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Aortopatias
Ana Beatriz Galgaro 2023/2
A aorta começa onde tem a válvula aórtica

ANEURISMAS
Dilatações acima de 50% do diâmetro pois tem relação com o peso corpóreo

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Os aneurismas são a segunda doença mais frequente da aorta, seguindo a doença aterosclerótica.

Cerca de 5% dos homens acima dos 65 anossão portadores de aneurismas de aorta abdominal - faz parte USG abd
Pacientes portadores de aneurisma de aorta são cosnidetados de alto risco CV - aorta abdominal se relaciona com aterosclerose; toracico pode se
relacionar com falta de colágeno
OS ANEURISMAS DA AORTA ASCENDENTE GERALMENTE ESTÃO ASSOCIADOS À DEGENERAÇÃO CÍSTICA DA CAMADA
MÉDIA, JA OS AAA ESTÃO ASSOCIADOS A ATEROSCLEROSE.

Os aneurismas de aorta abdominais (AAAs) são mais frequentes e relacionados à aterosclerose. Idade é um importante fator de risco. A
maioria dos aneurismas de aorta abdominal é infrarrenal

Os aneurismas de aorta torácicos (AATs) são menos frequentes. Relacionados a uma aorta bicúspide ou síndromes genéticas como Marfan

Os AATs mais comuns são os de aorta ascendente (60%) seguidos pelos que envolvem a aorta descendente (30%), e os menos frequentes são
os de arco aórtico e toracoabdominais (10%)

A divisão anatômica é importante, pois os AATs diferem em etiologia e tratamento

Inúmeros fatores de risco:

hipertensão

Disturbios do tecido conectivo

De doença abdominal o que predispoem a aterosclerose


Fatores de risco

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Classificação

Fusiformes: dilatação circunferencial e delgada

Saculares: dilatação focalizada da parede arterial com maior risco de ruptura

Verdadeiros: envolve as 3 camadas do vaso

Falsos/ pseudoaneurismas: defeito arterial focal com uma coleção de sangue contida pela camada adventícia ou pelo tecido periarterial

Podem ser classificados de acordo com sua localização com as artérias renais:

Suprarrenal: acima e abaixo dos vasos renais simultaneamente

Pararrenal: englobam a emergência dos vasos renais

Justarrenais: abaixo da emergência dos vasos renais

Infrarrenal: segmento isolado abaixo da eminência das artérias renais

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Quadro clínico

Aneurisma quando doi ja está exacerbado, prestes a romper.


AAA

Maioria assintomáticos > achados incidentais de exames de imagem.

Pode ser notada uma massa pulsátil abdominal, dolorosa ou indolor, com ou sem sopro associado

Em pacientes mais jovens (< 50 anos), tendem a ser mais sintomáticos -> desconforto abdominal em hipogástrio ou lombar

Quando tem sintomas há dor no hipogastro, podendo durar horas ou dias.

O surgimento súbito de dor intensa ou piora aguda de dor preexistente é sinal de rotura iminente.

Massa palpável ao exame físico.

Quando sintomáticas, provocam complicações vasculares (embolias, insuficiência aórtica com insuficiência cardíaca secundária) ou efeito
de massa local (disfagia, dispneia, tosse e síndrome de veia cava superior)

Dor torácica pode significar rotura

AAT

Se for mais proximal pode prejudicar a valvula aortica, achado de sopro de insuficiencia aortica ou com sintomas de ICC por conta da valvula
deficiente

Geralmente assintomáticos - 40% achados incidentais.

Aneurisma de raiz de aorta pode levar a IAo e ICC.

Grandes aneurismas podem gerar compressão (vias aéreas e esôfago).

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A dor pode indicar a presença de síndrome aórtica aguda.

DIAGNÓSTICO
Exames de imagem

RX entra geralmente acidental, vai ver uma coisa e descobre um torax alargado por exemplo. Pois o RX indica geralmente quando se está
exacerbado.

1. USG DE ABDOME: Bom para triagem, sensibilidade e especificidade alta, baixo risco, acessível em grande parte das cidades

2. ANGIOTOMOGRAFIA DE AORTA ABDOMINAL: Alta sensibilidade e especificidade, permite avaliar melhor o tamanho, extensão e
acometimento de ramos, usa radiação e contraste, custo mais elevado, não tão acessível

3. ANGIO RM: Muito semelhante a ANGIO TC]

4. ANGIOGRAFIA: Era mais utilizada no passado, tem sido substituída pelos métodos de imagem mais modernos

5. RX TÓRAX: Bom para uma avaliação inicial de AAT

6. ECO TE: Avalia aorta e valva aórtica, avalia ponto de dissecção, pode ser à beira leito. Boa sensibilidade/especificidade

TRATAMENTO

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Evitar rotura é a principal meta do tratamento

Controle dos habitos de vida, principalmente cessar tabagismo

Controle rígido da HAS e fa hipercolesterolemia

A cada centimetro que aumenta as chances de rotura também aumentam


Todos os pacientes com indicação de abordagem do AAA devem passar por uma avaliação cardiológica rigorosa.

Tratamento endovascular é preferencial - cirurgia aberta é a segunda opção

AAA

Todos os SINTOMÁTICOS.

Homens com diâmetro maior ou igual a


55mm.

Mulheres com diâmetro maior ou igual a


50mm.

Taxa de crescimento maior ou igual


0,5mm/ano.

AAT

Todos os sintomáticos.

Ascendente ou arco >=55mm.

Taxa de crescimento >=3mm/ano.

Descendente >=55mm (6mm se for cir. Aberta).

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Valvopatia concomitante >=45mm.

Marfan, Vão bicúspide, Sd. Genéticas tem pontos de cortes específicos.

Tratamentos endovasculares vão desde prótese para ampliar a luz do vasoe vitando o fluxo na parte dilatada; cirurgias de aorta proximal em endo
é mais dificil pela quantidade de vasos, portanto de aorta proximal é comum a cirurgia bental de bono.

SEGUIMENTO

Aneurisma de aorta abdominal

< 2,6cm: não é recomendada triagem adicional

Entre 2,6 – 2,9cm: reexaminar em 5 anos

Entre 3,0 – 3,4cm: reexaminar em 3 anos

Entre 3,5 – 4,4cm: reexaminar em 12 meses

Entre 4,5 – 5,4cm: reexaminar em 6 meses

Síndromes aórticas agudas

As SAA são definidas como emergências médicas.

Dor de dissecção é lacinante, diferente da dor do infarto e pode levar até a síncope, com relatos que a dor irradia

Hematoma - rutura de vasa vasorum

Ocorrem quando há laceração ou úlcera na camada íntima, permitindo a passagem de sangue para a camada média, ou quando rompe a vasa
vasorum, causando sangramento na camada média

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Inclui as DISSECÇÕES AÓRTICAS (DA), HEMATOMAS INTRAMURARIS (HIM), ÚLCERAS ATEROSCLERÓTICAS PENETRANTES
(UAP) e LESÕES TRAUMÁTICAS DA AÓRTA (LTA)
Úlcera aterosclerótica penetrante - repleta de aterosclerose, formando hematomas e pode evoluir para dissecção

Podem ser agudas com menos de 14 dias ou subagudas 14-90 dias e crônicas maior que 90 dias;
Dissecção aórtica
É a ruptura da camada íntima com delaminação da camada média pelo sangue → separação de suas camadas

Ocorre uma rotura, por fragilidade do tecido conjuntivo, e o sangue começa entrar nessa camada média
Formação de um falso lúmen repleto de sangue
Em alguns casos, a dissecção começa com a rotura do vaso vasorum, dentro da camada média, formando o hematoma intramural

Sem tratamento, a mortalidade é elevada: 25% em 24 horas, 50% em uma semana e 75% em 30 dias
Após um ano, 90% dos pacientes vão a óbito caso não sejam tratados

65% das dissecções têm início na aorta ascendente, 20%, na descendente, 10%, no arco e 5%, na aorta abdominal

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Classificação de Stanford

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Dissecção aórtica - tipo A

A - só porção ascendente - trata cirurgico principalmente

Pode ter oclusão de cartoida, comprimindo baro e causando sincope; bem como pode ocorrer com a coronária; num mecanismo de espiral, a
luz falsa nao tem fluxo.

quando disseca retira toda estrutura do folheto do vaso

Dor torácica severa e aguda em 80-90% dos casos, característica lacerante, com irradiação para dorso, pescoço e braços.

15% dos casos há síncope.

Sinais de baixo débito cardíaco.

Assimetria de pulso em até 50%.

Novo sopro diastólico em foco aórtico.

IAM/isquemia

Dissecção aórtica - tipo B


B - porção descendente - trata endovascular, tratamento clínico principalmente

Mesmos sintomas respeitando o território abdominal

Dor lancinante com início em região precordial ou dorsal e que migra em sentido caudal a medida que a dissecção progride.

Assimetria de pulsos (entre MMSS e MMII).

Claudicação.

Má perfusão MMII.

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IR aguda - se ocluir a arteria renal

Paraplegia em até 5% (comprometimento da cir. Medular).

HIM: Considerado o precursor da dissecção.

UAP: Ulceração de placas ateroscleróticas, dor torácica semelhante a dissecção.

Quadro clínico

Dor torácica: dor intensa, início súbito, com irradiação retroesternal ou dorsal (interescapular)

Enquanto está dissecando tende a ser pulsátil, acompanhada de náuseas, vômitos

Pico doloroso no começo → diferencia da dor anginosa que tem a dor de forma progressiva

Se a dissecação se estende para uma das subclávias → assimetrias de pulsos radiais

Se dissecação se estende para as carótidas → fluxo insuficiente → síncope

Diagnóstico

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75% dos casos se relaciona com hipertensão
Suspeita de dissecção - dosagem de d-dimero

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Anamnese objetiva e rápida

ECG e enzimas cardíacas (CK- troponina)

Ecocardiografia transesofagica

Esôfago fica em íntimo contato com toda aorta descendente

Tomografia computadorizada

Luz falsa em vermelho

RX de tórax → se suspeita de dissecção de aorta deve se pedir RX → normalmente é secundário a aneurisma

Mediastino bem alargado

TRATAMENTO

Principal evitar a propagação

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Diminuir batimentos e PA - primeira coisa é diminuir FC e DEPOIS a PA, por conta do b bloqueador ja diminuir a pressão junto com diminuir
batimento.
As SAA que envolvem o segmento ascendente são EMERGÊNCIAS MÉDICAS e devem ser encaminhadas para a cirurgia IMEDIATAMENTE.

AAB tratamento clinico e observa se continua dissecando, observando se ainda há dor; conservadora em geral, porque tem um prognostico
melhor, a não ser que comprometa algum órgão ou membro

ANALGESIA: Sulfato de morfina - reduz a liberação de catecolaminas em reposta a dor.

BETA BLOQUEADORES: Manter a FC em torno de 60bpm. Captopril demora para agir, por isso se faz endovenoso, qualquer medicação
para rapido controle.

ANTI- HAS: Após atingir a FC alvo, se a PA ficar elevada, manter a PAS 100-120mmHg. Boa escolha inicial é Nitroprussiato EV.

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