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Farmacoterapia da

Asma
Profa Tatiana Herrerias
Epidemiologia
 As mulheres são as mais acometidas pela doença:

3,9 milhões de mulheres (62%) x 2,4 milhões de homens (38%)

 350.000 internações anuais por asma no Brasil

 4ª causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde

 3ª causa entre crianças e adultos jovens

 Apenas 12,3% dos asmáticos estão com a asma bem controlada.


Taxa de mortalidade (causa básica ou associada) 
2,29/100.000 habitantes predominando no adulto jovem e
em ambiente hospitalar – Brasil (2000)
Epidemiologia

 Brasil  23% dos brasileiros (18 – 45 anos) tiveram sintomas de asma no


último ano e somente 12% da amostra tinham diagnóstico prévio de asma1

 A asma atinge 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos (PNS-MS) e


IBGE.

 Apenas 32% dos asmáticos brasileiros são aderentes ao tratamento.

1Global asthma prevalence in adults: findings from the crosssectional world health survey.
2Cançado et al. Respira project: Humanistic and economic burden of asthma in Brazil. J Asthma. 2019;56(3):244-251
Heterogeneidade na Asma

Diferentes fenótipos  características observáveis de um indivíduo

Fenótipos asma eosinofílica ou não eosinofílica

inflamatórios asma alérgica ou não alérgica


Heterogeneidade na Asma
 Endótipos  mecanismo molecular ou fisiopatológico subjacente ao fenótipo
 Inflamação tipo 2 (T2) alta e baixa.

T2 alta T2 baixa
Início precoce (mais grave) Início tardio
Ausência de eosinofilia nas vias
Associada à atopia/IgE
aéreas e sistêmica
Eosinofilia nas vias aéreas e
sistêmica Pouco responsivos a corticoides e
Responsivos aos corticoides e anti-inflamatórios
anti-inflamatórios
Farmacoterapia da asma
Manejo farmacológico  alterações significativas

critérios para o tratamento


doença heterogênea e
da asma em etapas
complexa novas drogas

Nível de controle baixo e morbidade elevada


Farmacoterapia da asma

Geralmente  asmáticos possuem doença do tipo concordante

 inflamação das vias aéreas  sintomas

 inflamação das vias aéreas  sintomas

Tratamento poderá ser direcionado pelos


sintomas
Asma

 Caracteriza-se como uma doença inflamatória crônica das vias aéreas;


 Causa sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e
pela manhã ao despertar.
A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos,
irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios;
 Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas,
estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos.
Asma
Asma • Anormalidades no controle
neural autonômico e no tônus
Mastócitos, macrófagos, da via aérea
linfócitos T, eosinófilos, Citocinas • Alterações na permeabilidade
neutrófilos e células vascular
epiteliais • Hipersecreção de muco,
• Mudanças na função mucociliar
• Aumento da reatividade do
músculo liso da via aérea.

Espessamento da membrana basal e lesões


irreversíveis
Diagnóstico
São indicativos de asma: um ou mais dos sintomas
 dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico,
particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã;
 sintomas episódicos;
 melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma
(broncodilatadores, anti-inflamatórios esteroides;
 três ou mais episódios de sibilância no último ano;
 variabilidade sazonal dos sintomas
 história familiar positiva para asma ou atopia;
 diagnósticos alternativos excluídos.

Confirmação  medida da função pulmonar (gravidade da


limitação ao fluxo aéreo, sua reversibilidade e variabilidade) 
Espirometria
Controle da asma
Classificação: controlada, parcialmente controlada e não controlada
Parâmetros:
 Controle das limitações clínicas  sintomas mínimos diurnos e ausência
de sintomas noturnos, necessidade redução da necessidade de medicação
para alívio dos sintomas; ausência de limitação das atividades físicas.

 Redução de riscos futuros  exacerbações, perda acelerada da função


pulmonar e efeitos adversos do tratamento

Avaliação do controle  geralmente feita em


relação às últimas 4 semanas
Níveis de
controle
da asma

J Bras Pneumol. 2020;46(1):e20190307


Controle X Gravidade

 Controle  expressa a intensidade com que as manifestações da asma


são suprimidas pelo tratamento

 Gravidade  relacionada à quantidade de medicamentos necessária


para atingir o controle da doença

Gravidade  relacionada a características intrínsecas


da doença e pode se alterar com o tempo
Avaliação da gravidade

Prática clínica:
 Realizada de maneira retrospectiva a partir da necessidade de uso de
medicamentos para controle dos sintomas e exacerbações
 Só deve ser realizada se o paciente tiver seus sintomas controlados por
muitos meses
 Redução da gravidade  pode ser realizada e ocorrer uma redução na
necessidade de medicamentos para o controle dos sintomas

Gravidade da asma  não é um aspecto estático e pode


ocorrer alterações em meses e/ou anos.
Gravidade da asma
 Asma leve  Paciente possui seus sintomas controlados com uma única Etapas
1e2
medicação ou com tratamento de controle com associações usando baixas
doses de CI, antagonista de receptor de leucotrienos ou cromonas.

 Asma moderada  Paciente tem seus sintomas controlados com baixas Etapa
3
doses de CI + LABA

 Asma grave  Uso de altas doses de CI + LABA Etapas


4e5

Sintomas Sintomas não-


controlados controlados
Global Initiative for Asthma – GINA, 2019
FIM
tatianaherrerias@hotmail.com

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