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Mallu Cerutti
ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL
Aneurisma: dilatação > 50% do diâmetro inicial (> 3cm de diâmetro)
Se menor que isso, chamamos de ectasia!
Classificação:
Anatomia:
Fusiforme- mais comum
Sacular
Etiologia:
Degenerativo (aterosclerose)
Classificação:
Tipo I (infra-renais): mais comum, há um pedaço de segmento livre de aneurisma abaixo das
renais
Tipo II (justa-renal): se forma imediatamente após a emergência das renais
Tipo III (pararrenais): englobam a emergência das renais
Tipo IV (toracoabdominal): acima e abaixo da emergência das renais
Fatores de risco:
Tabagismo (8:1)
Sexo masculino
Idade avançada, raça branca, história familiar
Hipercolesterolemia, HAS, DPOC
Fatores de Proteção:
DM, sexo feminino, raça negra
Clínica:
Assintomático
Massa pulsátil em linha média
Dor abdominal vaga e inespecífica
Diagnóstico:
USG: avalia diâmetro transversal e longitudinal do aneurisma, bom para rastreio,
diagnóstico e seguimento! Não avalia a ruptura em 50% dos casos
TC ou angio-TC: delineamento preciso do aneurisma e diâmetro do lúmen, vê a
relação com vasos renais e ilíacos, avalia trombos e calcificações
Angio-RNM: a vantagem é ausência de radiação e não usa contraste iodado! Não
identifica calcificações
Arteriografia: avalia a relação com outros vasos. Não identifica trombo! É invasiva!
Mas é o padrão ouro!
Tratamento clínico:
Seguimento USG
Suspender o tabagismo MAIS IMPORTANTE! Evita a expansão do aneurisma!
Controle de HAS e dislipidemia reduz o risco cardiovascular, mas NÃO a taxa de expansão!
Reparo aberto:
Colocação de prótese no local do aneurisma
Complicações: IAM e IRA
Reparo endovascular:
É o mais feito ultimamente, punciona a artéria femoral e colocação de endopróteses! É
preferível se muitas comorbidades ou risco cirúrgico aumentado, mas para isso, a anatomia
deve ser favorável (livre 1,5 cm das renais e 2,0 cm das ilíacas), o pós operatório imediato é
melhor, pois é menos invasivo! O resultado a médio e a longo prazo é semelhante a via aberta
Complicações:
Sitio de punção: sangramento, hematoma, pseudoaneurisma
ENDOLEAK: principal causa de falha na abordagem endovascular. Vazamento de
sangue entre a prótese e o local do aneurisma
Tipo I: falha na vedação proximal (A) ou distal (B) – fazer tto cirúrgico de imediato
Tipo II: mais comum! Enchimento retrogrado (volta sangue)- tto com embolização
apenas se dilatação do saco aneurismático!
Tipo III: falha de 1 componente ou na vedação entre eles – tto imediato!
Tipo IV: vazamento pelos poros da prótese, é autolimitado, resolve após o fim da
anticoagulação
Tipo V: diltação na ausência de vazamento visível, acumulo de ultrafiltrado,
autolimitado, resolve após fim da anticoagulação
Para prova: saber que o II é o mais comum e o I e III precisam de tto imediato!
Fatores de risco:
Tabagismo (8:1)
Sexo feminino
Diâmetro inicial > 5,5 ou crescimento rápido (o comprimento não tem nada a ver)
HAS, transplante renal ou cardíaco, VEF 1 reduzido
Aneurisma sacular
Clínica:
Tem duas situações:
Vai romper e sangrar
Vai romper e ser tamponado pelos tecidos adjacentes
Tríade clássica: massa pulsátil + dor abdominal + hipotensão (presente em 1/3 dos casos)
Diagnóstico:
Se estável angio-TC
Tratamento:
Intervenção imediata
Estável e anatomia favorável abordagem endovascular
Instável passar balão intra-aórtico para ocluir aorta e parar o sangramento
reposição volêmica avaliar a anatomia, se favorável fazer endovascular, se não,
aberta!
Fatores de risco:
HAS (70%)
Aterosclerose (30%)
Uso de cocaína e crack
Atividade física extenuante
Doença do tecido conjuntivo (MARFAN, Ehlers-Danlos)
Valva aórtica biscúspide, coartação da aorda, SD de Turner
Gestação
Classificação:
STANFORD
A acometimento da aorta Ascendente e pode ou não pegar a descendente (+ comum)
B não acomete a aorta ascendente, apenas descente
DeBakey
Tipo I origem na ascendente e se estende por toda aorta
Tipo II limitada a aorta ascendente
Tipo III origem distal a subclávia E podendo ou não se estender para aorta abdominal
TIPO III A: não ultrapassa tronco celíaco
TIPO III B: ultrapassa tronco celíaco
Clínica:
DOR!
A: dor torácica, náusea e sudorese (angina)
B: dor na região dorsal ou toracodorsal menos intensa
Diagnóstico:
Arteriografia: padrão ouro, mas menos utilizada devido ser invasivo
Eco trans-torácico
Tratamento:
Suporte em terapia intensiva + analgésico opioide
Controle da FC e PAS manter FC < 60 e PAS < 120
Fazer betabloqueador (labetalol IV)
Se não resolver a FC e PA fazer nitroprussiato de sódio
STANDFORD A
Tratamento cirúrgico IMEDIATO risco de tamponamento cardíaco e ruptura de aorta
STANDFORD B
Se estável, fazer terapia medicamentosa
Cirurgia se:
Dor persistente ou dilatação aneurismática da aorta
Isquemia de órgãos
Propagação distal
Dissecção retrógrada até aorta ascendente
Fatores de risco:
Aterosclerose: tabagismo, hipercolesterolemia, HAS, DM, hiper-homocisteinemia e raça negra
Clínica:
Claudicação intermitente: dor na panturrilha após alguns minutos de caminhada que
alivia após 2-5 min de repouso
Síndrome de LERICHE: oclusão bilateral ao nível do segmento aórtico-ilíaco. Os
sintomas são claudicação na panturrilha, coxa e nádegas e história de impotência
Isquemia crítica: dor em repouso
Úlcera insquêmica: nas pontas dos dedos, extremidades
Pele seca, brilhante, sem pelos
Pulso diminuído em MMII
Diagnóstico:
História + fatores de risco + exame físico
Antio-TC e angiografia:
Avaliação pré-operatória, ver progressão da lesão
Angiografia é padrão ouro, mas pouco feita!
Tratamento:
Medidas gerais: interromper tabagismo, controlar DM, estatinas ( LDH <100-70),
antiagregantes plaquetários (reduz eventos cerebrovasculares), controle da PA (pode agravar
clínica se muito baixa)
Intervenção/revascularização:
Sintomas significativos mesmo com as medidas conservadoras
Isquemia ameaçadora: isquemia crítica, dor ao repouso, úlcera que não cicatriza
Endovascular: angioplastia +/- stent
Revascularização (by-pass): fazer uma ponte
Amputação: terapia de exceção
OCLUSÃO ARTERIAL DOS MMII
Causas:
Embolia: Embolo desprendeu e gerou obstrução, deve ter uma fonte emboligênica,
como por exemplo, coração com FA
Locais mais comuns: bifurcação femoral > bifurcação ilíacas > aorta > poplítea
Tende a ser catastrófica com quadro mais exuberante
Clínica: 6 P’s
Pain (dor)
Palidez
Pulselessness (ausência de pulso) (a presença do pulso não exclui)
Parestesia
Paralisia
Poiquilotermia
Tratamento e classificação:
Proteção térmica: envolver o membro com algodão ortopédico
Heparinização sempre