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ASMA

Prof. Pedro Roriz


• VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1)
• CAPACIDADE VITAL FORÇADA
• Manifestações clínicas
•-
•-
•-
•-
Hiperresponsividade

Reversível
Etiologia
• Etiologia (fatores genéticos e ambientais)
• Atopia (rinite, dermatite atópica). Proteínas. Produção de IgE específicos;
• Asma intrínseca. IgE normal. 10%. Mais na fase adulta

• Fatores endógenos X Fatores ambientais X Fatores desencadeantes


• Tabagismo passivo
• Ambiente doméstico
• Infecções respiratória
Fatores desencadeantes
• Alergenos
• Infecções de vias aéreas superiores
• Exercício e hiperventilação
• Ar frio
• Fármacos (betabloq+ AAS)
• Estresse
• Irritantes (perfume, tintas,aerossóis)
• A inflamação
brônquica
constitui o mais
importante fator
fisiopatogênico
da asma.
UFRN - Residência Médica 2009 Prova Geral

Em relação aos aspectos fisiopatológicos da asma brônquica, é correto afirmar:

A) A causa da doença é de natureza exclusivamente hereditária.

B) A inflamação e a hiper-reatividade brônquica podem se agravar em pacientes fumantes.

C) A hiper-insuflação pulmonar aparece precocemente em pacientes jovens.

D) A ocorrência de broncoconstricção (broncoespasmo) alivia a dispnéia dos pacientes.


DIAGNÓSTICO CLÍNICO
São indicativos de asma:
• Um ou mais dos seguintes sintomas: dispnéia, tosse crônica,
sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à
noite ou nas primeiras horas da manhã

• Sintomas episódicos

• Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para


asma (broncodilatadores, antiinflamatórios esteróides)
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
• ESPIROMETRIA
• PICO DE FLUXO
EXPIRATÓRIO (PFE)
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
ESPIROMETRIA. São indicativos de asma:
• Redução do VEF1 (inferior a 80% do previsto) e da relação VEF1/CVF
(inferior a 75 em adultos e a 86 em crianças)

• Melhora significativamente após uso de broncodilatador (aumento do


VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e 200ml em valor absoluto, após
inalação de β2 de curta duração);

• Aumentos espontâneos do VEF1 no decorrer do tempo ou após uso de


corticosteróides (30 a 40mg/dia VO, por duas semanas) de 20%, excedendo
250ml
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
• PICO DO FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE)
• São indicativos de asma:
• • Diferença percentual média entre a maior de três medidas de PEF
efetuadas pela manhã e à noite com amplitude superior a 20% em
um período de duas a três semanas

• • Aumento de 20% nos adultos e de 30% nas crianças no PFE, 15


minutos após uso de β2 de curta duração
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL
TESTES ADICIONAIS
Demonstração de hiperresponsividade das vias aéreas:

• Teste de broncoprovocação com agentes broncoconstritores (metacolina,


histamina, carbacol)

• Teste de broncoprovocação por exercício demonstrando queda do VEF1


acima de 10% a 15%

Mas não se preocupe, isso não cai nas provas...


Vamos fazer...

PROVA DA RESIDÊNCIA MÉDICA – UFS – 2017

Para o diagnóstico funcional da Asma, utiliza-se parâmetros da espirometria, o pico de fluxo expiratório (PFE) e
testes adicionais. Marque a alternativa INCORRETA:

(A) Aumento de 20% nos adultos e de 30% nas crianças no PFE, 15 minutos após uso de β2 de curta duração.

(B) Teste de broncoprovocação por exercício demonstrando aumento do VEF1 acima de 10% a 15%.

(C) Redução do VEF1 (inferior a 80% do previsto) e da relação VEF1/CVF (inferior a 70% em adultos)

(D) Aumentos espontâneos do VEF1 no decorrer do tempo ou após uso de corticosteróides (30 a 40mg/dia VO,
por duas semanas) de 20%, excedendo 250ml.
DEFINIÇÃO
• Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por
hiperresponsividade (HR) das vias aéreas inferiores e por limitação
variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com
tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes
de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à
noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre
genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam
ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas
Nossa paciente...
• Paciente, sexo feminino, 35 anos, empresária de
sucesso do ramo de madeira e celulose, com história
de falta de ar episódica, em torno 1 vez ao mês,
chegando a procurar a emergência em cada
episódio. Relaciona a falta de ar a exposição a
fumaça da fábrica que gerencia. Faz uso esporádico
de bombinha inalatória (Aerolin) quando sentia falta
de ar.

• AP- tinha história de rinite e várias idas a emergência


na infância para nebulizar.
• HV- nega etilismo ou tabagismo.
• IS- medo de altura
COFF
COFF!!!!

• G – Gatilhos diurnos (>2x na


sem)
• I – Inalações (>2x na sem)
• N –Noite perturbada
• A – Atividade limitada
Opções terapêuticas
• CI (corticóide inalatório em várias
dosagens)
• Agonistas beta 2 (LABA /SABA)
• Antagonistas dos receptores de
leucotrienos (montelucaste)
• Anticolinérgico de longa ação (tiotrópio)
• Omalizumabe. É um anticorpo monoclonal
humanizado anti-IgE.
• Mepolizumabe e Benralizumabe - inibe a
IL-5
• Corticóide oral
CORTICÓIDE
ORAL

LABA LABA

LABA CI DOSE CI DOSE


CI DOSE BAIXA CI DOSE BAIXA ALTA ALTA
BETA 2 AGONISTA DE AÇÃO CURTA CONFORME A NECESSIDADE PARA ALÍVIO DE SINTOMAS
A base do tratamento é:

CI associado ou não a um LABA( β2-agonista


de longa duração).
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES – UFRN
Jovem de 25 anos de idade, portador de asma brônquica e rinite alérgica, em uso
irregular de corticóide inalatório (CI), a budesonida 200 mcg ao dia, vem se
queixando de tosse e dispneia, com despertares noturnos frequentes (2 x semana
), além de ter faltado ao trabalho durante dois dias na semana, pelo mesmo
motivo. A melhor conduta terapêutica para esse paciente é:

A) dose baixa de corticóide inalatório e teofilina de liberação lenta


B) associar dose alta de beta-agonista de ação prolongada aos antileucotrienos.
C) dose moderada ou alta de corticóide inalatório + beta-agonista de ação
prolongada.
D) associar corticóide oral em altas doses com beta-agonista de ação prolongada.
EDUCAÇÃO
• UTILIZAR AS MEDICAÇÕES DE
FORMA CORRETA
• HIGIENE AMBIENTAL
• RECONHECER O AGRAVAMENTO DA
DOENÇA
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS 2021
Paciente do sexo feminino, 36 anos, tem diagnóstico de asma desde os seis anos de
idade. Faz uso de dose alta de corticoide inalatório associado com broncodilatador
de longa duração (formoterol), anticolinérgico de longa ação e antileucotrienos.
Refere sintomas noturnos de dispneia e chiado no peito diariamente, uso de
medicações de resgate cerca de quatro vezes por semana. Tem IGE total: 562
UI/mL. Qual é a melhor conduta para essa paciente?

A)Indicar uso de omalizumabe.


B)Aumentar dose de corticoide inalatório.
C)Iniciar corticoide via oral.
D)Avaliar a aderência e o uso de técnica correta das medicações inalatórias.
Obrigado!
• Referências

• III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. J Pneumol 28(Supl 1) –


junho de 2002

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