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1.

Seu Cardozo é um senhor, negro, de 70 anos de idade, tabagista,


hipertenso e obeso grau II que foi a unidade básica de saúde com
hematúria macroscópica, massa palpável em flanco esquerdo. Foi
solicitado uma tomografia com contraste, seguido por biópsia percutânea
da massa renal guiada por ultrassonografia. Diante da principal suspeita
diagnóstica, responda qual a alternativa certa:Opção única.

! Dentre as neoplasias malignas renais, as lesões primárias são as mais comuns,


especialmente o tipo Carcinoma de Células Renais que representa cerca de 80%
dos cânceres neste órgão. Dentre os subtipos, o mais comum é o carcinoma de
células claras e o de pior prognóstico é o do ducto coletor, embora este seja o mais
raro.

! O diagnóstico diferencial de massas renais envolve cistos renais, neoplasias


benignas (adenoma, angiomiolipoma, oncocitoma) e lesões inflamatórias (ex.:
abscesso e pielonefrite). As metástases de outros tumores primários não entram no
diagnóstico diferencial.

! Na tomografia de abdome com contraste evidencia lesão expansiva sólida


heterogênea sem captação ao meio de contraste, mesmo na fase nefrogênica. Essa
característica é a marca radiológica do carcinoma de células claras.

! A tríade clássica do carcinoma de células renais (hematúria, dor e massa


palpável em flanco) está presente na maioria dos casos.

! Em relação ao tratamento do CCR, para o estágio I, II e III, a terapia clássica é


a nefrectomia radical que consiste na ressecção “em bloco” do rim e da fáscia de
Gerota associado a quimioterapia e radioterapia, uma vez que eles são quimio e
radiossensíveis.

2.Em pacientes com aterosclerose arterial cerebrovascular extracraniana,


advoga-se, independentemente do tratamento cirúrgico, uma terapêutica
clínica ampla, a chamada best medical therapy (terapêutica médica ideal).
Qual das medidas a seguir não faz parte dessa terapêutica?Opção única.

! Uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina;

! Uso de digitálicos

! Uso de antiagregantes plaquetários;

! Uso de estatinas;

! Controle pressórico rigoroso com múltiplos medicamentos, se necessário

3.Uma senhora de 77 anos de idade vai pela primeira vez a um cirurgião


vascular. Ela é hipertensa, diabética, tabagista e foi submetida a
angioplastia coronária há 7 anos. Relata que tem que parar de deambular
em decorrência de dor em queimação na panturrilha esquerda a cada 80
metros aproximadamente. Nega queixas semelhantes no membro
contralateral. Ao exame físico, apresenta ausência de pulsos poplíteo e
distais em membro inferior esquerdo e ausência de pulsos femoral e
distais no membro inferior direito. Não há lesões tróficas. Em relação à
conduta, nesse caso, é correto afirmar:Opção única.

! Essa paciente deve ser internada e submetida a uma arteriografia, e se essa


confirmar oclusão aortoilíaca direita, é preciso submetê-la a um enxerto
aortobifemoral;

! Essa paciente deve ser submetida a um enxerto femorofemoral cruzado, uma


vez que apresenta pulso femoral no membro inferior esquerdo e ausência no
direito;
! Essa paciente deve ser submetida a aquecimento passivo e anticoagulação
plena;

! Deve ser inicialmente instituído tratamento clínico com estímulo à


deambulação, antiagregação plaquetária e interrupção do tabagismo;

! Essa paciente deve ser internada e submetida a uma arteriografia, e se essa


confirmar oclusão da artéria femoral esquerda, submetê-la a um enxerto
femoropoplíteo;

4.As tromboses venosas profundas (TVP) de membros inferiores são


divididas em proximal e distal. Essa divisão tem importância prática, em
decorrência das diferenças de evolução desses casos, dependendo do
segmento venoso acometido pela trombose. Em relação a essas diferenças,
assinale a alternativa correta: Opção única.

! A probabilidade de ocorrer uma embolia pulmonar grave é igual nas TVP


proximais e distais;

! Praticamente todas as TVP distais evoluem para proximal se não instituída


qualquer terapêutica;

! As TVP distais acarretam síndrome pós-trombótica mais frequentemente que as


TVP proximais;

! O risco de recorrência de TVP, se não adequadamente tratada, é maior nas TVP


proximais (TVP que acomete poplítea e/ou femoral e/ou ilíaca) do que nas TVP
distais (veias abaixo da veia poplítea);

! Os quadros de síndrome pós-trombótica nas TVP distais tendem a ser mais


grave do que nas proximais

5.São lesões que devem ser reconhecidas na avaliação primária devido ao


risco iminente de morte, exceto:Opção única.

! Pneumotórax aberto

! Hemotórax maciço

! Pneumotórax hipertensivo

! Contusão cardíaca

! Tórax instável com contusão pulmonar

6.Homem de 34 anos é vítima de trauma abdominal fechado de grande


impacto. Após a realização do algoritmo do ATLS, observou-se à
ultrassonografia FAST, líquido livre na cavidade peritoneal em moderada
quantidade. O paciente continua hemodinamicamente instável, mesmo
após reposição volêmica adequada. Nestas circunstâncias, a próxima
conduta é:Opção única.

! Aguardar a evolução com monitoramento invasivo do paciente

! Realizar nova ultrassonografia para melhor investigar a causa da instabilidade

! Realizar ressonância magnética para caracterização do líquido cavitário

! Realizar punção abdominal para caracterização do líquido cavitário

! Indicar laparotomia exploradora considerando a relação custo/benefício (taxa


de sobrevida)
7.As mortes evitáveis precoces, decorrentes do comprometimento pós-
traumático da via aérea, são comumente devidas às seguintes causas,
exceto:Opção única.

! Falha em identificar a necessidade de restabelecer a permeabilidade da via


aérea

! Incapacidade de restabelecer a permeabilidade da via aérea

! Deslocamento de dispositivos de permeabilização de via aérea

! Falha em reconhecer a necessidade de ventilação

! Instalação de colar cervical dificultando abertura da via aérea.

8.Jovem do sexo masculino, 18 anos, sofreu atropelamento e o grupo de


resgate informa ao único médico de plantão que houve amputação
traumática da perna direita e o paciente encontra-se inconsciente e em
choque hipovolêmico. O primeiro procedimento no atendimento inicial
neste caso é:Opção única.

! Compressão do membro com compressa estéril

! Punção da veia periférica com cateter calibroso e curto

! Permeabilização das vias aéreas e intubação do paciente

! Permeabilização das vias aéreas, porém não há necessidade de intubação

! Realizar Rx de tórax e do membro amputado para avaliar possível reimplante

9.Sobre o traumatismo cranioencefálico responda a assertiva


correta:Opção única.

! O hematoma subdural ocorre por ruptura de veias em ponte com frequência


inferior a 30% por trauma do osso tempora;

! O hematoma epidural ocorre por ruptura de aneurismas cerebral durante o


traumatismo;

! A ruptura da artéria meníngea média ocorre em menos de 10% dos casos de


traumatismo intracraniano podendo ocorrer o intervalo lúcido como manifestação
clínica e hematoma epidural como manifestação radiológica;

! O hematoma subdural apresenta formato biconvexo e o epidural em crescente

10.Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que são, na maioria dos


casos, patologias de conduta clínica e cirúrgica, respectivamente:Opção
única.

! Aneurisma sacular de aorta infrarrenal de 4,4 cm e fusiforme de aorta torácica


de 4,8 cm;

! Aneurisma fusiforme de aorta toracoabdominal de 5,2 cm com episódios de


tromboembolismo distal; dissecção aórtica tipo B de 3,9 cm sem complicações;

! Dissecção aórtica tipo B de 4,2 cm sem complicações; aneurisma fusiforme de


aorta infrarrenal com crescimento de 1 cm no último mês;

! Dissecção aórtica tipo A aguda com 6,1 cm; aneurisma fusiforme de artéria
ilíaca comum de 1,9 cm;
! Aneurisma micótico de aorta infrarrenal de 4,7 cm; aneurisma fusiforme de
aorta abdominal de 4,8 cm assintomático.

11.Paciente 20 anos sofreu acidente automobilístico. O resgate demorou


duas horas para retirá-lo do carro. Chegou imobilizado em prancha longa,
com colar cervical, com fraturas fechadas de tíbia e fíbula esquerdas
imobilizadas; recebendo oxigênio (5L/min) e 500mL de soro fisiológico IV.
Queixa-se de muita dor, principalmente à movimentação ativa ou passiva
do pé esquerdo. Exame físico: perna esquerda edemaciada, tensa e com
pulsos distais reduzidos. A conduta prioritária é:Opção única.

! Realizar arteriografia

! Elevar a perna para reduzir o edema

! Realizar fasciotomia

! Aumentar a perfusão de líquidos IV para melhorar a perfusão do membro


inferior esquerdo

! Aplicar tala gessada para imobilização

12.Paciente internado com quadro de pneumonia complicada com derrame


pleural direito. Realizada punção pleural que revelou tratar-se de empiema
e o paciente foi submetido à drenagem pleural. Após 1 semana de
drenagem, o paciente permaneceu com quadro de febre diária e a
radiografia de tórax manteve opacidade de seio costofrênico direito, porém
agora com alguns níveis hidroaéreos. Realizada tomografia de tórax que
revelou coleções septadas em cavidade pleural direita. Sobre o caso
responda qual a alternativa correta:Opção única.

! O derrame pleural parapneumônico é dividido basicamente em 02 fases:


Exsudativa e a organizacional (crônica);

! O isolamento de uma bactéria no espaço pleural não define um derrame


parapneumônico complicado ou empiema pleural.

! A melhor conduta para o caso seria a toracotomia com decorticação pleural;

! A melhor conduta para o caso acima seria nova toracocentese guiada por
imagem;

! A melhor conduta para o caso seria manter antibioticoterapia ampliada por


mais tempo;

13.Vítima de agressão por arma branca no 6º espaço intercostal esquerdo,


na linha hemiclavicular, chega à sala de emergência com pulso de 140bpm,
PA 60x30mmHg, FR 28irpm. Não há desvio da traquéia, o múrmurio
vesicular é simétrico bilateralmente. O quadro é compatível com
_____________ e a conduta deve ser________________. Qual opção
completa melhor as duas lacunas:Opção única.

! Pneumotórax hipertensivo / drenagem torácica fechada em selo d´água

! Lesão de artéria pulmonar esquerda / toracotomia esquerda

! Tamponamento cardíaco / drenagem pericárdica

! Hematoma retroesternal por lesão de vasos mamários internos / esternotomia

! Pneumotórax aberto / curativo oclusivo em três pontas + drenagem de tórax


14.Com relação à Lavagem Peritoneal Diagnóstica (LPD) deve ser realizada
na vigência das seguintes situações, exceto:Opção única.

! Modificações no estado de consciência – trauma cranioencefálico, intoxicação


por álcool, uso de drogas ilegais

! Sinais de irritação peritoneal difusa em paciente vítima de trauma abdominal

! Modificações na sensibilidade – lesões da medula

! Lesões de estruturas adjacentes – últimas costelas, pelve, coluna lombar

! Previsão de longa perda de contato com o doente – anestesia geral para


procedimentos extra abdominais, estudos radiológicos prolongados, como a
angiografia (em doentes hemodinamicamente normais ou não)

15.Paciente de 63 anos de idade, hipertensa e tabagista, procura o serviço


de emergência com dor intensa e contínua em mesogástrio há 12 horas. Ao
exame físico, apresenta pulso de 74 bpm e pressão arterial de 140 x 80
mmHg. Apresenta fácies de dor, massa pulsátil e dolorosa em mesogástrio.
Pulsos femorais palpáveis bilateralmente. Realizou angiotomografia, que
demonstrou aneurisma da aorta abdominal infrarrenal e descartou outras
afecções cirúrgicas abdominais. Exames laboratoriais se apresentaram
normais. Diante do caso clínico apresentado, assinale a alternativa que
apresenta a melhor conduta:Opção única.

! Prescrever analgesia adequada, manter a paciente em observação clínica por


72 horas e, havendo melhora da dor, realizar correção cirúrgica convencional ou
endovascular do aneurisma de aorta abdominal;

! Submeter a paciente a correção cirúrgica convencional ou endovascular do


aneurisma de aorta abdominal em caráter de urgência

! Prescrever analgesia adequada e, havendo melhora da dor, encaminhar a


paciente para acompanhamento ambulatorial com nova tomografia de controle em
3 meses;

! Submeter a paciente a arteriografia e, dependendo do seu resultado, decidir


sobre a conduta do caso;

! Prescrever analgesia adequada, manter a paciente em observação clínica por


72 horas e, havendo melhora da dor, realizar nova tomografia e controle da
evolução do quadro.

16.Sobre síndrome compartimental marque o errado:Opção única.

! Ausência de pulso distal é achado precoce frequente e havendo pulso distal


deve-se desconsiderar o diagnóstico de síndrome compartimental.

! Ocorre quando a pressão no compartimento ósteo-fascial do músculo é


suficiente para produzir isquemia e necrose subsequente.

! Retardo na realização de fasciotomia interfere na evolução da lesão renal e


pode resultar em mioglobinúria.

! São situações de alto risco: fraturas de tíbia e antebraço, lesões imobilizadas


com curativos ou aparelhos gessados apertados, queimaduras, exercício excessivo.

! Sinais e sintomas: dor mais intensa e desproporcional ao estímulo, edema


tenso d região afetada, assimetria dos compartimentos musculares e alteração da
sensibilidade.
17.Quais os principais fatores de risco do câncer de próstata?Opção única.

! idade, raça branca, histórico familiar, obesidade

! raça negra, idade, histórico familiar, tabagismo

! idade, raça negra, histórico familiar, obesidade

! idade, alcoolismo, obesidade, ingesta de carne vermelha

! tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, histórico familiar

18.Em relação ao câncer de pulmão:Opção única.

! Em pacientes não tabagistas, o tipo histológico de câncer de pulmão mais


comum é o adenocarcinoma;

! Homem, 65 anos, assintomático, tem diagnóstico de neoplasia de pulmão, não


de pequenas células, em lobo superior direito. Estadiamento de abdome e sistema
nervoso central é negativo para metástases. Tomografia de tórax: nódulo
paratraqueal esquerdo, medindo 1,7 cm. Não tem indicação de mediastinoscopia;

! Paciente masculino de 54 anos de idade, procura o pronto-socorro por edema


de face, associado à cefaleia e dispneia. Ao exame apresenta edema de face e
pescoço com dilatação venosa cervical associada à circulação colateral em parede
torácica, sem edema evidente de membros inferiores. O aneurisma de aorta
torácica é a condição mais comumente relacionada a esta condição do que o câncer
de pulmão;

! Paciente com câncer de pulmão que desenvolve sintomas de déficit motores e


sensitivos dos membros inferiores provavelmente tem síndrome de compressão
medular por implante metastático ósseo, não sendo considerado uma emergência
oncológica.

! Paciente, 43 anos, masculino, em tratamento quimioterápico para câncer de


pulmão de pequenas células, é trazido à emergência apresentando confusão mental
e sonolência, após um episódio convulsivo no domicílio. Familiar refere que paciente
estava queixando-se de náuseas, sentia-se fraco e estava menos ativo, há cerca de
15 dias. O exame neurológico não evidenciou déficits focais. A tomografia
computadorizada do crânio, realizada há menos de 30 dias, não evidenciava
metástases cerebrais. Neste caso o eletrólito que provavelmente deve estar
alterado é o potássio.

19.Qual das alternativas a seguir sobre a insuficiência venosa crônica


(IVC) está correta?Opção única.

! A insuficiência do sistema venoso superficial isolada pode ser causa de


úlcera venosa;

! Não há qualquer relação entre úlcera venosa e veias perfurantes


incompetentes;

! Não há correlação entre a disfunção da bomba muscular da panturrilha e a


gravidade da IVC;

! A anormalidade primária de parede e válvulas das veias é uma causa rara de


IVC;

! As alterações tróficas como hiperpigmentação, eczema e lipodermatoesclerose


são mais comuns em paciente com insuficiência arterial do que venosa;
20.Paciente masculino, 4 anos de idade, vítima de atropelamento, trazido
pela equipe do SAMU a emergência traumatologica, com quadro de dor
abdominal. Ao exame, apresenta-se irritado e choroso, taquicardico,
ausência de pulso periférico, pele fria e mosqueada, má perfusão
periférica. Glasgow 12. Débito urinário diminuído. Diante do paciente
acima, qual conduta seria a mais adequada.Opção única.

! Realização de FAST na sala de emergência e se evidenciado liquido livre na


cavidade, indicar laparotomia de imediato.

! Acesso venoso central, reposição com cristaloides em grande volume e


laparotomia exploradora, com reserva de sangue.

! Laparotomia exploradora de imediato, com solicitação de sangue, plasma e


plaquetas para o ato operatório, pois o paciente é gravíssimo.

! Reposição volêmica. Se estabilidade hemodinâmica atingida realizar tomografia


de abdome. Se não atingir estabilidade hemodinâmica realizar laparotomia
exploradora

! Estabelecer uma via aérea definitiva, acesso venoso periférico com transfusão
de concentrado de hemácias, monitorização hemodinâmica em UTI pediátrica.

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