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ASMA

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CONCEITO

 A asma é uma doença inflamatória crônica das vias


respiratórias, que provoca híper responsividade das vias
respiratórias, edema da mucosa e produção de muco.
Essa inflamação leva, por fim, a episódios recorrentes de
sintomas de asma: tosse, sensação de constrição no
tórax, sibilância e dispneia.
EPIDEMIOLOGIA

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FATORES DE RISCO
 Ao contrário de outras doenças pulmonares obstrutivas, a asma
é, em grande parte, reversível, ou de modo espontâneo ou com
tratamento.
 Os pacientes com asma podem apresentar períodos sem sintomas,
que se alternam com exacerbações agudas de poucos minutos a
várias horas ou dias de duração.
 A alergia é o mais forte fator predisponente para a asma.

 A exposição crônica a irritantes das vias respiratórias ou a


alergênicos também aumenta o risco de asma.
 Os alergênicos comuns podem ser sazonais (polens de grama,
árvores e ervas daninhas) ou perenes (p. ex., mofo, poeira,
baratas, pelos).
ETIOLOGIA

 Infecções respiratórias virais;


 Exposição a alérgeno (Ex.: pólen, ácaro);

 Alergia a alimentos;

 Poluição do ar;

 Mudanças sazonais;

 Problemas sociais;

 Má adesão ao tratamento (principalmente ao corticoide


inalatório)
FISIOPATOLOGIA

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SINAIS E SINTOMAS

 TOSSE
 DISPNEIA

 SIBILOS

 AGITAÇÃO

 CIANOSE
COMPLICAÇÕES

 As complicações da asma podem incluir o estado de mal


asmático, a insuficiência respiratória, a pneumonia e a
atelectasia.

 A obstrução das vias respiratórias, particularmente durante


episódios agudos de asma, resulta frequentemente em
hipoxemia, exigindo a administração de oxigênio e o
monitoramento da oximetria de pulso e gasometria arterial.

 São administrados líquidos, uma vez que os indivíduos com


asma frequentemente estão desidratados em consequência da
sudorese e perda hídrica insensível com a hiperventilação.
EXACERBAÇÃO
 A exacerbação da asma pode começar de maneira abrupta, porém, com mais frequência, é
precedida de sintomas crescentes nos poucos dias anteriores.

 Tosse, com ou sem produção de muco. Algumas vezes, o muco está tão firmemente aderido
as vis respiratórias estreitadas que o paciente não consegue expectorá-lo.

 Sibilos generalizados (o som do fluxo de ar através das vias respiratórias estretadas)


primeiramente à expiração e, a seguir, possivelmente também durante a inspiração.

 Sensação de constrição torácica generalizada e dispneia.

 A expiração exige esforço e torna-se prolongada.


CONT...

 À medida que a exacerbação progride, podem ocorrer sudorese,


taquicardia e pressão do pulso alargada, Juntamente com hipoxemia
e cianose central (um sinal tardio de oxigenação deficiente).
 Embora possa ocorrer hipoxemia grave e potencialmente fatal na
asma, ela é relativamente incomum.

 A hipoxemia é secundária a um desequilíbrio de ventilação


perfusão e responde prontamente à oxigenação suplementar.

 Os sintomas da asma induzida por exercício consistem em sintomas


máximos durante o exercicio, ausência de sintomas noturnos e,
algumas vezes, apenas uma descrição de sensação de "sufocação"
durante o exercia.
INDICAÇÃO DE VENTILAÇÃO MECANICA
 Parada respiratória
 Parada cardíaca

 Rebaixamento do nível de consciência

 Fadiga progressiva

 Arritmias graves

 Tórax silencioso

 Falha em reverter acidose respiratória, mesmo com


otimização da terapêutica
 Hipoxemia não corrigida, mesmo com máscara Fi0240-
50%.
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DIAGNOSTICO

 • Saturação de 02: todo paciente na emergência deve ser monitorizado, colocado


oximetria de pulso e garantido acesso venoso. Sinais como Sat02 390 já são
indicativos de exacerbação grare, eSat02 ‹ 93% (e 95% em crianças de 6-11 anos) ja
é recomendado se utilizar oxigenioterapia.

 Hemograma: pode ser pedido em casos de suspeição de infecção (lembrar que os


leucócitos e neutrófilos podem aumentar após 2 a 4 horas de uso de corticosteroide
sistêmico).

 Gasometria arterial: realizar em casos graves. O esperado é uma queda na Paco2 em


relação a basal devido a hiperventilação. Hipoxemia com PaC02 alta indicam
acidose respiratória com insuficiência respiratória instalada.

 RX de tórax: em caso de suspeita de pneumotórax ou outras comodidades cordilas.


TRATAMENTO

 Oxigenioterapia: Utilizar cateter nasal ou máscara da venturi para


manter oxigênio entre 93-95% no adulto ou 94%-98% em crianças
de 6 a 11 anos.

 Existem evidência de que níveis moderados de saturimetria têm


melhores desfechos do que oxigenioterapia mantendo FIO2 a 100%.
Lembrar que em casos muito graves, deve-se ofertar 02 via máscara
não-reinalante e preparar material de intubarão.

 82-agonista de curta ação: utilizar um B2-agonista de curta duração


inalado, preferencialmente com espaçador. Pode ser feito a cada 20
minutos na primeira hora. Em crianças sem resposta ao tratamento
usual, pode-se considerar o uso de nebulização continua.
TRATAMENTO

 .• Fenoterol (berotec) ou Salbutamol (Aerolin): spray


com 6-8 jatos com espaçador (preferencial) ou Nebulizar
10 gotas (max: 20 gotas) em 03 a 05 mL de SF0,9% em
oxigênio 6-8 L/min

 Corticoide sistêmico: O uso de corticoide sistémico


acelera a resolução da exacerbação e previne novas
crises. De preferência, deve ser utilizado ainda na
primeira hora de atendimento em paciente graves ou
naqueles que não respondem as primeiras doses de
SABA. O corticoide deve ser mantido por 3-5 dias em
crianças e 5-7 dias em adultos.
TRATAMENTO

 Corticoide sistêmico: O uso de corticoide sistêmico acelera a resolução da


exacerbação e previne novas crises. De preferência, deve ser utilizado ainda
na primeira hora de atendimento em paciente graves ou naqueles que não
respondem as primeiras doses de SABA. O corticoide deve ser mantido por
3-5 dias em crianças e 5-7 dias em adultos.

 Corticoide inalatório: O uso de corticoide inalatório em altas doses na


primeira hora reduz necessidade de hospitalização naqueles que não estão
usando o corticoide sistêmico.

 Brometo de ipratrópio: em casos de crise asmática grave, o uso de ipratrópio


está associado a redução da necessidade de hospitalização. Porém seu uso
não está indicado por tempo mais prolongado durante o internamento.
TRATAMENTO

 • Brometo de ipratrópio (Atrovent): a cada 20 minutos, via NBZ


(associado ao beta-2-agonista de curta, diluído em 3 a 5ml de
SF0,9%).

 Sulfato de magnésio: MeSO4 indicado em exacerbações mais


graves, devendo ser utilizado quando não ocorre resposta ao
tratamento inicial com $2-agonista e corticoide. A resposta
terapêutica ocorre em uma a duas horas.

 Sulfato de Magnésio 2g, EV, infundir em 20 minutos (20ml de


MeSO4 10% + 200ml de $F0,9%, em BIC): Esta medicação só
deve ser administrada uma única vez - não repetir!
TRATAMENTO

 Medicamentos para Controle de Ação Longa

 1) Os corticosteroides. Esses medicamentos estão contraindicados nas


exacerbacões da asma aguda

 2) Os agonistas beta2-adrenérgicos de ação longa são usados com medicamentos


anti inflamatórios para controlar os sintomas da asma, particularmente os que
ocorrem durante a noite. Esses agentes também são efetivos na prevenção da
asma induzida pelo exercício. Os agonistas beta2-adrenérgicos de ação longa não
estão indicados para o alivio imediato dos sintomas. A teofilina (Slo-Bid, Theo
Du) é um broncodilatador leve a moderado, que é comumente utilizado além dos
corticosteroides inalados, principalmente para alivio dos sintomas noturnos da
asma. O salmeteral (Serevent) e o formoterol (Foradil) produzem broncodilatação
com duração de pelo menos 12 h.
TRATAMENTO

 3) Os modificadores (inibidores) dos leucotrienos ou


antileucotienos são broncoconstritores potentes, que também
dilatam os vasos sanguíneos e alteram a permeabilidade.

 Os inibidores dos leucotrienos atuam interferindo na síntese dos


leucotrienos ou bloqueando os receptores nos quais os
leucotrienos exercem a sua ação.

 Podem proporcionar uma alternativa para os corticosteroides


inalados nos casos de asma persistente leve, ou podem ser
acrescentados a um esquema de corticosteroides inalados na
asma mais grave, a fim de obter um controle adicional.
TRATAMENTO DAS CRISES EXACERBADAS
 Os agonistas beta2- adrenérgicos de ação rápida são os primeiros
medicamentos utilizados para alivio imediato da obstrução do fluxo de ar.

 Os corticosteroides sistêmicos podem ser necessários para diminuir a


inflamação das vias respiratórias nos pacientes que não respondem aos
medicamentos beta adrenérgicos inalados.

 Em alguns pacientes, pode ser necessária uma suplementação de oxigênio


para aliviar a hipoxemia associada às exacerbações moderadas a graves.

 Os antibióticos podem ser apropriados no tratamento das exacerbações


agudas da asma em pacientes com condições comórbidas (1p. ex, febre e
escarro purulento, evidências de pneumonia, suspeita de sinusite bacteriana).
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