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ENP 382 - Enfermagem no cuidado à criança e adolescente na

experiência de doença

Administração de
medicamentos em Pediatria
Profa. Jéssica Batistela Vicente
Profa Carolliny Rossi de Faria Ichikawa

2022
Objetivos

▪ Compreender sobre uso seguro de medicamentos em Pediatria;


▪ Compreender as etapas do sistema de medicamentos (prescrição,
dispensação, administração e monitoramento);
▪ Identificar aspectos que podem resultar em erros de medicação e como
evitá-los;
▪ Compreender as fórmulas e cálculos de medicação em pediatria.
Administração de medicamentos em
Pediatria

Etapas do sistema de medicamentos

Prescrição (médico)

Dispensação (Farmácia)

Preparo (Equipe de Enfermagem)

Administração (Equipe de Enfermagem)

Monitoramento (técnico e clínico)

(COREN, 2017, GUARESCHI,CARAVALHO, SALATI, 2017)


Administração de medicamentos em
Pediatria

Segurança do Paciente
“Talvez pareça estranho enunciar como primeiro dever de um hospital
não causar mal ao paciente...” (Florence Nightingale, 1859)

O número crescente de pesquisas e dados epidemiológicos demonstra que


erros de medicação estão presentes em diferentes cenários da assistência
à saúde.

Uma prática segura e livre de danos é considerada uma meta global

World Health Organization (WHO). WHO Global Patient Safety Challenge: Medication Without Harm. Geneva: WHO; 2017.
Administração de medicamentos em
Pediatria
Segurança do Paciente
6 metas para segurança do paciente:

1. Identificação do paciente corretamente;


2. Melhoria da comunicação efetiva entre profissionais de saúde;
3. Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de
medicamentos;
4. Garantia de cirurgias com local de intervenção, procedimento e paciente
corretos;
5. Redução do risco de infecções associadas aos cuidados de saúde/higiene
das mãos;
6. Redução do risco de queda e úlcera por pressão

Ação Global para a Segurança do Paciente 2021-2030: escopo é atingir a máxima


redução possível na ocorrência de danos evitáveis em razão de cuidados de saúde
inseguros
(WHO; 2021)
Administração de medicamentos em
Pediatria
Tipos de erro de medicação

1- Erro de prescrição (medicação, via, dose, ilegível).


2- Erro de dispensação (farmácia).
3- Erro de omissão (não administrar o medicamento prescrito, ausência de registro).
4- Erro de horário.
5- Erro de administração não autorizada de medicamento.
6- Erro de dose.
7- Erro de apresentação (diferente da prescrita)
8- Erro de preparo (reconstituição ou diluição incorreta, não utilizou técnica de
asséptica) – Em crianças doses muito fracionadas!
9- Erro de administração (via incorreta)
10- Erro com medicamentos deteriorados (ex: Insulina com data de validade
expirada)
11- Erro de monitorização (ex: dose de insulina prescrita foi administrada sem prévia
verificação da glicemia capilar)

(COREN, 2011)
Administração de medicamentos em
Pediatria

Fatores de risco contribuintes para o erro do profissional


Estudo aponta uma
taxa de 6,7
▪ Inexperiência profissional;
interrupções de
▪ Pressa, como em situações de emergência;
trabalho por hora,
▪ Realização de multitarefas;
durante
▪ Interrupções;
administração de
▪ Fadiga;
medicamentos,
▪ Ausência de supervisão;
sendo que 36,5%
▪ Falta de hábito de realização de dupla checagem ou checagem por
destas interrupções
diferentes pessoas, de acordo com as recomendações do serviço;
foram feitas por
▪ Trabalho em equipe ineficaz;
outro profissional da
▪ Falha de comunicação entre os profissionais;
equipe de
▪ Relutância em usar memória auxiliar como bulas, protocolos, livros,
Enfermagem (BRIDI,
artigos, ou outras fontes de informação.
2014)

Medicamentos - confundidos devido a ambiguidade quanto ao nome,


rótulo, embalagem, cor e forma;
(COREN, 2017)
Administração de medicamentos em
Pediatria

▪ Algumas medicações tem


nomes e embalagens parecidas
porém com ações diferentes.
Observar o frasco e dose da
medicação ao transcrever a
prescrição, preparar a
medicação e administrar.

MUITA ATENÇÃO!!!
Administração de medicamentos em
Pediatria

Responsabilidade ética e legal


(Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) e Lei do Exercício Profissional ( Lei N. 7.498/86)

⮚ Conhecimento fisiológico e farmacológico (Artigo 10 da CEPE proíbe


“Administração de medicamentos sem conhecer a ação das drogas e certificar-
se dos riscos)

⮚ Segurança do Paciente: 5 certos

PACIENTE MEDICAMENTO DOSE VIA HORÁRIO

7- Orientação 8- Forma
6- Registro correto
correta Farmacêutica

9- Monitoramento
(COREN, 2017, GUARESCHI,CARAVALHO, SALATI, 2017; IBSP, 2016)
Administração de medicamentos em
Pediatria

Segurança do Paciente
✔ A família é considerada uma aliada na segurança do paciente, em especial
em Pediatria;

COMUNICAÇÃO EFETIVA

❑ Informar sobre a terapêutica medicamentosa, finalidade, via de administração,


horário e possíveis efeitos adversos;
❑ Informar sobre os procedimentos de segurança no momento de
administração, como checar nome do prontuário e pulseira de identificação;
❑ Estimular o paciente/família a questionar o profissional de saúde caso tenha
dúvidas;

(COREN, 2017)
Quais os desafios
da administração
de medicamentos
em Pediatria ?
Administração de medicamentos em
Pediatria

Desafios
Cálculo individualizado da dose,
Apresentação baseada na idade, peso e
superfície corpórea da criança,
imprópria para envolvendo operações
matemáticas em várias fases do
crianças processo de medicação
(prescrição, dispensação,
preparo, administração e
monitorização)

Medicamentos
prescritos em pediatria
Aumento dos riscos de
não foram
ocorrerem erros e
adequadamente
eventos adversos
estudados nesta
população
Administração de medicamentos em
Pediatria

BRASIL. Ministério da saúde. secretaria de Ciência, tecnologia e insumos estratégicos. departamento de assistência Farmacêutica e
insumos estratégicos. assistência Farmacêutica em Pediatria no Brasil : recomendações e estratégias para a ampliação da oferta,
do acesso e do Uso racional de Medicamentos em crianças / Ministério da saúde, secretaria de Ciência, tecnologia e insumos
Administração de medicamentos em
Pediatria
Vulnerabilidade
intrínseca -
excluído das
pesquisas
biomédicas,
(Questões
éticas)

BRASIL. Ministério da saúde. secretaria de Ciência, tecnologia e insumos estratégicos. departamento de assistência Farmacêutica e insumos
estratégicos. assistência Farmacêutica em Pediatria no Brasil : recomendações e estratégias para a ampliação da oferta, do acesso e do Uso
racional de Medicamentos em crianças / Ministério da saúde, secretaria de Ciência, tecnologia e insumos estratégicos, departamento de
assistência Farmacêutica e insumos estratégicos. – Brasília : Ministério da saúde, 2017.82 p.: il.
Administração de medicamentos em
Pediatria

Características de absorção, distribuição, metabolismo e excreção


dos fármacos, diferem do RN ao adolescente.

CUIDADOS PRÉVIOS

⮚ História da criança (alergia)


⮚ Idade
⮚ Peso
⮚ Formas de administração
⮚ Vias de administração
Administração de medicamentos em
Pediatria

Vias de Administração
• Via oral (VO) • Via cutânea (tópica)
• Via sublingual • Inalação
• Via retal • Via parenteral
• Via vaginal • Via intradérmica
• Via ocular • Via subcutânea
• Instilação nasal • Via intramuscular
• Instilação otológica • Via endovenosa (EV)
• Via intraóssea (emergência)

(MOTTA; SANTOS, 2009)


Administração de medicamentos em
Pediatria

▪ Cápsula (invólucro de gelatina com • Loção (líquida ou semilíquida)


medicamento internamente
• Creme (semissólido, consistência macia e
▪ Comprimido (pó comprimido – sulco para aquosa)
divisão em partes)
• Pomada (semissólido, consistência macia e
▪ Drágea ( comprimido revestido por uma
oleosa)
solução de queratina composta por açúcar
e corante – facilitar a deglutição
▪ Pó (necessidade de ser reconstituído)
▪ Elixir (soluto + 20% de açúcar e 20% de
álcool) • Suspensão (mistura não homogênea de
determinada substância sólida e um líquido –
▪ Emulsão (óleo e água)
parte sólida suspensa no líquido)
▪ Gel
• Xarope ( soluto e solvente e 2/3 de açúcar)

(SILVA, M.T; SILVA, 2019)


Administração de medicamentos em
Pediatria

Farmacologia em crianças
Farmacocinética: absorção, distribuição,
metabolismo/biotransformação e excreção

Crescimento e maturação alteram a capacidade da criança


metabolizar e eliminar os medicamentos
Considerar
❖ Faixa etária (especialmente primeiros meses);
❖ Peso;
❖ Superfície corpórea (SC) (peso e altura);
❖ Formulação do medicamento;
❖ Via de administração
Administração de medicamentos em
Pediatria

Farmacologia em crianças
Farmacocinética: absorção

✔ A absorção do fármaco e a sua biodisponibilidade depende,


principalmente da via de administração.

Via oral- secreção gástrica, tempo de esvaziamento gástrico,


motilidade intestinal, área de superfície intestinal.

Ex- neonato tem peristaltismo lento - Maior tempo de absorção – maior


toxicidade

Absorção VO
https://www.youtube.com/watch?list=PLC47B52AF872F9576&v=xiuWdJYyIKs
Administração de medicamentos em
Pediatria

Farmacologia em crianças
Farmacocinética: absorção

✔ A absorção do fármaco e a sua biodisponibilidade depende,


principalmente da via de administração.

SC ou IM - Fluxo sanguíneo no local de aplicação e área de superfície do


músculo

✔ Massa muscular reduzida, Perfusão periférica diminuída) – poucos sítios


recomendados para IM

✔ Volume máximo de fármaco a ser administrado (crianças


pequenas/lactentes)em um único local- 1ml , lactentes menores- 0,5ml
Administração de medicamentos em
Pediatria

Farmacologia em crianças

Farmacocinética: absorção

Absorção IM

https://www.youtube.com/watch?list=PLC47B52AF872F9576&v=6XiuWrgvhyY
Crianças de 0
a 3 anos (vasto
lateral é 1ª
opção e
ventroglútéa é
a 2ª opção)

A região
dorsoglútea
deve ser
evitada nessa
idade, por
ainda estar
pouco
desenvolvida,
principalmente
em crianças
que andam há
menos de 1
ano
(HOCKENBERRY, WILSON, 2014)
(HOCKENBERRY, WILSON, 2014)
O uso do
músculo
deltoide
deve ser
limitado a
aplicações
em todas as
idades, por
se tratar de
uma área
próxima ao
nervo radial
e artéria
braquial.

(HOCKENBERRY, WILSON, 2014)


Administração de medicamentos em
Pediatria
Farmacologia em crianças
Farmacocinética: absorção

✔ A absorção do fármaco e a sua biodisponibilidade depende,


principalmente da via de administração.

EV- frequentemente usada em Pediatria (absorção rápida- efeito imediato)

Utilizada em crianças que:


✔ Que necessitam de concentração sérica alta do fármaco
✔ Que necessitam de medicação por período prolongado
✔ Para alívio contínuo da dor
✔ Para tratamento de emergência

Diluições para administração segura das medicações (ver POP da Unidade)


Administração de medicamentos em
Pediatria
Farmacologia em crianças
Farmacocinética: absorção

Absorção EV

https://www.youtube.com/watch?list=PLC47B52AF872F9576&v=4G6Rem38aks
Administração de medicamentos em
Pediatria

Farmacologia em crianças

Farmacocinética: metabolismo/biotransformação

✔ Os sistemas enzimáticos hepáticos não estão bem


desenvolvidos, o que compromete a
metabolização de alguns fármacos;
✔ Eliminação do fármaco mais lenta – maior
potencial toxicológico
Administração de medicamentos em
Pediatria
Farmacologia em crianças
Farmacocinética: excreção

✔ Os rins são os principais órgãos envolvidos no processo de


eliminação dos fármacos;

✔ Sistema renal imaturo (maturação se inicia com na


Organogênese fetal se desenvolvendo completamente entre os
6 e 12 anos);

✔ Lentidão da filtração glomerular e excreção urinária (maior


tempo de permanência do fármaco no sistema circulatório) -
risco de toxicidade
CÁLCULOS
MEDICAÇÃO SEGURA
PRESCRIÇÃO MÉDICA

HU-USP JULIA DA SILVA DN: 10/09/20 RG: 511025

Estatura: 62 cm Peso Data: 10/09/2021


8kg
ITEM MEDICAÇÃO VIA DOSE INTERVALO HORÁRIO
01 Dieta livre VO 200ml 3/3hs 15 18 21 24 03
06 09 12
02 Ceftriaxona 500mg/ml EV 120mg 6/6 hs 18 24 06 12
03 Dipirona 2mg/ml EV 0,5mg 6/6 hs 14 20 02 08
04 Brometo de Ipratrópio VI 20gts 3/3 hrs 15 18 21 24 03
0,25 mg/ml + 4ml SF 06 09
0,9%
05 Ondansetrona EV 0, 5ml ACM
Silva Pereira
Médico
CRM- SP 4444
MEDICAÇÃO SEGURA

Realização da leitura e transcrição da medicação

▪ Nome do paciente;

▪ Quarto e leito;
JULIA DA SILVA – 409-01
▪ Nome da medicação; DIPIRONA O,5mg EV 14 Hs

▪ Dose;

▪ Via;

▪ Horário de administração
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO SEGURO
Unidades
de medida

PARA RELEMBRAR:

▪ 1 kg = 1000g ▪ 1 L = 1000ml
▪ 1 g = 1000 mg ▪ 1 colher de chá = 5ml
▪ 1 mg = 1000 mcg (µg) ▪ 1 colher sopa = 15ml

▪ 1 ml = 20 gts (gotas)
▪ 1 gota = 3 mgts (microgotas) ▪ 1 hora = 60 min
▪ 1 ml = 60 mgts

▪ 1% = 1 g em 100ml = 1.000mg/100ml = 10mg/ml


▪ 10% = 10g em 100ml = 10.000mg/100ml = 100mg/ml
(COREN, 2011)
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO SEGURO
Graduação
das seringas

PARA RELEMBRAR:

20mL: graduação mínima de 1mL, com numeração a cada 5mL.

10mL: graduação mínima de 0,2mL, com numeração a cada 1mL.

5mL: graduação mínima de 0,2mL, com numeração a cada 1mL.

3mL: graduação mínima de 0,1mL, com numeração a cada 1mL.

1mL: graduação mínima de 0,02mL, com numeração a cada 0,1mL.

(COREN, 2011)
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO SEGURO
FÓRMULAS
PARA RELEMBRAR:
▪ Gotejamento = fluxo da medicação em gts/min
▪ V = volume (ml) a ser infundido
▪ Tmin = tempo (minutos)
▪Ths= tempo (horas)

gts/min = V x 20 gts/min = V mgts/min = V


mgts/min = V x 60
Tmin Ths x 3 Ths
Tmin

BURETA – equipo
▪ Exemplo: 250ml de medicação para correr em 3 horas com câmera
graduada
gts/min = 250ml x 20 = 27,8gts/min gts/min = 250ml = 27,8gts/min
180min 3hs x 3

(COREN, 2011)
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO SEGURO
Graduação
das seringas PARA RELEMBRAR:
de insulina

São graduadas em unidades, adequadas à


concentração U-100
1 ml = 100 unidades (UI) de insulina

30UI: escala de graduação de 1 em 1UI (0,3 ml).


50UI: escala de graduação de 1 em 1UI (0,5 ml).
100UI: escala de graduação de 2 em 2 UI (1 ml).
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO SEGURO
Diluição
Rediluição
Reconstituição PARA RELEMBRAR:

Diluir: significa dissolver.


Adiciona-se a solução solvente não
Rediluição: É diluir mais ainda o medicamento,
alterando a massa do soluto
aumentando o volume do solvente.
Objetivo: obter concentrações menores de soluto
com um volume que possa ser trabalhado
Reconsituir: retornar um
(aspirado) com segurança
medicamento da forma liofilizada
para sua forma original líquida
Vamos praticar?
Medicamento prescrito: Ampicilina frasco 1g – dose 125mg – via
EV

1g = 1000mg A medicação vem em pó, devendo ser


reconstituída. Seguir orientação da instituição.
1000mg ------- 10ml Nesse caso diluiremos com 10ml, logo a
125mg ------- X apresentação será de 1g/10ml.
1000 x X = 10 x 125
X = 1250 = 1,25 ml
1000 Será aspirado 1,25 ml de ampicilina
Vamos praticar?
Medicamento prescrito: Ampicilina frasco 1g – dose 125mg – via
EV
Será aspirado 1,25 ml de ampicilina

O POP do hospital indica que a concentração máxima é de 5mg/ml.


Qual é o volume mínimo para diluir a medicação para administração?

5mg ---- 1ml


125mg ---- x

X= 125/5
x= 25 ml (volume mínimo para administração do
medicamento)

Vídeo: minuto 6 https://drive.google.com/open?id=1KBPNK6Ph2rlh4lXXBuTz1US25biztk43


Vamos praticar?
Medicamento prescrito: Sulfato de Magnésio 10% Frasco 80ml - dose 200mg - VO

1g = 1000mg
10g = 10.000mg
10% = 10g em 100ml Atenção: o volume do frasco não interfere

no cálculo, é apenas uma informação em


10.000mg ------- 100ml relação à apresentação do mesmo.
200mg ------- X
10.000 x X = 100 x 200
X = 2000 = 2 ml Será administrado 2ml de Sulfato de
1000
Magnésio
Vamos praticar?
Medicamento prescrito: Penicilina Cristalina frasco 5.000.000 UI – dose
300.000 UI - via EV

5.000.000 UI ------- 8ml + 2ml Atenção: Deve-se considerar o volume do soluto:

300.000 ------- X • frasco-ampola de 5.000.000 UI equivale a 2 ml

5.000.000 x X = 10 x 300.000 • frasco de 10.000.000 UI equivale a 4 ml

X = 3.000.000 = 0,6 ml
5.000.000 Para obter 10ml de Penicilina 5.000.000 UI deve-se
acrescentar 8 ml de AD e a medicação expande 2ml
no total. Para o cálculo considerar o volume total.

Será aspirado 0,6ml de Penicilina


Vamos praticar?

Medicamento prescrito: Prednisona 5mg – dose 2mg – via -VO

5 mg ------- 5ml O comprimido pode ser macerado

2 mg ------- X e diluído em água filtrada.

5xX=2x5 Nesse caso maceramos até virar

X = 10 = 2 ml pó e diluímos com 5ml de água.


5

Será administrado 2ml da solução


Vamos praticar?
REDILUIÇÃO
Medicamento prescrito: Metilprednisolona 125mg – dose
2mg - via EV

125 mg ------- 2ml Diluente próprio


Possui diluente próprio de 2ml. Ao realizar

2 mg ------- X a reconstituição observa-se que o volume

125 x X = 2 x 2 a ser aspirado é muito pequeno. Para

X
X = 4 = 0,032ml
125
evitar erro de dosagem e garantir
administração correta deve ser realizada
a REDILUIÇÃO.

OBS: Importante conhecer a graduação das seringas. A menor


graduação é de 0,01ml.
Vamos praticar?
REDILUIÇÃO

Medicamento prescrito: Metilprednisolona 125mg – dose 2mg - via EV


125 mg ------- 2ml Diluente próprio

X ------ 1ml Após reconstituição temos que cada

2 x X = 1 x 125 ml da solução apresenta 62,5mg de

X = 125 = 62,5mg/mL medicação. Deve-se aspirar 1ml da


2 solução e rediluir com 9ml de SF0,9%,

Primeira rediluição:
ou seja o volume total será de 10ml,
mantendo a concentração de
62,5 mg ------- 1ml + 9ml SF0,9%
medicação de 62,5mg em 10ml.
X ------ 1ml
Agora cada ml dessa nova solução
10 x X = 62,5 x 1
apresenta 6,25mg.
X = 62,5= 6,25mg/mL
10
Vamos praticar?
REDILUIÇÃO
Medicamento prescrito: Metilprednisolona 125mg – dose via
2mg - EV
Primeira rediluição:
Temos agora uma solução de
6,25 mg ------- 1ml
6,25mg em cada 1ml. É
2 mg ------ x
suficiente para aspirar a dose
6,25 x X = 1 x 2 correta da medicação

6,25 X
X = 2 = 0,32ml prescrita?

Sabendo que a seringa de 1ml é graduada a cada 0,01ml,


é possível aspirar a medicação. Porém para obter maior
segurança da dose pode-se realizar nova rediluição.
Vamos praticar?
REDILUIÇÃO

Medicamento prescrito: Metilprednisolona 125mg – dose via


2mg - EV
Segunda rediluição: Aspiramos 1ml da solução
reconstituída com 6,25mg por
6,25 mg ------- 1ml + 9ml de SF0,9%
1ml, rediluímos novamente
2 mg ------ x
com 9ml de SF 0,9%. A
6,25 x X = 10 x 2
solução passa a ter 6,25mg
X = 20 = 3,2ml
6,25 em 10ml.

Assim a dose a ser aspirada é de 3,2ml, podendo


ser utilizada a seringa de 5ml ou 10 ml
Vamos praticar?
REDILUIÇÃO

Medicamento prescrito: Metilprednisolona 125mg – dose via


2mg - EV

Preparo do medicamento:

1: Reconstituir o medicamento com diluente próprio de 2ml: 62,5 mg/ ml


2: Aspirar 1ml do frasco ampola e completar com 9 ml de SF 0,9% = 10ml (6,25mg em cada
1ml) – Primeira rediluição
3: Aspirar 1ml desta seringa e completar com 9ml de SF 0,9%= 10 ml (6,25mg em 10 mL) -
Segunda rediluição
4- Aspirar 3,2 ml (seringa de 5ml ou 10 ml)

Vídeo 4min15: https://drive.google.com/file/d/1j2kcLNcOvS3mfxtRuoYkD9jZpI8Jp1bS/view


TIRA DÚVIDAS SOBRE A
LISTA DE EXERCÍCIOS
Administração de medicamentos em
Pediatria

Para estudo:

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO (COREN-SP).Uso seguro de medicamentos: guia para
preparo, administração e monitoramento / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. – São Paulo: COREN-SP, 2017. Disponível
em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2010/01/uso-seguro-medicamentos.pdf

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO (COREN-SP). Boas práticas: Cálculo seguro Volume II:
Cálculo e diluição de medicamentos. – São Paulo: COREN-SP, 2011. Disponível em: https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/boas-praticas-calculo-seguro-volume-2-calculo-e-diluicao-de-medicamentos_0.pdf

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO (COREN-SP). Boas práticas: Cálculo seguro Volume I:
Revisão das operações básicas. – São Paulo: COREN-SP, 2011. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/boas-
praticas-calculo-seguro-volume-1-revisao-das-operacoes-basicas_0.pdf

Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP). Administração segura de medicamentos depende dos 9 certos. Disponível em:
https://www.segurancadopaciente.com.br/seguranca-e-gestao/administracao-segura-de-medicamentos-depende-dos-9-certos/
VÍDEOS:
▪ Administração de medicamentos c/ restrição de
volume: https://drive.google.com/open?id=1KBPNK6Ph2rlh4lXXBuTz
1US25biztk43
▪ Administração de medicamentos s/ restrição de
volume: https://drive.google.com/open?id=1BTaLOp4F0zCwC_Fat
bRugz47-IygXggf
▪ Rediluição: https://drive.google.com/open?id=1j2kcLNcOvS3mfxtR
uoYkD9jZpI8Jp1bS
REFERÊNCIAS

BRIDI AC. Interrupções do trabalho da equipe de enfermagem. In: Sousa P, Mendes W, organizadores. Segurança do paciente:
conhecendo os riscos nas organizações de saúde. Rio de Janeiro: EAD/ENSP; 2014
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO (COREN-SP).Uso seguro de medicamentos: guia para
preparo, administração e monitoramento / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. – São Paulo: COREN-SP, 2017.
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO (COREN-SP). Boas práticas: Cálculo seguro Volume II:
Cálculo e diluição de medicamentos. – São Paulo: COREN-SP, 2011. Disponível em: https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/boas-praticas-calculo-seguro-volume-2-calculo-e-diluicao-de-medicamentos_0.pdf
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO (COREN-SP). Rede Brasileira de Enfermagem e
Segurança do Paciente (REBRAENSP). Polo São Paulo. Erros de medicação: definições e estratégias de prevenção. São Paulo:
COREN; 2011.
GARESCHI; A.P.D.F; DIAS; A.P.; CARVALHO, L. V. B. Medicamentos em Enfermagem: farmacologia e administração. 1 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (IBSP). Administração segura de medicamentos depende dos 9 certos.
Disponível em: https://www.segurancadopaciente.com.br/seguranca-e-gestao/administracao-segura-de-medicamentos-depende-dos-
9-certos/
MOTTA, A.L.C. Manuseio e administração de medicamentos: técnicas e cálculos. 3 ed . Atual e amplo- São Paulo: i. átria 2009.
SILVA, M.T; SILVA, S.R. Cálculo e Administração de Medicamentos na Enfermagem. 5 ed: Martinari, 2019.
HOCKENBERRY, M.J.; WILSON, D. Wong Fundamentos de enfermagem pediátrica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2014.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). WHO Global Patient Safety Challenge: Medication Without Harm. Geneva: WHO; 2017.

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