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INFECÇÕES

 DAS VIAS

 AÉREAS

EPIDEMILOGIA APLICADA
INTRODUÇÃO

As infecções respiratórias estão entre as doenças mais comuns do nosso dia a dia,
em evidência por conta da gripe e, recentemente, da covid-19, causadora de uma
pandemia que mudou definitivamente a forma como vivemos. Por um lado, muitas
delas oferecem baixo risco, chegam a incomodar, mas não oferecem muito
problema para o sistema imunológico combater o microrganismo invasor e
recuperar o bem-estar. Do outro, são responsáveis por numerosas internações e
podem até serem fatais.  Mesmo assim, ainda existem dúvidas sobre o que é uma
infecção respiratória, o que pode causar essa doença, quais os tipos infecciosos mais
comuns no sistema respiratório e o que fazer para tratar ou mesmo como se prevenir
CONCEITO 

Infecção respiratória acontece quando um


microrganismo capaz de usar o organismo como
hospedeiro e prejudicar suas funções biológicas,
invade algum tecido do trato respiratório superior
ou inferior, impedindo seu funcionamento padrão
e acionando uma resposta do sistema imune para
combatê-lo. De modo geral, esses agentes
infecciosos entram no nosso corpo por meio
dos olhos, boca ou nariz.
Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas
superiores como das inferiores. A asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) são as DRC mais comuns. Representam um dos maiores
problemas de saúde mundialmente.

Centenas de milhões de pessoas de todas as idades sofrem dessas doenças e de


alergias respiratórias em todos os países do mundo e mais de 500 milhões delas vivem
em países em desenvolvimento

      EPIDEMIOLÓGIA DAS DOENÇAS RESPIRATORIAS CRÔNICAS


Etiologia
A principal etiologia das IVAS é viral,
principalmente virus Influenza A e B. Os
vírus também podem suprimir as
funções dos neutrófilos, macrófagos e
linfócitos, favorecendo o crescimento
de patógenos presentes na rinofaringe,
como S. pneumoniae e H. influenzae,
favorecendo a infecção secundária.
DIAGNÓSTICO

Na síndrome do resfriado comum,


Geralmente a gravidade dos sintomas
geralmente a sintomatologia é mais
aumenta rapidamente em 2-3 dias após a
discreta, com sintomas iniciais:cefaleia,
infeção, com uma duração média de 7-10
espirros, calafrios e dor de garganta, com
dias. Alguns sintomas, no entanto, podem
sintomas tardios de coriza, obstrução
persistir por mais de três semanas.
nasal, tosse e mal-estar.

Na síndrome da gripe, tipicamente o início


dos sintomas é súbito, caracterizado por
A associação da tosse e da febre no mesmo
febre alta, cefaleia intensa, tosse, dor de
paciente apresenta um valor preditivo
garganta, mialgia, congestão nasal,
positivo de cerca de 80% em diferenciar a
cansaço, fraqueza e falta de apetite,
infecção pelo vírus influenza dos outros
apresentando, de uma forma geral,
quadros de infecção viral.
sintomas mais intensos do que no resfriado
comum .
QUADRO 1 – CARACTERÍSTICAS CLINICA DAS GRIPES E RESFRIADOS

Resfriados Gripes

Início dos Sintomas Gradual Súbito

Gravidade dos Sintomas Discreto Intenso

  Cefaléias Febre alta e tosse

Sintomas Principais Espirros Calafrios Cefaleia intensa Dor de garganta


Dor de garganta Miagia, congestão nasal

  Coriza Fraqueza e falta de apetite


  EXAMES
COMPLEMENTARES
Exames que são indicados na
suspeita de complicações ou
compromentimento do
estado geral:

Teste rápido para Influenza  Hemograma completo

Raio X de tórax AP e perfil PCR


  GRUPO DE RISCO

Quadro 3 - Indivíduos de risco para a infecção pelo influenza


Grupos de risco
Maiores de 65 anos
Gestantes na época de maior incidência do Influenza
Portadores de doenças pulmonares ou cardiopulmonares (inclusive asma)
Portadores de imunodeficiências (incluindo HIV, neoplasias)
Indivíduos com comprometimento da função respiratória (neuropatas, lesados medulares)
Moradores de asilos, albergues, hospitais de retaguarda para doentes crônicos
Crianças entre 36 e 23 meses de idade
  TRATAMENTO DO IVAS
INFECÇÃO VIAS AÉREAS SUPERIORES

Descongestionantes
Lavagem nasal com solução Antivirais: Amantadina (bloqueador
sistêmicos: pseudoefedrinas são
fisiológica ou hipertônica: aumentam de canal de íon M2) são inibidores
importantes na melhora da congestão
a freqüência do batimento ciliar e
nasal, uma vez que são agonistas alfa-
reduzindo o edema da mucosa nasal,
específicos da replicação viral do
adrenérgicos e reduzem a Influenza.  Zanamivir (disponível
diminuindo, assim, a obstrução nasal,
vascularização no leito das conchas para uso inalatório) e Oseltamivir
sendo que a hipertônica é
nasais, reduzindo o edema. Atente-se (inibidores de neuraminidase) -
comprovadamente mais eficaz.
para contra-indicações.
ativos contra o Influenza A e B.

Mucocinéticos: modificam a
consistência das secreções do
Vasoconstritores tópicos:
aparelho respiratório, facilitando
devendo ser usados no máximo
seu transporte e eliminação. Seus
Exemplo: Allegra D 120/60mg 1comp por cinco dias para diminuir o
efeitos benéficos não chegam a
12/12h por 5 dias. risco de efeito rebote.
superar as vantagens do uso de
uma hidratação adequada.
TIPOS DE INFECÇÕES
DAS VIAS AÉREAS
  Faringoamigdalite
É a infecção aguda de faringe, tonsilas, ou ambas.

Os sintomas podem incluir dor de garganta, dor de garganta, linfadenopatia cervical


e febre.

 O diagnóstico é clínico, complementado por cultura ou teste antigênico rápido.

 O tratamento depende dos sintomas e, no caso de estreptococos beta-hemolíticos do grupo A,


envolve antibióticos.As tonsilas participam na vigilância imunitária sistêmica. Além disso, as defesas
tonsilares locais incluem um revestimento do epitélio escamoso de processamento de antígeno que
envolve respostas de células B e T
  Faringoamigdalite
Viral: dor de garganta, disfagia, mialgia,
febre baixa, tosse, coriza hialina e espirros e
ausência de adenomegalia.

Bacteriana: dor de garganta intensa, disfagia,


otalgia reflexa, febre de intensidade variável, que
podem ser acompanhadas de queda do estado
geral e presença de adenomegalia
  Laringite  Aguda
O termo laringite é sinônimo de inflamação laríngea, o que implica uma resposta
local a dano tecidual, caracterizado por dilatação capilar e infiltração leucocitária.

A laringite aguda é uma condição autolimitada que dura menos de três semanas e
geralmente está associada a uma infecção do trato respiratório superior,
principalmente viral.

 As infecções geralmente ocorrem durante um período de até sete dias, com febre
e comprometimento das vias aéreas, sendo mais prevalente na infância. Causas não
infecciosas incluem tensão vocal excessiva, refluxo gastroesofágico e inalação de
irritativos. 
  Laringite Aguda

Laringite aguda: síndrome clínica caracterizada por voz rouca


com a diminuição da fonação e projeção de voz, que ocorre
geralmente após uma infecção do trato respiratório superior
com tosse.
  Rinossinusite Aguda
Rinossinusite é uma inflamação dos seios paranasais e mucosa nasal. 

Conforme a duração dos sintomas, a rinossinusite pode ser aguda, quando durar até 4 semanas, subaguda, que
dura de 4 a 12 semanas e crônica, quando os sintomas persistem por mais de 12 semanas, ou seja, mais de 3
meses. 

 Rinossinusites virais tendem a apresentar um pico de piora em torno do 3o dia do início dos sintomas, com
melhora após o 6 dia e raramente durando mais que 7 a dez dias. 

 A etiologia bacteriana, os sintomas tendem a persistir por mais de 10 dias ou  podem apresentar um padrão
bifásico, ou seja, uma melhora inicial seguido do reaparecimento ou agravamento dos sintomas após 5 a 6 dias.
Não existe nenhum sintoma ou sinal clínico patognomônico de vírus ou bactérias. Uma exceção seria quando
houver febre alta (geralmente acima de 39 graus) por mais de 3 a 4 dias, associada a rinorreia purulenta franca e
dor facial importante.
Rinossinusite Aguda

Rinossinusite aguda: obstrução nasal, congestão,


rinorréia anterior e/ou posterior, espirros, associados
a manifes- tações sistêmicas infecciosas como febre
baixa, halitose, mal-estar, tosse, pressão nos ouvidos,
dor dentária e as- tenia.
Otite Aguda

      A otite média aguda (OMA) pode se apresentar com otalgia,


irritabilidade, redução da audição, anorexia, vômitos ou febre,
geralmente com a presença de uma infecção respiratória viral
contínua. O exame físico revelará uma membrana timpânica abaulada
e opacificada com um reflexo de luz atenuado.

Otite aguda:
• Otite média aguda é uma doença primária da infância
e não será descrita.

Otite externa pode ocorrer em qualquer faixa etária,


mas idosos são mais acometidos
 Meningite Viral e
Bacteriana
Qual é a diferença entre meningite viral e
bacteriana?

Além da diferença óbvia – uma é causada por vírus e


outra, por bactérias –, a meningite viral costuma ser
menos grave e tende a não deixar sequelas, enquanto
a meningite bacteriana pode ser mais grave.

Na viral, também é comum que os sintomas sejam


parecidos com o de uma virose, o que não invalida a
possibilidade de outros sinais. O tratamento de cada
uma é diferente.
Meningite  Bacteriana
Meningite bacteriana e meningite meningocócica.Quando causada por bactérias, chamamos a
doença de meningite bacteriana. As bactérias causadoras mais comuns são Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria mengitidis. A última é a origem da meningite
meningocócica, a mais conhecida e com tendência a ser mais grave.  

 O diagnóstico é feito por exames físicos e laboratoriais, com amostras de sangue e do


líquor (um líquido presente entre as membranas que citamos, meninges).

 O tratamento será orientado pelo médico, comumente envolvendo antibióticos.


Meningite  Viral
 Causada por vírus, usualmente do tipo enterovírus, mas também pode ter origens menos
frequentes como o vírus do herpes simples, HIV, zika e outros. 

O diagnóstico é feito por testes clínicos e, como falamos, a tendência é que os sintomas
sejam mais leves.

Não há um tratamento específico e, muitas vezes, a pessoa se cura com repouso e


antitérmicos contra a febre.

 Mas fique de olho: mesmo com sintomas leves é importante ir ao médico, já que eles
podem piorar. É necessário descartar completamente a possibilidade de ser bacteriana.
Aliás, é comum o uso de antibióticos até que o diagnóstico seja comprovado
 Pneumonia Viral/Bactriana
Basicamente, estamos falando de uma infecção nos pulmões que atinge os ALVÉOLOS
PULMONARES. Estes são as menores estruturas dos nossos pulmões e se localizam na
parte terminal dos bronquíolos, onde acontece a troca gasosa.

 Normalmente ela é provocada pela entrada de um agente infeccioso ou irritante


(também pode ser causada por reações alérgicas) no espaço alveolar. Como este é um
espaço destinado apenas para trocas de gases, deve estar sempre “limpo”, sem a
presença de outras substâncias que impeçam o contato do ar com o sangue, para que a
permuta entre os gases oxigênio, carbônico e outros, ocorra sem complicações. Assim,
a presença de algo estranho nesta região desencadeia o processo infeccioso e/ou
inflamatório.

 Os sintomas envolvem, quase sempre: • Febre alta (acima de 37,5° C); • Tosse seca ou
com catarro de cor amarelada ou esverdeada; • Dor no tórax; • Falta de ar e dificuldade
de respirar.
INTEGRANTES

Adriana Ana Paula


Cintia Santos
Franca Soares

Fábio Silva Gabriel  Costa Juma Mayara

Priscila
Mateus Filipe Scheila Soares
Gonçalves

Silvana Neri

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