4.3
3ª ETAPA: Medicamentos para tratamento da crise de asma
4.4
Oxigenioterapia
4.5
4.6
Corticoide sistêmico
4.7
Corticoide inalatório
4.8
Brometo de ipratrópio
4.9
Sulfato de magnésio
4.10
Saturação de oxigênio:
Gasometria arterial
Laboratoriais:
Espirometria
Dosagem de ig E
4.16
GINA 2020
5.
Fluxograma
6.
A crise asmática, ou com um termo mais técnico, a exacerbação de asma, é uma das
emergências mais comuns da prática médica. Apesar de ser mais comum na infância,
todo médico generalista deve estar capacitado para estabelecer o reconhecimento dos
sintomas e tratamento da asma aguda. Ano passado, o GINA (Global Initiative for
Asthma) lançou atualizações sobre o manejo e seguimento dessa doença. Agora, em
2020, novas orientações no contexto da COVID-19 foram feitas! Venha conferir com a
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Toda exacerbação de asma requer uma revisão no tratamento habitual daquele paciente,
e pode acontecer também como a primeira apresentação de asma.
Além disso, existem fatores de risco associados a gravidade e morte por asma:
Por sua vez, no exame físico, deve ser classificada a gravidade da exacerbação,
pesquisar por complicações (ex.: pneumotórax) e diagnósticos diferenciais (ex.: crupe,
inalação de corpo estranho, insuficiência cardíaca)
Parada respiratória
Parada cardíaca
Rebaixamento do nível de consciência
Fadiga progressiva
Arritmias graves
Tórax silencioso
Falha em reverter acidose respiratória, mesmo com otimização da terapêutica
Hipoxemia não corrigida, mesmo com máscara FiO2 40-50%.
ETAPA 2: Classificar a gravidade do doente
Oxigenioterapia CNAF
MÁSCARA NÃO REINALANTE
BIPAP
Obs.: Uma atualização do GINA 2019 é que não existem evidências para o uso de
beta2-agonista de curta ação por via intravenosa em casos de crise grave.
Fenoterol (berotec) ou Salbutamol (Aerolin): spray com 6-8 jatos com espaçador
(preferencial) ou Nebulizar 10 gotas (max: 20 gotas) em 03 a 05 mL de SF0,9% em
oxigênio 6-8 L/min
Corticoide sistêmico
Via de administração:
Corticoide inalatório
Brometo de ipratrópio
Em casos de crise asmática grave, o uso de ipatrópio está associado a redução da
necessidade de hospitalização e melhora do PEF e FEV1. Por isso, deve ser ser indicado
para uso concomitante com o SABA na abordagem inicial do tratamento. Porém seu uso
não está indicado por tempo mais prolongado durante o internamento.
Sulfato de magnésio
O MgSO4 ndicado em exacerbações mais graves, devendo ser utilizado quando não
ocorre resposta ao tratamento inicial com β2-agonista e corticoide. A resposta
terapêutica ocorre em uma a duas horas.
Esta medicação só deve ser administrada uma única vez – não repetir!
Alguns exames complementares são úteis no manejo, porém não são imprescindíveis
para começar o tratamento!
Saturação de oxigênio:
Gasometria arterial
A gasometria arterial não deve ser feito de rotina. No entanto, suas indicações são no
paciente com SatO2 < 93%, sinais graves ou que não estão respondendo a terapia
inicial. O esperado é uma queda na PaCO2 em relação a basal devido a hiperventilação.
Hipoxemia com PaCO2 alta indicam acidose respiratória com insuficiência respiratória
instalada.
Raio-X de Tórax:
A radiografia também não deve ser realizada de rotina. Assim, em adultos, deve ser
considerada se há uma suspeita de outro diagnóstico ou naqueles que não estão
melhorando (ou piorando) e se levanta a suspeita de pneumotórax. Em crianças, também
não é recomenda, a não ser que haja suspeita de pneumotórax, outra pneumopatia ou
inalação de corpo estranho.
Laboratoriais:
A avaliação da resposta terapêutica deve ser realizada 30-60 minutos após o tratamento
inicial, com reclassificação da gravidade do paciente. Os sinais clínicos nas crianças não
se correlacionam bem com a intensidade da obstrução das vias aéreas. A medida que
melhor se correlaciona com a gravidade é a SatO2 que, permanecendo menor que 92%
após a primeira hora de tratamento, é um forte indicador de internamento hospitalar.
GINA 2020
Fluxograma