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Asma e DPOC
grmfreitas@ucs.br
Asma
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia
e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012
§ Maior dificuldade para expirar, devido à redução do diâmetro dos brônquios. Pode
inspirar normalmente.
• Ciclo contínuo de
agressão e reparo
• Remodelamento
• Programas de asma
Barnes, Jonsson e Klim (1996); III Consenso Bras de Man. Asma-2002, GINA, Burgos 2002; THE INTERNATIONAL... 1998, NATIONAL HEART, LUNG....1992 ,
Barnes, 1996)
8
POR QUE atuar em Asma?
• Erros de medicação
9
Impacto da atuação do farmacêutico
Contribuir para o ↑ de conhecimentos
Desenvolvimento de habilidades no manejo de formas farmacêuticas
complexas
Melhora de resultados em saúde e de qualidade de vida dos
usuários
Pauley 1995; Knoel 1998; Tomson 1997 Cordina 2001; Herborg 2001; .McLean 2003.......
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RASTREAMENTO
• Teste de sintomas
• Peak flow
• Medida de altura/envergadura
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Asma
• Doença respiratória
inflamatória crônica
• Hiper-responsividade das
vias aéreas
• Sibilância recorrente
(chiados)
• Dispnéia
• Opressão torácica
• Tosse
Geralmente agrava a noite e no
início da manhã!!!
Sintomas que não indicam asma
Os gastos com asma grave consomem quase 25% da renda familiar dos
pacientes da classe menos favorecida.
OMS recomenda <5%.
Asma sem controle
Emoção, ansiedade
Clima frio e seco
Fármacos e conservantes: AINES,
Beta-bloqueadores não seletivos
ASMA - Gatilhos
• Antihipertensivos β-bloqueadores não seletivos: além dos receptores β1
bloqueiam receptores β2 adrenérgicos localizados nos alvéolos pulmonares,
favorecendo a broncoconstrição e crises de broncoespasmo. Ex: propanolol e
atenolol (doses > 50 mg/dia).
Testes:
Espirometria – antes e após uso de broncodilatador
Broncoprovocação
Medidas seriadas de Pico de Fluxo Expiratório (PFE)
Na Espirometria
(função pulmonar)
• O Aumento do Volume expiratório forçado (VEF1) na
resposta aos broncodilatadores indica reversibilidade
da obstrução
• Resultado positivo em um contexto clínico –
confirmação de diagnóstico
• Resultado negativo NÃO serve para descartar asma
Broncoprovocação
Demonstração da hiper-responsividade das vias aéreas.
Medida através da inalação de substâncias broncoconstritoras:
Metacolina
Cb l Carbacol
Histamina
Ou pelo teste de broncoprovocação por exercício.
RESULTADO NEGATIVO – exclui asma em indivíduos sintomáticos
Medidas seriadas do Pico de Fluxo Expiratório
● Reversibilidade da obstrução:
(1) aumento de pelo menos 15% no PFE após inalação de um
broncodilatador ou um curso de corticosteroide por via oral
ASMA – Métodos de identificação
• Registro da evolução do
paciente
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Classificação de gravidade
• Prevenir morte
ASMA - Classificação
TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO INICIAL
http://www.nature.com/nri/journal/v8/n3/full/nri2262.html
Beta-2 agonistas ASMA
Cromonas
Histamina
IgE
Leucotrienos Brônquio
Mastócito
Alérgeno
. ..Contração músculo liso
Macrófago
.. .. .
Eosinófilo
HRB
. .
IL-5
.. ..
.
.. . . . Antileucotrienos
Linfócito Th2
Parassimpaticolíticos – brometo de
ipratrópio, brometo de oxitrópio, brometo
de tiotróprio, atropina.
IMUNOMODULADORES
• Anti-IgE – omatizumabe
• Inibição da
broncoconstrição
induzida por
alérgeno.
ASMA – Tratamento Farmacológico
PCDT ASMA, 2013
Material suplementar
ASMA – Tratamento Farmacológico
1. Agonistas β-adrenérgicos
4. Antileucotrienos: montelucaste
Terapias Alternativas:
Terapias Alternativas:
Terapias Alternativas:
Ex: teofilina.
Terapias Alternativas:
Ex: omalizumabe.
Salbutamol + ipratrópio
ASMA – Farmacoterapia de alívio
• O uso crônico deve ser restrito aos casos mais graves, visto que as
reações adversas a longo prazo podem não superar os benefícios clínicos
obtidos no controle da asma.
ASMA – Classificação para tratamento
• Inicial
• Alívio + Manutenção
+
Tratamento por etapas - farmacoterapia
Diagnóstico
Controle de sintomas e fatores de risco
(inclusive função pulmonar)
Técnica de uso do inalador e adesão ao
tratamento
Preferência do paciente
Sintomas
Exacerbações
Medicamentos antiasmáticos
Efeitos colaterais
Estratégias não farmacológicas
Satisfação do paciente
Tratamento de fatores de risco modificáveis
Função pulmonar
ETAPA 5
ETAPA 4
ETAPA 3 Encami-nhar
ESCOLHA DO ETAPA 1 ETAPA 2 tratamento
TRATAMENTO adjuvante
DE CONTROLE Dose média/alta
PREFERIDO
p.ex., *Não se recomenda teofilina para
de CI/LABA anti-IgE crianças entre 6 e 11 anos de idade;
Dose baixa o tratamento preferido na Etapa 3 é
Dose baixa de CI CI+LTRA* dose média de CI
Outras Considerar dose Antileucotrienos (LTRA) Adicionar Tiotrópio Acrescentar dose **Para pacientes que estão usando
Dose média/alta CI Dose alta CI
opções tratamento baixa Dose baixa de teofilina* Dose baixa CI+LTRA baixa CO BDP/formoterol ou BUD/formoterol
+LTRA/teofilina
controle CI (ou + teofilina*) como terapia de manutenção e de
alívio
TRATAMENTO DE Beta 2 agonista de curta duração (SABA) se necessário SABA ou dose baixa
ALÍVIO
CI/formoterol**se necessário
§ Controle com baixa dose de CI isolado, duas vezes ao dia, a dose em uso
pode ser administrada uma vez ao dia.
§ Controle mantido por mais de um ano sob doses baixas de CI, pode-se
tentar a sua suspensão. Reavaliar periodicamente o paciente para verificar a
manutenção ou a perda do controle; entretanto, especialmente em adultos,
a maior parte dos pacientes tende a exigir a sua reintrodução no futuro.
Retornando....
• Controle é avaliado a cada retorno do paciente.
Enfisematoso
Bronquítico crônico
• DPOC - Estável
• Sintomas Expiração longa
• Tosse Crônica Lábios cerrados na expiração
• Produção de escarro (expectoração) Uso de músculos acessórios
• Dispneia (lenta e progressiva)
para respiração
• Exame físico
• Cianose de mucosa
• Tórax insuflado (em tonel)
• Taquipneia
DPOC - Etiologia
DPOC - Etiologia
DPOC - Epidemiologia
Am J Respir Crit Care Med 2007; 176:532-55.; Lancet 2006;367:1216-9; PLoS Med 2006;3:e442.
DPOC - Epidemiologia
GOLD, 2006.
DPOC - Tratamento
• Metas
• Não Farmacológico
• Cessação tabágica
• Reabilitação pulmonar
• Fisioterapia
• Imunização
• Influenza/Pneumococo
BRONCODILATADORES
Acão curta
Ação prolongada
Uso regular: não teve impacto clinicamente significativo na função pulmonar, sintomas ou capacidade de realizar
exercícios
DPOC - Tratamento
§ Anticolinérgicos
Bloqueiam ação da acetilcolina em receptores muscarínicos
§ Salbutamol x Ipratrópio
§ Melhora da função pulmonar foi semelhante
§ Efeitos adversos mínimos em doses comumente prescritas
(Chest 1994; 105:1411; Am J Med 1996; 100:11S.; Chest 1999; 115:635.)
§ Metilxantinas
• Aminofilina
• Teofilina
• Bamifilina (ação 12 horas)
(GOLD, 2014)
DPOC - Tratamento
§ Corticoides inalatórios
- Indicado para pacientes com VEF1 < 50% e com exacerbação no último ano que
necessitou de ATB ou corticoide oral.
- Relação dose-resposta e segurança a longo prazo: desconhecidas
- Tratamento regular: ↓ inflamação, melhora sintomas, função pulmonar, qualidade
de vida e ↓ frequência exacerbações DPOC moderada
- Associação com LABA+ eficaz que tratamento sozinho
Alternativa: teofilina
DPOC – Tratamento DPOC estável
Mais sintomático: sintomas moderados a severos (ter que andar mais devagar que outros
da mesma idade por sentir falta de ar, falta de ar mais severa).
1ª. Escolha:
Glicocorticoide inalado + LABA + anticol ação longa
Glicocorticoide inalado + LABA + inibidor fosfodiesterase-4
Anticolinérgico ação longa + LABA
Anticolinérgico ação longa + inibidor fosfodiesterase-4
Alternativas: carbocisteína, SABA e/ou anticolinérgico ação curta, teofilina. Considerar
tratamentos cirúrgicos + REABILITAÇÃO PULMONAR
A ᵦ-agonista de ação curta ou ᵦ-agonista de curta ação + anticolinérgico de teofilina
anticolinérgico de ação curta curta ou ᵦ- agonista de longa ação ou
anticolinérgico de longa ação
B ᵦ- agonista de longa ação ou ᵦ- agonista de longa ação+ anticolinérgico de ᵦ-agonista de curta ação ou anticolinérgico de
anticolinérgico de longa ação longa ação curta ação
Teofilina
C CI + ᵦ- agonista de longa ação ou ᵦ- agonista de longa ação+ anticolinérgico de ᵦ-agonista de curta ação e/ou anticolinérgico
anticolinérgico de longa ação longa ação de curta ação
Ou ᵦ- agonista de longa ação+ inibidor de
PDE4 ou anticolinérgico de longa ação+ teofilina
inibidor de PDE4
• Exacerbação - DPOC
• Sintomas
• Aumenta o escarro
Diminui tolerância ao exercício
• Escarro purulento ▫ Exame físico
• Piora da dispneia
• Aperto no peito Febre
• Maior uso de broncodil. Sibilos que dificultam a ausculta
• Fadiga
• Tórax hiperinsuflado ▫ Testes diagnósticos
• Taquipneia Cultura para Gram +
• Cianose
• Uso da musculatura acessória RX- Tórax
• Respiração com lábios semicerrados
DPOC – Causas exacerbação
• Metas
• Prevenir hospitalização
• Reduzir tempo de internamento
• Prevenir insuficiência respiratória aguda
• Resolver sintomas de exacerbação
• Reestabelecer status clínico basal e de QV
• Evitar morte
DPOC – Tratamento exacerbação
• Não Farmacológico
• Terapia de oxigênio controlado (manter SpO2 90-92%)
• Cessação do tabagismo
• Fisioterapia respiratória
• Broncodilatador:
inalação tem eficácia igual
à nebulização. Os β-agonistas
também devem aumentar o
clearance mucociliar.
LABA não devem ser usados
para alívio imediato dos
sintomas.
DPOC – Tratamento exacerbação
• Corticoides: VO ou IV. Se optado por terapia IV, mudar para terapia VO após melhora do
status pulmonar. Se continuar por mais de 14 dias, a dose deverá ser reduzida para evitar
supressão axial hipotalâmica-pituitária-adrenal.
DPOC – Tratamento exacerbação
• Ventilação mecânica não invasiva: não apropriada para pacientes com status mental
alterado, acidose severa, instabilidade cardiovascular.
PONTOS CRÍTICOS
Comunicação Interpessoal
Fonte: BURGOS F. Terapia Inhalada Sin Educación, Un Fracaso Anunciado. Arch Bronconeumol 2002;38(7):297-9.
CESSAÇÃO TABÁGICA
Por que o tabagismo é importante?
Nunca é tarde para deixar o cigarro
A primeira habilidade clínica do farmacêutico nesta área é saber
analisar o grau de dependência à nicotina do paciente
teste de
dependência
à nicotina
de fagerström
TESTE DE DEPENDÊNCIA À NICOTINA DE FAGERSTRÖM
Após 60 minutos 0
Fumantes que são mais dependen-
tes geralmente fumam considera- ( ) Sim 1
velmente mais durante o início do 3. Você fuma mais frequentemente nas
dia, de modo a aumentar rapi- primeiras horas após acordar do que
damente os níveis de nicotina e durante o resto do dia?
( ) Não 0
inverter a privação de nicotina, que
ocorre durante o sono
( ) O primeiro do dia 1
4. qual cigarro do dia você considera
Geralmente fumantes que tem que seja o mais difícil de parar?
problemas com o primeiro cigarro ( ) Outros 0
5 Dependência moderada
Pacientes com pontuação de 6
ou mais são interpretados como 6-7 Dependência alta
tendo alta dependência da nicoti- 8-10 Dependência muito alta
na. Isto está associado a sintomas
mais graves de abstinência, gran-
de dificuldade para parar de fumar
e possivelmente necessidade de
maiores doses de medicamento.
Síndrome de Abstinência
Humor
disfórico ou
deprimido
Dificuldade
de Insônia
concentração
Ansiedade Irritabilidade
Ganho de
Inquietação
peso
Os estágios para parar de fumar...
Pré-
contemplação
RECAÍDA
Manutenção Contemplação
Ação Preparação
5 Rs para incentivar o paciente a parar de fumar
PRODUTOS NATURAIS
TERAPIAS COMPLEMENTARES
SUPORTE E ACOMPANHAMENTO
Duas linhas principais de tratamento farmacológico
Avaliar
Dependência Nicotínica
Bupropiona
Terapia de Reposição de Nicotina (TRN)
Evitar se: Eplepsia, anorexia/bulimia, ou doença TRN combinada
Evitar se: Infarto recente, arritmia grave ou angina instável
hepática grave
TRN combinada
Interrupção ou continuaidade do
tratamento devem ser individualizados
Interrupção ou continuação
do tratamento devem ser
individualizados
CONTRA INDICAÇÕES FORMAIS
a - hipersensibilidade conhecida a qualquer
dos componentes da fórmula;
b - doenças dermatológicas que impeçam a
aplicação do adesivo; c - pacientes que
estejam no período de 15 dias após episódio
de infarto agudo do miocárdio;
d - gestação;
e - amamentação.
Goma de mascar de Nicotina
§ Iniciar o tratamento com o uso de 10 a 12 tabletes por dia, não
ultrapassando 15 ao dia
Recomenda-se “mastigar e parar”: A goma deve ser mastigada com força algumas
vezes, até sentir formigamento, ou o sabor da nicotina.
Após, voltar a mastigar com força e repetir a operação por 30 minutos, quando deve-
se jogar fora a goma de mascar.
+ ou
O uso de uma formulação de longa ação e um produto de reposição de nicotina de curta ação é preconizado como
abordagem inicial na terapia combinada. O adesivo de nicotina, neste caso, funciona para controlar os sintomas ba-
sais de abstinência de nicotina, enquanto a adição de uma formulação de curta ação ajuda a controlar a fissura e
sintomas de abstinência durante o dia, se necessário. Este regime é chamado de “adesivo plus”. A escolha do
Bupropiona
Aumenta a liberação de noradrenalina e dopamina no SNC
Exemplo:
Deve ser iniciada uma semana antes da data alvo para a cessação
A dose recomendada é de 150 mg/dia (8h da manhã), durante três dias, seguida
de 150 mg duas vezes por dia depois disso (8h da manhã e 16h da tarde)
VARENICLINA
VARENICLINA VARENICICLINA
1 mg 2X/dia
0,5 mg/dia 0,5 mg 2X/dia
Até completar
3 dias 4 dias
12 semanas
Vareniclina
Terapia farmacológica de 2ª linha
“ASSIST” “ARRANGE”
(AJUDE) (ORGANIZE)
Organizando o atendimento
Pergunte
Você fuma?
SIM NÃO
Aconselhe Pergunte
Alguma vez fumou?
Avalie Avalie
Ajude Ajude
Organize o
acompanhamento
Como gerencias as recaídas
Falta de apoio para a Agendar visitas ou telefonemas de acompanhamento
cessação Ajude o paciente a identificar fontes de apoio dentro de seu ambiente
Encaminhar paciente para outros profissionais, como psicólogo, se possível
Humor deprimido Se significativo, encaminhar paciente para avaliação e prescrição de medicamentos
adequados
• http://www.jornaldepneumologia.co
m.br/pdf/suple_200_70_38_complet
o_versao_corrigida_04-09-12.pdf
• http://portalarquivos.saude.gov.br/i
mages/pdf/2014/abril/02/pcdt-asma-
livro-2013.pdf
• http://www.incor.usp.br/sites/incor2
013/videos/asma-dpoc/
• grmfreitas@ucs.br