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- Alberto tem 15 anos de idade e nasceu em Ribeirão Preto – SP, onde reside com os
pais e um irmão. Dona Olívia, a mãe de Alberto, chega à farmácia com o filho e
relata ser fumante, morar em casa com pouca ventilação, higiene precária e muita
poeira.
- Alberto apresenta episódios de asma sempre que entra em contato com pelo de
animais, poeira doméstica, corantes de alimentos, chocolate, sabonete, clara de
ovo ou qualquer cheiro forte. As crises são piores no período de julho e agosto.
- O paciente foi internado 8 vezes devido a exacerbações das crises nos últimos três
anos. Atualmente faz uso contínuo de Alenia® (formoterol 12mcg e budesonida
400mcg) via inalatória, além de inalador pressurizado (bombinha) de Aerolin ®
(sulfato de salbutamol 100 mcg) nas crises.
Caso clínico
1. Para este paciente, quais devem ser as orientações com relação ao
tratamento não farmacológico?
2. Quais são as melhores opções terapêuticas em caso de crise aguda de asma
(farmacoterapia de alívio)?
3. Em casos de crise de asma, pode-se utilizar o fenoterol ou salbutamol. Quais
as principais diferenças entre esses dois agonistas β2 de curta duração?
4. A associação de fenoterol ou salbutamol com brometo de ipratrópio é
recomendada?
5. Quais são as opções terapêuticas para manutenção e controle da asma?
Apresentação do Problema
EPIDEMIOLOGIA
Mediadores inflamatórios:
Células inflamatórias:
Quimiocinas, citocinas,
Mastócitos, eosinófilos, linfócitos
eicosanoides, histamina, óxido
T, macrófagos, neutrófilos
nítrico, leucotrienos
Recrutamento de células
inflamatórias EOSINÓFILOS,
basófilos, neutrófilos, linfócitos T,
células dendríticas, monócitos
POTENTES FASE TARDIA
BRONCOCONSTRITORES
↓Qualidade
de vida Processo
↑ Admissão a Inflamatório
serviços de saúde
Consequências
Edema
Sibilos
Contração
Falta de Ar
Hipersecreção
RASTREAMENTO
• Rastreamento em saúde serviço farmacêutico clínico
• Indicados para pacientes de risco.
• Peak Flow é um aparelho utilizado para medir o pico do fluxo expiratório
(PFE), que é a velocidade máxima alcançada pelo ar na expiração forçada,
curta e rápida, após máxima inspiração.
• Os valores são expressos em L/min.
• Repetir o processo o número de vezes necessárias para se conseguir 3
leituras que não sofram variação maior que 20 L/min.
RASTREAMENTO
• Verificar em tabela padronizada qual seria o fluxo expiratório
desejável para o paciente (a depender da altura e sexo)
RASTREAMENTO
• Considerar o valor mais alto das três leituras e fazer uma regra de
três com o fluxo expiratório desejável, por exemplo:
Elevada
[cortisol] pela
manhã
Sintomas
noturnos
Baixa [cortisol]
à noite
AVALIAÇÃO DOS PREDITORES E FATORES DE RISCO
Preditores:
diagnóstico de eczema nos
três primeiros anos de vida
histórico familiar primário
positivo
diagnóstico de rinite nos três
primeiros anos de vida
sibilos sem resfriado
eosinofilia (na ausência de
parasitoses)
ETIOLOGIA/FATORES DE RISCO
• Síndrome multifatorial
• GENE x AMBIENTE
• Hipersensibilidade genética a um alérgeno
• Exposição ambiental a um alérgeno
• Social
• Condições de moradia/História familiar
• Exposição
• Urbanização
AVALIAÇÃO DOS GATILHOS
Alérgenos Ambiente
Infecção respiratória
(ex: pólen, esporos (ex: fumo ativo ou
(ex: influenza)
de fungos) passivo, frio)
Medicamentos
Emoções Exercício extenuantes
(ex: AINEs, beta
(ex: ansiedade e (particularmente no
bloqueadores não
estresse) frio)
seletivos, IECA)
5-lipooxigenase 15-lipooxigenase
PGD2
LTA4 PGE2 PGF2α
Lipoxinas
LTD4 LTE4 12-HETE AeB
Cascata da inflamação
Fosfolipídeos Eicosanóides:
-Prostaglandinas
-Tromboxanos TXA2
-Leucotrienos
Fosfolipase A2 Tromboxano
X
Sintetase
Prostaciclina
Ciclooxigenases Peroxidase Sintetase
Ácido Araquidônico PGG2 PGH2 PGI2
COX-1
COX-2 X
5-lipooxigenase 15-lipooxigenase
ANTIINFLAMATÓRIOS
PGD2
NÃO-
LTA4 PGE2 PGF2α
ESTEROIDAIS
LTC4 LTB4 12-lipooxigenase
Lipoxinas
LTD4 LTE4 12-HETE AeB
FENÓTIPOS DA ASMA
Asma com
limitação Asma com
persistente do obesidade
fluxo
CLASSIFICAÇÕES DA ASMA
Etiologia
• Asma alérgica ou extrínseca
• Asma não alérgica ou intrínseca
• Asma por exercício
Frequência dos sintomas/gravidade
• Intermitente
• Persistente Leve
• Persistente Moderada
• Persistente Grave
Controle
• Asma controlada
• Asma parcialmente controlada
• Asma não controlada
CLASSIFICAÇÕES DA ASMA
Avaliação da asma considerando a frequência dos sintomas e resultados da prova de função pulmonar
Componente Intermitente Persistente leve Persistente Persistente
moderada severa
*TRÊS OU MAIS PARÂMETROS DA ASMA PARCIALMENTE CONTROLADA CARACTERIZAM A ASMA NÃO CONTROLADA
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA
1) Durante as últimas 4
semanas, quanto tempo a
sua asma impediu-o de
realizar atividades no
trabalho, na escola ou em
casa?
2) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você teve falta de ar?
3) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes os
seus sintomas de asma
(sibilos, tosse, falta de ar,
aperto ou dor no peito)
acordou-o durante a noite
ou mais cedo que o
normal pela manha?
4) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você usou o seu
medicamento de inalação
ou nebulização (como o
salbutamol)?
Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada
CONTROLE
DA ASMA
PARCERIA CONTROLE
PROFISSIONAL-PACIENTE FATORES DE RISCO
PARCERIA PROFISSIONAL-PACIENTE - ABCD DA ASMA
CONTROLE
DA ASMA
PARCERIA CONTROLE
PROFISSIONAL-PACIENTE FATORES DE RISCO
GESTÃO
Identificação e controle dos fatores de risco
CONTROLE
DA ASMA
PARCERIA CONTROLE
MÉDICO-PACIENTE FATORES DE RISCO
BRONCODILATADORES ANTIINFLAMATÓRIOS
Beta-2 agonistas Corticosteroides:
Curta ação (B2CA/SABA): Salbutamol Inalatórios (ICS): Beclometasona
Fenoterol Budesonida
Terbutalina Ciclesonida
Fluticasona
Longa ação (B2LA/LABA): Salmeterol Sistêmicos: Prednisona
Formoterol Hidrocortisona
Vilanterol (ultralonga) Antileucotrienos (LTRA):
Indacaterol Montelucaste
Anticolinérgicos: Ipratrópio e Tiotrópio Zafirlucaste
Metilxantinas: Teofilina Cromonas:
Aminofilina Cromoglicato de sódio
Bamifilina Anticorpo monoclonal:
Omalizumabe
A BASE DO TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO DA ASMA É
CONSTITUÍDA PELO USO DE C.I
ASSOCIADO OU NÃO A UM
LABA, ALÉM DA
FARMACOTERAPIA DE ALÍVIO
Relembrando...
https://planetabiologia.com/sistema-nervoso-autonomo-fisiologia-anatomia-resumo/
Tratamento
β-2 agonistas adrenérgicos:
Não seletivos
• Adrenalina Efeitos cardíacos e músculo
• Efedrina esquelético
• Isoproterenol
Seletivos
• Terbutalina-Bricanyl®
• Salbutamol (albuterol)-Aerolin®
• Fenoterol-Berotec®
• Formoterol-Foradil®, Fluir®
• Salmeterol -Serevent®
• Indacaterol -Onbrize®
• Vilanterol -Relvar®
Mecanismo de ação β-2 agonistas e
metilxantinas
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
Beta 2 agonistas de curta ação: Aerolin ®
SALBUTAMOL
• Via oral – xarope 0,4mg/ml
• Adultos: 2 a 4 mg (5-10ml) 3-4x ao dia
• Crianças 2-6 anos: 1-2 mg (2,5-5ml) 3-4x ao dia
• Crianças 6-12 anos e idosos: 2mg (5ml) 3-4x ao dia
Broncodilatadores mais
eficazes utilizados na asma;
convenientes, uso fácil, início
rápido e sem muitas reações
adversas sistêmicas.
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
• Anticolinérgicos:
Salbutamol + ipratrópio
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
Corticoides sistêmicos (CS): controle imediato nas crises.
O uso de CS nas crises não é recomendado de rotina, devendo ser restrito às
crises com necessidade de atendimento de urgência.
Dose inicial
Redução
Prednisona ou equivalente
40mg ou mais 5-10mg/d a cada 1-2 semanas
40-20mg 5mg/d a cada 1-2 semanas
20-10mg 2,5mg/d a cada 2-3 semanas
10-5mg 1mg/d a cada 2-4 semanas
5mg ou menos 0,5mg a cada 2-4 semanas
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
Sulfato de magnésio: 2g EV ao longo de 20 minutos em casos refratários
(adultos).
•Elevado custo.
https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios
LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração
LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Manejo da asma em pacientes 6-11 anos
Fonte: Global Initiative for Asthma (GINA), 2022
https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios
LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração
LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Manejo da asma provável em pacientes < 6 anos
Fonte: SBP, 2020.
ICS: corticosteroides
inalatórios
LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração
LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA
Step up/step down
LIGADAS AO PACIENTE
Interrupção da medicação na ausência de sintomas
Uso incorreto do dispositivo inalatório
Dificuldade de compreender esquemas terapêuticos complexos
Suspensão da medicação devido a efeitos indesejáveis/custo
Falha no reconhecimento da exacerbação dos sintomas
Plano de cuidado e
Acompanhamento do paciente
O FARMACÊUTICO É IMPORTANTE NO
MANEJO DESTA DOENÇA?
• Falta de adesão (28-70%) : educação em saúde para promoção do
aumento da adesão
• Provisão de materiais
Materiais educativos
Calendário posológico
PLANO DE CUIDADO
• Encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde
Rastreamento positivo
Inefetividade comprovada apesar de boa adesão
Reações adversas
Piora de sinais e sintomas
Crise asmática
Lembre-se de orientar o
paciente quanto ao uso
• Acompanhar a evolução do paciente
correto dos dispositivos
inalatórios
TIPOS DE DISPOSITIVOS INALATÓRIOS
Inaladores
Inaladores de pó
pressurizados (IPs)
(IPo)
Hidrofluoralcano
Turbuhaler, Diskus, Aerolizer®,
(HFA) como
Ellipta, Handihaler, Pulvinal®
Propelente (sprays/bombinhas)
Orientações sobre a utilização adequada dos
dispositivos inalatórios
Principais dispositivos inalatórios disponíveis no mercado brasileiro. A-Spray; B -Turbuhaler e Pulvinal; C-Aerolizer; D -Diskus; E
-Handidaler; F -Nebulizador.
https://ne10.uol.com.br/casasaudavel/2017/06/20/pesquisa-demonstra-eficacia-de-espacadores-artesanais-no-
tratamento-da-asma/index.html
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-
respirat%C3%B3rias/asma/medicamentos-para-prevenir-e-tratar-a-asma
Espaçador caseiro?
Aerolizer
Turbuhaler
https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Accuhaler
https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Ellipta LAMA (long-acting muscarinic antagonist)
Relvar®
https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Ellipta
https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Breezhaler
Onbrize®
https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Como utilizar os
dispositivos?
Tiotrópio, como utilizar?
Medicamentos inalatórios para asma
disponíveis no Brasil
Medicamentos inalatórios para asma
disponíveis no Brasil
Medicamentos inalatórios para asma
disponíveis no Brasil
Espaçadores para dispositivos inalatórios
https://www.cff.org.br/pagina.php?id=778&menu
=778&titulo=Publica%C3%A7%C3%B5es
ASMA E COVID-19
ASMA E COVID-19
ASMA E COVID-19
Casos clínicos
Caso clínico 1
- Alberto tem 15 anos de idade e nasceu em Ribeirão Preto – SP, onde reside com os
pais e um irmão. Dona Olívia, a mãe de Alberto, chega à farmácia com o filho e
relata ser fumante, morar em casa com pouca ventilação, higiene precária e muito
poeira.
- Alberto apresenta episódios de asma sempre que entra em contato com pelo de
animais, poeira doméstica, corantes de alimentos, chocolate, sabonete, clara de
ovo ou qualquer cheiro forte. As crises são piores no período de julho e agosto.
- O paciente foi internado 8 vezes devido a exacerbações das crises nos últimos três
anos. Atualmente faz uso contínuo de Alenia® (formoterol 12mcg e budesonida
400mcg) VI 2x ao dia, além de inalador pressurizado (bombinha) de Aerolin ®
(sulfato de salbutamol 100 mcg) nas crises.
Caso clínico 1
- Limitação da vida diária: faltou a escola várias vezes no último mês por crises de
asma
1) Durante as últimas 4
semanas, quanto tempo a
sua asma impediu-o de
realizar atividades no
trabalho, na escola ou em
casa?
2) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você teve falta de ar?
3) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes os
seus sintomas de asma
(sibilos, tosse, falta de ar,
aperto ou dor no peito)
acordou-o durante a noite
ou mais cedo que o
normal pela manha?
4) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você usou o seu
medicamento de inalação
ou nebulização (como o
salbutamol)?
Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada
ACT = 14
ASMA PARCIALMENTE
CONTROLADA
ACT ≥ ACT = ACT
20 15-19 <15
Relembrando...
Lembrar que ANTES de realizar um Step up, deve-se atentar para as medidas
não farmacológicas, reforçar adesão terapêutica e descartar outros
diagnósticos diferenciais!!!!
Caso clínico 1
1. Para este paciente, quais devem ser as orientações com relação ao
tratamento não farmacológico?
2. Quais são as melhores opções terapêuticas em caso de crise aguda de asma
(farmacoterapia de alívio)?
3. Em casos de crise de asma, pode-se utilizar o fenoterol ou salbutamol. Quais
as principais diferenças entre esses dois agonistas β2 de curta duração?
4. A associação de fenoterol ou salbutamol com brometo de ipratrópio é
recomendada?
5. Quais são as opções terapêuticas para manutenção e controle da asma?
Relembrando...
https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios
LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração
LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Caso clínico 2
Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada
ACT = 16
ASMA PARCIALMENTE
CONTROLADA
ACT ≥ ACT = ACT
20 15-19 <15
Caso clínico 2
1. Para este paciente, quais devem ser as orientações com relação ao
tratamento não farmacológico?
2. Quais as intervenções podem ser possíveis para esse paciente?
Relembrando...
https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios
LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração
LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Caso clínico 3
História clínica:
Asma (há 22 anos), rinite (há 20 anos) e hipotireoidismo (há 3 anos).
Caso clínico 3
Queixas:
Falta de ar no último mês: 3 x na semana e, algumas vezes, acordou com tosse e
com dificuldade para respirar durante a madrugada (1x por semana). Relata
apresentar tosse seca diariamente, que incomoda um pouco, principalmente à
noite. Alega também que deixou de ir para a faculdade 3x neste mês por conta
disso.
Adesão ao tratamento:
Utiliza o Seretide® sempre que sente falta de ar, mas relata que não melhora
muito. Ela se incomoda com o pozinho que sente na boca depois que usa.
Realiza a seguinte técnica de uso: gira o dispositivo e aciona a trava lateral.
Coloca a boca no bocal, puxa o ar e logo em seguida tira o dispositivo da boca.
INTERPRETAÇÃO
Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada
ACT = 9
ASMA NÃO CONTROLADA
ACT ≥ ACT = ACT
20 15-19 <15
Relembrando...
https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios
LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração
LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
O QUE FAZER?
REGISTRE O ATENDIMENTO
Caso clínico 4
João Gabriel Soares, 65 anos, aposentado (renda mensal: 3 salários mínimos),
escolaridade: curso técnico de mecânica industrial. Mora com os 2 filhos e a esposa
em uma cidade metropolitana de Curitiba/PR.
História clínica: Hipertensão (há 10 anos), dislipidemia (há 2 anos), asma (desde a
adolescência). Nega histórico de infarto ou AVC na família.
História social: Não faz uso de tabaco e relata uso de bebidas alcoólicas socialmente
(3 latas de cerveja no final de semana). Relata não praticar exercícios físicos. Não faz
nenhuma restrição alimentar: no café da manhã come pão branco com margarina e
uma xícara de café preto; no almoço come arroz, batata, feijão e carne de boi; à tarde
come frutas (gosta muito de banana e uva); na janta faz um lanche (pão com queijo e
presunto e suco de caixinha).
Caso clínico 4
Queixas:
Falta de ar, principalmente quando caminha, há uns dois meses. Acredita que
sua asma tenha piorado e, inclusive, há uns três meses atrás, precisou ser
hospitalizado e utilizou prednisona 20mg por 10 dias. Relata que se sente um
pouco limitado para realizar suas atividades diárias (ir à lotérica, ir à
panificadora, ao mercado). Neste último mês precisou utilizar a bombinha de
Aerolin® umas três vezes por semana.
Caso clínico 4
Parâmetros:
Peso: 84,1 kg; Altura: 1,78 m.
PA consultório = 145/95, 142/95, 145/90 mmHg.
Perfil lipídico (pedido pelo médico da UBS há 3 meses): CT 250 mg/dl, HDL 56
mg/dl, TG 200 mg/dl, LDL = 154mg/dl.
ACT = 15
Caso clínico 4
Farmacoterapia atual:
Beclometasona spray inalatório 200mcg (Clenil® HFPA spray) prescrito 200mcg 2x/d –
utiliza às 8h da manhã e às 8h da noite.
Hidroclorotiazida prescrito 25mg/dia - Utiliza 1 cp. pela manhã.
Enalapril prescrito 10mg 2x ao dia - Utiliza 1 cp. pela manhã e outro à noite.
Sinvastatina prescrito 40 mg/dia – Utiliza 1 cp. no almoço junto com o AAS 100mg.
AAS prescrito 100mg/d – Utiliza 1cp no almoço.
Aerolin Inalador 100 mcg (salbutamol): Na última semana relata que precisou usar 3x
(6-8 puffs/d).
Caso clínico 4
Alergias: Nenhuma conhecida
Acesso a medicamentos: Adquire na UBS e na Farmácia Popular.
Automedicação: Administra ibuprofeno quando sente dor nas pernas. Não
incomoda muito, mas ele prefere tomar o medicamento: frequência: 1-2x por
semana.
Armazenamento dos medicamentos: armário do quarto.
Adesão ao tratamento:
Não esquece de utilizar os medicamentos. Relata que esta semana tomou todas
as doses. Relata a seguinte técnica de uso, de ambas as bombinhas: solta o ar
dos pulmões, posiciona a boca há uns 3cm de distância do bocal do dispositivo,
inspira pela boca o medicamento ao mesmo tempo que aperta o botão do
dispositivo. Segura o ar por 10 segundos, e depois respira normalmente.
O QUE FAZER?
REGISTRE O ATENDIMENTO
FONTES DE INFORMAÇÕES
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde: Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 1.317, de 25 de
novembro de 2013. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Asma.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Doenças respiratórias crônicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília :Ministério da Saúde, 2010.
• CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente,
à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual / Conselho Federal de
Farmácia – Brasília: Conselho Federal de Farmácia – CFF, 2016
• DIPIRO, J.T.; TALBERT, R.L.; YEE, G.C.; MATZKE, G.R.; WELLS, B.G.; POSEY, L.M. Pharmacotherapy: a
pathophysiologic approach. 8. ed. New York: McGraw-Hill Medical, 2011.
• FANTA, C.H. An overview of asthma management.[Internet]. 2017.Disponível em:
<https://www.uptodate. com/contents/an-overview-of-asthma-management?
search=An%20overview%20of%20asth-
ma%20management&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&dis-
play_rank=1> Acesso em 21/03/2018.
REFERÊNCIAS
• Global Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma Management and Prevention (2019
update), 2019. Available from: www.ginasthma.org
• LEINER, CG ET. AL. Expiratory peak flow rate.Standard values for normal subjects. Use a clinical
test of ventilatory function. Am VerRespir Dis 1963;88:644.
• NATIONAL HEART LUNG AND BLOOD INSTITUTE. (2007). Expert Panel Report 3 (EPR3): Guidelines
for the Diagnosis and Ma- nagement of Asthma. Disponível em:
<https://www.nhlbi.nih.gov/sites/default/files/media/docs/ asthgdln_1.pdf>
• Pizzichini1 MMM, Carvalho-Pinto2 RM, Cançado3 JED, Rubin AS, 4 , 5 , et al. Recomendações para
o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - 2020. J Bras Pneumol.
2020;46(1):e20190307. Disponível em:
<https://jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=3118>
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE PENUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 38, s.
1, pg. S1-S46, abril, 2012. Disponível em: < http://www.jornaldepneumologia.com.br/pdf/
suple_200_70_38_completo_versao_corrigida_04-09-12.pdf >