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Doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperrresponsividade das vias aéreas inferiores e
limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se
por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, sensação opressiva e tosse, particularmente à
noite e pela manhã ao despertar.
O número mundial de casos aumentou nas últimas
décadas (fato provavelmente associado à
urbanização crescente)
Fatores de risco:
Atopia: é o principal e mais identificável
fator. ATENÇÃO nem todo atópico é asmático, e nem todos os asmáticos são atópicos.
Poluição
Tabagismo
Obesidade e agentes infecciosos controverso
Exposição ocupacional
Mecanismo fisiopatológico
O mecanismo báscio é a inflamação crônica das VA inferiores.
Quais partes são afetadas? Desde traqueia até bronquíolos, poupando os alveolos.
Fatores desencadeantes dos episódios de crise asmática atividade física, exposição a
alérgenos, mudanças climáticas, agentes químicos, fármacos, stress emocional.
Eventos que se observam na parede brônquica hipersecreção da mucosa e tampão de
moco, broncoespasmo, hipertrofia de glândulas.
O que explica a gênese da resposta é o predomínio de Th2 nos pacientes asmáticos responsável de
“inflamação alérgica” característica liberação de broncoconstritores (histamina, leucotrienos,
prostaglandinas e bradicina)
1. Proliferação de mastócitos
2. Produção de IgE por linfócitos B
3. Recrutamento de eosinófilos
Quando não é instituído tratamento ocorre o
“remodelamento brônquico” desnudamento
epitelial, edema da mucosa e acúmulo de muco,
espessamento da membrana basal,
hipertrofia/hiperplasia das
glândulas submucosas e da camada muscular e,
fundamentalmente, infiltrado inflamatório com
predomínio de eosinófilos.
História clínica
Classicamente, a asma se manifesta com episódios
limitados de DISPNEIA, TOSSE e SIBILÂNCIA – a tríade clássica – indivíduos com esta tríade
tem asma brônquica até que se prove o contrário.
Sensação de aperto no peito ou desconforto torácico
Geralmente o paciente refere algum fator desencadeante
I. BRONCODILATADORES
Beta-2 Agonistas Adrenérgicos
São usados para o alívio rápido dos sintomas, bem como no tratamento auxiliar para
controle de longo prazo da asma relaxam o musculo liso da parede
No grupo de broncodilatadores são os preferidos
Mecanismo de ação:
Se ligam como agonistas diretos em receptores beta-2 adrenérgicos, acoplados à proteína
G, no musculo liso bronquial (ativa a via do AMP cíclico) relaxa o musculo e diminui a
resistência ao fluxo de ar.
Efeitos adversos
Taquicardia, hiperglicemia, hipopotassemia e hipomagnesemia, são minimizados quando
os fármacos são administrados por inalação, porém, em doses maiores podem favorecer o
aparecimento destes sintomas.
Esses fármacos podem causar tremores dos músculos esqueléticos mediados por β2
Antagonistas colinérgicos
Bloqueiam a contração dos músculos lisos das vias aéreas e a secreção de muco mediadas pelo
vago
Mecanismo de ação
Se unem como antagonistas aos receptores muscarínicos M1 e M3, bloqueando a ação da
acetilcolina (broncoconstritora e aumenta as secreções também)
São menos eficazes como broncodilatadores do que os beta-2-adrenérgicos
o Ação curta (4 a 6h) Ipratrópio
o Ação longa (24h) Tiotrópio (antes restrito para pacientes com DPOC, agora
pode ser utilizado em pacientes com asma de controle clínico difícil)
São usados em pacientes com asma não controlada, que não respondem às terapias de
primeira linha.
Efeitos adversos
Sabor amargo e boca seca são os mais frequentes e significativos
Pode precipitar glaucoma em pacientes de idade avançada
Pode produzir hiperrreatividade de rebote na interrupção do uso
Sulfato de magnésio
É útil como broncodilatador na asma aguda grave quando já não houve resposta às
terapias de resgate, reduzindo as concentrações da Ca+ citosólicas
Pode ser usado IV como nebulizado
Se tem observado que as concentrações de magnésio no soro e no eritrócito de pessoas
asmáticas são menores, porém com o uso não existe relação com a melhoria e o nível
sérico.
Estudos têm mostrado que células musculares lisas contraem em ambiente de
hipomagnesemia e relaxam quando há hipermagnesemia
Agentes imunobiológicos
I. Anticorpo monoclonal anti-IgE (Omalizumabe)
É um anticorpo monoclonal recombinante humanizado específico anti-IgE.
Sua principal característica é inibir a ligação da IgE com o seu receptor de alta afinidade,
além de ocasionar inibição da broncoconstrição induzida por alérgeno tanto na fase
precoce quanto na fase tardia da inflamação, levando à diminuição da hiperresponsividade
das vias aéreas
Indicado a pacientes maiores de 6 anos, com asma de difícil controle, com componente
alérgico comprovado e com níveis de IgE sérica total entre 30 e 700 UI/mL
(INCA – 2018) Um paciente de 26 anos relata episódios de tosse há 5 meses, sem outros
sintomas. Nega tabagismo e uso de medicações. A radiografia de tórax não evidenciou alterações.
Quais são as 3 etiologias iniciais que devem ser investigadas?
a. DPOC, asma e síndrome do gotejamento pós-nasal
b. DRGE, tumor de laringe e asma
c. Tuberculose, asma e síndrome do gotejamento pós-nasal
d. Asma, DRGE e síndrome do gotejamento pós-nasal
(SES-RJ – 2016) O maior benefício do uso de antileucotrienos na asma é em:
a. Substituição aos CSIs
b. Substituição aos beta-2-agonistas de longa duração
c. Adição aos beta-2-agonistas de curta duração usados como resgate
d. Adição aos CSIs, na ausência de controle clínico com estes.
(SES-RJ – 2016) Um paciente chegou à emergência com crise asmática grave, embora ainda
esteja com níveis de consciência e hemodinâmica preservados. Qual das condutas a seguir não é
adequada para o caso?
a. Oxigenoterapia para manter saturação de O2 >90%
b. Agentes mucolíticos, como a acetilcisteína
c. Beta-2-agonista inalatório a cada 15 a 20 minutos
d. Prednisona 40 a 60mg
e. Sulfato de magnésio IV