Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Licenciatura em Medicina
Dermatologia e Venereologia
Psoríase
Estudantes:
Professor:
Aldair Carlos Morais Mulavua
Daniel dos Santos Lourenço
Marcelo J. Banquimane, M.D., Dermato-
Juleca Pinto Mundefa
venereologista.
Milagre Ezequias Nhabanga
7
Manifestações clínicas
• As lesões características são placas A
eritematosas com bordos bem
delimitados, superfície coberta por
escamas prateadas, pouco aderentes
e secas, geralmente de localização
bilateral e simétrica. Às vezes pode
B
apresentar um halo pálido.
• Há fenómeno de Köebner.
• Se curetadas: Sinal da vela Sinal de
Duncan-Buckley Sinal de Auspitz.
8
Classificação
Psoríase gutata.
Psoríase eritrodérmica.
Psoríase pustulosa.
Psoríase inversa.
9
Psoríase vulgar crónica em placas
• Há distribuição relativamente
simétrica de placas escamosas,
eritematosas, bem definidas.
• Localização: Couro cabeludo,
cotovelos, joelhos e área pré-sacral,
mãos e pés.
• As placas podem persistir de meses a
anos nos mesmos locais.
• Há períodos de remissão. Pode
chegar até 5 anos.
10
Psoríase gutata
• Mais frequente nas crianças e 1
adolescentes, e é precedida de infeção
do trato respiratório superior por S.
pyogenes.
• Caracteriza-se por pequenas placas
eritematodescamativas sobre a parte 2
superior do tronco e extremidades, com
ligeiro prurido.
11
Psoríase pustulosa
• Pode ser localizada ou generalizada.
A. Localizada:
– Palmoplantar: aparição repetida de
pústulas estéreis sobre uma base
eritematosa, simétrica nas palmas e
plantas, mescladas a máculas amarelo-
amarronzadas.
14
Psoríase eritrodérmica
• Caracteriza-se por eritema
generalizado e descamação, de
evolução gradual. Afeta todo o
corpo, incluindo as mãos, pés,
unhas, tronco e extremidades.
15
Psoríase inversa ou flexural
• Caracteriza-se por placas
eritematosas, lisas e bem
demarcadas, acometendo áreas
intertriginosas como axilas,
virilhas, região inframamária e
sulco interglúteo.
• A pele pode estar húmida,
Observam-se nas regiões inframamárias
macerada e pode conter fissuras placas (patch) de fina elevação, eritematosa,
brilhante e bem demarcada.
que podem ser fétidas,
pruriginosas ou ambas. 16
Diagnóstico
• Clínico.
• Exame histopatológico.
17
Diagnóstico diferencial
• Dermatite seborreica no couro cabeludo:
• A Dermatite Seborreica apresenta lesões difusas e mal delimitadas enquanto
que a Psoríase tem lesões circunscritas e bem delimitadas.
19
Artrite psoriática
• Ocorre em 5 a 30% dos pacientes
com psoríase cutânea. Entre 10 e
15% dos pacientes os sintomas da
artrite são anteriores aos da pele.
• Caracteriza-se classicamente por
artrite das articulações
interfalangeanas distais com Observam-se lesões difusamente distribuídas
tipo placa eritematoescamosa no dorso das
comprometimento da unha mãos; com aparente eritema e edema, de
envolvimento assimétrico, das articulações
contigua, que se mantêm fixas interfalangeanas proximais e distais. Com o 3º
dedo bilateralmente “em salsicha”.
em flexão. Adicionalmente, há hiperqueratose ungueal20
Tratamento
Fatores que influenciam na seleção do tratamento:
1. Idade: infância, adolescência, adulto jovem, > 60 anos;
2. Tipo de psoríase: gutata, em placas, eritrodérmica,
pustulosa.
3. Local e extensão da lesão.
4. Tratamento prévio.
5. Tratamentos médicos concomitantes (infeção pelo VIH,
p.ex.).
» Indicações p/ tratamento sistémico: doença grave, lesões pustulosas ou
disseminadas, artrite psoriática, psoríase em placas fase ativa c/
exacerbação. 21
Tratamento
1. PSORÍASE LOCALIZADA:
a) Queratolíticos: ácido salicílico 3 a 4%; ureia a 10%.
b) Corticosteroides fluorados tópicos (POMADAS): Valerato de
betametasona, Acetato de floquinolona, Propionato de
betametasona, de clobetasol.
NOTA: Os corticoides são administrados após a remoção das escamas
pela imersão em água ou uso de queratolíticos. Cobrir com uma
película plástica durante a noite.
2. PSORÍASE GUTATA:
a) Fototerapia ou balneofototerapia (sais
hiperconcentrados >20% + exposição aos raios UVB).
b) Se cultura faríngea positiva: Amoxicilina ( + ácido
clavulânico) 50 a 100 mg/kg/dia, a cada 8h, durante 7 ou
10 dias. OU Fenoximetilpenicilina (Penicilina V) 25 a 50
mg/kg/dia, a cada 6h, durante 7 dias.
c) Bom prognóstico. 23
Tratamento
3. PSORÍASE VULGAR DO COURO CABELUDO:
a) Com descamação superficial b) Com placas espessas e
sem placas espessas (forma aderentes (forma grave):
branda): i. Remoção das escamas com
i. Xampu de alcatrão ou ácido salicílico a 10%.
Ketoconazol. ii. Fluocinolona e cobrir o couro
ii. Valerato de betametasona, cabeludo c/ saco plástico ou
loção a 1%. touca de banho.
iii. Se refratárias: aplicar iii. Manutenção com Propionato
Propionato de Clobetasol a de Clobetasol a 0,05% ou loção
0,05% no couro cabeludo. de Calcipotrieno.
24
Tratamento
4 - Psoriase vulgar: tipo placas generalizadas
(excepto couro cabeludo e regiões anogenital)
• Placas finas
– UVB de 311 nm + emolientes.
• Placas espessas
– UVB de 311 nm + emolientes; se for ineficaz mudar para:
– Fotoquimioterapia com PUVA; se for ineficaz mudar para:
– Retinoides + Fotoquimioterapia com PUVA; se for ineficaz mudar para:
– Metotrexato, 2,5 a 5,0 mg oral, a cada 12h, até completar 3
doses,1x/semana.
– Ciclosporina A (CyA) como última alternativa, na
dose de 3 a 5 mg/kg/dia.
25
Tratamento
5 - Psoriase vulgar: palmares e plantares
• Fotoquimioterapia com PUVA (as mãos e os pés
são imersos numa solução de 8-etoxipsoraleno (10
mg/1L de H2O morna);
• Retinoides (etretinato) oral, para a remoção da
hiperqueratose espessa das mãos e dos pés;
• Retinoides + PUVA (Re-PUVA) é muito mais eficaz;
• Casos refratários tratar com Metotrexato. 26
Tratamento
6 - Psoriase vulgar: aparelho ungueal
• Injecção intradérmica de Acetonida de
Triacinolona (3mg/ml) nas pregas ungueais.
• Fotoquimioterapia com PUVA.
• Retinoides sistémicos (acitretina, 0,5mg/kg).
27
Tratamento
7. Psoríase pustulosa aguda generalizada (Von Zumbusch)
• Internamento.
• Igual ao das queimaduras extensas, NET ou eritrodermia
esfoliativa.
• Alguns entram em remissão espontânea sem tratamento.
• Antibióticos e corticoides. Etretionato ou acitretina oral, 0,5 a
1,0 mg/kg.
• Metotrexato parenteral dose de 15 a 25 mg/kg, 1x/semana.
28
Referências bibliográficas