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Universidade de Cabo Verde

Faculdade de Ciência e Tecnologia


Curso de Licenciatura em Enfermagem
Unidade Curricular: Saúde Infantil e Pediátrico

Afeções respiratórias:
Pneumonia pneumocócica
Pneumonia vírica
Asma

Discentes:
Amarilis Mendes De Pina
Daniela Sá Nogueira
Márcia Docente: Elisabete Moreno Barros
Introdução
As doenças que acometem o trato respiratório são agudas ou
crônicas e apresentam uma das maiores taxas de mortalidade
do mundo, afetando diretamente milhões de crianças.
De acordo com a Organização mundial da saúde (OMS), a
pneumonia matou mais de 808 mil crianças com menos de 5
anos em 2017, representando 15% de todas as mortes de
crianças com menos de 5 anos.
A mesma refere que estima-se que 262 milhões de pessoas
tiveram asma em 2019, e causaram 455.000 mortes.
Um inquérito sobre as afeições respiratórias e alérgicas,
realizado por algumas docentes da Universidade de Cabo
Verde, constatou de que existe um alta prevalência desses
casos entre crianças dos 6 a 7 anos, afetando assim a
qualidade escolar e a vida profissional dos pais.
Pneumonia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pneumonia é uma infeção aguda


respiratória causada pela inalação de patógenos, através do trato respiratório, capaz de
atingir os pulmões, podendo danificar os brônquios e alvéolos. A pneumonia é uma
infecção que afeta sobretudo os pulmões fazendo que a imunidade do infectado
diminuía de forma prejudicial.

Etiologia
Bacteriana Viral Fungos / Parasitas
Parainfluenza 1,2,3
PNEUMOCOCO Metapneumovirus Influenza
A, B Adenovirus
Pneumonia Pneumocócica
Ela ocorre quando o Streptococcus pneumoniae
infecta os pulmões, geralmente após a aspiração de
gotículas respiratórias contaminadas. A bactéria
invade os alvéolos pulmonares, causando inflamação,
acúmulo de fluido e formação de pus nos pulmões.

O pneumococo é um diplococo gram-positivo


encontrado com maior assiduidade no trato
respiratório superior da criança, sendo o agente mais
comum da pneumonia bacteriana, otite média e
meningite.

(CORREA, STARKE, 2006).


•Os sintomas da pneumonia
pneumocócica incluem:
•Ø Tosse com ou sem

Manifestações
expectoração;
•Ø Febre;
•Ø Calafrios;
Clinicas •Ø Dificuldade respiratória;
•Ø Dor no peito;
•Ø Fadiga;
•Ø Confusão
Conduta Terapêutica/ Tratamento

• A administração de antibiótico, o repouso, a ingesta livre


de líquidos e o uso de antitérmicos são as principais
medidas terapêuticas. A percussão torácica e a drenagem
postural podem ser indicadas, contudo há controvérsias.

• Podem ser necessários líquidos intravenosos para garantir a


hidratação e oxigenoterapia se a criança tiver desconforto
respiratório; algumas crianças podem necessitar de
antimicrobianos intravenosos devido à gravidade da
doença.

Vacina / Prevenção

O Advisory Committee on Immunization Practices


recomenda que a vacinação de rotina com a PCV13 seja
realizada em todas as crianças entre 2 e 59 meses de idade,
crianças entre 60 e 71 meses de idade com doenças
subjacentes e risco aumentado para doença pneumocócica ou
complicações, e crianças vacinadas previamente com uma ou
Intervenções de Enfermagem
Os cuidados de enfermagem para a criança com pneumonia são
primariamente de suporte e sintomáticos, mas necessitam:

- Avaliação respiratória minuciosa

- Administração de oxigênio suplementar (se necessário)

- Administração de líquidos e antibióticos

- Avaliar frequentemente a frequência respiratória da criança, o ritmo e


a profundidade, a oxigenação, a disposição geral e o nível de atividade
Pneumonia Virica
O vírus entra no trato respiratório, através de gotículas
respiratórias ou contacto direto com secreções contaminadas,
comprometendo assim as trocas gasosas a nível dos alvéolos,
desencadeando um processo inflamatório nos pulmões.

(Bartholo, 2009)
Pneumonia Virica
O causadores comuns da pneumonia virica são:
 Sinicical Respiratório (VSR);
 Influenza do tipo A e B;
 Adenovirus;
 Parainfluenza;
 Virus do Sarampo;
 Virus da Herpes,
 Citomeganovirus;
 Coronavírus.
• Febre
Manifestações • Tosse seca
• Dispneia
Clinicas • Letargia
• Irritabilidade
• Recusa em se alimentar
• Corrimento nasal
• O tratamento das pneumonias por vírus
depende da gravidade do quadro e do agente
infectante. As medidas de suporte incluem
ventilação assistida, em casos mais graves e
o uso de drogas antivirais como a amantina,
rimantadina , zanavir .

Conduta • Recomenda-se também o isolamento na


Terapêutica enfermaria no qual o profissional deve
utilizar os EPI.

• (Figueiredo, 2009)
Vacina

A vacina contra o vírus influenza é


recomendada em crianças com 6 meses
de idade e deve ser administrada
anualmente.

A vacina do VSR é recomendada para


bebes prematuros e crianças pequenas.

Deve se ter em conta o cumprimento do


calendário de vacinação enfatizando a
vacina contra a pneumonia pneumococo.
Intervenções de
Enfermagem
• Monitorização dos sinais vitais;

• Avaliação da frequência respiratória, esforço


respiratório e sonhos respiratórios;

• Administrar a terapêutica prescrita.

• Promover a hidratação adequada;

• Monitorizar a alimentação da criança;

• Fornecer orientações e informações á família.


ASMA
• A asma é um distúrbio inflamatório
crônico das vias aéreas
caracterizado pela recorrência dos
sintomas, obstrução das vias aéreas
e Hiper responsividade brônquica
(Hockenberry & Wilson, 2014).

• Asma é uma doença inflamatória
crônica, caracterizada por Hiper
responsividade das vias aéreas
inferiores e por limitação variável
ao fluxo aéreo, reversível
espontaneamente ou com
tratamento.
CARACTERÍSTICAS
• A asma pode mudar ao longo do tempo
• A asma pode ser controlada de modo a que a pessoa possa ter
uma vida produtiva e fisicamente ativa
• As crises de asma/exacerbações têm carácter episódico mas a
inflamação das vias aéreas é crónica
• A asma é uma doença que requer tratamento a longo prazo
FISIOPATOLOGIA
Classificação das categorias da asma
Sintomas: Sintomas noturno Interferência na atividade Uso de β-agonista
normal
Asma Intermitente ≤ 2 vezes por semana ≤ 2 noites por mês nenhuma < 2 vezes por semana

Asma Persistente Leve > 2 vezes por semana, 1 a 2 vezes por mês (de limitação menor > 2 vezes por semana,
mas < 1 vez por dia 0 a 4 anos de idade) mas não diariamente

3 a 4 vezes por mês (5 a


11 anos de idade)

Asma Persistente Sintomas diários 3 a 4 vezes ao mês (de 0 alguma limitação diariamente
Moderada a 4 anos de idade
>1 vez por semana, mas
não noturnos (5 a 11
anos de idade)
Manifestações clínicas da asma

Sinais Respiratórios Relacionados


Tosse
Respiração curta
Tosse Seca, Fase expiratória prolongada
paroxística, Chiados audíveis
irritativa, Lábios de coloração vermelho-
escura
não produtiva
Torna-se ruidosa Inquietação

(Hockenberry & Wilson, 2014)


Conduta Terapêutica

• Manter os níveis normais


de atividade,
• Manter a função pulmonar
normal
• Prevenir sintomas crônicos
e exacerbações recorrentes,
• Fornecer a terapia
medicamentosa ideal
• auxiliar a criança a viver
uma vida normal

(Hockenberry & Wilson, 2014).


• Controle dos Alérgenos
• Farmacoterapia
Tratamento • Exercícios Físicos
• Exercícios Respiratórios
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Observa e avalia a características físicas da condição respiratória
crônica

Avaliar a perceção da criança e da família da gravidade da doença e do


seu nível de suporte social

Evitar os alérgenos-

Aliviar o broncospasmo
Considerações Finais
Embora estas afeições respiratórias tenham causas diferentes, podem impactar
significativamente o bem estar e o desenvolvimento da criança. É fundamental adotar
medidas preventivas, realizar diagnostico precoce e oferecer tratamento adequado para
garantir uma infância saudável e livre de complicações respiratórias. O envolvimento
ativos dos pais, a cooperação com profissionais de saúde e o acesso a cuidados
adequados são essenciais para garantir um ambiente saudável e seguro para o
crescimento e desenvolvimento das crianças.
Referencias Bibliográficas
Figueiredo, L., (2009),Pneumonias virais: aspectos epidemiológicos, clínicos, fisiopatológicos e
tratamento, J Bras Pneumo.
Melo, A.P.S.,Carnauba,S.M.F.,(2009), Pneumonia viral: principais sintomas, fisiopatologias,
diagnóstico, tratamento e prevenção, Brazilian Journal of Development.
Afessa, B., Shorr, A. F., Anzueto, A. R., et al. Association between a silver-coated endotracheal tube and
reduced mortality in patients with ventilator-associated pneumonia. Chest. 2010; 137(5):1015–1021.
ATLAS DA SAÚDE. Os diferentes tipos de pneumonia. 2014. Disponível em:
<https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/os-diferentes-tipos-de-pneumonia>. Acesso em: 4 out.
2020.
Bigham, M. T., Amato, R., Bondurrant, P., et al. Ventilator-associated pneumonia in the pediatric
intensive care unit: characterizing the problem and implementing a sustainable solution. J Pediatr.
2009; 154–587.

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