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Cuidado Farmacêutico

aplicado a pacientes com


Asma
Objetivos de Aprendizagem
Compreender o que é a asma, sua epidemiologia, seu ciclo, sua fisiopatologia,
seus fatores de risco e gatilhos.
Aprender como realizar o acolhimento do paciente.
Compreender como realizar a anamnese e avaliação do paciente com asma,
incluindo a avaliação dos sinais e sintomas e dos tratamentos farmacológicos e
não farmacológicos.
Aprender como elaborar um plano de cuidado ao paciente com asma e realizar
o acompanhamento deste paciente.
Entender como realizar o cuidado farmacêutico direcionado a pacientes com
asma.
Caso clínico

- Alberto tem 15 anos de idade e nasceu em Ribeirão Preto – SP, onde reside com os
pais e um irmão. Dona Olívia, a mãe de Alberto, chega à farmácia com o filho e
relata ser fumante, morar em casa com pouca ventilação, higiene precária e muita
poeira.
- Alberto apresenta episódios de asma sempre que entra em contato com pelo de
animais, poeira doméstica, corantes de alimentos, chocolate, sabonete, clara de
ovo ou qualquer cheiro forte. As crises são piores no período de julho e agosto.
- O paciente foi internado 8 vezes devido a exacerbações das crises nos últimos três
anos. Atualmente faz uso contínuo de Alenia® (formoterol 12mcg e budesonida
400mcg) via inalatória, além de inalador pressurizado (bombinha) de Aerolin ®
(sulfato de salbutamol 100 mcg) nas crises.
Caso clínico
1. Para este paciente, quais devem ser as orientações com relação ao
tratamento não farmacológico?
2. Quais são as melhores opções terapêuticas em caso de crise aguda de asma
(farmacoterapia de alívio)?
3. Em casos de crise de asma, pode-se utilizar o fenoterol ou salbutamol. Quais
as principais diferenças entre esses dois agonistas β2 de curta duração?
4. A associação de fenoterol ou salbutamol com brometo de ipratrópio é
recomendada?
5. Quais são as opções terapêuticas para manutenção e controle da asma?
Apresentação do Problema
EPIDEMIOLOGIA

• Importante problema de saúde pública no Brasil   importante causa


de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total).
• Prevalência de 20% no Brasil (uma das mais elevadas do mundo).
• Estima-se que apenas 30-50% dos asmáticos brasileiros são aderentes ao
tratamento.
• Importante causa de hospitalizações  crises graves podem evoluir ao
óbito do paciente.
• Terceira maior causa de internação de crianças e adultos jovens.
• Importante causa de absenteísmo escolar e no trabalho.
ASMA
• Doença inflamatória crônica:
 Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores
 Limitação do fluxo aéreo

(Sociedade Brasileira de Pneumologia, 2020)


FISIOPATOLOGIA

Mediadores inflamatórios:
Células inflamatórias:
Quimiocinas, citocinas,
Mastócitos, eosinófilos, linfócitos
eicosanoides, histamina, óxido
T, macrófagos, neutrófilos
nítrico, leucotrienos

• Inflamação brônquica, resultante de interações entre células e mediadores


inflamatórios e células estruturais das vias aéreas.

• A inflamação crônica da asma é um processo no qual existe um ciclo


contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais
irreversíveis (remodelamento das vias aéreas).
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
 Asma alérgica: o indivíduo alérgico tem a tendência a formar
quantidades elevadas anormais de anticorpos IgE (ATOPIA), os
quais causam reações alérgicas quando reagem com alérgenos
específicos. Estes anticorpos são principalmente ligados aos
mastócitos que estão presentes no interstício pulmonar com
forte associação com os bronquíolos e brônquios.
FISIOPATOLOGIA

2ª EXPOSIÇÃO AO FASE IMEDIATA


ALÉRGENO (INALADO) 
rápida degranulação e Broncoconstrição:
liberação de mediadores
inflamatórios (LT, Contração do músculo liso
histaminas, Espessamento da parede
prostaglandinas D2) celular
Produção de muco
FISIOPATOLOGIA

Recrutamento de células
inflamatórias  EOSINÓFILOS,
basófilos, neutrófilos, linfócitos T,
células dendríticas, monócitos 
POTENTES FASE TARDIA
BRONCOCONSTRITORES

Obs: Eosinófilos também produzem


leucotrienos (constrição)
FISIOPATOLOGIA

 Efeitos combinados  edema localizado nas paredes dos bronquíolos e


secreção de muco no lúmen bronquiolar (hipersecreção), contração do
músculo liso bronquiolar  aumento da resistência à entrada do ar nas
vias aéreas.

 Maior dificuldade para expirar, devido à redução do diâmetro do calibre


dos brônquios.
CICLO DA ASMA
Trigger + Causa
Predisposição

↓Qualidade
de vida Processo
↑ Admissão a Inflamatório
serviços de saúde

Consequências

Edema
Sibilos
Contração
Falta de Ar
Hipersecreção
RASTREAMENTO
• Rastreamento em saúde  serviço farmacêutico clínico
• Indicados para pacientes de risco.
• Peak Flow é um aparelho utilizado para medir o pico do fluxo expiratório
(PFE), que é a velocidade máxima alcançada pelo ar na expiração forçada,
curta e rápida, após máxima inspiração.
• Os valores são expressos em L/min.
• Repetir o processo o número de vezes necessárias para se conseguir 3
leituras que não sofram variação maior que 20 L/min.
RASTREAMENTO
• Verificar em tabela padronizada qual seria o fluxo expiratório
desejável para o paciente (a depender da altura e sexo)
RASTREAMENTO
• Considerar o valor mais alto das três leituras e fazer uma regra de
três com o fluxo expiratório desejável, por exemplo:

• Se o pico de fluxo desejável, segundo a tabela anterior, é de 423L/min


(paciente do sexo feminino de 20 anos e com 1,50m de altura) e o valor
obtido foi de 410/min, significa que sua capacidade respiratória é de
96,9%
423 ------- 100%
410 ------- x%
X= 96,9%

Encaminhar o paciente com sinais e sintomas sugestivos e


Pico de fluxo ≤79%
RASTREAMENTO
DIAGNÓSTICO
● Exclusividade do profissional médico  clínico e espirometria.

● Espirometria: método de escolha para determinação da limitação do


fluxo aéreo, diagnóstico de asma e monitoramento do tratamento.
● A obstrução do fluxo aéreo desaparece ou melhora significativamente
após uso de broncodilatador (400 mcg de salbutamol ou fenoterol, após 15
a 30 min).
● Deve haver uma melhora de no mínimo 12% do VEF1 em relação ao
valor pré-broncodilatador.
Anamnese e avaliação
AVALIAÇÃO DOS SINAIS E SINTOMAS
AVALIAÇÃO DOS SINAIS E SINTOMAS

1) Variabilidade dos sintomas


2) Desencadeamento de sintomas por irritantes inespecíficos ou aeroalérgenos
3) Piora dos sintomas à noite
4) Melhora espontânea ou após o uso de medicamentos específicas para asma
5) Progressão em horas ou dias

A expectoração marca o término da crise asmática  rica em


eosinófilos  escarro “perolado”
Ciclo circadiano

Elevada
[cortisol] pela
manhã

Sintomas
noturnos

Baixa [cortisol]
à noite
AVALIAÇÃO DOS PREDITORES E FATORES DE RISCO

 Preditores:
 diagnóstico de eczema nos
três primeiros anos de vida
 histórico familiar primário
positivo
 diagnóstico de rinite nos três
primeiros anos de vida
 sibilos sem resfriado
 eosinofilia (na ausência de
parasitoses)
ETIOLOGIA/FATORES DE RISCO
• Síndrome multifatorial
• GENE x AMBIENTE
• Hipersensibilidade genética a um alérgeno
• Exposição ambiental a um alérgeno

• Social
• Condições de moradia/História familiar

• Exposição
• Urbanização
AVALIAÇÃO DOS GATILHOS
Alérgenos Ambiente
Infecção respiratória
(ex: pólen, esporos (ex: fumo ativo ou
(ex: influenza)
de fungos) passivo, frio)

Medicamentos
Emoções Exercício extenuantes
(ex: AINEs, beta
(ex: ansiedade e (particularmente no
bloqueadores não
estresse) frio)
seletivos, IECA)

Ingestão de Ocupacional (ex:


conservantes padeiro, agricultor)
AVALIAÇÃO DOS GATILHOS
• Anti-hipertensivos IECA: favorecem o acúmulo de bradicinina nos
alvéolos pulmonares, favorecendo o desencadeamento das crises de
asma.
AVALIAÇÃO DOS GATILHOS

• Anti-hipertensivos β-bloqueadores não seletivos: promovem bloqueio de


receptores β1 e β2 adrenérgicos, estes localizados nos alvéolos
pulmonares, favorecendo a broncoconstrição. Ex: propranolol e carvedilol.

• AINEs: provocam a redução na produção de prostaglandinas por inibir a


COX, o que estimula a outra via de metabolização do ácido araquidônico
(via lipo-oxigenase), aumentando a formação de leucotrienos e
favorecendo a inflamação brônquica.
Cascata da inflamação
Fosfolipídeos Eicosanóides:
-Prostaglandinas
-Tromboxanos TXA2
-Leucotrienos
Fosfolipase A2 Tromboxano
Sintetase
Prostaciclina
Ciclooxigenases Peroxidase Sintetase
Ácido Araquidônico PGG2 PGH2 PGI2
COX-1
COX-2

5-lipooxigenase 15-lipooxigenase

PGD2
LTA4 PGE2 PGF2α

LTC4 LTB4 12-lipooxigenase

Lipoxinas
LTD4 LTE4 12-HETE AeB
Cascata da inflamação
Fosfolipídeos Eicosanóides:
-Prostaglandinas
-Tromboxanos TXA2
-Leucotrienos
Fosfolipase A2 Tromboxano

X
Sintetase
Prostaciclina
Ciclooxigenases Peroxidase Sintetase
Ácido Araquidônico PGG2 PGH2 PGI2
COX-1
COX-2 X
5-lipooxigenase 15-lipooxigenase

ANTIINFLAMATÓRIOS
PGD2
NÃO-
LTA4 PGE2 PGF2α
ESTEROIDAIS
LTC4 LTB4 12-lipooxigenase

Lipoxinas
LTD4 LTE4 12-HETE AeB
FENÓTIPOS DA ASMA

Asma não Asma de início


Asma alérgica
alérgica na idade adulta

Asma com
limitação Asma com
persistente do obesidade
fluxo
CLASSIFICAÇÕES DA ASMA
Etiologia
• Asma alérgica ou extrínseca
• Asma não alérgica ou intrínseca
• Asma por exercício
Frequência dos sintomas/gravidade
• Intermitente
• Persistente Leve
• Persistente Moderada
• Persistente Grave

Controle
• Asma controlada
• Asma parcialmente controlada
• Asma não controlada
CLASSIFICAÇÕES DA ASMA
Avaliação da asma considerando a frequência dos sintomas e resultados da prova de função pulmonar
Componente Intermitente Persistente leve Persistente Persistente
moderada severa

Sintomas “n” ≤ 2/sem > 2/sem Diário Todo dia

Acorda noite ≤ 2/mês 3 a 4/mês >1/sem Todo dia

SABA ≤ 2 dias/sem >2 dias/sem Diário Várias x


Limitação At. Diárias Nenhuma Pouca Alguma Muito
VEF1/CVF - - Reduz 5% Reduz > 5%
VEF1 % ≥80% ≥80% 60 a 80% <60%
Crises + CTC Até 1/ano ≥ 2/ano ≥ 2/ano ≥ 2/ano
CFV: Vol. Máximo de ar exalado. CTC: corticoterapia. VEF1: Vol. expiratório forçado no 1º segundo
CLASSIFICAÇÕES DA ASMA
Avaliação da asma considerando o controle da doença
Componente CONTROLADO (adulto) CONTROLE RUIM/PARCIAL NÃO CONTROLADO*
(adulto) (adulto)

Sintomas Nenhum (ou ≤2 dias/s) > 2 dias/s Várias x /dia


Noturno Nenhum (ou 2 dias/mês) 1-3x/s ≥4x/s
Atividade diária Nenhuma Pouca Muita
SABA resgate Nenhuma (ou ≤2 dias/s) 3 dias/s > 3 dias/s
Espirometria Normal 60 a 80% <60%
Exacerbações Nenhuma (ou 1x/ano) ≥2x/ano > 3x/ano
Com CTC oral
CTC: corticoterapia

*TRÊS OU MAIS PARÂMETROS DA ASMA PARCIALMENTE CONTROLADA CARACTERIZAM A ASMA NÃO CONTROLADA
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

1) Durante as últimas 4
semanas, quanto tempo a
sua asma impediu-o de
realizar atividades no
trabalho, na escola ou em
casa?

Caso clínico: Maria Luiza, 27 anos:


A maior parte do tempo: 2
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

2) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você teve falta de ar?

Caso clínico: Maria Luiza, 27 anos:


3 a 6 x por semana: 3
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

3) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes os
seus sintomas de asma
(sibilos, tosse, falta de ar,
aperto ou dor no peito)
acordou-o durante a noite
ou mais cedo que o
normal pela manha?

Caso clínico: Maria Luiza, 27 anos:


Uma vez por semana: 3
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

4) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você usou o seu
medicamento de inalação
ou nebulização (como o
salbutamol)?

Caso clínico: Maria Luiza, 27 anos:


2 a 3x por semana: 3
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

5) Como você classificaria o


seu controle da asma
durante as últimas 4
semanas?

Caso clínico: Maria Luiza, 27 anos:


Pobremente controlada: 2
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

Maria Luiza, 27 anos = 13


pontos -> NÃO
CONTROLADA
INTERPRETAÇÃO

Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada

ACT ≥ ACT = ACT


20 15-19 <15
Asma – Gestão da Condição
METAS DO TRATAMENTO
• Redução da incapacidade - intensidade e frequência de sintomas de asma e
o grau em que o paciente é limitado por estes sintomas.
• Manter as atividades da vida diária normais, incluindo exercícios.
• Manter a função pulmonar normal ou o mais próximo do normal.
• Prevenir as exacerbações.
• Prevenir as hospitalizações.
• Minimizar as reações adversas dos medicamentos.
• Prevenir a mortalidade.
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO

CONTROLE
DA ASMA

PARCERIA CONTROLE
PROFISSIONAL-PACIENTE FATORES DE RISCO
PARCERIA PROFISSIONAL-PACIENTE - ABCD DA ASMA

 Abordar os fatores desencadeantes e agravantes e


orientar como evitá-los.
 Buscar medicamentos apropriados e com técnica
adequada.
 Colocar em prática a execução de um plano de ação,
aprendendo a monitorar o controle da asma.
 Descrever a diferença entre medicamento de manutenção
e de alívio, conhecer os efeitos colaterais dos
medicamentos usados e saber como minimizá-los.
ADESÃO
• 50% dos asmáticos não são aderentes ao tratamento

• Interrupção da medicação na ausência de sintomas

• Uso incorreto da medicação inalatória

• Dificuldade de compreender esquemas terapêuticos complexos

• Suspensão da medicação devido a efeitos indesejáveis

• Falha no reconhecimento da exacerbação dos sintomas


TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO

CONTROLE
DA ASMA

PARCERIA CONTROLE
PROFISSIONAL-PACIENTE FATORES DE RISCO
GESTÃO
Identificação e controle dos fatores de risco

● Redução da exposição a fatores desencadeantes: plano de autocuidado


baseado na identificação precoce dos sintomas
GESTÃO
Identificação e controle dos fatores de risco
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
• Identificação e redução da exposição aos fatores de risco.
• Estabelecer um plano de autocuidado baseado na identificação precoce dos
sintomas.
• Educação do paciente.

• Cessar tabagismo ativo e passivo

• Evitar medicamentos, alimentos e


aditivos que causem ou agravem crises

• Evitar ácaro, mofo, polens e fungos


ambientais, pelo de animal, poluição
IMUNOTERAPIA

• O tratamento consiste na aplicação de alérgeno ao qual o paciente é


sensível em doses crescentes por um período de tempo que é variável ( 1 a 3
anos).

• “ Vacina para alergia”.


IMUNOTERAPIA

• Tem como objetivo reduzir o grau de sensibilização (nível de anticorpos IgE


e da reação tecidual) impedindo reações alérgicas imediatas graves e,
também, interferir no processo inflamatório, alterando a resposta imune do
paciente.

• Dificuldade no controle da doença com a medicação habitual, incluindo os


medicamentos anti-inflamatórios de uso profilático e aqueles que controlam
as crises; quando múltiplos medicamentos se fazem necessários, ou quando
da não aceitação pelo paciente da terapêutica farmacológica prescrita.
Asma – Tratamento farmacológico
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO

CONTROLE
DA ASMA

PARCERIA CONTROLE
MÉDICO-PACIENTE FATORES DE RISCO
BRONCODILATADORES ANTIINFLAMATÓRIOS
Beta-2 agonistas Corticosteroides:
Curta ação (B2CA/SABA): Salbutamol Inalatórios (ICS): Beclometasona
Fenoterol Budesonida
Terbutalina Ciclesonida
Fluticasona
Longa ação (B2LA/LABA): Salmeterol Sistêmicos: Prednisona
Formoterol Hidrocortisona
Vilanterol (ultralonga) Antileucotrienos (LTRA):
Indacaterol Montelucaste
Anticolinérgicos: Ipratrópio e Tiotrópio Zafirlucaste
Metilxantinas: Teofilina Cromonas:
Aminofilina Cromoglicato de sódio
Bamifilina Anticorpo monoclonal:
Omalizumabe
A BASE DO TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO DA ASMA É
CONSTITUÍDA PELO USO DE C.I
ASSOCIADO OU NÃO A UM
LABA, ALÉM DA
FARMACOTERAPIA DE ALÍVIO
Relembrando...

https://planetabiologia.com/sistema-nervoso-autonomo-fisiologia-anatomia-resumo/
Tratamento
β-2 agonistas adrenérgicos:

Não seletivos
• Adrenalina Efeitos cardíacos e músculo
• Efedrina esquelético
• Isoproterenol

Seletivos
• Terbutalina-Bricanyl®
• Salbutamol (albuterol)-Aerolin®
• Fenoterol-Berotec®
• Formoterol-Foradil®, Fluir®
• Salmeterol -Serevent®
• Indacaterol -Onbrize®
• Vilanterol -Relvar®
Mecanismo de ação β-2 agonistas e
metilxantinas
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
Beta 2 agonistas de curta ação: Aerolin ®
SALBUTAMOL
• Via oral – xarope 0,4mg/ml
• Adultos: 2 a 4 mg (5-10ml) 3-4x ao dia
• Crianças 2-6 anos: 1-2 mg (2,5-5ml) 3-4x ao dia
• Crianças 6-12 anos e idosos: 2mg (5ml) 3-4x ao dia

• Aerossol (bombinhas) – apresentação de 100mcg/puff:


• Alívio de crises agudas: 2-4 puffs a cada 20 minutos (2-3x)
• Prevenção do broncoespasmo provocado por exercícios físicos: 100-200 µg antes do
exercício

• Inalação ou nebulização – solução de 5mg/ml


• Adultos: 2,5 -5 mg (0,5 –1 ml) + 1,5 ml de soro fisiológico a cada 20 minutos (2-3x)
• Crianças: 0,15-0,3mg/kg (2,5mg=0,5ml) + 2 ml de soro fisiológico a cada 20 minutos (2-3x)
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
Beta 2 agonistas de curta ação:
FENOTEROL

• Aerossol (bombinhas) – apresentação de 100mcg/puff:


- Alívio de crises agudas: 100µg  repetir a cada 5min se necessário (dose máxima diária:
800mcg)
- Prevenção do broncoespasmo provocado por exercícios físicos: 100-200 µg antes do exercício
• Solução para nebulização - 5mg/ml: USO INALATÓRIO
- Adultos e adolescentes acima de 12 anos: 2-5 gotas com intervalos de 4h se necessário
- Crianças de 6-12 anos: 1-2 gotas com intervalos de 4h se necessário
Solução para nebulização - 5mg/ml: USO ORAL
- 10-20 gotas (2,5-5mg) 3x ao dia para adultos
- 10 gotas (2,5mg) 3x ao dia para crianças de 6-12 anos
- 5-10 gotas (1,25-5mg) 3x ao dia para crianças de 1-6 anos
- 3-7 gotas (0,75-1,75mg) para crianças de até 1 ano Berotec ®
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
Beta 2 agonistas de curta ação:
TERBUTALINA

• Via injetável – 0,5mg/ml

- Adultos: 0,5ml a 1ml cada 20 minutos, por 3 doses – SC/IM


- Criança: ¼ a ½ da dose do adulto – SC/IM
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
β2-AGONISTAS DE AÇÃO CURTA
MEDICAMENTOS AÇÃO EFEITOS COLATERAIS COMENTÁRIOS
Inalatórios: Início da ação: 1 a 5 Taquicardia, tremores, Empregados para sintomas
Fenoterol, minutos hipocalemia, agudos e exacerbações.
Salbutamol e Duração da ação: 4 a prolongamento do
Terbutalina 6 horas intervalo QT Alívio rápido dos sinais e
sintomas.

Broncodilatadores mais
eficazes utilizados na asma;
convenientes, uso fácil, início
rápido e sem muitas reações
adversas sistêmicas.
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
• Anticolinérgicos:

•Broncodilatação rápida (10 a 20 min).


•Podem ser associados ao SABA em casos de exacerbações graves de asma.
•Efeito broncodilatador menos potente que SABA.
•Indicados quando há necessidade de substituição do SABA devido a efeitos
adversos (ex: tremores).
•Principais EA são: xerostomia, irritação das mucosas, taquicardia e retenção
urinária.
•Ex: brometo de ipratrópio (atrovent®, duovent®).
Tratamento – Farmacoterapia de alívio

• Ipratróprio gotas - solução para nebulização - 0,25mg/mL: USO INALATÓRIO


(Atrovent®):
• Crianças abaixo de 6 anos: 8-20 gotas, 3-4x ao dia
• Crianças de 6-12 anos: 20 gotas, 3-4x ao dia
• Adultos: 40 gotas, 3-4 x ao dia

• Ipratróprio spray 20mcg (Atrovent N®):


•Adultos e crianças acima de 6 anos: 2 puffs (40mcg), 4x ao dia. Não
exceder 12 doses diárias
Tratamento – Farmacoterapia de alívio

Salbutamol + ipratrópio
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
 Corticoides sistêmicos (CS): controle imediato nas crises.
 O uso de CS nas crises não é recomendado de rotina, devendo ser restrito às
crises com necessidade de atendimento de urgência.

Adultos: Metilprednisolona 40 a 125mg EV / hidrocortisona 150-200mg EV /


dexametasona 6-10mg EV  prednisona 40-60 mg/d por 5 dias.
Crianças: Metilprednisolona 1-2mg/kg/d EV/IM dividida em 2 doses /
Hidrocortisona 0,5-2mg/kg EV/ Dexametasona 0,08-0,3mg/Kg/d a cada 6-12 h
 prednisolona (solução): 1 a 2 mg/kg/d por 5 dias.

 O uso crônico deve ser restrito aos casos mais graves.


Tratamento – Farmacoterapia de alívio
CORTICOSTEROIDES SISTÊMICOS
DOSES HABITUAIS EFEITOS COLATERAIS COMENTÁRIOS
Apenas em casos não Usados em médio e longo prazo, Cursos de 3-10 dias são
controlados com o uso de podem levar à osteoporose, eficazes na obtenção de
medicamentos inalatóros. hipertensão arterial, diabetes, controle imediato (usual:
Utilizar a menor dose efetiva, catarata, supressão adrenal, 5 dias)
(5-60 mg de prednisona ou supressão do crescimento, obesidade,
equivalente para adulto e 1-2 fraqueza muscular, adelgaçamento
mg/kg por dia para crianças), cutâneo e Síndrome de Cushing.
diariamente pela manhã ou Algumas afecções coexistentes podem
em dias alternados. ser agravadas pelos corticoides orais,
como infecções por herpes, varicela,
tuberculose (se não estiver sendo
tratada).
Desmame de corticoide
• Retirada lenta e gradativa do corticoide para que ocorra a
readaptação da glândula supra renal.
• Indicado para terapias ≥ 3 semanas.
• Não há recomendações formais quanto o modo de desmame.

Dose inicial
Redução
Prednisona ou equivalente
40mg ou mais 5-10mg/d a cada 1-2 semanas
40-20mg 5mg/d a cada 1-2 semanas
20-10mg 2,5mg/d a cada 2-3 semanas
10-5mg 1mg/d a cada 2-4 semanas
5mg ou menos 0,5mg a cada 2-4 semanas
Tratamento – Farmacoterapia de alívio
 Sulfato de magnésio: 2g EV ao longo de 20 minutos em casos refratários
(adultos).

 Adrenalina: 0,3-0,5mg IM/SC no adulto e 0,01mg/kg na pediatria (a cada 20 min,


por 3 doses). Reservado para casos refratários ou suspeita de anafilaxia.
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
Corticoides inalatórios

- Interrompem o desenvolvimento da inflamação brônquica e têm ação


profilática, sendo indicados para a prevenção a longo prazo dos sintomas
da asma.

- Há menor exposição aos efeitos sistêmicos.


CORTICOIDES INALATÓRIOS
MEDICAMENTOS DOSES HABITUAIS EFEITOS COLATERAIS COMENTÁRIOS
Inalatórios: Dose inicial Os efeitos colaterais locais O risco de efeitos colaterais é
Beclometasona, estabelecida de são rouquidão, tosse, dor bem contrabalançado pela alta
Budesonida, acordo com o de garganta e candidíase eficácia.
Ciclesonida, controle da asma e, orofaríngea. Aerocâmeras acopladas aos
Fluticasona e então, reduzida dispositivos de inalação em
Mometasona gradualmente a cada Orientação: lavar a boca aerossol pressurizado e
3 meses (step down) imediatamente após o uso lavagem da boca com água
até a menor dose para evitar a candidíase depois da inalação diminuem o
efetiva depois de oral. A água de lavagem risco de candidíase oral.
obtido o controle. deve ser desprezada e não
ingerida, a fim de evitar
exposição sistêmica
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção

FONTE: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma (2020)


Tratamento – Farmacoterapia de manutenção

FONTE: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma (2020)


Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
•Beta 2 agonista de longa ação (B2LA)
• ≥ 12 horas de duração de ação.
• A monoterapia com LABA não é indicada na asma, devendo sempre ser
associados aos corticoides inalatórios.

Salmeterol (50 µg 2 x/dia ou 100 µg 2 x/dia via inalatória): Serevent® e


Seretide® Diskus (fluticasona e salmeterol).

Formoterol (6-24 µg 2 x/dia via inalatória): Fluir® e Symbicort® (budesonida e


formoterol). Possui um rápido início de ação e promove broncodilatação
prolongada (duração de ação: 12 h).
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção

β2-AGONISTAS DE AÇÃO PROLONGADA


MEDICAMENTOS DOSES HABITUAIS EFEITOS COLATERAIS COMENTÁRIOS
Inalatórios: O regime posológico Tremores finos, xerostomia, Não devem ser utilizados
Formoterol e varia de acordo com o palpitações, hipocalemia, em monoterapia no
salmeterol fármaco e o câimbras, hiperglicemia. tratamento de controle.
dispositivo inalatório. Usar sempre como
adjunto à terapia com
corticosteroide inalatório.
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
Terapias Alternativas:

Tiotrópio (SPIRIVA® Respimat®)


 Anticolinérgico de longa ação. Não indicado como monoterapia.
 Amplamente empregado no tratamento da DPOC no Brasil desde 2003.

 Aprovado pela ANVISA em 2015 para tratamento da asma moderada a


grave em adultos (terapia adicional).
 Aprovado pela ANVISA em 2018 para tratamento da asma moderada a
grave em crianças > 6 anos.
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
Terapias Alternativas:

• Antileucotrienos: diminuem o tônus do músculo liso, reduzindo a obstrução


do fluxo aéreo.
• Uso associado ao LABA ou corticoide inalatório (não indicado como
monoterapia).

• Início de ação lenta (não recomendados para casos agudos).

Ex: montelucaste (montalair®, singulair®) - comprimidos ou granulado (sachê);


zafirlucaste (accolate®)
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DOS LEUCOTRIENOS

MEDICAMENTOS DOSES HABITUAIS EFEITOS COLATERAIS COMENTÁRIOS

Comprimidos, Adultos: 10 mg/dia Dor de cabeça, dor Os antileucotrienos são


comprimidos Crianças de 6-14 anos: 5 abdominal, diarreia, efetivos para pacientes com
mastigáveis e sachês mg/dia (1 um comprimido erupção cutânea. asma leve persistente e
com granulado para mastigável) podem beneficiar pacientes
lactentes Crianças de 6 meses a 5 com rinite crônica
anos: 4 mg/dia (um concomitante. Podem
sachê). oferecer benefício adicional
ao serem adicionados aos
corticoides inalatórios em
pacientes não controlados,
embora não sejam tão
eficazes.
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
Terapias Alternativas:

• Cromonas: inibem a ativação e recrutamento dos mediadores inflamatórios


dos eosinófilos e células epiteliais.
• Indicado para casos de asma persistente leve e broncoespasmo induzido por
exercícios. Uso nasal.
Ex: cromoglicato de sódio.

• Fazer higiene nasal prévia  manter o frasco na posição


vertical  colocar o medicamento em cada narina  inspirar
profundamente pelo nariz e expirar pela boca  fazer
higiene da ponta do frasco.
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
Terapias Alternativas:

• Xantinas: discreta ação anti-inflamatória, com moderado efeito


broncodilatador. Indicadas para controle e prevenção dos sintomas da asma
leve ou terapia adjunta aos corticoides inalatórios na asma moderada ou grave
não controlada.

• Uso restrito devido ao baixo índice terapêutico e a magnitude dos eventos


adversos (ansiedade, tremor, cefaleia, insônia, irritabilidade, náuseas, vômitos,
taquicardia e arritmias).

•Ex: teofilina e teobromina.


Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
Terapias Alternativas:

• Anticorpo monoclonal – Omalizumabe (XOLAIR®).

•Elevado custo.

•Inibe a ligação da IgE com mastócitos, impedindo a liberação de mediadores


alérgicos.

• Controle e prevenção dos sintomas da asma alérgica moderada ou grave, não


controlada com corticoides inalatórios e LABA.
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
DROGAS IMUNOBIOLÓGICAS
MEDICAMENTOS DOSES HABITUAIS EFEITOS COLATERAIS COMENTÁRIOS
Omalizumabe Adultos e crianças a partir Dor e contusão no local Precisam ser armazenados
(Anti-IgE) dos 6 anos: dose da injeção (5-20%) e sob refrigeração de 2-8°C.
administrada por via SC a muito raramente
cada 2 a 4 semanas, anafilaxia (0,1%).
dependendo do peso e da
concentração de IgE total
sérica do pacientes (asma
grave)
Posologia usual: 150 a 375
mg a cada 2 a 4 semanas
Tratamento – Farmacoterapia de manutenção
MEPOLIZUMABE (NUCALA®)

 Bloqueia uma proteína chamada interleucina-5. Ao bloquear a ação desta


proteína, limita a produção de mais eosinófilos pela medula óssea (↓ o
número de eosinófilos na corrente sanguínea e nos pulmões).

 Aprovação Anvisa (agosto/2017).

 Posologia: 100mcg SC a cada 4 semanas.


MEPOLIZUMABE (NUCALA®)
ASMA NA GESTAÇÃO
Novas sugestões da GINA 2022
• Baixa dose de corticoide inalatório é muito efetiva em reduzir
sintomas, melhorar função pulmonar e prevenir a broncoconstrição
induzida por exercícios.
• Mesmo pacientes com asma leve podem ter exacerbações graves, as
quais podem ser evitadas por corticoides.
• Acredita-se que há inflamação crônica mesmo na asma intermitente
 baixa dose de corticoide inalatório reduz hospitalizações e morte
relacionada a asma.
GINA found no evidence to support a Step 1 SABA-only recommendation.
Manejo da asma em pacientes ≥ 12 anos
Fonte: Global Initiative for Asthma (GINA, 2022).

https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios

SABA: agonistas beta de


receptor beta de curta
duração

LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração

LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Manejo da asma em pacientes 6-11 anos
Fonte: Global Initiative for Asthma (GINA), 2022

https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios

SABA: agonistas beta de


receptor beta de curta
duração

LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração

LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Manejo da asma provável em pacientes < 6 anos
Fonte: SBP, 2020.

ICS: corticosteroides
inalatórios

SABA: agonistas beta de


receptor beta de curta
duração

LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração

LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA
Step up/step down

CLASSIFICAÇÃO CONTROLADA CONTROLE RUIM/PARCIAL NÃO CONTROLADA


Ação Step down se 3 a 6 Realizar Step up  Considerar CTC oral +
meses controlado Reavaliar em 2-6 semanas Step(s) up(s) 
Reavaliar em 2 semanas
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA
• Antes da estratégia step-up:

Verificar a adesão do paciente

Verificar a técnica de uso do dispositivo inalatório

Verificar comorbidades associadas

Verificar fatores ambientais


AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO
• Principais causas de dificuldades na adesão ao tratamento

LIGADAS AO PACIENTE
Interrupção da medicação na ausência de sintomas
Uso incorreto do dispositivo inalatório
Dificuldade de compreender esquemas terapêuticos complexos
Suspensão da medicação devido a efeitos indesejáveis/custo
Falha no reconhecimento da exacerbação dos sintomas
Plano de cuidado e
Acompanhamento do paciente
O FARMACÊUTICO É IMPORTANTE NO
MANEJO DESTA DOENÇA?
• Falta de adesão (28-70%) : educação em saúde para promoção do
aumento da adesão

• Erros de medicação (inaladores) : educação em saúde (técnicas de


administração) e monitoramento

• Necessidade de reconhecimento dos gatilhos da doença : educação em


saúde e monitoramento

Melhora dos resultados em saúde e da qualidade de vida do paciente


PLANO DE CUIDADO
• Cuidado integral, holístico e centrado no paciente.
• Em conjunto com o paciente e com a equipe multiprofissional de saúde.
• Baseado nas melhores evidências.
• Visando garantir melhorias no processo de uso de medicamentos, nos
resultados em saúde e na qualidade de vida para o paciente.
PLANO DE CUIDADO
• Rastreamento em saúde
 Pacientes com sinais e sintomas compatíveis com asma
• Educação sobre a doença, seus gatilhos e tratamentos
 Paciente, familiares e profissionais de saúde
• Resolução dos problemas de seleção do tratamento em conjunto com o médico
 Medicamento, dose, frequência, via, duração
 Classificação e gravidade da asma
• Aconselhamento ao paciente sobre adesão ao tratamento
 Aconselhamento sobre a importância do tratamento
 Orientações sobre a utilização adequada dos dispositivos inalatórios
PLANO DE CUIDADO
• Resolução dos problemas de efetividade e segurança em conjunto com o paciente e com o
médico
 Sugestões de alterações na farmacoterapia para alcance das metas terapêuticas
 Redução de riscos, maximização de benefícios
 Prevenção e controle de riscos
 Melhora dos resultados em saúde e qualidade de vida dos pacientes

• Provisão de materiais
 Materiais educativos
 Calendário posológico
PLANO DE CUIDADO
• Encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde
 Rastreamento positivo
 Inefetividade comprovada apesar de boa adesão
 Reações adversas
 Piora de sinais e sintomas
 Crise asmática
Lembre-se de orientar o
paciente quanto ao uso
• Acompanhar a evolução do paciente
correto dos dispositivos
inalatórios
TIPOS DE DISPOSITIVOS INALATÓRIOS

Inaladores
Inaladores de pó
pressurizados (IPs)
(IPo)
Hidrofluoralcano
Turbuhaler, Diskus, Aerolizer®,
(HFA) como
Ellipta, Handihaler, Pulvinal®
Propelente (sprays/bombinhas)
Orientações sobre a utilização adequada dos
dispositivos inalatórios
Principais dispositivos inalatórios disponíveis no mercado brasileiro. A-Spray; B -Turbuhaler e Pulvinal; C-Aerolizer; D -Diskus; E
-Handidaler; F -Nebulizador.

Fonte da imagem: https://www.researchgate.net/figure/Figura-6-Principais-dispositivos-inalatorios-disponiveis-no-mercado-brasileiro_fig5_255994038


Spray
Spray oral

https://ne10.uol.com.br/casasaudavel/2017/06/20/pesquisa-demonstra-eficacia-de-espacadores-artesanais-no-
tratamento-da-asma/index.html
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-
respirat%C3%B3rias/asma/medicamentos-para-prevenir-e-tratar-a-asma
Espaçador caseiro?
Aerolizer
Turbuhaler

https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Accuhaler

https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Ellipta LAMA (long-acting muscarinic antagonist)

Relvar®

https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Ellipta

https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Breezhaler

Onbrize®

https://www.healthnavigator.org.nz/medicines/
Como utilizar os
dispositivos?
Tiotrópio, como utilizar?
Medicamentos inalatórios para asma
disponíveis no Brasil
Medicamentos inalatórios para asma
disponíveis no Brasil
Medicamentos inalatórios para asma
disponíveis no Brasil
Espaçadores para dispositivos inalatórios

• Aplicável apenas para as bombinhas (IPs).


• Reduzem a deposição de corticoides na orofaringe.
• Reduzem a biodisponibilidade sistêmica e efeitos adversos dos
corticoides inalatórios.
• Aumentam a deposição pulmonar.
• Facilitam o uso de IPs contendo broncodilatadores nas exacerbações.
Espaçadores para dispositivos inalatórios

Sem espaçador Com espaçador


Carga eletrostática é reduzida se a limpeza é feita com
detergentes caseiros e é nula nos espaçadores de metal
Limpeza: deixar o espaçador de molho em solução de
água com detergente neutro (2 gts/1L) por 30 min.
Deixar secar ao ar livre.
DISPOSITIVOS INALATÓRIOS
Página do CFF:

https://www.cff.org.br/pagina.php?id=778&menu
=778&titulo=Publica%C3%A7%C3%B5es
ASMA E COVID-19
ASMA E COVID-19
ASMA E COVID-19
Casos clínicos
Caso clínico 1

- Alberto tem 15 anos de idade e nasceu em Ribeirão Preto – SP, onde reside com os
pais e um irmão. Dona Olívia, a mãe de Alberto, chega à farmácia com o filho e
relata ser fumante, morar em casa com pouca ventilação, higiene precária e muito
poeira.
- Alberto apresenta episódios de asma sempre que entra em contato com pelo de
animais, poeira doméstica, corantes de alimentos, chocolate, sabonete, clara de
ovo ou qualquer cheiro forte. As crises são piores no período de julho e agosto.
- O paciente foi internado 8 vezes devido a exacerbações das crises nos últimos três
anos. Atualmente faz uso contínuo de Alenia® (formoterol 12mcg e budesonida
400mcg) VI 2x ao dia, além de inalador pressurizado (bombinha) de Aerolin ®
(sulfato de salbutamol 100 mcg) nas crises.
Caso clínico 1

- Limitação da vida diária: faltou a escola várias vezes no último mês por crises de
asma

- As crises de asma acontecem aproximadamente 3 a 4x por/semana

- No último mês, acordou à noite com sintomas 2x


AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

1) Durante as últimas 4
semanas, quanto tempo a
sua asma impediu-o de
realizar atividades no
trabalho, na escola ou em
casa?

Caso clínico: Alberto, 15 anos:


Alguma parte do tempo: 3
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

2) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você teve falta de ar?

Caso clínico: Alberto, 15 anos:


3 a 4x por semana: 3
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

3) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes os
seus sintomas de asma
(sibilos, tosse, falta de ar,
aperto ou dor no peito)
acordou-o durante a noite
ou mais cedo que o
normal pela manha?

Caso clínico: Alberto, 15 anos:


1 a 2x : 4
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

4) Durante as últimas 4
semanas, quantas vezes
você usou o seu
medicamento de inalação
ou nebulização (como o
salbutamol)?

Caso clínico: Alberto, 15 anos:


2 a 3x por semana: 3
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA

5) Como você classificaria o


seu controle da asma
durante as últimas 4
semanas?

Caso clínico: Alberto, 15 anos:


Não controlada: 1
INTERPRETAÇÃO

Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada
ACT = 14

ASMA PARCIALMENTE
CONTROLADA
ACT ≥ ACT = ACT
20 15-19 <15
Relembrando...

CLASSIFICAÇÃO CONTROLADA CONTROLE RUIM/PARCIAL NÃO CONTROLADA


Ação Step down se 3 a 6 Realizar Step up  Considerar CTC oral +
meses controlado Reavaliar em 2-6 semanas Step(s) up(s) 
Reavaliar em 2 semanas

Lembrar que ANTES de realizar um Step up, deve-se atentar para as medidas
não farmacológicas, reforçar adesão terapêutica e descartar outros
diagnósticos diferenciais!!!!
Caso clínico 1
1. Para este paciente, quais devem ser as orientações com relação ao
tratamento não farmacológico?
2. Quais são as melhores opções terapêuticas em caso de crise aguda de asma
(farmacoterapia de alívio)?
3. Em casos de crise de asma, pode-se utilizar o fenoterol ou salbutamol. Quais
as principais diferenças entre esses dois agonistas β2 de curta duração?
4. A associação de fenoterol ou salbutamol com brometo de ipratrópio é
recomendada?
5. Quais são as opções terapêuticas para manutenção e controle da asma?
Relembrando...

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ICS: corticosteroides
inalatórios

SABA: agonistas beta de


receptor beta de curta
duração

LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração

LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Caso clínico 2

Rafael, 23 anos. Asma diagnosticada há 15 anos. Sensibilidade a ácaros,


pólen e pelos de animais. Nível de gravidade persistente leve (nível 2).
Relata necessidade de uso de salbutamol 3 vezes por semana nos últimos
meses. Não acorda a noite com falta de ar e tem evitado realizar exercícios
físicos, pois tem crise quando tenta. O que o farmacêutico deve fazer?
MEDICAMENTOS
• Flixotide® Accuhaler 500 mcg (Fluticasona) 1-0-0
• Salbutamol® Inalador (Salbutamol) S/N
INTERPRETAÇÃO

Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada
ACT = 16

ASMA PARCIALMENTE
CONTROLADA
ACT ≥ ACT = ACT
20 15-19 <15
Caso clínico 2
1. Para este paciente, quais devem ser as orientações com relação ao
tratamento não farmacológico?
2. Quais as intervenções podem ser possíveis para esse paciente?
Relembrando...

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ICS: corticosteroides
inalatórios

SABA: agonistas beta de


receptor beta de curta
duração

LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração

LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
Caso clínico 3

Maria Luiza, 27 anos, residente na cidade de Curitiba/PR e estudante de


administração. Renda mensal familiar: 5 salários mínimos. Ela procura o
farmacêutico para tirar algumas dúvidas sobre suas queixas e seus exames
laboratoriais.

História clínica:
Asma (há 22 anos), rinite (há 20 anos) e hipotireoidismo (há 3 anos).
Caso clínico 3
Queixas:
Falta de ar no último mês: 3 x na semana e, algumas vezes, acordou com tosse e
com dificuldade para respirar durante a madrugada (1x por semana). Relata
apresentar tosse seca diariamente, que incomoda um pouco, principalmente à
noite. Alega também que deixou de ir para a faculdade 3x neste mês por conta
disso.

Rinite, há 10 dias. Relata sentir o nariz escorrendo e espirrar muito. Por


enquanto não administrou nenhum medicamento para isso. Alega também, que
seus primos vieram a passeio e dormiram no seu quarto na semana passada e
desde então ela não o limpou.
Caso clínico 3
Parâmetros
Peso: 60,2 kg; Altura: 1,65 m
Pressão Arterial no momento da consulta = 109/60, 110/60, 110/65 mmHg
Exames laboratoriais (2 meses atrás): CT = 220mg/dl; HDL = 30mg/dl; TG =
190mg/dl; LDL = 152mg/dl; TSH = 5,50 uUI/ml, T4 = 0,65 ng/dl.

Prescrição atual – modo de uso pela paciente:


Salmeterol+fluticasona 50 mcg/250mcg (diskus) 1 x ao dia – utiliza quando sente
falta de ar.
Aerolin Inalador 100 mcg (salbutamol) se crises: não tem utilizado, pois disse que a
receita venceu e o medicamento também. Sendo assim, para as crises ela utiliza a
outra “bombinha”.
Levotiroxina 50mcg 1 x ao dia, em jejum– tomar um comprimido em jejum, junto
com o cafezinho preto.
Caso clínico 3

Terapias complementares: às vezes utiliza chá de camomila para o estômago.


Alergias: nenhuma conhecida.
Acesso a medicamentos: UBS e Farmácia comercial.
Armazenamento dos medicamentos: armário do banheiro

Adesão ao tratamento:
Utiliza o Seretide® sempre que sente falta de ar, mas relata que não melhora
muito. Ela se incomoda com o pozinho que sente na boca depois que usa.
Realiza a seguinte técnica de uso: gira o dispositivo e aciona a trava lateral.
Coloca a boca no bocal, puxa o ar e logo em seguida tira o dispositivo da boca.
INTERPRETAÇÃO

Asma
Asma Asma não
parcialmente
controlada controlada
controlada

ACT = 9
ASMA NÃO CONTROLADA
ACT ≥ ACT = ACT
20 15-19 <15
Relembrando...

CLASSIFICAÇÃO CONTROLADA CONTROLE RUIM/PARCIAL NÃO CONTROLADA


Ação Step down se 3 a 6 Realizar Step up  Considerar CTC oral +
meses controlado Reavaliar em 2-6 semanas Step(s) up(s) 
Reavaliar em 2 semanas

A paciente apresenta questões com a adesão!! Não realizar o Step enquanto


não acertar isso primeiro!!
Relembrando...

https://gresp.pt/ficheiros/recursos/newsletters/atualizacoes-gina-2022.pdf
ICS: corticosteroides
inalatórios

SABA: agonistas beta de


receptor beta de curta
duração

LABA: agonista de
receptor beta de longa
duração

LAMA: antagonista de
receptor muscarínico
O QUE FAZER?

REGISTRE O ATENDIMENTO
Caso clínico 4
João Gabriel Soares, 65 anos, aposentado (renda mensal: 3 salários mínimos),
escolaridade: curso técnico de mecânica industrial. Mora com os 2 filhos e a esposa
em uma cidade metropolitana de Curitiba/PR.

História clínica: Hipertensão (há 10 anos), dislipidemia (há 2 anos), asma (desde a
adolescência). Nega histórico de infarto ou AVC na família.

História social: Não faz uso de tabaco e relata uso de bebidas alcoólicas socialmente
(3 latas de cerveja no final de semana). Relata não praticar exercícios físicos. Não faz
nenhuma restrição alimentar: no café da manhã come pão branco com margarina e
uma xícara de café preto; no almoço come arroz, batata, feijão e carne de boi; à tarde
come frutas (gosta muito de banana e uva); na janta faz um lanche (pão com queijo e
presunto e suco de caixinha).
Caso clínico 4

Queixas:

Falta de ar, principalmente quando caminha, há uns dois meses. Acredita que
sua asma tenha piorado e, inclusive, há uns três meses atrás, precisou ser
hospitalizado e utilizou prednisona 20mg por 10 dias. Relata que se sente um
pouco limitado para realizar suas atividades diárias (ir à lotérica, ir à
panificadora, ao mercado). Neste último mês precisou utilizar a bombinha de
Aerolin® umas três vezes por semana.
Caso clínico 4

Parâmetros:
Peso: 84,1 kg; Altura: 1,78 m.
PA consultório = 145/95, 142/95, 145/90 mmHg.
Perfil lipídico (pedido pelo médico da UBS há 3 meses): CT 250 mg/dl, HDL 56
mg/dl, TG 200 mg/dl, LDL = 154mg/dl.
ACT = 15
Caso clínico 4

Farmacoterapia atual:

Beclometasona spray inalatório 200mcg (Clenil® HFPA spray) prescrito 200mcg 2x/d –
utiliza às 8h da manhã e às 8h da noite.
Hidroclorotiazida prescrito 25mg/dia - Utiliza 1 cp. pela manhã.
Enalapril prescrito 10mg 2x ao dia - Utiliza 1 cp. pela manhã e outro à noite.
Sinvastatina prescrito 40 mg/dia – Utiliza 1 cp. no almoço junto com o AAS 100mg.
AAS prescrito 100mg/d – Utiliza 1cp no almoço.
Aerolin Inalador 100 mcg (salbutamol): Na última semana relata que precisou usar 3x
(6-8 puffs/d).
Caso clínico 4
Alergias: Nenhuma conhecida
Acesso a medicamentos: Adquire na UBS e na Farmácia Popular.
Automedicação: Administra ibuprofeno quando sente dor nas pernas. Não
incomoda muito, mas ele prefere tomar o medicamento: frequência: 1-2x por
semana.
Armazenamento dos medicamentos: armário do quarto.

Adesão ao tratamento:
Não esquece de utilizar os medicamentos. Relata que esta semana tomou todas
as doses. Relata a seguinte técnica de uso, de ambas as bombinhas: solta o ar
dos pulmões, posiciona a boca há uns 3cm de distância do bocal do dispositivo,
inspira pela boca o medicamento ao mesmo tempo que aperta o botão do
dispositivo. Segura o ar por 10 segundos, e depois respira normalmente.
O QUE FAZER?

REGISTRE O ATENDIMENTO
FONTES DE INFORMAÇÕES
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde: Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 1.317, de 25 de
novembro de 2013. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Asma.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Doenças respiratórias crônicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília :Ministério da Saúde, 2010.
• CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente,
à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual / Conselho Federal de
Farmácia – Brasília: Conselho Federal de Farmácia – CFF, 2016
• DIPIRO, J.T.; TALBERT, R.L.; YEE, G.C.; MATZKE, G.R.; WELLS, B.G.; POSEY, L.M. Pharmacotherapy: a
pathophysiologic approach. 8. ed. New York: McGraw-Hill Medical, 2011.
• FANTA, C.H. An overview of asthma management.[Internet]. 2017.Disponível em:
<https://www.uptodate. com/contents/an-overview-of-asthma-management?
search=An%20overview%20of%20asth-
ma%20management&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&dis-
play_rank=1> Acesso em 21/03/2018.
REFERÊNCIAS
• Global Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma Management and Prevention (2019
update), 2019. Available from: www.ginasthma.org
• LEINER, CG ET. AL. Expiratory peak flow rate.Standard values for normal subjects. Use a clinical
test of ventilatory function. Am VerRespir Dis 1963;88:644.
• NATIONAL HEART LUNG AND BLOOD INSTITUTE. (2007). Expert Panel Report 3 (EPR3): Guidelines
for the Diagnosis and Ma- nagement of Asthma. Disponível em:
<https://www.nhlbi.nih.gov/sites/default/files/media/docs/ asthgdln_1.pdf>
• Pizzichini1 MMM, Carvalho-Pinto2 RM, Cançado3 JED, Rubin AS, 4 , 5 , et al. Recomendações para
o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - 2020. J Bras Pneumol.
2020;46(1):e20190307. Disponível em:
<https://jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=3118>
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE PENUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 38, s.
1, pg. S1-S46, abril, 2012. Disponível em: < http://www.jornaldepneumologia.com.br/pdf/
suple_200_70_38_completo_versao_corrigida_04-09-12.pdf >

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