exemplo, pode acontecer

Manifestações extra intestinais

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Dermatológicas - eritema nodoso e piodermia gangrenoso

Reumatológicas - artrite periférica e espondilite

Oculares - conjuntivite, uveíte e episclerite

Hepatobiliares

Urológicos

Osteoporose secundária

Cada vez mais se vê como uma doença sistêmica

Etiopatogênese
Doença multifatorial - predisposição genética, resposta imune inadequada,
alterações da microbiota intestinal e desencadeadores ambientais.

Dificuldade na produção de citocinas inflamatórias, não param de ser produzidas

Pessoas de países mais desenvolvidos tem mais predisposição por falta de


contato com patógenos bem como comida industrializada são desencadeadores
ambientais.

Epidemiologia

Descrita em 1932, na década de 80 surgiram estudos na américa do sul;

A cada mil pessoa, 1 tempo DII

Prevalência subindo e incidência estabilizada - a maioria dos países com


maiores incidências e prevalência não são tropicais

Não encontrou relação dos pct medicados para DII se morriam mais durante a
pandemia do covid, biológicos tiveram até um sinal protetor.

QUADRO CLÍNICO

Difícil, pelo quadro clínico ser bem semelhante

RCU
CROHN

Doença fistulizante perianal - não aparece na RCU

ileocecal mais afetada - dor na fossa ilíaca direita - em casos clássicos que são
a minoria

Exames complementares

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1. Exames laboratoriais - hemograma

a. Anemia - gasto de energia absurda, perda de glóbulos vermelhos

b. Glóbulos brancos - aumentados na fase aguda. Uso de corticoides


aumentam; AZA 6MP diminuem

c. Plaquetopenia - em fase ativa, nunca abaixo para provocar sangramento

d. VHS (VSG) - Inespecifico, pouco usado

e. PCR - Marcador de fase agudo, mas do mesmo jeito que aumetna cai muito
rapiod por ação de vida curta

Marcadores em desuso

p-ANCA → marcador para RCU - 60 a 75% terão positivo, mas o restante não

ASCA → Crohn - 60 a 80% tem positivo, mas o restante tem negativo, além do
falso positivo

1. Radiológicos

a. Alteração de tomo em crohn, RM

b. Enterorressonância - ver espessura da parede

c. USG - baixo custo, tem que saber fazer

2. Endoscopia

a. grande maioria concede o dg por conta das lesões típicas

3. Histopatológicos

a. precisa encontrar granuloma para dg histológico de Crohn

4. Marcadores fecais

a. Proteínas derivadas de neutrófilos - lactoferrina e calprotectina

b. Marcador de dg diferencial - pode controlar os pct diagnosticados evitando


colonoscopias

c. Não tem cobertura pelo SUS

d. Doenças do colon tem maior reação com a calprotectina e ao grau de


inflamação do que extensão (pancolite muitas vezes tem dados menores
que uma inflamação de retocolite esquerda).

e. Não é DG de doença inflamatória, mas um marcador, pode estar baixo num


paciente que está em remissão, portanto serve para monitorar.

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Nenhum isolado realiza o dg, pois mesmo do dg outros tipos de colite mimetiza
doença inflamatória.
TRATAMENTO

Salicilatos

Mesalazina

Glicocorticoides - usado em fase aguda

Deflazacort

Antibióticos

Ciprofloxacino

Imunossupressores

Azatioprina

Assim o tratamento mais atual é

Remicade - bloqueio de citocina TNF

1 ampola a cada 20kg - cada dose muito caro

Anticorpo antifator de TNF

Aumentada na DII

Remicade (infiximabe) - anticorpo que bloqueia essa citocina - 75%


humano e cuidar com reação alérgica

Adalimumabe (Humira) - 4mil em media cada ampola; 100% humano


diminuindo reações alérgicas

Em torno de 80% tem melhora.


Tratamento clínico outros

Biológicos e pequenas moléculas

Quais o sus fornece, tanto para Crohn quanto para RCU, sob comprovação da
doença e se o tratamento convencional falhar.

Convencional - antibiótico, glicorticóide, aminossalicilatos, imunossupressores

anti-integrinas - bloqueia integrina e proíbe que o leucócito chegue ate o


intestino - vetolisumabe (entiveo).

Anticorpos que bloqueiam citocinas pró-inflamatórias

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Pequenas moléculas - drogas VO

Começa com o convencional e se não faz efeito, usa biológicos. Ou começar


descalonando, com top down, e diminuir para o convencional.
Comportamento x tempo de droga

janela de oportunidade - de 2 a 5 anos de dg

quando inicia possui muita inflamação - cicatrização e fibrose ao longo do tempo


e ao longo do tempo aumento, que se trata com cirurgia e não com drogas. Elas
funcionam na inflamação, pct com 10 anos de doença tem bem menos resposta
aos medicamentos.

Por que novas drogas?

33% não respondedores primários

20% perda de resposta secundária ao ano - ao longo dos anos diminui o efeito,
como desenvolver anticorpos antidroga em infiximabe

neoplasias - anti TNF, por exemplo, como também não pode ser usado em
infecção

Decisão do tratamento

corticoides - rápido, bom fase aguda → ruim ao longo prazo

Imunossupressor - bom, barato → lento para iniciar a ação, no mínimo 6 meses para
parar de utilizar corticoides na fase crônica

Biológico - rápido, boom → Caro

Cirurgia

necessária em uma parcela significativa da população

cirurgias abdominias é um desafio por conta da inflamação devido a gravidade


da doença e fatores associados

Colite - metade dos pacientes submetido nos 10 anos primeiros - proctolectomia


total com bolsa ileal - canal anal ligado ao

Crohn - necessita de pelo menos uma cirurgia ao longo da vida - fazer a menor
possível pois ela não é curativa

mais feitas:

Enteroplastia curta - tira a estenose se ressecar a alça, nem sempre é possível,


mas pode ser reslvida em estenose pura. Curtas, longas ou médias (Finney,

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Jaboulay - desenvolve outros problemas)

Anastomoses ileo-cecal, anastomose latero-lateral

Colectomia - ileostomia; paciente com muita fibrose e doença antiga, paciente


com muitos tratamento com biológicos e trocas que não funcionaram.

Biológico aumenta pouco os riscos de interferir em crohn e não interfere na RCU.


Manejo de DC descoberta como achado de apendicectomia - conduta no capitulo de
livro do Abel

Até 2019 biológico só pra Crohn - agora há outras liberações

tratado de coloprocto - atheneu

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