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Amigdalites
Conceito:
o As faringites agudas correspondem a qualquer processo inflamatório e/ou infeccioso agudo da mucosa
faríngea.
o Já as amigdalites ocorrem quando tais processos acometem as tonsilas palatinas.
o Anginas ou faringoamigdalites são assim denominadas quando o processo ocorre em ambos locais.
Classificação das faringotonsilites:
o Amigdalite aguda: dor de garganta,odinofagia, febre, disfagia, adenomegalia cervical, otalgia reflexa,
cefaleia, astenia, dores musculares e artralgia; ao exame, hiperemia das amigdalas com ou sem
exsudatos purulentos.
o Amigdalite crônica: dor de garganta crônica, halitose, eliminação de caseum, edema periamigdaliano
e adenopatia cervical persistente.
o Hiperplasia amigdaliana: roncos, apneia obstrutiva do sono, disfagia e voz hipernasal; na presença de
quadro agudo associado, pode evoluir com insuficiência respiratória aguda.
Atenção ao paciente com padrão respirador bucal: amigdalas e adenoides cresceram muito,
ocupando o local em que o ar normalmente passa; é um paciente “bicudo”, baba ao dormir,
lábio inferior é mais voltado para baixo, tem o pescoço retificado, magro (a alimentação é
dificultada pela respiração ruim), abdome distendido (aerofagia), corcundo (tenta retificar a via
respiratório) e tem maior tendência a quedas (muda o ponto de equilíbrio do corpo); geralmente
cursa com apneia noturna, não dorme bem, não se alimenta bem e não se concentra.
o Podem ser divididas em eritematosas (viral ou iniício de eritematopultácea), eritematopultáceas,
pseudomembranosas (uma única placa, relacionada ao EBV – mononucleose) e ulcerosas
(superficiais ou profundas; iniciam como vesículas que se rompem, comumente causadas pelo herpes
vírus ou enterovírus).
Etiologia:
o Viral (40 a 50%): a presença de coriza é o principal sinal que indica etiologia viral, bem como diarreia.
Principais agentes: vírus influenzae A e B; parainfluenzae 1, 2 e 3; ecovírus, rinovírus e
adenovírus.
Formas específicas: Coxsakie vírus (herpangina), Paramixovirus (sarampo), herpes vírus
hominis (angina herpética) e EBV (mononucleose.
Correspondem a 75% das faringoamigdalites agudas preponderantes nos primeiros anos de vida
(2 e 3 anos) e menos frequentes na adolescência.
Quadro clínico: dor de garganta, disfagia, mialgia, febre baixa, tosse, coriza hialina, espirros,
obstrução nasal, rouquidão, aftas e sintomas GI.
Exame físico: hiperemia e edema da mucosa faríngea/amigdalas, presença de exsudato
(raramente) e ausência de linfonodomegalia.
Tratamento: medidas de suporte, analgésicos e anti-inflamatórios.
o Bacteriana (20 a 40%): na dúvida diagnóstica quanto ao agente etiológico, a antibioticoterapia é
recomendada para profilaxia primária de febre reumática.
O agente etiológico mais comum é o estreptococo beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes),
que pode complicar com febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda.
Outras bactérias patogênicas também referidas e muitas vezes encontradas como germes da
flora normal são: Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus e Moraxella catarrhalis.
Geralmente a hiperemia é menos intensa e a presença de placas é mais comum.
Quadro clínico: febre > 38°C e de início súbito, exsudato purulento (puntiforme ou em placas),
linfadenite cervical anterior dolorosa, ausência de tosse, petéquias no palato e odinofagia
Tratamento:
ave A vantagem da penicilina é verificar que o tratamento foi realizado com sucesso.
Presença de coriza, obstrução nasal, espirros, rouquidão, aftas e sintomas gastrointestinais são
citados como preditivos de etiologia viral
Amigdalite, Otite e Sinusite Pediatria Ana Cláudia Neves MED 96
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Etiologia e fisiopatologia:
o A patogênese da rinossinusite é multifatorial e envolve
uma complexa interação entre mecanismo de defesa do
hospedeiro e o organismo infectante.
o Existem três fatores fundamentais para a fisiologia normal
dos seios paranasais: a patência dos óstios, a função ciliar
e a qualidade das secreções nasais.
o Enquanto a obstrução do óstio do seio na rinossinusite
aguda é mais frequente devido ao edema de mucosa, na
rinossinusite crônica alguma anormalidade anatômica
que interfere na drenagem através do óstio está
frequentemente presente (sinusite de repetição + infecção recorrente de ouvido + sibilância – pensar em
síndrome de Kartagener, em que há deficiência mucociliar e acúmulo de secreção).
o As cavidades maxilares e as células etmoidais desenvolvem-se entre os 3º e 4º meses de gestação e
estão presentes no momento do nascimento, mas com pouco volume.
o As cavidades paranasais maxilares tem seu óstio de drenagem no meato médio, impedindo sua
drenagem gravitacional em direção ao interior do nariz, exigindo um aparelho mucociliar competente
para auxiliar na drenagem de muco e resíduos em direção à fossa nasal. Devido a esse
posicionamento pode-se explicar, em parte, a predisposição da cavidade paranasal maxilar desenvolver
infecção bacteriana secundária.
Diagnóstico:
o Essencialmente clínico, sem exame otorrinolaringológico detalhado e/ou exames de imagem.
o A distinção entre os tipos de RSA é realizada por meio da anamnese e exame físico.
o Sinais e sintomas – presença de dois ou mais: obstrução/congestão nasal, secreção nasal/rinorreia
anterior ou posterior (mais frequente) não obrigatoriamente purulenta, dor/pressão facial/cefaleia
(menos comum na criança), distúrbio do olfato e tosse.
Suspeitar quando houver gripe ou resfriado que não melhora em 7 dias; congestão nasal e tosse
ao deitar > 8 dias.
Tosse ao deitar é o sinal mais expressivo de RS na infância, juntamente com a rinorreia.
Possibilidade ainda maior – três ou mais: secreção nasal/presença de pus na cavidade nasal
com predomínio unilateral; dor local com predomínio unilateral; febre > 38°C;
deterioração/piora dos sintomas após período inicial de doença e elevação de VHS e PCR.
o RX simples: baixa sensibilidade e especificidade, sendo pouco úteis no diagnóstico de RSAB devido
ao número elevado de falso-positivos e falso-negativos.
o TC: não deve ser utilizada no diagnóstico inicial de RSA; é indicada em situações especiais, como
sinais e sintomas unilaterais, suspeita de complicação e falha terapêutica (inicia tratamento – tratamento
falha – trata novamente com outra classe – tratamento falha).
Deve ser considerada em doenças graves e pacientes imunossuprimidos.
Amigdalite, Otite e Sinusite Pediatria Ana Cláudia Neves MED 96
Estudos recentes sugerem que o uso rotineiro acrescenta pouca informação no manejo.
o Tratamento: